Fisco chegou a demorar 533 dias para responder a pedidos de informação sobre IRS

  • Lusa
  • 13 Setembro 2019

No final do mês de junho de 2017, a Autoridade Tributária e Aduaneira tinha ainda mais de dois mil pedidos de informação sobre o IRS por responder.

A Autoridade Tributária e Aduaneira tinha, no final de junho de 2017, 2.082 pedidos de informação sobre IRS a aguardar resposta, com tempos médios de pendência entre os 419 e os 533 dias, revelou a Inspeção-Geral de Finanças.

No sumário de uma auditoria ao desempenho da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) no dever de informação no âmbito do IRS, divulgado esta sexta-feira, a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) refere que entre 2013 e 2016 os pedidos de informação registaram um decréscimo de 45%, mas assinala os “elevados” tempos médios de resolução observados entre os processos pendentes.

“Os processos entrados até 31/12/2016 e ainda não resolvidos em 30/06/2017 totalizavam 2.082 com tempos médios de pendência entre os 419 e os 533 dias”, detalha o documento para acrescentar que, entre estes, foram detetadas “algumas situações extremas, sem justificação apresentada” em que o prazo de pendência oscilava “entre os três e os quatro anos”.

Entre os processos pendentes incluíam-se 16 pedidos de informação vinculativa, 586 pedidos externos e 1.480 internos, ou seja, neste último caso, pedidos provenientes de diferentes serviços da AT ou de outras entidades públicas que visam sobretudo esclarecer contribuintes.

“A divulgação não tempestiva das respostas aos pedidos de informação vinculativa prejudicou o adequado esclarecimento dos contribuintes e o oportuno cumprimento voluntário das obrigações legais”, precisa a IGF, reconhecendo que esta fragilidade foi entretanto minimizada, nomeadamente por via da orientação do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais que, em 2017, determinou o levantamento e publicação das informações vinculativas prestadas pela AT.

Com esta auditoria a IGF conclui que ascendeu a 34.487 o número de processos de pedidos de informação instaurados entre o início de 2013 e até ao final do primeiro semestre de 2017, incluindo 1.720 pedidos de informação vinculativa. A de taxa de conclusão nos processos de origem externa foi de 94% enquanto a dos que tiveram origem interna foi de 87%.

A autoridade de auditoria assinala que no período em análise se verificou uma descida do número de pedidos de informação para a qual contribuiu a entrada em funcionamento, em 2014, do sistema e-balcão através do qual os contribuintes recebem com rapidez resposta a questões simples. A publicação de “Perguntas mais frequentes” (FAQ) sobre diversos temas contribuiu igualmente para aquele decréscimo de solicitações de informação.

Ainda que, em geral, “o desempenho da AT quanto ao dever de informação” se revele “conforme”, a IGF detetou situações “pontuais de desconformidade”, nomeadamente arquivamentos sem audição prévia.

A IGF faz ainda referência a situações de “falta de clareza, quer no teor de algumas informações transmitidas aos contribuintes, quer na interpretação de vários normativos legais”, que deveriam “justificar intervenções da AT suscitando a sua clarificação, nomeadamente através da emissão de instruções administrativas genéricas e de aperfeiçoamento das “FAQ”, bem como de eventuais propostas de alteração legislativa”.

Entre as recomendações que faz, a IGF aponta para a necessidade de a AT reavaliar os entendimentos que “sucessivamente são contrariados por tribunais arbitrais e judiciais” e de apresentar propostas para alteração legislativa.

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Negócio fechado. Cofina vai lançar OPA à TVI com Mário Ferreira e Abanca

A Cofina vai comprar a Media Capital por um valor que avalia a empresa dona da TVI em cerca de 255 milhões de euros. Empresário Mário Ferreira e Abanca entram no negócio.

Os últimos dias foram frenéticos. Manuel Mirat e Paulo Fernandes reuniram em Lisboa para fechar um negócio que, em alguns momentos, esteve à beira da rutura. Mas o acordo entre a Cofina e a Prisa está fechado, apurou o ECO junto de fontes que conhecem o negócio. O que falta para o lançamento da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Media Capital? Finalizar os pormenores jurídicos de uma operação complexa que avalia a dona da TVI em torno dos 255 milhões de euros.

