Globalização pressiona empresas e dificulta conciliação trabalho e família

Ainda que haja mais consciência das empresas portuguesas para a necessidade de facilitar a conciliação trabalho e família, a globalização dificulta a tradução prática desses valores, diz ministro.

Ainda que a promoção de ferramentas que facilitem a conciliação entre as vidas profissional, familiar e pessoal comece já a ser vista, no mercado nacional, como um trunfo das empresas, no contexto do mercado globalizado há pressões que induzem a escolha de caminhos bem diferentes. O alerta foi deixado, esta segunda-feira, pelo ministro do Trabalho, na apresentação do relatório da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) sobre esta matéria, que sublinha que, face à globalização e à consequente concorrência com outros mercados que não valorizam esse tipo de práticas, há “pressões crescentes” sobre as companhias lusitanas.

“Temos mais sensibilidade, mais recursos, uma melhor legislação, mas vivemos numa economia com uma concorrência dura, exigente. Associada à globalização e à concorrência com sociedades onde esses indicadores não são valorizados, há pressões crescentes“, sublinhou Vieira da Silva.

O governante aproveitou, por outro lado, para notar que as dificuldades na conciliação das esferas referidas limita o potencial de criação de riqueza e bem-estar das economias, “contraindo o próprio potencial da população ativa”. Isto porque, como enfatiza o próprio estudo, a fraca conciliação trabalho e família pode fazer aumentar o absentismo e consequentemente pressionar a produtividade das empresas.

Depois de ter reforçado que Portugal está entre os cinco países da União Europeia com uma melhor rede de apoio à primeira infância, o governante salientou, além disso, que a conciliação em causa não passa, apenas, pela parentalidade, mas também pelo cuidado aos ascendentes. “Conciliação não é apenas a questão da parentalidade. É a possibilidade de acompanhar os dependentes em situações críticas, é a possibilidade de acompanhar um ascendente em situação aguda”, defendeu o ministro.

Vieira da Silva frisou também que a flexibilização horária — uma das medidas recomendadas pelo estudo apresentado esta segunda-feira — não é uma solução definitiva, dependendo o seu sucesso da negociação entre patrões e trabalhadores.

“A conciliação é urgente se queremos manter as nossas sociedades capazes de criar valor, riqueza e de serem competitivas”, rematou o responsável pela pasta do Trabalho.

O relatório em causa conclui que, apesar de já se registarem algumas práticas positivas no sentido da promoção deste tipo de conciliação, permanecem alguns inibidores à sua adesão. “Apesar da legislação laboral, em Portugal, prever situações que incentivam à conciliação e, apesar de certas empresas oferecerem medidas de conciliação, não é totalmente certo que os colaboradores as utilizem com frequência. Há um conjunto de situações, devidamente descritas na literatura académica e referida nas entrevistas às empresas, que funcionam como inibidores e barreiras à utilização de medidas de conciliação pelos colaboradores”, salienta o relatório, referindo-se à falta de conhecimento sobre a legislação em vigor e sobre as ferramentas oferecidas pelos empregadores, à resistência sentida no seio das empresas, ao receio das repercussões de chefias e colegas nomeadamente da perda de oportunidades de progressão na carreira e, no limite, da perda do próprio emprego.

Sobre este tema, recorde-se ainda que, em dezembro do ano passado, o Ministério do Trabalho, em parceria com o Ministério da Presidência e da Modernização Administrativa, anunciou o programa “3 em linha”, que prevê o alargamento da licença parental inicial exclusiva do pai de 15 para 20 dias.

A propósito, segundo disse Vieira da Silva esta segunda-feira, na última década, a possibilidade de partilha da licença parental fez saltar de menos de 1% para cerca de 37% os pais que decidem participar nas licenças em causa.

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Autarquias pagam mais para novos passes. Verba chega aos 116 milhões de euros

  • Lusa
  • 18 Março 2019

As autarquias vão contribuir com 12 milhões de euros para o Programa de Apoio à Redução Tarifária, em vez dos dois milhões pedidos pelo Governo. Verba total é, afinal, de 116 milhões de euros.

