Centeno: Há 4.750 milhões de euros por explicar no programa eleitoral do PSD

Numa conferência de imprensa no Largo do Rato dedicada ao programa eleitoral do PSD, Mário Centeno diz que as previsões são irrealistas e que as contas da receita e da despesa não batem certo.

Mário Centeno disse esta segunda-feira que há 4.750 milhões de euros por explicar nas contas que o PSD apresenta no seu programa eleitoral, e diz que a estratégia com que o maior partido da oposição se apresenta a eleições colocaria Portugal novamente numa situação de défice excessivo.

Numa apresentação feita na sede do Partido Socialista, em Lisboa, intitulada “Os cenários económicos em que não vamos votar”, o candidato a deputado socialista, e atual ministro das Finanças, Mário Centeno acusou o PSD de apresentar uma projeção de crescimento irrealista e de fazer muitas promessas eleitorais que “não casam com a despesa do cenário económico do PSD”.

Mário Centeno disse que não só o crescimento proposto pelo PSD é irrealista, mas que mesmo que esse crescimento nominal (crescimento real, mais o efeito da variação de preços) se viesse a verificar, ainda estariam por explicar 2.000 milhões de euros de receita que o PSD está a prever.

“O [crescimento económico] que o programa do PSD promete é ligeiramente inferior ao desta legislatura, em termos nominais, mas com muito mais receita. Ou seja, com menos PIB, PSD promete uma receita que é 10% superior. As projeções do PSD são deste ponto de vista materialmente impossíveis“, disse.

O [crescimento económico] que o programa do PSD promete é ligeiramente inferior ao desta legislatura, em termos nominais, mas com muito mais receita. Ou seja, com menos PIB, PSD promete uma receita que é 10% superior. As projeções do PSD são deste ponto de vista materialmente impossíveis.

Mário Centeno

Ministro das Finanças

A verdade é que o PSD faz muitas promessas sobre o investimento nos serviços públicos, o aumento dos salários na Função Pública, em todos os setores da Administração Pública, e nas prestações sociais. (…) Estas promessas não casam com a despesa do cenário económico do PSD. São promessas que são vãs”, acrescentou.

Nas contas feitas pelo candidato, os riscos identificados, caso se concretizem, deixariam Portugal novamente “numa situação de défice excessivo”.

Mário Centeno dá ainda outro exemplo: a despesa que o PSD estará a propor no seu programa eleitoral está, de acordo com as suas contas, “subfinanciada em 2.750 milhões de euros”, caso o objetivo seja atingir um excedente orçamental em 2023, algo que o Governo prevê conseguir já em 2020.

No final, diz, “temos pelo menos 4.750 milhões de euros no éter que estão por explicar”.

Um recado ao ‘Centeno’ do outro lado

Na sua veste de político socialista, Mário Centeno não deixou de aproveitar o tempo de antena para deixar algumas farpas a Joaquim Miranda Sarmento, o social-democrata responsável pela elaboração do plano económico do PSD e que Rui Rio disse ser o seu futuro ministro das Finanças, caso vença as eleições.

Mário Centeno disse o programa eleitoral do PSD apresenta uma tensão “entre aquilo que é o eleitoralismo de uma proposta e a vontade profunda de quem o elaborou”.

Na proposta em si, diz que “a vontade profunda de quem o elaborou” — em referência a Joaquim Sarmento — coloca “limites ao investimento público, aumenta o IVA da restauração” e também a vontade de “aumentar o IRS” a milhões de portugueses.

(Notícia atualizada)

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Governo prolonga período critico de incêndios até 10 de outubro

  • Lusa
  • 30 Setembro 2019

Governo prolongou o período crítico de incêndios até 10 de outubro, devido à previsão de tempo seco e quente em todo o território nacional.

O Governo prolongou esta segunda-feira o período crítico de incêndios até 10 de outubro, no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios, devido à previsão de tempo seco e quente, anunciou o Executivo.

