Novabase já registou as operações de redução e aumento de capital

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

A Novabase anunciou que já procedeu ao registo das operações de redução e aumento de capital, e que face a isso o capital social da tecnológica ascende a 54,6 milhões de euros.

A Novabase anunciou esta sexta-feira que já procedeu ao registo das operações de redução e aumento de capital, e que face a isso o capital social da tecnológica ascende a 54,6 milhões de euros.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Novabase adianta que, no âmbito das deliberações tomadas na assembleia-geral extraordinária em 26 de setembro, a tecnológica “submeteu a registo junto da conservatória do registo comercial”.

A operação, também conhecida por harmónio, consiste na redução do capital social da empresa, de 15.700.697 euros para 11.304.501,84 euros, com vista “à libertação de excesso de capital”, e no aumento do capital social para 54.638.425,56 euros por incorporação do montante de 43.333.923,72 euros da reserva de prémios de emissão, mediante o aumento do valor nominal da totalidade das ações representativas do capital social de 0,36 cêntimos para 1,74 cêntimos.

“Em resultado do registo de tais operações, o capital social da Novabase ascende a 54.638.425,56 euros e o valor nominal de todas as ações representativas do capital social da Novabase é de 1,74 euros”, adianta.

As operações estarão concluídas junto da Central de Valores Mobiliários nos termos e prazos legais que constarão de anúncio a divulgar.

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Lei de Bases da Habitação “não funciona” e resultado são “casas de papel”, dizem proprietários

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

Associação Lisbonense de Proprietários disse que a Lei de Bases da Habitação “não funciona”, considerando a dimensão do parque habitacional público e o ataque à propriedade privada.

A Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) disse esta sexta-feira que a Lei de Bases da Habitação “não funciona”, considerando a dimensão do parque habitacional público e o ataque à propriedade privada, pelo que o resultado são “casas de papel”.

“Quem tem uma habitação pública de menos 2% [do total nacional] e, depois, faz uma Lei de Bases que diz que a habitação deve ser toda pública e que há que atacar os proprietários privados, isto é precisamente estar a quer construir andares em cima de pântanos, estamos a ver aqui elefantes a quer saltar em cima de nenúfares”, afirmou o presidente da ALP, Luís Menezes Leitão.

No âmbito do VI Congresso Nacional do Novo Regime do Arrendamento Urbano, em Lisboa, o representante dos proprietários advertiu que “não vale a pena estar a sonhar que a Lei de Bases da Habitação vai trazer o leite e mel ao setor”, referindo que a solução passa por devolver a confiança aos proprietários privados, através da liberalização do mercado de arrendamento. “Se houver casas na Lei de Bases da Habitação, serão casas de papel”.

Relativamente à legislação do setor, o presidente da ALP sublinhou que “Portugal não é só Lisboa”, pelo que é “grave” que o Parlamento tenha produzido normas e leis “exclusivamente para Lisboa”. Neste sentido, Menezes Leitão questionou se é possível, em termos de compatibilidade, a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, ser simultaneamente deputada na Assembleia da República, assim como presidentes de Juntas de Freguesia de Lisboa, que fizeram propostas legislativas sobre arrendamento urbano.

“Portugal não é só Lisboa. Não estamos a legislar ou a pensar só em Lisboa e Porto. Quer dizer, no arrendamento, Lisboa e Porto têm um peso brutal”, avançou a ex-deputada independente eleita pelo PS Helena Roseta, que além de deixar a Assembleia da República, renunciou ao cargo de presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, apoiando a ideia de “olhar para o resto do país”.

Destacando a pressão sobre a habitação nas cidades, a arquiteta Helena Roseta apontou como fenómenos “a liberalização das rendas em 2012, a reabilitação urbana, o turismo, o investimento estrangeiro, com os vistos gold e os residentes não habituais, e o alojamento local”. “Tudo isto criou uma enorme pressão sobre a habitação e sobre o comércio local, sobretudo em Lisboa e Porto, embora no resto do país já se notem também sintomas, mas não com a mesma intensidade”, referiu a ex-deputada eleita pelo PS.