As autarquias vão contribuir com 12 milhões de euros para o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) nos transportes públicos, que soma assim um total de 116 milhões, anunciou o ministro do Ambiente e da Transição Energética.

“As 23 CIM (comunidades intermunicipais) e a Área Metropolitana, com propostas diferentes e que só elas, e nunca o Governo, poderiam construir, vão mesmo além do objetivo financeiro inicial: se a nossa expectativa era de somar dois milhões de euros das autarquias aos 104 milhões do Orçamento do Estado, perfazendo 106 milhões de euros, concluímos que o PART atinge os 116 milhões de euros”, disse João Pedro Matos Fernandes. O ministro falava após a assinatura dos contratos entre o Governo e 18 autarquias para a entrada em vigor, em abril, de um passe único nos 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, que custará no máximo 40 euros.

De acordo com o ministro, todas as 21 comunidades intermunicipais, “sem uma única falta”, entregaram as suas propostas no prazo previsto, que terminou na sexta-feira passada. Matos Fernandes frisou também que, a partir de 1 de abril, “85% da população beneficiará da redução do tarifário nos transportes coletivos e, a 1 de maio, 100% da população portuguesa terá esse benefício”. “Estamos perante uma extraordinária mudança, esta é a mais significativa alteração que ocorre em todo o país, com o apoio de todas as autarquias, em favor da utilização do transporte coletivo”, frisou Matos Fernandes.

O ministro do Ambiente relatou ainda os “enormes aumentos de preços no tempo do anterior Governo”, o que conduziu “à perda de 100 milhões de passageiros no sistema”, sublinhando que a aposta do atual Governo é “clara” nos transportes públicos. Matos Fernandes lembrou também que “muitos se puseram em bicos de pés a dizer ‘a ideia é minha’” quanto à redução dos preços nos transportes públicos em todo o país, frisando que “não só é uma necessidade, como uma boa ideia”.

O ministro avançou que a ideia partiu das áreas metropolitanas, numa cimeira com o Governo, no ano passado, contando com o apoio parlamentar na aprovação do Orçamento do Estado para consagrar a redução de tarifário, “mas foi o Governo que concebeu a sua forma de financiamento, a partir de receitas da taxa de carbono atribuídas ao Fundo Ambiental”. Foi também o Governo que avançou com a fórmula de repartição dos apoios a todas as comunidades intermunicipais (CIM) do país, e às duas áreas metropolitanas, bem como a sua regulamentação, precisou o ministro.

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Apple lança novos iPads Mini e Air com ecrãs maiores

A Apple silenciosamente lançou dois novos iPads Air e Mini com ecrãs maiores, a uma semana do evento onde se espera que lance um novo serviço de streaming. Preços começam em 579 euros e 469 euros.

A Apple lançou dois novos iPads durante a madrugada desta segunda-feira. O novo iPad Air tem 10,5 polegadas, é 70% mais rápido do que o antecessor e suporta a primeira geração da caneta digital Apple Pencil. Já o novo iPad Mini tem 7,9 polegadas num ecrã que é 25% mais brilhante do que os modelos mais antigos.

Os produtos foram silenciosamente adicionados à loja online da marca, exatamente uma semana antes do evento especial marcado para 25 de março. A tecnológica convidou os jornalistas para uma apresentação no Steve Jobs Theater, em Cupertino (São Francisco, EUA).

À esquerda, o novo iPad Air. À direita, o novo iPad Mini.Apple

A nova gama de tablets da Apple já está disponível também na loja portuguesa. A versão mais básica do iPad Air custa 579 euros, enquanto o iPad Mini menos musculado custa 469 euros. Existem versões com ou sem suporte para cartão SIM, e com opções de capacidade de armazenamento de 64 GB ou 256 GB.

Estes dois novos iPads têm uma coisa em comum: ecrãs maiores. É um facto que está a dar força aos rumores de que a empresa vai apresentar na próxima semana um novo serviço de streaming de filmes e séries, para concorrer com a Netflix. Soma-se a isso a mensagem escrita nos convites para o evento: “É hora do espetáculo” — ou It’s show time, no original em inglês.

