João Galamba: Descarbonização da economia vai exigir “fortes ajustamentos” na fiscalidade

  • Lusa
  • 17 Setembro 2019

Admitindo que o país vai precisar de "fortes ajustamentos na sua fiscalidade", João Galamba salientou que nunca se estará "a falar de um aumento da carga fiscal".

O secretário de Estado da Energia, João Galamba, disse esta terça-feira que a descarbonização da economia vai exigir “fortes ajustamentos” na fiscalidade em Portugal, mas sublinhou que isso “nunca” representará um aumento da carga fiscal para os contribuintes.

Em declarações aos jornalistas à margem da apresentação de um estudo sobre o impacto da eletricidade renovável em Portugal, encomendado pela Apren – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, em Lisboa, João Galamba afirmou que “Portugal precisará, seguramente, de fortes ajustamentos na sua fiscalidade em geral”, mas que, num cenário para 2030 em que “o país fica mais rico”, nunca se estará “a falar de um aumento da carga fiscal, mas, sim, ou da sua manutenção ou da sua redução”.

Salientando que as políticas ambientais vão colocar “desafios importantes” aos fiscalistas, o governante considerou que a carga fiscal “será sempre igual” ou até reduzida.

Questionado sobre a interligação elétrica entre Portugal e Marrocos, o secretário de Estado da Energia adiantou que esse é um processo que está ainda em estudo e atrasado. “Se for viável, pelo estudo, é um projeto para a segunda metade da década”, esclareceu.

João Galamba respondeu ainda às preocupações dos produtores de energias renováveis em relação à revisão do mecanismo de equilíbrio concorrencial (clawback) e aos efeitos que poderá ter na captação de investimento estrangeiro, relembrando que se trata de um mecanismo transitório. “Nós contamos que Espanha acabe rapidamente com o imposto de 7% [sobre as empresas produtoras de eletricidade], que foi o que justificou a criação deste mecanismo”, afirmou, acrescentando que as informações que tem “é que, assim que haja um Governo capaz de agir em Espanha, esse imposto irá desaparecer”

A Apren apresentou esta terça-feira um estudo sobre o impacto da eletricidade renovável em Portugal, encomendado à consultora Deloitte, que conclui que, “com o crescimento previsto da potência instalada e da geração de eletricidade de fonte renovável para os próximos anos, o impacto do setor no emprego continuará a acentuar-se”.

Segundo o estudo, o impacto no emprego entre 2018 e 2030 irá mais do que triplicar, gerando um adicional de 114 mil colaboradores. Já as contribuições para a Segurança Social provenientes das fontes de energia renováveis alcançarão mais de 100 milhões de euros.

De acordo com os objetivos estabelecidos até 2030, o estudo estima que o Valor Acrescentado Bruto (VAB) proveniente cresça a um ritmo de 9% ao ano, atingindo 11 mil milhões de euros em 2030, representando mais de 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

As fontes renováveis tiveram um impacto na economia de 15 mil milhões de euros no período 2014-2018, correspondente a um valor médio anual de três mil milhões de euros, refere ainda o estudo da Apren.

No mesmo período, o Estado português arrecadou em média, em cada ano mais de 213 milhões de euros de IRC e cerca de 12 milhões de euros com a Derrama provenientes do setor, prevendo-se que em 2030 o valor cresça para mais de 650 milhões de euros. Também entre 2014 e 2018, a produção de eletricidade de origem renovável permitiu poupar aproximadamente cinco mil milhões de euros em importação de carvão e gás natural, lê-se ainda no documento.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Apren, Pedro Amaral Jorge, mostrou-se satisfeito com os resultados do estudo. “Os resultados estão em linha com aquilo que eu penso, estão em linha com o desenvolvimento socioeconómico em que eu acredito e, portanto, estou satisfeitíssimo”, sublinhou o representante dos produtores de renováveis.

Em relação às críticas das empresas petrolíferas que consideram as metas do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030) e do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 demasiado ambiciosas, Pedro Amaral Jorge entende que “não faz sentido estar a questionar outra vez uma premissa que vem de um acordo que o mundo fez para conseguir cumprir os 1,5 graus”, numa alusão ao Acordo de Paris.

