Secretário de Estado diz que carga fiscal não é travão ao investimento

  • Lusa
  • 8 Março 2019

Segundo o governante “não interessa ver quais são as taxas nominais, mas a carga fiscal efetiva sobre as empresas”. Argumentou que não é pela carga fiscal que Portugal não tem tido mais investimento.

O secretário de Estado da Economia, João Correia Neves, considerou esta sexta-feira que a carga fiscal sobre as empresas não tem sido um travão ao investimento, frisando que Portugal tem a segunda carga fiscal mais baixa dos países da União Europeia.

“Penso que há um enorme equívoco sobre isso [carga fiscal]. Os dados do último estudo feito pela União Europeia revelam que nós temos a segunda mais baixa carga fiscal efetiva sobre as empresas”, disse João Correia Neves à margem de uma visita à Sociedade Águas de Monchique, nas Caldas de Monchique, distrito de Faro.

Segundo o governante “não interessa ver quais são as taxas nominais, mas sim a carga fiscal efetiva sobre as empresas”, argumentando que não é pela carga fiscal que Portugal não tem tido taxas “elevadíssimas” de investimento nos últimos anos.

Temos um conjunto de benefícios fiscais que são atribuídos às empresas, nomeadamente, àquelas que investem em áreas mais qualificadas e em inovação. Esse é um desenho que nós consideramos muito positivo e, aliás, as próprias estruturas da União Europeia assim o consideram”, sublinhou.

João Correia Nunes perspetiva que “o crescimento de investimento continue a crescer”, à semelhança do que acontece desde 2013, através de um grande esforço de recuperação feito pelas empresas. “Obviamente que se pudermos também fazer uma trajetória prudente da baixa das taxas de impostos, assim o faremos, não apenas para as empresas, como para todos os portugueses”, reforçou.

O governante iniciou esta sexta-feira na Sociedade Águas de Monchique uma visita a várias empresas do distrito de Faro no âmbito do roteiro “Encontros para a Competitividade e Inovação”, iniciativa do Ministério da Economia em colaboração com a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI).

A Águas de Monchique tem em curso a requalificação da sua linha de produção, num investimento de 7,6 milhões de euros, com vista a aumentar a capacidade de engarrafamento. “Este investimento permite-nos passar da média atual de 9.000 garrafas por hora para as 23.000 garrafas por hora, mais que duplicando a produção”, frisou o presidente da empresa, estimando que em 2020 o volume de negócios atinja os 18 milhões de euros.

A nova linha, que deverá entrar em funcionamento em setembro deste ano, permitirá aumentar a quota no mercado nacional e a exportação, “nomeadamente para o mercado asiático, mais concretamente a China”, precisou Vítor Hugo Gonçalves. “Existe uma grande procura neste mercado, mas atualmente não conseguimos responder aos pedidos”, sublinhou.

Os “Encontros para a Competitividade e Inovação” pretendem dar a conhecer o tecido empresarial português e fomentar sinergias entre os agentes públicos e privados, com enfoque nos desafios para as empresas e para a regiões.

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Benfica diz que divulgação dos e-mails internos afetou negócio de 85 milhões de euros na China

  • Lusa
  • 8 Março 2019

A divulgação de e-mails internos do Benfica terá conduzido ao falhanço de um negócio na China que renderia aos ‘encarnados’ 85 milhões de euros em 20 anos, diz o clube.

O diretor do Benfica para a área comercial internacional, Bernardo Carvalho, associou esta sexta-feira em tribunal a divulgação de e-mails internos do clube ao falhanço de um negócio na China que renderia aos ‘encarnados’ 85 milhões de euros em 20 anos.

Tratava-se um negócio de licenciamento da marca Benfica e “as coisas falharam” a partir do momento em que os e-mails foram divulgados, disse Bernardo Carvalho, que falava perante o juiz Paulo Duarte Teixeira, do Tribunal Central Cível do Porto, no segundo dia de julgamento da ação em que o clube lisboeta reclama 17,7 milhões de indemnização a empresas e figuras do universo do FC Porto pela divulgação de e-mails internos benfiquistas.

Também chamado a depor hoje, o presidente da Assembleia Geral ‘encarnada’, Luís Nazaré, destacou o “grande sentimento de devassa” sentido pelos sócios.

