Carros da Autoeuropa produzidos durante a greve já foram carregados, diz a ministra

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2019

Os 23 mil veículos acumulados no Porto de Setúbal ao longo da greve dos estivadores já foram todos carregados, diz o Governo.

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, anunciou esta terça-feira, em Lisboa, que as cerca de 23 mil viaturas da Autoeuropa acumuladas no Porto de Setúbal durante a paralisação dos estivadores já foram carregadas.

“Cerca de 23 mil viaturas da Autoeuropa, acumuladas durante a paralisação, já foram carregadas […] e as cerca de 800 viaturas produzidas por dia estão a ser escoadas, conforme foi previamente definido”, disse Ana Paula Vitorino, numa audição parlamentar na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.

Durante a sua intervenção, a líder do Ministério do Mar notou que a operacionalização do Porto de Setúbal “encontra-se normalizada”. Ao longo de janeiro, “já foram recuperadas três linhas modelares do Porto de Setúbal, a que se somam outras duas – uma de contentores e outra de ‘ro-ro’ [carga que embarca ou desembarca a rolar]”, indicou.

Ana Paula Vitorino referiu ainda, citando os dados provisórios de janeiro, que a movimentação total de mercadorias no Porto de Setúbal avançou 3,4%, face ao período homólogo. Para a governante, o acordo entre patrões e sindicato permitiu ainda alcançar “melhores condições” laborais, que passam por um contrato coletivo de trabalho. “As negociações para o contrato já se iniciaram” e vão prosseguir ao longo de fevereiro, sublinhou.

Questionada pelo Bloco de Esquerda, partido que requereu a audição, sobre a possibilidade da greve dos estivadores ter sido violada, devido ao carregamento de um navio com carros da Autoeuropa, no final de novembro, a ministra do Mar reiterou que o contrato em causa abrangia as horas normais e não as extraordinárias, para as quais estava decretada a paralisação.

Ana Paula Vitorino afirmou ainda que, no mesmo dia do carregamento, foi solicitada uma inspeção à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), que concluiu que todos os estivadores estavam certificados a desenvolver aquele trabalho, bem como que não foi cometida nenhuma irregularidade.

Já em janeiro, no âmbito de uma audição parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar, Ana Paula Vitorino tinha explicado que, não havendo trabalhadores disponíveis para o trabalho, “o operador entendeu recorrer a empresas de trabalho portuário que costumam fornecer os mesmos grupos económicos para Lisboa e outros portos”.

Em 22 de novembro, um autocarro que transportava os trabalhadores para carregar um navio com automóveis da Autoeuropa foi bloqueado pelos trabalhadores eventuais do Porto de Setúbal, que estavam em luta por um contrato coletivo de trabalho desde o dia 05.

Um forte dispositivo policial de dezenas de elementos da Unidade Especial de Polícia e da brigada de intervenção rápida acabou por afastar os manifestantes, permitindo a entrada dos trabalhadores no recinto.

Em dezembro de 2018, o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) e as empresas de trabalho portuário de Setúbal assinaram um acordo que permitiu a integração de 56 dos cerca de 90 estivadores precários nos quadros das empresas Operestiva e Setulsete.

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PLMJ por trás da negociação entre a Eleven Sports e operadores

A sociedade esteve na assessoria entre a Eleven e os três principais operadores de telecomunicações. Clientes da Meo, NOS e Vodafone passam a ter acesso a conteúdos premium, como a Liga dos Campeões.

A PLMJ esteve na assessoria à Eleven Sports nas negociações com todos os operadores de telecomunicações portugueses para a distribuição dos respetivos canais nas três principais plataformas: Meo, NOS e Vodafone. Os clientes dos operadores passarão agora a ter acesso a uma oferta de conteúdos desportivos premium, que inclui a Liga dos Campeões, as ligas espanhola, alemã e francesa, e a norte-americana NFL.

A assessoria da PLMJ foi assegurada pelos advogados Ricardo Oliveira, sócio coordenador da área de direito europeu e de concorrência, Inês Pinto da Costa, sócia de corporate e M&A, e por Miguel Marques de Carvalho, associado coordenador de direito europeu e de concorrência.

A Eleven Sports oferece anualmente mais de 30.000 horas de conteúdos desportivos premium em direto, a mais de 17 milhões de subscritores, nos 11 países nos quais se encontra presente.