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Investidores à espera de corte de juros da Fed. Wall Street acelera

Enquanto esperam pela decisão sobre o rumo da política monetária, os investidores norte-americanos reagiram bem à notícia de que a Arábia Saudita vai estar a produzir em pleno no final do mês.

A reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana está no centro das atenções dos investidores, que esperam um novo corte das taxas de juro. Além disso, também a notícia de que a Arábia Saudita vai estar a produzir em pleno no final do mês animou as bolsas norte-americanas, que encerraram a negociação desta terça-feira em alta.

Os investidores estão à espera da decisão da Fed sobre o rumo da política monetária norte-americana. É esperado que Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana, anuncie um novo corte da federal funds rate em 25 pontos base, para um intervalo entre 1,75% e 2%.

A animar os investidores esteve, ainda, a notícia de que a Saudi Aramco — que viu, de um momento para o outro, metade da produção de petróleo desaparecer, depois de um ataque com drones às suas instalações — garantiu que irá voltar a produzir em pleno até ao final de setembro.

A empresa saudita afirmou que o ataque teve um “impacto massivo”, mas que rapidamente começou a trabalhar no sentido de restabelecer as operações, uma vez apagados os incêndios provocados pelos drones. O ataque fez tremer os mercados, mas a Arábia Saudita imediatamente avançou que iria recorrer às reservas do país para colmatar a oferta.

O Brent, referência para o mercado europeu, chegou aos 72 dólares, mas está novamente abaixo dos 65 dólares, caindo 7,10% para 64,12 euros. Em Nova Iorque, o WTI, referência para o mercado norte-americano, recua 6,12% para 59,05 dólares.

Neste contexto, o S&P 500 encerrou a sessão a valorizar 0,25% para os 3.005,45 pontos, enquanto o industrial Dow Jones subiu 0,12% para os 27,108,29 pontos e o tecnológico Nasdaq avançou 0,12% para 27.108,29 pontos.

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Programa Capitalizar já fez chegar oito mil milhões de euros de crédito às empresas

  • Lusa
  • 17 Setembro 2019

De acordo com Siza Vieira, as linhas do programa Capitalizar já fizeram chegar oito mil milhões de euros de crédito às empresas, permitindo-lhes responder à situação de emergência em que estavam.

As linhas do Programa Capitalizar fizeram chegar às empresas oito mil milhões de euros de crédito, disse esta terça-feira o ministro da Economia, Pedro Siza Viera, sublinhando que o financiamento vai ser um dos maiores desafios do tecido empresarial nos próximos anos.

Siza Vieira, que falava na sessão de lançamento do Portal do Financiamento, uma iniciativa do IAPMEI, em Lisboa, adiantou ainda que aqueles oito mil milhões de euros de crédito que chegaram às empresas contaram com cerca de seis mil milhões de euros de garantias públicas.

“Isto significa que quase 9% do total do crédito às empresas e à economia portuguesa foi suportado pelo sistema de garantia mútua”, precisou o ministro Adjunto e da Economia, adiantando que, desde 2015, as empresas viram o seu rácio de endividamento recuar de um valor equivalente a cerca de 100% do produto interno bruto (PIB) para cerca de 70% do PIB, ao mesmo tempo que a sua autonomia financeira aumentou para níveis próximos dos 39%.

As medidas que foram tomadas, referiu o ministro, permitiram às empresas responder à situação de emergência em que se encontravam e fazer com que estejam hoje mais preparadas para enfrentar os desafios e movimentos que aí vêm, nomeadamente a internacionalização, digitalização e automação, economia circular ou descarbonização. “São movimentos que vão exigir esforços de investimento muito significativos”, precisou o governante, apontando o financiamento do tecido empresarial como “o tema mais crítico da economia portuguesa nos próximos anos”.

Neste contexto, o ministro sublinhou, também, o papel do Portal do Financiamento, uma iniciativa do IAPMEI que se insere no Programa Capitalizar e que integra num único sítio o conjunto de soluções de financiamento com apoio público que atualmente estão disponíveis para apoiar as empresas. O objetivo deste Portal é, assim, ajudar os empresários a encontrar o instrumento financeiro que mais se adequa ao seu projeto, setor de atividade e fase de vida da empresa.

