Liberty passa comando do negócio português para Madrid

  • ECO Seguros
  • 5 Julho 2019

Gigante americano LMIG junta em Madrid os negócios de Portugal, Espanha e Irlanda. Rogério Bicho mantém a gestão em Lisboa e será responsável pela distribuição tradicional nos três mercados.

A Liberty Seguros vai concretizar a passagem do comando da operação portuguesa para Madrid integrando-a com as empresas espanhola e irlandesa do Grupo. Esta transformação que ocorre agora já tinha sido prevista, tendo a companhia reestruturado a organização nacional ao longo do ano passado.

Com a consolidação das atividades de seguros das suas operações em Portugal, Espanha e Irlanda numa entidade única regulada em Espanha, a Liberty Seguros, vai gerar uma entidade com 2,5 milhões de clientes, 2 mil colaboradores, mais de 5 mil intermediários e agentes e 1,25 mil milhões de euros em valor bruto de prémios.

Em Portugal, Rogério Bicho assume o cargo de Branch Manager e será Diretor de Distribuição Tradicional para os três mercados. Tom McIlduff é o CEO da nova entidade legal.

Rogério Bicho continuará a gerir em Lisboa, mas terá funções em Espanha e Irlanda

A nova companhia integradora de três países torna-se, assim, a maior operação da Liberty Mutual Insurance Group Liberty Mutual Insurance Group (LMIG) em termos de volume de negócios fora dos Estados Unidos. A empresa norte americana, com sede em Boston, conta com mais de 50 mil colaboradores num total de 800 escritórios em 30 países. Com receitas de 39.4 mil milhões de dólares em 2017 é o terceiro maior segurador Não Vida nos EUA e a 68ª maior empresa dos Estados Unidos pela Fortune, com base nos resultados de 2017.

Em Portugal, a Liberty Seguros está presente desde 2003, após a aquisição da Europeia ao grupo Suíço Credit Suisse. A empresa atua nos segmentos particulares e empresas, dos ramos Vida e não Vida, e conta atualmente com 533 colaboradores, distribuídos entre a sede, em Lisboa, o Polo Técnico no Porto, os 36 espaços existentes em todo o território nacional e ilhas. Conta com mais de 1550 agentes profissionais de seguros que funcionam como Parceiros de Negócio sendo este o seu canal preferencial de distribuição, situação para a qual não é referida qualquer alteração.

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Vem aí um novo Simplex. Consulte aqui as 119 medidas

O Governo tem mais um pacote de medidas para facilitar a vida dos contribuintes. Desde o Cartão de Cidadão à carta de condução, são mais de uma centena de propostas que pode ver aqui.

O Governo quer simplificar o acesso dos cidadãos aos serviços públicos. Daí que esteja a avançar com mais um pacote de medidas para a modernização administrativa, num total de 119 propostas.

A renovação automática do Cartão de Cidadão é, de longe, a mais mediática, até porque esse tem sido um processo moroso para os portugueses, mas há também mudanças na renovação da carta de condução.

Há ainda medidas para as empresas. Depois do IRS automático para os contribuintes singulares, em breve haverá o IVA pré-preenchido para as empresas.

Conheça aqui as 119 medidas:

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Os espaços de coworking não são só dos jovens. Aqui todos os membros têm pelo menos 60 anos

No Senior Planet Exploration Center, os profissionais têm de ter, pelo menos, 60 anos, além de uma menta aberta e vontade de produzir.

Quando se pensa em espaços de coworking, é normal que os primeiros pensamentos girem à volta de um ambiente animado, jovem e onde nascem projetos inovadores e disruptores, o que não está totalmente longe da realidade. Ainda assim, nem todos os espaço de coworking acomodam, necessariamente, jovens adultos. É o caso do Senior Planet Exploration Center, onde os profissionais têm, no mínimo, 60 anos.

Localizado no bairro de Chelsea, em Nova Iorque, este espaço, além de funcionar como coworking, oferece também aulas para os membros — pessoas de 60 anos ou mais — aprimorarem as suas habilidades de negócio. De acordo com a Fast Company (acesso livre, conteúdo em inglês), há workshops para ensinar a utilizar iPads ou a navegar nos bancos online. Isto tudo gratuitamente.