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Santander baixa spread da casa para 1,2%. Deixa BCP, Novo Banco e BPI para trás

O banco liderado por Pedro Castro e Almeida reviu em baixa a margem mínima que cobra para financiar a compra de casa. Passa a ter o spread mínimo mais baixo entre os maiores bancos nacionais.

Novo episódio na “guerra dos spreads” da casa. Depois do BPI e do Crédito Agrícola, também o Santander Totta reviu em baixa a margem mínima que cobra para financiar a compra de casa. O banco liderado por Pedro Castro e Almeida colocou o spread mínimo do crédito à habitação em 1,2%. Passa a ser o mais baixo entre os cinco maiores bancos, ao deixar de igualar o BCP, Novo Banco e o BPI.

Foi nesta segunda-feira que o Santander baixou no seu preçário o spread mínimo do crédito da casa. Este passou para 1,20%, depois de ter estado fixado em 1,25% ao longo dos últimos dez meses. No caso dos clientes afluentes, a taxa baixou de 1,15% para 1,10%.

Esse era o valor que o Santander Totta partilhava até agora com o BCP, o Novo Banco e o BPI, como sendo o spread mínimo mais baixo entre os cinco maiores bancos.

Spreads mínimos da casa de dez bancos

Fonte: Preçários dos bancos

A instituição financeira liderada por Pedro Castro e Almeida distancia-se ainda da Caixa Geral de Depósitos que tem uma margem mínima de 1,30%.

A mexida do Santander acontece ainda cerca de uma semana depois de também o Crédito Agrícola ter revisto em baixa o seu spread mínimo colocando-o nos 1,2%. Trata-se do terceiro mais baixo do mercado, com apenas o Bankinter e o Banco CTT a terem valores inferiores.

Há pouco mais de um mês também o BPI tinha revisto e baixa a sua margem mínima, colocando-a nos 1,25%, valor que na altura passou a igualar o BCP e o Novo Banco.

Os maiores bancos nacionais começam assim a aproximar-se cada vez mais da oferta mais competitiva do mercado atualmente ainda no controlo dos bancos mais pequenos. Mais em concreto o Bankinter que apresenta o spread mínimo mais baixo do mercado nos 1%, logo seguido pelo Banco CTT que tem o respetivo valor em 1,1%.

No lado oposto, o Eurobic e o Montepio mantêm as margens mínimas menos atrativas do mercado nos 1,49% e 1,5%, respetivamente.

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Wall Street avança com a Fed. Boeing continua a perder valor

Numa sessão em que as ações da Boeing estão a cair quase 3%, as bolsas norte-americanas escapam às quedas. Os investidores estão otimistas quanto à reunião da Fed.

Numa sessão em que a Boeing está novamente a desvalorizar, ao cair quase 3%, as bolsas norte-americanas mantêm-se acima da linha de água. A contribuir para este sentimento positivo em Wall Street está a reunião da Reserva Federal dos EUA (Fed), esta quarta-feira, com os investidores à espera de uma atitude mais “paciente” de Powell em relação à política monetária.

Enquanto o S&P 500 está a subir 0,24% para 2.829,38 pontos, o Nasdaq valoriza 0,31% para 7.712,15 pontos, isto apesar de o Facebook estar a recuar 2,84% para 161,22 dólares, depois de um analista da Needham ter revisto em baixa as ações da empresa, mostrando-se preocupado em relação às questões de privacidade da rede social, diz a CNBC (conteúdo em inglês).

Por sua vez, o industrial Dow Jones esteve a desvalorizar mas, por esta altura, recupera das quedas recentes, seguindo a valorizar 0,10% para 25.873,43 pontos.

A impedir subidas mais expressivas nas praças norte-americanas estão as ações da Boeing, que recuam 2,97% para 367,73 dólares, depois de as autoridades da Etiópia terem analisado a caixa negra do avião que se despenhou na semana passada e terem encontrado “claras semelhanças” entre este acidente e outro que ocorreu em outubro com uma aeronave da Lion Air.

O desempenho positivo de Wall Street deve-se à reunião desta quarta-feira da Fed. Os investidores aguardam uma postura mais “paciente” por parte do banco central e que este cumpra a promessa de adiar o aumento das taxas de juro.

