Como um estendal pode ajudar a pagar a renda em Alfama? Com publicidade

  • ECO
  • 19 Setembro 2019

As marcas vão oferecer aos habitantes de Alfama peças com publicidade que estes deverão colocar nos estendais. Em troca haverá compensações financeiras.

Como é que usar um estendal para publicidade pode ajudar os habitantes de Alfama a suportarem o aumento das rendas? A resposta é simples: cada vez que estenderem peças publicitárias, os habitantes recebem em troca benefícios económicos, como por exemplo vales de compras para usar em supermercados.

Entre 2015 e 2017, de um total de 150 apartamentos que foram comprados numa rua de Alfama, a maioria foi convertida em alojamento turístico e os restantes “permaneceram vazios, tendo sido objeto de sucessivas vendas”, concluiu um estudo do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa.

Outro estudo, da Confidencial Imobiliário, mostrou que, entre o primeiro semestre de 2013 e o final de 2018, os preços das casas no centro histórico de Lisboa aumentaram 134%. “Devido à valorização dos imóveis, os moradores da zona histórica estão a ser expulsos das suas casas para dar espaço ao turismo e ao alojamento local”, refere a campanha “Estende a Renda“, pensada pela agência criativa NOSSA, e que arranca esta quinta-feira. Os que resistem veem o valor das rendas disparar.

O objetivo da campanha é ajudar os habitantes de Alfama a suportarem os custos dos aumentos das rendas, em troca de publicidade para as marcas. Ou seja, os moradores devem pendurar nos seus estendais peças com publicidade a certas marcas e, em contrapartida, recebem benefícios financeiros.

A primeira marca a arrancar com esta campanha é o Minipreço, que vai oferecer aos habitantes um kit com várias peças — lençóis, fronhas, t-shirts, etc. — com mensagens publicitárias a certos produtos, e que estes deverão estender nos seus estendais. Em troca, o Minipreço oferece, a cada duas semanas, um vale de 50 euros para usar em compras nas suas lojas. Ou seja, no final do mês as famílias receberão 100 euros.

Campanha Alfama Minipreço

Os interessados em participar devem inscrever-se neste site e, após confirmação, irão receber o kit com as várias peças que deverão estender. Não haverá um controlo exaustivo, adiantou ao ECO fonte do Minipreço, mas a APPA – Associação do Património e População de Alfama irá certificar-se de que as pessoas cumprem, dentro da normalidade, os requisitos.

A campanha arranca esta quinta-feira, no bairro de Alfama, mas deverá estender-se a outros bairros típicos de Lisboa. Relativamente às empresas associadas, para já começa com o Minipreço, mas em breve juntar-se-ão muitas mais.

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WiFi4EU. Autarquias já se podem candidatar aos apoios europeus para as redes wi-fi

Dois terços dos municípios portugueses já foram contemplados com um vale do WiFi4EU. As candidaturas para a terceira chamada abrem esta quinta-feira, 19 de setembro.

As candidaturas para o programa da Comissão Europeia que atribui vales aos municípios para a instalação de wi-fi em locais públicos vão voltar a abrir esta quinta-feira. É já a terceira chamada, sendo que serão no total quatro até 2020, e tem um orçamento de 26,7 milhões de euros.

Os municípios dos Estados-membros vão poder candidatar-se ao WiFi4EU entre as 13 horas (12h00 em Portugal) de 19 de setembro, até às 17 horas (16h00 de Portugal) de 20 de setembro. Estão disponíveis 1.780 vales, no valor de 15 mil euros cada, que serão atribuídos por ordem de chegada.

Na última chamada, em abril, 97,5 % dos vales disponíveis esgotaram nos primeiros 60 segundos. Para garantir equilíbrio geográfico, serão entregues no mínimo 15 vales a cada país e o número de vales por país não poderá exceder 8% do orçamento para a chamada.

São 207 os municípios portugueses que já foram contemplados com verbas para a instalação de wi-fi em locais públicos.Anacom

No total das duas primeiras chamadas, 207 municípios portugueses conseguiram um vale. Assim, já dois terços dos municípios portugueses foram contemplados com vales da Comissão Europeia. No panorama geral, foram atribuídos, ao todo, 6.200 vales, sendo que já foram assinados quase seis mil acordos.

