Amazon lança serviço gratuito de música para dispositivos Alexa

A Amazon anunciou o lançamento de um serviço de música gratuito para utilizadores de dispositivos Alexa, como o Echo e Echo Dot. Quer concorrer com o Google Home, Apple Music e Spotify.

A Amazon anunciou o lançamento de uma plataforma de música para concorrer com o Spotify e o Apple Music. A diferença é que o novo serviço da gigante fundada por Jeff Bezos é gratuito para todos os utilizadores que tenham dispositivos Alexa, o assistente virtual que a marca desenvolveu e que tem conquistado cada vez mais lares, sobretudo nos EUA e no Reino Unido.

O facto de o serviço não ser pago não significa que a empresa espere perder dinheiro com o licenciamento das músicas. A Amazon quer apostar na publicidade para rentabilizar o produto, ao mesmo tempo que espera um incremento nas receitas com o aumento da venda de dispositivos Alexa, como é o caso das colunas inteligentes Echo e Echo Dot.

Os suecos do Spotify foram os primeiros a testar um serviço de streaming de música gratuito. A plataforma, lançada em setembro de 2008, mostrou que um modelo de negócio deste género é possível. Agora, a Amazon pretende seguir as pegadas, apostando no controlo por voz e nas colunas inteligentes como fatores diferenciadores.

Todos os utilizadores com dispositivos com o assistente Alexa terão acesso ao novo serviço, mesmo os que não subscrevem o programa de fidelização Amazon Prime. Estes últimos, no entanto, já têm acesso a um serviço de música mais limitado, com a empresa a disponibilizar outras opções mais robustas através do pagamento de uma mensalidade, como explica a Bloomberg (acesso pago).

A Amazon não será a primeira gigante a juntar numa novidade deste género com a nova tendência dos assistentes virtuais. Na semana passada, a Google anunciou o lançamento de uma versão gratuita do serviço YouTube Music para os utilizadores de dispositivos Google Home, assente nas receitas geradas com a publicidade.

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Fábrica de Startups associa-se ao programa Erasmus for Young Entrepreneurs

Incubadora portuguesa é o mais recente parceiro do programa financiado pela União Europeia que tem como objetivo dar aos novos empreendedores as ferramentas e conhecimentos de outros mais experientes.

A Fábrica de Startups é um dos mais recentes parceiros do programa Erasmus for Young Entrepreneurs em Portugal. A iniciativa financiada pela Comissão Europeia tem como objetivo dar ferramentas e conhecimentos a novos empreendedores junto de outros mais experientes, noutros países.

No programa de intercâmbio podem participar jovens que estejam a planear criar o seu próprio negócio e que queiram trocar ideias com um empreendedor experiente noutro país, com quem vão colaborar por um período de entre um a seis meses.

Como parceira, a Fábrica de Startups “tem como missão ajudar os interessados a candidatarem-se, a estabelecer uma relação de sucesso com o empreendedor adequado e a dar resposta às suas questões”, explica a incubadora em comunicado.

Para ajudar a esclarecer as dúvidas face ao programa, a Fábrica de Startups organiza um evento no próximo dia 10 de maio (sexta-feira), no LACS Conde d’Óbidos, em Lisboa, que contará com a presença de vários parceiros europeus.

Os interessados em participar devem inscrever-se aqui.

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Horta Osório considerado um dos 50 maiores líderes mundiais pela Fortune

  • ECO
  • 19 Abril 2019

O gestor português tomou como sua a luta pela saúde mental e fala abertamente da crise de stress que ultrapassou em 2011. Está em 41.º lugar no ranking dos maiores líderes mundiais da revista Fortune.

Este ano, há um nome português na lista dos 50 maiores líderes mundiais, elaborada pela Fortune. É António Horta Osório, presidente executivo do britânico Lloyds Bank Group, que teve entrada direta para a 41.ª posição.

