Solução para quem viaja para a Área Metropolitana do Porto depende das CIM

  • Lusa
  • 29 Março 2019

Passe único foi pensado para todo o país, explica ministro, apontando que cabe às comunidades intermunicipais e às áreas metropolitanas decidir como querem aplicar o dinheiro.

O presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) disse esta sexta-feira que as soluções para os utentes que vêm de fora da AMP dependem da disponibilidade das comunidades intermunicipais de comparticipar o passe único. “Há diálogos em curso, mas esse pedido tem que ser feito com comparticipação dos municípios“, defendeu quando questionado sobre as críticas dos utentes que viajam diariamente entre o Porto e Viana.

Eduardo Vítor Rodrigues, que falava à margem da cerimónia de assinatura do contrato para entrada em vigor do passe único, que decorreu no Porto, explicou que esse entendimento não pode estar apenas dependente da vontade de encontrar soluções alternativas que não prejudiquem os utentes, tem de haver uma “proposta financeira”.

“A questão que tem que ser posta em cima da mesa é muito clara. Na área metropolitana, os municípios estão a pôr dinheiro em cima do dinheiro do governo, se todos fizermos o mesmo conseguimos encontrar boas soluções. Agora a área metropolitana não tem recursos para compensar as demais CIM”, sublinhou.

A Lusa noticiou hoje que os utentes que viajam diariamente de autocarro entre o Porto e Viana do Castelo, com “passes mensais de 130 euros”, lamentam ter ficado “de fora” do Programa de Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART) que entra em vigor em abril.

Em declarações à Lusa, profissionais que vivem em Viana do Castelo e trabalham no Porto, a cerca de “uma hora e meia” de distância numa viagem de autocarro, dizem contribuir para a diminuição do transporte individual nos grandes centros urbanos e manifestam “revolta” por não terem sido contemplados com uma diminuição do valor dos trajetos, como aconteceu com o designado passe único das áreas metropolitanas, e como “está definido” no despacho do Governo.

Questionado pelos jornalistas, o ministro do Ambiente esclareceu que o passe único foi pensado “desde o primeiro dia” para todo o país, explicando que cabe, contudo, às comunidades intermunicipais e às áreas metropolitanas decidir como querem aplicar o dinheiro.

“Não há um alargamento para todo o país, foi sempre pensado desde o primeiro dia para todo o país, portanto, não se pode falar num alargamento”, afirmou em declarações à margem da cerimónia.

João Pedro Matos Fernandes lembrou que Portugal tem uma divisão administrativa que corresponde às duas áreas metropolitanas e ao conjunto das Comunidades Intermunicipais (CIM), pelo que, explicou, “cabe a cada uma dessas CIM e também às áreas metropolitanas decidir como é que querem aplicar do dinheiro que lhes é distribuído”.

O governante deu como exemplo a CIM de Baixo Tâmega, onde uma parcela significativa das verbas que lhe são atribuídas vai servir para reduzir o preço dos passes para quem vem para a cidade do Porto, ou seja, concluiu, “essa é mesma uma opção de cada uma das comunidades territoriais”.

“Há de facto propostas muito diferentes, como é o caso da Serra da Estrela, onde há muito poucos utentes com passe e vão beneficiar o valor dos bilhetes individuais, há quem aposte na gratuitidade para os estudantes, para idosos, para os desempregados, ou seja, há aqui uma riqueza enorme das propostas que vêm do país todo e a CIM do Alto Minho fez certamente, com o dinheiro que recebeu o que pareceu mais justo e sobre o qual nós não temos nada a comentar e a criticar”, declarou.

O primeiro-ministro assegurou hoje que, até 15 de maio, todas as Comunidades Intermunicipais (CIM) vão ter “medidas ajustadas” aos territórios, “para aumento da oferta de transporte público ou redução tarifária”.

“Ao contrário do que dizem os que mais criticam, esta medida não se destina só às Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto. A ideia surgiu, de facto, das Áreas Metropolitanas, mas o Governo deu o passo que devia ter dado, alargando a medida a todo o país“, afirmou António Costa na cerimónia de assinatura dos contratos do Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART), entre o Estado e a Área Metropolitana do Porto (AMP).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sem Novo Banco e outras medidas extraordinárias, Portugal não teria défice em 2018, diz UTAO

  • Lusa
  • 29 Março 2019

A UTAO indica que, retiradas as medidas extraordinárias e temporárias, o saldo orçamental das Administrações Públicas seria 0% do PIB em 2018.

O saldo orçamental das Administrações Públicas teria sido 0% do PIB em 2018, excluindo o efeito de medidas temporárias e não recorrentes, incluindo a injeção no Novo Banco, indica um relatório da UTAO a que a Lusa teve acesso.

“O saldo ajustado, que exclui o efeito daquelas medidas, cifrou-se, por conseguinte, em 0,0% do PIB [Produto Interno Bruto]” indica a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), na “Nota rápida sobre as contas das Administrações Públicas: janeiro a dezembro de 2018”, em contabilidade nacional, ou seja, a que conta para Bruxelas.