A estrutura de capital da operação está também fechada, e como o ECO já tinha revelado, não envolve apenas os atuais acionistas da Cofina. O empresário Mário Ferreira e o banco espanhol Abanca também vão fazer parte de uma operação que obrigará a um aumento de capital da Cofina na ordem dos 80 milhões de euros, necessário para financiar a OPA à Media Capital. Haverá também financiamento bancário de Santander e da Société Générale.

O ECO Insider — a newsletter semanal do ECO exclusiva para assinantes — já tinha avançado o que faltava para o lançamento da OPA, previsivelmente no início da próxima semana. Assim, logo que estas pontas estejam juridicamente atadas, condição necessária para a operação se efetivar, a Cofina anunciará ao mercado a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Media Capital, e que tudo indica deverá ocorrer no início da próxima semana, apurou o ECO. O negócio entre a Cofina e a Prisa está fechado por um valor que aponta para um enterprise value da Media Capital, isto é, valor de capital mais a dívida, da ordem dos 255 milhões de euros. Mas este valor poderá vir a variar em função do share de audiência média da TVI no final de 2019. Por comparação, a Altice valorizava a Media Capital, em 2017, por 440 milhões de euros.

Quanto vale hoje a Media Capital em bolsa? Cerca de 214,6 milhões de euros, um valor de 2,54 euros por ação, mas quase sem transações. A Prisa, recorde-se, tem 94,69%% do capital, a Abanca tem quase 5,05% e há 0,26% em free float, o que explica que nos últimos seis meses só tenha havido compra e venda de ações em… seis, leu bem, seis sessões. É por isso que o valor do negócio será com outra referência, provavelmente a média dos últimos seis meses, que é de 2,18 euros por ação. Daí que, no final, a compra da Media Capital envolverá uma responsabilidade financeira da ordem dos 255 milhões de euros, incluindo, portanto, cerca de 80 milhões de euros de dívida.

A Cofina tinha um contrato de exclusividade com a Prisa com a duração de 30 dias, que terminava este fim de semana. Mas as negociações começaram, efetivamente, no início de setembro, por causa das férias. E no meio das dificuldades negociais, surgiram notícias que causaram ruído no negócio. Primeiro, a informação de que Isabel dos Santos e a IURD poderiam estar por detrás do negócio, depois a de que Paulo Fernandes impunha o despedimento de jornalistas da TVI, como Judite de Sousa e José Alberto Carvalho, duas informações que as fontes contactadas pelo ECO desmentem de forma categórica.

Como ficam os dois grupos juntos?

Com esta mais do que previsível bem-sucedida operação, os alinhamentos vão mudar. A Cofina/Media Capital passa a ser o maior grupo de media do país, claramente à frente da Impresa, que tem a SIC e Expresso. Vamos aos números:

  • A Cofina faturou 89,9 milhões de euros em 2018, dos quais mais de 12 milhões na CMTV e 76 milhões no segmento de imprensa. O grupo registou um EBITDA de quase 15 milhões de euros e um lucros da ordem dos 6,6 milhões de euros.
  • A Media Capital registou uma faturação de 181 milhões de euros, dos quais 151 milhões de euros da TVI. O grupo detido (ainda) pela Prisa apresentou um EBITDA superior a 40 milhões de euros e lucros consolidados de 20 milhões de euros.

Portanto, face aos resultados de 2018, o novo grupo terá uma faturação acumulada superior a 270 milhões de euros. Só para um termo de comparação, a Impresa faturou 172 milhões de euros em 2018, com um EBITDA de 18,1 milhões de euros e um lucro de 3,1 milhões.

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Trabalhadores da EMEF vão ter 15 euros de aumento salarial agora e mais 10 em janeiro

  • Lusa
  • 13 Setembro 2019

Segundo o acordo de princípio assinado esta sexta-feira, os trabalhadores da EMEF vão ter um aumento salarial imediato de 15 euros e de mais 10 euros em janeiro.