Sobre a Lei de Bases da Habitação, em que Helena Roseta foi responsável pela primeira proposta legislativa, a própria ex-deputada ressalvou que “esta lei é um caderno de encargos para o futuro, a lei em si não vai dar casas a ninguém”. “Agora é preciso que os cidadãos exijam dos partidos e dos responsáveis políticos que a lei seja aplicada para garantir o direito à habitação e para promover a confiança entre todos os agentes do setor”, reforçou.

De acordo com Helena Roseta, o objetivo da Lei de Bases da Habitação “é que desenvolva o conteúdo concreto dos direitos constitucionais, defina o papel e as responsabilidades do Estado e crie obrigações orçamentais para as políticas públicas”. “É uma lei chapéu, vai obrigar a rever a legislação da habitação e vai sobretudo obrigar a aumentar o parque habitacional público, o que não se fará de um dia para o outro”, expôs a ex-deputada.

A primeira Lei de Bases da Habitação foi aprovada a 5 de julho, em votação final global, na Assembleia da República, com os votos a favor de PS, PCP, BE, PEV e PAN, e os votos contra de PSD e CDS-PP. Depois de promulgada pelo Presidente da República, a lei entrou em vigor a 1 de outubro.

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Consórcio Amorim/Vanguard prevê assinar escritura de compra da Comporta a 14 de novembro

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

O atraso está relacionado com o facto de estarem a ser “finalizados os procedimentos relacionados com as servidões administrativas”.

O consórcio Amorim/Vanguard, que foi escolhido para a compra de parte dos ativos da Herdade da Comporta, deverá realizar a escritura no dia 14 de novembro, em vez de fazê-lo em 28 de outubro, disse esta sexta-feira fonte oficial.

O atraso está relacionado com o facto de estarem a ser “finalizados os procedimentos relacionados com as servidões administrativas”, ou seja, limitações em favor de outras entidades, na região, salientou a mesma fonte à Lusa.

Questionada sobre a informação, avançada pelo Observador, de que um recurso da empresa Total Value pretende suspender a venda, a mesma fonte não quis comentar.

A assembleia-geral de participantes da Herdade da Comporta aprovou em 27 de novembro do ano passado a venda dos ativos da propriedade ao consórcio Amorim/Vanguard. O preço final do negócio foi fixado em 157,526 milhões de euros.

“A aprovação pela assembleia-geral de participantes da venda dos ativos da Herdade da Comporta ao consórcio em que estamos, ao lado da Vanguard Properties, é um passo decisivo num longo processo em que nos envolvemos com empenho e sentido de responsabilidade”, afirmou, na altura, em comunicado a empresária Paula Amorim, que integra o agrupamento.

Um mês antes, em 28 de outubro, a Gesfimo, entidade gestora da Herdade da Comporta, assinou um “contrato promessa de compra e venda” da propriedade com o consórcio Amorim/Vanguard. “A Gesfimo – Espírito Santo Irmãos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, SA, na qualidade de entidade gestora do Herdade da Comporta – Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado, informa que assinou com o consórcio constituído pela Amorim Luxury SA e Port Noir Investments SARL [mais conhecido por Vanguard Properties], um contrato promessa de compra e venda de ativos que integram o património do fundo, no âmbito de um processo de venda assessorado pela Deloitte”, segundo o comunicado divulgado na altura.

O consórcio Amorim/Vanguard terá sido o único a entregar uma proposta à compra da Herdade da Comporta.

A venda da Herdade da Comporta, nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola, foi decidida há cerca de quatro anos, após o colapso financeiro do GES – Grupo Espírito Santo.

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Não sabe o que aconteceu nos mercados? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 25 Outubro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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PSI-20 fecha a subir pelo terceiro dia consecutivo à boleia da Galp

O principal índice da Bolsa de Lisboa fechou com ganhos ligeiros, em linha com as suas congéneres europeias. Galp e EDP Renováveis puxaram pela praça lisboeta.

