Candidaturas de empresas aos incentivos à inovação com valores “recorde”

  • Lusa
  • 19 Março 2019

Segundo Nelson de Souza, as candidaturas apresentadas ao primeiro concurso do novo SI (Sistema de Incentivos) Inovação propõem-se criar “o número impressionante” de 16.250 novos postos de trabalho.

As candidaturas ao concurso de investimento empresarial do Portugal 2020 encerraram na sexta-feira com 1.155 propostas e 2.840 milhões de euros de investimento associado, um “recorde” que o Governo atribui aos “elevados níveis de confiança” na economia.

“São resultados que muito nos agradam porque se trata de uma procura que demonstra duas coisas: em primeiro lugar, que continuam bastante elevados os níveis de confiança das empresas na economia portuguesa, porque sem esses níveis de confiança não há investimento; e, por outro lado, que o Portugal 2020 [PT2020], que foi recentemente reprogramado, soube responder através desse exercício, com adaptação dos seus sistemas de incentivos às empresas e às necessidades de apoio ao investimento”, afirmou o ministro do Planeamento em declarações à agência Lusa.

Segundo Nelson de Souza, as candidaturas apresentadas ao primeiro concurso do novo SI (Sistema de Incentivos) Inovação propõem-se criar “o número impressionante” de 16.250 novos postos de trabalho, sendo que 30% do investimento total (720 milhões de euros) “é proposto ser desenvolvido no interior do país”.

No que se refere ao perfil das candidaturas recebidas, o Ministério do Planeamento aponta o facto de 271 das propostas, com um investimento associado de 854 milhões de euros (30% do investimento total), se referirem a projetos de criação de empresas e ainda o facto de “cerca de 80% do investimento” ter sido “apresentado por empresas que não têm apoios anteriores do SI Inovação no PT2020”.

Maior concurso de sempre do PT2020

Recordando que o anterior concurso relativo à Inovação Empresarial tinha recebido 875 candidaturas, com um investimento de 2,2 mil milhões de euros, o executivo destaca que “este é, assim, o maior concurso do PT2020 quando comparado com os concursos empresariais anteriores, mas é também o maior concurso do PT2020 total, quando comparado com todas as tipologias do PT2020”.

“Trata-se de um resultado de intenção de investimento, que naturalmente vai ser agora analisado e decidido, mas que logo à partida nos deixa satisfeitos por aquilo que representa em matéria de adesão, intenção, vontade e disponibilidade da parte dos empresários em dar continuidade a um trabalho, que já vem desde há alguns anos, no sentido de aproveitar, e bem, as oportunidades que têm sido criadas pelo programa Portugal 2020 e pelos seus instrumentos”, frisou o ministro.

À Lusa, Nelson de Souza recordou que a “enorme dinâmica” introduzida na gestão dos fundos destinados às empresas levou anteriormente a uma procura que fez esgotar as verbas inicialmente orçamentadas, tendo sido necessário, no âmbito da reprogramação, “dar solução a essa questão”.

“Puxámos pela criatividade e socorremo-nos de outras fontes de financiamento, mobilizámos o sistema financeiro e encontrámos uma solução criativa e inovadora, até a nível da União Europeia, que foi agora testada e parece que passou no teste, uma vez que não fez diminuir a procura, antes pelo contrário”, sustentou.

“Também isso nos deixa satisfeitos, que o novo sistema que foi introduzido, que deu resposta à nossa dificuldade de financiar a manutenção destes sistemas de incentivos no quadro do PT 2020, também se encontra resolvido”, acrescentou.

Apoio repartido entre subsídio a fundo perdido e empréstimo

Conforme explica o ministério em comunicado, até agora, o apoio consistia na atribuição inicial de um subsídio reembolsável sem juros, podendo, após a avaliação do cumprimento de metas económicas no pós-projeto (ano de cruzeiro), conceder-se uma isenção parcial de reembolso, o que resultava num subsídio a fundo perdido igual à isenção de reembolso, mais o empréstimo sem juros igual ao subsídio reembolsável inicial deduzido da isenção de reembolso.

Já no novo SI Inovação, o apoio será inicialmente repartido entre uma componente de subsídio a fundo perdido (que o executivo diz ser um “valor tendencialmente igual ao máximo da isenção de reembolso”) e um empréstimo bancário com os juros e outros encargos (como comissões de garantia, por exemplo) suportados pelo PT 2020 (num valor “tendencialmente igual ao subsídio reembolsável deduzido da isenção de reembolso”).

“Como resultado da aplicação deste novo modelo de apoio teremos a mesma intensidade de incentivo para os projetos de investimento empresarial, igual nível de financiamento para as PME [pequenas e médias empresas] e uma alavancagem dos fundos estruturais, substituindo-os por funding [financiamento] alocado pelos bancos aos empréstimos a conceder no âmbito do modelo proposto”, refere o executivo.