Apesar da “panóplia muito vasta de linhas de crédito com garantia mútua” – ao todo estão em vigor quase meia centena destas linhas –, estes instrumentos “são muito pouco claros para aqueles que são os seus destinatários”, disse ainda Pedro Siza Vieira, para salientar que o Portal do Financiamento é, assim, uma “tentativa de simplificar e tornar mais acessível estes recursos públicos à medida das necessidades daqueles que deles carecem”.

Um primeiro passo no caminho da simplificação destes instrumentos financeiros foi dado com a criação, este ano, do Conselho de Coordenação das Instituições Financeiras, entidade à qual Siza Vieira pediu que mantenha o trabalho apurado no sentido de ajustar os apoios disponíveis às necessidades das empresas e de eliminar redundâncias que ainda persistam.

Em declarações à Lusa, à margem do lançamento do Portal do Financiamento, o ministro da Economia referiu ainda que a nova linha de crédito dirigida às empresas familiares, para as apoiar nos processo de sucessão e a ganhar escala, está ainda a ser trabalhada para que seja lançada “o mais depressa possível”. Esta nova linha de crédito terá 100 milhões de euros disponíveis.

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Arábia Saudita vai estar a produzir em pleno no final do mês

A Saudi Aramco foi atacada. Drones afetaram mais de metade da produção da petrolífera estatal, mas as reparações estão em curso. Até ao final do mês a Arábia Saudita volta a produzir em pleno.

A Arábia Saudita viu, de um momento para o outro, metade da produção de petróleo desaparecer, isto depois de um ataque com drones às instalações da petrolífera estatal. O petróleo disparou, chegando a valorizar mais de 20%, mas voltou a afundar com a Saudi Aramco a garantir que irá voltar a produzir em pleno até ao final do mês.

A empresa saudita diz que o ataque teve um “impacto massivo”, mas que rapidamente começou a trabalhar no sentido de restabelecer as operações, uma vez apagados os incêndios provocados pelos drones. O ataque fez tremer os mercados, mas a Arábia Saudita rapidamente avançou que iria recorrer às reservas do país para colmatar a oferta.

A garantia dada pelo reino, bem como por outros produtores, como os EUA, pouco impacto tiveram, assistindo-se a uma subida expressiva das cotações do petróleo nos mercados internacionais na primeira sessão da semana. O Brent chegou aos 72 dólares por barril, mas está novamente abaixo dos 65 dólares, a perder 6,6%. Em Nova Iorque, o WTI recua 5,61% para os 59,37 dólares.

Os investidores estão a reagir à garantia dada pela Saudi Aramco de que os trabalhos de reparação estão a avançar, estimando que dentro de duas semanas seja possível ao país voltar a produzir em pleno. Ou seja, voltará a colocar no mercado cerca de 10 milhões de barris por dia, o que será suficiente para dar resposta à procura.

Tendo em conta a utilização das reservas, a Arábia Saudita afirma que o ataque não se refletirá nas exportações de petróleo deste mês, mantendo-se ao mesmo nível dos anteriores.

Mesmo com a promessa de restabelecer a produção, o reino pede ajuda aos restantes países produtores de petróleo para disponibilizarem reservas, de forma a evitar que os preços do petróleo subam, mas os EUA, que se mostraram disponíveis para o fazer, voltaram atrás. Donald Trump já veio dizer que “não acredita que será preciso” libertar reservas já que os preços não registaram uma subida muito expressiva.

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Estes são os três desafios para o SNS, segundo Marta Temido

  • Lusa
  • 17 Setembro 2019

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) precisa de melhorar a qualidade de acesso, motivar os profissionais de saúde e aumentar a sua produtividade e reforçar o investimento.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) precisa de melhorar a qualidade de acesso, motivar os profissionais de saúde e aumentar a sua produtividade e reforçar o investimento, disse esta terça-feira a ministra da Saúde, Marta Temido.

Estes foram os três desafios que a governante diagnosticou durante a sua intervenção numa cerimónia de encerramento das comemorações dos 40 anos do SNS, que decorreram hoje no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. “Apesar da relevância do caminho percorrido e das suas conquistas, a forma mais importante de comemorar o 40.º aniversário do SNS será prepará-lo para o futuro. Ao longo dos últimos 40 anos a sociedade portuguesa modificou-se profundamente e essas modificações colocam novos desafios à sua organização“, salientou.

