Ryanair encerra rota Porto-Lisboa por “razões comerciais”

  • Lusa
  • 18 Setembro 2019

"Devido a razões comerciais, a nossa ligação entre o Porto e Lisboa deixará de operar a partir de 25 de outubro", disse a companhia aérea irlandesa.

A Ryanair decidiu abandonar a rota entre o Porto e Lisboa a partir de 25 de outubro “por razões comerciais”, disse fonte oficial da companhia aérea, garantindo que continuará a “operar 57 rotas do Porto e 30 de Lisboa”. A informação foi esta quarta-feira avançada pelo Jornal de Notícias, que dava conta de que já não era possível marcar voos para o mês de novembro.

“Devido a razões comerciais, a nossa ligação entre o Porto e Lisboa deixará de operar a partir de 25 de outubro”, respondeu a companhia aérea, questionada pela agência Lusa. “No entanto, continuaremos a operar 57 rotas do Porto e 30 de Lisboa no inverno de 2019”, contrapôs a Ryanair.

O Jornal de Notícias recordou que, em março, a empresa já tinha indicado que “a rota doméstica Lisboa-Porto está servida por vários meios, inclusive ferroviário e rodoviário”, considerando “mais importante apostar em rotas para fora, havendo constrangimentos na Portela”.

Já a TAP anunciou, em 13 de agosto, que, em 2020, a ponte aérea do Porto para Lisboa iria ganhar “mais uma frequência diária em relação ao verão de 2019”.

A Ryanair adiantou esta quarta-feira que chegou a acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal para manter a base em Faro, ainda que mais reduzida, bem como de uma parte dos postos de trabalho, de acordo com uma nota enviada à agência Lusa. Assim, a companhia aérea “confirma que chegou a um acordo com a ANA, operador do aeroporto de Faro, que poderá permitir cancelar o encerramento previsto da sua base com três aviões neste inverno”, lê-se no comunicado.

No entanto, a empresa salientou que a continuação da presença em Faro “poderá agora ser possibilitada pelo acordo das tripulações baseadas” nesta infraestrutura “em mudar para contratos sazonais, para refletir a natureza sazonal do tráfego de e para o Algarve”.

Citado na mesma nota, Micheal O’Leary, que é agora presidente da Ryanair Holdings, adiantou que “ainda que este acordo preserve a maioria dos empregos de pilotos e tripulantes em Faro neste inverno, a redução de três para dois aviões na base deverá conduzir a uma diminuição de perto de 80 postos de trabalho no pessoal de cabine contratado“.

O mesmo responsável referiu que esta redução pode ser menor, atingindo menos de 50 trabalhadores, “com alguns desses membros das tripulações a assegurar vagas em outros locais da rede da Ryanair na Europa”.

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E vão 25. Costa já perdeu 20 secretários de Estado e cinco ministros

O secretário de Estado da Proteção Civil pediu a demissão no dia em que foram conhecidas buscas da PJ ao MAI por causa das golas anti-fumo.

A 18 dias das eleições legislativas demitiu-se o secretário de Estado da Proteção Civil, no dia em que a Polícia Judiciária (PJ) fez buscas no Ministério da Administração Interna (MAI) e a outras entidades no âmbito do caso das golas anti-fogo. Esta saída eleva para 25 o número de governantes abandonaram o Executivo de António Costa.

“Na sequência do pedido de exoneração, por motivos pessoais, do Secretário de Estado da Proteção Civil, o Ministro da Administração Interna aceitou o pedido e transmitiu essa decisão ao primeiro-ministro”, lê-se no comunicado enviado pelo ministério liderado por Eduardo Cabrita.

De manhã, a TVI avançou que a PJ estava a fazer buscas no MAI, na sede da Autoridade Nacional de Emergência da Proteção Civil (ANPC) e noutros locais, no âmbito do caso da compra das golas anti-fumo para as populações da iniciativa Aldeia Segura. Os crimes em causa são de participação económica em negócio e desvio de subsídio, avançava a estação de televisão.

Com esta saída sobe para 25 o número total de governantes que deixaram o Executivo ao longo da legislatura que está prestes a terminar. Contam-se assim cinco ministros e 20 secretários de Estado.