O foco da semana é obviamente a Fed, que vai apresentar-se mais otimista” para o rumo da economia. Ainda assim, diz Peter Cardillo, a expectativa dos investidores é de que Powell acabará por avançar com “uma redução da taxa de referência, embora não de forma expressiva para evitar o stress em torno dos juros baixos”, diz o economista da Spartan Capital Securities, citado pela Reuters.

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China pede à União Europeia que garanta livre concorrência para as suas empresas

  • Lusa
  • 18 Março 2019

Pequim diz que se "opõe a acusações arbitrárias com motivações políticas para tentar afundar uma empresa estrangeira", referindo-se ao caso da Huawei.

O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, pediu aos países da União Europeia (UE) que garantam livre concorrência para as empresas chinesas, e denunciou tentativas de “afundar” grupos como a Huawei por motivos de segurança.

“A China espera que todos os países criem um ambiente de competição livre e justa para as empresas de outros países”, afirmou Wang, numa conferência de imprensa conjunta, com a Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini, após um encontro, em Bruxelas.

Numa referência às limitações impostas pelos Estados Unidos à Huawei, Wang insistiu que Pequim se “opõe a acusações arbitrárias com motivações políticas para tentar afundar uma empresa estrangeira”.

“Acreditamos que tais práticas são anormais, imorais e não têm o apoio de outros países”, advertiu.

Wang participa em Bruxelas no Conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.

Na semana passada, o chefe da diplomacia chinesa tinha já avisado que as ações dos EUA contra a Huawei, a maior fabricante do mundo de equipamentos de telecomunicações, não representam “um caso judicial em absoluto”, mas antes um movimento político deliberado para “derrubar” a empresa.

A Huawei anunciou, entretanto, que moveu uma ação contra o governo norte-americano, devido à restrição dos seus produtos.

“Esperamos e acreditamos que os países da UE e outros terão independência quando se trata de fazer suas próprias escolhas e farão o seu próprio julgamento”, disse Wang.

Mogherini afirmou que a aceitação de empresas específicas nos respetivos mercados “por razões de segurança”, é uma decisão de “competência nacional”.

Questionada sobre se recebeu garantias do homólogo chinês de que Pequim vai rever a lei que obriga as suas empresas a cooperarem com os serviços de inteligência, Mogherini afirmou que “o que discutimos é a necessidade do ciberespaço ser regulado e padrões internacionais serem aplicados para torná-lo mais seguro e aberto”.

“E também na economia real e digital, a necessidade de as condições serem iguais para todos, na Europa e na China”, afirmou.

A fabricante chinesa Huawei é acusada de 13 crimes por procuradores norte-americanos, incluindo fraude bancária e espionagem industrial.

O Congresso dos EUA proíbe ainda agências governamentais de comprarem produtos da Huawei, ao abrigo da Lei de Autorização de Defesa Nacional, por considerar que a empresa serve a espionagem chinesa.

Os EUA têm ainda pressionado vários países, incluindo Portugal, a excluírem a Huawei na construção de infraestruturas para redes de Quinta Geração (5G), a Internet do futuro.

As redes sem fio 5G destinam-se a conectar carros autónomos, fábricas automatizadas, equipamento médico e centrais elétricas, pelo que vários governos passaram a olhar para as redes de telecomunicações como ativos estratégicos para a segurança nacional.

A empresa tem rejeitado alegações sobre a segurança da sua tecnologia 5G, insistindo que não tem “portas traseiras” para aceder e controlar qualquer dispositivo, sem o conhecimento do utilizador.

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Bruxelas tem dois mil milhões de euros para ser acionista de startups

  • Lusa
  • 18 Março 2019

O projeto europeu vai tornar Bruxelas acionista de startups e pequenas e médias empresas na União Europeia. Além disso, a Comissão está à procura de novas ideias.

A Comissão Europeia vai investir dois mil milhões de euros para criar um Conselho Europeu da Inovação, projeto que vai tornar Bruxelas acionista de startups e pequenas e médias empresas na União Europeia (UE), captando ainda novas ideias.

Em causa está o projeto-piloto que arranca esta segunda-feira, estabelecendo que a Comissão Europeia possa “entrar no capital das empresas, comprando ações dessa empresa e ficando um acionista”, afirmou o comissário europeu para as áreas da Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, em declarações aos jornalistas portugueses em Bruxelas.

