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Prejuízos da TAP ultrapassaram os 100 milhões em 2018

O conselho de administração da TAP vai aprovar as contas de 2018 já no próximo dia 21. São prejuízos superiores a 100 milhões de euros.

A TAP registou prejuízos que ultrapassam os 100 milhões de euros em 2018, apurou o ECO junto de fontes oficiosas da companhia, que pediram o anonimato. Os resultados vão ser aprovados em conselho de administração no próximo dia 21, quinta-feira, e depois, logo nos dias seguintes, haverá uma conferência de Imprensa para explicar este inesperado regresso aos prejuízos.

Esta sexta-feira, o chairman da TAP, Miguel Frasquilho, indicado pelo acionista Estado, admitiu num almoço no American Club que o ano de 2018 não foi positivo nem em termos económicos, nem em termos operacionais, mas não desvendou os números. E justificou com os atrasos e as consequentes indemnizações a pagar aos passageiros, com o impacto da subida do petróleo e a valorização do kwanza e do real. O ECO já tinha questionado a TAP sobre os números de 2018, mas a companhia escusou-se a fazer comentários.

De acordo com informações já reveladas no ECO Insider (uma newsletter semanal, à sexta-feira, de acesso exclusivo a assinantes), os resultados serão apresentados em conferência com a presença de todos os administradores, executivos e não executivos, nomeadamente os que foram indicados pelo Estado, como Diogo Lacerda Machado e Esmeralda Dourado, além, claro, do próprio Miguel Frasquilho. O objetivo é demonstrar que não há divisões com a Atlantic Gateway, o consórcio privado que tem 45% da TAP e é liderado por David Neeleman.

Estes resultados negativos contrariam a mensagem do presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, no Brasil. Em entrevista recente à revista Isto É Dinheiro, publicada em fevereiro, o discurso era outro:

"No auge da crise, em 2014, a TAP superou a marca de € 1 bilhão em dívidas e prejuízo de € 44 milhões em 12 meses – um recorde absoluto, mesmo entre estatais perdulárias (…) No ano passado, a TAP registou lucro de € 100 milhões, o primeiro resultado positivo em quase 20 anos de perdas consecutivas.”

Reportagem da Isto É Dinheiro, com uma entrevista a Antonoaldo Neves

Os últimos três anos da TAP com a Atlantic Gateway — holding de David Neeleman e de Humberto Pedrosa — como acionista de referência (45% do capital) foram de viragem na companhia, sim. Com mais capital, a TAP tem hoje mais aviões (93 no total e vão chegar mais este ano), tem mais pilotos (e vêm mais mil em 2019), mais e novas rotas e muitos mais passageiros. Mas isso não chegou para o que está prestes a ser anunciado oficialmente, como reconheceu Frasquilho.

Perante estes números, David Neeleman quer fazer uma operação de dispersão de capital da TAP, uma forma de reforçar capitais da companhia, uma necessidade, e uma forma de realizar mais-valias com o investimento já feito na TAP. Os privados já investiram cerca de 300 milhões de euros, e tendo em conta a operação anunciada agora pelos chineses da HNA, a TAP valerá pouco mais de 500 milhões de euros. Só que David Neeleman tinha apresentado ao Governo há alguns meses relatórios de auditoria de três bancos de investimento norte-americanos que avaliavam a TAP num valor claramente superior a mil milhões de euros, revelou outra fonte ao ECO.

O Governo, esse, não quer nem falar do assunto em ano eleitoral. Nas primeiras declarações sobre a TAP, uma fonte oficial do Ministério do Planeamento, tutelado por Pedro Nuno Santos, afirmou à Agência Lusa que a venda da posição que o conglomerado chinês HNA tinha na TAP, de 9%, “não afeta a posição estratégica do Estado português”.

Em 2020, esse tema voltará. Antes, Antonoaldo Neves vai gerir a tesouraria com mão de ferro, para evitar qualquer risco de rutura, porque será a última coisa que quererá ter como cartão de visita do seu trabalho na função de presidente executivo.

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Energia dita quedas na bolsa de Lisboa. Europa continua no verde no rescaldo do Brexit

Lá fora, nas praças europeias, o sentimento foi positivo. Por cá, as perdas no setor da energia acabaram por empurrar a bolsa de Lisboa para a linha vermelha.

A bolsa de Lisboa encerrou a negociação desta semana em terreno negativo, sobretudo penalizada pelo comportamento do setor da energia. A praça portuguesa não conseguiu acompanhar a tendência positiva das congéneres europeias, que registaram ligeiros ganhos, um dia depois do adiamento do prazo para o Brexit.

