Nos dispara quase 5% e faz Lisboa regressar aos ganhos

Os títulos da Nos subiram quase 5%, na penúltima sessão da semana, puxando Lisboa para terreno positivo. A impedir maiores ganhos estiveram as ações da Galp Energia.

Depois de duas sessões em queda, Lisboa regressou aos ganhos. Em linha com as demais praças do Velho Continente, a bolsa nacional terminou a penúltima sessão da semana em terreno positivo, com a Nos a disparar mais de 4%. A impedir maiores avanços na praça portuguesa estiveram os títulos da Galp Energia, pressionados pelo petróleo.

O índice de referência nacional, o PSI-20, valorizou 0,37% para 5.064,36 pontos. Igual tendência foi registada nas restantes bolsas europeias com o Stoxx 600 a subir 0,4%, o alemão Dax e o francês CAC 40 a somarem 0,5% e o espanhol Ibex a avançar 0,9%.

Por cá, foi a Nos a liderar os ganhos, nesta sessão. Os títulos da empresa de telecomunicações dispararam 4,47% para 5,72 euros, depois das quedas recentes que marcaram o período após o pagamento de dividendos aos acionistas.

A evitar maiores avanços em Lisboa estiveram as ações da Galp Energia, que recuaram 0,8% para 13,62 euros. Isto num dia em que, em Nova Iorque, o crude WTI está a recuar 1,53% para 57,91 dólares e, em Londres, o Brent está a afundar 2,68% para 67,59 dólares. No mesmo setor, os títulos da EDP caíram 0,7% para 3,27 euros e os da EDP Renováveis recuaram 1,02% para 8,76 euros.

Destaque ainda para as ações do BCP, que desvalorizaram 0,04% para 0,2532 euros, e para os títulos dos CTT, que somaram 2,75% para 2,32 euros.

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Liga portuguesa de futebol é a 9.ª da Europa em receitas geradas em 2017/18

  • Lusa
  • 30 Maio 2019

As receitas da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) aumentaram 18% para 431 milhões de euros na época 2017/2018.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) ocupa a nona posição no ranking das maiores ligas europeias em receitas geradas em 2017/18, registando um aumento homólogo de 18%, para 431 milhões de euros, revelou esta quinta-feira a Deloitte.

O crescimento das receitas registado na LPFP tem por base a participação dos três maiores clubes — Benfica, FC Porto e Sporting –, na fase de grupos da Liga dos Campeões da UEFA na temporada de 2017/18, que impulsionou a distribuição de prémios da entidade que rege o futebol europeu pela presença na liga milionária, bem como as receitas obtidas nos dias dos jogos, lê-se no estudo “Annual Review of Football Finance 2019”.

A lista continua a ser encabeçada pela liga inglesa (Premier League), cujas receitas cresceram cerca de 2%, para 5,4 mil milhões de euros, numa época em que Inglaterra colocou pela primeira vez cinco equipas na Liga dos Campeões, e são 72% superiores às receitas da concorrente mais próxima, a alemã Bundesliga (3,2 mil milhões de euros), que conquistou o segundo lugar do pódio, ao ultrapassar a espanhola La Liga (3,1 mil milhões de euros).

“Embora a Premier League continue a assumir a liderança, as ligas espanhola e alemã mantêm-se muito atentas para continuar na competição. A liga alemã ultrapassou a espanhola graças ao seu novo acordo de transmissão [televisiva] de quatro anos, fixando-se em segundo lugar, algo que esperamos se mantenha na próxima edição. Não obstante, a La Liga pode superá-la novamente em 2019/20″, assinalou Dan Jones, sócio da Deloitte na área do negócio desportivo.

A fechar o top 5 surgem as ligas italiana (2,2 mil milhões de euros) e francesa (1,7 mil milhões de euros), enquanto a Rússia está na sexta posição (813 milhões de euros), a Turquia segue no sétimo posto (731 milhões de euros) e a Holanda ocupa o oitavo lugar (495 milhões de euros), acima da liga lusa. Já abaixo de Portugal surgem a Escócia (233 milhões de euros), Dinamarca (185 milhões de euros), Áustria (177 milhões de euros), Noruega (151 milhões de euros), Suécia (141 milhões de euros) e Polónia (124 milhões de euros).

