Combustíveis roubam 200 milhões às contas da Lufthansa. Prejuízos chegam aos 336 milhões de euros

Combustíveis, Brexit e excesso de capacidade na aviação europeia, factores arrastaram a companhia companhia aérea alemã para prejuízos de 336 milhões de euros.

Aumento do preço dos combustíveis, incerteza em torno do Brexit e excesso de capacidade na Europa, uniram-se no primeiro trimestre do ano para pressionar as contas da Lufthansa, que anunciou esta terça-feira prejuízos na ordem dos 336 milhões de euros.

O maior grupo de aviação alemã, que ainda voa com as insígnias SWISS, Austrian Airlines, e a low cost Eurowings, viu as receitas caírem de forma significativa, ao mesmo tempo que um aumento superior a 200 milhões de euros na fatura com combustíveis, anulou quaisquer potenciais ganhos. A influenciar as vendas esteve a incerteza quanto ao destino do Reino Unido na União Europeia, que levou os consumidores a adiarem viagens, e o excesso de capacidade que fez baixar os preços.

A quebra dos resultados é ainda mais significativa na comparação com o período homólogo, altura em que a Lufthansa beneficiou de uma redução da capacidade devido à insolvência da Air Berlin, e alcançou um lucro de 52 milhões de euros, diz a companhia em comunicado.

No comunicado, a companhia aérea procura acalmar os investidores, antecipando um aumento das receitas no segundo trimestre devido a “níveis favoráveis de reservas”.

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Cegoc tem formação personalizada com base no percurso de cada um

  • Ricardo Vieira
  • 16 Abril 2019

Cursos usam o formato 4REAL (Real Efficient Adapted Learning), que personaliza o ensino, com base os percursos de aprendizagem e nos objetivos e ritmo de cada formando.

A Cegoc, empresa de formação profissional, tem disponível nova oferta formativa em áreas como contabilidade e fiscalidade, administrativa e financeira, comercial & marketing, produção e planeamento, controlo de gestão, recursos humanos, legal e tecnologias de informação. Alguns destes cursos utilizam o formato 4REAL (Real Efficient Adapted Learning), uma solução que usa a personalização dos percursos de aprendizagem, de acordo com os objetivos e ritmo de cada formando.

“Através desta reformulação vai ser possível medir, logo ao início, os conhecimentos dos formandos e, mais adiante, integrar momentos de coaching à distância, para ajudar cada formando na transferência do ‘saber’ para o ‘fazer’ no seu próprio contexto real de trabalho”. Uma forma, como também explica José Araújo, coordenador da área financeira da Cegoc, vai “ajudar os formandos e as empresas a aumentarem significativamente o impacto da formação”.

José Araújo diz também que o “novo conjunto de percursos na área financeira privilegia o treino prático e a resolução de casos concretos em sala, o que possibilita a aquisição dos conceitos e conhecimentos teóricos através da plataforma Learning Hub, que permite também aos formandos interagirem com o formador durante e após a formação, quando já se encontrarem no seu contexto de trabalho”.

Como é referido em comunicado às redações, esta oferta “vai ao encontro das orientações internacionais que regulam as profissões da área financeira” e apresenta “uma elevada componente prática com percursos desenhados para ajudar os formandos a aumentarem significativamente a sua performance em contexto organizacional”.

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Fim do contrato é principal motivo do desemprego

  • Ricardo Vieira
  • 16 Abril 2019

O término do contrato é a razão mais apontada para o desemprego, mas há também quem se tenha despedido ou visto a empresa onde trabalha encerrar atividade.

O Guia do Mercado Laboral 2019, elaborado pela Hays, mostra que 27% dos inquiridos estão desempregados devido ao fim do contrato, enquanto outros apontam a reestruturação da empresa como principal causa (24%). Mas há também quem se tenha despedido (22%), esteja no desemprego devido a falência ou encerramento da entidade empregadora (7%) ou à procura do primeiro emprego (5%).

Entre os participantes deste estudo, 65% estava desempregado há menos de seis meses e 11% há mais de dois anos. Comercial/vendas, engenharia e administrativa/suporte são as principais áreas de atuação dos profissionais qualificados no desemprego.

A análise do mercado mostra ainda que se os profissionais no desemprego pudessem investir atualmente numa outra área de formação seria em Tecnologias da Informação & Telcos (14%), em Marketing e Comunicação (12%) e em Turismo & Lazer/ Restauração (8%).