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Depósitos custam 600 mil milhões às famílias de todo o mundo

As poupanças globais atingiram novo recorde em 2018, mas a baixa remuneração dos depósitos fez os investidores perderem dinheiro. No entanto, quem arriscou nas ações também perdeu.

Apesar de a banca pagar cada vez menos pelos depósitos, este é o instrumento financeiro preferido dos aforradores há oito anos consecutivos. Com a remuneração muito próxima de zero e a inflação a acelerar, as famílias, a nível mundial, perderam um total de 600 mil milhões de euros nos depósitos ao longo do ano passado.

As poupanças globais atingiram um novo recorde em 2018, tendo aumentado de 22% para 2,7 biliões de euros, segundo o Allianz Global Wealth Report. O aumento do fluxo de fundos foi impulsionado, essencialmente, pelas famílias norte-americanas que graças à reforma tributária dos EUA viram as poupanças crescer 46%.

Mas se as famílias norte-americanas aumentaram a procura por títulos, aforradores em outros países continuam a apostar nos depósitos bancários (ou na venda de títulos). Há oito anos que os depósitos são o destino favorito das poupanças. Na Europa Ocidental, por exemplo, dois terços das poupanças tiveram como destino os depósitos bancários. Já no caso de Portugal, há quase 150 mil milhões de euros em depósitos.

No entanto, a aposta nos ativos líquidos (tidos como mais seguros que o investimento, por exemplo, em ações) pode ter custos para quem poupa. A política monetária acomodatícia dos bancos centrais tem pressionado a rentabilidade da banca, que oferece retornos dos depósitos cada vez menos atrativos.

A taxa de juro média na Zona Euro situava-se em 0,36% em junho, com Portugal no grupo dos menos generosos. A taxa média portuguesa de 0,12% (em mínimos históricos) fica apenas atrás de Espanha e Irlanda. Estes valores não chegam para cobrir a inflação, que se situou em 1,9% na União Europeia e em 1,2% em Portugal, no ano passado.

Assim, a Allianz estima que as perdas sofridas pelas famílias como resultado da inflação subiram para quase 600 mil milhões de euros em 2018. O valor fica acima dos 400 mil milhões de euros em 2017 e é seis vezes superior aos 100 mil milhões de perdas sofridas em 2016.

“É um comportamento de poupança paradoxal. Muitas pessoas decidem poupar mais porque esperam uma vida mais longa e ativa na reforma. Ao mesmo tempo, evitam exatamente os produtos que oferecem proteção eficaz para a terceira idade, como os seguros”, refere Michaela Grimm, co-autora do relatório.

“Aparentemente, o ambiente de baixo rendimento prejudica a vontade de economizar a longo prazo. Mas o mundo precisa dos que se preocupam em poupar e de investidores de longo prazo para lidar com todos os desafios futuros”, acrescentou.

Mas não foram só os depósitos que fizeram perder dinheiro aos investidores. A queda nos preços dos ativos financeiros, principalmente das ações (cujo mercado global desvalorizou 12%), custou três biliões de euros às famílias, de acordo com o estudo da seguradora. Considerando todos os ativos financeiros brutos das famílias, a quebra no valor global foi de 0,1% para 172,5 biliões de euros.

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A 18 dias das eleições, PGR ainda não marcou reunião para avaliar incompatibilidades no Governo de Costa

Governo pediu um parecer ao Conselho Consultivo da PGR para esclarecer se Artur Neves, agora demissionário, violou a lei de incompatibilidades. A duas semanas das legislativas, não há data marcada.

O primeiro-ministro pediu, no final de julho, ao Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República que esclarecesse se os titulares de cargos de Governo devem ser alvos de demissão por causa dos negócios de familiares com entidades públicas, que não tenham qualquer relação ou interferência dos titulares de cargos políticos. Até ao momento ainda não está sequer agendada a reunião do Conselho Consultivo para analisar o caso, o que significa que António Costa poderá chegar às eleições sem o parecer.

Em causa estava saber se o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, que apresentou a demissão esta quarta-feira, devia ser responsabilizado pelos contratos públicos que foram celebrados com a empresa Zerca Lda, detida em 20% pelo seu filho. Mas também Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e Habitação, Francisca Van Dunem, ministra da Justiça, e Graça Fonseca, ministra da Cultura, que têm familiares envolvidos em contratos celebrados com o Estado, como avançaram o Observador (acesso pago) e a Sábado (acesso pago).