A revista destaca anualmente aqueles que considera encaixarem na figura de líder mundial, por serem pessoas que “estão a transformar o mundo e a inspirar os outros a fazerem o mesmo”. Entre os restantes nomes estão outros nomes bem conhecidos, como o casal Gates (Bill e Melinda), o procurador norte-americano Robert Mueller, a comissária europeia Margrethe Vestager e até o líder da Apple, Tim Cook.

António Horta Osório é o único português na lista. “Em 2011, oito meses depois de se tornar presidente executivo, Horta Osório retirou-se para receber ajuda para combater o stress. Hoje, está a dar aos colegas ferramentas para os ajudar, enquanto fala abertamente sobre a sua própria crise (e navega habilmente o Brexit)”, escreve a revista sobre o gestor português.

Numa altura em que tem assinado diversos artigos sobre saúde mental, a Fortune lembra que “o Lloyds providencia ao staff sénior com ferramentas de mindfullness e de análise psicológica para que possam processar melhor a ansiedade, e vai em breve fornecer ajuda semelhante a todos os funcionários”.

Em maio do ano passado, o gestor assinou uma coluna de opinião no The Guardian com o título “É tempo de acabar com o tabu da saúde mental no local de trabalho”. “Tornei a saúde mental um foco particular do banco em resultado da minha experiência pessoal”, disse na altura.

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Vistos Gold captam menos investimento. China retrai-se

  • Lusa
  • 19 Abril 2019

Na lista das cinco nacionalidades mais representativas no âmbito da ARI, a novidade neste primeiro trimestre é o investimento oriundo dos Estados Unidos e do Vietname.

O investimento oriundo da China captado através dos Vistos Gold caiu 41% no primeiro trimestre, face a igual período de 2018, para 59,6 milhões de euros, segundo dados estatísticos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). No global, encolheu 33%.

No primeiro trimestre deste ano, o investimento da China proveniente da Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI), como são designados os Vistos Gold, totalizou 59.619.100,65 euros, uma redução de 41% face aos 101.307.407,16 euros registados em igual período de 2018.

Até março foram atribuídos 107 vistos dourados a cidadãos chineses, contra 183 ARI atribuídas em igual período do ano anterior.

Já o investimento brasileiro aumentou 3,3% no trimestre, para 43.253.600,72 euros, tendo sido concedidos 58 vistos até final de março.

No primeiro trimestre de 2018 tinham sido atribuídos 49 Vistos Gold a cidadãos brasileiros, num total de 41.895.398,75 euros captado através deste mecanismo.

Relativamente ao investimento turco, este registou uma quebra de 58% nos primeiros três meses do ano, face ao período homólogo de 2018, para 18.408.022,17 euros.

No trimestre foram atribuídos 36 ARI a cidadãos turcos, contra 81 concedidos no período homólogo do ano passado, quando o investimento captado ascendeu a 44.211.847,09 euros.

Na lista das cinco nacionalidades mais representativas no âmbito da ARI, a novidade neste primeiro trimestre é o investimento oriundo dos Estados Unidos e Vietname, que substituem a África do Sul e Rússia que integravam a mesma há um ano.

No primeiro trimestre foram atribuídos 14 Vistos Gold a cidadãos dos Estados Unidos, num investimento total captado de 9.423.000,00 euros, e o Vietname viu ser concedido 12 ARI, no montante de 4.855.000,00 euros.

Nos primeiros três meses de 2018 foram atribuídos 24 Vistos Gold a cidadãos sul-africanos (investimento de 13,5 milhões de euros), e 16 a nacionais russos (10,8 milhões de euros).

O investimento captado através dos Vistos Gold recuou 33% no primeiro trimestre, face a igual período de 2018, para 196,8 milhões de euros.

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Fim das PPP na Saúde é linha vermelha para Belém. Lei de bases da Saúde arrisca veto

  • ECO
  • 19 Abril 2019

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, irá vetar qualquer alteração à lei de bases da Saúde que proíba a existência de PPP.