Num despacho do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, publicado esta segunda-feira em Diário da República, é referido que o período crítico é prorrogado até 10 de outubro devido à previsão da “manutenção do risco de incêndio rural em níveis elevados”.

A época de fogos considerada mais crítica terminava esta segunda-feira, com uma redução de meios na primeira metade do mês de outubro, que seria maior a partir do dia 15.

Em causa estão “as circunstâncias meteorológicas prováveis para os primeiros 10 dias do mês de outubro, de temperaturas com valores acima do que é o padrão para a época, uma baixa probabilidade de ocorrência de precipitação com uma previsão do nível de precipitação abaixo da média, com tendência para tempo seco e quente em todo o território nacional”, é referido no despacho.

Assim, segundo a nota do Governo, durante o período crítico de incêndios, nos espaços florestais ou agrícolas, é proibido fumar, fazer lume ou fogueiras, fazer queimas ou queimadas, lançar foguetes e balões de mecha acesa e fumigar ou desinfestar apiários, salvo se os fumigadores estiverem equipados com dispositivos de retenção de faúlhas.

É também proibido fazer circular, ou utilizar, tratores, máquinas e veículos de transporte pesados que não possuam extintor, sistema de retenção de fagulhas ou faíscas e tapa chamas nos tubos de escape ou chaminés.

“Face às condições descritas, considera-se necessário continuar a adotar as medidas e ações especiais de prevenção de incêndios florestais, que decorrem durante o período crítico, no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios”, é sublinhado na nota.

Depois da época mais crítica passa-se a um nível de empenho operacional denominado “reforçado de nível III”, de acordo com a Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).

Dados disponíveis na página da Internet do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indicam que este ano, até 27 de setembro, deflagraram 10.289 incêndios rurais, que atingiram 41.006 hectares, 51% de povoamentos florestais, 38% de matos e 11% de agricultura.

Até 01 de julho tinham deflagrado 4.888 incêndios rurais que atingiram 9.705 hectares de florestas, 41% dos quais em povoamentos florestais, 43% em matos e 17% em áreas agrícolas.

Os números indicam que houve um aumento para o dobro do número de incêndios e quadruplicou a área ardida.

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Tancos: Costa considera lamentáveis as declarações de Rio. Rio diz que só fez uma pergunta

  • ECO
  • 30 Setembro 2019

Costa voltou a garantir que nada sabia sobre o encobrimento da recuperação das armas roubadas em Tancos e não admite que a sua palavra seja posta em causa. Rio diz que apenas fez uma pergunta.

O caso Tancos continua a marcar a campanha eleitoral. Tiago Barbosa Ribeiro, candidato socialista pelo círculo do Porto, recusa-se a comentar a mensagem recebida pelo antigo ministro Azeredo Lopes. Por outro lado, António Costa voltou a garantir que nada sabe do encobrimento da recuperação do armamento militar e considera lamentáveis as declarações de Rui Rio. O presidente do PSD insiste que só lhe fez uma pergunta.

Segundo a tese do Ministério Público, Tiago Barbosa Ribeiro recebeu uma mensagem escrita do ex-ministro da Defesa no dia em que as armas foram recuperadas e na qual Azeredo Lopes alegadamente assumia que sabia da forma como foram recuperadas as armas roubadas do paiol de Tancos. Em declarações à RTP, o deputado referiu que nada tinha “a dizer sobre essa matéria”, sublinhando que se trata de “um processo judicial” e que não lhe diz “diretamente respeito”.

Questionado sobre o teor da mensagem recebida e se não deveria tê-la comunicado à comissão parlamentar de inquérito sobre o caso Tancos, o deputado socialista insistiu que não faria nenhum comentário, mas admitiu que não foi contactado pelo Ministério Público para prestar declarações. “Não fui ouvido por nenhuma autoridade, não fui contactado por nenhuma autoridade”, atirou.