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Lucros, research e preço do petróleo dão gás à Galp. Bolsa avança

Lisboa acompanhou a tendência de ganhos das pares europeias. Energia e papel puxaram pelo índice nacional.

O PSI-20 fechou esta terça-feira em alta, em linha com o sentimento positivo por toda a Europa. O índice de referência nacional avançou 0,74% para 5.131,51 pontos, com 11 cotadas no verde, quatro no vermelho e três inalteradas. A energia e o papel, de caráter exportador, impulsionaram a bolsa de Lisboa, graças à menor incerteza internacional.

A Galp Energia esteve em destaque pela segunda sessão consecutiva, depois de ter apresentado resultados na segunda-feira de manhã. Além dos lucros (que subiram 23% para 707 milhões de euros, em 2018 face ao período homólogo), a subida dos preços do petróleo e a revisão em alta do preço-alvo por parte do Goldman Sachs (para 18 euros por ação, de 17,50 euros, com um potencial de valorização de 32%) também impulsionaram as ações da petrolífera, que valorizaram 1,58% para 13,80 euros.

Galp brilha na bolsa de Lisboa

Todo o mercado petrolífero segue em alta. A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) anunciou esta terça-feira que prevê uma queda da procura de petróleo em 2019. O equilíbrio de mercado obriga a que os 14 associados recuem a produção para 30,6 milhões de barris por dia, contra 31,6 milhões de barris por dia em 2018. O maior produtor dentro do cartel, a Arábia Saudita, afirmou que pretende ir além do acordo de cortes e reduzir a produção para 9,8 milhões de barris, em março.

Face a estas notícias, o crude WTI negociado em Nova Iorque valoriza 1,93% para 53,42 dólares por barril, enquanto o Brent, negociado em Londres, ganha 2,15% para 62,83 dólares por barril.

Exportadoras brilham com menor incerteza internacional

O PSI-20 fechou em alta, beneficiando da envolvente favorável que caracterizou a sessão europeia. Como uma parte dessa envolvente foi construída a partir de um maior otimismo em relação às relações sino-americanas, a liderança do PSI-20 foi assumida por ações de empresas mais expostas à economia global”, refere uma nota do BPI.

Foi o caso da Mota-Engil, que disparou 3,39% para 1,89 euros, mas também do setor do papel e pasta de papel. A Semapa ganhou 2,54%, a Altri avançou 2,19% e a Navigator 1,72%. Entre as cotadas que mais subiram destacou-se ainda o BCP, que avançou 0,95% para 0,234 euros. Em sentido contrário, a Ibersol tombou 3,62%, a Sonae Capital caiu 0,67%, os CTT perderam 0,26% e a Jerónimo Martins deslizou 0,19%.

Tal como as cotadas portuguesas exportadoras, também a generalidade das ações europeias beneficiou das notícias de que os presidentes Donald Trump (dos EUA) e Xi Jinping (da China) deverão encontrar-se em breve. Assim, entre as principais praças europeias, a tendência foi de subida. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,9%, enquanto o alemão DAX ganhou 1,1%, o francês CAC 40 subiu 1%, o espanhol IBEX 35 valorizou 0,4%, o italiano FTSE MIB somou 1,12% e o britânico FTSE 100 subiu 0,1%.

“Os índices europeus fecharam em alta, beneficiando do bom desempenho de alguns setores e de algumas notícias mais reconfortantes ao nível das relações entre a China e os EUA. Entre estes setores figurou o automóvel, que foi impulsionado pelos bons resultados da Michelin (que superaram as previsões) mas sobretudo pelas perspetivas que forneceu. Ao contrário de muitos dos seus pares, a Michelin mostrou-se particularmente otimista em relação a 2019, antecipando um crescimento significativo do lucro operacional. As ações subiram 13%, o que constitui a maior valorização diária da última década“, acrescentaram.

No mercado cambial, a moeda única aprecia-se face ao dólar, depois de a divisa norte-americana ter fechado, na última sessão, o maior rally em três anos, que durava desde o presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, afirmou que iria ser “paciente” antes de voltar a subir os juros de referência no país. Em plena correção, o euro valoriza 0,35% para 1,1315 dólares.