A ideia do Senior Planet é que as pessoas, mesmo depois de se reformarem, possam continuar a trabalhar e a desenvolver novas habilidades. “Estou rejuvenescido. Eu não sinto que tenho 73 anos”, diz Carlos Lewis, fundador e designer do Carlos’ Hats, à Fast Company.

Carlos Lewis começou a frequentar o Senior Planet em 2016, seguindo a sugestão da filha, que queria ver o pai mais ocupado. Se, há três anos, o Lewis nem sequer sabia mexer num computador, hoje em dia está a trabalhar na construção de um site para o seu negócio. “Estou feliz por estar aqui, porque há sempre algo para aprender e algo para fazer”, continua.

Por enquanto, o centro de coworking está presente em seis estados dos Estados Unidos da América (EUA), mas a ideia é avançar para a internacionalização. Tom Kamber, diretor executivo do Older Adults Technology Services (OATS), avança que procurar espaços para o Senior Planet em Espanha e no Japão faz parte dos próximos planos.

“Os seniores não têm problemas em produzir. Eles querem produzir”

Tal como em qualquer faixa etária, quando as pessoas estão confortáveis, são, normalmente, mais produtivas. E para Kamber, não há nenhum problema de produtividade nos seniores. “Os seniores não têm problemas em produzir. Eles querem produzir”, afirma. O ambiente é que, por sua vez, tem de estar adaptado ao conforto dos mesmos.

Para o diretor executivo do OATS, não são as mesas de pingue-pongue, as bebidas gratuitas ou o próprio marketing que atraem os seniores. “As pessoas querem criar um novo negócio e, também, uma nova vida para elas”. Quem o diz é Bonnie Mackay, 76 anos, que, tal como Carlos Lewis, começou um projeto no espaço de coworking. Mackay publicou um livro sobre efeitos de Natal, “Tree of Treasures”.

Ainda que o OATS seja uma organização sem fins lucrativos, que funciona com recurso aos apoios do Governo e parcerias que estabelece, Kamber acredita que há um potencial enorme para o coworking senior, mesmo para as organizações com fins lucrativos. Contudo, para ser bem sucedido, o diretor executivo do OATS aconselha a que as empresas sejam capazes de transmitir que ninguém tem de se sentir velho.

Percorra a fotogaleria e conheça melhor o Senior Planet.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 5 Julho 2019

Cantanhede, Jaguar, Samsung, aeroportos no séc. XVIII e a maior loja do Mundo da Huawei. Estes são os temas em destaque na imprensa internacional de esta sexta-feira.

No dia em que Cantanhede surge com amplo destaque na Bloomberg como uma das localizações “premium” para o cultivo de canábis, fruto do investimento da Tilray na região, também o investimento da Jaguar no Reino Unido é saudado como uma salvação (parcial) do setor automóvel britânico. Mas há um outro investimento que merece destaque: em pleno ataque comercial dos EUA, a Huawei prepara-se para abrir a sua maior loja do mundo na capital espanhola. De sentido inverso são as notícias que chegam sobre a Samsung e sobre a gaffe de Donald Trump, que falou em aeroportos fictícios no discurso do 4 de julho.

Bloomberg

Cantanhede em destaque. “Culpa” é do canábis

Uma das mais promissoras empresas de cultivo de canábis está a pôr a cidade portuguesa de Cantanhede no mapa global do setor. Já se sabia que a Tilray, uma companhia de cultivo de canábis para fins medicinais, tinha instalado um centro de cultivo naquela localidade do distrito de Coimbra. Esta sexta-feira, é a Bloomberg que dá destaque ao tema, sublinhando que a Tilray está determinada em tornar a instalação portuguesa no seu principal hub de cultivo.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Jaguar dá novo impulso à indústria automóvel britânica