Os trabalhadores da EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário vão ter um aumento salarial imediato de 15 euros e mais 10 euros em janeiro, no âmbito de um acordo de princípio assinado, esta sexta-feira, entre a empresa e os sindicatos.

Segundo fonte sindical, o entendimento vai resultar em algumas melhorias do atual Acordo de Empresa. Além do aumento geral dos salários, está também prevista a subida do índice salarial de entrada para os operários da EMEF.

José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), disse à agência Lusa que o acordo também prevê a integração nos quadros da empresa de cerca de 60 trabalhadores contratados. A Fectrans vai discutir o conteúdo do acordo com os seus associados em plenários, na próxima semana.

O Ministério das Infraestruturas emitiu uma nota de imprensa a salientar o desfecho positivo do processo negocial. O acordo contou com a assinatura de todas as estruturas sindicais que representam os trabalhadores da EMEF: o SINAFE, o SINDEFER, o SINFB, o SNTSF e o STMEFE.

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Moreira Rato eleito em assembleia-geral chairman do Banco CTT

  • Lusa
  • 13 Setembro 2019

Os acionistas do Banco CTT elegeram João Moreira Rato como presidente não executivo. Luís Pereira Coutinho mantém-se no cargo de presidente executivo.

Os acionistas do Banco CTT elegeram, esta sexta-feira, João Moreira Rato como presidente não executivo (chairman) e Luís Pereira Coutinho como presidente executivo, que se mantém em funções, segundo comunicado divulgado pelo banco. A assembleia-geral desta sexta-feira elegeu os órgãos sociais para 2019/2021, referindo o comunicado que os novos membros foram aprovados por “unanimidade”.

Como presidente com funções não executivas, foi eleito João Moreira Rato, substituindo no cargo Francisco Lacerda. Moreira Rato foi presidente do IGCP (instituto que gere a dívida pública) entre entre 2012 e 2014, cargo de que saiu para o BES (então liderado por Vítor Bento, após a saída de Ricardo Salgado, ainda antes da resolução do banco).

Como vogais da administração do Banco CTT, foram eleitos Luís Pereira Coutinho, António Vaz da Silva, Guy Pacheco, João de Mello Franco, Pedro Coimbra, Nuno Fórneas, Clementina Barroso, António Corrêa d’Oliveira, João Loureiro e Susana Smith.

Destes, foram escolhidos para a comissão executiva Luís Pereira Coutinho, que se mantém como presidente, sendo os vogais João de Mello Franco, Pedro Coimbra e Nuno Fórneas. A Comissão de Auditoria é composta por João Manuel de Matos Loureiro, presidente, e Clementina Barroso e Susana Smith como vogais.

Em maio, Franscisco Lacerda demitiu-se de presidente executivo dos CTT – Correios de Portugal e do Banco CTT, com a empresa ‘debaixo de fogo’ na sequência do fecho de balcões e do incumprimento de indicadores de qualidade, segundo a Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom), o que trouxe a debate a renacionalização desta empresa privatizada em 2014.

Os CTT têm como principais acionistas Manuel Champalimaud (13,07%), seguido de GreenWood Builders Fund I (5,70%), Global Portfolio Investments (5,66%), Norges Bank (3,64%), BlackRock (2,62%), BBVA Asset Management (2,33%) e Wellington Management Group LLP (2,07%).

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Ministério Público pede afastamento de juiz Rangel na apreciação de recurso ligado à Operação Marquês

  • Lusa
  • 13 Setembro 2019

MP apresentou um requerimento a pedir a recusa do juiz Rui Rangel, no seguimento da distribuição de um recurso no Tribunal da Relação de Lisboa, no âmbito da Operação Marquês.

O Ministério Público apresentou esta sexta-feira um requerimento a pedir a recusa do juiz Rui Rangel, no seguimento da distribuição de um recurso no Tribunal da Relação de Lisboa, no âmbito da Operação Marquês.