O Stoxx 600 encerrou a sessão a valorizar 0,72%, enquanto a bolsa de Londres avança 0,66%, no rescaldo da votação dos deputados britânicos, que aprovaram o adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) até, pelo menos, dia 30 de junho. A decisão dá, agora, alguma margem à primeira-ministra Theresa May para encontrar uma nova solução para o impasse que está a deixar o Reino Unido num enorme caos político.

Enquanto isso, por cá, o português PSI-20 inverteu a tendência das restantes praças europeias e fechou a negociação a desvalorizar 0,6% para 5.240,00 pontos. As perdas no setor da energia foram as que mais influenciaram: a Galp Energia encerrou a sessão a desvalorizar 2,59% para 14,31 euros, enquanto a EDP registou perdas de 1,13% para 3,311 euros e a REN desvalorizou 0,37% para 2,658 euros.

Contudo, a cotada que registou a maior queda foi a Altri, cujos títulos caíram 3,1% para 7,51 euros. A papeleira está a corrigir os ganhos, depois de na quinta-feira ter disparado mais de 8% em bolsa. A valorização de ontem teve na sua origem o anúncio de que a empresa registou um crescimento de 102,5% dos seus lucros, para 195 milhões de euros e, também, na intenção de distribuir 10% desse valor em dividendos.

O setor do retalho foi aquele que evitou perdas maiores. A Jerónimo Martins encerrou a sessão a valorizar 1,07% para 13,27 euros, sendo a estrela da sessão, e a Sonae subiu 0,42% para 0,946 euros.

Também o BCP terminou a última sessão da semana na linha verde, com ganhos de 0,62% para 0,2286 euros.

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Comissão liquidatária do BES recebeu cerca de 34 mil reclamações de créditos

  • Lusa
  • 15 Março 2019

Apenas na semana passada entraram três mil reclamações de créditos. O prazo para as reclamações acabou na sexta-feira passada.

Cerca de 34 mil particulares e entidades públicas e privadas apresentaram reclamações de créditos junto da comissão liquidatária do BES, disse fonte conhecedora do processo à Lusa.

Apenas na semana passada entraram três mil reclamações de créditos. O prazo para as reclamações acabou na sexta-feira passada, dia 8 de março.

Depois das reclamações de créditos apresentadas, nas próximas semanas deverá ser conhecida a listagem de créditos reconhecidos e não reconhecidos pela comissão liquidatária do BES.

Contudo, o processo pode atrasar-se devido ao elevado número de reclamações, à complexidade jurídica e ao facto de muitos credores terem apresentado várias reclamações e de ter de ser feito esse trabalho de despistagem. As reclamações foram enviadas tanto por carta como por ‘e-mail’.

Entre os que pedem o pagamento de créditos junto do BES estão milhares de pessoas particulares, mas também entidades privadas e públicas, como o Novo Banco, a Autoridade Tributária, o Fundo de Recuperação de Créditos dos lesados do papel comercial ou grandes fundos de investimento internacionais penalizados pela resolução do BES.

O Jornal Económico noticia esta sexta-feira que a empresa Petróleos da Venezuela exige o pagamento de mais de 2.000 milhões de euros referentes a papel comercial e obrigações e que essa reclamação de créditos foi enviada na sexta-feira da semana passada à comissão liquidatária do BES.

O mesmo jornal diz ainda que o Fundo de Recuperação de Créditos dos lesados do papel comercial do BES reclamou créditos no valor de 513 milhões de euros (424 milhões de euros de capital reclamável mais juros).

Foi este fundo que pagou as indemnizações aos 2.000 investidores em papel comercial vendido pelo BES, tendo em contrapartida ter ficado com os seus créditos sobre o BES e entidades relacionadas com o banco, pelo que é este que litigará em contra o banco pelos danos causados e que, caso os tribunais decidam a favor, receberá as compensações.

A comissão liquidatária do BES deverá reconhecer créditos de credores privilegiados (como a Autoridade Tributária) e de credores comuns (como fornecedores), mas poderá indeferir pedidos de credores que tenham alguma subordinação, caso de investidores que compraram produtos financeiros, assim como acionistas.

Os credores cujos créditos sejam rejeitados (a decisão será enviada a todos em carta registada com a respetiva explicação jurídica) têm de impugnar essa decisão junto do Tribunal de Comércio de Lisboa. O prazo para o fazer é de dez dias (corridos).