Rui Rio questiona Costa e Costa ataca Rio

O secretário-geral do PS insiste que não tinha conhecimento do encobrimento da recuperação do armamento militar, classificando as declarações do presidente do PSD de lamentáveis. Para António Costa a entrada do caso Tancos no debate político “tem dignificado pouco a campanha eleitoral”.

Esta reação surge depois de no sábado Rui Rio, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP, numa ação de campanha, ter afirmado que uma grande probabilidade” de António Costa ter tido conhecimento do Caso de Tancos e ter mentido no Parlamento. O primeiro-ministro não demorou a responder e, em entrevista exclusiva à estação pública, refere que “não admite que ninguém ponha em causa” a sua palavra.

“Já há muitos meses disse que nada sabia sobre esse caso [Tancos] e, em particular, sobre a forma como as armas foram recuperadas”, afirmou António Costa

Segundo o dirigente socialista, “o Dr. Rui Rio fez simplesmente uma insinuação que é absolutamente lamentável”. António Costa considera ainda “lamentável” que a meio da campanha, se queira “politizar um caso que está entregue à Justiça. E na justiça deve continuar”.

Pouco depois destas declarações, o presidente do PSD reagiu às palavras de António Costa. Apesar de assumir que não viu a entrevista, Rui Rio diz que não quis colocar em causa a palavra de ninguém e se limitou a fazer uma questão política.

“Não fiz nenhuma acusação de ordem judicial, digamos assim, não tirei nenhuma conclusão de ordem judicial. Limitei-me a colocar questões de ordem política. E essas são a minha obrigação. Era absolutamente impossível o líder da oposição não colocar questões políticas face à gravidade do que aconteceu em Tancos. Isto é óbvio”, disse Rui Rio.

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Está a maximizar os benefícios não financeiros na sua empresa?

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  • 30 Setembro 2019

Joana Gonçalves Rebelo, EY Manager, People Advisory Services, fala como os benefícios atribuídos aos colaboradores têm variações significativas nas suas várias dimensões.

Quer em termos de valor de investimento por parte da empresa, quer na sua adaptação às necessidades específicas dos grupos de colaboradores.

A política de remunerações e benefícios é, usualmente, um tema sensível nas empresas. Se do ponto de vista das organizações temos orçamentos e limitações financeiras, analisando sob o olhar dos colaboradores encontramos usualmente expetativas relativas à melhoria das suas condições.

Estando Portugal, neste momento, a viver um momento de aquecimento do mercado de trabalho as empresas necessitam de diversificar a sua oferta de valor para se manterem competitivas.

 

É desta forma que a atribuição de benefícios não financeiros toma contornos de importância superior, pois, por um lado, não requerem investimento financeiro direto e, por outro, conseguem melhorar a qualidade de vida das suas pessoas.

Quando falamos em benefícios não financeiros referimo-nos a recompensas cujo valor não se traduz em valor tangível, mas sim em experiências, acesso a bens e oportunidades que de outra forma os colaboradores não teriam. Desta forma, a política de Remunerações e Benefícios será tanto melhor, quanto melhor for a perceção de ganho dos colaboradores face ao investimento efetuado pelas empresas.

Assim, sobre os benefícios o valor percecionado sobre os mesmo por parte dos colaboradores é imenso, de tal forma que, revendo o artigo do Harvard Business Review (HRB) na sua edição de 15 de fevereiro de 2017, 60% das pessoas indica que os benefícios são um fator muito significativo quando decidem aceitar uma oferta de trabalho e, de acordo com o Glassdoor employement confidence survey de 2015, cerca de 79% dos colaboradores preferia ter novos ou mais benefícios a um aumento salarial.

Os benefícios atribuídos aos colaboradores devem ter variações significativas nas suas várias dimensões. Quer em termos de valor de investimento por parte da empresa, quer na sua adaptação às necessidades específicas dos grupos de colaboradores, por exemplo em termos de idade e género.