Só este ano já houve vários momentos de alteração na composição do Executivo. Em fevereiro, a oito meses das legislativas, Costa fez uma remodelação por causa das europeias – Pedro Marques que era ministro das Obras Públicas foi o cabeça de lista socialista ao Parlamento Europeu e Maria Manuel Leitão Marques, que também estava na lista do PS, era ministra da Presidência do Conselho de Ministros. O chefe do Executivo aproveitou para mais umas mexidas.

Em abril, nova saída, desta vez do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, por ter escolhido um primo para seu adjunto no gabinete, um caso que passou a designar-se de familygate.

José Artur Neves, que sai agora, entrou para o Governo a 21 de outubro de 2017, quando Eduardo Cabrita substitui Constança Urbano de Sousa no MAI.

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Ryanair chega a acordo com ANA para manter base mais reduzida em Faro

  • Lusa
  • 18 Setembro 2019

Segundo a companhia aérea irlandesa, "a base de Faro poderá agora ser reduzida para dois aviões a partir de novembro".

A Ryanair chegou a acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal para manter a base em Faro, ainda que mais reduzida, bem como uma parte dos postos de trabalho, de acordo com uma nota enviada à agência Lusa.

Assim, a companhia aérea “confirma que chegou a um acordo com a ANA, operador do aeroporto de Faro, que poderá permitir cancelar o encerramento previsto da sua base com três aviões neste inverno”, lê-se no comunicado.

“Em vez disso, a base de Faro poderá agora ser reduzida para dois aviões a partir de novembro deste ano e até março de 2020, devido ao atraso nas entregas de perto de 30 aviões Boeing Max à Ryanair”, segundo a nota.

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Gestores com nova solução para simular riscos das inundações

  • ECO Seguros
  • 18 Setembro 2019

Foi lançado uma versão avançada do Global Flood Model para cálculo de riscos de inundação e dirigido aos mercados das seguradoras, resseguradoras, instituições financeiras, imobiliárias e governos.

Chama-se The Global Flood Model e permite aos gestores de risco simular inundações em rios e superfícies de água. Trata-se de uma solução desenvolvida pela consultora JBA Risk Management, especializada na gestão de riscos relacionados com inundações.

Esta solução permite corrigir falhas que existem nos atuais modelos, mas também permite uma comparação consistente de prejuízos. É desenvolvido através da FLY, a tecnologia de modelagem inovadora do da JBA que permite quantificar riscos em qualquer local do mundo e elimina a necessidade de incorporar pressupostos ao modelo.

Stephen Hutchings, responsável da JBA Risk Management afirma que esta nova solução “abre um mundo de novas oportunidades pois serve para qualquer país e permite aos utilizadores customizar o modelo para criar uma panorâmica dos riscos mais relevantes ao seu portfolio”.

Criada em 2011, a JBA Risk Management, que faz parte do grupo JBA, é especializada na gestão de riscos de inundações afirmando-se líder global neste sector. Os seus mapas, modelos analíticos e probabilidades de catástrofes são usados por seguradoras, resseguradoras, instituições financeiras, imobiliárias e governos. O JBA é um grupo britânico especializado nas áreas do ambiente, engenharia e gestão de riscos.

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Tranquilidade lança seguro para estudantes Erasmus

  • ECO Seguros
  • 18 Setembro 2019

A seguradora insiste na segmentação com um produto destinado a estudantes no estrangeiro e reedita seguro de vida destinado a alunos com média superior a 18 valores.

A Tranquilidade lançou um seguro de acidentes pessoais para alunos que vão estudar no estrangeiro, nomeadamente através do programa Erasmus. A apólice tem uma proteção que, para além da cobertura de morte ou invalidez permanente, inclui responsabilidade civil, assistência garantida em qualquer parte do mundo, pagamento de despesas médicas, proteção para computador e tablet e uma cobertura opcional contra atos de terrorismo.

Tendo como slogan promocional “Um seguro que fala a tua língua”, é um produto ajustado à medida de cada estudante, consoante as suas necessidades e disponibilidade financeira, e pode ter a duração de 3, 6 ou 12 meses. Para a seguradora, esta apólice é também “uma segurança para os pais dos alunos segurados que contam com a experiência e o apoio da Tranquilidade para proteger os seus filhos, quando estão longe de casa”.

Segundo o Relatório Anual do Programa Erasmus+ 2016, da Comissão Europeia, cerca de 18 mil estudantes portugueses beneficiaram do programa Erasmus+ e este número continua a crescer.