Uma nova lei de bases da Saúde que proíba as parcerias público-privadas (PPP) no setor terá chumbo garantido em Belém. O Presidente da República acredita que uma lei de bases tem de abrir possibilidades em vez de as fechar, garantindo que futuros Governos tenham margem de manobra na gestão, escreve o Expresso (acesso pago) esta sexta-feira.

O semanário cita fonte próxima de Marcelo Rebelo de Sousa, que explicou que “a atual lei de bases durou muitos anos porque permitiu que quem quisesse fazer PPP as fizesse e quem não quisesse não fizesse”.

Sobre a nova lei, que está a ser preparada pela esquerda, a mesma fonte afirmou que “uma formulação mais aberta pode ser o segredo para que o Presidente aceite o diploma, não estando nesse caso afastada a hipótese de o PSD não votar contra a lei, o que também agradaria ao Presidente da República”.

Uma formulação mais aberta pode ser o segredo para que o Presidente aceite o diploma, não estando nesse caso afastada a hipótese de o PSD não votar contra a lei, o que também agradaria ao Presidente da República.

Fonte próxima do Presidente, ao Expresso

As negociações em torno da lei de bases causaram polémica esta semana. Na quarta-feira, o PCP afirmou que a negociação ainda estava no início, mas que tinham havido “avanços significativos”. No entanto, o Bloco de Esquerda anunciou o fim das PPP e das taxas moderadoras, garantindo ter alcançado um acordo com o Governo.

Pouco depois, o Executivo desmentiu a existência de um acordo sobre estes dois pontos. E, na sequência do desmentido, os bloquistas reforçaram a posição, garantindo que mantinham “tudo o que foi dito”.

Apesar do choque entre Governo e parceiros, o Presidente da República já tinha admitido, no final de março, que existisse “espaço para um acordo”, negando existir “um veto prometido”. Sabe-se assim, esta sexta-feira, que a linha vermelha de Marcelo é uma eventual mexida no regime das PPP.

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Hélis para combate a incêndios ficam mais baratos. Estado consegue “desconto” de 20%

  • Lusa
  • 19 Abril 2019

Ficam a faltar nove aeronaves para atingir o objetivo anunciado pelo Governo de 61 aeronaves destinadas ao combate a incêndios este ano.

A Força Aérea Portuguesa deu por concluído o concurso dos 35 meios aéreos para combate aos fogos até 2022, noticia o Jornal de Notícias, avançando que os helicópteros vão custar menos 20% do que o previsto.

De acordo com o JN, as primeiras aeronaves começam a voar em 15 de maio e as restantes a 01 de junho.

“Pela primeira vez, o Estado vai pagar menos 20% pelos lotes de aeronaves que levou a concurso por 80,218 milhões de euros”, escreve o JN.

A Força Aérea desvalorizou acusações contra o vencedor do concurso, a HeliBravo, por parte de outros concorrentes, que acusaram a empresa de ter falseado declarações e de “esmagar as margens de lucro” do setor.

De acordo com o diário, “foram desvalorizadas” as denúncias contra o vencedor, que apontavam o facto de “ter omitido que não possuía o número de aeronaves necessárias e que irá recorrer à subcontratação de duas empresas investigadas em Espanha e Itália por cartelização de preços – a Faasa e a Elitellina”.

O jornal teve acesso a um relatório de 31 páginas, no qual o júri, presidido pelo major-general Paulo Guerra terá rebatido as alegadas graves irregularidades denunciadas por dois dos concorrentes, a multinacional Barbcock e a HTA.

A HeliBravo vai fornecer ao Estado, por 52,9 milhões de euros, os 18 helicópteros ligeiros – um dos quais vai ficar na Madeira – e 12 médios.

Segundo as contas do JN, a HeliPortugal, que também foi alvo de contestação, fornecerá, por 4,4 milhões de euros, os quatro Kamov que já assegurou em 2018 e a portuguesa CCB estreia-se no setor com um contrato de 8,2 milhões de euros, para dois aviões anfíbios.