De acordo com o Ministério do Planeamento, na apreciação dos projetos serão agora “incorporados, a par de critérios de valia económica e para as políticas públicas, também preocupações com uma análise mais eficaz da sua viabilidade financeira, procurando parcerias com o sistema financeiro para a sua avaliação”.

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Bank of America contrata Pires de Lima para expandir negócio em Portugal

  • ECO
  • 19 Março 2019

O antigo governante do PSD trabalha a partir de Lisboa e em contacto com a equipa ibérica, apesar de a atividade do banco no país ser gerida a partir de Madrid.

António Pires Lima foi contratado pelo banco de investimento norte-americano Bank of America Merill Lynch como consultor sénior, segundo noticia esta terça-feira o Jornal de Negócios (acesso pago). O antigo ministro da Economia social-democrata iniciou funções no início da semana e a contratação tem como objetivo reforçar relações com clientes chave e ajudar na expansão do negócio em Portugal.

O antigo governante do Executivo de Pedro Passos Coelho trabalha a partir de Lisboa e em contacto com a equipa ibérica, apesar de a atividade do banco no país ser gerida a partir de Madrid. A experiência enquanto ministro, mas também como gestor terá sido o ponto forte que levou à contratação, de acordo com o Negócios.

“Portugal é um país que tem cumprido as regras da estabilidade financeira e por isso é um país interessante para um banco com o posicionamento do Bank of America, que estará interessado em explorar oportunidades na área de M&A (mergers and acquisitions, ou fusões e aquisições) e até no financiamento a empresas portuguesas com alguma dimensão”, afirmou o gestor, ao semanário Expresso (acesso livre).

Esta não é a primeira vez que o gestor desempenha funções de consultor neste setor: já o tinha feito para a empresa de private equity Advent International, onde também tinha como objetivo identificar oportunidades de investimento no país. Ministro entre 2013 e 2015, Pires de Lima foi também presidente da Compal e presidente executivo da Unicer. Mais recentemente, esteve na administração da empresa Parfois durante dois anos, um cargo que tinha deixado há menos de três meses.

(Notícia atualizada às 14h20 com declarações ao Expresso)

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Comissão dos CMEC prolongada até abril para ouvir novas entidades

  • Lusa
  • 19 Março 2019

Prazo de funcionamento da comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade foi prolongado por mais 30 dias.

O Governo decidiu prolongar, por mais 30 dias, o prazo de funcionamento da comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade, “por ser necessária a audição de outros depoentes”, foi anunciado.

“A Assembleia da República resolve […] prorrogar por 30 dias, a partir do dia 18 de março de 2019, o prazo de funcionamento da comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade”, lê-se num diploma publicado em Diário da República (DR).

De acordo com a resolução, assinada pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, na base deste prolongamento está a necessidade de ouvir “outros depoentes, para além dos já agendados”, bem como “para a elaboração do relatório final”.

O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, vai esta terça-feira à comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade, naquela que será a 54.ª audição.

Entre as personalidades já ouvidas pela comissão encontram-se o presidente executivo da EDP, António Mexia, o antigo secretário de Estado da Energia Jorge Seguro Sanches e o ex-secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro Carlos Moedas.

Em maio de 2018, o parlamento decidiu constituir uma comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas e subsídios aos produtores de eletricidade, sob a forma de Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) ou outros, determinando que a mesma deveria funcionar durante 120 dias.

Segundo um diploma, publicado na altura em DR, entre os objetivos desta comissão encontram-se determinar a “avaliação da execução da contribuição extraordinária sobre o setor energético, desde a sua criação até à atualidade”, a existência de favorecimento por parte dos governos relativamente à EDP, à REN e a outras empresas do setor no caso dos CMEC, dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) e de outros instrumentos.

Adicionalmente, a comissão foi criada com o intuito de determinar “a existência de atos de corrupção ou enriquecimento sem causa de responsáveis administrativos ou titulares de cargos políticos com influência ou poder na definição das rendas do setor energético”.

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PSD prepara cenário macro alternativo para as legislativas

Em 2015, o PS pediu a um grupo de economistas liderado por Mário Centeno para construir um cenário macroeconómico para o programa eleitoral. PSD vai seguir exemplo.

O PSD está a preparar um cenário macroeconómico alternativo para incluir no programa eleitoral que leva às legislativas de outubro. O objetivo é mostrar aos eleitores o impacto das propostas dos sociais-democratas na economia e nas contas públicas.

“Estamos a construir um cenário macroeconómico e orçamental em função das medidas que vamos ter”, disse ao ECO Joaquim Miranda Sarmento, porta-voz do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD para a área das finanças públicas.