O primeiro desafio prende-se “com o envelhecimento demográfico, com as alterações epidemiológicas e as multimorbilidades”, radiografou Marta Temido, referindo que esta conjugação de fatores tem gerado uma “procura crescente” na procura de cuidados de saúde. Entre 2015 e 2018, frisou, o número de inscritos para consulta hospitalar através dos cuidados de saúde primários cresceu cerca de 5% e o de inscritos para cirurgia cerca de 7%.

A resposta a este desafio implica melhorar a qualidade de acesso, continuando o investimento nos cuidados de saúde primários, conferindo-lhes meios mais diferenciados para responder em proximidade às necessidades, em articulação com as autarquias, e apostando na redução das listas de espera e introdução de cuidados de literacia para a adoção de estilos de vida saudáveis”, argumentou.

Perante uma plateia repleta, em que se encontravam vários antigos ministros da saúde, Marta Temido disse que a “capacidade de superar os desafios que o SNS enfrenta envolve compromissos de todos os atores”.

“Da mesma forma que para aprovar uma nova Lei de Bases da Saúde foi essencial a capacidade de trabalhar em conjunto e gerar entendimentos, melhorar a qualidade do acesso, estimular e motivar o orgulho pelo trabalho no SNS e planear e investir com rigor exigirá diálogo e transparência sobre o que nos move”, sublinhou.

Segundo a ministra da Saúde, o SNS não é “só um prestador de serviços, ele é sobretudo um instrumento de combate às desigualdades e de reforço da coesão social”, cuja melhoria “cabe a todos”.

Durante a sessão, foi apresentado o livro “40 anos do SNS”, da autoria da antiga jornalista Maria Elisa Domingues, pelo antigo ministro do Trabalho e Segurança Social Bagão Félix e Isabel Soares. A cerimónia incluiu ainda o lançamento do selo comemorativo dos 40 anos do SNS.

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Rei recusa apresentar candidato. Espanha prepara-se para eleições antecipadas a 10 de novembro

Depois de ouvir os partidos, Felipe VI não propôs nenhum candidato. Espanha encaminha-se para eleições antecipadas a 10 de novembro e Sanchéz já pede aos espanhóis maioria absoluta para o PSOE.

Espanha está à beira de eleições antecipadas. Após ouvir os quatro principais partidos políticos — PSOE, PP, Citizens e United We Can –, Felipe VI decidiu não propor nenhum candidato à investidura, reconhecendo que não estão reunidas as condições necessárias para a viabilização de um Governo. De acordo com o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol), 10 de novembro pode ser a data para as novas eleições no país vizinho.

Depois de o rei espanhol terminar a ronda de consulta pelos partidos — que tinha como objetivo perceber se havia condições para uma investidura e para acabar com o bloqueio político que já dura desde as eleições de abril –, o Palácio da Zarzuela emitiu um comunicado onde confirma que “não existe um candidato que conte com os apoios necessários necessários para que o Congresso dos Deputados lhe conceda a sua confiança”. Assim, opta por não formular “uma proposta de candidato a primeiro-ministro”.

Ainda que continue a ser possível alcançar um acordo, caso a situação não seja desbloqueada até ao dia 23 de setembro, ou seja, daqui a menos de uma semana, o rei de Espanha estará constitucionalmente obrigado a dissolver o Parlamento e a marcar, novamente, eleições.

O cenário de eleições a 10 de novembro foi avançado pelo líder do Podemos, Pablo Iglesias, que visitou o Palácio da Zarzuela e, à saída, disse aos jornalistas que esta data já foi abordada.

“O rei disse-me o mesmo que pensam os espanhóis. Depois das eleições de novembro, se acontecerem, o período das negociações não pode ser igual a este, com meses de inatividade”, afirmou Iglesias, citado pelo jornal La Vanguardia.

Sanchéz pede aos espanhóis que concedam maioria absoluta ao PSOE

Pedro Sánchez lamentou que não tenha sido possível avançar com uma solução de Governo e, dizendo que fez “tentou todos os meios”, defendeu que Espanha precisa de um Executivo “estável e duradouro”. Com o país vizinho a encaminhar-se para novas eleições a 10 de novembro, o chefe de Governo pediu, ainda, aos espanhóis que concedam maioria absoluta ao PSOE.