Num julgamento iniciado na quinta-feira, o primeiro testemunho foi o do diretor de comunicação do Benfica, Luís Bernardo, para quem o FC Porto quis associar os ‘encarnados’ a um “polvo como o Apito Dourado”, ao divulgar e-mails internos do clube lisboeta.

O diretor de comunicação disse que a divulgação dos e-mails confidenciais, “de forma programada”, obedeceu a uma “estratégia de desgaste” do Benfica, apoiada numa divulgação no Porto Canal, “sem contraditório”, de e-mails “truncados e descontextualizados”.

Também na quinta-feira, o atual treinador do Benfica B, Renato Paiva, disse que a divulgação de alguns e-mails com “informação privilegiada” sobre aspetos técnicos “fragilizou a coesão do balneário”.

Já o diretor comercial e de marketing do Benfica, Miguel Bento, disse, entre outras alusões a prejuízos alegadamente causados ao modelo de negócios pela difusão dos e-mails confidenciais, que “deixou de ser feito” um negócio “de 500 mil euros, para três ou cinco anos”, com empresa de serviços.

No processo em que é autora, a Sociedade Anónima Desportiva Sport Lisboa e Benfica – Futebol corresponsabiliza por “danos de imagem” causados pela divulgação dos emails a homóloga do FC Porto, o presidente da SAD e do clube, Pinto da Costa, os administradores Fernando Gomes e Adelino Caldeira e o diretor de comunicação, Francisco J. Marques, além da FCP Média, empresa detentora da estação televisiva Porto Canal.

O Benfica alega que a divulgação dos emails lhe afetou a credibilidade, prejudicando os seus interesses comerciais e chegando a provocar a queda de cotação das ações da Sociedade Anónima Desportiva.

Já o FC Porto invoca que se limitou a divulgar informação de interesse público e alega que o correio eletrónico divulgado revela práticas deturpadoras da verdade desportiva.

Numa audiência prévia realizada em 20 de novembro do ano passado, em que se fixou o valor da causa, foi também admitida a reconvenção deduzida pela ré, pedindo uma indemnização cujo valor não foi divulgado.

O julgamento prossegue nos dias 28 e 29 de março. Na manhã do primeiro destes dias serão ouvidas ainda testemunhas do Benfica, segundo fonte oficial do clube, seguindo-se as arroladas pelo FC Porto.

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Wall Street em queda. Emprego nos EUA estagnou

As principais praças norte-americanas estão em queda. A tecnologia é o setor mais penalizado, com o Nasdaq a cair mais de 1%.

Wall Street está em queda, preparando-se para fechar a semana com cinco sessões no vermelho pela primeira vez este ano. As preocupações com a desaceleração da economia global foram reavivadas na quinta-feira com as projeções do Banco Central Europeu (BCE) e foram exacerbadas por sinais de que o mercado de trabalho norte-americano está menos robusto que o esperado.

A tecnologia está a ser especialmente penalizada, com o índice Nasdaq a tombar 1,13% para 7.337,80 pontos. Já o industrial Dow Jones abriu a perder 0,83% para 25.262,62 pontos e o financeiro S&P 500 recua 0,80% para 2.727,03 pontos.

Foram criados apenas 20 mil empregos em fevereiro, face à expectativa de 180 mil dos economistas consultados pela Reuters. “Os números indicam que também estamos a sofrer a par da restante economia global. Os EUA têm sido a melhor casa de um bairro mau, mas talvez isso esteja a mudar”, afirmou Paul Nolte, gestor de portefólio da Kingsview Asset Management, à agência.

Além do mercado de trabalho norte-americano, foram conhecidos também dados da relação comercial entre EUA e China. As exportações para a China caíram 20,7% em fevereiro face ao mês homólogo, registando a maior queda em três anos. Já as importações também diminuíram, pelo terceiro mês consecutivo.

“Mostra que as tarifas na China estão a resultar, o que reforça os argumentos de Trump. Mas a China é um dos maiores players da economia global e está em dificuldades, o que é um dos fatores chave para a desaceleração do crescimento mundial”, acrescentou Nolte.

Os dados foram conhecidos depois de, na última sessão, as ações mundiais terem sido fortemente penalizadas pelas preocupações com o travão na expansão da economia mundial. O BCE cortou, na quinta-feira, as projeções para o produto interno bruto (PIB) da Zona Euro, esperando que cresça apenas 1,1% em 2019 e 1,6% em 2020 (contra os 1,7% que antecipava para ambos os anos).