Os técnicos da Assembleia da República indicam que “excluindo o impacto de medidas temporárias e/ou não recorrentes, o saldo orçamental das Administrações Públicas (AP) registou em 2018 uma posição equilibrada”.

Acrescentam que “as operações com efeitos de natureza temporária e/ou não recorrente realizadas em 2018 contribuíram, no seu conjunto, para onerar o saldo das Administrações Públicas em 0,5 pontos percentuais (p.p.) do PIB”.

Os especialistas precisam que, entre as operações com impacto negativo no saldo das AP em 2018, “destaca-se a ativação do mecanismo de capitalização contingente do Novo Banco”, com um peso de 0,4% do PIB, assinalando também “um conjunto de operações de menor dimensão”, com impacto total de 0,2% do PIB.

A este nível, estão em causa a decisão judicial de pagamento de indemnização da Câmara Municipal de Lisboa a particulares pelo incumprimento de um contrato de doação, a conversão de ativos por impostos diferidos, a concessão de garantia à SATA Air Açores pelo Governo Regional dos Açores e o pagamento de indemnizações e despesas de reconstrução na sequência dos incêndios de 2017.

Em 2018 foi feita uma injeção de 791,7 milhões de euros ao Novo Banco pelo Fundo de Resolução, que está integrado no perímetro orçamental, tendo, por isso, impacto nas contas públicas.

Em sentido contrário, com efeito positivo no saldo das AP no ano passado, os técnicos do parlamento indicam a recuperação de parte da garantia do BPP, que teve um impacto sobre o saldo de 0,1% do PIB.

A UTAO refere, contudo, que “esta operação assumiu no decorrer de 2018 um valor inferior ao projetado para o conjunto do ano pelo Ministério das Finanças, tendo-se cifrado em 166 milhões de euros, ao invés de 363 milhões de euros”, com o remanescente da operação a transitar para 2019.

No total, o saldo das AP em 2018 aumentou em 2,5 p.p. do PIB, face ao défice de 3% registado em 2018, “uma melhoria para a qual contribuiu, em grande medida, o impacto das medidas pontuais e/ou não recorrentes”, indicam os peritos.

“O maior contributo para este aumento adveio das medidas de natureza temporária e/ou não recorrentes, cujo impacto negativo sobre o saldo orçamental se reduziu em 1,7 p.p. do PIB em 2018 por comparação com 2017”, lê-se na nota rápida.

A UTAO recorda que, no conjunto do ano de 2017, aquelas medidas penalizaram o saldo orçamental em cerca de 2,2% do PIB, “valor maioritariamente associado à operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos”, com um impacto de 2,0% do PIB.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou na terça-feira que o défice ficou em 0,5% do PIB em 2018, abaixo da previsão do Governo, que antecipava um défice de 1,1% do PIB na Proposta de Orçamento do Estado de 2018, estimativa depois revista em alta para 0,7% do PIB no Programa de Estabilidade 2018-2022 e confirmada na Proposta de Orçamento do Estado para 2019.

Já em fevereiro o ministro das Finanças, Mário Centeno, tinha antecipado, ao falar no parlamento, um défice em torno de 0,6% em 2018. A UTAO, por seu turno, tinha antecipado, em meados de março, que o défice ter-se-ia fixado em 0,4% do PIB no ano transato, sendo este o seu valor central da estimativa, tendo apresentado também um intervalo de previsão para entre 0,6% e 0,2% do PIB.

Para este ano, Mário Centeno disse na terça-feira, que mantém a previsão do défice, de 0,2% do PIB, apesar do défice de 2018 ter ficado abaixo do previsto pelo Governo.

A UTAO é uma unidade especializada que funciona sob orientação e presta assessoria técnica especializada à comissão parlamentar permanente com competência em matéria orçamental e financeira, elaborando estudos e documentos de trabalho técnico sobre gestão orçamental e financeira pública.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acordo do Brexit volta a ser chumbado no Parlamento. Há cimeira de emergência da UE a 10 de abril

Os deputados britânicos chumbaram pela terceira vez o acordo que definia os termos da saída do Reino Unido da UE a 22 de maio. Donald Tusk já convocou uma cimeira de emergência a 10 de abril.

É como diz o velho ditado: “Não há duas sem três”. A Câmara dos Comuns voltou esta sexta-feira a votar o acordo negociado por Londres e Bruxelas para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e, mais uma vez, chumbou-o. Esta foi a terceira vez que Theresa May levou ao Parlamento a proposta, tendo o resultado sido o mesmo que obteve nas votações anteriores, fazendo aumentar os receios em torno de uma saída desordenada. Já está agendada uma cimeira de emergência da UE.