A Bolsa de Lisboa encerrou esta sexta-feira em alta pelo terceiro dia consecutivo, ligeiramente acima do valor com que iniciou a sessão, impulsionada pelo bom desempenho da Galp, mas também da NOS e da EDP Renovável.

O PSI fechou a valorizar 0,16%, depois de ter iniciado o dia com uma valorização de 0,13%. A Galp Energia foi quem deu o mote, fechando a valorizar 0,96%, acompanhada pela EDP Renováveis, que fechou com ganhos de 0,30% depois de a empresa liderada por Manso Neto ter revelado que, através da sua subsidiária EDP Renewables North America LLC, estabeleceu um contrato de aquisição de energia a 15 anos para a venda da energia produzida por um parque solar de 200 MW na Califórnia, nos EUA.

A NOS e a Altri foram as ações que mais valorizaram na última sessão da semana, valorizando 1,53% e 1,19%, num dia em que que outros dois pesos pesados — EDP e BCP — fecharam com perdas.

Ações da Galp dão energia a Lisboa

Na Europa, os maiores índices das principais bolsas europeias também fecharam com ganhos ligeiros, muito perto dos ganhos conseguidos na praça lisboeta, com exceção da Bolsa de Paris, que fechou com ganhos de 0,6%, e do principal índice da praça londrina, que fechou com perdas num dia em que se manteve a incerteza sobre o adiamento da data do Brexit e se haverá, ou não, eleições antecipadas no Reino Unido.

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Transportes públicos vão ficar mais caros. Preços sobem 0,38%

  • ECO
  • 25 Outubro 2019

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes atualizou as tarifas dos transportes coletivos em 0,38%, para 2020, tendo em conta a evolução da taxa de inflação.

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes atualizou as tarifas dos transportes coletivos em 0,38%, a partir de 1 de janeiro de 2020. A alteração foi anunciada através de um comunicado onde se explica que a subida resulta do valor da taxa de variação média do Índice de Preços no Consumidor, exceto habitação, nos 12 meses que decorrem entre outubro de 2019 e setembro de 2020.

Apesar da fixação deste valor, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes admite que as várias autoridades de transportes podem “fixar taxas diferenciadas”, “tendo em conta as componentes integrantes dos custos de exploração e/ou ponderação de componentes dos custos do transporte público, como sejam a variação de custos salariais médios, a variação de custos energéticos médios, a evolução do diferencial entre proveitos e custos com o serviço público de transporte de passageiros”, pode ler-se no comunicado divulgado esta sexta-feira.

Este ano, as tarifas aumentaram 1,14%, de acordo com a decisão do organismo anunciada no final de 2018.

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes explica ainda que até 1 de dezembro deste ano, os operadores devem comunicar, a cada uma das autoridades de transportes uma lista com todas as tarifas que pretendem praticar nos títulos de transporte. A entidade acrescenta ainda que as tarifas de venda ao público resultam do arredondamento, “quando aplicável para os cinco cêntimos de euro mais próximos”.

A Autoridade dá um exemplo: perante uma taxa de atualização de 0,38%, partindo do princípio que não existe uma atualização tarifária extraordinária, o aumento não deve ser superior a este valor, mas pode ser inferior, “atualização a aplicar em cada tarifa não pode ser superior em 1,5 vezes a 0,38%” e a “aferição da atualização tarifária incide sobre as tarifas às milésimas antes do arredondamento”.

A atualização do preço entra em vigor a 1 de janeiro de 2020 e os preços devem ser afixados de modo “formal, clara e objetiva”, de forma a “garantir a transparência das relações entre entidades pública e privadas”.

(Notícia atualizada)

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Ferro Rodrigues eleito novamente presidente da Assembleia da República

Eduardo Ferro Rodrigues era o candidato único ao cargo de presidente da Assembleia da República.