A Jaguar Land Rover anunciou que vai investir centenas de milhões de libras numa nova fábrica de construção de veículos elétricos no Reino Unido, numa aposta que vai ajudar a segurar milhares de empregos na indústria automóvel britânica, abalada nos últimos anos por vários despedimentos e encerramentos. A fabricante anunciou o investimento esta sexta-feira e estima oferecer versões elétricas de todos os automóveis a partir de 2020, a começar pelo XJ da Jaguar.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Financial Times

A gaffe de Trump no dia da Independência

O Financial Times destaca esta sexta-feira a gaffe de Donald Trump no discurso proferido nas celebrações do 4 de Julho. É que para o presidente norte-americano, os Estados Unidos já tinham aeroportos em 1775, quando foi criado o Exército Unificado para a Revolução Americana, exército esse que veio “dominar os ares, derrubar muralhas e apropriar-se de aeroportos”. Além do domínio de aeroportos no século XVIII, Trump também destacou como grandes feitos norte-americanos a invenção do Super Bowl — final da liga de futebol americano –, dos arranha-céus e das pontes suspensas.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Samsung antecipa quebra superior a 50% nos lucros do segundo trimestre

A Samsung espera fechar o segundo trimestre do ano com uma quebra de 56% dos seus lucros, penalizada pelos receios face às sanções comerciais sobre a Huawei e ao controlo imposto pelo Japão às exportações de tecnologia de topo rumo à Coreia do Sul. Os resultados preliminares divulgados esta sexta-feira, apontam para um lucro operacional de 5,6 mil milhões de dólares, mas os resultados finais só serão conhecidos no fim do mês.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Cinco Días

Maior loja Huawei do mundo abre esta sexta-feira em Madrid

Mais de 1.100 metros quadrados é o espaço que ocupa a maior loja da Huawei do mundo que será inaugurada esta sexta-feira em Madrid. Situada no número 48 da Gran Vía, para além do espaço para a venda de equipamentos da marca de smartphones chinesa, entre outras, há uma zona dedicada a acolher exposições de fotografia e outra à divulgação da aplicação da inteligência artificial.

Leia a notícia completa no Cinco Dias (acesso livre, conteúdo em espanhol).

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Portugal reemergiu de um período de recessão severa “com forças renovadas”

  • Lusa
  • 5 Julho 2019

“Estamos num caminho de convergência maduro com os nossos parceiros europeus", diz Mário Centeno.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, diz que Portugal reemergiu de um período de recessão severa com “forças renovadas” e é hoje “um país muito diferente”.

O governante falou na abertura da Reunião Conjunta do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa, que decorreu em Lisboa.

“Estamos num caminho de convergência maduro com os nossos parceiros europeus. Reformámos a nossa Segurança Social e os sistemas de Educação e Formação. Reformámos o mercado de trabalho (três grandes reformas em 10 anos) e o setor financeiro. Fizemo-lo para promover o desenvolvimento sustentado”, disse Centeno.

O ministro das Finanças destacou a importância do apoio do banco de desenvolvimento em alguns investimentos que estão focados em melhorar a cobertura e a qualidade dos serviços públicos e no reforço de capital humano e coesão social em todo o país, exemplificando com o centro de refugiados, recentemente, inaugurado e o projeto de energia solar no Alqueva, que serão visitados durante o fim de semana pelos representantes do banco.

“Diferentes tendências emergem agora, trazendo riscos e oportunidades. Envelhecimento, avanços tecnológicos e aumento das desigualdades devem ser tratados como uma prioridade para o futuro”, disse.

Estes desafios, de acordo com Mário Centeno, implicam tomar medidas destinadas a promover o maior acesso à educação de alta qualidade e a uma maior participação da força de trabalho, bem como o acesso melhorado a um sistema de saúde universal, colocando no lugar um sistema de pensões sustentável, a par da proteção do ambiente, através da mitigação e adaptação às alterações climáticas.

O ministro destacou ainda o apoio do banco de desenvolvimento à Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), que segundo o governante irá contribuir para financiar investimentos de micro, pequenas e médias empresas portuguesas que promovam a sua sustentabilidade, eficiência energética, crescimento e criação de emprego.

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Cantanhede em destaque na Bloomberg. E a “culpa” é do canábis

O canábis português cultivado em Cantanhede vai ser a chave da expansão europeia da Tilray. Portugal tem boas condições para o cultivo e está cada vez mais no mapa do setor do canábis medicinal.