Com uma diferença de 58 votos, a maioria dos deputados britânicos ainda não está satisfeita com os “termos do divórcio” negociados por May com Bruxelas. Ao todo, houve 344 votos contra (234 trabalhistas, 35 DNP, 34 conservadores, 16 independentes, 11 Lib Dems, 10 DUP, 4 Plaid Cymru e 1 do Partido Verde) e 286 votos a favor (277 conservadores, 5 trabalhistas e 4 independentes).

Para tentar fazer passar o acordo no Câmara dos Comuns, a primeira-ministra britânica já se tinha oferecido para abandonar o cargo. “Estou preparada para deixar este trabalho mais cedo do que pretendia para fazer o que é certo para o nosso país e para o nosso partido”, disse May, mas nem assim conseguiu mudar o sentido da votação que não foi bem recebido nos mercados, com a libra a baixar dos 1,30 dólares, um mínimo de 11 de março.

A derrota foi, contudo, menos expressiva do que as anteriores. Recorde-se que o segundo acordo levado por Theresa May ao Parlamento britânico, ainda este mês, recebeu 391 votos contra, enquanto o primeiro, em janeiro, recebeu 432 votos contra, tendo sido apelidada da maior derrota parlamentar do século.

Demissão? May procura soluções

“Este Governo vai continuar a procurar uma solução para uma saída ordenada que o resultado do referendo exige”, disse May aos deputados após o novo chumbo.

Com a nova derrota, Jeremy Corbyn apelou a Theresa May para que convoque eleições. “Este acordo tem de mudar. Se a primeira-ministra não aceita isso, então tem de sair”. “Na segunda-feira, esta câmara e todos os membros terão a oportunidade e a responsabilidade de encontrar uma maioria para um acordo melhor para todas as pessoas deste país”, acrescentou.

O próximo capítulo do Brexit acontece, precisamente, na segunda-feira, com os deputados a discutirem as opções mais votadas (embora todas chumbadas) na sessão de votos indicativos que aconteceu na quarta-feira.

O terceiro chumbo na Câmara dos Comuns anula a possibilidade de o Reino Unido sair da UE a 22 de maio e adianta a data da saída para o dia 12 de abril. Para já, Theresa May parece continuar determinada a evitar uma saída sem acordo. Tudo parece indicar que a primeira-ministra britânica vai tentar obter uma extensão do Artigo 50.º, embora essa opção enfrente uma vasta oposição no Parlamento, incluindo mesmo a oposição de alguns deputados da sua ala.

UE em alerta. Marcada cimeira de emergência

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, foi rápido a reagir ao chumbo. Convocou imediatamente uma cimeira de emergência a 10 de abril, tendo em conta o resultado. A reunião extraordinária da UE acontecerá, assim, apenas dois dias antes da data final estipulada para este cenário (12 de abril).

Em comunicado, a Comissão Europeia “lamenta o voto negativo da Câmara dos Comuns” e afirma que cabe, agora, ao Reino Unido indicar até ao dia 12 de abril qual o caminho que quer seguir.

“Neste momento, o cenário de um não acordo a 12 de abril é um cenário provável“, pode ler-se no comunicado da Comissão. “A União Europeia tem vindo a preparar-se para isto desde dezembro de 2017 e está agora completamente preparada para um cenário de não acordo à meia-noite de 12 de abril”.

(Notícia atualizada às 15h31)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Projetos ligados ao mar com investimento de 2,8 milhões de euros na região Oeste

  • Lusa
  • 29 Março 2019

Foram entregues 43 candidaturas a fundos comunitários, no âmbito do Programa do Mar 2020, ao Grupo de Ação Local da Pesca do Oeste. Destas foram aprovadas 22.

Quarenta e três projetos ligados ao mar estão em desenvolvimento na região Oeste e representam um investimento de 2,8 milhões de euros, mas só cerca de metade vai receber fundos comunitários, anunciou esta sexta-feira a entidade gestora dos fundos.

Quarenta e três candidaturas a fundos comunitário do Programa Mar 2020 foram entregues ao Grupo de Ação Local (GAL) da Pesca do Oeste, entidade gestora da Estratégia de Desenvolvimento de Base Comunitária (DLBC) para os territórios de Alcobaça, Nazaré, Óbidos, Caldas da Rainha e Peniche, no distrito de Leiria, anunciou esta entidade em comunicado.

As 43 candidaturas representam um investimento de 2,8 milhões de euros. Desse total, foram aprovadas 22, que vão receber 1,3 milhões de euros de fundos comunitários no total, oito foram anuladas por desistência dos promotores e 13 indeferidas.

Os 1,3 milhões de euros de financiamento vêm juntar-se aos 2,2 milhões já entregues em 2017, estando ainda por aproveitar cerca de um milhão de euros, motivo pelo qual o Grupo de Ação Local espera lançar novos concursos durante este ano.

O GAL da Pesca do Oeste é responsável pela análise das candidaturas de projetos inferiores a 100 mil euros dos concelhos de Alcobaça, Nazaré, Óbidos, Caldas da Rainha e Peniche, no distrito de Leiria, candidatos ao Programa Operacional Mar 2020 e ao sistema de incentivos à inovação e empreendedorismo, financiado pelo Programa Operacional do Centro 2020.