Os deputados que tomaram posse esta sexta-feira levantaram-se, um de cada vez, para depositar o voto, secreto, na urna colocada no meio da sala e eleger o presidente da Assembleia da República. Eduardo Ferro Rodrigues, candidato único apresentado pelo PS, foi novamente o escolhido para dirigir e coordenar os trabalhos no Parlamento, com 178 votos a favor, 44 contra e oito nulos.

Para Ferro Rodrigues, esta recondução “foi o reconhecimento do trabalho isento” que procurou “levar a cabo durante os quatro anos anteriores”. Na eleição de 2015, o socialista tinha obtido 120 votos, sendo que agora conseguiu mais 58. O socialista notou que este resultado “é muito reconfortante” face ao “mesmo dia há quatro anos”.

Foi uma experiência nova para o parlamento português ter tido esta reeleição com muito mais votos do que tive no primeiro mandato, o que significa que foi uma votação distribuída pelas várias bancadas”, assinalou.

Ferro Rodrigues mostrou-se convicto de que “há condições” para uma legislatura de quatro anos com “estabilidade política”. Falando aos jornalistas no final da primeira sessão plenária da XIV legislatura, na qual foi reconduzido à frente da Mesa da Assembleia da República, o socialista começou por apontar que essa é uma questão que depende mais “do Governo, dos grupos parlamentares e do Presidente da República”.

“Mas eu estou convencido que há condições para ter estes quatro anos de estabilidade política”, vincou. Apontando que “os portugueses querem essa estabilidade”, Ferro Rodrigues salientou que “a Assembleia da República deve dar o seu contributo forte para a manutenção da estabilidade política”.

A sua opinião é justificada pelos momentos que se vivem “à escala europeia e internacional”, que demonstram que “a estabilidade política é um bem precioso para o desenvolvimento do país”.

(Notícia atualizada às 18h05)

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Lucro da petrolífera Eni cai 45% até setembro para 2.039 milhões de euros

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

O lucro da petrolífera Eni ascendeu a 2.039 milhões de euros até setembro deste ano, menos 45% face aos 3.727 milhões de euros registados em idêntico período de 2018.

O lucro da petrolífera Eni ascendeu a 2.039 milhões de euros até setembro deste ano, menos 45% face aos 3.727 milhões de euros registados em idêntico período de 2018, anunciou esta sexta-feira a companhia italiana.

O resultado líquido ajustado no período em análise foi de 2.330 milhões de euros, menos 26% do que em igual período do ano passado, refere a petrolífera em comunicado, enquanto o resultado operacional ajustado se situou em 6.792 milhões de euros até setembro, menos 18% do que nos primeiros nove meses do ano anterior.

As receitas da Eni cifraram-se em 53.666 milhões de euros, menos 4% do que os 55.766 milhões de euros observados em idêntico período de 2018.

Os investimentos líquidos do grupo, no período em análise, atingiram os 5.580 milhões de euros, superiores em 1% em relação aos 5.515 milhões de euros observados no mesmo período do ano passado.

O endividamento da Eni até setembro situou-se em 12.709 milhões de euros, mais 41% do que em idêntico período do ano precedente.

Já o lucro registado no terceiro trimestre pela Eni foi de 523 milhões de euros, contra 1.529 milhões de euros em igual período do ano passado, o que correspondeu a uma queda de 66%.

Entre julho e setembro deste ano, o lucro líquido ajustado da Eni atingiu os 776 milhões de euros, enquanto se tinha cifrado em 1.388 milhões de euros no mesmo período do ano anterior, o que se traduziu num recuo de 44%.

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Helena Roseta defende nova lei das rendas porque atual está “cheia de botox”

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

Para Helena Roseta, a ex-deputada independente eleita pelo PS, o atual regime do arrendamento urbano “está ultrapassado”.