Uma das mais promissoras empresas de cultivo de canábis está a pôr a cidade portuguesa de Cantanhede no mapa global do setor. Já se sabia que a Tilray, uma companhia de cultivo de canábis para fins medicinais, tinha instalado um centro de cultivo naquela localidade do distrito de Coimbra. Esta sexta-feira, é a Bloomberg que dá destaque ao tema.

Segundo a agência (acesso condicionado), a Tilray está determinada em tornar a instalação portuguesa no seu principal hub de cultivo, processamento, investigação e exportação para toda a Europa, uma medida que se insere nos planos de expansão internacional da companhia. Para tal, além de já ter obtido uma das certificações mais importantes à luz da Agência Europeia do Medicamento, a empresa definiu uma nova estrutura organizacional específica para o mercado europeu.

Tem sido Brendan Kennedy, o presidente executivo, a dar a cara pelo projeto. Até veio a Portugal na última edição do Web Summit falar, no palco principal, sobre o cultivo de canábis em Cantanhede. Agora, a Tilray acaba de nomear o alemão Arne Wilkens vice-presidente para a expansão do negócio na Europa, gestor que tem no currículo uma passagem pelo board da farmacêutica alemã AiCuris.

O objetivo da empresa é que os EUA e a Europa venham a ser os principais mercados da empresa, numa altura em que o negócio está mais focado no Canadá. E o canábis português terá um papel fundamental neste plano de crescimento. O país tem sido diversas vezes referenciado neste setor emergente pelas boas condições climáticas para o cultivo da planta.

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Títulos da Coleção Berardo já foram penhorados

  • ECO
  • 5 Julho 2019

A penhora surge depois de a CGD, o BCP e o Novo Banco, credores em mais de 900 milhões de euros de Berardo, terem avançado com uma ação executiva sobre 100% dos títulos da Associação Coleção Berardo.

Os títulos da Associação Coleção Berardo, proprietária das obras de arte cedidas ao Estado, dados aos bancos como garantia dos créditos a Joe Berardo para a compra de ações já foram executados, avança o Jornal Económico (acesso pago), nesta sexta-feira.

A penhora surge dois meses depois de a CGD, o BCP e o Novo Banco, credores em mais de 900 milhões de euros de Berardo, terem avançado com uma ação executiva sobre 100% dos títulos daquela associação.

O processo encontra-se agora em fase de contestação, tendo o empresário madeirense pedido ao tribunal um prazo adicional de 30 dias para contestar a penhora dos títulos, algo que o tribunal acedeu. Fica assim fixada em 23 de setembro a data-limite para que seja apresentada oposição à penhora.

De acordo com aquele semanário, a Associação Coleção Berardo entende que não estão arrestados 100% dos títulos, devido à alteração de estatutos e ao aumento de capital. Estas duas alterações ocorreram à revelia dos bancos credores.

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Cartão de Cidadão com renovação automática chega no segundo trimestre de 2020

  • ECO
  • 5 Julho 2019

Renovação automática do CC é uma das medidas mais emblemáticas do Simplex apresentado esta sexta-feira e que inclui carta de condução na hora e plataforma de compensação de créditos de empresas.

O Governo apresenta esta sexta-feira o iSimplex 2019, prometendo neste novo pacote de medidas de simplificação da relação entre os cidadãos e a Administração Pública criar mecanismos que permitam a renovação automática do Cartão de Cidadão, cujas demoras têm motivado amplos protestos na sociedade portuguesa. Este mecanismo deverá estar implementado durante o segundo trimestre de 2020.

“A larga maioria das pessoas poderá beneficiar deste automatismo no Cartão de Cidadão, e os que não forem abrangidos, deixando de ter a concorrência de todos os outros, também passam a ter um atendimento muito mais célere”, salientou o secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa, em declarações ao Jornal de Negócios (acesso pago).

“A medida está prevista para o segundo trimestre de 2020, mas esse é o prazo máximo, do compromisso, e nada impede que seja mais rápido”, acrescentou ao Negócios.