O GAL Pesca Oeste, destinado a gerir fundos comunitários até 2020, foi criado no seio da Associação para o Desenvolvimento de Peniche (Adepe), à semelhança do que aconteceu com o Grupo de Ação Costeira do Oeste 2007-2013.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Intervenção no Castelo de Monforte em Chaves arranca no segundo semestre de 2019

  • Lusa
  • 29 Março 2019

A intervenção vai iniciar-se no segundo semestre deste ano e tem um “orçamento que ascende aos 200 mil euros”.

A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) disse esta sexta-feira que a intervenção no Castelo de Monforte, em Chaves, vai arrancar no segundo semestre deste ano e conta com um orçamento de cerca de 200 mil euros.

A intervenção está inserida na Operação Castelos a Norte, que se encontra em curso até 2020, fruto de uma reprogramação entretanto efetuada junto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

O esclarecimento da DRCN surge depois da deputada do PSD eleita pelo distrito de Vila Real, Manuela Tender, ter alertado para os “sucessivos adiamentos da intervenção” prevista no Castelo de Monforte e se ter mostrado preocupada “com o abandono em que se encontra” aquele monumento nacional, classificado em 1950.

A parlamentar apelou a “uma intervenção urgente que trave a degradação” do castelo que se localiza na freguesia de Águas Frias.

De acordo com a fonte da DRCN, o projeto de requalificação do Castelo de Monforte “prevê realizar uma limpeza da vegetação que impede o acesso ao interior da antiga vila amuralhada e, consequentemente, a visitação de toda a extensa área do antigo povoado”.

A limpeza da vegetação também incidirá na envolvente imediata do castelo por forma a dignificar a imagem do monumento.

A DRCN adiantou que o projeto “privilegiará a reconstrução de alguns trechos da muralha, seja na praça de armas, seja na cerca da vila amuralhada, na zona contígua à alcáçova, assim como trabalhos de conservação na torre de menagem”.

Na plataforma subjacente ao castelo será construído um “núcleo de acolhimento aos visitantes e proceder-se-á a uma intervenção de arranjos exteriores do monumento, face a algumas transformações realizadas em data recente e que descaracterizaram o enquadramento próximo do Castelo de Monforte”.

A intervenção, segundo a DRCN, vai iniciar-se no segundo semestre deste ano e tem um “orçamento que ascende aos 200 mil euros”.

A Operação Castelos a Norte visa intervir nos castelos raianos da Região Norte: Montalegre, Monforte de Rio Livre (Chaves), Outeiro (Bragança), Mogadouro e Miranda do Douro.

Através de um projeto de revitalização, incidindo sobretudo em ações de recuperação, divulgação e promoção turístico-cultural, pretende-se, segundo a Direção Regional, “potenciar o usufruto dos monumentos pela população local e pelos turistas, nacionais e estrangeiros”.

Esta operação tem como beneficiários a Direção Regional de Cultura do Norte e os municípios de Miranda do Douro e Montalegre.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai discutir “em breve” descongelamento de carreiras

  • Lusa
  • 29 Março 2019

O Conselho de Ministros vai voltar a discutir “em breve” o alargamento a algumas carreiras da função pública do regime que repõe a recuperação de tempo de serviço dos professores.

O Conselho de Ministros vai voltar a discutir “em breve” o alargamento a algumas carreiras da função pública do regime que repõe a recuperação de tempo de serviço dos professores, revelou esta sexta-feira a ministra da Presidência.

Este alargamento chegou a constar do comunicado do Conselho de Ministros de quinta-feira, dia 28, mas a medida acabou por não ser aprovada na reunião e foi posteriormente retirada da nota: “Houve um erro no comunicado que corrigimos rapidamente”, afirmou a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, em declarações à margem de um encontro hoje em Lisboa.

“As coisas muitas vezes são discutidas em primeiras versões e depois são aprovadas mais tarde, não tem história, acontece semanalmente”, justificou a governante, adiantando que não considera “relevante” valorizar “um lapso” num comunicado.

Mariana Vieira da Silva recordou que este alargamento era do conhecimento público: “Já tinha sido uma posição pública do Governo que o que viesse a ser definido para a carreira dos professores seria alargado às outras carreiras cuja lógica de progressão é semelhante”.

A ministra especificou que o Governo vai continuar a “trabalhar” na construção “coletiva” de uma resposta para esse alargamento a algumas carreiras da função pública, e que essa proposta legislativa vai ser “brevemente” apreciado pelo Conselho de Ministros.

Há pouco mais de duas semanas, em 11 de março, foi promulgado pelo Presidente da República o diploma que permite aos docentes recuperar parte da carreira já este ano, repondo dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço dos professores congelado entre 2011 e 2017. A possibilidade de estender às carreiras da função pública, em que a progressão depende do tempo de serviço, uma solução idêntica à dos professores, chegou a constar da primeira versão do comunicado do Conselho de Ministros da passada quinta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street em alta em dia de estreia da Lyft

Há otimismo na última sessão da semana em Wall Street, no dia em que a Lyft se estreia em bolsa. Discussões "construtivas" entre EUA e China animam os investidores.