Entretanto a Tranquilidade está a reeditar a campanha “Quem se esforça sempre ganha” que oferece um seguro “Vida Mais Cool”, por um ano, a todos os alunos que tenham terminado o ensino secundário no ano letivo 2018/19 com uma média igual ou superior a 18 valores.

Estes alunos podem aderir através da página vidamaiscool.tranquilidade.pt para ficarem a conhecer as condições da oferta. Esta iniciativa, que decorre até final de 2019, tem como objetivo premiar o desempenho dos jovens nos seus estudos pré-universitários e consiste na atribuição deste seguro de vida pensado para “jovens adultos que vivem ativamente o seu dia a dia e querem estar protegidos”.

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Ministério Público ordena investigação a outros 15 municípios por viagem à Turquia

  • Lusa
  • 18 Setembro 2019

Há mais 15 municípios a serem investigados por terem participado na viagem à Turquia, paga por uma empresa, e que já levou à acusação do presidente e do vice-presidente da Câmara de Penamacor.

O Ministério Público (MP) ordenou a investigação a 15 municípios que também participaram na viagem à Turquia, paga por uma empresa, e que já levou à acusação do presidente e do vice-presidente da Câmara de Penamacor.

O MP acusou do crime de recebimento indevido de vantagem António Luís Beites e Manuel Joaquim Robalo, “dois dos convidados que integraram a comitiva” que, entre 18 e 21 de abril de 2015, “viajou a Istambul de forma gratuita”, com as despesas “totalmente suportadas” pela ‘Ano – Sistemas de Informação e Serviços’, quando “decorriam negociações com alguns dos municípios convidados, com vista à venda/aquisição” de produtos de software que a empresa de informática comercializava, “particularmente com o município de Penamacor”.

Além dos autarcas de Penamacor, distrito de Castelo Branco, “foram também convidados e participaram na viagem vários elementos de outros” 15 municípios: Amarante, Amares, Baião, Cabeceiras de Basto, Ferreira do Alentejo, Leiria, Mêda, Mondim de Basto, Marco de Canaveses, Nordeste, Pinhel, Póvoa do Lanhoso, Santa Maria da Feira, Vila Nova de Famalicão e Vizela.

A acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra, a que a agência Lusa teve acesso, acrescenta que na viagem participaram igualmente elementos da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM BSE) e de empresas municipais de Almada (ECALMA) e de Guimarães (VIMÁGUA).

“Que aceitaram [as 18 entidades convidadas], assim, e obtiveram em moldes em tudo semelhante vantagens que poderão não ter, igualmente, outra explicação que não tenha sido a criação por parte da mesma empresa do tal clima de permeabilidade ou de simpatia para posteriores diligências, a fundamentar, portanto, a prática autónoma de outros tantos crimes de recebimento indevido de vantagem”, sustenta a acusação.

O MP explica que, “pese embora tratar-se de matéria com a inequívoca conexão com factualidade constante” da acusação deduzida contra os autarcas do município de Penamacor e o sócio-gerente da empresa de informática, “impõe-se reconhecer que a mesma não está ainda totalmente dilucidada, a carecer, claramente, de ulteriores desenvolvimentos probatórios, mas cuja produção e realização não se compadece com a duração dos presentes autos”.

O procurador Nuno Salgado frisa que a investigação nestes autos “de toda aquela factualidade, alargaria, incomportavelmente, o seu objeto e levaria, necessariamente, a um retardamento intolerável do exercício da ação penal quanto à matéria inicialmente denunciada, cuja investigação está já concluída, podendo mesmo representar um grave risco para a pretensão punitiva” do Estado.

“Entendemos, assim, ser de toda a conveniência que a investigação relativa a cada um dos referidos municípios prossiga autonomamente e em separado, o que ora se determina”, refere a acusação do DIAP de Coimbra.

Nesse sentido, o procurador do MP ordenou a extração de sete certidões deste processo principal, remetendo três das quais a cada um dos DIAP´s Distritais do Porto, de Lisboa e de Évora, “por serem territorialmente competentes para conhecer dos factos relativos aos municípios integrantes de cada uma das respetivas circunscrições territoriais”.

Cada uma das restantes quatro certidões deverá ser registada e autuada como inquérito autónomo e remetidas a este procurador “para averiguação autónoma dos factos relativos aos municípios de Mêda, Pinhel, Leiria e à CIM BSE”, que pertencem à circunscrição territorial do DIAP Distrital de Coimbra.