“Na sequência da distribuição no Tribunal da Relação de Lisboa de recurso interposto no âmbito da designada Operação Marquês, o Ministério Público apresentou (…) um requerimento de recusa do juiz”, afirma em comunicado a Procuradoria-Geral da República (PGR). O comunicado não revela o nome do juiz em causa, mas surge no dia em que Público noticiou que Rangel iria ter de apreciar um recurso referente à Operação Marquês, embora o juiz desembargador tenha afirmado à Lusa que não se trata do mesmo processo.

O MP apresentou o requerimento de recusa “por considerar existir motivo sério e grave, adequado a gerar desconfiança sobre a imparcialidade do magistrado judicial”, justifica a PGR no comunicado.

Ao início da tarde, o juiz desembargador Rui Rangel esclareceu à Lusa que o recurso que lhe foi distribuído informaticamente é do caso Octapharma, assegurando não ter para apreciação qualquer recurso da Operação Marquês, que envolve José Sócrates. Um dos recursos atribuídos segunda-feira ao juiz do Tribunal da Relação de Lisboa prende-se com processo ‘O negativo´, que envolve a empresa farmacêutica Octapharma e que resultou da extração de uma certidão da Operação Marquês. Embora tenha havido separação do caso Octapharma dos autos da Operação Marquês, o número de ambos os processos mantém-se, divergindo nas letras.

Rui Rangel é um dos arguidos no processo Operação Lex por suspeitas de corrupção e tráfico de influências, tendo estado suspenso preventivamente das funções no Tribunal da Relação de Lisboa.

O ex-presidente da multinacional farmacêutica Paula Lalanda de Castro chegou a ser arguido na Operação Marquês, por factos relacionados com a contratação do antigo primeiro-ministro José Sócrates para consultor daquela empresa, mas o processo foi separado.

No processo Octapharma, cujo recurso vai ter como relator Rui Rangel, investiga-se suspeitas de obtenção pela empresa uma posição de monopólio no fornecimento de plasma humano inativado e de uma posição de domínio no fornecimento de hemoderivados a diversas instituições e serviços que integram o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) recorreu para o Tribunal da Relação de Lisboa depois de o juiz de instrução Ivo Rosa ter negado a junção aos autos de mails apreendidos nas buscas realizadas à farmacêutica no âmbito da Operação Marquês.

O pedido de recusa do MP ao envolvimento de Rangel na apreciação de recursos no âmbito da Operação Marquês não é inédito. Em 09 de março de 2017, o Supremo Tribunal de Justiça decidiu impedir o juiz desembargador Rui Rangel de tomar qualquer decisão no âmbito deste processo. O Ministério Público pediu, a 22 de fevereiro de 2017, o afastamento de Rui Rangel da apreciação de um recurso interposto pelo arguido José Sócrates “por considerar existir motivo sério e grave, adequado a gerar desconfiança sobre a imparcialidade do magistrado judicial” e o STJ decidiu afastar o desembargador de analisar qualquer recurso do processo.

No pedido de afastamento então interposto, o MP alegou que as afirmações e considerações feitas pelo juiz num programa de televisão da TVI, em junho de 2015, nomeadamente sobre a recusa do antigo primeiro-ministro José Sócrates em aceitar a pulseira eletrónica, em substituição da prisão preventiva, violou o dever de reserva. O MP alegou ainda que, “embora sem óbvia relevância criminal”, existia “um conhecimento pessoal” entre Rui Rangel e José Sócrates, sublinhando que, em setembro de 2014, esta relação “justificava a marcação de um almoço entre os dois”.

Esta sexta-feira foi também anunciado pelo Conselho Superior da Magistratura que o juiz Rui Rangel será ouvido a 03 de outubro no processo disciplinar instaurado no âmbito do inquérito Operação Lex, juntamente com a ex-mulher, também magistrada. Em comunicado, o Conselho Superior da Magistratura adianta que Rui Rangel será ouvido no início de outubro e que a sua ex-mulher, a desembargadora Fátima Galante já prestou declarações no processo disciplinar.