Após a resolução do BES, cumprindo a lei, a consultora Deloitte fez contas a quanto teriam recebido os credores comuns se o BES tivesse sido liquidado, em vez da resolução, tendo considerado que recuperariam 31,7%. Esse valor terá de ser pago pelo Fundo de Resolução bancário aos credores do BES. Contudo, há dúvidas sobre quando pagará esse valor o Fundo de Resolução, podendo ser apenas no fim do processo de liquidação do BES, o que poderá demorar anos.

A Lusa questionou o Banco de Portugal sobre o tema, mas até agora sem resposta.

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Políticos que criticam execução do PT 2020 “não conseguiram realizar pagamentos às empresas”, diz Nelson de Souza

  • Lusa
  • 15 Março 2019

Nelson de Souza diz que o país está no "pelotão da frente" na execução do PT 2020 e reforça que os políticos que apontam o dedo aos dados não conseguiram, no início do programa, pagar às empresas.

O ministro do Planeamento reiterou esta sexta-feira que Portugal está no “pelotão da frente” na execução do programa PT 2020 e vincou que os políticos que criticam estes dados não conseguiram, no início do programa, efetuar pagamentos às empresas.

“Portugal está no pelotão da frente dos que mais executaram fundos comunitários na União Europeia. No final de 2018, […] Portugal era, em termos absolutos, o segundo país que mais recebeu fundos comunitários na União Europeia, apenas suplantado pela Polónia, que tem um pacote financeiro quatro vezes [superior] ao de Portugal”, disse Nelson de Souza, durante o debate plenário.

Na abertura do debate de atualidade, requerido pelo PSD, sobre “Execução dos Fundos Comunitários”, António Costa e Silva, do PSD, notou que “nem um terço do acordo de parceria se encontra executado” (32,6%), desde que o programa entrou em vigor. “Esta execução é evidência da falta de investimento das nossas infraestruturas publicas”, vincou.

Já para Nelson de Souza, as críticas relativas a esta execução vêm de “políticos que negociaram e implementaram o acordo de parceria e que, durante os dois primeiros anos, não conseguiram realizar pagamentos às empresas”. O governante disse ainda, após a intervenção dos grupos parlamentares, que os políticos da oposição, durante o período em causa, “insuflaram de forma artificial 2,6 mil milhões de euros nos programas operacionais regionais, de forma desproporcionada”, de modo a afirmarem-se como os “campeões da regionalização dos fundos”.

O sucessor de Pedro Marques anunciou também que esta sexta-feira termina o concurso do novo sistema de incentivos à inovação, que recebeu perto de 600 candidaturas, num montante de 1,5 mil milhões de euros. Portugal recebeu 7,5 mil milhões de euros da Comissão Europeia, desde o início do programa Portugal 2020 (PT 2020) e até 2018, permanecendo no segundo lugar entre os Estados-membros que mais fundos comunitários receberam, segundo dados de Bruxelas.

“Portugal ocupa o segundo lugar nos pagamentos transferidos pela Comissão Europeia, com 7,5 mil milhões de euros”, lê-se no último Boletim Informativo de Fundos da União Europeia, com informação até 31 de dezembro de 2018. Esta posição foi alcançada em agosto de 2018, altura em que já tinham sido transferidos para Portugal 5,7 mil milhões de euros.

No entanto, Portugal apresenta a taxa de pagamentos mais elevada (28,7%) entre os Estados-membros com envelopes financeiros acima de sete mil milhões de euros.

O programa Portugal 2020 consiste num acordo de parceria, estabelecido com a Comissão Europeia, através do qual são estipuladas as prioridades de programação para a política de desenvolvimento económico, social e territorial. O PT 2020 engloba 16 programas operacionais, como o Programa de Desenvolvimento Rural, aos quais se juntam programas de cooperação territorial, nos quais Portugal participa a par de outros Estados-membros.

Os programas operacionais 2014-2020 são financiados pelos Fundos da Política de Coesão – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), Fundo de Coesão e Fundo Social Europeu.

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Portugal pretende emitir até 1,5 mil milhões de euros em dívida de curto prazo na quarta-feira

Este será o último leilão de Bilhetes do Tesouro no primeiro trimestre do ano. Numa altura de queda para os juros da dívida, o Tesouro vai colocar títulos a seis e 12 meses.

O Tesouro português vai ao mercado dívida pública de curto na prazo na próxima semana, depois de se ter financiado em Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos ao custo mais baixo de sempre. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou que irá realizar um leilão duplo de Bilhetes do Tesouro (BT) a seis e 12 meses.