A HeliBravo tem um contrato bianual de dez helicópteros, celebrado no ano passado, à semelhança da AgroMontiar, com quatro aviões, recorda-se no artigo, em que se assinala que faltam nove aeronaves para atingir o objetivo anunciado pelo governo de 61 aeronaves destinadas ao combate a incêndios este ano.

“Com o fim deste concurso, fica com 52, contando com os três hélis B3 do Estado entregues à HeliPortugal”, lê-se no texto.

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Wall Street encerra em alta. Pinterest dispara 28% na estreia

Animadas por bons indicadores económicos, as bolsas norte-americanas encerraram em alta a última sessão da semana. No dia de estreia, Pinterest puxou as atenções para si ao valorizar mais de 25%.

As bolsas norte-americanas fecharam a negociação de quinta-feira em terreno positivo, num dia que fica sobretudo marcado pela estreia da Pinterest nos mercados, tendo valorizado 28,42%.

O Dow Jones fechou a ganhar 0,42%, para 26.559,54 pontos, o S&P valorizou 0,16%, para 2.905,03 e o Nasdaq terminou com uma ligeira subida de 0,03%, encerrando nos 7.998.45 pontos.

As bolsas entraram assim na pausa da Páscoa em terreno positivo, preparando-se para uma longa semana de negociação, já que entre 22 e 26 de abril mais de 150 empresas do S&P 500 apresentarão resultados trimestrais, naquela que será a semana mais movimentada de divulgação de contas do ano.

O principal destaque da negociação desta quinta-feira foi a Pinterest, que depois de ter levantado perto de 1,4 mil milhões de dólares pela colocação de ações a 19 dólares por título, viveu o seu primeiro dia de negociação. Registou uma valorização de 28,42%, para 24,4 dólares, o que representa um ganho de 5,4 dólares por ação.

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Barragem do Fridão vira “jogo de xadrez” entre Governo e EDP. Ambos sabem que não é boa opção, mas ambos têm 218 milhões em risco

Concessão foi suspensa para reavaliação há três anos. Entretanto, nem EDP, nem Governo, o consideram relevante. Mas se for o Executivo a desistir, perde 218 milhões. Se for a EDP, perde a elétrica.

O ministério do Ambiente e da Transição Energética (MATE) e a EDP estão a digladiar-se num autêntico “jogo de xadrez” à conta da barragem do Fridão, barragem essa que o ministro anunciou esta semana que não iria ser construída. “A decisão relativamente à barragem do Fridão está tomada. Ela não irá ser construída”, afirmou João Pedro Matos Fernandes, na Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação.

Mas quem é que tomou tal decisão? É aqui que reside a questão dos “218 milhões de euros”. Este é o valor do xeque-mate neste jogo.

No entender do Governo, o ónus do recuo no projeto está na própria EDP, que em duas missivas enviadas ao executivo referiu que a evolução do setor energético nos últimos anos tornam “muito menos premente” avançar com esta barragem, até porque a mesma implica custos parafiscais e administrativos que impactam na capacidade financeira da elétrica. Mas apesar de o Governo não querer construir a barragem, também não o assumiu diretamente perante a empresa, isto quando a decisão compete oficialmente ao Executivo.

É que no entender da EDP, não tendo ainda recebido qualquer resposta oficial de que o projeto é para ser travado, a situação atual é clara: Ou o Governo esclarece “com caráter de urgência o sentido da decisão tomada, atento o facto de o prazo de decisão (…) terminar no dia 18 de abril de 2019”, ou a EDP não se sentirá “impedida de avançar” com a barragem. Neste caso, lembra a elétrica numa carta para o ministério enviada a 17 de abril último, “o contrato de concessão deve ser assinado no prazo de dois meses”.

Apesar do aparente ultimato presente na carta, certo é que fonte oficial da elétrica apontou esta quinta-feira ao ECO que “neste momento, a EDP aguarda que o Estado português esclareça qual a sua decisão relativamente a este projeto”, assegurando que “a EDP respeitará naturalmente qualquer decisão, desde que esta seja tomada nos termos dos contratos e demais acordos em vigor”.