De salientar ainda que, no ano passado, 42% dos profissionais desempregados recusaram ofertas de emprego, apontando como motivos principais o salário oferecido não suficiente (55%), as condições contratuais não pretendidas (29%), o projeto não era interessante (28%) e a oferta não se adequava à experiência ou área de formação do inquirido (25%).

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Lisboa e Luanda estão num vaivém diplomático nunca visto

  • ECO
  • 16 Abril 2019

O vaivém entre Lisboa e Luanda é constante por parte de membros dos Governos e administrações públicas. Diplomatas defendem que esta nova dinâmica coloca o relacionamento bilateral "noutro patamar".

O vaivém entre Lisboa e Luanda é constante por parte de membros dos Governos e as administrações públicas de Portugal e Angola. Depois das visitas quase coladas de António Costa, João Lourenço e Marcelo Rebelo de Sousa — nas quais foram assinados 35 documentos de cooperação — já estiveram em Portugal dois ministros angolanos e, esta terça-feira, chega a Angola a ministra da Justiça portuguesa.

De acordo com o Público (acesso condicionado), em apenas seis meses, primeiro-ministro português e os Presidentes dos dois países tiveram reuniões de alto nível nas duas capitais. Um ritmo que é considerado inédito nas relações bilaterais.

Na opinião de vários diplomatas portugueses, esta nova dinâmica coloca o relacionamento bilateral “noutro patamar”. “Não é um reset, mas mudámos de nível”, referiu um diplomata ao Público. “A máquina da administração pública angolana está mobilizada e há um novo fluxo de contactos”.

Menos de um mês depois da visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Luanda, foi a vez de o ministro das Obras Públicas de Angola, Manuel Tavares de Almeida, visitar Lisboa. Na semana passado, o ministro da Administração do Território e Reforma do Estado, Adão Almeida, visitou Luanda. Um dos protocolos assinados pelos dois chefes de Estado em Luanda, em março, foi de cooperação a nível da administração local, estando ainda prevista a participação do ministro angolano das Pescas​ na reunião do Oceans Meeting, em Lisboa, a 16 e 17 de maio.

Esta terça-feira é a vez de Francisca Van Dunem, ministra da Justiça, iniciar uma visita oficial de três dias a Angola. Foi o anúncio do cancelamento da sua visita a Luanda em fevereiro de 2017 que evidenciou a gravidade do problema bilateral gerado com o processo da Operação Fizz.

Contrariando estas boas relação, esta segunda-feira foi tornado público que o Presidente angolano tentou demover, em vão, o ex-chefe de Estado de Angola José Eduardo dos Santos de viajar, esta terça-feira, para Espanha, via Lisboa, num voo da TAP, “contrariando diligências protocolares e logísticas”.

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Esquerda e direita querem reconhecer já mil dias de serviço aos professores

  • ECO
  • 16 Abril 2019

Tanto os partidos de esquerda como de direita defendem o reconhecimento dos mais de nove anos dos professores, que ficaria expresso na lei. No entanto, discordam na forma de o fazer.

As propostas para a recuperação das carreiras dos professores serão discutidas esta terça-feira no Parlamento. Embora o PCP e o Bloco de Esquerda (BE) se afastem do PS e do PSD na fixação de um calendário para recuperar os nove anos de serviço dos professores, têm, no entanto, uma proposta em comum: o reconhecimento dos primeiros dois anos, nove meses e 18 dias, com efeitos retroativos a janeiro.

Nos documentos que apresentaram no Parlamento, o PCP e o BE propõem a recuperação de 1.027 dias a 1 de janeiro de 2019. O mesmo defende o PSD: “A contabilização de dois anos, nove meses e 18 dias produz efeitos a 1 de janeiro de 2019“. Isto significa que um professor que progrida no final de dezembro, poderia voltar a progredir em 2020 (uma vez que ganha 2,8 anos em janeiro, se o escalão for de quatro anos).

“Poderá haver condições para alterar o diploma do Governo relativamente aos dois anos”, acredita Margarida Mano, deputada do PSD. “Há base para chegar a acordo sobre a contabilização do tempo todo”, continua, embora o partido se afaste da Esquerda na forma de o concretizar. Ou seja, os partidos defendem o reconhecimento dos mais de nove anos, mas discordam na forma de garantir esse reconhecimento.