Assim analisando em maior detalhe, de acordo com a Glassdoor, no topo das preferências remuneratórias está a melhoria de abrangência do seguro de saúde, aumento do número de dias de férias, melhoria das condições de bónus, horário de trabalho flexível e oportunidades de desenvolvimento (exemplo, oportunidades de formação e desenvolvimento profissional).

Já no artigo do HBR encontramos uma ordem de preferência diferenciada, nomeadamente com as opções de horário flexível logo em segundo lugar (mantendo-se a melhoria das condições do seguro de saúde em primeira opção) mas também a introdução de algumas novidades, nomeadamente a possibilidade de trabalhar a partir de casa, acesso a ginásios gratuitos, férias ilimitadas, aulas de ioga/fitness e creches gratuitas.

Refletindo sobre as várias indicações acima, naturalmente que podemos observar que algumas serão mais apelativas a grupos de colaboradores mais jovens e outros a jovens famílias, dando a entender que há um range imenso de interesses diferenciados entre todos os que integram a vida ativa – e estes poderão alterar-se com a provável evolução na vida de cada trabalhador!

Desta forma, aquando do desenho de uma política de benefícios não financeiros, importa considerar as diferentes preferências e os diferentes estádios de vida dos colaboradores da empresa, diversificando o leque de ofertas para poder melhor chegar a todos que integram o tecido empresarial. Importa ainda a transferência do poder de escolha para os trabalhadores, pois só desta forma cada um poderá fazer as opções que mais lhe satisfazem, trazendo então o máximo valor acrescentado para o seu caso, não devendo a empresa interpor condições de acesso ou restrições baseadas em perceções pré-concebidas sobre aquilo que são as preferências dos seus colaboradores.

A sua empresa está a entregar aos seus colaboradores o maior valor possível nos benefícios que oferece?

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Desemprego na UE em mínimos históricos. Portugal em linha com a média europeia

A taxa de desemprego diminuiu para 6,2% na União Europeia em agosto, a mesma taxa registada por Portugal. Na Grécia e em Espanha, quase um terço dos jovens estão desempregados.

A taxa de desemprego na União Europeia diminuiu para 6,2% em agosto, menos uma décima que em julho, indicou esta segunda-feira o gabinete de estatísticas da União Europeia. É o valor mais baixo de sempre na União Europeia, de acordo com a série que se iniciou em janeiro de 2000. Portugal ficou em linha com a média europeia, mas abaixo da média estimada para a Zona Euro, que foi de 7,4%, o valor mais baixo desde maio de 2008.

Grécia (que só tem números até junho), Espanha, Itália e França continuam a ser os países com as taxas de desemprego mais elevadas no bloco europeu. No outro extremo estão a República Checa, com uma taxa de desemprego de 2%, Alemanha (3,1%), Malta e Polónia (ambos 3,3%).

A diminuição da taxa de desemprego em agosto (ainda provisória) colocou Portugal a meio da tabela, com o mesmo valor que a média da União Europeia, 6,2%. No entanto, em comparação com a Zona Euro, Portugal encontra-se significativamente melhor.

A taxa de desemprego na Zona Euro ficou-se pelos 7,4% em agosto, uma diminuição de uma décima face ao mês anterior. A agravar o indicador estão as elevadas taxas de desemprego da Grécia, que ainda se mantinha nos 17% em junho — último mês para o qual há dados disponíveis –, mas também de Espanha continua a ter uma taxa de desemprego muito próxima dos 14%, apesar de registar taxas de crescimento mais robustas, embora com tendência de desaceleração.

França, a segunda maior economia da Zona Euro, registou uma taxa de desemprego de 8,5%, e Itália, terceira maior economia do euro, de 9,5%.

Um terço dos jovens gregos e espanhóis estão desempregados

Em agosto deste ano, 14,2% dos jovens encontravam-se numa situação de desemprego na União Europeia, um número que sobe para 15,4% quando se restringe a contabilização aos 19 países que fazem parte da Zona Euro.