“Acabaram as consultas com os partidos e o resultado é claro: não há uma maioria no Congresso que garanta estabilidade. Não há bases suficientes, nem garantias para avançar com uma investidura que poderia falhar. Espero que os espanhóis concedam a maioria parlamentar ao PSOE para que não haja mais bloqueios a partir de 10 de novembro”, afirmou Pedro Sánchez numa conferência de imprensa a partir do Palácio de Moncloa, em Madrid.

Sobre a possibilidade de o PSOE ainda alcançar um acordo com os outros partidos, o primeiro-ministro espanhol alertou que “é importante que não se criem falsas expectativas”, afastando, assim, essa hipótese ainda em cima da mesa.

(Notícia atualizada às 21h15 com declarações de Pedro Sánchez)

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Rock in Rio novamente isento de taxas nas duas próximas edições em Lisboa

  • Lusa
  • 17 Setembro 2019

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou que o Rock in Rio fica novamente isenta do pagamento de taxas, no valor de três milhões de euros, pela realização das edições de 2020 e 2022.

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira que a organização do Rock in Rio fica novamente isenta do pagamento de taxas, no valor de três milhões de euros, pela realização das edições de 2020 e de 2022 do festival.

A proposta da autarquia foi aprovada na sessão plenária com os votos contra do PCP, PEV, BE, PAN e três deputados independentes, a abstenção de cinco deputados independentes e do PS, e os votos favoráveis dos restantes partidos (PS, PSD, PPM, CDS-PP e MPT) e deputados independentes (dois).

O documento, assinado pelo vereador do Ambiente, José Sá Fernandes (independente, eleito pelo PS), destaca que o festival tem um papel relevante na “promoção e divulgação do nome e da imagem da cidade de Lisboa e de Portugal”, sendo que na edição de 2018 “foram publicadas mais de 8.000 notícias nacionais e 70 em meios internacionais de relevo, como o The Telegraph e o Independent”.

“As 9.ª e 10.ª edições do Rock in Rio Lisboa têm, assim, entre os seus principais objetivos, a promoção e a divulgação do nome e da imagem da cidade de Lisboa e de Portugal, sempre alinhada com a agenda do município no ano de Lisboa Capital Verde Europeia 2020 e com a agenda de Lisboa Capital do Desporto 2021”, acrescenta a proposta.

Intervindo na sessão, o deputado do PCP Modesto Navarro criticou esta isenção de taxas, assim como o independente Rui Costa, que defendeu a necessidade de um regulamento municipal onde estejam previstas estas isenções.

Na sessão, os eleitos municipais aprovaram também, por maioria, a transferência de competências no domínio da saúde para a autarquia. PCP, BE e PEV apresentaram propostas alternativas, que acabaram por ser chumbadas, que visavam a recusa das competências na área da saúde.

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PPP de Braga faz disparar lucros da dona da CUF

José de Mello Saúde lucrou 22,4 milhões de euros no primeiro semestre do ano. 17 milhões de euros pagos pelo Estado à PPP de Braga por causa dos tratamentos de HIV fizeram disparar resultados.

A José de Mello Saúde, dona CUF, lucrou 22,4 milhões de euros no primeiro semestre do ano, um forte crescimento explicado pela melhoria da atividade, mas especialmente pelo encaixe extraordinário com a PPP de Braga, no valor de 17 milhões de euros.

De acordo com a informação publicada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o resultado líquido cresceu XXX, atingindo os 22,4 milhões de euros, enquanto o EBITDA — lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização — aumentou 56% para os 59,6 milhões de euros.

O crescimento dos lucros, mas também do EBITDA, foi bem mais expressivo que o dos proveitos. A dona da CUF revela que as receitas operacionais foram de 383,4 milhões de euros, traduzindo-se num crescimento de 11,4% face aos primeiros seis meses do ano passado.

O “crescimento sustentado da atividade assistencial”, bem como “novos projetos de expansão” do grupo ajudaram as contas, mas o forte crescimento ficou a dever-se, além da implementação da IFRS16, ao “recebimento extraordinário na Parceria Público-Privada em Braga, resultante da decisão favorável do Tribunal Arbitral sobre a comparticipação do Estado dos programas verticais do HIV”. Encaixou 17 milhões de euros.