As bolsas norte-americanas estão em alta, no dia em que a Lyft se estreia em Wall Street. A animar os mercados está ainda o otimismo à volta de um possível acordo entre os Estados Unidos e a China, depois de mais uma reunião “construtiva” entre as duas maiores economias do mundo.

O S&P 500 está a valorizar 0,47% para 2.828,52 pontos, enquanto o industrial Dow Jones sobe 0,46% para 25.834,98 pontos. A acompanhar esta tendência está o índice tecnológico Nasdaq que soma 0,65% para 7.719,02 pontos, no dia em que recebe uma nova cotada.

Na última sessão da semana, os investidores estão à espera da Lyft. A rival da Uber estreia-se em bolsa esta sexta-feira, avaliada em 24,3 mil milhões de dólares (21,6 mil milhões de euros). Esta entrada para Wall Street acontece no âmbito de um IPO que permitiu à empresa angariar 2,34 mil milhões de dólares (2,08 mil milhões de euros). Cada ação chega ao mercado a 72 dólares.

Este sentimento positivo que paira em Nova Iorque deve-se também às declarações do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, após uma visita à China. Embora as negociações comerciais entre os dois países tenham terminado sem um acordo, Steven Mnuchin falou em “discussões construtivas”.

Concluímos em Pequim discussões construtivas. Aguardo com expectativa receber o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, na próxima semana, em Washington, para prosseguir com discussões”, escreveu, no Twitter.

O S&P 500 está a caminhar para o melhor trimestre desde setembro de 2009, diz a Reuters. “Tem sido um trimestre surpreendentemente forte. As pessoas estão a ficar mais confiantes do que estavam no início do primeiro trimestre e isso é um sinal positivo, mas ainda há algumas preocupações com o comércio”, diz Robert Pavlik, da SlateStone, citado pela agência de notícias.

Se for alcançado um acordo comercial, os investidores vão ficar mais otimistas. E talvez os lucros comecem a melhorar a partir do segundo trimestre deste ano”, concluiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há “mais de uma dezena” de interessados na fibra da Meo

A venda da rede de fibra ótica da Meo em Portugal está a gerar interesse no mercado, garante a administração da Altice Portugal. Há "mais de uma dezena" de investidores interessados.

Há muito que deixou de ser segredo que a Altice ATC 0,00% quer vender a rede de fibra ótica da Meo em Portugal. E os últimos sinais do comité executivo liderado por Alexandre Fonseca apontam para um negócio que está a gerar interesse no mercado.

“Há mais de uma dezena de candidatos” à operação e flexibilidade do lado da Altice em torno das condições em que a venda pode ocorrer, comentou o líder da empresa, num encontro com jornalistas, esta sexta-feira. Mas este ainda é “um processo em fase de análise” e as “ações subsequentes” vão ser decididas até ao fim do semestre, como já tinha sido noticiado pelo ECO.

Recentemente, a Reuters revelou que os investidores interessados avaliam o ativo entre os 5.000 milhões e 7.000 milhões de euros. Alexandre Fonseca assumiu conhecer estas estimativas, mas explicou que existem “várias” formas de calcular o valor do ativo — depende de se quem o está a avaliar é um hedge fund ou uma empresa de telecomunicações, por exemplo.

A ideia da Altice é tentar obter o máximo de retorno com a venda da rede de fibra. Até porque é uma infraestrutura que resulta de largos anos de investimentos milionários por parte da empresa e que cobre, atualmente, 4,49 milhões de lares em Portugal. A meta é de 5,3 milhões de casas passadas, com ou sem negócio.

“Estamos a falar de uma rede de fibra ótica construída numa lógica de wholesale, disse Alexandre Fonseca, recordando que, depois de a Anacom, em 2015, ter decidido não regular a rede de fibra da Meo, a operadora apresentou “voluntariamente uma oferta comercial” para que a Nos, a Vodafone e a Nowo pudessem, se quisessem, usar também esta rede.

“Desde o início, 30% da capacidade de cada cabo [de fibra] foi destinada a não ser usada por nós. Desde o início que queríamos usar esta rede numa lógica wholesale [grossista]”, frisou o presidente executivo da Altice Portugal. Mas há anos que as operadoras concorrentes se queixam de que os valores são demasiado elevados e não permitem rentabilizar uma eventual utilização.

“Estamos bem-dispostos. E isso é um bom sinal. Significa que há, ali, valor para extrair.

Alexandre Matos

Administrador financeiro da Altice Portugal

No mesmo encontro, Alexandre Matos, administrador financeiro, admitiu que a Altice tem flexibilidade para aceitar o modelo de negócio da operação de venda da fibra que permita gerar mais retorno para a empresa. “Estamos disponíveis para vários modelos. Estamos bem-dispostos. E isso é um bom sinal. Significa que há, ali, valor para extrair”, assumiu o CFO.