O jornal Público noticia esta quarta-feira que, de acordo com o portal de contratação pública, entre as 15 câmaras cujos autarcas aceitaram o convite, apenas as de Amares e Ferreira do Alentejo não adjudicaram qualquer contrato à empresa ANO, nem antes nem depois da viagem.

A Câmara de Famalicão, cidade onde reside o sócio-gerente da empresa, também acusado, é aquela que mais relações mantém com a empresa de informática: segundo o jornal Público, desde abril de 2015 adjudicou-lhe 20 contratos de cerca de um milhão de euros.

A acusação, datada de 12 de setembro, contra o presidente e o vice-presidente da Câmara de Penamacor, eleitos pelo PS, indica que a viagem a Istambul teve um custo total de 35 mil euros, pelo que o “recebimento indevido de vantagem” que terá beneficiado os dois autarcas cifrou-se em 885 euros cada.

O MP pede que os dois arguidos sejam condenados a pagar solidariamente ao Estado 1.770 euros, correspondente “ao valor das vantagens indevidamente dadas/recebidas, aos/pelos arguidos”.

O procurador do MP requer ainda “a perda dos mandatos políticos que vêm exercendo atualmente (ou que venham a exercer)”, sustentando que os autarcas incorreram numa “grave violação dos deveres” e “quebra de confiança”.

Ainda decorre prazo (20 dias após a dedução da acusação) para que ambos os arguidos possam requerer a instrução, fase facultativa em que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue e em que moldes para julgamento, neste caso por um tribunal coletivo (três juízes).

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Politécnico de Leiria cria primeiro curso de gestão de recursos minerais. Terá 100% de empregabilidade

Politécnico de Leiria lança o primeiro curso técnico superior profissional na área da gestão e tecnologias avançadas em recursos minerais. Dura dois anos e garante 100% de empregabilidade.

O Instituto Politécnico de Leiria lançou este ano letivo o primeiro curso técnico superior profissional na área da gestão e tecnologias avançadas em recursos minerais. As candidaturas para o ano letivo 2019/2020 já estão abertas e podem ser submetidas online. Devido à escassa oferta de profissionais neste setor, o curso garante 100% de empregabilidade.

O curso tem a duração de dois anos e é resultado da colaboração entre empresas de desenvolvimento de tecnologia para este setor, nomeadamente a CEI/ZIPOR e a Academia dos Recursos Minerais (Assigrama).

“É nossa convicção que esta colaboração concentra um potencial de 100% de empregabilidade para os estudantes, que completem o curso, dada a necessidade premente destes profissionais por parte das empresas do setor da pedra”, garante Miguel Goulão, vice-presidente da Associação Portuguesa da Indústria de Mármores, Granitos e Ramos Afins.

O objetivo do novo curso é “formar técnicos capazes de gerir operações industriais no setor dos recursos minerais, nomeadamente a operação de equipamentos especiais, do planeamento e execução de fabrico, tendo em vista a otimização do processo produtivo nestas indústrias, a eficiência, a produção colaborativa, a relação cliente-fornecedor, a personalização de produtos e a otimização e sustentabilidade de produtos e processos”, lê-se no portal do Instituto Politécnico de Leiria, onde também é possível consultar o plano curricular.

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Costa preocupado com “tendência autoritária” e Rio salienta que segredo de justiça “é para todos”

  • Lusa
  • 18 Setembro 2019

No debate nas rádios, os líderes dos dois maiores partidos mostraram perspetivas diferentes sobre como lidar com violações do segredo de justiça. Costa vê mesmo "tendência autoritária" no PSD.

O secretário-geral socialista mostrou-se esta quarta-feira preocupado com uma “tendência autoritária” que identifica na proposta do PSD de punir jornalistas que divulguem informação em segredo de justiça, mas Rui Rio salientou que “se é segredo, é para todos”.

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu hoje, durante um debate com os líderes partidários com assento parlamentar, que os jornalistas devem ser punidos pela “publicação de informações que estão ao abrigo do segredo de justiça”.

Foi na parte do debate, organizado pela na Antena 1, Rádio Renascença e TSF, em que se discutiu a justiça e o combate à corrupção, que Rio avançou com esta proposta, que admitiu ser “politicamente incorreta”. A medida mereceu críticas durante o debate, mas também no final.