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Parlamento aprova diploma contra práticas fiscais abusivas

  • Lusa
  • 8 Março 2019

Diploma contempla alterações ao nível da limitação da dedutibilidade de gastos de financiamento e da cláusula geral antiabuso, direcionando-a para os beneficiários efetivos do rendimento.

A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira, na generalidade, sem votos contra, uma proposta de lei do Governo que adota medidas de combate às práticas de planeamento fiscal agressivo, fenómeno conhecido por elisão fiscal.

O diploma mereceu a abstenção do CDS/PP e os votos favoráveis do PS, PSD, BE, PCP, PAN e do deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira.

Em causa está uma proposta que transpõe para a legislação nacional normas que visam desencorajar a utilização de práticas fiscais abusivas por parte de empresas. O diploma contempla, assim, alterações ao nível da limitação da dedutibilidade de gastos de financiamento (ajustando a definição deste conceito) e da cláusula geral antiabuso, direcionando-a para os beneficiários efetivos do rendimento.

Durante a discussão, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais referiu que esta cláusula geral já está contemplada na Lei Geral Tributária, mas a mudança agora proposta no diploma do Governo “permite criar mais certezas para a Autoridade Tributária e Aduaneira e para os contribuintes”.

O diploma contempla também medidas ao nível do regime de tributação à saída, nomeadamente no que diz respeito ao diferimento e às modalidades de pagamento do imposto apurado em resultado da transferência da residência de entidade com sede ou direção efetiva em território português para o exterior.

Na mira deste reforço de medidas fiscais está a constatação da existência de práticas, por parte de empresas, que, tirando partido das disparidades entre os sistemas fiscais dos diferentes países, procuram “beneficiar de taxas de tributação reduzidas, de duplas deduções ou mesmo de ausência de uma tributação efetiva dos lucros que obtêm, deduzindo-os numa jurisdição sem, no entanto, os incluir na base tributável do outro lado da fronteira”.

Durante o debate, António Mendonça Mendes precisou que Portugal tem tomado nos últimos anos, várias medidas de combate à elisão fiscal, mas salientou a dificuldade de se combater um fenómeno que, ao contrário do que sucede com os esquemas de fraude e de evasão, “tem em si mesmo uma aparência de legalidade”.

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Se quer comprar um elétrico, já pode pedir o cheque ao Estado

O Governo deu "luz verde" aos cheques para a compra de veículos amigos do ambiente. As candidaturas ao cheque para os elétricos estão abertas, mas é preciso ser rápido. Apoio chega aos 3.000 euros.

Quer um elétrico? Se estava à espera do apoio do Estado para trocar a gasolina e o gasóleo pelos carregadores de bateria, não vai ter de esperar mais. Já foi publicado em Diário da República o regulamento que define o Incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões para este ano. Há cheques, mas são limitados.

Invocando a necessidade de dar “continuidade à implementação de medidas de aceleração da apropriação de energias de tração alternativas e ambientalmente mais favoráveis, como a tração 100% elétrica, dado o seu claro contributo para a melhoria da qualidade do ar, redução de ruído e descarbonização”, o Governo reforçou o incentivo para os veículos elétricos.

Além da manutenção de um incentivo à introdução no consumo de veículos de baixas emissões, este é agora “extensível a motociclos de duas rodas e ciclomotores elétricos e a bicicletas elétricas, financiado pelo Fundo Ambiental”. Para haver esse financiamento, faltava o regulamento que chegou agora.

Quem pretender, pode candidatar-se ao cheque através deste link. Vai aceder a um formulário de candidatura para ficar elegível à atribuição de incentivos de até 3.000 euros na compra de um automóvel 100% elétrico, até 400 euros no caso da compra de um motociclo e de 250 euros para as bicicletas.

“Após submissão, as candidaturas ficam a aguardar validação”, explica o Fundo Ambiental. “Após a validação da candidatura é sempre enviado um e-mail ao candidato, independentemente do resultado da mesma“, acrescenta no seu site o fundo responsável pela atribuição destes cheques.