(Notícia atualizada às 17h10)

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“Não vejo nenhuma vantagem em que o Estado volte a ser acionista da REN”, diz o CEO Rodrigo Costa

Toda a atividade da REN já é totalmente controlada pelo Estado e, por isso, não haveria "vantagem" em haver de novo uma participação pública, defende Rodrigo Costa.

Numa altura em que o Governo discute a hipótese de o Estado voltar a ter uma participação no capital da REN, cuja privatização ficou concluída em 2012, o presidente executivo da empresa energética descarta esta possibilidade, assegurando que toda a atividade da REN já é totalmente controlada pelo Estado e que, por isso, não haveria “vantagem” em haver de novo uma participação pública. A posição foi assumida por Rodrigo Costa, que, esta terça-feira, está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade.

Hoje, quando olho para este sistema, posso afirmar que não vejo nenhuma vantagem em que o Estado volte a ser acionista da empresa“, afirmou Rodrigo Costa, em resposta à deputada social-democrata Fátima Ramos, que questionou o gestor sobre a forma como a privatização da REN poderá ter prejudicado o interesse público.

Isto porque, defende, o Estado já tem controlo sobre tudo o que é desenvolvido pela empresa. “Somos uma empresa cujo trabalho é acompanhado muito de perto pelo Estado. A nossa supervisão é feita pela ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos]. Todos os nossos planos são consequência de um programa de políticas energéticas para o país. Qualquer projeto que queiramos fazer só pode ser feito depois de aprovados os planos”, começou por explicar.

E continuou: “A remuneração da REN não é vitalícia, é revista de três em três anos. Esta remuneração está longe de ser a mais generosa e a REN está longe de poder ser alvo de alguma crítica em relação àquilo que o Estado paga. Não temos nenhuma situação em que se possa falar de um incumprimento do contrato de concessão ou de uma falta de isenção na forma como trabalhamos”.

O Estado tem controlo total sobre tudo aquilo que nós fazemos, quer a priori, quer a posteriori“, concluiu sobre este assunto.

Esta posição é assumida depois de, no início deste mês, o Expresso ter avançado que o Governo está a estudar comprar uma participação da REN a um dos acionistas da REN, como é o caso da Oman Oil, que detém 12% da empresa.

Oficialmente, não há qualquer confirmação desta hipótese, nem sequer é um assunto que tenha sido referido por governantes nos últimos tempos. O único comentário relacionado com esta matéria partiu de José António Vieira da Silva, atual ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que também foi ouvido nesta comissão de inquérito, na qualidade de antigo ministro da Economia do Governo de José Sócrates.

Se me perguntar, a esta distância, se considero que, estrategicamente, teria sido vantajosa a permanência de uma posição do Estado na REN, eu considero que sim. Se isso seria possível, não sei”, disse então Vieira da Silva.

Notícia atualizada às 16h49 com mais informação.

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Itália quer vender reservas de ouro para baixar o défice. Intenção deverá embater no BCE

O Governo está a medir o pulso ao mercado, mas há vários entraves. Os bancos centrais poderão tentar travar a operação e, caso avance, deverá criar medo entre os investidores.

Itália estará a considerar a venda das reservas de ouro que detém no banco central para diminuir o défice. A notícia foi avançada esta terça-feira pelo jornal italiano La Stampa e o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini já admitiu que a hipótese não está excluída. A operação de alienação de parte das reservas de ouro é vista como perigosa para a confiança dos investidores no país e deverá criar um novo conflito entre Itália e as instituições europeias.

O Governo italiano estará a pensar usar as reservas de ouro no Bankitalia para evitar um desvio orçamental este ano e o aumento de impostos em 2020. A forma de financiamento do Estado é controversa — e já vista como possibilidade em outros países em crise –, mas poderá ser uma hipótese para fazer face às reformas altamente dispendiosas promovidas pela coligação formada pelos partidos Lega e 5 Stelle. “Pode ser uma ideia interessante”, disse Salvini, esta terça-feira em Roma, quando questionado sobre o assunto.

Itália tinha, em dezembro do ano passado, as terceiras maiores reservas de ouro do mundo. São 2.451,8 toneladas que estão paradas nos cofres do Bankitalia há 20 anos. O volume — equivalente a cerca de 100 mil milhões de dólares, de acordo com as contas do La Stampa — é apenas superado pelas reservas dos EUA e da Alemanha.