Dentro do grupo de finanças públicas foi criado um subgrupo só para o cenário macroeconómico. Este grupo vai partir de um cenário de políticas invariantes, que reflete a situação económica e orçamental conhecida até ao momento da sua elaboração e tem em conta somente as medidas já adotadas e legisladas. Depois tem em conta as propostas que o PSD vai levar a votos nas eleições e produz um “cenário alternativo” que permite mostrar o que acontece à economia e ao Orçamento com as ideias dos sociais-democratas, explicou Sarmento.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) divulgou, na semana passada, o relatório sobre as finanças públicas para a próxima legislatura onde antecipa um crescimento económico de 1,6% este ano, seguido de um abrandamento. O défice vai manter-se dentro da margem de segurança dos 3%, mas a instituição vê riscos em torno do Novo Banco, pressões na despesa e avisa que Portugal não tem margem para aumentar a carga fiscal. Em abril, o Governo apresenta o Programa de Estabilidade onde poderá rever em baixa a meta de crescimento do PIB para 2019.

Além do porta-voz faz ainda parte deste grupo o coordenador do grupo de finanças públicas Álvaro Almeida. Para já ainda não está definido se haverá informação suficiente para quantificar o impacto de cada medida individualmente. Ou seja, qual o acréscimo ou redução de despesa e/ou receita. Não está também definido qual será o grau de exposição pública do grupo.

O resultado final deste trabalho fará parte do programa eleitoral que o PSD quer ter pronto em final de junho ou início de julho para os portugueses levarem o documento para ler “nas férias”, anunciou o presidente do CEN, David Justino, a 14 de fevereiro.

Os vários grupos de trabalho do CEN têm estado a preparar documentos temáticos para entregar ao líder do PSD. O Expresso noticiou este mês que uma das propostas que será entregue a Rui Rio passa por uma reforma da Taxa Social Única (TSU) paga pelos patrões (de 23,75%) para incidir mais sobre os lucros das empresas e menos sobre o número de trabalhadores.

Em 2015, o PS introduziu uma novidade na preparação dos programas eleitorais e convidou Mário Centeno, então economista do Banco de Portugal, para construir o cenário macroeconómico que seria integrado no programa eleitoral. Em abril desse ano, Centeno apresentou o cenário que pretendia mostrar que havia uma alternativa à política do Governo de Passos Coelho e ao mesmo tempo cumprir as regras do euro. Esse cenário fez parte do programa eleitoral socialista, mas o partido deixou cair algumas medidas propostas, o que provocou ligeiras alterações ao cenário macro do grupo de economistas.

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Cheques para carros elétricos voam. Mais de metade já foram

Já foram recebidas mais de 600 candidaturas para o apoio relativo à compra de automóveis totalmente elétricos. Só há mil "cheques" para carros.

Não vai haver “cheques” para todos. Está a haver uma corrida ao apoio à compra de automóveis elétricos, de tal forma que menos de duas semanas depois da publicação do regulamento para a atribuição do incentivo pela introdução no consumo de veículos de baixas emissões já foram prometidos mais de metade dos “cheques”.

O Governo até reforçou o apoio a atribuir este ano para quem pretende adquirir um veículo 100% elétrico, mas o reforço foi exclusivamente em termos de valor. Dos 2.250 euros, passou a passar “cheques” de 3.000 euros, tendo o teto máximo a entregar pelo Fundo Ambiental passado dos 2,25 para os três milhões de euros.

Na prática, continuam a existir apenas mil destes “cheques”. Esse era o número disponível quando foram disponibilizados os formulários para solicitar este apoio, nos primeiros dias de março. O regulamento foi publicado em Diário da República no dia de Carnaval, sendo que há já mais de 600 pedidos.

De acordo com dados do Fundo Ambiental, foram já recebidas 601 candidaturas para o apoio relativo à compra de automóveis totalmente elétricos, número que perfaz um valor total de 1,8 milhões de euros (60,1% do total). Estas candidaturas não contam já com as duas que foram excluídas por esta entidade.

Total de pedidos recebidos pelo Fundo Ambiental

Fonte: Fundo Ambiental

Recorde-se que no caso dos automóveis, o apoio está limitado a um por cada contribuinte, sendo que no caso das pessoas coletivas o apoio é limitado a quatro candidaturas. Neste caso, contudo, o valor baixa dos 3.000 para os 2.250 euros.

O ritmo de entrada dos pedidos está a ser galopante, substancialmente superior ao registado no ano passado, período em que foram contabilizados 1.170 pedidos para este apoio. A explicar está a forte procura por estes veículos 100% elétricos que, de acordo com dados da ACAP, viram as vendas dispararem mais de 150% nos primeiros dois meses do ano. Foram matriculados mais de mil em janeiro e fevereiro.

Muitas bicicletas, poucas motas

O Fundo Ambiental é também responsável pela atribuição dos “cheques” para a compra de motas elétricas, mas também de bicicletas que recorrem às baterias. Enquanto no caso dos motociclos a adesão está a ser reduzida, no caso das bicicletas os pedidos começam a acelerar.

Para a compra de motas foram atribuídos, no ano passado, um total de 16.396 euros, sendo que este ano o saldo vai em 2.400 euros, assumindo o apoio máximo de 400 euros — no caso das motas o “cheque” representa 20% do valor pago, com um máximo de 400 euros.