Segundo a Reuters, entre os interessados pela fibra ótica da Meo está a Brookfield Asset Management, o Canada Pension Plan Investment Board, o fundo KKR, a Macquarie Group, o grupo Blackstone e os espanhóis da Cellnex Telecom, assim como o fundo de investimento do Morgan Stanley, que comprou o portefólio de torres de telecomunicações da Altice Portugal no ano passado, em conjunto com um consórcio de Pires de Lima e Sérgio Monteiro.

A venda da fibra ótica da Meo em Portugal deverá permitir à operadora um maior foco nas operações core da empresa, ou seja, o negócio das telecomunicações para consumidores e empresas.

Em França, o grupo Altice vendeu 49,99% da rede de fibra ótica da SFR. O negócio foi fechado esta semana e permitiu à Altice France encaixar 1,8 mil milhões de euros, capital que será usado para reduzir a dívida. A infraestrutura foi adquirida por um consórcio da Allianz e da Axa.

Cotação da Altice na bolsa de Amesterdão

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Reforço da oferta nos transportes? “Isso é outro debate, hoje falamos de passes sociais”, diz PS

Corte nos preços dos transportes aplaudida por todos os partidos. Mas PS recusa misturar temas. Uma coisa é o debate sobre o reforço da procura, outra é o debate sobre o reforço da oferta.

Apesar de na última década a política para o preço dos transportes públicos ter variado entre o oito e o oitenta, ou seja, de aumentos médios de 15% num ano aos cortes profundos que agora entram em vigor, aparentemente este ano todos os partidos concordam com a política de redução significativa no custo de andar de transportes públicos.

Esta sexta-feira, os passes sociais estiveram em debate no Parlamento a pedido do Partido Socialista, ocasião em que tanto PSD como o CDS saudaram a medida do governo para simplificar e reduzir os tarifários, criticando, no entanto, o facto de a medida não abranger 100% da população e de a mesma não estar a ser acompanhada por um investimento na oferta e na capacidade de resposta dos operadores de transportes. Mas apesar de a discussão ser sobre uma política que visa aumentar significativamente a procura de transportes, o PS recusou debater o problema da oferta.

“Isso é um outro debate para o qual estamos disponíveis, mas hoje queremos falar sobre este programa de redução de tarifas”, defendeu Carlos Pereira, que deu a cara pelo Partido Socialista. Para o deputado, falar em reforço da oferta e investimentos na melhoria da qualidade dos transportes é não mais do que fugir do debate sobre a redução de tarifas. “Hoje queremos falar sobre este programa e este é um debate de que querem fugir”, criticou. Mas o que o Parlamento queria ouvir esta sexta-feira era precisamente o que planeia fazer o governo para o esperado aumento na procura ter idêntica resposta do lado da oferta.

Todos elogiam, todos criticam

O debate sobre os passes sociais arrancou com uma intervenção inicial de Carlos Pereira, que rotulou o Programa de Redução Tarifária como uma “das medidas mais esperadas desta legislatura”, já que reforça o combate às alterações climáticas, estimula a utilização do transporte público e apoia os mais desfavorecidos, sendo por isso “um passo de gigante para calar anos de falatório político”. De seguida, virou baterias para o maior partido da oposição:

“Porque querem travar isto? O que têm contra os passes sociais mais baratos em todo o continente? O PSD está em frenesim eleitoralista, mas não vale tudo… depois de quatro anos em que os passes ficaram sempre mais caros e com zero medidas estruturais para o setor, não esperávamos esta desfaçatez do PSD”, atirou.

Mas o PSD já não tem nada contra os passes sociais mais baratos. Antes pelo contrário. “O PSD concorda com a medida, é positiva, necessária e ajuda muito à mobilidade e sobretudo para o cumprimento de metas ambientais”, disse Leonídio Guerreiro. Do ponto de vista dos sociais-democratas, as críticas agora devem ser focadas na abrangência da medida, já que acusam a mesma de beneficiar sobretudo as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. “Cria barreiras de mobilidade dentro do país, porque a mobilidade das pessoas não deve depender da Comunidade Intermunicipal onde vivem”, detalhou o deputado. “Concordando com a medida, lamentamos que a mesma não tenha como objetivo servir a todos da mesma forma.”

Ao apoio do PSD à medida de redução dos preços dos transportes, seguiu-se o apoio do CDS. “Contribuo para o consenso e dou os parabéns a todos. Os princípios [da medida] são bons, já os perseguimos há mais tempo e temos proposto medidas nesse sentido. Mas sem colocar em causa as linhas genéricas, há matérias que ainda importa discutir”, apontou Hélder Amaral.