Os processos disciplinares já deram origem à suspensão preventiva de funções dos dois arguidos pelo tempo previsto, que no caso de Rui Rangel regressou à 9.ª secção criminal do Tribunal da Relação de Lisboa no início de agosto depois de ter sido suspenso a 09 de novembro de 2018.

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Nova sondagem coloca maioria absoluta ao alcance do PS. Consegue 42% das intenções de voto

  • ECO
  • 13 Setembro 2019

Socialistas obtêm 42% das intenções de voto numa sondagem do ICS e do ISCTE para o Expresso. É suficiente para a maioria absoluta, ao contrário do resultado das sondagens da Aximage e Intercampus.

O PS poderá chegar à maioria absoluta nas legislativas de outubro, aponta a sondagem do ICS/ISCTE, a terceira divulgada esta sexta-feira. Os socialistas conseguiram garantir 42% das intenções de voto, numa sondagem que os coloca 19 pontos percentuais à frente do PSD.

Os sociais-democratas obtiveram 23% das intenções de voto, na sondagem feita pelo ICS e o ISCTE para o Expresso (acesso condicionado) e a SIC, um valor que não mexeu desde as últimas projeções. Pelo contrário, o PS cresce, o que aumenta a diferença para o PSD e abre a porta para que os socialistas consigam garantir mais de 115 assentos no Parlamento, num total de 230.

Esta sondagem segue-se a outras duas conhecidas esta sexta-feira, 13 de setembro, que davam a vitória ao PS, mas que afastavam o cenário de maioria absoluta. As projeções da Aximage e da Intercampus colocavam as intenções de voto nos socialistas a rondar os 38%.

O Bloco de Esquerda e o PCP, por seu lado, caem, mas continuam a obter 9% e 6% das intenções de voto, respetivamente. Por outro lado, o CDS mantém os valores obtidos na última projeção do ICS e ISCTE, de 5%.

Também o PAN não regista mudanças na sondagem realizada entre a última semana de agosto e a primeira de setembro, um mês antes das eleições. O partido liderado por André Silva conquista 4% das intenções de voto.

(Notícia atualizada às 18h40)

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Hard Brexit pode tirar 1,2% ao PIB português

Um estudo de um instituto próximo do Ifo alemão defende que os impactos do Brexit podem ser maiores do que o previsto até agora porque há uma integração intensa da rede de produção na UE.

O hard Brexit é um cenário que ganha cada vez mais força à medida que a União Europeia se aproxima do dia 31 de outubro. O Governo português começa a partir da próxima semana a contactar “uma a uma” as 3.871 empresas que no ano passado exportaram para o Reino Unido. O objetivo é acautelar que os negócios destas empresas não são afetados pela saída do Reino Unido da UE, mas o impacto que esta decisão dos britânicos tem na economia portuguesa pode ser mais transversal do que se pensava.

Um estudo publicado pelo CESifo, uma rede de investigação ligada ao Ifo alemão, sediada em Munique, revela que perante um cenário de hard Brexit a economia portuguesa perde 1,2% e o emprego recua 0,7%, o equivalente a mais de 29 mil postos de trabalho. O mesmo estudo mostra ainda que o impacto será mais forte no setor têxtil.

No conjunto da União Europeia, as perdas na riqueza produzida chegam a 1,5% (maiores que as esperadas para Portugal), enquanto no mercado de trabalho o estudo prevê uma redução de 0,6%.

Tanto no PIB como no emprego, em Portugal, a passagem de um cenário de soft Brexit para um hard Brexit equivale a multiplicar por mais de quatro as consequências negativas do acontecimento.

No estudo, os autores argumentam que os impactos económicos do Brexit são superiores ao que se pensava até agora. Esta conclusão encontra explicação no método de trabalho utilizado Hylke Vandenbussche, William Connell, Wouter Simons, três professores do departamento de Economia da Universidade de Leuven, na Bélgica.