Mas para se perceber melhor como é que as peças ficaram assim colocadas no jogo de xadrez do Fridão, é preciso recuar alguns anos. Mas basta recuar de forma sintetizada.

Todas as cartas e toda a história

Esta concessão — Aproveitamento Hidroelétrico (AH) do Fridão — foi ganha em 2008 pela EDP, tendo a elétrica avançado com 218 milhões de euros para garantir a mesma — a assinatura do contrato chegou a estar agendada para setembro de 2015. Porém, e pouco depois da tomada de posse do governo liderado por António Costa, e por decisão do novo Executivo, a concessão acabou por ser suspensa para reavaliação.

Na altura, o adiamento foi tomado por questões de interesse público: era preciso considerar a evolução da potência instalada e da procura de energia desde 2008, já que entre esse ano e 2016, a AH Fridão já não seria um projeto tão vital a nível energético que valesse a pena os impactes ambientais dele resultantes. Uma visão e interpretação comum tanto ao Governo como à EDP.

A suspensão durou três anos — foi “decretada” até esta quinta-feira, 18 de abril de 2019. Com o passar dos anos, as razões para a suspensão apenas se reforçaram. A própria EDP o reconhece numa das duas cartas citadas pelo ministro esta semana no Parlamento, datada de julho de 2018.

Nesta missiva, a EDP aponta o aumento substancial do parque eletroprodutor renovável, o reforço de interligações com França e da oferta de renováveis em Espanha e, por fim, o não crescimento da procura como razões para a concessão ter perdido algum interesse. Em síntese, “o aumento do parque eletroprodutor renovável e a previsível duradoura estagnação da procura” tornam o AH Fridão “menos necessário e menos justificável”, já que o seu “impacto ambiental é considerável”, lê-se na carta.

Mas as razões não terminam por aqui, diz a elétrica na mesma carta, onde explica que também “os encargos parafiscais e administrativos que foram entretanto impostos sobre os centros eletroprodutores ordinários ou sobre o AH Fridão desde 2016″ tornam o projeto menos interessante, já que estes novos custos impactam significativamente a capacidade financeira da EDP Produção e o perfil de risco de novos investimentos em nova capacidade de geração”.

Por tudo isto, a EDP aponta ao MATE que entende que a implementação do AH Fridão deve ser analisada em conjunto com o Governo de modo a encontrar-se uma solução “que se conforme melhor com o contexto atual”. E assegura que a proposta é feita “de boa-fé, a mesma boa-fé que tem pautado a atuação da EDP Produção”, como prova a aceitação da suspensão do projeto em 2016.

Mais tarde, já em fevereiro deste ano, e numa nova carta ao MATE, a EDP volta a recordar que “o contexto atual do setor energético”, torna “muito menos premente a instalação da capacidade do AH Fridão”, facto pelo qual a empresa manifesta estar disponível “para analisar em conjunto com o Governo, a viabilidade de possíveis alternativas que se adequem à melhor defesa dos interesses públicos e privados em presença”.

Na altura, e segundo se lê na mesma carta, a EDP saudava a intenção do Governo em “aprofundar a solução” proposta pela empresa liderada por António Mexia, de se avançar com um projeto de menor dimensão e com menos impactos, propondo inclusive a criação de “um grupo de trabalho com as entidades” que o MATE considerasse mais relevantes.

Mas aparentemente foi a assunção por parte da EDP do menor interesse da barragem e também do facto de esta ser agora “muito menos premente”, que foi aproveitado pelo Governo para declarar que a barragem não avançaria e que não teria de pagar compensação nenhuma à elétrica. É isso que se interpreta da carta enviada pelo MATE à EDP antes de o ministro ir fazer o anúncio ao Parlamento.

"Ao contrário do que também decorre do V. Ofício, nas cartas pela empresa enviadas a V. Excelência a que aí se alude (…), nunca a EDP manifestou qualquer pretensão de não prosseguir com a construção do AH Fridão.”