Em termos globais, o mercado europeu de futebol atingiu o valor recorde de 28,4 mil milhões de euros em receitas na época de 2017/18, uma subida de 11% face à temporada anterior, com as cinco principais ligas a gerarem uma receita de 15,6 mil milhões de euros (mais 6% do que em 2016/17).

Temos assistido ao crescimento das receitas do mercado europeu de futebol ao longo dos 18 anos em que calculámos a sua dimensão. O futebol ao vivo continua a ser um dos ativos de entretenimento mais procurado, tanto pelos espetadores como pelos emissores, e é um dos temas mais comentados nas redes sociais, por isso, acreditamos que este crescimento vai continuar”, destacou Dan Jones.

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“Dúvidas exteriores condicionam a economia portuguesa”, diz Teixeira dos Santos

O presidente do EuroBic considera decisivo um entendimento politico europeu e salienta que "o pior que pode existir, para os cidadãos e para os empresários, é um ambiente de incerteza na Europa".

No rescaldo das eleições europeias e numa altura em que os líderes europeus ainda tentam encontrar uma solução para a presidência da Comissão, Teixeira dos Santos lembra que “será necessária uma liderança forte” para ultrapassar a incerteza e “grande agitação” que se vive atualmente na Europa, fatores que irão condicionar a economia ao longo de um ano em que o “ambiente será de desaceleração”.

Na ótica do presidente do EuroBic a incerteza europeia condiciona a economia portuguesa, pelo que é “necessário uma visão política clara”. “O pior que pode existir, para os cidadãos e para os empresários, é um ambiente de incerteza na Europa”, diz, defendendo que é decisivo que os entendimentos políticos, resultantes das eleições europeias do passado domingo, “desfaçam a indefinição e a incerteza que entretanto se gerou”.

A incerteza paralisa a iniciativa, paralisa a decisão. Há que acabar com esse ambiente e espero que seja alcançado a nível europeu.

Teixeira dos Santos

Presidente executivo do Eurobic

Apesar das incertezas que se vivem, Teixeira dos Santos confirma que ainda existe uma percentagem muito significativa da população europeia que acredita e apoia o projeto europeu. Segundo o presidente do EuroBic, “cerca de 3/4 da população, a nível europeu é a favor do Euro e da moeda única. Em Portugal estamos ligeiramente acima desta média europeia”, refereu no âmbito da conferência do EuroBic “Desafios e Oportunidades”, que se realizou em Viseu esta quarta-feira.

Comentando o distanciamento que os eleitores revelaram nas eleições europeias, considera que os portugueses têm “um défice de consciência enquanto cidadãos face à importância da influência que a Europa tem no desenvolvimento do nosso país”.

Fórum Desafios e Oportunidades na Batalha - 15MAI19
Teixeira dos Santos, presidente do Eurobic e António Costa, publisher do ECOHugo Amaral/ECO

Acrescenta ainda que a situação de incerteza na Europa “não será clarificada assim tão rapidamente” e que o cenário mais provável é de instabilidade politica”.

Teixeira dos Santos está consciente que durante este ano o “ambiente será de desaceleração económica” e lembra ainda que a instabilidade não é só europeia e que a guerra comercial entre os EUA e a China terá impactos a nível europeu. Conclui que tanto esta guerra comercial como a incerteza com o Brexit são fatores de risco que “podem afetar a economia europeia” e consequentemente a portuguesa.

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Governo alarga pensões provisórias para mitigar atrasos da Segurança Social

O Governo decidiu alargar as pensões provisórias de velhice, invalidez e sobrevivência a mais pessoas. O decreto-lei foi aprovado, esta tarde, em Conselho de Ministros.

O Executivo de António Costa aprovou, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros o alargamento das pensões provisórias de velhice, invalidez e sobrevivência a mais portugueses, tal como já tinha sido anunciado pelo Ministro do Trabalho e da Segurança Social, no Parlamento. Esta medida tem como objetivo mitigar os efeitos negativos dos atrasos na atribuição de pensões, que tem sido o principal motivo de queixas sobre a Segurança Social à Provedora de Justiça.