A ex-deputada independente eleita pelo PS Helena Roseta disse esta sexta-feira que o atual regime do arrendamento urbano “está ultrapassado”, porque “é uma lei cheia de ‘botox’”, e defendeu a criação de uma nova lei das rendas.

“Já foram tantas mexidas, tantas intervenções cirúrgicas, tantas alterações, já ninguém se entende com aquilo, portanto está na altura de fazer um trabalho sério, com investigação, com apoio académico, científico e jurídico”, afirmou a arquiteta Helena Roseta, no âmbito do VI Congresso Nacional do Novo Regime do Arrendamento Urbano, que decorre em Lisboa, organizado pela empresa Debates & Discursos.

Na perspetiva da ex-deputada, que além de deixar a Assembleia da República, renunciou ao cargo de presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, a nova lei das rendas para arrendamento habitacional deve incluir todos os regimes em vigor, nomeadamente renda livre, renda acessível ou condicionada e renda apoiada, substituindo assim o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), em vigor desde 2012.

Juntar tudo na mesma lei era mais fácil para os cidadãos”, apontou Helena Roseta, acrescentando que tem que ser “uma lei para o século XXI”, que englobe todos os intervenientes do setor, inclusive associações de proprietários, de inquilinos e de mediadores imobiliários.

Neste âmbito, a arquiteta manifestou-se a favor da proposta do setor do comércio e serviços para que seja separado o arrendamento habitacional do arrendamento comercial, porque “são realidades diferentes”.

Para o presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), Luís Menezes Leitão, a intervenção de Helena Roseta é de “alguém que vai fazer as cirurgias de ‘botox’ e depois, verdade seja dita, fez ‘botox’ a mais”. “Ninguém lhes mandou fazer estes retalhos todos”, criticou Luís Menezes Leitão, considerando que “é necessário devolver estabilidade ao arrendamento”.

Segundo o representante dos proprietários, a última legislatura foi de “quatro anos de políticas totalmente erradas no setor da habitação”, o que provocou uma quebra de 20% dos contratos de arrendamento em 2018, a que se junta o registo de uma quebra de 9% este ano.

“Se não conseguimos ter estabilidade no arrendamento, se não conseguimos devolver a confiança aos proprietários, não vamos resolver o gravíssimo problema de habitação que foi criado, e não vale a pena procurar o bode expiatório do alojamento local, porque não tem a dimensão que existe para este caso”, sustentou o presidente da ALP.

De acordo com a Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL), Romão Lavadinho, as últimas alterações introduzidas no setor do arrendamento tiveram “alguma repercussão”, porque devolveram alguns direitos aos inquilinos e alguns direitos aos proprietários, “especialmente na questão dos impostos”.

“O que pretendemos, como temos vindo a afirmar ao longo de muitos anos, é que o NRAU seja alterado, seja denunciado e seja feita uma nova lei para o arrendamento”, referiu o representante dos inquilinos, reiterando a proposta de revogação do atual regime do arrendamento urbano.

A criação de um novo regime deve ter como base a Lei de Bases da Habitação, indicou Romão Lavadinho, apresentando propostas “para que o mercado de arrendamento, finalmente, possa não ficar apenas dependente dos proprietários privados, mas ter também como contraproposta os proprietários públicos”.

Entre as propostas dos inquilinos destacam-se a constituição de cooperativas para habitação, a nova construção de casas que destine “uma percentagem de 20% para rendas acessíveis”, a instituição de um sistema de subsídios de renda e a implementação da renda resolúvel, em que ao fim de uns anos o inquilino torna-se proprietário do imóvel arrendado.

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Resultados colocam Wall Street sob pressão. Amazon derrapa 4%

Os principais índices bolsistas norte-americanos registam perdas, condicionados pelos resultados empresariais, com a Amazon a destacar-se pela negativa.

Após duas sessão de ganhos, Wall Street entrou no último dia da semana no vermelho. Os principais índices bolsistas norte-americanos registam perdas, condicionados pelos resultados empresariais, com a Amazon a destacar-se pela negativa.