Dentro de duas semanas e meia, estão marcadas as eleições legislativas e tudo parece apontar para que o parecer da PGR acabe por ser emitido só depois das eleições. Ou seja, acabará por não ter efeitos práticos, ou consequência política, porque os mandatos dos membros do Executivo terminam com a tomada de posse do novo Governo.

“Não está ainda marcada a reunião do Conselho Consultivo para analisar o pedido de apreciação feito pelo primeiro-ministro”, confirmou ao ECO, fonte oficial do Ministério Público.

A líder do Bloco de Esquerda veio colocar pressão sobre a PGR esta quarta-feira por ainda não se ter pronunciado sobre o parecer pedido pelo primeiro-ministro. “O primeiro-ministro pediu sobre este caso e outros um parecer à PGR que deveria ter sido público no final de agosto. Ainda não o conhecemos. Não achamos razoável e não achamos normal que nem o MAI tenha conseguido explicar e nem a PGR tenha conseguido emitir o parecer. São precisos todos os esclarecimentos. É isso que toda a gente neste país espera”, sublinhou.

Regras ditam pareceres em 60 dias

De acordo com as regras de funcionamento, “os pareceres são elaborados no prazo de 60 dias a contar da distribuição” dos pedidos, o que colocaria a fasquia no início de outubro, tendo em conta que o pedido deu entrada no final de julho. No entanto, este parecer foi pedido com caráter de urgência o que lhe dá prioridade sobre os outros. “Os pareceres solicitados com pedido de urgência têm prioridade sobre os demais” e “devem ser relatados no mais curto prazo possível”, esclarece o regimento do conselho consultivo. Mas, também está previsto que o prazo possa ser superior aos 60 dias se a “complexidade” do caso assim o exigir.

Assim que o pedido dá entrada — e este deu durante as férias judiciais — o caso é atribuído a um relator, que irá elaborar o parecer. É esse mesmo relator que dá uma indicação ao Conselho Consultivo relativamente à data em que terá o trabalho pronto, para então se agendar a reunião do Conselho, que analisará e votará esse parecer. Nessa reunião está presente a Procuradora Geral da República, Lucília Gago, e vários vogais.

Quando a decisão for tomada, a PGR envia-a ao primeiro-ministro. Ou seja, a decisão não é tornada pública. De acordo com as regras, cabe a quem a pede os pareceres decidir se os quer divulgar. De qualquer forma, António Costa também já admitiu que provavelmente não vai homologar o parecer da PGR, relativamente à incompatibilidade dos governantes.

Costa admite não seguir recomendação

“Claro que não, vou fazer o que se faz com qualquer parecer. Vou analisar o parecer e se concordar homologo, se não concordar não homologo… ou não”, disse António Costa em entrevista ao Expresso, acrescentando que tem a ver com “razões de avaliação política”.

“Em função do parecer, verei como é que agirei”, afirmou António Costa, para quem “não há nenhum jurista que ignore aquilo que é uma regra básica da interpretação e que está no artigo 9º do Código Civil”.

“E diz assim (vou citar de cor): a interpretação não se pode cingir à letra da lei. Que a interpretação literal da lei não é a regra da interpretação jurídica qualquer aluno de Direito sabe. Mas eu aguardarei com muita serenidade – e uma serenidade ainda maior da verificação que tenho feito de como essa lei foi aplicada desde que foi aprovada”, afirmou.

Em causa está a legislação sobre incompatibilidades — cujas alterações aprovadas este ano pelo Parlamento produzem efeito na próxima legislatura — devido à polémica com alguns elementos do Governo e negócios de seus familiares. O diploma ainda em vigor estipula o impedimento de participação “em concursos de fornecimento de bens ou serviços, no exercício de atividade de comércio ou indústria, em contratos com o Estado e demais pessoas coletivas públicas” de empresas cujo capital seja detido acima de 10% por familiares colaterais até ao segundo grau, sendo a infração punida com a nulidade dos contratos e a perda de mandato.

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Portugal com 66 nomeações nos óscares do turismo

Depois de ter recebidos prémios com os melhores destinos do mundo, Portugal vai em novembro à final dos World Travel Awards com 66 nomeações.