“O Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que visa a revisão e modernização da legislação que regulamenta a atribuição de pensões de invalidez, velhice e sobrevivência. O objetivo é a desburocratização dos procedimentos administrativos e a agilização das pensões de invalidez, velhice e morte do ponto de vista administrativo“, lê-se no comunicado.

Com o diploma aprovado esta tarde, estas pensões provisórias passam a ser atribuídas não só a quem está em situação de carência económica, mas a todos os beneficiários que cumpram os requisitos para aceder a esses apoios.

No caso das pensões provisórias de invalidez, desaparece o ponto que cingia a atribuição destas prestações somente a quem já tinha esgotado o período máximo de subsídio de doença (1.095 dias). “No âmbito do regime jurídico de proteção nas eventualidades de invalidez e velhice são alargadas as situações em que é possível atribuir uma pensão provisória de invalidez, até agora circunscrita aos beneficiários de subsídio de doença que esgotavam o prazo máximo de atribuição”, explica o Governo.

E no caso das pensões provisórias de sobrevivência, deverá ser agora eliminado o requisito que impede o beneficiário de exercer uma atividade profissional e de receber qualquer quantia a título de pré-reforma ou outras pensões. “O presente decreto-lei procede ainda à alteração do regime jurídico de proteção na eventualidade de morte, alargando as situações em que é possível atribuir pensões provisórias de sobrevivência, que atualmente se restringem a situações de carência económica”, lê-se na mesma nota.

Estas alterações servem para desbloquear a atribuição de pensões, cujos atrasos têm sido motivos de muitas queixas junto da Provedora de Justiça. Além de reforçar os recursos humanos, o Executivo de António Costa decidiu alargar as pensões provisórias, estando prevista a atribuição de cerca de sete mil só este mês. Isto de acordo com o primeiro-ministro.

O decreto-lei aprovado esta quinta-feira aperta, além disso, o cerco ao recebimento indevido de prestações da Segurança Social. Depois do Tribunal de Contas ter revelado que o Estado pagou 3,7 milhões de euros em pensões de sobrevivência a beneficiários que já tinham falecido, o Executivo decidiu “introduzir mecanismos que permitem a recuperação e a redução do risco de pagamentos”.

“Para isso são introduzidos mecanismos que permitem a recuperação e a redução do risco de pagamentos, designadamente através do alargamento da possibilidade de pagamento à Segurança Social através de planos prestacionais, bem como do alargamento do universo de responsáveis pela restituição dos valores pagos indevidamente”, remata o Executivo.

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Aviões, o hub de Lisboa e até o RGPD. Os 32 riscos da TAP que tem de conhecer antes de investir nas obrigações

Antes de decidir se investe ou não, é importante saber quais os riscos que a empresa comporta. E são vários os que a TAP identifica no prospeto de emissão de obrigações. Saiba quais.

A TAP prepara-se para avançar com uma emissão de obrigações que, pela primeira vez, estará disponível também para pequenos investidores. Pretende captar 50 milhões de euros com esta operação, contando com uma taxa de 4,375% para atrair as poupanças do retalho. O juro é elevado, mas os riscos também o são. E a companhia aérea identifica vários no prospeto da emissão.

Nas 1.057 páginas do prospeto aprovado pela CMVM, há uma meia dúzia delas reservadas para os riscos do emitente, a TAP. Há desde a economia à concorrência, mas também às novas aeronaves, ao hub de Lisboa e até ao RGPD. Fique a conhecer os 32 riscos identificados pela empresa portuguesa.

1. Risco relacionado com a flutuação do preço e disponibilidade dos combustíveis

A TAP aponta o custo com combustíveis das aeronaves como uma “das componentes com maior peso na estrutura de custos de exploração da TAP“. “Variações de preço e de disponibilidade futura de combustível não podem ser previstos com qualquer grau de certeza, podendo ter consequências materiais adversas na atividade, situação financeira ou resultados operacionais do emitente”, alerta.