O S&P 500 perde 0,25%, para os 3.002,72 pontos, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq caem 0,11% e 0,4%, respetivamente, para os 26.775,46 e 8.152,88 pontos.

As ações da Amazon sobressaem pela negativa a recuar perto de 4%, depois que a gigante do comércio eletrónico ter antecipado receitas e lucros abaixo do esperado para um trimestre marcado pela quadra natalícia, justificando-o com a “concorrência feroz”.

A Amazon é uma das poucas empresas de referência a reportar maus resultados esta semana nos EUA. Isto tendo em que, entre 168 empresas do S&P 500 que até agora reportaram ganhos, mais de 80% superaram as expectativas de lucros, segundo dados da Refinitiv.

“Tivemos algumas falhas… principalmente devido a preocupações com a guerra comercial, mas no geral, parece que estamos a caminhar para uma temporada de ganhos bastante boa”, disse Peter Cardillo, economista-chefe da Spartan Capital Securities, citado pela Reuters.

A nível de resultados, destaque positivo para a Intel (+2,7%), que apresentou uma previsão acima do esperado, o que está a puxar por títulos tecnológicos como a Nvidia (+2,5%) e a Micro Devices (+0,9%).

Os investidores aguardam ainda com expectativa dados económicos que lhes permitirá avaliar o impacto da guerra comercial sobre a economia norte-americana, isto depois de os números conhecidos na fase inicial do mês terem apontado para uma forte contração na atividade industrial e um abrandamento no setor dos serviços. Esta sexta-feira será conhecido o sentimento dos consumidores, revelado pela Universidade do Michigan.

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Tomás Correia diz que sai do Montepio por causa do código das associações mutualistas

Tomás Correia diz que sai da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) porque não quer ser "cúmplice" da violação dos direitos democráticos decorrente das alterações do novo código mutualista.

Tomás Correia pediu escusa do cargo de presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) porque não quer ser “cúmplice” daquilo que considera ser uma violação dos direitos democráticos e da vida interna da instituição decorrente das alterações impostas pelo novo código das associações mutualistas.

“Considero ter ganho o conforto moral que me permite não ter que continuar cúmplice do modelo de governo que o novo código mutualista impôs às associações mutualistas, em clara violação dos direitos democráticos dos seus associados e do modelo de democracia interna que cada associação entende dever construir”, diz o presidente cessante da instituição em comunicado divulgado esta sexta-feira.

O conselho geral da AMMG aprovou esta quinta-feira a saída de Tomás Correia no dia 15 de dezembro, após o gestor ter pedido escusa do cargo por considerar que não tinha “condições anímicas” para continuar. Na reunião de ontem, em nenhum momento da sua intervenção diante dos conselheiros o gestor abordou o facto de a Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF) estar a avaliar a sua idoneidade — foi o regulador a abrir a porta à sua saída. Disse que se afasta com a “missão cumprida”.

Tomás Correia repete essa ideia agora, dizendo os quatro objetivos a que se propôs quando se recandidatou no ano passado estão “razoavelmente cumpridos”:

  1. A candidatura institucional ganhou as eleições em causa, respondendo ao quadro difícil que lhe foi criado, e os associados saíram vencedores;
  2. O projeto dos novos estatutos foi elaborado e mereceu a aprovação prévia do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Não são os estatutos ideais, considerando as limitações do novo Código Mutualista, mas nos termos em que foram estruturados permitem proteger o essencial da nossa Associação;
  3. A nova equipa de gestão para a área seguradora encontra-se em fase final de registo na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e garante o cumprimento dos novos desafios que a atividade seguradora enfrenta;
  4. O Conselho de Administração da Caixa Económica Montepio, como aliás é público, vai sofrer alguns ajustamentos, alinhados com as necessidades inerentes ao desenvolvimento da sua atividade e à garantia de uma gestão sã e prudente.