“Na zona onde mais incide a medida, a Transtejo suprimiu mil embarcações, precisa de reforçar pessoal, a oferta é pouca e de baixa qualidade. Na Soflusa encontramos o mesmo, o total de embarcações são diminutas… estão a tratar da melhoria da oferta para que a medida seja eficaz?”, questionou. “A CP suprimiu mais de 12 mil comboios, tem falta de pessoal, tal como a EMEFesta medida pode falhar por aqui. O que está a ser feito?”

Mais de 20 anos de luta e agora todos querem o crédito

Face à aparente unanimidade da ideia de cortes nos preços dos transportes públicos do lado direito da Assembleia da República, o PCP optou por aproveitar o debate desta sexta-feira para recordar as mais de duas décadas de luta por si encetadas em prol deste avanço social. “Queria começar por dizer que isto há 22 anos parecia impossível. A persistência de quem propõe medidas que são justas e defende políticas a favor das pessoas compensa quando se vê aprovadas medidas justas e boas para as pessoas e país”, disse Bruno Dias. Mas para que a medida atinja todo o seu potencial, é preciso reforçar a oferta, lembrou.

“Há responsabilidades a colocar: para reforçar os quadros de pessoal das empresas, os meios materiais, há também o problema concreto que se coloca na ligação entre regiões… são tudo elementos concretos que exigem explicação, porque o PS votou contra medidas propostas do PCP neste sentido”, apontou o deputado comunista.

Posição similar defendeu o Bloco de Esquerda que, todavia, recuou apenas dois anos, para lembrar que o Secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, defendeu então um aumento de 1,5% nos transportes em nome do “equilíbrio entre manter o transporte público acessível e a sustentabilidade das empresas”. Contudo, e dois anos depois, “já não está preocupado com a sustentabilidade das empresas?”, questionou Heitor de Sousa. E avançou para as críticas ao programa de redução tarifária.

“Há muitos buracos negros neste Programa e um dos principais tem a ver com o facto de haver deslocações pendulares, incluindo com outros operadores privados e CP, em que redução do preço dos passes não se aproxima dos valores que vão ser praticados na Área Metropolitana de Lisboa”, salientou. E deu um exemplo concreto: “De Mafra a Setúbal são 85 quilómetros. De Lisboa ao Entroncamento são 90 quilómetros. Mas os passes até Vila Franca de Xira vão custar 166 euros e o passe de qualquer habitante em Setúbal é de 40 euros. Esta desigualdade não pode deixar de ser explicada.”

PS recusa debater problema da oferta nos transportes

Apesar da unanimidade dos partidos visar tanto os elogios aos princípios da redução tarifária, como as críticas à falta de medidas para o reforço da qualidade e da oferta dos transportes públicos, e apesar do debate sobre os passes sociais ter sido agendado a pedido do partido de governo, o PS não quis debater o reforço da oferta.

“Aumento da oferta? Isso é um outro debate para o qual estamos disponíveis, mas hoje queremos falar sobre este programa de redução de tarifas. Este é um debate de que querem fugir”, começou por responder Carlos Pereira. Dada a insistência dos restantes partidos no tema, reforçou: “Este debate é sobre oferta, não espere que esta medida seja travada só porque em algumas zonas do país não estamos em situação ótima em termos de oferta.”

Paulo Trigo Pereira, deputado não inscrito, veio em auxílio do socialista: “Obviamente que a medida vai aumentar procura, mas há coisas a fazer do ponto de vista da oferta da cobertura e da qualidade, mas a procura vai estimular essa melhoria da oferta“, defendeu.

Que não perdoou esta falta de políticas para o reforço da qualidade e da oferta dos transportes públicos foi Paulo Neves, deputado do PSD. “Esta é a forma de governar do PS. Governa por decreto mas não prepara o país para as suas medidas”, atirou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acionistas da Pharol aprovam todos os pontos da AG. Lacerda Machado contraria decisão preliminar da CMVM

Os acionistas da Pharol aprovaram todos os pontos na AG da Pharol. Diogo Lacerda Machado permitiu que as três participações não transparentes atribuídas a Nelson Tanure votassem de forma independente.

Os acionistas da Pharol PHR 0,32% aprovaram todos os pontos da ordem de trabalhos na assembleia-geral que decorreu esta sexta-feira, incluindo o relatório de gestão, o balanço e as contas individuais de 2018. Os pontos foram todos aprovados por larga maioria.

No dia em se sabe que a CMVM suspeita que três participações qualificadas na Pharol podem ser controladas pelo investidor brasileiro Nelson Tanure, Diogo Lacerda Machado, presidente da mesa da assembleia geral da Pharol, decidiu aceitar que esses acionistas votassem de forma individual. As três empresas controlam mais de 18% da Pharol, mas os estatutos estão blindados a 10%.

Em causa, o facto de a decisão do regulador ainda ser apenas preliminar, havendo um prazo de 30 dias no qual as três empresas — High Bridge, High Seas e Blackhill — poderão clarificar a quem são imputados os direitos de voto. Só depois deste prazo, e caso as empresas não consigam provar a independência, é que a CMVM decreta oficialmente que a posição de mais de 18% não é transparente.