2. Risco resultante da desaceleração económica

“A atividade da TAP e da aviação comercial em geral são particularmente sensíveis a mudanças nas condições económicas, a nível nacional, regional e mundial”. Neste sentido, “uma conjuntura económica nacional e internacional desfavorável nos mercados operados pela TAP poderá ter consequências materiais adversas na atividade, situação financeira ou resultados operacionais do emitente”.

3. Risco de sazonalidade das receitas e das vendas

A TAP recorda que o “setor da aviação comercial é sazonal, com procura mais fraca durante os meses de inverno”. “A sazonalidade do negócio da aviação e o risco de gestão de tesouraria daí resultante poderão ter consequências materiais adversas na atividade, situação financeira ou resultados operacionais”.

4. Risco resultante da existência de custos fixos elevados

“O setor de aviação comercial é caracterizado por baixas margens operacionais”, devido a, por um lado, elevados custos fixos e, por outro, receitas que geralmente apresentam, de forma substancial, maior volatilidade e instabilidade que os custos, diz a TAP. “A existência de custos fixos elevados e de custos variáveis pouco correlacionados com a receita gerada, poderá ter consequências materiais adversas na atividade, situação financeira ou resultados operacionais”, nota.

A concorrência na aviação comercial tem-se intensificado nos últimos anos. A incapacidade da TAP apresentar ofertas de serviços mais adaptadas (que as dos seus concorrentes) às necessidades dos clientes poderá ter consequências materiais adversas.

TAP

5. Risco da diminuição ou alteração da procura

A TAP nota que “está sujeita a alterações da procura de passagens para determinadas rotas e destinos por diversas razões”, identificando tanto questões macroeconómicas, geopolíticas ou outras podem afetar a procura de determinados destinos ou a procura em geral. “Por outro lado, os avanços tecnológicos poderão limitar a procura do transporte aéreo por clientes corporate, o que poderá ter consequências materiais adversas na atividade, situação financeira ou resultados operacionais”.

6. Risco da concorrência de outras companhias aérea

“A concorrência na aviação comercial tem-se intensificado nos últimos anos”, diz a TAP. Neste sentido, a empresa salienta que a incapacidade de “apresentar ofertas de serviços mais adaptadas (que as dos seus concorrentes) às necessidades dos clientes poderá ter consequências materiais adversas na atividade, situação financeira ou resultados operacionais”.

7. Risco resultante da dependência da tecnologia

“A atividade da TAP depende de forma significativa de sistemas informáticos, incluindo o sistema de vendas (site próprio ou global distribution system), o sistema de reserva e o sistema de planeamento de voo”, pelo que “qualquer interrupção nesses sistemas ou nas infraestruturas relacionadas e a incapacidade da TAP mitigar os respetivos efeitos poderá ter consequências materiais adversas”.

8. Risco nos acordos de partilha de código com companhias aéreas

“A TAP é parte de acordos de partilha de código com várias companhias aéreas internacionais, que preveem que determinados segmentos de voo operados pela TAP sejam considerados como voos das referidas companhias aéreas e que determinados voos destas companhias sejam considerados como voos da TAP, para finalidades de vendas. A perda de um parceiro significativo devido a falência, fusão ou outro motivo poderá ter consequências materiais adversas”, diz a empresa no prospeto.

9. Risco resultante da ocorrência de eventos externos

“Acidentes ou incidentes que envolvam as aeronaves operadas pela TAP ou outros riscos externos podem resultar em pedidos de indemnização significativos por passageiros afetados ou por terceiros, custos significativos de reputação e notoriedade, custos significativos relacionados com a reparação ou substituição da aeronave danificada e custos e efeitos nas operações pela inoperância temporária ou permanente da aeronave”, alerta a TAP. A empresa diz que “poderá não conseguir mitigar de forma eficiente alguns dos efeitos dos riscos externos, o que poderá ter consequências materiais adversas”.