“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 20 de março pelas 10h30 dois leilões das linhas de BT com maturidades em 20 de setembro de 2019 e 20 de março de 2020, com um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros“, anunciou a agência, em comunicado.

O último leilão de dívida comparável aconteceu a 16 de janeiro, quando o Tesouro emitiu 1.750 milhões de euros. Nos títulos a 12 meses, conseguiu uma taxa de juro de -0,36% e a procura superou a oferta em 1,82 vezes. Já no caso das BT a seis meses, o juro foi de -0,399% e a procura foi duas vezes superior à oferta.

Este será a última colocação de Bilhetes do Tesouro no primeiro trimestre do ano. Segundo o IGCP, o montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado para todo o ano de 2019 deverá situar-se em cerca de 8,6 mil milhões de euros. Destes, quatro mil milhões foram logo na primeira colocação, através de dívida sindicada.

A emissão irá também acontecer numa altura de quebra nos juros pagos por Portugal. Nos leilões de BT, Portugal tem conseguido sempre juros negativos em novas emissões e nas OT nunca se financiou a um custo mais baixo, em linha com a performance em mercado secundário. A yield da dívida portuguesa a 10 anos negoceia esta sexta-feira num novo mínimo histórico de 1,31%.

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BPI coloca 500 milhões de euros em obrigações hipotecárias

Procura superou seis vezes a oferta neste regresso do BPI ao mercado de obrigações hipotecárias. Vai pagar um juro pouco acima de 0,34%. Emissão destina-se a financiar atividade do banco.

O BPI concretizou esta sexta-feira uma emissão de 500 milhões de euros em obrigações hipotecárias a cinco anos, numa operação que registou forte interesse do mercado, permitindo baixar a taxa de juro do financiamento para apenas 0,34%. O banco “assinala com grande sucesso o regresso como emitente ao mercado institucional de dívida”.

No total, a procura ascendeu a mais de 3.100 milhões de euros, seis vezes mais do que o montante que o banco liderado por Pablo Forero pretendia emitir em títulos de dívida que têm como garantia uma carteira de créditos hipotecários do BPI e que contou um um rating de boa qualidade, Aa3 e AA (low), atribuída pela Moody’s e DBRS respetivamente.

O banco refere em comunicado que “aproveitou as condições favoráveis para ser o primeiro emitente português a recorrer ao mercado de dívida covered em 2019”. Há nove anos que o BPI não emitia neste segmento.

Por esta emissão, vai pagar uma taxa de juro de 25 pontos base sobre a taxa mid swap, ou seja, uma taxa de 0,343%. A taxa de cupão foi fixada em 0,25%, revela o banco.

Participaram mais de 140 investidores institucionais na emissão, “o que demonstra o amplo reconhecimento da qualidade de crédito deste tipo de emissões bem como a confiança associada ao BPI“, sublinha a instituição.

Esta emissão destina-se a financiar o crescimento previsto para a atividade do BPI, de acordo com o plano estratégico 2019-21, tendo contado com o apoio de um sindicato bancário composto pelo Barclays, CaixaBank, LBBW, Natixis e UniCredit.

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Venda da posição da HNA na TAP “não afeta” posição estratégica do Estado

  • Lusa
  • 15 Março 2019

Executivo garante que “a substituição de um acionista minoritário por um novo acionista norte-americano e por um reforço da posição de um dos atuais acionistas não é um fator negativo para a empresa".

A venda da posição que o conglomerado chinês HNA tinha na TAP, de 9%,não afeta a posição estratégica do Estado português”, segundo adiantou à Lusa fonte do Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

A empresa asiática anunciou esta sexta-feira num comunicado ao mercado bolsista de Xangai a venda da participação de 9% que detinha na TAP através da Atlantic Gateway por 55 milhões de dólares norte-americanos (48,6 milhões de euros).

Mais de metade desta participação indireta na TAP foi vendida à Global Aviation Ventures LLC, um fundo norte-americano de capital de risco especializado no setor da aviação, por 30 milhões de dólares.

O restante passou para as mãos da transportadora aérea brasileira Azul S.A. em troca de 25 milhões de dólares, segundo comunicado enviado à bolsa da China.

Contactado pela Lusa, o ministério referiu que, “a confirmar-se a venda da posição contratual do acionista chinês, ela não afeta a posição estratégica do Estado português, que se mantém inalterada”.

A confirmar-se a venda da posição contratual do acionista chinês, ela não afeta a posição estratégica do Estado português, que se mantém inalterada.