No entanto, a ideia de colocar parte dos lingotes e moedas de ouro italianos no mercado deverá encontrar várias dificuldades. “As regras delineadas no Acordo do Ouro do Banco Central permitiriam apenas possíveis vendas no último trimestre deste ano, a tempo para o próximo orçamento do Governo italiano, que será apresentado em outubro de 2019. Mas o Governo teria de criar uma estrutura legal para fazê-lo, o que exige que estabeleçam quem é o proprietário legal desse ouro: é o Bankitalia ou o povo italiano? Esta é uma área cinzenta dentro do sistema legal italiano, que pode revelar-se um primeiro soluço”, explicou Carlo Alberto de Casa, analista-chefe da corretora ActivTrades.

Salvini não explicou como é que o Governo pretende resolver esta questão, mas defendeu que o “ouro é propriedade do povo italiano e de mais ninguém”, nas mesmas declarações, citadas pela Reuters. Sinalizando que poderá ir contra o banco central, o vice-primeiro-ministro afirmou que foi o Bankitalia que falhou na prevenção da crise bancária do país.

Mas este não seria o único problema de Itália. “O Governo também necessitaria de algum apoio da administração do Bankitalia e possivelmente do Banco Central Europeu (BCE), que poderia, ao abrigo do estatuto do BCE e de vários tratados europeus, opor-se a essa venda. Além disso, uma venda quase certamente assustaria os mercados financeiros. Os participantes do mercado provavelmente interpretariam esta medida como um sinal de perigo, marcando claramente a direção controversa que este Governo pretende seguir”, sublinhou Alberto de Casa.

O analista acrescenta que, caso a operação avance, a dívida italiana deverá sofrer pressão em mercado secundário. “O ouro da Itália é um forte porto seguro para o país nas mãos do Bankitalia, impedindo o país (e marginalmente a UE) de ataques especulativos. A venda das reservas de ouro seria vista por muitos como uma interferência política ilícita na independência do Banco Central, que, como citado pelo ex-governador do Bankitalia, Salvatore Rossi, em 2013, deveria ter a capacidade de (agir) como o responsável último pela estabilidade das finanças domésticas”, acrescentou.

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Municípios querem renegociação de transferência de competências das freguesias

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2019

A Associação Nacional de Municípios vai propor a renegociação da transferência de competências para as freguesias.

Os municípios vão propor a reabertura das negociações da transferência de competências para as freguesias, cujo respetivo decreto-lei já foi aprovado pelo Governo, mas “não está consensualizado”, anunciou esta terça-feira a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

A Associação de Municípios vai propor ao Governo a reabertura do “trabalho de negociação e elaboração do decreto-lei das freguesias, antes da sua promulgação e entrada em vigor, dado que, apesar de ter sido aprovado em Conselho de Ministros, não está consensualizado com a ANMP nem foi precedido de um trabalho articulado entre todas as partes”, disse o presidente da Associação, Manuel Machado.

Esse processo de negociação com o Governo deverá, de acordo com a proposta, contar com a participação da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), além da ANMP, adiantou Manuel Machado, que falava aos jornalistas, depois de ter participado numa reunião do Conselho Diretivo da Associação de Municípios, que hoje se realizou nas instalações da Câmara da Batalha (distrito de Leiria).

É preciso continuar este processo de descentralização com rigor, profundidade, lealdade negocial e os atempados aperfeiçoamentos, no sentido de chegarmos a um decreto-lei consensualizado, que represente os interesses das autarquias locais – municípios e freguesias –, bem como, e sobretudo, das populações que servimos”, sustentou Manuel Machado.

A Lei-Quadro da Descentralização estabelece, no artigo 44, “a obrigatoriedade de consensualização, com a ANMP, para todos e cada um dos decretos-lei setoriais”, salientou o presidente da Associação, que também é presidente da Câmara de Coimbra.

A descentralização de competências da administração central para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais é “uma das mais importantes reformas do Estado das últimas décadas, que poderá permitir ao País evoluir de uma forma equilibrada, no sentido da aproximação da gestão do estado aos cidadãos”, acrescentou.