“A principal razão é que nossa abordagem incorpora todas as ligações internacionais de entrada e saída a nível setorial de cada país, tanto em bens como em serviços. Tendo em conta que as redes de produção da UE 27 apresentam uma integração estreita, as mudanças nas tarifas não afetam apenas os fluxos comerciais entre qualquer país da UE 27 e o Reino Unido, mas também fluxos comerciais indiretos através de países terceiros”, justificam os autores do estudo.

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Portugal regressa ao mercado para obter até 1.500 milhões em dívida de curto prazo

O IGCP anunciou dois leilões de dívida de bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses para quarta-feira. Objetivo: financiar a República até 1.500 milhões de euros, num ambiente de juros negativos.

Portugal regressa na próxima semana aos mercados para tentar um financiamento entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros, realizando na manhã de quarta-feira dois leilões de bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses.

“O IGCP vai realizar no próximo dia 18 de setembro pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de bilhetes do Tesouro com maturidades em 20 de março de 2020 e 18 de setembro de 2020, com um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões”, anunciou o instituto que faz a gestão da dívida pública.

Esta nova operação de financiamento da República surge depois de o IGCP ter realizado um leilão duplo de obrigações do Tesouro, a 10 e 15 anos. Neste leilão, e numa altura em que os juros no mercado secundário estão em mínimos históricos, Portugal obteve as taxas mais baixas de sempre.

Este novo leilão, mas de curto prazo, acontecerá num contexto muito favorável nos mercados internacionais, com os investidores a “pagarem” para emprestarem dinheiro aos Estados. Isto mesmo se tem verificado nos últimos leilões de dívida de Portugal: os últimos leilões comparáveis, realizados em julho, registaram juros de ainda mais negativas dos que a taxa de -0,4% que era aplicada pelo Banco Central Europeu (BCE) nos depósitos — esta quinta-feira, o banco central acabou por agravar esta taxa para -0,5%.

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Estímulos do BCE animam bolsas. BCP dispara mais de 4%

As medidas anunciadas pelo BCE animaram o setor da banca em toda a Europa. Por cá, o BCP foi o título que mais brilhou, com uma valorização de mais de 4%.

A bolsa nacional terminou a última sessão da semana com o “pé direito”. E, muito devido, ao desempenho do BCP, que avançou mais de 4%. A valorização é resultado do pacote de estímulos anunciado na quinta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE) e estende-se ao setor da banca em toda a Europa.

Na praça lisboeta, o PSI-20 avançou 0,64% para 5.048,89 pontos, com 12 dos seus 18 títulos em alta e os restantes seis em queda. Nos seus pares europeus, a tendência foi semelhante. O Stoxx 600, referência para as ações europeias, subiu 0,42%, enquanto o espanhol IBEX valorizou 0,67% e o alemão CAC ganhou 0,22%.

Por cá, o BCP foi o título que mais brilhou na bolsa, com uma valorização de 4,35% para 21,34 cêntimos. Isto um dia depois de a entidade responsável pela política monetária da Zona Euro ter avançado com novas medidas de estímulos, com um corte de juros nos depósitos, com um sistema de escalonamento para ajudar a banca, e um novo programa de compra de ativos no valor de 20 mil milhões de euros mensais.

Também a Galp Energia, outro dos “pesos pesados” nacionais, deu um fôlego adicional à praça lisboeta. Os títulos da petrolífera avançaram 1,46% para 13,165 euros.

Pela negativa, o destaque vai para a EDP e para a Jerónimo Martins, que viram as suas ações deslizarem. A elétrica recuou 1,90% para 3,416 euros e a retalhista desvalorizou 0,16% para 15,79 euros.

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Reabilitação ainda puxa por edifícios concluídos, mas licenciamentos já caem em todas as regiões

Apesar da importância da reabilitação para o total de edifícios concluídos, certo é que esta começa a dar sinais de desaceleração, registando quebras acentuadas nos licenciamentos.