As bicicletas são uma novidade este ano, mas está a ser bem recebida. Os dados do Fundo Ambiental revelam que foram já apresentados pedidos de apoio para a compra de 152 bicicletas. Há mil “cheques”.

“O incentivo pela introdução no consumo de bicicletas elétricas é traduzido na forma de atribuição de unidades de incentivo no valor de 250 euros, devido pela introdução no consumo de uma bicicleta elétrica nova”, diz o Fundo Ambiental, lembrando que é apenas aceite um pedido por contribuinte.

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5 coisas que vão marcar o dia

Ministro do Ambiente vai à Comissão dos CMEC enquanto Brexit e Tancos também andam pelo Parlamento. Esta terça-feira é dia de mais um debate quinzenal e INE divulga síntese económica de conjuntura.

Um dia em cheio no Parlamento. O ministro do Ambiente vai à Comissão dos CMEC enquanto Joana Marques Vidal presta esclarecimentos sobre Tancos. O ministro da Ciência, por sua vez, responde a questões dos deputados sobre Brexit. Também o primeiro-ministro vai à Assembleia da República para abrir mais um debate quinzenal. INE divulga síntese económica de conjuntura.

Ministro do Ambiente ouvido na Comissão dos CMEC

O ministro do Ambiente e da Transição Energética vai responder, esta terça-feira, às questões dos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade. Esta comissão já conta com 53 audições, tendo visto até agora o seu prazo de funcionamento alargado duas vezes. Assim, depois de Matos Fernandes ser ouvido (o que acontecerá depois do plenário), está agendada a elaboração e discussão do relatório final.

INE divulga síntese económica da conjuntura

O Instituto Nacional de Estatística divulga, esta terça-feira, a síntese económica de conjuntura relativa ao mês de fevereiro deste ano. De acordo com a última nota deste tipo divulgada pelo INE, o indicador de atividade económica estabilizou nos 2,1 pontos e o indicador do clima económico recuou para 2,1 pontos. Já o consumo privado tinha acelerado, refletindo um contributo positivo do consumo duradouro e não duradouro. Por sua vez, o indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) desacelerou, verificando-se um crescimento menos intenso em todas as componentes, material de transporte, máquinas e equipamentos e construção.

António Costa vai à AR para mais um debate quinzenal

O primeiro-ministro vai, esta terça-feira, à Assembleia da República para mais um debate quinzenal, cujo tema será o “balanço e perspetivas” das políticas económicas. O plenário será aberto pelo chefe do Executivo, seguindo-se o PSD, BE, CDS-PP, PCP, PEV, PAN e PS. Depois desta discussão, António Costa irá ainda participar no debate preparatório do Conselho Europeu. Um tema que também motiva a reunião extraordinária de Concertação Social esta manhã. A cimeira dos chefes de Estado e de Governo dos país da União Europeia (UE) deverá ter como tema principal o divórcio do Reino Unido da UE. Na semana passada, os deputados britânicos aprovaram o alargamento do prazo da saída, estando agora do lado do bloco comunitário um “sim” a esta possibilidade.

Comissão de Assuntos Europeus discute Brexit

O presidente do Turismo de Portugal e o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior vão responder, esta terça-feira, às questões colocadas pelos deputados da Comissão de Assuntos Europeus sobre o impacto da saída do Reino Unido da União Europeia sobre o bloco comunitário. A concretização desse divórcio estava marcada para 29 de março, mas os britânicos devem pedir um alargamento desse prazo, para prepararem melhor o Brexit. Isto depois dos Parlamento ter aprovado a moção apresentada por Theresa May para estender esse prazo até ao final de junho.

Ex-Procuradora-Geral ouvida sobre Tancos

A ex-Procuradora-Geral da República Joana Marques Vidal vai ser ouvida, esta terça-feira, na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as Consequências e Responsabilidades Políticas do Furto do Material Militar Ocorrido em Tancos. Em outubro do ano passado, a magistrada garantiu que estava disponível para prestar depoimento, como testemunha, no caso que acabou por levar à demissão de Azeredo Lopes e do Chefe do Estado-Maior do Exército. Isto depois de uma investigação da RTP ter dado conta que Joana Marques Vidal terá telefonado ao ainda ministro da Defesa para se queixar da atuação da Polícia Judiciária Militar, um dia após o aparecimento das armas roubadas em Tancos.

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Fisco esclarece que entrega do IRC em maio não impede dispensa do PEC

  • Lusa
  • 18 Março 2019

As empresas que beneficiam de isenção de pagamento do PEC, podem usufruir desta medida apesar de a primeira prestação do PEC ter de ser paga em março e a entrega do IRC só acontecer em maio.

As empresas ficaram este ano dispensadas do Pagamento Especial por Conta mas, para tal, não podem falhar a entrega da declaração do IRC e da Informação Empresarial Simplificada, que terminam em 31 de maio e 15 de julho, respetivamente.