Aos jornalistas, o secretário-geral do PS, António Costa disse não concordar com esta ideia, mas ressalvou que “o segredo de justiça deve ser preservado para garantia de um princípio fundamental que tem a ver com a presunção de inocência, e também para não prejudicar as investigações”.

“Mas quem está abrangido pelo segredo de justiça são aqueles que são atores no processo, e não creio que a punição dos jornalistas seja uma boa solução. E preocupa-me, devo dizer, essa certa tendência autoritária que vejo muitas vezes de querer controlar o Ministério Público, de querer punir os jornalistas, acho que não é saudável para a nossa democracia”, assinalou.

A solução, advogou o socialista, “é como sempre, é as pessoas cumprirem a lei”, considerando ser difícil “compreender como é que não possível identificar quem viola o segredo de justiça”.

Também em declarações à imprensa no final do debate, o presidente do PSD destacou que, “se há uma matéria que está em segredo de justiça, se é segredo, é segredo, não se pode publicar”.

Para explicar o seu ponto de vista, Rui Rio apontou que “não é com isto que se vai deixar de noticiar o problema, é o momento em que se noticia o problema”, reforçando que “enquanto está em segredo de justiça, é segredo e é para todos”.

“Depois da acusação podem encher as páginas todas do jornal, mas aí já não põem em causa o bom nome da pessoa, nem põem em causa a própria investigação através de pôr o processo cá fora, avisarem os potenciais visados para se defenderem e para destruírem provas”, acrescentou.

Notando que a sua “convicção é de tal ordem” que não o faz duvidar, o líder social-democrata vincou que não vai “atrás daquilo que é politicamente correto” ou “daquilo que querem ouvir”, mas sim daquilo que é a sua “convicção e aquilo que é a racionalidade”.

Também o CDS discorda da proposta posta em cima da mesa pelo líder do PSD.

“Nesse caso nós temos uma opinião distinta do PSD”, frisou a presidente do CDS-PP, defendendo que “a comunicação social tem de fazer o seu trabalho” e que “o Ministério Público deve fazer melhor o seu trabalho, nomeadamente evitando qualquer fuga de informação”.

No final de debate radiofónico, continuou a troca de acusações relativa aos meios de apoio ao Ministério Público e à Polícia Judiciária (PJ), com Assunção Cristas a dizer que é preciso “desmascarar aquilo que são posições” que, para o CDS-PP, “não têm razão de ser”.

“De resto, também o fiz em relação ao próprio Partido Socialista quando António Costa nos veio agora dizer uma coisa como candidato que não fez enquanto primeiro-ministro”, apontou.

Em resposta, o líder do PS apontou que a acusação de Cristas foi “sem sentido”, uma vez que “o que não estava feito na legislatura foi o que não ficou feito no Governo” PSD/CDS, apontando estar “particularmente confortável e à vontade” no que toca à PJ.

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Secretário de Estado da Proteção Civil demite-se. É arguido no caso das golas antifumo

  • ECO
  • 18 Setembro 2019

Demitiu-se o secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Neves, no dia em que o seu gabinete foi alvo de buscas no âmbito do caso da compra de golas antifumo. É arguido por suspeitas de corrupção.

O secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, demitiu-se esta quarta-feira, dia em que o seu gabinete foi alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária no âmbito da investigação à compra de golas antifumo. A RTP avança que foi constituído arguido na sequência destas diligências, enquanto a SIC Notícias revela que estão em causa suspeitas de fraude e corrupção.

A saída do secretário de Estado foi comunicada pelo Governo, numa nota na qual assinala que a mesma se dá por “motivos pessoais”. “Na sequência do pedido de exoneração, por motivos pessoais, do secretário de Estado da Proteção Civil, o ministro da Administração Interna aceitou o pedido e transmitiu essa decisão ao primeiro-ministro“, lê-se no comunicado.

A notícia surge no dia em que o Ministério Público realizou buscas em oito habitações e 46 locais, incluindo o Ministério da Administração Interna (MAI) e a sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Em causa, a polémica compra das golas antifumo que foram distribuídas pelas populações, ao abrigo da iniciativa Aldeia Segura. Estas, alegadamente, são inflamáveis e podem, inclusivamente, provocar crises respiratórias agudas.

O inquérito foi aberto em julho para averiguar suspeitas de participação económica em negócio e desvio de subsídio. Isto porque a aquisição das cerca de 70 mil golas foi feita com recurso a dinheiro do fundo de coesão europeu — e, como revelou a Sábado na altura, estas golas custaram mais de 125 mil euros no total, o dobro do valor de mercado destes artigos fabricados em poliéster.