Notando ser “a primeira vez” que Bruxelas dá passos para fazer investimentos diretos no setor privado, o responsável observou que o programa muda, assim, a forma como são financiadas as startups e as Pequenas e Médias Empresas (PME) na UE, o que até agora era feito apenas à base de bolsas.

“Isso traz uma grande vantagem: é que se aquela inovação funcionar, nós depois podemos também receber o valor dessas ações, que vão aumentar, e ao receber esse dinheiro podemos financiar outros [projetos] que não poderiam ser financiados se só tivéssemos bolsas”, adiantou Carlos Moedas.

Para entrar na estrutura das companhias, a Comissão Europeia vai criar, em conjunto com o Banco Europeu de Investimento e o Fundo Europeu de Investimento, uma entidade “para fazer esses investimentos”. “Ainda não definimos exatamente como vamos entrar no capital das empresas, mas não queremos ser um acionista típico, portanto é uma percentagem para ajudar a empresa e até para atrair outros investidores”, referiu o comissário europeu.

A partir desta segunda-feira, Bruxelas está a receber candidaturas de empreendedores ou de empresas que queiram apoio deste Conselho Europeu da Inovação, projeto que está em fase piloto até 2020 e para o qual serão alocados dois milhões de euros em 2019 e 2020, após quase mil milhões aplicados no ano passado.

O perfil dos participantes é variado. Segundo Carlos Moedas, “vai ser desde uma ideia […] até uma empresa que já tenha dez ou 20 pessoas ou empresas maiores até 100 pessoas, dependendo do valor, mas obviamente estamos a falar de pequenas e médias empresas e de startups, não estamos a falar de grandes empresas”.

A cada uma das companhias escolhidas serão, então, alocados dois a três milhões de euros em bolsas e até 15 milhões de euros na compra de ações, precisou.

O projeto já teve o aval do Conselho da UE, onde estão representados os Estados-membros, e do Parlamento Europeu, é financiado pelo programa de investigação e inovação da UE, o Horizonte 2020. “Se correr mal, não recebemos [dividendos], mas quando fazemos bolsas também não as recebemos de volta. Pelo menos aqui vemos alguma oportunidade de ver algum retorno de uma parte do dinheiro para ajudar outros”, adiantou Carlos Moedas.

Além destes financiamentos, Bruxelas está à procura de olheiros que procurem “onde está a tecnologia” dentro da UE. Estas serão “pessoas que venham fora do circuito público, que não sejam funcionários públicos, que pudessem ser um bocadinho project managers, para olhar para novas tecnologias, o que se está a fazer na Europa, e depois tentar ir financiar empresas”, concluiu o responsável.

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Bruxelas autoriza aquisição do aeroporto de Gatwick pela Vinci

A Comissão Europeia deu luz verde à operação depois de concluir que a mesma não suscita qualquer problema de concorrência, nem tem impacto negativo.

A Comissão Europeia deu luz verde à aquisição da Ivy Topco Limited, sediada nas Ilhas Cayman, uma holding que indiretamente controla o aeroporto de Gatwick, pela Vinci Airports, empresa que detém a ANA – Aeroportos de Portugal. A compra foi aprovada esta segunda-feira nos termos do regulamento europeu sobre fusões, revela a própria Comissão Europeia.

Depois de avaliar a aquisição, Bruxelas autorizou a compra, uma vez que concluiu que a operação não suscita qualquer problema relacionado com a concorrência, nem qualquer impacto negativo no espaço económico europeu.

Recorde-se que, no final de dezembro de 2018, a Vinci Airports, juntamente com o fundo de investimento norte-americano Global Infrastructure Partners (GIP), assinaram o acordo para a venda de uma participação maioritária de 50,01% ao grupo francês no aeroporto londrino de Gatwick por 2,9 mil milhões de libras, o equivalente a cerca de 3,2 mil milhões de euros.