Com o aumento dos resultados, o rácio de endividamento da José de Mello Saúde encolheu, mesmo com a dívida a crescer 62,1 milhões para 406,5 milhões de euros “em linha com o plano de investimentos em curso, nomeadamente do Hospital CUF Tejo, Hospital CUF Sintra – cuja primeira fase abriu ao público em junho – e Hospital CUF Torres Vedras.

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Emprego nas energias renováveis vai mais do que triplicar até 2030

  • Lusa
  • 17 Setembro 2019

"Com o crescimento previsto da potência instalada e da geração de eletricidade de fonte renovável para os próximos anos, o impacto do setor no emprego continuará a acentuar-se", concluiu a Deloitte.

O emprego nas energias renováveis irá mais do que triplicar até 2030, gerando um adicional de cerca de 114 mil postos de trabalho no setor, segundo um estudo da Deloitte divulgado esta terça-feira em Lisboa.

De acordo com o estudo sobre o impacto da eletricidade renovável em Portugal, encomendado pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (Apren), “com o crescimento previsto da potência instalada e da geração de eletricidade de fonte renovável para os próximos anos, o impacto do setor no emprego continuará a acentuar-se”, prevendo-se que o impacto no emprego entre 2018 e 2030 “irá mais do que triplicar, gerando um adicional de 114 mil colaboradores”.

Entre 2014 e 2018, as fontes de energia renováveis geraram mais de 41 mil empregos (em média anual), com um valor acrescentado por colaborador muito superior à média nacional, refere o estudo. Já as contribuições para a Segurança Social provenientes das fontes de energia renováveis alcançarão mais de 100 milhões de euros.

De acordo com os objetivos estabelecidos até 2030, o estudo estima que o Valor Acrescentado Bruto (VAB) proveniente cresça a um ritmo de 9% ao ano, atingindo 11 mil milhões de euros em 2030, representando mais de 4,5% do PIB. As fontes renováveis tiveram um impacto na economia de 15 mil milhões de euros no período 2014-2018, correspondente a um valor médio anual de três mil milhões de euros, refere ainda o estudo da Apren.

Segundo o documento, entre 2014 e 2018, o Estado português arrecadou em média, em cada ano, mais de 213 milhões de euros de IRC e cerca de 12 milhões de euros com a derrama municipal provenientes do setor, prevendo-se que em 2030 o valor cresça para mais de 650 milhões de euros.

Entre 2014 e 2018, a produção de eletricidade de origem renovável permitiu poupar aproximadamente cinco mil milhões de euros em importação de carvão e gás natural, lê-se ainda no documento.

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“Concorrência desleal” na Europa está a condicionar crescimento no setor do vestuário

Vestuário destaca que é necessário a criação de uma associação europeia dedicada ao setor que faça frente à concorrência desleal dentro da Europa e que defenda os interesses dos empresários.

O setor do vestuário registou uma quebra de 1,3% nas exportações, no primeiro semestre do ano. Consciente que a indústria do vestuário está a passar por um momento de mudança, o presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (Anivec), César Araújo, destaca a necessidade de agir para acabar com a “concorrência desleal” a que se assiste na Europa, com a entrada de players de mercados como Bangladesh ou Paquistão. E sugere a criação de uma associação europeia dedicada exclusivamente ao vestuário.

O presidente da Anivec explica ao ECO que perante o clima de incerteza existente na Europa e no mundo existe a necessidade de criar uma associação europeia que represente os interesses dos empresários junto da União Europeia face à abertura a países emergentes. Afirma não ser contra a abertura de mercados, mas explica ao ECO que parte da problemática prende-se com o facto da Europa estar a abrir as portas a outros mercados, como é o caso do Bangladesh, Vietname, Egito e Paquistão, que vendem produtos muitos mais baratos, sem taxas aduaneiras.

Considera que o que está a acontecer na Europa é “concorrência desleal” e que existe a necessidade de “criar regras mais do que nunca”. Acredita que a criação de uma associação europeia que defenda os interesses do setor pode colocar “um certo travão à forma selvagem” como a Europa está a abrir-se a outros mercados”.