A situação mais dramática continua a ser a da Grécia, onde 33% dos jovens que fazem parte da força de trabalho estão no desemprego (dados do segundo trimestre), mas em Espanha e Itália, quarta e segunda maiores economias da Zona Euro, a situação não é muito diferente.

Em Espanha, a taxa de desemprego jovem atingiu os 32,2% em agosto, e em Itália os 27,1%. No outro extremo voltam a estar República Checa (5,1%) e Alemanha (5,7%).

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Economia espanhola cresce 0,4% no segundo trimestre

  • ECO e Lusa
  • 30 Setembro 2019

De acordo com o INE espanhol, este crescimento foi ajudado pelo dinamismo do setor externo, com as exportações a crescerem 1,7% e as importações 0,9%. A inflação anual baixou 0,1%.

A economia espanhola cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2019, uma décima menos do que nos primeiros três meses, explicado pela debilidade do consumo interno e do investimento das empresas, segundo o Instituto Nacional de Estatística espanhol. Este é o terceiro trimestre consecutivo de abrandamento.

Em termos homólogos, a economia também registou um abrandamento ao crescer 2%, face ao segundo trimestre de 2018. Nos primeiros três meses do ano, a economia tinha crescido 2,2%. Este é o ritmo de crescimento mais baixo dos últimos três anos. Em Espanha, tal como em Portugal, o INE reviu a série estatística do PIB, mas ao contrário do que aconteceu ao indicador nacional que foi revisto em alta, em Espanha a revisão ditou uma redução do ritmo de crescimento.

PIB abranda no segundo trimrestre

Fonte: INE, valores em percentagem, variação trimestral

A desaceleração do crescimento resultou de um abrandamento do consumo, que apenas cresceu 0,1%, ou seja, menos duas décimas do que no trimestre anterior, isto porque houve uma estagnação do consumo das famílias e redução do ritmo de crescimento da despesa pública. Por outro lado, a procura interna cresceu 0,1% no segundo trimestre do corrente ano em relação ao anterior.

Segundo o organismo responsável pelas estatísticas espanholas, o crescimento económico foi ajudado pelo dinamismo do setor externo, com as exportações a crescerem 1,7% e as importações 0,9%.

O emprego, medido em postos de trabalho equivalentes a tempo inteiro, cresceu 0,5%, uma décima menos do que no primeiro trimestre do ano. Na indústria, o emprego cresceu 1,4%, mais quatro décimas do que no trimestre anterior, enquanto na construção houve uma quebra do emprego de 5,2 pontos para os 5%. Nos serviços, o emprego aumentou uma décima, em termos homólogos, parta os 2,7%, e na agricultura houve uma quebra de 1,6%, com a descida de 1,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior.

Inflação anual em Espanha é a menor dos últimos três anos

No que toca ao Índice de Preços no Consumidor (IPC), Espanha registou em setembro um aumento anual de 0,1%, menos uma décima do que em agosto, ficando no valor mais baixo dos últimos três anos.

De acordo com uma estimativa preliminar do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) espanhol publicada esta segunda-feira, a evolução dos preços é explicada principalmente pela diminuição do preço da eletricidade este ano, depois da subida verificada em 2018.

No que diz respeito à evolução mensal do nível de preços, os dados preliminares indicam que estes se mantêm inalterados.

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Preços voltam a cair em Portugal pelo terceiro mês consecutivo

Taxa de inflação voltou a registar valor negativo em setembro, o que significa que preços caíram pelo terceiro mês seguido. Taxa homóloga foi de -0,1%, pressionada pelos preços dos combustíveis.

Os preços em Portugal voltaram a cair pelo terceiro mês consecutivo, com a taxa de variação do índice de preços de consumidor a registar um valor de -0,1% no mês de setembro, já depois da taxa negativa de -0,1% no mês anterior.