Depois de um recorde de 17 óscares nos World Travel Awards do ano passado, entre eles o de melhor destino, melhor cidade e melhor ilha, Portugal está novamente na final deste ano com 66 nomeações. Há prémios para melhor companhia aérea, melhor hotel de luxo e até melhor atração turística, as distinções são muitas. O ECO reuniu-as todas e, a 26 de novembro em Mascate, Omã, serão conhecidos os vencedores.

O destaque é mesmo a hipótese de o país levar para casa (novamente) o galardão de melhor destino turístico do mundo. Para isso, tem de levar a melhor sobre mais de 20 países, entre os quais os Estados Unidos ou o Dubai.

A concorrer para o melhor destino de praia está o Algarve, enquanto a Madeira destaca-se na categoria de melhor ilha e os Açores na de melhor sítio para a prática de mergulho. Mas é a cidade de Lisboa que concorre a mais distinções: melhor cidade, melhor escapadinha, melhor porto e destino de cruzeiros, e ainda com o Turismo de Lisboa a ser nomeado para melhor organismo oficial de uma cidade.

No setor hoteleiro, mas de luxo, o Pine Cliffs está nomeado para oito categorias, entre elas a de melhor resort de luxo, assim como o Conrad Algarve, que conta com sete nomeações. Destaque ainda para o Pestana Porto Santo (resort com tudo incluído), Quinta da Bela Vista (melhor boutique hotel), enquanto o Lapa Palace e o Reid’s Palace estão nomeados para melhores hotéis clássicos do mundo.

Ainda na hotelaria, o The Vine e o 1908 Lisboa Hotel vão tentar vencer os prémios de melhor hotel design, enquanto o Vila Joya concorre a melhor boutique resort e melhor hotel gastronómico.

E porque o que é nacional é bom, a TAP também está a brilhar nesta edição dos óscares do turismo. A companhia aérea portuguesa está nomeada para melhor companhia para voar para África, para a Europa e para a América Latina. Além disso, a revista da TAP — Up — está nomeada para melhor revista de bordo.

Nas atrações turísticas, os Passadiços do Paiva estão nomeados para melhor atração turística de aventura, depois de uma vitória no ano passado, e para melhor projeto de desenvolvimento turístico. Destaque ainda para o Dark Sky Alqueva que vai tentar levar para casa o prémio de Turismo Responsável. A Parques de Sintra – Montes da Lua e a Douro Azul também merecem distinções, estando nomeados para melhor empresa de conservação e melhor empresa de cruzeiros fluviais, respetivamente.

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Airbus estima que frota de aviões duplique e atinja 48 mil aeronaves até 2038

  • Lusa
  • 18 Setembro 2019

Tendo em conta a taxa de crescimento do tráfego aéreo, a Airbus prevê que serão necessários 550 mil novos pilotos e 640 mil novos técnicos.

A frota de aviões da Airbus deverá mais do que duplicar até 2038, estimando-se que nessa altura estejam em atividade cerca de 48 mil aeronaves, indica o Global Market Forecast 2019-2038, esta quarta-feira apresentado pela Airbus.

Atualmente estão em atividade 23 mil aeronaves de carga e de passageiros, sendo que, de acordo com o estudo, no final do horizonte considerado, em 2038, da frota prevista de 47.680 aviões, 39.210 serão novos e 8.470 terão origem nos dias de hoje.

As previsões sobre a necessidade de novos aparelhos têm em conta a taxa de crescimento do tráfego, que tem rondado os 4,3% ao ano, evolução que leva também a Airbus a estimar que serão necessários 550 mil novos pilotos e 640 mil novos técnicos. “O crescimento anual de 4% reflete a natureza resiliente da aviação, enfrentando choques económicos de curto prazo e distúrbios geopolíticos”, considera Christian Scherer, Airbus Chief Commercial Officer e Head of Airbus International, citado no comunicado.

A questão ambiental também é referida no estudo, com o construtor europeu a precisar que, “ao atualizar frotas com aviões de última geração com maior eficiência de consumo de combustível, como a família dos A220, A320neo, A330neo e A350”, irá contribuir “para a descarbonização progressiva na indústria do transporte aéreo e para o objetivo de crescimento da neutralidade carbónica a partir de 2020, enquanto conecta globalmente mais pessoas”.

“Tendo em conta a evolução atual da tecnologia nos aviões, a Airbus simplificou a sua segmentação tendo em conta a capacidade, o alcance e o tipo de missão”, refere o estudo. À luz desta nova segmentação, a Airbus estima que sejam necessários 39.210 novos aviões de passageiros e de carga, sendo 29.720 Small, 5.370 Medium e 4.120 Large.