A desconformidade de datas entre o pagamento da primeira prestação do PEC (que decorre durante o mês de março) e a entrega daquelas duas declarações, causou dúvidas junto das empresas sobre quem e em que condições se poderia beneficiar da não entrega do PEC, mas um ofício publicado esta segunda-feira pela Autoridade Tributária e Aduaneira veio clarificá-las.

A dispensa do PEC consta da lei do Orçamento do Estado para 2019 mas impõe algumas condições às empresas para que deixem de estar obrigadas a fazer este adiantamento por conta do IRC.

Uma dessas condições é que tenham entregue, dentro dos prazos previstos na lei, a declaração Modelo 22 e a IES relativas aos períodos de tributação de 2017 e de 2018.

Numa nota explicativa publicada no seu site, na sequência deste ofício, a Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) refere que “apenas são relevantes as entregas das primeiras declarações Modelo 22 e IES, dentro do prazo legal” sendo que “quaisquer declarações de substituição, ainda que entregues fora do prazo, não relevam para o incumprimento da referida condição“.

Segundo atesta a AT, ficam dispensados do PEC “os sujeitos passivos que não efetuem o pagamento até ao final do terceiro mês do respetivo período de tributação, desde que as obrigações declarativas [previstas nos artigos 120.º e 121.º], relativas aos dois períodos de tributação anteriores, tenham sido cumpridas nos termos previstos”.

A AT lembra, por isso, que, no ano passado (relativamente ao período de tributação do ano anterior), a data limite para a entrega da declaração Modelo 22 (IRC) foi prolongada até ao dia 30 de junho, pelo que estão incluídos na dispensa todos os contribuintes que usufruíram desta prorrogação e não submeteram a declaração até à data limite habitual, que é em 31 de maio.

A dispensa do PEC é válida para cada período de tributação, estando sujeita a verificação em cada ano, cabendo ao contribuinte a responsabilidade de aferir as condições necessárias que serão, posteriormente, sujeitas ao controlo da AT.

O PEC pode ser feito em uma prestação (durante o mês de março) ou em duas (durante os meses de março e outubro), mas com as medidas incluídas no Orçamento do Estado milhares de empresas deixam de ser obrigadas a entregá-lo.

A dispensa abrange todas as empresas que cumpram as condições referidas e também os contribuintes em processo de insolvência, os que tenham deixado de realizar vendas ou prestações de serviços desde que tenham entregue a correspondente declaração de cessação da atividade e aqueles a quem seja aplicado o regime simplificado de determinação da matéria coletável.

Apesar da dispensa, há empresas que estão na mesma a fazer o Pagamento Especial por Conta, segundo referiu à Lusa, João Antunes, consultor do Departamento de Consultoria da OCC.

“São casos raros”, sublinhou, e envolvem sobretudo empresas que têm uma previsão de coleta e que, desta forma, evitam concentrar num único momento o pagamento integral do IRC que lhes for calculado.

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Wall Street avança de olho na Fed. Boeing e Facebook caem

Os três principais índices bolsistas dos EUA fecharam a primeira sessão da semana em alta, impulsionados pela setor financeiro, mas com a Boeing e o Facebook a sobressaírem pela negativa.

As ações norte-americanas encerraram a primeira sessão da semana em alta, apesar de nova queda dos títulos da Boeing e do Facebook. Os investidores aguardam com expectativa a reunião da Reserva Federal (Fed) dos EUA que se realiza esta semanas e em que esperam que a instituição liderada por Jerome Powell reitere o compromisso de ser “paciente” com a política monetária.

O S&P 500 avançou 0,37%, para os 2.833,06 pontos, dando seguimento ao melhor registo semanal registado desde novembro. Por sua vez, o Dow Jones somou 0,25%, para os 25.914,71 pontos, enquanto o Nasdaq ganhou 0,34%, para os 7.714,42 pontos, ambos também a recuperar.

Dos 11 principais setores do índice que agrega as 500 maiores capitalizações bolsistas dos EUA, seis registaram perdas, enquanto as energéticas e as financeiras sobressaíram pela positiva.

Na banca, o Goldman Sachs e o Citigroup sobressaíram com ganhos de 2% e 1%, respetivamente, perante as notícias a dar conta que ambos estão a ajudar o Deutsche Bank e o Commerzbank a uma potencial fusão avaliada em mais de 28 mil milhões de dólares (em torno de 25 mil milhões de euros).

O desempenho positivo dos principais índices norte-americanas acontece no dia anterior ao arranque da reunião de dois dias da Fed, ocasião em que os investidores antecipam que o banco central reforce sua abordagem “paciente” em relação a novas subidas nas taxas de juros.

“O que quer que a Fed diga pode mover o mercado”, afirmou Peter Tuz, presidente do Chase Investment Counsel, citado pela Reuters. “Achamos que (a Fed está) em espera por enquanto”, acrescentou o mesmo especialista.