O PCP e o BE estabelecem um calendário fixo de recuperação de quase 400 dias em cada um dos anos entre 2020 e 2025, enquanto os sociais democratas recusam estabelecer qualquer calendário, remetendo os prazos para negociações entre o Governo ou o futuro Governo e os professores. “Ter dois anos de imediato é um dos objetivos, mas não é o único”, diz Joana Mortágua, do BE. “Também queremos uma forma concreta e com calendário estabelecido de recuperar tempo de serviço”.

Já o CDS anunciou esta segunda-feira a sua proposta de alteração ao decreto. De acordo com a deputada Ana Rita Bessa, citada pelo Negócios, a proposta acompanha a intenção de antecipar o reconhecimento dos primeiros dois anos, nove meses e 18 dias de serviço para 2019. O CDS também apoia o princípio de recuperação dos nove anos mas, como o PSD, discorda da fixação de um calendário.

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Lisboa trava após quatro sessões de ganhos. Galp e retalho pressionam

A bolsa nacional está em queda ligeira, numa sessão em que os principais índices europeus também estão quase inalterados. O PSI-20 está a ser pressionado pelas ações da Galp, Jerónimo Martins e Sonae.

Após quatro sessões de ganhos, a bolsa nacional travou. O PSI-20 segue com perdas ligeiras, num dia em que os restantes índices bolsistas do Velho Continente seguem pouco inalterados, mas com tendência ligeiramente positiva.

O PSI-20 arrancou a negociação a perder uns escassos 0,06%, para os 5.406,24 pontos, condicionado pelo recuo das ações da Galp Energia, mas também das retalhistas Jerónimo Martins e Sonae.

As ações da petrolífera recuam 0,79%, para os 14,365 euros, em sintonia com as cotações do petróleo que também desvalorizam nos mercados internacionais. O preço do barril de brent, referência para as importações nacionais desvaloriza 0,34%, para os 70,94 dólares no mercado londrino.

A Galp Energia dá ainda seguimento à desvalorização de mais de 1% da sessão anterior, dia em que divulgou um aumento de 8% da sua produção no primeiro trimestre do ano.

Por sua vez, as ações da Jerónimo Martins deslizam 0,39%, para os 14,16 euros, ajudando a impedir ganhos no PSI-20. O mesmo acontece com a Sonae que vê as suas ações perderem 0,63%, para os 95,30 cêntimos.

A impedir perdas mas acentuadas, está o BCP que prolonga os ganhos de mais de 3% registados na sessão anterior. As ações do banco liderado por Miguel Maya somam 0,44%, para novos máximos do ano nos 22,96 cêntimos.

(Notícia atualizada às 8h23 com mais informação)

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Governo avança com requisição civil na greve dos motoristas de matérias perigosas

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

O Governo aprovou resolução que reconhece a necessidade de requisição civil no caso da greve dos motoristas de matérias perigosas. Acusa grevistas de não cumprir serviços mínimos.

O Governo aprovou esta terça-feira uma resolução do Conselho de Ministros que reconhece a necessidade de requisição civil no caso da greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou na segunda-feira.

Segundo um comunicado da presidência do Conselho de Ministros, “a greve em curso afeta o abastecimento de combustíveis aos aeroportos, bombeiros e portos, bem como o abastecimento de combustíveis às empresas de transportes públicos e aos postos de abastecimento da Grande Lisboa e do Grande Porto”.

A nota explica ainda que se impõe a figura da requisição civil para “assegurar a satisfação de necessidades sociais impreteríveis na distribuição de combustíveis”.

A presidência do Conselho de Ministros acrescenta que esta decisão foi tomada “depois de se ter constatado que no dia 15 de abril não foram assegurados os serviços mínimos” fixados pelos ministros do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do Ambiente e da Transição Energética.

A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica, tendo sido impugnados os serviços mínimos definidos pelo Governo.

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) já rejeitou os fundamentos da greve e exigiu o cumprimento da lei quanto às regras de execução da paralisação.

“Face à greve convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, a ANTRAM não pode deixar de denunciar o atropelo da legalidade que está a ser cometido por este sindicato, quer pelo facto de não ter promovido a organização dos serviços mínimos, quer pelo facto de não incentivar os trabalhadores em greve ao cumprimento desses serviços”, disse, em comunicado, a associação.