Por assim entender, a Associação de Municípios negociou com o Governo, “ao longo dos últimos dois anos”, a criação da Lei-Quadro da Descentralização de Competências (Lei 50/2018, de 16 de agosto), que “estabelece o modelo de descentralização de um conjunto de 21 áreas setoriais”, transpostas noutros tantos decretos-lei (15 dos quais já promulgados e publicados), concluiu Manuel Machado.

O Governo aprovou na quinta-feira o diploma setorial da transferência de competências para as freguesias, no âmbito do processo de descentralização para as autarquias e entidades intermunicipais.

As competências a transferir para as freguesias são gestão e manutenção de espaços verdes, assim como de feiras e mercados, limpeza das vias e espaços públicos, manutenção, reparação e substituição do mobiliário urbano instalado no espaço público, utilização e ocupação da via pública, afixação de publicidade de natureza comercial, autorização da atividade de exploração de máquinas de diversão e a autorização da realização de fogueiras, queimadas, lançamento e queima de artigos pirotécnicos, designadamente foguetes e balonas.

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Trabalhadores independente? Tem até sexta-feira para entregar ou alterar declaração

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2019

Os trabalhadores independentes têm até sexta-feira para alterar ou substituir a declaração trimestral entregue em janeiro à Segurança Social.

Os trabalhadores independentes têm até sexta-feira para alterar ou substituir a declaração trimestral entregue em janeiro à Segurança Social e que serve de cálculo às contribuições que têm de ser pagas até 20 de fevereiro.

Entre os casos que podem levar à substituição da declaração estão os trabalhadores dependentes isentos que, num primeiro momento optaram por fazer descontos também sobre o rendimento do trabalho independente, mas que agora podem recuar nesta opção. Segundo esclareceu o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social à Lusa, “caso tenha havido uma opção indesejada de contribuir, o trabalhador independente tem até dia 15 de fevereiro para substituir a declaração, podendo, assim, efetuar uma nova declaração retirando a opção de contribuir, não havendo qualquer consequência”.

Os trabalhadores dependentes que também passam recibos verdes estão isentos de contribuir para a Segurança Social caso não alcancem o limite mínimo de 1.743,04 euros (equivalente a quatro Indexantes de Apoios Sociais – IAS) por mês.

Caso tenham submetido a declaração, não lhes será apurada qualquer contribuição a pagar, a não ser que o trabalhador independente tenha feito a opção de contribuir, explica o ministério.

“Com efeito, a lei permite que os trabalhadores independentes isentos possam contribuir se assim o pretenderem, sendo essa opção efetuada na declaração trimestral”, acrescenta a mesma fonte oficial.

Janeiro foi o primeiro mês em que os trabalhadores independentes tiveram de entregar a declaração trimestral, tendo vindo a público algumas queixas sobre o processo.

Questionado sobre o assunto, o ministério de Vieira da Silva garantiu que “não foi detetada qualquer anomalia no sistema, apenas estando a ser apurada obrigação contributiva aos trabalhadores independentes isentos se estes escolheram, na declaração trimestral, a opção de contribuir”.

Há ainda outras situações em que os trabalhadores independentes estão isentos: quando acumulam com pensões de velhice ou invalidez ou quando iniciam atividade, uma vez que o primeiro enquadramento só produz efeitos no primeiro dia do 12.º mês posterior ao do início.

Por sua vez, quem não está isento tem obrigação de entregar a declaração trimestral, sob pena de contraordenação.

O pagamento da contribuição tem de ser feito entre os dias 10 e 20 do mês seguinte em relação ao rendimento recebido.

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PayPal lança concorrente do MBWay. E de borla

Através do site ou da aplicação do PayPal já é possível transferir dinheiro entre os vários países da UE de forma imediata e sem quaisquer custos associados. Só precisa do endereço de email.

Numa altura em que os bancos começam a cobrar pelas transferências feitas por MBWay, o PayPal decidiu fazer concorrência. A empresa norte-americana lançou um serviço semelhante, com transferências imediatas, e totalmente gratuito. Este processo pode ser feito através da aplicação ou do próprio site e o dinheiro pode ser transferido do saldo PayPal, cartão ou conta bancária.

O objetivo é “solucionar as pequenas dívidas ou um problema habitual dos tempos modernos”, o PayPal acaba de expandir o serviço de pagamentos pessoais gratuitos a 25 países da União Europeia (UE), incluindo Portugal, anunciou a empresa esta terça-feira, em comunicado. Uma das particularidades é que o dinheiro pode ser transferido entre utilizadores de vários países, “sem qualquer custo associado”.