A reabilitação foi o principal motor de crescimento do total de edifícios concluídos no segundo trimestre do ano, altura em que mais 3.875 edifícios viram obras concluídas. Apesar da maioria destes edifícios dizer respeito a construções novas, cujo total cresceu 17%, o grande salto foi dado pela reabilitação, com mais 25,6% de obras concluídas entre abril e junho face ao período homólogo — 1.088 contra 874. Mas apesar da importância da reabilitação, certo é que esta começa a dar sinais de desaceleração, registando quebras acentuadas nos licenciamentos.

“No 2.º trimestre de 2019, o número total de edifícios concluídos (construções novas, ampliações, alterações e reconstruções) registou um acréscimo de 19,4% face ao 2.º trimestre de 2018 (+23,1% no 1.º trimestre de 2019). Neste período estima-se que tenham sido concluídos 3,9 mil edifícios em Portugal, correspondendo, na sua maioria, a construções novas (71,9%), das quais 74,8% tiveram como destino a habitação familiar”, de acordo com a nota estatística divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística esta sexta-feira.

No que toca à reabilitação concluída, a tendência de crescimento foi sentida em todo o país menos no Alentejo, única região a apresentar uma variação homóloga negativa (-18,3%). No extremo oposto, destaque para a área metropolitana de Lisboa e para os Açores, regiões que registaram os maiores aumentos de obras para reabilitação concluídas, de 79,7% e 47,7%, respetivamente.

Quanto às obras concluídas relacionadas com construção nova, destaca o INE, registou-se um crescimento de 17,2% no segundo trimestre, para 5,8 mil edifícios, sendo que apenas no Algarve se verificou uma quebra (-22,1%), com “todas as restantes regiões” a apresentarem variações homólogas positivas, “com destaque para a Região Autónoma da Madeira (51,6%) e Área Metropolitana de Lisboa (39%)”.

Licenciamentos para reabilitação caem

Os dados divulgados esta sexta-feira pelo INE mostram também que o licenciamento de edifícios registou uma ligeira desaceleração no segundo trimestre, ainda que se mantendo acima do registado no período homólogo, realçando-se a quebra acentuada nos pedidos de licenciamentos para reabilitação, que recuaram 12,5%. No total, os licenciamentos cresceram 0,5% graças à subida de 1,5% dos pedidos para construção nova.

“O licenciamento para construções novas, apresentou variações positivas em relação ao mesmo período do ano anterior as seguintes regiões: Área Metropolitana de Lisboa (+17,1%), Região Autónoma dos Açores (+1,7%) e Alentejo (+0,3%)”, nota o INE. Já no caso dos licenciamentos para reabilitação, a queda foi generalizada a todas as regiões, à exceção da Madeira, onde a variação foi nula.

A Área Metropolitana de Lisboa (-10,8%), a Região Autónoma dos Açores (-17,1%), o Norte (-20,7%) e o Algarve (-11,6%) foram as regiões que sofreram as maiores quebras em termos de pedidos de licenciamentos para reabilitação, detalham os números do instituto estatístico.

Depois de uma fase em que a reabilitação de edifícios é quem mais puxa pelas obras e construção no setor do imobiliário, e dada a corrente evolução dos licenciamentos, parece que no horizonte se antecipa uma fase em que caberá à construção nova ocupar essa responsabilidade, algo que virá em certa medida responder aos desejos do setor, que vê nos edifícios novos a solução para responder à procura de uma classe média que não encontra oferta adequada para as suas possibilidades.

Também os dados avançados esta semana pelo Confidencial Imobiliário, ainda que referentes apenas à região de Lisboa, também parecem apontar no mesmo sentido. “Do total dos fogos em carteira em Lisboa no semestre, 59% são gerados em obra de construção nova (1.333 fogos). Este passa, assim, o ser o tipo de obra dominante entre os novos investimentos em promoção residencial contabilizados no pipeline do concelho”, apontou a consultora do mercado imobiliário.

Estes 59%, segundo o histórico citado pela Confidencial, compara com o peso de 42% que a construção nova registou na região nos dois últimos anos.