Os interessados devem apressar-se no preenchimento do formulário. É que só existem 1.000 cheques tanto para automóveis como bicicletas, havendo 250 para os motociclos. No caso dos automóveis, o cheque poderá desaparecer rapidamente tendo em conta o forte crescimento das vendas. Em menos de dois meses, os portugueses compraram já mais de mil veículos totalmente elétricos.

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Portuguesa dona da Toys R Us compra holandesa Intertoys

  • Lusa
  • 8 Março 2019

Com a aquisição da holandesa Intertoys, a dona da Toys R Us em Portugal e Espanha torna-se a maior retalhista de brinquedos na Europa continental.

A portuguesa Green Swan, que adquiriu em 2018 a Toys ‘R’ Us em Portugal e Espanha, anunciou esta sexta-feira que adquiriu a holandesa Intertoys, declarada falida recentemente.

Em comunicado, a empresa portuguesa diz que com esta aquisição, cujo valor não foi divulgado, a Green Swan torna-se o maior retalhista de brinquedos na Europa continental, depois de ter adquirido também recentemente a belga Maxi Toys.

A Intertoys apresentou-se, recentemente, à proteção de credores e – tendo sido aberto processo de venda dos ativos – a portuguesa Green Swan apresentou a sua proposta de uma nova InterToys e o desejo de manter a marca holandesa. A Green Swan irá agora incutir inovação e modernizar o negócio da Intertoys, nomeadamente em processos internos e nas lojas físicas e online, adianta.

“A sinergia proporcionada pelas atividades da Green Swan, permitirá ativar uma economia de escala, dinamismo e inovação que fortalecerá a Intertoys”, refere. Segundo o presidente executivo da Green Swan, Paulo Andrez, citado na nota, esta “será mais uma marca para agregar valor ao processo de inovação e evolução a desenvolver no mercado de brinquedos na Europa”.

Com esta aquisição, a Green Swan passa a marcar presença direta em sete mercados europeus (Portugal, Espanha, França, Bélgica, Suíça, Luxemburgo e Holanda) e irá ultrapassar as 400 lojas através das três marcas geridas. A transação está sujeita às necessárias aprovações e processos legais nos mercados, acrescenta.

Depois de em agosto de 2018 ter adquirido a Toys “R” Us em Espanha e Portugal e de em janeiro de 2019 ter adquirido a Maxi Toys, empresa belga com lojas na Bélgica, França, Suíça e Luxemburgo, a Green Swan alarga e consolida, assim, o seu portfolio, tornando-se o maior grupo retalhista de brinquedos na Europa continental.

Em fevereiro, e via Maxi Toys, a Green Swan alargou presença no mercado belga, através da rede Bart Smit que será integrada na Maxi Toys após aquisição por esta.

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Na separação de pastas, mudança da hora ficou com Pedro Nuno Santos

Com a divisão do Ministério do Planeamento e Infraestruturas havia a dúvida em qual das pastas ficava a mudança da hora. O dossier que esteva na mesa de Pedro Marques passou para Pedro Nuno Santos.

Bruxelas queria que Portugal abandonasse a prática de mudar a hora. O Governo fez finca-pé e na madrugada de 28 de outubro os relógios atrasaram uma hora. O Executivo de António Costa informou a União Europeia que queria manter o atual regime bi-horário. O dossier que esteve na mesa de Pedro Marques, passou agora para Pedro Nuno Santos.

Com a divisão do Ministério do Planeamento e Infraestruturas havia a dúvida em qual das pastas ficava o tema que contrariou a proposta da União Europeia de acabar com as mudanças de hora sazonais em 2019. É Pedro Nuno Nuno Santos que se ocupa agora do dossier que está longe de gerar consenso no seio dos 28 Estados-membros.

Uma oposição que levou uma comissão do Parlamento Europeu a aprovar, na semana passada, um adiamento do fim das mudanças de hora duas vezes por ano. Em vez de 2019, agora será só em 2021 que os Estados terão de manter o mesmo horário 365 dias por ano. Não adequar os relógios às horas de sol não é do agrado da larga maioria dos europeus. Quando a Comissão Europeia fez a proposta em agosto do ano passado foi revelada uma sondagem (feita junto de 4,6 milhões de europeus) que dava conta que 84% dos europeus eram contra essa eventual decisão.