Também a empresa privada envolvida no negócio com o Estado gerou polémica. A compra das golas foi feita à Foxtrot – Aventura, Unipessoal Lda., constituída em dezembro de 2017 e dedicada a atividades não relacionadas, como o “turismo de natureza” ou a “exploração de parque de campismo e caravanismo”. Segundo a revista, a empresa é detida por Ricardo Peixoto Fernandes, esposo de Isilda Gomes da Silva, que é a presidente da Junta de Freguesia de Longos, no concelho de Guimarães, eleita pelo Partido Socialista (PS).

As golas inflamáveis faziam parte de “kits de sobrevivência” para os incêndios, que incluíam outros artigos e material de sensibilização e que custaram quase 328,7 mil euros aos cofres do Estado. Este caso já tinha provocado a demissão de Francisco José Ferreira, adjunto de José Artur Neves, a 29 de julho, depois de ter sido revelado que foi quem recomendou as empresas para a compra das polémicas golas.

Entre cinco empresas consultadas, só a Foxtrot terá respondido. No entanto, nenhuma das empresas tinha atividade no setor, de acordo com o Diário de Notícias, que sublinha que uma das empresas era de eletrodomésticos e outra de bordados. Segundo o jornal, Francisco Ferreira era o presidente da concelhia do PS de Arouca, autarquia da qual Artur Neves foi presidente durante 12 anos, antes de ir para o Governo.

Além desta polémica, a imprensa deu conta de que o filho de José Artur Neves detinha 20% de uma empresa que assinou três contratos com o Estado, já depois de o pai ter assumido o cargo no Governo. Artur Neves sempre negou qualquer influência, apesar de os factos serem suscetíveis de violar a lei das incompatibilidades. Perante as dúvidas, o primeiro-ministro pediu um parecer ao Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR), a 30 de julho, documento que ainda não é conhecido.

(Notícia atualizada às 16h08 com mais informações)

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Wall Street em queda com investidores a aguardar decisão da Fed

As atenções estão voltadas para a reunião de política monetária da Fed, que tem a guerra comercial como uma das principais preocupações.

Os investidores norte-americanos estão, desde terça-feira, atentos à reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Esta quarta-feira, será comunicada a decisão do banco central dos Estados Unidos da América (EUA) e, enquanto aguardam, as bolsas norte-americanas iniciaram a sessão a negociar em queda.

A expectativa é que esta tarde o líder da Fed, Jerome Powell, anuncie um corte de 25 pontos base dos juros diretores. Ainda assim, a certeza não é absoluta e as preocupações continuam a ser muitas, entre elas o crescimento global e a escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo (EUA e China).

Os bancos centrais em todo o mundo estão, aliás, a tomar medidas para tentar reduzir o impacto da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que já dura há mais de um ano. Ainda na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) cortou a taxa de depósitos para um nível ainda mais negativo, passando-se a -0,4% para -0,5%, mas criando dois escalões para mitigar o impacto nos bancos. Ao mesmo tempo, avançou com um programa de compra de ativos no valor de 20 mil milhões de euros por mês que arranca em novembro.

Neste cenário, o S&P 500 desce 0,14% para os 3.001,50 pontos, enquanto o industrial Dow Jones desvaloriza 0,13% para os 27.075,39 pontos e o tecnológico Nasdaq recua 0,14% para os 8.174,62 pontos.

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30 profissionais de nove sociedades vão subir o Kilimanjaro

A iniciativa 'Kilawmanjaro" vai juntar 30 profissionais de nove sociedades para escalar o ponto mais alto de África. A 'Just A Change' e 'Academia do Johnson' são as causas apoiadas.

Uma nova aventura está prestes a começar para 30 profissionais de nove sociedades do país. O objetivo é chegar ao ponto mais alto de África, ao cume do monte Kilimanjaro. A iniciativa, fundada por João Vieira de Almeida, managing partner da VdA, ganhou o nome de ‘Kilawmanjaro’ e terá início no próximo dia 20 de setembro. Os 30 profissionais passaram os últimos meses em preparação física, com um treino semanal coletivo.

Na passada segunda-feira, os alpinistas foram apresentados oficialmente à imprensa e vestiram a camisola que os acompanhará durante a aventura. O cocktail de apresentação, que decorreu na VdA, contou com a presença das sociedades participantes, das causas apoiadas, bem como dos aventureiros que vão subir o Kilimanjaro.