Apesar de reconhecer que a greve é “um direito constitucionalmente previsto”, a ANTRAM sublinhou que o “cumprimento das regras da sua execução” decorre igualmente da mesma constituição e exigiu que o Governo “assuma as suas responsabilidades, que acione todos os meios de que dispõe para impor a legalidade e a normalidade democrática, fazendo cumprir, desde já, os serviços mínimos determinados”.

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Governo lança três linhas de financiamento aos transportes

  • ECO
  • 16 Abril 2019

As três linhas de financiamento que serão lançadas pelo Governo terão um valor total de 1,15 milhões de euros, sendo a maior parte destinada ao transporte flexível nas zonas com menos população.

O Governo vai lançar esta terça-feira três linhas de financiamento para apoio nos transportes num valor total de 1,15 milhões de euros. De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), a maior parte desse montante será destinado ao transporte flexível nas zonas de menor densidade populacional.

As três linhas de financiamento são provenientes do Fundo para o Serviço Público de Transportes e apoiam projetos com 75% do valor a fundo perdido. “É importante haver uma parcela do investimento suportada pelos candidatos, para garantir que se trata de projetos prioritários”, referiu àquele jornal José Mendes, secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade.

Para implementar este transporte flexível estão destinados 500 mil euros, nomeadamente para projetos de desenvolvimento de aplicações ou plataformas eletrónicas, para gestão dos pedidos neste tipo de transporte.

Como explicou José Mendes, o objetivo passa por uma gestão mais eficaz e uma maior qualidade no serviço de transporte a pedido “seja com miniautocarros municipais seja com táxis”. Um tipo de transporte que tem grande importância nas zonas com menos população e sem uma rede de transportes públicos. “Confiamos que estas três linhas de financiamento vão apoiar projetos de pequena e média dimensão e que serão esgotadas muito rapidamente”.

A segunda linha de financiamento, avaliada em 300 mil euros, será destinada ao desenvolvimento de sistemas de informação ao público e à assessoria técnica e ações de formação. A terceira linha, de 350 mil euros, visa preparar as autarquias para o lançamento dos concursos que terão de ser realizados este ano devido ao fim do período transitório do regulamento europeu em matéria de transporte público de passageiros.

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Hoje nas notícias: Notre Dame, professores e transportes

  • ECO
  • 16 Abril 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O incêndio de grandes dimensões que destruiu parte da Catedral de Notre Dame, em Paris, faz capa em jornais de todo o mundo e Portugal não é exceção. Na imprensa nacional é ainda dado destaque à discussão das carreiras dos professores que volta esta terça-feira ao Parlamento, mas também aos mais de 31 milhões de euros exigidos ao Estado em processos por atrasos na justiça. Destaque ainda para um pacote de ajuda de meio milhão de euros para apoiar o transporte a pedido e para o vaivém diplomático entre Lisboa e Luanda.

Incêndio destrói parte da Catedral de Notre Dame, em Paris

Um incêndio de grandes dimensões destruiu este segunda-feira uma parte da Catedral de Notre Dame, em Paris. O fogo deflagrou por volta das seis da tarde, tendo consumido dois terços do topo do edifício e causando ferimentos graves a um bombeiro. Esta terça-feira, o tema está a ser manchete em vários jornais de todo o mundo, associado a uma perda patrimonial de grande importância na Europa, que afetou o símbolo da arquitetura gótica. O Presidente francês já anunciou obras de reconstrução. Leia a notícia completa no Observador (acesso condicionado).

Governo apoia transportes a pedido com meio milhão de euros

O executivo de António Costa lançou um pacote de apoio ao setor dos transportes composto por três linhas de financiamento. Quase metade do total de 1,15 milhões de euros disponibilizados destinam-se ao transporte flexível a pedido nas zonas de baixa densidade populacional, avança o Jornal de Negócios (acesso pago), nesta terça-feira. As três linhas de financiamento, provenientes do Fundo para o Serviço Público de Transportes, apoiam os projetos com 75% do valor a fundo perdido.