“Destes, 25.000 aviões destinam-se a crescimento de frotas e 14.210 para substituição de modelos mais antigos por modelos mais recentes, oferecendo uma eficiência superior”, refere o estudo.

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Decisão da Fed anima investidores. Wall Street avança

Novo corte na taxa de juro de referência dos Estados Unidos permitiu às bolsas norte-americanas registar ganhos, ainda que muito ligeiros.

Os investidores reagiram positivamente à decisão que saiu da reunião de dois dias da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Apesar da sinalização de riscos, o novo corte na taxa de juro de referência dos Estados Unidos da América (EUA) fez com que as bolsas norte-americanas terminassem a sessão desta quarta-feira a valorizar, ainda que com ganhos ligeiros.

A reunião da Fed estava no centro das atenções dos investidores desde terça-feira e, esta tarde, finalmente, foi conhecida a decisão, que, aliás, já era antecipada pelos mercados. O banco central dos Estados Unidos voltou a cortar os juros. Esta é a segunda descida nas taxas de juro dos EUA desde 2008, sendo que o corte de 25 pontos base colocou o intervalo entre 1,75% e 2%.

“À luz das implicações dos desenvolvimentos globais para o outlook económico, bem como das pressões inflacionistas moderadas, o comité decidiu baixar o intervalo da federal funds rate“, anunciou a Fed.

Ainda assim, a entidade liderada por Jerome Powell admitiu que os riscos e as incertezas são ainda demasiado elevados para a Reserva Federal norte-americana conseguir definir o caminho que os juros de referência nos EUA vão tomar nos próximos meses.

“Hoje decidimos descer as taxas de juro. Tomámos esta decisão para ajudar a manter a robustez dos EUA, à luz dos notáveis desenvolvimentos e dar segurança contra os riscos futuros”, explicou Powell, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião, deixando, contudo, em aberto o que acontecerá nas próximas reuniões.

Neste contexto, o S&P 500, que chegou a afundar após a decisão da Fed, acabou por encerrar a negociação a somar 0,01% para os 3.006,01, enquanto o industrial Dow Jones avançou 0,10% para os 27.139,05 pontos e o tecnológico Nasdaq desvalorizou 0,11% para os 8.177,02 pontos.

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Elisa Ferreira vai tutelar fundos distribuídos pelo marido. Eurodeputados falam em conflito de interesses

  • ECO
  • 18 Setembro 2019

A comissária portuguesa irá gerir a pasta que integra os fundos regionais e o seu marido, Fernando Freire de Sousa, é presidente da CCDR-Norte. Eurodeputados falam em conflito de interesses.

Foi escolhida como comissária e até já tem destinada a pasta da Coesão e Reformas, mas Elisa Ferreira ainda tem de passar pela aprovação do Parlamento Europeu. E está a enfrentar algumas críticas de eurodeputados que apontam para um possível conflito de interesses, avança o Observador.

Na base das críticas está o facto de que a antiga eurodeputada socialista irá gerir a pasta que integra os fundos regionais e o seu marido, Fernando Freire de Sousa, é presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte), que é das entidades em Portugal com mais relação com os fundos comunitários, uma vez que é responsável pela sua aplicação no terreno.

A eurodeputada francesa do grupo dos Verdes Marie Toussaint foi quem atacou mais fortemente Elisa Ferreira. “A portuguesa Elisa Ferreira era vice-governadora do Banco de Portugal quando um banco estatal financiou o projeto de uma empresa cujo vice-presidente era seu marido. Agora é nomeada para os fundos regionais pelos quais o marido é responsável por esses fundos para Portugal. Keep cool“, escreveu no Twitter.

Avançado pelo ECO, o primeiro caso apontado no tweet pela eurodeputada francesa recorda que Fernando Freire de Sousa era vice-presidente da La Seda de Barcelona quando a Caixa Geral de Depósitos (CGD) começou, em 2006, a sua ligação ao grupo espanhol na Artlant, em Sines, e que veio a custar mais de 250 milhões de euros ao banco. Na altura, a então vice-governadora do Banco de Portugal considerou que não havia qualquer incompatibilidade nas decisões que a entidade iria tomar sobre a auditoria realizada pela EY à CGD.