A renovação automática do CC estará disponível para os cidadãos com mais de 25 anos que não precisem de realizar qualquer alteração que inclua dados biométricos, como a fotografia por exemplo.

“Significa que quando o seu cartão caducar recebe os códigos, faz o pagamento e só vai aos serviços uma vez, para levantar o cartão e fazer a autenticação, o que é fundamental para garantir todas as condições de segurança”, explicou Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência e Modernização Administrativa, já em entrevista ao Público (acesso pago).

As dificuldades enfrentadas por grande parte dos residentes em Portugal na altura da renovação do cartão do cidadão ou mesmo do passaporte tem estado no centro de várias queixas dos utentes de serviços públicos, confrontados não só com longas filas, como com previsões de agendamento que chegam aos 150 dias de espera. As queixas ganharam contorno de polémica depois do próprio governo culpar os cidadãos pelas demoras nestes processos.

Além das medidas pensadas para facilitar a vida aos cidadãos na altura de renovarem documentos, no iSimplex de 2019 estão também pensadas medidas como a carta de condução na hora — mediante um pagamento extra pela emissão –, o lançamento de um site que permite fazer agendamentos e tirar senhas online para todos os serviços públicos ou o lançamento de quatro novas lojas do cidadão ainda este ano — conheça aqui a lista das medidas em questão.

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Hospitais terão mais autonomia de gestão já a partir deste ano

  • Lusa
  • 5 Julho 2019

Responsabilização e consequente autonomia “contribuirá também para a melhoria das condições de financiamento e redução expectável do endividamento" dos hospitais.

Os hospitais, institutos e unidades locais de saúde EPE do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão ver reforçada já a partir deste ano a sua autonomia de gestão, podendo contratar e substituir pessoal, anunciou o Ministério da Saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, o despacho conjunto dos secretários de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, e do Tesouro, Álvaro Novo, já foi assinado e prevê que durante este ano e nos anos seguintes seja desenvolvido e aplicado o projeto de reforço da autonomia de gestão das Entidades Públicas Empresarias (EPE) que integram o SNS.

Este projeto abrange todos os hospitais, centros hospitalares, institutos portugueses de oncologia e unidades locais de saúde (ULS) EPE do SNS, agrupando-os em três grupos por níveis de eficiência.

Prevê igualmente a criação de uma Estrutura de Acompanhamento e Avaliação de Desempenho (EAAD) para acompanhar, monitorizar e a avaliar “o desenvolvimento das funções de gestão nas EPE integradas no SNS” e que terá representantes da tutela da Saúde, de entre a Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS) e de cada Administração Regional de Saúde (ARS), e um máximo de três representantes nomeados pela área das Finanças.

Esta estrutura deverá acompanhar “localmente e em proximidade” o desempenho operacional das EPE do SNS, detetando eventuais desvios ao cumprimento das orientações e dos compromissos assumidos em termos de desempenho assistencial e económico financeiros.

Deverá igualmente emitir recomendações para implementação de medidas concretas que contribuam para corrigir eventuais desvios detetados, estabelecendo prazos para a sua aplicação.

Segundo o despacho, a que a Lusa teve acesso, as unidades de saúde envolvidas serão agrupadas em três grupos: o primeiro com as entidades mais eficientes de cada grupo de ‘benchmarking’ utilizado pela ACSS, o segundo com aquelas que têm níveis de eficiência intermédios (entre 95% e 80% do mais eficiente do grupo de ‘benchmarking’) e o terceiro com as EFE com níveis de eficiência mais baixos (inferiores a 80%).

“Torna-se essencial criar as condições que permitam obter mais e melhores resultados a partir dos recursos disponíveis, ou seja, aumentar a eficiência do SNS, sendo para isso necessário melhorar a eficácia dos instrumentos de planeamento e de governação, recuperar a autonomia e a responsabilidade da gestão no SNS, permitindo uma prestação de cuidados de saúde de qualidade, com segurança e em tempo útil”, refere o texto do despacho.