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Abriram as candidaturas aos estágios além-fronteiras. INOV Contacto tem 200 vagas

Tem até 10 de outubro para submeter a sua candidatura ao programa de estágios internacionais INOV Contacto. Pode ficar num dos 80 países da lista de possibilidades e receber até 1.800 euros líquidos.

Já estão abertas as candidaturas para mais uma edição do programa de estágios internacionais INOV Contacto, gerido pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). Os jovens — até aos 29 anos, licenciados e que não se encontrem nem a trabalhar nem a estudar — têm até 10 de outubro para submeter a sua candidatura. Há 200 vagas por preencher.

Os selecionados vão ter a oportunidade de fazer um estágio remunerado de seis a nove meses, numa empresa portuguesa ou estrangeira e num dos mais de 80 países da lista. Este programa de estágios tem um elemento que o distingue da maioria dos estágios internacionais: o fator surpresa.

É que os participantes inscrevem-se sem saberem qual o destino e a empresa que lhe será atribuída. “À equipa do INOV Contacto compete fazer o match entre o candidato e a empresa. É uma situação que implica um voto de confiança por parte dos candidatos, mas para aqueles jovens que se encontrem altamente motivados para vivenciar algo de diferente e não se sintam condicionados por uma ideia preestabelecida”, explica Maria João Bobone, responsável pelo programa, citada em comunicado.

Os candidatos podem ficar num dos mais de 80 países da lista de possibilidades e receber até 1.800 euros líquidos por mês.

Segundo os dados da AICEP, 95% dos participantes aceitam o país e empresa que lhes é atribuído e, no final, consideram que o estágio foi “uma enorme mais-valia”. Além disso, quatro semanas depois de concluírem o estágio, “60% dos participantes encontra emprego, seja na empresa de acolhimento ou numa nova entidade”, afirma Maria João Bobone.

O programa de estágios internacionais assegura as viagens de ida e volta entre Portugal e o país de destino, bem como atribui aos estagiários uma bolsa de formação mensal, subsídio de refeição e subsídio de alojamento. Os valores variam entre os 1.500 e os 1.800 euros líquidos, consoante o índice de custo de vida do país em questão.

As candidaturas ao INOV Contacto podem ser submetidas através do site da AICEP. E, se antes quiser esclarecer algumas dúvidas, poderá aparecer a partir das 15h00 do dia 18 de setembro nas instalações da AICEP de Lisboa. A data para o Porto é 25 de setembro, também às 15h00, nas instalações da AICEP da invicta.

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Há uma nova categoria nos IRGAwards. Premeia iniciativas para o desenvolvimento do mercado de capitais

O prémio de Market Development tem como objetivo "distinguir uma iniciativa com impacto significativo no desenvolvimento do mercado de capitais". 

A 32.ª edição dos Investor Relations & Governance Awards, promovida pela Deloitte, que toma lugar neste mês, não será igual às outras. Desta vez, tem uma nova categoria, apelidada de Market Development Award. É um prémio atribuído, por deliberação direta, a iniciativas ao invés de profissionais.

A deliberação do júri terá por base numa análise técnica realizada pela Deloitte, a partir de informação pública, e usando uma matriz de critérios definida pelo Júri, explica a empresa de consultoria e auditoria. O objetivo deste prémio é “distinguir uma iniciativa com impacto significativo no desenvolvimento do mercado de capitais”.

O corpo de jurados, que escolhe o vencedor dos prémios desta iniciativa, é composto por Vítor Bento, que é o presidente do júri, António Gomes Mota, António Saraiva, Clara Raposo, Duarte Pitta Ferraz, Esmeralda Dourado, João Moreira Rato, Luís Amado, Nuno Fernandes e Patrícia Teixeira Lopes.

A cerimónia de entrega dos prémios irá realizar-se a 19 de setembro, no Convento do Beato, em Lisboa. O tema da edição deste ano é a liderança sinfónica que estabelece “um paralelismo real entre os desafios de um maestro perante uma orquestra com os desafios de um atual gestor de empresas perante as suas equipas”, como explica a Deloitte.

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