O desempenho positivo do Dow Jones só não foi mais alargado em resultado do regresso às perdas por parte da Boeing. As ações da gigante norte-americana da aviação perderam 1,8%. Quedas que ocorrem depois de as autoridades da Etiópia terem analisado a caixa negra do avião que se despenhou na semana passada e terem encontrado “claras semelhanças” entre este acidente e outro que ocorreu em outubro com uma aeronave da Lion Air.

No vermelho também terminaram os títulos do Facebook, travando ganhos mais acentuados do S&P 500. As ações da rede social deslizaram em torno de 3,5%, depois de o vice-presidente da Comissão Europeia ter dito que “a dada altura, teremos que regular” as grandes empresas de tecnologia e de media social para proteger os cidadãos.

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Adolfo Mesquita Nunes demite-se de vice-presidente do CDS para assumir cargo na Galp

  • ECO
  • 18 Março 2019

Mesquita Nunes explica que fez uma opção de carreira ao aceitar o convite de Paula Amorim para administrador não executivo da Galp. Deixa vice-presidência do partido em abril.

Adolfo Mesquita Nunes renunciou ao cargo de vice-presidente do CDS, para poder assumir o cargo de administrador não-executivo da Galp, avançou o Expresso (acesso pago) esta segunda-feira.

Numa carta enviada durante o fim de semana à presidente do CDS, a que o Expresso teve acesso, Mesquita Nunes explica que fez uma opção de carreira ao aceitar o convite de Paula Amorim. Para trás fica, assim, a atividade política.

“Lamento, mas compreendo”, disse Assunção Cristas, em declarações ao jornal, acrescentando que a renúncia foi acordada entre ambos quando Adolfo Mesquita Nunes a informou que iria aceitar o convite da Galp. Em causa não está uma questão de incompatibilidade, mas antes uma opção pessoal. O novo administrador não executivo da Galp já tinha sinalizado que não pretendia prosseguir a carreira política já que recusou em recandidatar-se a deputado nas legislativas de 2015.

Adolfo Mesquita Nunes abandona a vice-presidência em abril mas manterá a função de coordenar o grupo que está a preparar o programa eleitoral para as próximas legislativas.

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Prova dos 9: “Há dinheiro dos contribuintes” envolvido no Novo Banco, como diz Marcelo Rebelo de Sousa?

Os prejuízos do NB em 2018 fizeram disparar a chamada de capital pedida ao Estado. O poder político envolveu-se num debate sobre os custos. Afinal o que isto significa para os contribuintes?

No primeiro dia do mês, o Novo Banco apresentou prejuízos de 1.412 milhões de euros relativos a 2018 e informou que iria pedir ao Fundo de Resolução 1.149 milhões de euros no âmbito do mecanismo de capital contingente criado aquando da venda da instituição ao Lone Star em 2017. O elevado montante e o clima de campanha eleitoral provocaram um debate em torno do impacto desta operação para os contribuintes.

Mário Centeno, o ministro das Finanças, defendeu que “não há nenhum euro de impostos dos portugueses a ser utilizado” na injeção de capital do Novo Banco. O chefe do Governo, António Costa, frisou que se trata de um empréstimo — “não vai custar mais de 3.890 milhões de euros. Quando digo custar, digo que se trata de um empréstimo” –, mas o Presidente da República sublinha que “há dinheiro dos contribuintes direta e indiretamente envolvido”. Ao mesmo tempo, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) — um organismo independente que fiscaliza as contas do Estado — veio falar em custos para os contribuintes “pelo menos no imediato”. O líder do PSD, Rui Rio, focou-se também nesta questão: “Uma franja muito grande da população já nem é viva” quando for devolvido dinheiro do Novo Banco.

A frase

A minha opinião mantém-se. Isto é, há dinheiro dos contribuintes direta e indiretamente envolvido — diretamente envolvido através da Caixa Geral de Depósitos, indiretamente envolvido através de financiamentos que vão aumentar a dívida pública do Estado -, importa apurar o que se passou”, afirmou o Presidente da República na semana passada.

Os factos

Quando o Novo Banco foi vendido ao Lone Star em 2017 foi criado o mecanismo de capital contingente que serve para compensar as perdas com ativos problemáticos que ficaram no balanço do banco que resultou da resolução do BES em 2014. Neste âmbito, o Estado obrigou-se a disponibilizar ao Fundo de Resolução, em caso de necessidade, o montante anual de 850 milhões de euros até um limite de 3.890 milhões de euros.

O Fundo de Resolução é da responsabilidade dos bancos, que participam com o pagamento de contribuições que correspondem à quota de mercado que cada banco tem no sistema financeiro, e beneficiou daquele empréstimo inicial do Estado que será pago em 30 anos, ou seja, até 2046.

No ano passado, o Novo Banco pediu a primeira injeção de capital referente às contas de 2017 e que tiveram um impacto no défice orçamental de 792 milhões de euros (o equivalente a 0,4% do PIB) que foram registados nas contas públicas no segundo trimestre do ano passado. O Estado só entrou com 430 milhões, tendo o restante sido colocado pelo Fundo de Resolução. Mas como o Fundo de Resolução é uma entidade que consolida no perímetro do défice, o saldo orçamental foi afetado pelo montante global.