Agora, poderá haverá um novo conflito de interesses pois Elisa Ferreira, na comissão, irá tomar conta dos fundos comunitários e o seu marido lidera a CCDR-Norte. De acordo com o Código de Conduta, os membros da comissão “devem evitar qualquer situação suscetível de originar um conflito de interesses, ou que possa razoavelmente ser percebida como tal“.

Para a comissão, existe conflito de interesses quando “um interesse pessoal possa influenciar o exercício independente das suas funções”.

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“Às vezes o caminho é claro, outras não”. Powell deixa porta aberta sobre futuro dos juros nos EUA

A Fed está otimista quanto à economia norte-americana, mas aponta para o elevado nível de incerteza. Após ter cortado juros pela segunda vez este ano, todas as hipóteses estão em aberto.

Os riscos e incertezas são demasiado elevados para a Reserva Federal norte-americana conseguir definir o caminho que os juros de referência nos EUA vão tomar nos próximos meses, apesar de o outlook económico se manter positivo. Foi esta a mensagem do presidente Jerome Powell no dia em que o banco central anunciou o segundo corte de juros este ano.

“Hoje decidimos descer as taxas de juro. Tomámos esta decisão para ajudar a manter a robustez dos EUA, à luz dos notáveis desenvolvimentos e dar segurança contra os riscos futuros”, explicou Powell, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião.

A viver o maior ciclo económico da sua história, os Estados Unidos caminham para o 11º ano de crescimento. Powell lembrou que a economia de expandiu a um ritmo anual de 2,5% no primeiro semestre e a Fed reviu em alta as projeções para o PIB este ano, para 2,2% (contra a estimativa de 2,1% em junho).

Mas se a Fed está tão otimista quanto à economia, o que é que justifica um corte nos juros? “Temos vistos sinais adicionais de enfraquecimento no estrangeiro e o ressurgimento de tensões políticas, incluindo a imposição de tarifas adicionais“, referiu Powell.

Após o anúncio inicial, notas de analistas apontavam para os sinais contraditórios da Fed entre a decisão tomada e o otimismo mostrado, enquanto o próprio presidente dos EUA, Donald Trump fez duras críticas. Na conferência de imprensa, os jornalistas tentaram perceber as motivações e o que é a Fed estava a pensar fazer.

Powell referiu várias vezes que não há um curso definido no que a Fed vai fazer e lembrou que o ano começou com a expectativa de subidas nos juros e que esta posição transitou para os decisores políticos estarem “pacientes”. Em julho, a Fed decidia o primeiro corte de juros desde a crise, mas dizia que era “um ajustamento de meio de ciclo”. Menos de dois meses depois, volta a cortar juros. Neste cenário, o futuro é incerto.

Esta é uma situação invulgar porque a economia dos EUA — a maior parte e a parte do consumo — está forte. A indústria não tanto… mas de forma geral, vemos uma economia com projeções a mostrar crescimento próximos de 2%, o que é um ano sólido. A diferença é que há riscos significativos e reais para o outlook. Não só geopolíticos, mas também a desaceleração do crescimento económico e a política comercial”, explicou Powell.

O presidente da Fed sublinhou que todos estes fatores, as condições dos mercados financeiros e os desenvolvimentos económicos vão ser avaliados a cada momento. “Vamos avaliar os dados económicos. Às vezes o caminho é claro, outras vezes não tanto. Vamos olhar cuidadosamente, a cada reunião, para um grande número de informações e avaliar a orientação política [dos juros] apropriada. Como disse, vamos agir da forma apropriada a sustentar a expansão”.

Para já, a maior parte dos decisores políticos aponta para que os juros de referência se mantenham no intervalo atual entre 1,75% e 2% (já considerando o corte de 25 pontos base anunciado), mas Powell deixou tudo em aberto.

Além dos juros, garantiu que o banco central irá manter a liquidez no sistema financeiro. A Fed foi obrigada a injetar 75 mil milhões de euros no sistema esta quarta-feira, depois de o ter feito também na terça-feira para aliviar a tensão nos mercados monetários. Foi a primeira vez que aconteceu depois da crise, lançando receios de que o financiamento estivesse a secar.