Fonte oficial do Ministério das Infraestruturas

Quanto à mudança de acionistas, que implica que a Azul fique com posição reforçada na TAP, o executivo garante que “a substituição de um acionista minoritário por um novo acionista norte-americano e por um reforço da posição de um dos atuais acionistas não é um fator negativo para a empresa”. “Pelo contrário, é um sinal de confiança dos adquirentes no futuro da empresa”, acrescentou.

Questionada sobre o impacto que esta alteração possa ter num futuro retorno dos voos diretos entre Portugal e a China, operados por uma subsidiária da HNA, a Capital Airlines, durante pouco mais de um ano, o ministério não comentou.

O Estado chegou a acordo com o consórcio Atlantic Gateway, após a privatização, em 2016, para ficar com 50% da companhia aérea, depois da entrada em funções do Governo liderado por António Costa.

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Conheça a Q, a primeira voz sem género

Criada pela agência criativa Virtue do grupo de media Vice, tem como objetivo representar a diversidade de género no mundo e nas marcas tecnológicas.

Por sentirem que as empresas de tecnologia continuam a usar a voz de forma estereotipada — uma voz masculina em setores mais autoritários como a banca, e uma feminina em funções mais de serviços como é o caso da Alexa –, o braço criativo do grupo de media Vice criou uma voz sem género, que querem que seja adotada por assistentes de voz ou até em locais públicos, como as estações de comboios ou de autocarros.

Segundo a adweek, a expectativa da Virtue é que a Q seja adotada pelos grandes players tecnológicos internacionais. Foi criada a partir de um conjunto de vozes de pessoas identificadas como não-binárias, juntou vários parceiros e foi “aprovada” por 4.500 pessoas em vários países da Europa, que a consideraram a mais neutra em termos de género.

Para conhecer aquela que se afirma como a primeira voz sem género, conheça a Q no site criado Meet Q.

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Comissão dos CMEC prolongada por mais 30 dias

  • Lusa
  • 15 Março 2019

O Parlamento aprovou a prorrogação do prazo de funcionamento da comissão de inquérito aos CMEC por mais 30 dias.

A prorrogação por mais 30 dias do prazo de funcionamento da comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade foi aprovada esta sexta-feira no plenário da Assembleia da República. Esta decisão já tinha sido deliberada na reunião desta comissão de inquérito de quarta-feira, tendo hoje sido aprovado, por unanimidade, o projeto de resolução que efetiva este prolongamento do prazo por mais 30 dias a partir de segunda-feira.

Depois de algumas suspensões de funcionamento devido ao processo orçamental e férias parlamentares, esta é a segunda vez que o prazo de funcionamento da comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade é prorrogado. Esta comissão de inquérito, proposta pelo BE e cujo relator é o deputado bloquista Jorge Costa, foi aprovada por unanimidade pelo plenário da Assembleia da República em 11 de maio do ano passado.

A comissão entra agora na reta final, após 53 audições, com uma duração total de mais de 200 horas, faltando agora ouvir, na próxima semana, o atual ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes, seguindo-se a elaboração e discussão do relatório final.

Pela comissão de inquérito passaram especialistas em energia, antigos governantes do setor e os assessores que tinham à época, antigos e atuais responsáveis da Autoridade da Concorrência, da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) e gestores de empresas. O primeiro-ministro, António Costa, e os seus antecessores Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates e Pedro Passos Coelho vão responder às questões dos deputados por escrito.

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Crédito automóvel trava em janeiro para mínimos de dois anos

Os bancos e as financeiras concederam 222 milhões de euros em empréstimos para a compra de carro em janeiro. É o valor homólogo mais baixo desde 2017.

O arranque de 2019 é marcado por uma quebra na concessão de crédito para a aquisição de automóvel. Em janeiro, os bancos e as financeiras concederam 222 milhões de euros em empréstimos para esse fim. Trata-se do valor homólogo mais baixo desde o arranque de 2017.

Dados divulgados pelo Banco de Portugal, nesta sexta-feira, mostram que os 222.116 milhares de euros em empréstimos para a compra de carro disponibilizados no primeiro mês deste ano representam uma quebra, tanto em termos mensais como homólogos.

Ficam 48 milhões de euros aquém (-18%) dos 270.588 milhares de euros concedidos em dezembro, sendo ainda o valor mais baixo desde setembro de 2017. De salientar que janeiro, tradicionalmente é um mês de quebra deste tipo de financiamento.