Este ano, volta a estar previsto um impacto do Novo Banco nas contas públicas. A instituição liderada por António Ramalho pediu 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução. O valor ainda aguarda validação. O Fundo de Resolução terá depois de ver com quanto consegue entrar, sendo que o Orçamento do Estado não poderá pôr mais de 850 milhões de euros. Se o valor final for o que foi pedido pelo NB, o impacto total no défice será de quase 0,6% do PIB, dos quais 0,2% do PIB já estão contabilizados na meta do défice prevista no Orçamento do Estado para 2019.

A explicação

O impacto do Novo Banco nas contas pública resulta de um empréstimo. O Estado avança o dinheiro e os bancos pagam ao Estado através do Fundo de Resolução. Este é o acordo. Assim, na teoria não se trata de uma despesa já que o dinheiro avançado é recuperado mais tarde.

No entanto, há que ter em conta algumas questões para ter um quadro mais global sobre o impacto para os contribuintes:

Ainda assim, para já os montantes injetados têm de ser considerados no défice por serem visto como uma despesa. No entanto, as regras da Comissão Europeia ajudam Portugal. É que, quando avalia o cumprimento das metas orçamentais, Bruxelas desconta as ajudas à banca.

O melhor exemplo disso foi para já o que aconteceu com o défice de 2017 que, em termos estatísticos, ficou em 3% — foi este o número colocado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no reporte enviado para o Eurostat — mas que a Comissão e o Governo português avaliam como tendo ficado em 0,9%, quando descontada a recapitalização da CGD.

É por este motivo que não é a mesma coisa dizer que o Estado podia emprestar, por exemplo, ao Metropolitano de Lisboa ou fazer a mesma despesa para construir quatro hospitais. Qualquer um destes gastos seria também registado como despesa, mas não seria excluído por Bruxelas na hora de avaliar se Portugal cumpriu as metas do défice.

Prova dos 9

 

 

Um empréstimo é diferente de uma despesa e, por isso, em teoria ao fim de 30 anos o dinheiro terá sido devolvido, quando e se os bancos pagarem o que devem. Mas é preciso que o pagamento se concretize. No entanto, no momento atual são os contribuintes que estão a suportar este encargo, sob pena de a alternativa de uma liquidação ou nacionalização poder ser pior, por ser a fundo perdido.

Além disso, há outros custos de oportunidade que em economia não devem ser ignorados como os que se referem às condições de financiamento e ao facto de os lucros e dividendos da banca serem menores enquanto os bancos estiverem a fazer contribuições para o Fundo de Resolução.

O tratamento que Bruxelas decidiu fazer às ajudas à banca na sequência da crise financeira mitiga, de certa forma, a perceção sobre o impacto que esta operação tem nas contas públicas.

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Hudson Yards: Investimento de 25 mil milhões de dólares constrói novo bairro em Nova Iorque

Em Manhattan está a nascer aos poucos o maior empreendimento imobiliário da história dos EUA. Serão 113 mil metros quadrados com escritórios, residências, comércio, hotelaria e espaços comuns.

Nova Iorque vai ter (ainda) mais vida. É no bairro de Manhattan que está a nascer o Hudson Yards, o maior projeto imobiliário privado da história dos Estados Unidos, resultado de um investimento de 25 mil milhões de dólares. Será uma espécie de pequena cidade, com 113 mil metros quadrados, distribuídos, entre outros, por mais de 100 lojas, restaurantes, 4.000 apartamentos, um hotel e uma escola.

Já foram criados centenas de postos de trabalho para fazer nascer este megaprojeto, que criará uma revolução em Manhattan. Foi através de um investimento de 25 mil milhões de dólares que a Related Companies e a Oxford Properties Group construíram a partir do zero o Hudson Yards, com “magnitudes de fazer cair o queixo que só serão percebidas até se estar lá”, escreveu o The New York Times.

Hudson Yards, Manhattan, Nova IorqueD.R.

Ao todo serão mais de 100 lojas, ocupadas por marcas como a Cartier, Dior, Kenzo, Rolex, Tiffany & Co., Pandora, Sephora, Chanel e Louis Vuitton. Inseridos também no The Shops & Restaurants, este centro comercial de sete andares, estão ainda restaurantes dos mais conceituados chefs, como o TAK Room, Kãwi, Fuku, Belcampo e Wild ink. Esta zona do projeto abriu portas a 15 de março.

Mas haverá ainda uma torre residencial com 143 apartamentos, situados 53 andares acima do solo, com vistas panorâmicas para o rio Hudson e para outras zonas de Manhattan. A 35 Hudson Yards terá residências de T2 a T6, com áreas entre os 1.500 e os dez mil metros quadrados, e cujos preços começarão nos cinco milhões de dólares (4,4 milhões de euros).