EDP

Nesta carta, o ministro do Ambiente diz à EDP que tendo em conta que a elétrica nas cartas que enviou “fundamenta não ter interesse próprio” em que o AH Fridão avance, então “não encontra o Estado nenhuma razão que iniba a intenção de V. Exªs em não prosseguir com a construção do AH Fridão”. Ou seja, se acham que não vale a pena construir, então não se constrói por decisão vossa. Mas não foi isso que a EDP disse, esclarece a empresa na já citada carta da elétrica de 19 de abril.

“Ao contrário do que também decorre do V. Ofício, nas cartas pela empresa enviadas a V. Excelência a que aí se alude (…), nunca a EDP manifestou qualquer pretensão de não prosseguir com a construção do AH Fridão”, esclarece a empresa, apontando um pouco mais à frente que “limitou-se a propor alternativas ao cenário base”. Assim, clarifica, a EDP “continua inteiramente disponível para, no cumprimento das regras contratuais acordadas com o governo, prosseguir com a implementação do AH do Fridão”.

A elétrica lembra por fim que com base no acordo que permitiu a suspensão do AH Fridão em 2016, compete ao Executivo tomar uma decisão definitiva sobre o futuro da mesma, e não a si, solicitando então que o ministro “esclareça com caráter de urgência” o que vai acontecer com a barragem do Fridão, sublinhando que “não abdicará, em nenhum momento, dos seus direitos, nem dos mecanismos de que dispõe, legal e contratualmente, para a defesa dos mesmos”.

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Marcelo dá “luz verde” ao combate às práticas de elisão fiscal

  • Lusa
  • 18 Abril 2019

Proposta transpõe para a legislação nacional uma diretiva europeia que visam desencorajar a utilização de práticas fiscais abusivas por parte de empresas. Já foi promulgada.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma do Governo que reforça o combate às práticas de elisão fiscal.

Em 20 de março, o parlamento aprovou, em votação final global, um diploma que reforça o combate às práticas de planeamento fiscal agressivo, fenómeno conhecido por elisão fiscal e, segundo uma nota da página da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa deu hoje “luz verde” a esse mesmo diploma.

O texto final apresentado pela Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, com base numa proposta de lei do Governo, foi aprovado apenas com a abstenção do CDS-PP.

Em causa está uma proposta que transpõe para a legislação nacional uma diretiva europeia que visam desencorajar a utilização de práticas fiscais abusivas por parte de empresas.

O diploma contempla alterações ao nível da limitação da dedutibilidade de gastos de financiamento (ajustando a definição deste conceito) e da cláusula geral antiabuso, direcionando-a para os beneficiários efetivos do rendimento.

Durante a discussão da proposta de lei do Governo no parlamento, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais tinha referido que esta cláusula geral já está contemplada na Lei Geral Tributária, mas a mudança agora proposta no diploma do Governo “permite criar mais certezas para a Autoridade Tributária e Aduaneira e para os contribuintes”.

O diploma contempla também medidas ao nível do regime de tributação à saída, nomeadamente no que diz respeito ao diferimento e às modalidades de pagamento do imposto apurado em resultado da transferência da residência de entidade com sede ou direção efetiva em território português para o exterior.

Na mira deste reforço de medidas fiscais está a constatação da existência de práticas, por parte de empresas, que, tirando partido das disparidades entre os sistemas fiscais dos diferentes países, procuram “beneficiar de taxas de tributação reduzidas, de duplas deduções ou mesmo de ausência de uma tributação efetiva dos lucros que obtêm, deduzindo-os numa jurisdição sem, no entanto, os incluir na base tributável do outro lado da fronteira”.

Durante o debate, António Mendonça Mendes precisou ainda que Portugal tem tomado nos últimos anos, várias medidas de combate à elisão fiscal, mas salientou a dificuldade de se combater um fenómeno que, ao contrário do que sucede com os esquemas de fraude e de evasão, “tem em si mesmo uma aparência de legalidade”.