As tensões nos mercados monetários estiveram elevadas esta semana e a taxa de juro real subiu acima da de referência ontem. Apesar destas questões serem importantes para o funcionamento do mercado e para os participantes, não têm implicações na economia ou na política monetária”, referiu Powell, acrescentando que “as operações temporárias foram eficazes”, que foram feitos ajustamentos técnicos e que irá “continuar a monitorizar os desenvolvimentos do mercado e a conduzir as operações necessárias”.

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Trump arrasa Powell. Acusa Fed de não ter “coragem, noção e visão”

Apesar de ter voltado a cortar os juros de referência nos EUA, Jerome Powell não escapou às críticas de Donald Trump.

O presidente dos Estados Unidos, que tem pressionado Powell para descer os juros, já reagiu à decisão que saiu da reunião sobre política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Através do Twitter, Donald Trump atacou, novamente, o banco central norte-americano e o seu presidente, Jerome Powell, dizendo que ambos “falharam novamente”.

Ainda que a Fed tenha voltado a cortar os juros de referência no país, sinalizou, também, que a maioria dos decisores do comité não vê novos cortes este ano, o que não agradou ao líder dos Estados Unidos da América (EUA). “Jay Powell e a Reserva Federal falharam novamente. Sem coragem, sem noção, sem visão”, pode ler-se na publicação de Donald Trump. É “um comunicador terrível!”

Questionado sobre este tweet de Trump na conferência de imprensa, Powell disse que seguirá a sua prática de “não responder a comentários” e que a Fed continuará a “conduzir a política monetária sem ter em conta considerações políticas”. “Vamos continuar a fazer o nosso julgamento com base em factos, evidências e análises objetivas… É isso que tenho a dizer sobre isto”, rematou.

Ainda esta semana, na véspera do início da reunião de dois dias da Fed, Donald Trump aproveitou a crise petrolífera para criticar o banco central dos EUA. Mais uma vez, através do Twitter, o presidente norte-americano pediu um corte nos juros de referência e estímulos à economia.

“Os preços da produção na China diminuíram o máximo em três anos devido à grande desvalorização da sua moeda, associada a estímulos monetários. A Reserva Federal não está a ver? Irá a Fed alguma vez entrar no jogo? O dólar está mais forte que nunca! É muito mau para as exportações”, escreveu na altura.

A decisão da Reserva Federal, que já era antecipada pelos mercados, foi divulgada esta tarde. “À luz das implicações dos desenvolvimentos globais para o outlook económico, bem como das pressões inflacionistas moderadas, o comité decidiu baixar o intervalo da federal funds rate” para 1,75% a 2%, anunciou a Fed.

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Benfica aumenta lucros na época do 37.º título. Receitas atingem recorde

A SAD encarnada fechou a última época com lucros de 29,4 milhões de euros. As receitas ascenderam a 263 milhões de euros, o que corresponde ao valor mais elevado de sempre.

O Benfica venceu nos relvados, sagrando-se campeão nacional pela 37.ª vez, mas também brilha nas contas. Fechou a última temporada com resultados líquidos positivos de quase 30 milhões de euros, beneficiando de um valor recorde de receitas. Faturou, em termos operacionais, 165,7 milhões de euros, ganhando 263,3 milhões já considerando a venda de jogadores.

“O resultado líquido do período ascende a 29,4 milhões de euros, o que corresponde a uma melhoria de 42,8% face ao período homólogo, ao sexto exercício consecutivo em que a Benfica SAD apresenta lucro e ao seu segundo melhor resultado de sempre”, diz a SAD em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“De realçar que os últimos quatro exercícios correspondem aos quatro melhores resultados líquidos da Benfica SAD, designadamente, 44,5 milhões de euros (2016/17), 29,4 milhões de euros (2018/19), 20,6 milhões de euros (2017/18) e 20,4 milhões de euros (2015/16)”, destaca.

Estes lucros foram alcançados numa época marcada por receitas recorde. “Os rendimentos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) atingem os 165,7 milhões de euros, o que corresponde ao valor mais elevado de sempre alcançado pela Benfica SAD e representa um crescimento de 36,3% face ao período homólogo”, nota o Benfica. A explicação está na “entrada em vigor do novo critério de distribuição de prémios nas competições europeias da UEFA“.

70 milhões de jogadores

A SAD contou ainda com receitas resultantes da venda de jogadores. “Os rendimentos com transações de direitos de atletas ultrapassam os 70 milhões de euros, justificado pelos ganhos obtidos com os jogadores Raúl Jiménez, Luka Jovic e Anderson Conceição (Talisca), os quais se encontravam cedidos na época 2018/19, tendo sido exercidas as opções de compra”, diz.