Esquerda e direita querem reconhecer já mil dias de serviço aos professores

As propostas sobre a recuperação das carreiras dos professores vão ser discutidas esta terça-feira, mas devem baixar à especialidade. Apesar de se afastarem na fixação de um calendário para o reconhecimento dos nove anos de serviço, o PCP, Bloco de Esquerda (BE), PSD e CDS coincidem numa proposta concreta: o reconhecimento dos primeiros dois anos, nove meses e 18 dias deve ser imediato, com efeitos retroativos a janeiro. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Exigidos 31 milhões de euros ao Estado por atrasos na Justiça

No último trimestre do ano passado, estavam pendentes nos tribunais administrativos de primeira e segunda instância 169 processos contra o Estado por atrasos na Justiça, cujo valor global ascende a cerca de 31 milhões de euros, dá conta o Público (acesso condicionado), nesta terça-feira, com base em dados facultados pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF). Este organismo recomendou em maio de 2017 que fossem consideradas prioritárias este tipo de ações.

Lisboa e Luanda num vaivém diplomático nunca visto

O vaivém entre Lisboa e Luanda é constante por parte de membros dos governos e as administrações públicas de Portugal e Angola. Depois das visitas quase coladas de António Costa, João Lourenço e Marcelo Rebelo de Sousa — nas quais foram assinados 35 documentos de cooperação — já estiveram em Portugal dois ministros angolanos e nesta terça-feira chega a Angola a ministra da Justiça portuguesa, Francisca Van Dunem, explica o Público (acesso condicionado). Vários diplomatas consultados pelo jornal dizem que a nova dinâmica colocou o relacionamento bilateral “noutro nível”.

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Companhia aérea brasileira Avianca cancela mais de 300 voos até sábado

  • Lusa e ECO
  • 16 Abril 2019

Pelo menos 50 voos ficarão em terra todos os dias até sábado. Companhia atravessa recuperação judicial para tentar evitar a falência.

A companhia aérea Avianca Brasil, que atravessa uma crise financeira, vai cancelar mais de 300 voos até sábado. Em média ficarão em terra 50 voos por dia, escreve a empresa na sua página de internet .

Num comunicado enviado à agência Lusa, a Avianca explica que a decisão da empresa foi tomada face a uma possível redução da frota aérea, mas não detalhou o número de pessoas afetadas pelo cancelamento dos voos.

“A Avianca Brasil informa que, devido a uma possível redução da sua frota e visando minimizar o impacto na sua operação e aos seus passageiros, decidiu efetuar cancelamentos pontuais de voos conforme a lista disponível no ‘site’ da companhia, que será atualizado diariamente de acordo com eventuais ajustes”, refere a companhia aérea.

A empresa reitera no comunicado que “está a tomar todas as medidas necessárias para manter a normalidade de suas operações”.

Na sexta-feira, a companhia aérea já tinha determinado o cancelamento de cerca de 180 voos.

Em recuperação judicial, uma ação para tentar evitar a falência da empresa, a Avianca Brasil foi acionada na justiça pelas companhias que lhe fazem o empréstimo de aeronaves, por falta de pagamento.

A Agência Nacional de Aviação Civil brasileira determinou, na passada sexta-feira, o cancelamento da matrícula de 10 aeronaves alugadas pela Avianca, devido a uma decisão judicial que determinou a reintegração de posse das aeronaves à Constitution Aircraft Leasing, empresa proprietária.

Nos últimos dias, a companhia aérea também tem enfrentado problemas com operadores de aeroportos.

A Avianca tem o pagamento de taxas aeroportuárias atrasado, o que tem gerado ameaças de suspensão de voos da companhia, de acordo com o portal de notícias G1.

A operadora já atrasou pagamentos nos aeroportos brasileiros de Guarulhos, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador e Fortaleza.

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5 coisas que vão marcar o dia

Parlamento discute tempo "perdido" pelos professores e regras das SIGI. Mais uma audição na Comissão de Inquérito ao banco público e OCDE divulga dados do emprego.

Esta terça-feira fica marcada por duas apreciações parlamentares. Os deputados discutem, esta tarde, a contagem do tempo congelado dos professores e as novas regras da SIGI, enquanto na Comissão de Inquérito à CGD decorre mais uma audição. Na Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade, debate-se o relatório. E a OCDE divulga os dados do emprego do quarto e último trimestre de 2018.