10. Risco resultante dos constrangimentos no hub de Lisboa

“O modelo de negócio estratégico da TAP assenta no crescimento do hub de Lisboa“, lembra a empresa. E “caso as melhorias previstas para a hub não ocorram, a TAP poderá enfrentar ainda maiores constrangimentos operacionais resultantes do crescimento da sua atividade”, o que poderá penalizar a empresa caso esta não seja capaz de “mitigar os efeitos das limitações e riscos associados ao seu principal hub“.

11. Risco de perda de slots (faixas horárias)

Devido à saturação nos principais aeroportos europeus, todas as transportadoras aéreas que voem para aeroportos da União Europeia devem obter atribuição de faixas horárias. “Qualquer perda de faixas horárias ou falta de acesso a faixas horárias em determinado aeroporto poderá ter um impacto em termos de participação no mercado, resultados e desenvolvimento da TAP, afetando adversamente as atividades e a sua situação financeira ou resultados”, alerta.

12. Risco relativo à manutenção de aeronaves

“O negócio da aviação está sujeito a regras e regulamentos muito restritos no que respeita à manutenção planeada de aeronaves”, sendo que a “incapacidade da TAP planear de forma apropriada a manutenção das suas aeronaves, de promover as competências adequadas da sua área de Manutenção e de antecipar e gerir de forma eficiente manutenções não planeadas, poderá ter consequências materiais adversas”.

13. Riscos relacionados com os fabricantes de aeronaves utilizadas pela TAP

“A 31 de dezembro de 2018 a frota operacional da TAP compreendia aeronaves Airbus, aeronaves ATR e aeronaves Embraer (incluindo da frota da White e da PGA), estando associadas às mesmas os seguintes riscos: incapacidade de obter aeronaves, peças de aeronaves ou serviços de assistência; emissão de diretivas que restrinjam ou proíbam o uso das aeronaves desses fabricantes; perceção adversa do público; atrasos na entrega de novas aeronaves”, diz a empresa. “A ocorrência de quaisquer desses fatores pode restringir a capacidade de usar aeronaves para gerar lucros, responder ao aumento de procura no tráfego aéreo ou poderia limitar as operações da TAP”, afetando de forma adversa. “No limite, o cumprimento do plano estratégico da Empresa poderá ficar comprometido”, diz.

14. Risco de problemas com fornecedores

Apesar de a TAP contratar empresas do grupo para serviços estratégicos, a “TAP usa também produtos e serviços de terceiros na prestação dos seus serviços. O risco de qualquer terceiro não prestar adequadamente os seus serviços ou não entregar os seus produtos poderá ter consequências materiais adversas”.

15. Risco de implementação do programa de renovação da frota

“A TAP, em função de acordos celebrados com os seus fornecedores, prevê renovar e expandir a sua frota”, salientando que o “mau desempenho de terceiros na construção das novas aeronaves, a existência de atrasos significativos na execução ou mesmo a não entrada ou saída de aeronaves das operações e a incapacidade de financiar a aquisição das aeronaves novas, poderá ter impactos significativos no plano estratégico da TAP”. Isto além de poder ter efeitos materiais adversos na atividade.

16. Risco de execução do programa de fidelidade Miles&Go

“Uma parte significativa da faturação bruta do programa de fidelização Miles&Go depende dos respetivos parceiros comerciais”, revela a TAP, salientando que “não tem controlo ou influência sobre os parceiros comerciais do Miles&Go”. “A perda de um parceiro comercial significativo (…) pode tornar o programa de fidelização Miles&Go menos atrativo ou menos eficiente”. “Estes fatores podem ter um impacto negativo na atividade”, diz a TAP.

17. Risco regulatório

As companhias aéreas estão sujeitas a amplos requisitos regulamentares. “Embora a TAP não possa antecipar totalmente todas as alterações que podem ser feitas no futuro, nem o possível impacto adverso de tais mudanças, a sua capacidade de cumprir com tais normativos é fundamental para manter o seu desempenho operacional e financeiro”.