Na altura, em comunicado, a Vinci Airports destacou as oportunidades de compra de um aeroporto com a “qualidade e dimensão de Gatwick”, que disse serem “extremamente raras”. “Como novo parceiro industrial, a Vinci Airports apoiará e aumentará a eficiência operacional e o crescimento do tráfego, ao mesmo tempo que disponibilizará a sua experiência no desenvolvimento de atividades comerciais para melhorar ainda mais a satisfação e a experiência dos passageiros”, disse o presidente da empresa, Nicolas Notebaert.

Gatwick é o segundo maior aeroporto da capital britânica e acolhe mais de 46 milhões de passageiros anualmente. A Gatwick Airport Limited é proprietária e opera o Aeroporto de Gatwick. Já a Vinci Airports gere e opera 45 aeroportos em todo o mundo, contudo todos fora do Reino Unido.

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A manhã num minuto

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Donos da água Monchique compram fábrica de chocolate em Famalicão. Vão investir na expansão

  • Lusa
  • 18 Março 2019

A empresa que é dona da marca de água engarrafada Monchique comprou a fábrica de chocolate Casa Grande, em Famalicão, por dois milhões de euros. Vai investir na expansão.

A WaterBunkers, detentora das águas do Alardo e de Monchique, comprou a Fábrica de Chocolates Casa Grande, de Vila Nova de Famalicão, num investimento de dois milhões de euros, que inclui a aquisição e expansão da capacidade de produção. “A aquisição da Fábrica de Chocolates Casa Grande é estratégica para o crescimento da WaterBunkers SGPS”, lê-se num comunicado da empresa de Famalicão, cuja equipa de gestão se irá manter.

Atualmente com 21 colaboradores e uma capacidade de produção de 45 toneladas/mês, a ampliar “em breve”, a Fábrica de Chocolates Casa Grande tinha sido adquirida no início de 2018 pelo grupo Onebiz, de Matosinhos, que opera em diversos setores, em regime de franchising, em mais de 30 países.

O valor da aquisição não foi revelado, mas, segundo os intervenientes, o investimento global na empresa (incluindo a respetiva aquisição) será na ordem dos dois milhões de euros, inserindo-se esta aposta na estratégia de “diversificação de investimentos” do grupo WaterBunkers.

Citada no comunicado, a administradora da WaterBunkers SGPS Paula Nascimento afirma que a diversificação da presença do grupo no setor agroalimentar, nomeadamente através da entrada no setor do chocolate, era um objetivo: “Os nossos objetivos estratégicos passavam, já há algum tempo, pela entrada no mercado do chocolate, contudo, queríamos fazê-lo com uma empresa cujos posicionamento e forma de atuação estivessem alinhados com a nossa visão”, refere.

Segundo sustenta, a Casa Grande “reúne uma série de ingredientes que foram fundamentais para esta tomada de decisão”, nomeadamente a “diferenciação, inovação e qualidade dos recursos humanos”. “Temos vindo a acompanhar de forma muito próxima o desempenho da Fábrica de Chocolates Casa Grande e os projetos inovadores que tem vindo a desenvolver, em particular a nova marca Not Guilty – The Right Way, que está alinhada com aquilo que temos vindo a fazer com as nossa marcas”, diz.

A responsável destaca que o investimento de dois de milhões, já realizado e a realizar “a curto prazo”, será no sentido “de dar continuidade ao trabalho iniciado pela equipa de gestão da Fábrica de Chocolates, que foi convidada a manter-se, e que incidiu em três eixos estratégicos: o reposicionamento da marca premium Casa Grande, o lançamento da nova marca Not Guilty – The Right Way e o desenvolvimento de chocolates funcionais disruptivos alinhados com as novas tendências alimentares”.

Salientando que a estratégia de crescimento da Fábrica de Chocolates assenta na inovação e no desenvolvimento constante de novos produtos, Paula Nascimento assume que “o investimento no departamento de I&D [Investigação & Desenvolvimento] é fundamental” e revela que será acompanhado da “modernização da capacidade produtiva, para dar uma resposta mais eficaz à crescente procura de novos chocolates no mercado ‘business to business’”.

Em janeiro de 2019 a Fábrica de Chocolates lançou no mercado a sua segunda marca – Not Guilty – The Right Way – com um posicionamento e um consumidor alvo diferente da marca premium Casa Grande, e cujo “segredo” diz estar “no equilíbrio perfeito entre sabor e nutrição”.