O ECO sabe que a aprovação de todos os pontos deu-se por larga maioria, numa assembleia geral bem mais tranquila do que se adivinhava há uma semana, quando a High Bridge avançou com uma proposta para remodelar quase por completo o conselho de administração da Pharol.

Para muitos dos cargos, eram propostos nomes com alegadas ligações ao empresário Nelson Tanure, que já é, atualmente, administrador da Pharol. Depois das suspeitas chegarem às páginas dos jornais, a CMVM abriu uma investigação e a proposta foi voluntariamente retirada pela High Bridge.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h28)

Cotação da Pharol na bolsa de Lisboa

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crédito habitação: há vida para além do spread

  • Conteúdo Patrocinado
  • 29 Março 2019

Quando entra num simulador de crédito habitação só tem olhos para o spread? E se lhe dissermos que há outros indicadores para avaliar qual a proposta de crédito que lhe vai custar menos?

Pode nunca ter utilizado um simulador de crédito habitação na vida, mas certamente já ouviu falar em spread. E mesmo que não saiba exatamente o que significa, já ouviu provavelmente dizer que é a melhor forma para decidir que crédito escolher, porque se tem um spread mais baixo há de ficar mais barato. Só que as coisas não funcionam bem assim.

Mas vamos por partes: primeiro tem de perceber o que é o spread. Este valor representa a margem cobrada pelas entidades de crédito para concederem um empréstimo, variando, por exemplo, em função do perfil do cliente e das garantias e características do empréstimo. O que acontece muitas vezes é que, após o cliente ter feito uma simulação inicial de crédito para compra de casa, é-lhe proposta a redução do spread se contratar outros produtos. Perante um valor de spread mais baixo o cliente acredita que está a realizar uma poupança, quando na verdade o que paga a menos de spread vai pagar a mais noutros produtos.

Vendas associadas para redução do spread

Há várias vinculações, para além do crédito habitação, que uma instituição de crédito pode propor incluir no contrato, desde a domiciliação do ordenado, ao cartão de crédito ou de débito, ao seguro de vida, débito direto, homebanking ou até mesmo os PPR ou outros produtos de poupança.

A contratação destes produtos não pode, no entanto, ser obrigatória para a aprovação do crédito habitação, apenas pode servir para obter um spread mais baixo. As únicas vinculações que podem ser mesmo exigidas aos clientes são a abertura e manutenção de uma conta à ordem e a constituição de um seguro de incêndio caso o imóvel a adquirir esteja em propriedade horizontal (geralmente opta-se por um seguro multirriscos porque, para além do incêndio, contempla outro tipo de coberturas mais alargadas). Mas mesmo neste último caso, o seguro nem sequer tem de ser feito com a entidade que está a conceder o crédito, apenas têm de ser respeitadas as mesmas coberturas.

Num simulador de crédito habitação a que deve prestar atenção

O spread por si só não lhe permite saber se uma proposta de crédito é mais vantajosa do que outra. Para fazer essa análise, partindo do pressuposto que tem várias simulações de crédito com as mesmas características (montante do empréstimo, prazo, tipo de taxa, por exemplo), condição fundamental para poder fazer comparações, preste especial atenção à TAEG e ao MTIC.

A TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global) reflete todos dos custos envolvidos na operação de crédito habitação, incluindo juros, comissões bancárias (comissão de abertura, comissão de formalização, comissão de avaliação, comissão de processamento da prestação, por exemplo), despesas (nomeadamente com impostos e com os emolumentos relativos ao registo da hipoteca) e os custos dos seguros associados ao empréstimo (o seguro multirriscos do imóvel e, frequentemente, também o seguro de vida).

No MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) ao montante total do crédito a pagar juntam-se todos os custos associados a esse crédito (juros, comissões bancárias, impostos e outros encargos). Corresponde, por isso, ao montante total que o cliente terá de pagar à instituição durante todo o período do empréstimo. Desta forma o cliente tem uma visão clara de quanto dinheiro terá pago no final pelo empréstimo que solicitou.

O que estes indicadores permitem é exatamente ter noção do custo real de um contrato de crédito, incluindo os produtos extra que são adquiridos com o objetivo de baixar o spread.

Afinal de contas, vale a pena contratar outros produtos para além do crédito habitação?

Depende. Há uma regra de bom senso: se não precisa de algo, porque vai adquiri-lo? Tem de pensar sobre a utilidade dos produtos que vai contratar e verificar, com os indicadores referidos, qual o peso que têm sobre o valor total que vai pagar pelo empréstimo. Caso não esteja interessado sequer em considerar produtos complementares há entidades, como a UCI, que propõem crédito habitação sem vinculações, pondo de lado esses produtos extra e focando-se apenas naquilo que verdadeiramente lhe interessa.
Portanto, agora só tem de entrar num simulador de crédito habitação e testar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.