Contudo, em termos homólogos, observou-se neste primeiro mês de 2019 uma inversão de tendência após pelo menos cinco anos marcados por crescimentos consecutivos da concessão de crédito automóvel. Face a janeiro de 2018, a quebra é de 2,9%, ou o equivalente a 6,6 milhões de euros.

Crédito automóvel recua em janeiro

Fonte: Banco de Portugal

A maior quebra homóloga nos níveis de concessão verificou-se na venda de carros novos com reserva de propriedade. O recuo foi na ordem dos 13,5%, passando de cerca de 46 milhões de euros, para quase 40 milhões. Já a venda de novos através de locação financeira ou ALD baixou 1,9%, para 25,8 milhões de euros.

Nos veículos usados, os créditos com reserva de propriedade mantiveram-se quase estáveis nos 148,8 milhões de euros. Apenas os créditos de usados em locação financeira ou ALD aumentaram entre janeiro de 2018 e janeiro deste ano. O crescimento foi de 2,3%, para 7,8 milhões de euros.

Outras finalidades não acompanham travagem do automóvel

A quebra verificada na concessão de financiamento automóvel foi a principal responsável para que a concessão de crédito ao consumo se tenha mantido quase inalterada no primeiro mês deste ano face ao período homólogo. Nas restantes finalidades, manteve-se a evolução crescente.

A categoria de outros créditos pessoais sem finalidade específica e lar — onde encaixam habitualmente os financiamentos para a compra de férias ou eletrodomésticos — registou em janeiro um aumento da concessão de 0,9%, para 240,5 milhões de euros, numa base homóloga.

Na finalidade de crédito pessoal para educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos ocorreu um aumento de 43,5%, em termos homólogos, para 7,3 milhões de euros.

No que respeita ao crédito concedido através dos cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto, verificou-se um crescimento homólogo de 4,7%, para 96,3 milhões de euros em janeiro deste ano.

Face a esse cenário, a nova concessão de crédito ao consumo manteve-se praticamente estável em janeiro deste ano comparativamente com o mesmo mês do ano passado, nos 566,3 milhões de euros. Face a dezembro, verificou-se uma quebra de 9%.

(Notícia atualizada às 15h49 com mais informação)

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Miguel Frasquilho lamenta que HNA tenha saído do capital da TAP. Mas “era uma questão de tempo”

  • Lusa
  • 15 Março 2019

O chairman da TAP lamenta que os chineses tenham decidido sair do capital da TAP. Mas reconhece que "era uma questão de tempo", porque os problemas de liquidez da HNA eram conhecidos .

O chairman da TAP, Miguel Frasquilho, lamentou a saída dos chineses da HNA da estrutura acionista da TAP, referindo que a venda participação não foi inesperada.

Miguel Frasquilho, que falava no encontro do International Club of Portugal, em Lisboa, afirmou que foi “com pena” que recebeu a notícia da saída da HNA da composição acionista da transportadora aérea.

Não é inesperada [a saída], são conhecidas as dificuldades, era uma questão de tempo”, afirmou.

O conglomerado chinês HNA anunciou num comunicado ao mercado bolsista de Xangai, a venda da participação de 9% que detinha na TAP através da Atlantic Gateway por 55 milhões de dólares norte-americanos (48,6 milhões de euros).

Mais de metade desta participação indireta na TAP foi vendida à Global Aviation Ventures LLC, um fundo norte-americano de capital de risco especializado no setor da aviação, por 30 milhões de dólares. O restante passou para as mãos da transportadora aérea brasileira Azul S.A. em troca de 25 milhões de dólares, segundo comunicado enviado à bolsa da China.

O grupo HNA explica que o negócio envolveu a venda de uma subsidiária chamada Hainan Airlines Civil Aviation, cujos únicos bens são uma participação de 20% na Atlantic Gateway, consórcio que detém 45% da TAP. O Estado português é dono de 50% da TAP, estando os restantes 5% do capital nas mãos dos trabalhadores.

A Azul foi criada pelo empresário brasileiro David Neeleman, que detém 40% da Atlantic Gateway. O grupo HNA chegou a ser também acionista da Azul, mas vendeu essa participação em agosto do ano passado a investidores institucionais norte-americanos.

O HNA tinha há menos de um mês aumentado de 12% para 20% a sua participação na Atlantic Gateway, numa altura em que já enfrentava problemas de liquidez. O grupo chinês tem vindo a alienar investimentos e a cancelar negócios, incluindo na indústria da aviação, que é o negócio fundamental da empresa.

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