“Uma resposta rápida e confortável” para quem precisa de enviar e receber dinheiro, e que pode ser feita através do site ou da própria aplicação PayPal. Além disso, a nova funcionalidade “permite que os utilizadores façam qualquer tipo de pagamento sem terem de preencher nenhum dado bancário — apenas é necessário o endereço de email do destinatário”.

Esta atualização dos serviços da PayPal acontece depois de a empresa ter concluído, através de um estudo, que “mais de 21% das pessoas consideram que é difícil reaver dinheiro de amigos, familiares e colegas de trabalho depois de terem tido despesas em atividades partilhadas”, refere o comunicado.

A nível nacional, as principais razões que as pessoas costumam utilizar para não pagarem são por esquecimento (25,6%) e por não terem o dinheiro em mão nem acesso a uma caixa multibanco (16,8%).

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Luz Saúde também rompe com a ADSE

O grupo Luz Saúde já comunicou aos seus colaboradores que vai romper o acordo de convenção com a ADSE a partir de 15 de abril. A decisão afeta mais de 250 mil beneficiários da ADSE.

O Luz Saúde, liderada por Isabel Vaz, comunicou há minutos aos seus colaboradores, numa mensagem interna, que rompeu o acordo de convenção com a ADSE, com efeitos a partir de 15 de abril, apurou o ECO. Esta decisão sucede-se à da José de Mello Saúde, tornada pública oficialmente esta segunda-feira. O objetivo do comunicado do grupo Luz Saúde é preparar as equipas para comunicar a decisão aos utentes que, a partir das 22 horas deste terça-feira, já não aceitará marcações para uma data posterior a 15 de abril.

De acordo com as informações recolhidas pelo ECO, a Luz Saúde tem cerca de 250 mil utentes com ADSE, que pagam quatro euros de co-pagamento numa consulta de pouco mais de 18 euros (o restante é pago pela ADSE).

No comunicado, a que o ECO teve acesso, a Luz Saúde diz que tentou “até ao limite” encontrar com a ADSE uma solução que permitisse “um acordo equilibrado” na negociação de uma tabela que “se encontra desatualizada” quer do ponto de vista da prática da Medicina “quer do ponto de vista dos preços”, que não tem alterações “há mais de 20 anos”. Para mostrar que a tabela está desatualizada, o grupo liderado por Isabel Vaz assinala que existem atos médicos que fazem parte das rotinas atuais que não estão contempladas na tabela.

O grupo Luz Saúde falhou o entendimento com a ADSE também quanto à não aplicação retroativa de regras de regularização de faturação que considera “manifestamente ilegais” – que tornam a atividade deste grupo privado de saúde imprevisível – e quanto à “melhor defesa dos interesses dos beneficiários”.

Tendo em conta que a decisão “afetará a vida de mais de 250 mil clientes, beneficiários da ADSE”, o grupo de Isabel Vaz optou por transmitir um conjunto de informações aos colaboradores para que estes possam passar a este grupo de utentes.

  • As novas marcações feitas para a data posterior a 15 de abril deixam de estar abrangidas pelo regime convencionado, podendo ser realizadas em regime de reembolso.
  • Porém, os beneficiários da ADSE continuarão a ter acesso a alguns serviços prestados, desde que tenham começado a ser prestados antes de 15 de abril e no que diz respeito ao acompanhamento de grávidas até à alta após o parto, nos tratamentos relacionados com doenças oncológicas e nos internamentos.
  • O grupo Luz Saúde decidiu ainda criar uma tabela especial para os funcionários públicos, beneficiários da ADSE. No comunicado não são avançados detalhes. As condições de reembolso devem ser vistas na fase seguinte pelos beneficiários com a ADSE.

(Notícia atualizada)

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Paralisia cerebral, Ensino Superior e vida independente: uma conciliação possível?

  • ECO + FAPPC
  • 12 Fevereiro 2019

A frequência do Ensino Superior é um dos fatores mais relevantes para um exercício de cidadania e igualdade de oportunidades, porque esbate e atenua desigualdades de vários tipos.