Já em outubro do ano passado, a presidência austríaca da UE, perante a relutância dos Estados-membros em implementarem a medida já em 2019, propôs que a supressão da mudança da hora aconteça apenas em 2021.Não há dúvida de que estamos dispostos a conceder mais tempo aos países”, disse Violeta Bulc, numa conferência de imprensa, após a reunião informal dos ministros dos Transportes da União Europeia, em Viena. A comissária europeia dos Transportes lembrou as preocupações manifestadas por profissionais de setores como o tráfego aéreo ou sistemas informáticos, que advogam por um maior período de preparação para o fim da mudança da hora.

Após esta aprovação da comissão do Parlamento Europeu, a proposta terá de se ser votada em plenário. O passo seguinte será identificar uma posição comum entre os países europeus. Caso a proposta da Comissão fosse aprovada, tal como foi originalmente proposta pelo Parlamento Europeu e o Conselho Europeu, os Estados-Membros — e neste caso Pedro Nuno Santos — tinham até abril para notificar a Comissão Europeia sobre a intenção de aplicar permanentemente a hora de verão ou a hora de inverno.

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Tesouro avança com novo leilão de Obrigações. Quer até 1.250 milhões de euros a sete e dez anos

A agência que gere a dívida pública anunciou esta sexta-feira que vai regressar ao mercado na próxima quarta-feira, dia 13 de março.

O Tesouro português vai voltar ao mercado na próxima quarta, para um leilão duplo de Obrigações do Tesouro (OT) a sete e dez anos. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP anunciou esta sexta-feira a realização da emissão de dívida pública, que tem um montante indicativo entre os mil e os 1.250 milhões de euros.

“O IGCP vai realizar no próximo dia 13 de março pelas 10h30 horas dois leilões das OT com maturidade em 21 de julho de 2026 e 15 de junho de 2029, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros”, anunciou o IGCP, em comunicado.

Trata-se da segunda vez este ano que o Tesouro procura captar financiamento de longo prazo com recurso a leilões. A primeira vez foi há um mês (13 de fevereiro), quando o IGCP se financiou em mil milhões através de duas emissões de OT a dez e quinze anos. E após uma emissão sindicada logo no início deste ano, em janeiro.

Nessa colocação de OT a 10 anos, Portugal conseguiu a taxa de juro mais baixa de sempre em leilões nesta maturidade em mercado primário — de 1,568% –, sendo que a procura ultrapassou a oferta em 2,17 vezes.

Este regresso aos mercados acontece depois de na última quinta-feira a taxa de juro da dívida soberana nacional a dez anos ter atingido um novo mínimo histórico, nos 1,35%, em mercado secundário. Esta sexta-feira, a yield destes títulos negoceia ainda nos 1,35%.

(Notícia atualizada às 13h21 com mais informação)

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Fundo norueguês do petróleo vai desinvestir nas petrolíferas

O governo norueguês aprovou um plano para a alienação de empresas do setor da energia que se dediquem em exclusivo à exploração e produção de petróleo e gás. Lista não inclui a Galp Energia.

A Noruega deu um passo em frente com vista a reduzir a exposição do seu fundo soberano, Norges Bank, ao negócio do petróleo. O governo norueguês aprovou um plano que prevê a alienação de participações detidas pelo fundo soberano em empresas que se dediquem em exclusivo à produção de petróleo ou de gás. De fora dessa exclusão estão as companhias integradas. Ou seja, que para além da exploração e produção, se dediquem também às fases seguintes do negócio como a refinação. Este é o caso da Galp Energia.

“O objetivo é reduzir a vulnerabilidade da nossa riqueza comum a um declínio permanente do preço do petróleo“, afirmou Siv Jensen, ministro das finanças norueguês, num comunicado citado pela Bloomberg. “Assim é mais correto vender companhias que explorem e produzam petróleo e gás, em vez de vender um setor de energia que é amplamente vasto”, disse ainda para justificar a seleção de ativos a alienar dentro do setor das energéticas e a sua retirada do universo de investimento do fundo soberano.

Em causa estão posições detidas pelo Norges Bank em 134 empresas, que estão avaliadas em 70 mil milhões de coroas norueguesas (cerca de 7,1 mil milhões de euros). Os alvos das alienações são, segundo o governo norueguês, as empresas classificadas como de exploração e produção que integram o subsetor 0533 do índice FTSE Russell.