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Fiscalização vai ter Simplex+. Governo avança com o “Selo ASAE”

  • Lusa
  • 18 Abril 2019

"Fiscalização de uma só vez", "eventos fiscalizados de uma só vez", "+ fichas técnicas de fiscalização" e "Selo ASAE" são as quatro medidas que serão apresentadas na próxima semana.

O Governo vai apresentar na próxima segunda-feira quatro medidas Simplex+ sobre fiscalização de agentes económicos, nas quais se inclui o “Selo ASAE”, marca que será colocada nos estabelecimentos inspecionados onde não tenham sido detetadas infrações.

Em comunicado, os gabinetes do ministros Adjunto e da Economia e da Presidência e da Modernização Administrativa adiantam que na segunda-feira serão apresentadas quatro medidas Simplex+ relacionadas com a fiscalização de agentes económicos.

A “fiscalização de uma só vez”, “eventos fiscalizados de uma só vez”, “+ fichas técnicas de fiscalização” e “selo ASAE” são as quatro medidas que serão apresentadas num evento onde estarão presentes o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e os secretários de Estado da Defesa do Consumidor, João Torres, e de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa, Luís Goes Pinheiro.

O “Selo ASAE”, que é uma marca distintiva colocada nos estabelecimentos inspecionados pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) nos quais não tenham sido detetadas infrações, contou com o apoio da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, refere o Governo.

“Este é um projeto-piloto que será testado na área da restauração, tendo por objetivo estimular o cumprimento da legislação, encorajar as boas práticas e desenvolver nos empresários a autorregulação, transmitindo ainda aos consumidores informação sobre o estabelecimento”, adianta a nota.

Depois da disponibilização para os setores da restauração e bebidas e alojamento local, as “+ fichas técnicas de fiscalização” vão chegar às áreas dos empreendimentos turísticos, da indústria de pastelaria e panificação, dos talhos e das oficinas, refere, adiantando que serão facultadas no Balcão do Empreendedor as fichas visam uniformizar os critérios inspetivos e torná-los transparentes para o público-alvo.

Já a medida “fiscalização de uma só vez” pretende harmonizar a atuação dos vários organismos fiscalizadores e promover ações de fiscalização conjuntas dos agentes económicos, enquanto que com os “eventos fiscalizados de uma só vez” pretende-se que um interlocutor único na Administração Pública interaja com os promotores, sirva de ponto de contacto e de elo de ligação com as demais entidades fiscalizadoras, evitando que o agente económico tenha de contactar inúmeros organismos aquando da preparação de eventos, conclui a nota.

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Contribuintes não têm de declarar contas da Revolut no IRS

Uma vez que a Revolut não estava a operar como instituição de crédito em Portugal no ano passado, não é preciso declarar no IRS. Para o ano já vai ser obrigatório.

Os contribuintes portugueses que tenham contas na Revolut não estão obrigadas a apresentá-las na declaração de IRS relativa aos rendimentos do ano passado. O esclarecimento foi dado, esta quinta-feira, ao ECO pelo Ministério das Finanças, que explica que isso só acontece porque a empresa não operou como instituição de crédito em Portugal, em 2018. Para o ano, já vai ser obrigatório.

“Tendo em consideração as dúvidas que têm sido suscitadas, nomeadamente quanto aos serviços prestados pela Revolut, esclarece-se, a título de exemplo, que uma vez que a referida entidade não operou em 2018 como instituição de crédito / banco, as respetivas contas são qualificadas como contas de pagamento e, como tal, os contribuintes detentores das mesmas não estão obrigados a declará-las no Anexo J da Declaração Modelo 3 do IRS“, explica o Ministério de Mário Centeno.

Recorde-se que a primeira interpretação do Fisco sobre esta matéria — que tinha sido adiantada há mais de dez dias — era a de que a “existência de conta na Revolut deveria ser declarada”, porque foram atribuídos aos beneficiários números IBAN. Assim, os contribuintes com contas neste banco digital deveriam, dizia o Fisco, declará-las no anexo J do modelo 3, o que despertou alguma confusão junto, sobretudo, dos contribuintes que já tinham apresentado as declarações de IRS.