No despacho, os secretários de Estado do Tesouro e Adjunto e da Saúde defendem que a responsabilização e a consequente autonomia “contribuirá também para a melhoria das condições de financiamento e redução expectável do endividamento, que permitirá o acesso a regras menos restritivas no cálculo dos fundos disponíveis para a assunção de compromissos sem autorização prévia”.

As unidades de saúde abrangidas terão de ter os seus planos de atividades e orçamento aprovados para poderem ter autonomia para a substituição de recursos humanos e contratação e realização dos investimentos aprovados, “sem prejuízo da necessária autorização para a assunção de compromissos plurianuais”, acrescenta.

O despacho prevê ainda a revisão dos termos dos Contratos de Gestão que são estabelecidos entre os membros dos conselhos de administração das EPE do SNS e o Estado, “designadamente no que se refere aos incentivos e responsabilização associados”

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BCP corrige ganhos. Lisboa segue quedas da Europa

O PSI-20 está em queda, acompanhando os pares europeus. Após os fortes ganhos recentes, o BCP corrige, pesando no índice nacional.

Após dois dias a subir, a bolsa de Lisboa faz uma pausa. O PSI-20 está em queda, em linha com o desempenho dos pares europeus, com a desvalorização do BCP, isto depois dos fortes ganhos recentes. A energia impede uma descida mais expressiva do principal índice do mercado nacional.

O PSI-20 iniciou a última sessão com uma subida ligeira, mas rapidamente passou para “terreno” negativo, recuando 0,2% para 5.200 pontos, seguindo assim o comportamento das restantes praças europeias. Na Europa, ainda assim, as descidas são mais ligeiras, com o Stoxx 600 a ceder escassos 0,01%.

“Tal como na Europa, os investidores nacionais irão aguardar pela publicação dos indicadores do mercado laboral nos
EUA”, antecipava já o BPI no seu diário de bolsa antes da abertura do mercado, referindo-se ao relatório do emprego que pode servir de guia para o antecipado corte de juros da Fed.

Em Lisboa, o BCP está a ser determinante para o comportamento negativo ao recuar 0,49% para 28,47 cêntimos, isto depois de várias sessões marcadas por ganhos à boleia de sucessivas notas de investimento positivas para o banco.

A pesar no índice estão também outros “pesos pesados”, casos da Jerónimo Martins, que cede 0,39%, e da Galp Energia, que regista uma queda de 0,41% para 13,275 euros.

A impedir uma queda mais expressiva estão os restantes títulos do setor da energia, como a EDP e a EDP Renováveis. A elétrica liderada por António Mexia soma 0,32% para 3,42 euros, já a empresa de “energias verdes” ganha 0,43% para 9,24 euros.

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Saco azul do BES? “Nunca acompanhei os financiamentos das campanhas em que participei”, diz Cavaco

  • ECO
  • 5 Julho 2019

Confrontado com investigações à legalidade dos financiamentos do BES à campanha de 2011, ex-PR sublinhou que nunca foi amigo de Ricardo Salgado e que não acompanhou financiamento das suas campanhas.

“Nunca acompanhei os financiamentos das campanhas em que participei, mas o meu mandatário financeiro está disposto a fornecer todas as explicações que os senhores quiserem.”

Foi desta forma que Cavaco Silva reagiu à investigação judicial em curso à possibilidade da campanha do ex-Presidente da República em 2011 ter sido alimentada por financiamentos ilegais oriundos do “saco azul” do BES, depois de confrontado pelo Correio da Manhã sobre as informações reveladas pela Sábado.

“Nunca acompanhei os financiamentos das campanhas em que participei. O mandatário financeiro está disposto a fornecer todas as explicações que os senhores quiserem”, começou por salientar Cavaco Silva aos jornalistas, apontando de seguida que as contas das suas campanhas foram sempre aprovadas pela comissão fiscalizadora destas. O que sei é que contas foram todas aprovadas pela comissão fiscalizadora das campanhas e todo o dinheiro que sobrou foi entregue ao Estado.”

Segundo a investigação dos jornalistas da Sábado, o esquema montado pelo BES para fazer chegar 253.360 euros à campanha de Cavaco Silva visava precisamente contornar as regras previstas para o financiamento de campanhas e, assim, assegurar que uma fiscalização a estas contas não identificaria o financiamento ilegal.