Por concluir está ainda a 15 Hudson Yards, outra torre semelhante com quase 60% dos apartamentos vendidos, mas com alguns disponíveis que podem chegar aos 32 milhões de dólares (28,3 milhões de euros). Mas, ao todo, estão pensadas criar mais de 4.000 residências, lê-se no comunicado da empresa.

35 Hudson Yards

Além de lojas, comércio e residências, vão nascer também duas torres de escritórios, onde se instalarão empresas como a L’Oréal, a Time Warner e as suas subsidiárias HBO, CNN e Warner Brothers. No 100.º andar haverá um deck que será a maior área de observação artificial ao ar livre do hemisfério ocidental e a quinta mais alta do mundo.

Mas os planos não ficam por aqui. Do mesmo projeto fazem parte ainda um hotel com abertura prevista para junho e com mais de 200 quartos, e uma escola pública com capacidade para 750 alunos. Destaque ainda para o edifício The Shed, com oito andares e inauguração prevista para 5 de abril, que será um centro de artes e performances. Terá capacidade para 1.250 pessoas sentadas ou mais de 2.000 em pé.

Haverá ainda zonas de lazer e espaços verdes, numa área de mais de 20 mil metros quadrados de jardins, com mais de 28 mil plantas e 200 árvores. Desenvolver todo este projeto permitirá criar mais de 23 mil postos de trabalho na construção.

O Hudson Yards terá ainda um impacto positivo na economia, uma vez que contribuirá com cerca de 19 mil milhões de dólares (16,8 mil milhões de euros) anualmente para o Produto Interno Bruto (PIB) de Nova Iorque, representando cerca de 2,5% do PIB da cidade, refere o promotor. Contribuirá ainda com cerca de 500 milhões de dólares (441,4 milhões de euros) em impostos, trazendo mais de 55 mil empregos diretos para o bairro.

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Theresa May vai escrever a Donald Tusk nas próximas 48 horas para pedir adiamento do Brexit

  • Lusa
  • 18 Março 2019

"A primeira-ministra pensa ser apropriado escrever ao presidente do Conselho Europeu", disse o secretário de Estado para o Brexit, Kwasi Kwarteng.

A primeira-ministra britânica vai escrever ao presidente do Conselho Europeu, nas próximas 48 horas, para pedir um adiamento da data de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), adiantou esta segunda-feira o secretário de Estado para o Brexit, Kwasi Kwarteng.

“Apesar de o artigo 50.º não estabelecer como é que cada uma das partes pede uma extensão, a primeira-ministra [Theresa May] pensa ser apropriado escrever ao presidente do Conselho Europeu [Donald Tusk]” antes da reunião do Conselho, que começa na quinta-feira em Bruxelas, afirmou no Parlamento.

Kwarteng admitiu ser “altamente provável e esperado que o Conselho Europeu peça um objetivo claro para qualquer extensão, sobretudo para determinar a sua duração”, sendo que a aprovação de uma extensão tem de ser por unanimidade. “É expectativa do Governo que o Conselho Europeu decida aceitar qualquer pedido naquela cimeira”, acrescentou, pelo que a legislação nacional necessária para alterar a definição da data de saída deverá ser apresentada ao parlamento “na próxima semana”.

O Parlamento britânico votou na semana passada a favor de um adiamento da data de saída do Reino Unido da UE para depois de 29 de março. Ativado pelo Governo britânico em 2017, o artigo 50.º do Tratado da UE determina dois anos de negociação para um estado membro sair da UE, prazo que acaba a 29 de março e que está inscrito na legislação britânica.

Na moção aprovada, o Governo propôs pedir à UE uma “prorrogação técnica curta e limitada” de três meses, até 30 de junho, necessária apenas para passar a legislação necessária caso o parlamento aprove um acordo até quarta-feira 20 de março, véspera do Conselho Europeu. Durante o fim de semana, o Governo esteve em negociações com dirigentes do Partido Democrata Unionista (DUP) da Irlanda do Norte para garantir o apoio dos dez deputados, o qual poderia influenciar outros conservadores eurocéticos a deixar passar o documento.

Porém, além da falta de um entendimento, hoje o líder da Câmara dos Comuns, John Bercow, determinou que o Governo terá de apresentar alguma novidade no texto para aprovar uma terceira votação ao Acordo de Saída do Reino Unido da UE. “Se o Governo deseja submeter uma nova proposta que não seja a mesma nem substancialmente a mesma que aquela reprovada a 12 de março, tal é completamente aceitável. O que o Governo não pode fazer legitimamente é submeter a mesma proposta ou substancialmente a mesma que a da semana passada e que foi rejeitada por 149 votos”, justificou.

O Governo britânico acrescentou que qualquer prorrogação para além de 30 de junho exige que o Reino Unido realize eleições para o Parlamento Europeu em maio. “Estamos numa grande crise constitucional, uma crise política que queremos tentar resolver em nome do país. A primeira-ministra está a fazer tudo o que pode para tentar quebrar esse impasse”, comentou o advogado-geral do governo, Robert Buckland, à BBC News.

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