A evolução dos preços foi divulgada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), na sua estimativa rápida para o mês que hoje termina. Os dados definitivos só serão conhecidos a 10 de outubro.

“Tendo por base a informação apurada até à data do presente destaque, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá sido -0,1% em setembro de 2019 (taxa idêntica à registada em agosto)”, adianta o gabinete público de estatísticas.

Evolução dos preços em Portugal

Os dados conhecidos nesta segunda-feira permitem aferir que a taxa de inflação foi pressionada sobretudo pelo desempenho dos preços dos Combustíveis. “A taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá diminuído para -3,9% (em agosto, esta taxa foi -3,5%)“, concretiza o INE.

Já a variação mensal do IPC terá sido 1,1%, com o gabinete de estatísticas a estimar uma variação média nos últimos doze meses de 0,5%, e que compara com os 0,1 pontos percentuais registados em agosto.

Dentro de duas semanas, o INE divulga os dados finais da taxa de inflação no mês de setembro, com informação mais desagregada sobre a evolução dos preços por classe de produtos.

(Notícia atualizada às 10h03 com mais informação)

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Casa de Pinho em Nova Iorque terá sido comprada com dinheiro do saco azul do GES

  • ECO
  • 30 Setembro 2019

“Pinho reside em Nova Iorque, num apartamento em nome da sociedade offshore por si controlada, adquirido por cerca de um milhão de euros provenientes da sua avença mensal do GES/BES", diz o despacho.

Manuel Pinho comprou um apartamento de luxo em Nova Iorque, quando foi ministro da Economia de José Sócrates, e terá sido com a avença mensal de 15 mil euros que alegadamente recebeu, entre março de 2005 e julho de 2009, do Grupo de Espírito Santos (GES) que conseguiu pagar o imóvel, avança esta segunda-feira o Correio da Manhã (acesso pago).

Os procuradores ligam pagamento por saco azul do GES ao dinheiro gasto na compra do apartamento de luxo no Edifício Platinum, perto da Broadway, em Nova Iorque. “O arguido Manuel Pinho reside em Nova Iorque, num apartamento em nome da sociedade offshore por si controlada Blackwade Holding Limited, adquirido por cerca de um milhão de euros provenientes da sua avença mensal do GES/BES”, então liderados por Ricardo Salgado, refere o despacho dos procuradores Casimiro Nunes e Hugo Neto, citado pelo Correio da Manhã e que foi apresentado a 10 de setembro ao ex-ministro da Economia.

A Blackwade, proprietária do imóvel que pertence a Manuel Pinho, tem sede nas Ilhas Virgens Britânicas. O imóvel custou mais de 1,24 milhões de dólares (1,13 milhões de euros) em junho de 2010. E o dinheiro usado para comprar a casa terá sido transferido através de duas offshores: Mesete II e Tartaruga Foundation, ambas controladas pelo ex-ministro, para a Blackwade. E seria para estas offshores que a Espírito Santo Enterprises fazia as transferências mensais de 15 mil euros.

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Portugal é “porta de entrada para o investimento” da Fosun na Europa

  • ECO
  • 30 Setembro 2019

O presidente executivo da Fosun, o maior grupo privado chinês em Portugal, afirma que o país dá "estabilidade" à empresa e que é "a porta de entrada para o investimento na Europa".

O CEO da Fosun afirma que a empresa está “muito satisfeita com a experiência em Portugal”, país a que chama “segunda casa”. Ainda assim, o grupo, que é, desde 2014 o maior investidor privado chinês no país, reconheceu que estava cauteloso quando começou o investimento.

Em entrevista ao Diário de Notícias (acesso pago), Wang Qunbin admitiu que o grupo, com participações no setor bancário (BCP), saúde (Luz Saúde) e seguros (Fidelidade), estava cauteloso quando começou a investir em Portugal, uma vez que naquela altura a economia portuguesa estava em recessão. No entanto, considera que as dúvidas se foram desvanecendo, ao longo do tempo, e que, neste momento, o país “é a porta de entrada para o investimento na Europa”.