Sobre o Banco Montepio, de resto, as palavras de Tomás Correia não são nada abonatórias, considerando que o arrastar do processo de clarificação da equipa de administração foi gerador “de claro prejuízo para a sua atividade e reputação”.

Tomás Correia diz-se ainda “seguro” de que ao longo dos 16 anos de serviço na mutualista esteve sempre à altura dos seus deveres e responsabilidades perante “os associados, as estruturas da economia social e os colaboradores”, a quem agradece a confiança.

Mas diz ser o momento de deixar a presidência do Montepio “sem a criação de vazios”, lembrando que o projeto de revisão dos estatutos prevê a continuidade os órgãos sociais. Depois de Tomás Correia sair em meados de dezembro, ocupará a liderança da AMMG o administrador Virgílio Lima.

(Notícia atualizada às 15h24)

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Nova declaração mensal de remunerações separa rendimentos por linhas

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

No preenchimento das DMR, relativas aos períodos outubro de 2019 e seguintes, os rendimentos do ano e os rendimentos de anos anteriores têm de ser declarados autonomamente.

A Declaração Mensal de Remunerações (DMR), relativa a este mês e seguintes, deve incluir os rendimentos do ano e de anos anteriores declarados autonomamente, em linhas distintas, esclarece o Fisco num ofício aos serviços enviado na quarta-feira.

Em setembro, numa lei que alterou diversos códigos fiscais, incluindo o do IRS, passou a permitir-se aos contribuintes, que em determinado ano auferiram rendimentos relativos a anos anteriores, optarem, verificando-se determinados pressupostos, pela entrega de declaração modelo 3 do IRS de substituição, relativamente ao ano a que esse rendimento respeita.

“Face a esta alteração, torna-se necessário que os referidos rendimentos e respetivos encargos (retenção na fonte, contribuições obrigatórias e quotizações sindicais) sejam comunicados à Autoridade Tributária, pelas entidades pagadoras, de forma autónoma e discriminados de acordo com os anos a que respeitam”, esclarece o Fisco no ofício enviado aos serviços, disponível na sua página de internet.

No preenchimento das DMR, relativas aos períodos outubro de 2019 e seguintes, os rendimentos do ano e os rendimentos de anos anteriores têm de ser declarados autonomamente, “portanto, em linhas distintas”, afirma naquele ofício a sub-diretora geral da AT, Teresa Gil.

“Os rendimentos devem ser individualizados por linhas, de acordo com o ano a que respeitam, o tipo (campo 04) e o local onde foram obtidos (campo 05)”, precisa, esclarecendo ainda que, assim, quando no período a que a DMR respeita forem pagos ou colocados à disposição rendimentos de anos anteriores respeitantes a mais do que um ano, “deve utilizar-se uma linha por cada ano a que os rendimentos respeitam”.

O Fisco, no ofício, dá como exemplo o pagamento, este mês de outubro, de 3.500 euros de rendimentos (obtidos no continente) de trabalho dependente, que devem ser assim discriminados: “Do ano da declaração (2019): 1.500 euros e retenção na fonte de 150 euros, do ano 2018: 1.000 euros e retenção na fonte 120 euros, do ano 2017: 500 euros sem qualquer retenção na fonte, do ano 2016: 500 euros e retenção na fonte 50 euros”.

Nesta situação, o preenchimento da DMR deve discriminar os valores por ano, em linhas separadas.

O Fisco esclarece ainda que este procedimento de preenchimento das DMR também pode ser adotado pelos contribuintes que procedam à entrega de DMR de substituição, referentes a períodos do ano de 2019 anteriores a outubro.

O programa de simplificação administrativa iSimplex 2019, divulgado em julho deste ano, prevê fundir a declaração de remunerações (Segurança Social) e a declaração mensal de remunerações (Autoridade Tributária e Aduaneira), “recolhendo toda a informação a partir de uma declaração de remunerações única, mensal, apresentada junto da Segurança Social, que a transmitirá à Autoridade Tributária e Aduaneira”, numa medida que se denomina de DR Única.

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