A investigação sobre a qual se debruçará o presente artigo realizou-se no âmbito do programa de apoio ao cofinanciamento de projetos de 2017 do INR, IP e foi desenvolvida pela FAPPC – Federação de Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral. Ambicionou ser um contributo significativo no debate sobre o processo de inclusão das pessoas com paralisia cerebral no ensino superior.

Baseou-se em dois módulos: um primeiro, que teve principal objetivo apresentar um diagnóstico detalhado das políticas e considerações normativas e legislativas neste domínio e a partir do qual se explorou um conjunto de oito recomendações; e um segundo módulo, onde se quis perceber qual tem sido, nas últimas décadas, o papel que as associações de paralisia cerebral têm desempenhado na criação de respostas para estudantes com paralisia cerebral no contexto do Ensino Superior e qual o papel que poderão vir a desempenhar num futuro próximo.

Como resultados principais demonstrou a necessidade de se atenuar/eliminar o máximo possível as múltiplas barreiras existentes. A remoção de barreiras arquitetónicas/de acessibilidade aos espaços, acessibilidade à comunicação, adequação/adaptação das práticas pedagógicas de ensino e avaliação, a formação dos docentes, a sensibilização das comunidades académicas, um forte investimento na investigação e em orientações legais transversais e coerentes foram as principais necessidades/barreiras identificadas.

Este processo exigirá um esforço coletivo: das organizações representativas (neste caso, das Associações de Paralisia Cerebral), das instituições de ensino superior em todo o território nacional, das pessoas com deficiência e respetivas famílias e dos múltiplos agentes sociais. O caso português não possui orientações legais neste domínio.

No caso das pessoas com paralisia cerebral, o resultado desta criação de oportunidades é reconhecido: permite o acesso a bens culturais, sociais, simbólicos e económicos que dotarão as pessoas de uma maior consciência cívica e política, tendo como resultado desejável a vivência de uma adultez plena e de uma consequente vida mais autónoma e independente.

Este texto é da autoria de Ana Catarina Correia, da FAPPC – Federação de Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral.

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Travão ao shutdown e negociações com a China animam Wall Street

O acordo para evitar o shutdown este fim de semana, assim como as negociações com a China que decorrem em Pequim, estão a deixar os investidores mais otimistas. Bolsas estão a subir.

As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo. Os investidores estão otimistas quanto aos progressos nas negociações bipartidárias para evitar um novo shutdown no país e, também, em relação às negociações para travar a escalada da guerra comercial com a China, que estão a decorrer em Pequim.

Wall Street acompanha assim a tendência das congéneres europeias, com o S&P 500 a avançar 0,64%, enquanto o tecnológico Nasdaq soma 0,71%. O industrial Dow Jones valoriza 0,76%, mesmo num dia em que se soube que a OPEP está a prever uma quebra na procura global de petróleo este ano.

A impulsionar as bolsas está um princípio de acordo alcançado pelos deputados norte-americanos para o financiamento de segurança fronteiriça, numa tentativa de impedir um novo shutdown do Governo este fim de semana. O acordo prevê 1,38 mil milhões de dólares de financiamento para a construção de 88 quilómetros de muro na fronteira com o México, como forma de travar a imigração ilegal.

Os índices também beneficiam esta sexta-feira de um encontro entre negociadores norte-americanos e chineses em Pequim, em mais uma ronda de conversações para aquilo que se espera ser um acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo.

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OPEP prevê quebra da procura de petróleo este ano

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2019

OPEP estima que o volume que o mundo vai requerer dos seus 14 sócios recue este ano para 30,6 milhões de barris por dia, contra 31,6 milhões de barris por dia em 2018.

A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) prevê uma queda da procura de petróleo em 2019, depois de rever em baixa a estimativa do consumo mundial e em alta a oferta da concorrência.

Em relação à procura mundial de petróleo, o grupo petrolífero estima que vai ficar em média em 100 milhões de barris por dia em 2019.

No relatório mensal, divulgado em Viena, a OPEP estima que o volume que o mundo vai requerer dos seus 14 sócios recue este ano para 30,6 milhões de barris por dia, contra 31,6 milhões de barris por dia em 2018.

Segundo a OPEP, esta menor participação da organização no mercado mundial é consequência de um forte aumento da produção de países não-OPEP, sobretudo dos Estados Unidos, e de uma desaceleração do crescimento da procura energética, provocada pelo previsível arrefecimento da economia mundial.

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