Portugal dá estabilidade à Fosun: temos ativos muito bons e temos equipas de gestão fortes no país, o ambiente político é muito estável, mesmo depois da mudança de Governo, e a economia recuperou muito bem. Além disso, Portugal é uma porta de entrada para o nosso investimento na Europa, mas é, ao mesmo tempo, o portal do nosso investimento para os países de língua oficial portuguesa”, disse o presidente executivo do Grupo Fosun.

Bastante satisfeito com a experiência em Portugal, Wang Qunbin refere-se ao país como “a segunda casa” e considera que a compra da Fidelidade foi um dos maiores investimentos do grupo no exterior, destacando a oportunidade de “trabalhar em conjunto com outras empresas portuguesas, complementando assim as vantagens de cada uma e combinando o momento de crescimento da China com recursos globais para criar ainda mais oportunidades de negócio”.

Na entrevista, o grupo chinês avalia a política europeia sobre a China de forma otimista, referindo que a cooperação é “um dos pilares da relação China-União Europeia” (UE). O CEO nega que o novo mecanismo de rastreio do Investimento Direto Estrangeiro seja uma medida protecionista da UE para excluir a tecnologia e o investimento chinês. O empresário destaca ainda a transparência da empresa “em todos os seus investimentos” e afirma que o grupo sempre seguiu com os regulamentos da UE.

Na Europa, o grupo chinês já adquiriu gigantes do turismo como o Club Med e Thomas Cook. Esta entrevista foi realizada antes de se saber que o operador turístico britânico iria declarar falência.

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Auditoria ao colapso do Citius em segredo para “proteger” a Justiça

  • ECO
  • 30 Setembro 2019

Inspetor-geral das Finanças decidiu classificar os documentos como “confidenciais” por considerar que as “vulnerabilidades do sistema” poderiam “prejudicar” o funcionamento da Justiça.

A Inspeção-Geral de Finanças (IGF) fez uma auditoria ao processo de adaptação do Citius à nova organização dos tribunais, que teve início a 1 de setembro de 2014, mas os trabalhos só começaram em meados de 2015 e até agora não é conhecida qualquer conclusão. O inspetor-geral das Finanças decidiu classificar os documentos como “confidenciais” por considerar que as “vulnerabilidades do sistema” poderiam “prejudicar” o funcionamento da Justiça, avança o Público (acesso condicionado) esta segunda-feira.

Esta decisão do inspetor-geral das Finanças surge depois de uma decisão judicial que rejeitou os argumentos invocados pela Inspeção-Geral das Finanças para impedir que o Público tivesse acesso à auditoria que analisou o colapso do sistema informático Citius, que deixou os tribunais quase paralisados durante 44 dias em 2014.

“O acesso ao processo de auditoria permitiria o conhecimento antecipado a informações sobre as vulnerabilidades do sistema tecnológico e administrativo da Justiça (Citius), com os riscos de prejudicar, influenciar ou impedir o normal funcionamento das instituições públicas no domínio da Justiça”, defende o inspetor-geral, Vítor Braz, para justificar a sua decisão de classificar os documentos como confidenciais.

O jornal recorda que a casa e o gabinete de Vítor Braz foram alvo de buscas em dezembro passado, no âmbito de uma investigação à forma como o inspetor-geral terá travado uma fiscalização mais profunda à Cruz Vermelha.

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Guerra comercial penaliza bolsas europeias. Lisboa segue na linha de água

No dia em que a Organização Mundial do Comércio se vai pronunciar sobre a queixa dos EUA contra a Europa, a decisão de Donald Trump de desinvestir na China ainda se faz sentir nas bolsas.

A guerra comercial voltou a criar tensões nas bolsas. As principais praças europeias abriram esta segunda-feira com tendência negativa após os Estados Unidos terem dito que querem cortar o investimento na China. Neste cenário, a decisão da Organização Mundial do Comércio sobre uma queixa dos EUA em relação a subsídios à Airbus (concorrente direta da Boeing) na Europa ganha ainda mais destaque. Deverá ser conhecida ainda esta manhã.