Os planos do executivo norueguês passam por uma alienação faseada dessas posições, não estando incluída uma redução de participação na energética estatal Equinor. Entre as empresas que serão excluídas incluem-se a Cairn Energy, onde o fundo detém uma posição de 1,92% que estava avaliada em 22 milhões de dólares no final de 2018. Das suas contas também deixarão de fazer parte uma posição de 2,1%, avaliada em 67 milhões de dólares, na Tullow Oil, bem como uma participação de 1,8% na Premier Oil, que vale 12 milhões de dólares.

As ações do setor da energia representam 5,9% das participações acionistas detidas pelo Norges Bank no final do ano passado, avaliadas em 37 mil milhões de dólares. Mas grande parte desse valor está aplicado em empresas integradas e não em companhias de menor dimensão e dedicadas em exclusivo à exploração e produção.

A Galp Energia faz parte desse maior conjunto de empresas, onde no final do ano passado o fundo norueguês detinha uma posição de 1,33% avaliada em 152 milhões de euros.

Na base da decisão de exclusão dessa categoria de empresas do universo de investimento do Norges Bank não está, segundo o executivo, qualquer visão específica sobre a evolução do preço do petróleo, bem como relativamente à futura rentabilidade e sustentabilidade do setor petrolífero. É salientado ainda que o petróleo vai ser uma importante e das maiores indústrias na Noruega durante muitos dos próximos anos.

A decisão de reduzir a exposição do maior fundo soberano do mundo aos negócios de exploração e produção de petróleo surge numa altura em que a Noruega tem tentado apresentar uma imagem de responsabilidade ambiental ao mesmo tempo em que bombeia a petróleo e gás a um ritmo acelerado.

Aliás, o fundo avaliado em um bilião de dólares foi alimentado ao longo das últimas duas décadas pelas receitas do petróleo e do gás.

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A manhã num minuto

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Das novas tendências à inovação

  • ECO HEINEKEN
  • 8 Março 2019

Num evento centrado na inovação, que decorreu no Praia no Parque, a Heineken apresentou a mais de 100 convidados a mais recente novidade do seu portfólio, a Heineken 0.0.

O lançamento que acompanha uma tendência mundial de novos estilos de vida, foi também uma hora de almoço diferente de networking onde se falou sobre o risco de inovar e da necessidade de reinvenção constante por parte das marcas.

Os oradores convidados Pedro Santa-Clara e João Cotrim de Figueiredo partilharam experiências e refletiram sobre uma nova geração empreendedora “com vontade de mudar o mundo” e num mundo onde é preciso ter curiosidade, estar atento e abrir os interesses às mais diversas áreas para transformar tendências em inovação.

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Combustíveis sobem na próxima semana. Gasolina aumenta 1,5 cêntimos

A gasolina vai subir 1,5 cêntimos na próxima segunda-feira, mas o preço do gasóleo também vai aumentar. O diesel vai ficar meio cêntimo mais caro. Combustíveis vão para máximos do ano.

Se vai abastecer o depósito do seu automóvel em breve, não espere pela próxima semana. Os combustíveis vão ficar mais caros a partir de segunda-feira, com a gasolina a subir 1,5 cêntimos e o gasóleo a aumentar meio cêntimo, disse fonte do setor ao ECO.

Confirmando-se este agravamento, isto significa que os combustíveis vão atingir os preços mais altos do ano quando os postos de abastecimento atualizarem os preçários a partir de meia-noite de segunda-feira, de acordo com os dados oficiais da Direção-Geral de Energia.

No caso da gasolina, será a quinta semana de aumento dos preços. Vai passar a custar 1,4698 euros por litro, o valor mais elevado desde o início de dezembro.

Para o gasóleo, prevê-se a décima semana em que o preço do combustível mais usado pelas famílias portuguesas regista subidas, passando a custar 1,3967 euros por litro. Trata-se do valor mais alto desde novembro.

A evolução dos preços dos combustíveis reflete o comportamento da cotação do petróleo e derivados petrolíferos nos mercados internacionais na última semana e ainda da cotação do euro, tendo em conta que as matérias-primas são geralmente transacionadas em dólares e a valorização da divisa americana torna as exportações para o euro mais caras.

Os preços dos combustíveis em Portugal podem variar de posto para posto.

(Notícia atualizada às 12h11)

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