Face a essa situação, a Autoridade Tributária decidiu dedicar-se à análise “da questão concreta da Revolut e de outras plataformas similares”, da qual resultou o esclarecimento avançado pelo ECO, esta quinta-feira. O Ministério das Finanças diz agora que, este ano, as contas da Revolut não têm de ser declaradas, porque a entidade “não operou como instituição de crédito ou banco” em Portugal, no último ano.

O Executivo deixa, contudo, um alerta para as restantes plataformas similares. No caso desses bancos digitais, é obrigatório declarar as contas se se verificar a concretizar cumulativa destes dois requisitos:

  • Se se tratar de uma conta de depósitos ou de títulos (como a Revolut não operou, em 2018, como um banco ou instituição de crédito, as contas foram qualificadas como de pagamento);
  • Se se encontrar aberta numa instituição financeira não residente em território português ou “em sucursal localizada fora do território português de instituição financeira residente”.

Essa obrigação declarativa não tem, contudo, “qualquer impacto montante de imposto a apurar, consistindo apenas na identificação das referidas contas no quadro 11 do Anexo J da declaração de rendimentos Modelo 3″.

É essa ausência de impacto no imposto a apurar que determina, de resto, que os contribuintes com contas na Revolut que já tinham apresentado as suas declarações não precisem agora de entregar declarações de substituição.

No caso dos bancos digitais que já estavam a operar em 2018 como instituições de crédito, os contribuintes devem declarar as contas e, no limite, proceder agora à entrega da declaração de substituição até ao final de junho. Findo esse período, o contribuinte arrisca multas.

(Notícia atualizada às 19h56)

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Combustíveis interrompem ciclo de subidas. Preços não mexem na próxima semana

Depois de várias semanas de subida dos preços, o litro da gasolina vai permanecer inalterado na próxima semana, ainda que no valor mais alto desde novembro. O gasóleo também não vai sofrer alterações.

Na semana a seguir à corrida às bombas de combustível para atestar os depósitos, provocada pelas falhas de abastecimento originadas pela greve dos motoristas de materiais perigosos, os preços da gasolina e do gasóleo vão ficar inalterados. No caso da gasolina, é a primeira vez que o preço não sobe em 11 semanas.

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Fonte do setor adiantou ao ECO que tanto o litro do gasóleo como o da gasolina não vão sofrer alterações na próxima semana. O litro da gasolina simples 95 ficará nos 1,546 euros da passada segunda-feira, e o gasóleo simples nos 1,383 euros.

A manutenção dos preços é um reflexo da estabilidade registada na cotação internacional dos produtos petrolíferos, já que a evolução destes depende do comportamento da cotação do petróleo e derivados nos mercados internacionais na semana anterior e ainda da cotação do euro face ao dólar — as matérias-primas são geralmente transacionadas em dólares e a valorização da divisa americana torna as exportações para o euro mais caras.

Desta forma, e depois de uma semana de correria e longas horas em filas de abastecimento para assegurar um depósito cheio ao longo do fim de semana prolongado da Páscoa, os condutores em Portugal poderão começar a respirar fundo, já que além da estabilização dos preços, também se sentirá a estabilização da oferta.

Conforme explicou a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) ao ECO, a normalização do abastecimento será uma realidade já no início da próxima semana.

“A partir de hoje [quinta-feira] há melhorias, mas nem hoje nem amanhã a situação ficará normalizada”, sublinhou António Comprido, secretário-geral da Apetro, acrescentando que “se houver trabalho ao longo deste fim de semana, se os transportadores e motoristas estiverem disponíveis para fazerem esse esforço, admitimos que, efetivamente, ficar normalizada até ao início da próxima semana”.

De salientar, porém, que os preços dos combustíveis em Portugal podem variar de posto para posto.

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