“Não podemos competir com países onde o salário pago às pessoas é inferior a 100 dólares mensais. Por isso, essa associação poderá vir a propor soluções a nível europeu que vão permitir reclamar na UE uma defesa dos interesses de toda a indústria do vestuário”, destaca César Araújo.

César Araújo adianta que a Anivec tem vindo a conversar com algumas associações de outros países europeus para perceber se é realmente viável a constituição de uma associação europeia e, sendo, qual é o momento oportuno para essa criação. “O setor do vestuário necessita de uma voz mais forte em Bruxelas que defenda os interesses da indústria do vestuário e a forma como a Europa se está a comportar com os mercados emergentes”, destaca o presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção.

Não sou contra a abertura de mercados, mas é preciso criar regras. O vestuário está a ser mal tratado pela Europa e não está a ter o respeito que devia ter.

César Araújo

Presidente da Associação Nacional das Industrias de Vestuário e Confeção (Anivec)

Alerta que perante este cenário “de falta de regulamentação” não está seguro que a indústria de vestuário portuguesa vá vencer.

Constata ainda que “se tivesse existido uma associação setorial da confeção de vestuário e moda a nível europeu aquando da negociação da integração da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) ou nos mais recentes acordos com a Europa, teriam sido acauteladas algumas situações que não foram”.

Confrontado com a ideia de unir todas as associações ligadas ao setor têxtil e ao setor do vestuário, César Araújo não concorda pois frisa que é “necessário a criação de uma associação única para defender os interesses específicos do setor”. Destacando que “o setor do vestuário tem especificidades muito diferentes dos subsetores do têxtil, assim como do calçado”.

Refere que o setor do vestuário tem cerca de 4.000 empresas associadas que empregam mais de 90 mil trabalhadores. Segundo o presidente “é um dos maiores setores do país” e só em vestuário foram exportados 3,2 milhões de euros. Face à dimensão defende a “criação de uma associação setorial dedicada a esta indústria, sem ambições de se sobrepor a outros setores”.

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Fitch vê “impacto modesto” das coimas da AdC nos lucros da banca

Agência de notação de risco considera que as coimas aplicadas pela Autoridade da Concorrência, no valor de 225 milhões de euros, vão ter "impacto modesto" nos lucros dos bancos.

A agência Fitch considera que as coimas de 225 milhões de euros aplicadas pela Autoridade da Concorrência à banca vão afetar os lucros das instituições, mas diz que o impacto será “modesto” na maioria dos casos.

A maioria dos bancos anunciou que vai recorrer da decisão, por isso as coimas finais a pagar deverão ser mais baixas. Mesmo que sejam aplicadas na sua totalidade, será um impacto modesto nos resultados da maioria dos casos. No total, coimas no valor de 225 milhões representam menos de 20% dos resultados líquidos do setor em 2018″, refere a agência de rating numa nota publicada esta terça-feira.

Há uma semana a Autoridade da Concorrência anunciou coimas no valor de 225 milhões de euros a aplicar a 14 bancos devido a práticas anticoncorrenciais entre 2002 e 2013 no mercado de crédito que prejudicaram os consumidores. A Caixa Geral de Depósitos foi alvo da maior multa (82 milhões de euros), seguido do BCP (60 milhões), Santander Totta (35,6 milhões), BPI (30 milhões) e Banco Montepio (13 milhões). Todos estes bancos já anunciaram que vão contestar as multas em tribunal.

“Para a CGD, BCP, Totta e BPI, as coimas individuais variam entre 15% e 35% dos resultados do primeiro semestre de 2019. A multa de 13 milhões aplicada ao Banco Montepio teria um impacto proporcionalmente maior tendo em conta o lucro de 6,5 milhões de euros no primeiro trimestre, mas não esperamos que os rácios de solvência sejam afetados”, explicam os analistas.

Apesar de ver impacto limitado, a Fitch lembra que as coimas não deixam de “comer” parte do lucro dos bancos, numa altura em que a rentabilidade do setor continua sob pressão, por vários motivos: baixas taxas de juro, baixa procura de crédito e concorrência.