“Aconselho-vos apenas a falar com Vasco Valdez que foi o mandatário financeiro das campanhas”, disse ainda o também ex-primeiro-ministro.

Já questionado se terá sido à conta deste apoio recebido por parte do BES que Cavaco Silva garantiu aos portugueses que podiam confiar no banco da família Espírito Santo, Cavaco Silva mostrou-se menos confortável, mas rematou: “Nunca tive nenhuma amizade com Ricardo Salgado.E se alguém quiser saber mais, então que leia a mais de uma dezena de livros que Cavaco escreveu, disse mesmo o ex-líder do PSD.

“As minhas memórias contam palavra por palavra o que eu fiz enquanto fui primeiro-ministro e Presidente da República. Sabe quantos livros publiquei? 14. E como primeiro-ministro foram oito. E está tudo lá. Vá às memórias que tem lá transcrito tudo, palavra por palavra”, respondeu aos jornalistas.

Saco azul do BES financiou Cavaco Silva com 253 mil euros

Em causa nestas declarações de Cavaco Silva está uma investigação da Sábado, que seguiu o rasto a vários cheques que ex-gestores do BES entregaram à campanha de Cavaco Silva, todos na casa dos 25 mil euros, valor máximo permitido por lei para estas doações individuais. Ao todo, o clã dos Espírito Santo deu 253.360 euros a Cavaco Silva, quase metade dos donativos previamente orçamentados pela campanha do ex-líder do PSD.

Ao seguir o dinheiro, a revista identificou então um esquema que serviu para ocultar que o real “benemérito” de Cavaco Silva era uma entidade coletiva, e logo aquela que é hoje conhecida como o “saco azul” do BES, a ES Entreprise, isto quando é proibido a entidades coletivas financiar campanhas. A Sábado aponta que os gestores do BES, depois de entregarem os donativos foram ressarcidos pelo exato valor pela ES em valor idêntico, e em alguns casos através de offshores, num esquema preparado pelo próprio Ricardo Salgado.

Atualmente, o DCIAP encontra-se a investigar este esquema, suspeitando que os gestores do BES envolvidos tenham incorrido no crime de financiamento ilegal de campanhas eleitorais, crime cuja moldura penal varia entre um e três anos de prisão.

As doações a Cavaco Silva reembolsadas pela ES Entreprises foram assinadas por Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo Silva, Rui Silveira, Joaquim Goes, António Souto, Amílcar Morais Pires, Pedro Fernandes Homem, Manuel Fernando Espírito Santo Silva e António Ricciardi.

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Auditoria interna quer encontrar autor das fugas de informação no Montepio

  • ECO
  • 5 Julho 2019

Banco vai avançar com queixa contra o responsável, ou responsáveis, pela fuga de dados de natureza comercial.

O Banco Montepio avançou com uma auditoria interna para tentar apurar quem foram os responsáveis pela divulgação de dados de natureza comercial, nomeadamente os nomes de clientes que poderiam passar para o Banco de Empresa Montepio (BEM). Carlos Tavares, “chairman” do banco, e a restante administração, admite apresentar queixa contra os culpados.

Foi na reunião do conselho de administração, na passada quinta-feira, que ficou decidida a auditoria que procura o de avaliar procedimentos junto dos vários colaboradores do banco, revela o Jornal de Negócios (acesso pago).

Esta foi a resposta encontrada pelo banco para tentar prevenir que mais dados de clientes e planos de negócio do banco sejam tornados públicos, isto depois de o Público ter revelado que o BEM estava a atrair os grandes clientes com uma faturação acima de 20 milhões de euros, mas também que o Montepio tem 50 clientes que são responsáveis por 700 milhões da carteira de crédito de cobrança duvidosa.

Encontrado o responsável, ou responsáveis, Montepio avançará com uma queixa. E, a partir daí, o caso passará para tribunal, o qual poderá pedir acesso, por exemplo, a correspondência que foi trocada, um passo que a auditoria interna não pode dar, acrescenta o jornal, salientando que o banco não quis comentar esta informação.

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