Com jogadores, “os rendimentos totais superam os 263,3 milhões de euros, o que representa um crescimento de 27,7% face ao período homólogo e corresponde ao valor mais elevado de sempre alcançado pela Benfica SAD, ultrapassando inclusivamente o montante de 253,5 milhões de euros obtido em 2016/17″, diz.

Passivo encolhe. Capitais próprios crescem

A Benfica SAD nota que o ativo superou a fasquia dos 500 milhões, isto ao mesmo tempo que o passivo diminuiu 13,7 milhões de euros para 384 milhões, fruto da “variação das rubricas de empréstimos obtidos e de fornecedores e outros credores”. Deste modo, os “capitais próprios atingiram os 116,2 milhões de euros à data de 30 de junho de 2019, o que significa que foi alcançado um importante marco para a Benfica SAD: o valor dos capitais próprios ultrapassa o seu capital social, que corresponde a 115 milhões de euros”.

“A evolução dos capitais próprios neste exercício equivale a uma melhoria de 29,4 milhões, o que corresponde ao sexto exercício consecutivo em que a situação líquida apresenta uma variação positiva. De realçar que, no decurso dos últimos seis anos, o valor acumulado da recuperação do capital próprio da Benfica SAD já ultrapassa os 140 milhões de euros”, conclui a SAD.

(Notícia atualizada ás 19h47 com mais informação)

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Fed corta juros pela segunda vez este ano. Taxa máxima cai para 2%

Banco central norte-americano colocou o intervalo de juros entre os 1,75% e 2%, cumprindo a expetativa dos mercados de que a Fed cortaria novamente a taxa diretora dos EUA.

A Reserva Federal (Fed) norte-americana voltou a cortar os juros de referência no país. Esta é a segunda descida nas taxas de juro dos EUA desde 2008, sendo que o corte de 25 pontos base, anunciado esta quarta-feira após uma reunião de dois dias de política monetária, colocou o intervalo entre 1,75% e 2%.

“À luz das implicações dos desenvolvimentos globais para o outlook económico, bem como das pressões inflacionistas moderadas, o comité decidiu baixar o intervalo da federal funds rate“, anunciou a Fed.

Os Estados Unidos vivem atualmente o maior ciclo económico da história do país e o banco central aponta para uma “expansão sustentada da atividade económica, condições fortes do mercado de trabalho e inflação próxima do objetivo de 2%”.

A Fed reviu em alta a projeção para o crescimento do produto interno bruto (PIB) dos EUA, cuja economia vê agora a acelerar 2,2% em 2019 (contra a estimativa de 2,1% em junho). Antecipa mais desemprego (3,7%, face aos anteriores 3,6%) e manteve a projeção de inflação em 1,8%.

“No entanto, as incertezas quanto ao outlook mantêm-se”, sublinhou, justificando o segundo corte de juros deste ano. Na última reunião, a 31 de julho, a Fed realizou a primeira descida desde dezembro de 2008, sinalizando que se irá manter atenta às condições económicas e que poderá agir novamente caso os objetivos não se concretizem.

Tal como desta vez, na altura tinha justificado a decisão com os desenvolvimentos a nível global que têm afetado as perspetivas económicas da maior economia do mundo. Agora, tanto Powell como outros 6 dos 10 membros do comité votaram a favor da descida de 25 pontos base. James Bullard votou contra porque queria um corte maior, enquanto apenas dois elementos defenderam a manutenção da taxa.

A decisão já era antecipada pelos mercados pelo que a reação foi moderada. Em Wall Street, as principais bolsas mantiveram-se em terreno negativo, com perdas abaixo de 0,5%, enquanto o dólar e os juros da dívida norte-americana continuam em alta.

Quem também não se mostrou agradado foi o presidente Donald Trump. O líder da administração norte-americana, que tem pressionado Powell a descer os juros, criticou a decisão. Para este ano, a Fed sinalizou que a maioria dos decisores do comité não vê novos cortes este ano e Trump respondeu: “Jay Powell e a Reserva Federal falharam novamente. Sem coragem, sem noção, sem visão! Um comunicador terrível!”.

(Notícia atualizada às 19h30)

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