“Esta pressão tem sido compensada pela forte redução de imparidades de crédito, graças à recuperação da economia. Contudo, os bancos poderão continuar a enfrentar custos de financiamento mais elevados com a introdução do regime de preferência total dos depositantes” nos processos de insolvência e resolução bancários, sublinha a agência de rating, reforçando o apelo para que os bancos portugueses prossigam os esforços de limpeza do balanço. “O rácio de malparado caiu para baixo de 9% no final de junho de 2019, mas ainda é o maior nos países da Europa Ocidental“, diz.

No seu comentário à decisão da Autoridade da Concorrência, a Fitch refere ainda que não é claro que esta decisão deixa antever uma abordagem mais ativa das autoridades portuguesas em relação à forma como os bancos são geridos. Para a agência, embora trouxesse custos, isso seria um incentivo para que os bancos melhorassem os seus padrões de governação, alinhando-se com os pares internacionais. “Acreditamos que ainda há espaço para melhorar a governança das empresas, apesar das melhorias nos últimos anos”, afirma a agência.

(Notícia atualizada às 18h44)

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Supervisores europeus com 5 medidas contra Brexit sem acordo

  • ECO Seguros
  • 17 Setembro 2019

Os supervisores financeiros a nível da União Europeia, entre eles o português Gabriel Bernardino, presidente da EIOPA, propõem 5 ordens de medidas para dar resposta a um Brexit sem acordo.

Os supervisores europeus da banca, seguros e pensões reiteraram a sua preocupação pelas consequências de um Brexit sem acordo. Num novo documento, recentemente divulgado, identificam três principais riscos: incerteza quanto aos termos da saída do Reino Unido da União Europeia; Baixas taxas de juro que em conjunto com curvas de rendimento planas exercem pressão sobre os rendimento das instituições financeiras e levam ao incentivo de tomar risco para valorizarem os seus investimentos; Riscos da transição para uma economia mais sustentável e riscos ambientais relacionados.

As entidades estão reunidas no European system of financial supervision (ESFS), criado em 2010 na sequência da crise sub prime, e que se compõe do European Systemic Risk Board (ESRB) e de três European supervisory authorities (ESAs). Estas são a European Insurance and Occupational Pensions Authority (EIOPA), cuja presidência pertence ao português Gabriel Bernardino, o European Banking Authority (EBA) e a European Securities and Markets Authority (ESMA), responsáveis a nível central europeu por, respetiva e genericamente, seguros, bancos e bolsas.

Foi através das ESA, as autoridades de supervisão europeias, que o alerta para um Brexit sem acordo despoletou cinco ações concretas de resposta preventiva e que são:

  • Planos de Contingência. Segundo a ESA as instituições financeiras e os supervisores devem continuar a trabalhar em planos de contingência e e garantir a continuidade dos negócios em caso de um brexit sem acordo. Tendo em consideração medidas adotadas pelas ESA’s, pelas autoridades nacionais de supervisão e por outras autoridades competentes, o setor financeiro financeiro da União Europeia deve estar bem informado e preparado para gerir os riscos em perspetiva micro.
  • Cenário Prolongado de Baixas taxas de juro. Os supervisores lembram que as baixas taxas de juro são um importante motor de baixa rentabilidade bancária e são o principal risco para os setores dos seguros e dos fundos de pensões. Contribuem assim para uma maior acumulação de riscos de valorização, dirigindo os seus investimentos para ativos com pouca liquidez através de estratégias de procura de rendimento alternativo.
  • Rentabilidade bancária. Os supervisores consideram ser necessária uma maior atenção aos bancos pouco rentáveis e aos seus modelos de negócio de modo a aumentar a resistência das instituições a um ambiente económico que gera maiores desafios. Investimentos em tecnologia e a consolidação no setor bancário, nomeadamente transfronteiriça, podem aumentar a rentabilidade dos bancos.
  • Mercado de empréstimos alavancados. Os supervisores consideram que devem explorar-se mais os riscos relacionados com o mercado de empréstimos alavancados e com o mercado das obrigações no setor financeiro.
  • Finanças sustentáveis. As autoridades de supervisão e as instituições financeiras devem continuar o seu trabalho na identificação exposições a riscos relacionados com o clima e facilitar o acesso dos investidores a ativos sustentáveis.

São estes as respostas a mais alto nível das decisões financeiras preconizadas pelos supervisores europeus, numa altura em que o Brexit sem acordo parece o caminho mais certo para o Reino Unido e para a União Europeia.

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