Contabilização integral do tempo “perdido” pelos professores? Deputados apreciam

Os deputados vão discutir, esta terça-feira ,o diploma publicado pelo Governo no qual se prevê a recuperação de apenas dois anos, noves meses e 18 dias dos nove anos, quatro meses e dois dias “perdidos” pelos professores nacionais. As bancadas bloquista, comunista e social-democrata pediram a apreciação parlamentar desta medida, depois de o Executivo ter avançado com a sua publicação apesar da forte contestação por parte dos docentes. Tanto o Bloco de Esquerda, como o PCP, o PSD e o próprio CDS-PP defendem a contabilização integral do tempo congelado, embora os diferentes partidos sugiram diversas formas de contagem e faseamento.

SIGI no Parlamento

A Assembleia da República vai apreciar, esta terça-feira, as novas regras das Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI), que foram aprovadas pelo Executivo no início de fevereiro. De acordo com os bloquistas, “tal como está, este diploma vem no sentido da financeirização da habitação e ao arrepio do que está a ser discutido no âmbito dos projetos de lei de bases da habitação“, daí que se tenha marcado uma reunião para esta tarde. Isto apesar de o ministro da Economia ter avisado que essa apreciação abriria “uma caixa de Pandora que, no limite, até vai começar a descaracterizar isto completamente”

Diretor de Empresas Sul da CGD ouvido na comissão de inquérito

O diretor de Empresas Sul do banco público vai, esta terça-feira, ao Parlamento. Alexandre Santos vai ser ouvido pelos deputados da II Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização das Caixa Geral de Depósitos e à Gestão do Banco. Neste âmbito, também já foram ouvidos os responsáveis da EY (consultora que realizou a auditoria a 16 anos da CGD, que revelou que foram concedidos créditos mesmo com um parecer desfavorável da direção de risco), o governador do Banco de Portugal, o antigo governador Vítor Constâncio e os órgãos de fiscalização do banco público.

Relatório sobre Rendas Excessivas em discussão

Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade vão apreciar, esta terça-feira, as propostas de alteração apresentadas ao relatório desta comissão e votar o documento em questão. De acordo com o relatório, a EDP (entre outros produtores) foi beneficiada em vários milhares de milhões de euros graças a contratos estabelecidos pelo Estado. Em reação, a empresa liderada por António Mexia já disse que as “conclusões são distorcidas e as recomendações inaceitáveis”. Também o PSD e CDS já fizeram críticas ao documento, concordando o PS com “muitas das abordagens e problematizações”.

Como evoluiu o emprego na OCDE?

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulga, esta terça-feira, os dados do emprego relativos ao último trimestre de 2018. Entre julho e setembro, a taxa de emprego na OCDE aumentou 0,1 pontos percentuais (p.p.), face ao trimestre anterior, para 68,4%. Em Portugal, a subida foi de 0,4 p.p. para 70%. Numa análise por grupos etários, tendo em conta o conjunto da OCDE, verificou-se uma evolução positiva em 0,2 p.p. nos trabalhadores entre os 55 anos e os 64 anos e em 0,1 p.p. entre os 25 e os 54 anos.

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Metade da banca baixou spread da casa este ano. Agora, CGD é a mais “cara”

Cinco num universo de dez bancos cortaram este ano a margem mínima que cobram para financiar a compra de casa. Spreads mínimos vão agora de 1% no Bankinter até aos 1,3% da CGD.

A “guerra dos spreads” da casa está ao rubro. Passou pouco mais de um trimestre deste ano e já cinco bancos reviram em baixa a margem mínima que cobram para financiar a aquisição de casa. Ou seja, metade dos bancos mais representativos do mercado de crédito à habitação nacional. Essas mexidas colocaram o spread mínimo do mercado numa média de 1,19%, entre o mínimo de 1% oferecido pelo Bankinter e os 1,3% em vigor na CGD que voltou assim a apresentar a oferta menos atrativa do mercado. Mas as revisões em baixa de spreads poderão não ficar por aqui.

O quadro atual de spreads surge no seguimento da revisão em baixa do EuroBic que na atualização do seu preçário colocou nesta segunda-feira, a margem mínima que cobra para financiar a compra de habitação nos 1,2%. Com essa mexida, o banco liderado por Teixeira dos Santos ultrapassou as condições disponibilizadas pelos maiores bancos nacionais.