Fundada em 2009, em Vila Nova de Famalicão, a Fábrica de hocolates Casa Grande quis desde o início posicionar-se como “uma referência de qualidade superior no setor do chocolate”, assegurando todo o processo produtivo, desde o cacau até ao chocolate. Para além das duas marcas que detém, a fábrica produz chocolates para incorporação noutros produtos alimentares para outras indústrias portuguesas e estrangeiras.

Constituída em 2010, a WaterBunkers SGPS tem sede em Braga e é uma sociedade responsável pela gestão das participações sociais de várias unidades de engarrafamento de água, entre as quais a Água Monchique (da qual é codetentora), a Alardo, a CHIC e a Waty. A sua estratégia é de “crescimento sustentado, expansão e internacionalização do portfólio de marcas, sempre no sentido de potenciar o seu crescimento com criação de valor”.

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SPS cria departamento de Tecnologia e Inovação

A SPS aposta este ano na criação do departamento de Tecnologia e Inovação, contratando Diogo Mandim, engenheiro informático.

O acelerado ritmo de desenvolvimento tecnológico e as exigências do mercado que o acompanha, obrigam a uma atualização sistemática das ferramentas e competências direcionadas para o setor da advocacia. “A SPS Advogados assume, desde sempre, um compromisso com a inovação que se traduz na transparência da gestão do serviço ao cliente e na otimização dos seus recursos”, segundo comunicado do escritório.

Em face do crescente desenvolvimento de plataformas tecnológicas que visem a
antecipação das necessidades do cliente, com foco nas atuais tendências tecnológicas – tais como a Segurança, Inteligência Artificial, Computação na Nuvem e o Blockchain – a SPS aposta este ano na criação do departamento de Tecnologia e Inovação.

Diogo Mandim, licenciado em Engenharia Informática pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto, integra a SPS Advogados como diretor de Tecnologia e Inovação. Tem doze anos de experiência profissional, tendo nos últimos anos construindo a sua carreira na Proef IT, na AGAP2 e na Sonae, empresas onde criou e desenvolveu diversas ferramentas de gestão.

 

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Redução de preços dos transportes é “programa nacional” e beneficiará 85% da população

  • Lusa
  • 18 Março 2019

António Costa destacou que redução tem impacto do ponto de vista ambiental, mas também na disponibilidade do rendimento mensal dos portugueses.

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que a redução dos preços dos transportes não é exclusiva para as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e vai beneficiar, a partir de abril, 85% dos portugueses.

“Ao contrário do que muitas vezes tenho ouvido dizer, não é verdade que esta oportunidade de redução tarifária seja exclusiva de Lisboa ou do Porto, nem sequer destas áreas metropolitanas. Este programa é um programa nacional e ao qual, felizmente, aderiram todas as 23 comunidades intermunicipais (CIM)”, destacou Costa, no encerramento da cerimónia de assinatura dos novos tarifários de transporte coletivo na Área Metropolitana de Lisboa.

Segundo o primeiro-ministro, em 18 destas CIM haverá, já em abril, redução nos tarifários dos respetivos títulos de transporte. “Isto significa que, já no dia 1 de abril, 85% da população portuguesa poderá beneficiar desta redução de tarifários”, assegurou.

António Costa destacou, por outro lado, que esta redução tem impacto do ponto de vista ambiental, mas também na disponibilidade do rendimento mensal dos portugueses.

“Se tivermos em conta que as reduções que vamos obter nesta Área Metropolitana [Lisboa] são superiores muitas vezes num só mês ao aumento de quatro anos do Salário Mínimo Nacional, compreendemos bem o que é que esta medida significa para o aumento do rendimento disponível das famílias portuguesas”, apontou.

O primeiro-ministro, que no final da cerimónia não respondeu a perguntas dos jornalistas, salientou ainda as vantagens dos avanços já conseguidos na descentralização.

“A descentralização significou que o Estado aprovou uma verba global, um critério nacional na distribuição dessa verba, dando a cada CIM e cada Área Metropolitana a liberdade de desenharem o seu próprio modelo de redução de tarifário”, defendeu.

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