“Na pré-abertura, as ações europeias negociavam com quedas ligeiras. A intensificação da tensão entre os EUA e a China deverá pesar na abertura e reforçar a relevância de uma decisão da Organização Mundial do Comércio”, explica o BPI, numa nota de research, divulgada antes da abertura do mercado. “O PSI-20 deverá abrir com perdas contidas”.

O índice PSI-20 abriu a perder 0,03% para 4.918,40 pontos, em linha com as principais praças europeias. O índice pan-europeu Stoxx 600 abriu flat, enquanto o francês CAC 40 cede 0,04%, o espanhol IBEX 35 perde 0,12% e o alemão DAX recua 0,1%. A contrariar está o britânico FTSE 100, que sobe 0,1%.

Entre as cotadas portuguesas, os CTT corrigem após os fortes ganhos e lideram as perdas: 2,24% para 2,01 euros por ação. A EDP Renováveis — que anunciou antes da abertura do mercado um novo contrato no México — também se destaca a perder 0,5% para 9,89 euros, enquanto a EDP cede 0,06% para 3,54 euros e a Galp Energia recua 0,59% para 13,59 euros.

Em sentido contrário, a Pharol é a cotada que mais sobe, com um disparo de 3,12% para 0,1124 euros. A Semapa, que sobe 0,86%, o BCP, que ganha 0,32%, e a Navigator, que avança 0,31%, são as restantes empresas do PSI-20 que abriram no verde.

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Governo italiano anuncia que terá Orçamento expansivo em 2020

  • Lusa
  • 30 Setembro 2019

O Orçamento será expansivo e com investimento público. O ministro da Economia italiano referiu que Roma precisa de "tirar o máximo proveito da flexibilidade" concedida pelo Pacto de Estabilidade.

O Governo italiano aprovará para 2020 orçamentos gerais expansivos e com investimentos públicos, mas com o objetivo de reduzir progressivamente a dívida, que em 2018 ultrapassou 134% do PIB, disse este domingo o ministro da Economia, Roberto Gualtieri.

O anúncio do ministro italiano foi feito em entrevista à estação de televisão pública RAI, onde afirmou que Roma precisa de “tirar o máximo proveito da flexibilidade” concedida pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Gualtieri adiantou que a Itália não irá elaborar “orçamentos restritivos, apesar do pedido inicial da Europa, que pede para reduzir o défice estrutural em 0,6%”.

“Faremos uma pequena expansão” com o objetivo de “reduzir a dívida pública, mas sem um plano restritivo que penalize a economia”, disse o ministro, garantindo ao mesmo tempo que “haverá uma revisão dos gastos públicos, mas não haverá cortes na educação ou na saúde”.

O Governo italiano, formado pela coligação do Movimento Cinco Estrelas (M5S) e pelo Partido Democrata (PD), deverá atualizar na segunda-feira o quadro macroeconómico avançado em abril pelo ex-executivo do M5S e pela extrema direita, que previa um crescimento de 0,8% do PIB até 2020, um défice de 2,1% e uma dívida de 131,3%.

O executivo liderado por Giuseppe Conte está a preparar o documento orçamental, que deve ser enviado à Comissão Europeia até 15 de outubro e aprovado no Parlamento italiano antes do final do ano.

O documento irá integrar “os principais problemas estruturais do país, como a luta contra as mudanças climáticas”, e prevê o aumento de “investimentos públicos”, estabelecendo “um grande fundo dedicado à transição ecológica”, disse.

Gualtieri confirmou que não eliminará a chamada “quota 100”, medida do Governo anterior que permite que os italianos se reformem quando seus anos de idade e de contribuições somarem 100, por exemplo, 62 anos de idade e 38 de descontos.

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