Isto depois de o BPI, em fevereiro, também ter reduzido o seu spread mínimo para 1,25%, e de em março outros três bancos terem dado passos semelhantes. Em concreto o Santander Totta e o Crédito Agrícola que colocaram a margem mínima nos 1,2%, e o Montepio que reduziu o seu spread para 1,175% no âmbito de uma campanha de comemoração dos 175 anos da instituição financeira que dura até setembro.

Os spreads mínimos em dez bancos

Fonte: Preçários dos bancos

Não ocorrendo alterações entretanto, a CGD passa a ser o banco que exige o “prémio” mínimo mais elevado do mercado. Depois de ter procedido a duas descidas do spread mínimo na primeira metade do ano passado e ter apostado em força na rapidez como forma de incentivar a concessão de crédito, o banco público disponibiliza no seu preçário uma margem mínima de 1,3% desde junho do ano passado.

Confrontada com este cenário, fonte oficial do banco público faz questão de salientar que a “Caixa é líder na carteira de crédito à habitação e está atenta ao mercado“, negando comentar uma eventual reação que possa ter em virtude do quadro atual de spreads. “A Caixa saberá estar neste mercado e comunicará alterações sempre que estas tenham acontecido. Mas não jogamos por antecipação”, concretiza.

Na base da recente concentração de descidas dos spreads mínimos estarão sobretudo três fatores, defende Filipe Garcia, CEO da IMF, que se prendem com questões ligadas à imagem do banco, a retenção de clientes e a cobrança de comissões.

“Os bancos percebem que o crédito para a compra de casa é uma importante âncora na relação com os clientes, o que significa também que um banco pouco competitivo nesta matéria arrisca-se a perder clientes ou a ficar com uma imagem de banco ‘caro'”, começa por dizer o economista. “Por outro lado, os bancos também têm interesse em estar num mercado que rende bastantes comissões ao longo de muitos anos e estão a ver o sucesso relativo dos que avançaram primeiro par a redução de spreads“, acrescenta ainda.

A Caixa saberá estar neste mercado e comunicará alterações [de spreads] sempre que estas tenham acontecido. Mas não jogamos por antecipação.

Fonte oficial da CGD

Apesar de um recuo registado nos dois primeiros meses deste ano, os níveis de concessão de empréstimos para a compra de casa estão em máximos desde 2010. Esta é uma situação que ocorre num contexto em que a política monetária do Banco Central Europeu assente em juros de referência que se encontram em mínimos históricos também incentiva os bancos a injetarem liquidez no mercado. E o crédito à habitação tem sido um dos principais motores desse objetivo.

Certo ainda é que se há relativamente pouco tempo, não se antevia que os bancos pudessem voltar a oferecer spreads mínimos na margem dos 1%, tal já é uma realidade. O Bankinter tem a sua margem mínima colocada precisamente nesse valor, com o Banco CTT a ser aquele que mais se aproxima ao oferecer spreads a partir de 1,1%.

Um eventual próximo marco é descer aquém da fasquia dos 1%. “Sempre me pareceu improvável que os spreads descessem dos 1%, mas reconheço que agora pode ser atrativo para algum banco quebrar essa barreira para se diferenciar dos demais“, defende Filipe Garcia.

Sempre me pareceu improvável que os spreads descessem dos 1%, mas reconheço que agora pode ser atrativo para algum banco quebrar essa barreira para se diferenciar dos demais.

Filipe Garcia

Economista da IMF

A comprovar-se esse cenário não será uma novidade face à realidade de há alguns anos, ainda antes da crise financeira, quando os spreads assumiram valores de tal maneira baixos que chegaram aos 0%. Ou seja, situações em que o banco não cobrava nada para disponibilizar o crédito.

Aquilo que estará em causa neste momento não se assemelha a esse cenário, mas impõe-se a questão: estarão os bancos a ir longe de mais nessas revisões em baixa de spreads?

“É difícil dizer se os bancos estão a ir longe de mais ou não”, começa por afirmar Filipe Garcia, lembrando que o spread não é a única condição comercial para os bancos, mas descreve a situação atual como “um tipo de comportamento que acontece mais perto do fim de ciclo“. Um sinal de que os bancos estarão a ir longe de mais, segundo o economista, surgirá “se voltarem a emprestar mais perto dos 100% dos valores dos imóveis ou se voltarem a aceitar avaliações dos imóveis pouco conservadoras“.

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