Com a subida de 5.895 metros de altura, as nove sociedades de advogados vão contribuir com 40.000 euros que serão divididos por duas causas: Academia do Johnson e Associação Just A Change. A seleção das causas sociais foi realizada através da colaboração do departamento de responsabilidade social da sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA).

A Academia do Johnson tem como missão promover o desenvolvimento humano e o bem-estar de crianças e jovens oriundos de contextos fragilizados, bem como as suas famílias. Com o donativo da iniciativa ‘Kilawmanjaro’, a academia vai reforçar a intervenção nas famílias, promovendo a sua integração ativa no projeto e ainda vai fomentar a sua participação ativa na vida dos jovens permitindo que o contexto familiar de cada um tenha uma função importante na redução dos comportamentos de risco.

Já a associação sem fins lucrativos Just a Change dedica-se a reabilitar casas de pessoas em situação de pobreza habitacional. Com os 20.000 euros doados, a associação pretende adquirir máquinas e ferramentas de trabalho modernas para intervir com mais qualidade e eficiência e ainda renovar o material de segurança para os voluntários.

A iniciativa conta com a colaboração de noves sociedades de advogados: DLA Piper, Linklaters, Morais Leitão, PLMJ, Sérvulo & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, SRS Advogados, Uría Menéndez – Proença de Carvalho e VdA.

O projeto “Kilawmanjaro” junta-se assim a iniciativas como Rock’n’Law que promovem ações de solidariedade e a união entre as diversas sociedades de advogados.

 

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Pestana emite 60 milhões em green bonds com um juro de 2,5%

Colocação realizada através do BBVA foi a primeira emissão mundial de obrigações verdes no setor hoteleiro, de acordo com o grupo e o banco.

O Pestana aderiu ao financiamento com dívida verde. O grupo hoteleiro emitiu, com a ajuda do BBVA, um total de 60 milhões de euros em green bonds, naquela que, segundo os dois intervenientes, é a primeira emissão mundial de obrigações verdes do setor hoteleiro.

Os títulos colocados têm uma maturidade de seis anos e a taxa de juro da operação, dirigida a investidores institucionais profissionais, fixou-se em 2,5%. A procura da emissão superou três vezes a oferta, tendo sido colocada junto de 30 investidores institucionais nacionais e internacionais.

“Para o grupo Pestana, este foi um processo virtuoso em toda a linha que nos deixou muito satisfeitos. Além de sermos os primeiros no mercado mundial da indústria hoteleira a fazer uma operação desta natureza (emissão de obrigações verdes), a baixa taxa fixa para um prazo de seis anos e o rating alcançado são mais um incentivo a perseverarmos no caminho de solidez do grupo”, afirmou José Theotónio, CEO do grupo, em comunicado.

As obrigações verdes são um instrumento de dívida que permite a empresas e Estados captar investimento para projetos existentes ou para projetos novos, aos quais estejam associados benefícios ambientais. No caso do Pestana, os fundos conseguidos com a emissão vão ser usados no refinanciamento de investimentos de caráter sustentável no Pestana Tróia Eco Resort e no Pestana Blue Alvor.

O mercado de green bonds tem vindo a crescer a nível global, tendo atingido o recorde de sempre no ano passado superior a 150 mil milhões de euros em novas emissões. Em Portugal, também estes ativos têm ganho destaque.

A EDP, que estreou este mercado em outubro de 2018, já realizou três emissões, sendo que a última aconteceu na semana passada. Também uma subsidiária da Altri, a Sociedade Bioelétrica do Mondego, colocou de obrigações verdes no início do ano. Agora, o Pestana junta-se ao grupo de emitentes destes ativos.

O Pestana gere mais de 90 hotéis em Portugal e em outros 15 países, tendo fechado 2018 com um volume de negócios consolidado de 434,2 milhões de euros. Para o próximo ano, quer atingir a marca dos 100 hotéis, com a abertura do primeiro hotel em Nova Iorque.

O BBVA aprovou, no ano passado, o “Compromisso 2025″, no qual definiu o objetivo de mobilizar 100 mil milhões de euros até 2025 em financiamento verde, infraestrutura sustentável, empreendedorismo social e inclusão financeira. O banco já participou como bookrunner em 13 operações de emissão de green bonds.

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