18. Risco ambiental

A atividade da TAP está sujeita a várias leis e regulamentos de segurança e de proteção ambiental. A TAP diz que “quaisquer alterações aos regulamentos e legislação poderão aumentar as despesas operacionais da TAP ou reduzir as respetivas receitas”. Adicionalmente, “o facto das licenças de CO2 terem aumentado significativamente os seus preços, resulta também num risco de aumento dos custos operacionais da empresa”.

19. Risco de taxa de juro

“A maior parte dos financiamentos contratados pela TAP estão sujeitos a variações da taxa de juro, não se encontrando este risco atualmente coberto por instrumentos financeiros de cobertura. Adicionalmente, variações adversas das taxas de juro poderão ter um impacto negativo nos resultados da TAP e na sua situação financeira”, nota.

20. Risco cambial

“A exposição do Grupo TAP a alterações cambiais tem origem em diversos mercados, e diversas áreas de atividade afetando consequentemente, as suas demonstrações financeiras em múltiplas rubricas de custos relevantes, e em vários dos seus ativos e passivos”, diz a empresa. Neste sentido, a “oscilação adversa das taxas de câmbio, em particular da taxa de câmbio euro/dólar, poderá afetar negativamente a situação financeira do emitente“.

21. Risco de liquidez

“O risco de liquidez da TAP decorre de uma confluência de fatores que resultam da operação, do financiamento existente e respetivo serviço da dívida, das condições de negociação de novas operações, de perdas ou ganhos cambiais e de atividades de investimento, quando significativas”, diz a TAP. “A liquidez pode também ser afetada por limitações na repatriação ou pela impossibilidade de expatriar capitais de determinados mercados internacionais onde a Empresa opera, o que poderá ter impacto negativo sobre a sua situação financeira”, acrescenta.

“A TAP SGPS, por sua vez, enquanto sociedade gestora de participações sociais, não desenvolve diretamente qualquer atividade de caráter operacional, pelo que o cumprimento das obrigações por si assumidas depende dos cash-flows gerados pelas sociedades por si participadas, em particular pelo emitente”, sublinha.

22. Risco de acesso ao crédito, capital e aos mercados financeiros

“A instabilidade significativa do acesso ao crédito, capital e aos mercados financeiros pode resultar no aumento dos custos com financiamento”, diz a TAP. “As aeronaves utilizadas pela TAP têm sido, por regra, financiadas através de contratos de locação financeira e operacional. Na medida em que a TAP não consiga negociar ou obter esses financiamentos, poderá ser obrigada a modificar os planos de incorporação de novas aeronaves ou a incorrer em custos de financiamento mais elevados do que os previstos”. E isso pode afetar a sua estratégia de crescimento.

23. Risco relacionado com a IFRS 16

“A IFRS 16 define o novo enquadramento contabilístico para o reconhecimento das locações, quer na ótica do locador, quer na ótica do locatário. No caso do locatário, a IFRS 16 determina que as locações operacionais passem a ser apresentadas no balanço, caso sejam cumpridos determinados requisitos. Apesar da adoção da IFRS 16 não implicar qualquer alteração contratual, poderá implicar um risco na perceção das demonstrações financeiras da empresa, sobretudo nos anos de recebimento de maior número de aeronaves”, diz a TAP.

24. Risco fiscal

“Alterações significativas na legislação fiscal em Portugal, na União Europeia ou naqueles países terceiros onde a TAP mantém atividade, ou dificuldades na implementação ou cumprimento de novas leis e regulamentação fiscais poderão ter um relevante impacto negativo na atividade, situação financeira e resultados da TAP”, refere o prospeto.

25. Risco de litígios

A empresa alerta para eventuais litígios relacionados com a sua atividade e/ou com a atividade do Grupo TAP. “Determinados litígios podem ter consequências financeiras adversas materiais para a TAP, podendo estes não estar cobertos por seguro. Adicionalmente, qualquer resultado negativo relativo a qualquer litígio em que esteja envolvida poderá afetar negativamente a reputação da TAP e a sua situação económico-financeira”, diz.

A TAP poderá ter que aumentar benefícios para atrair e contratar pessoal qualificado.

TAP

26. Risco de insuficiência dos Planos de Pensões/Saúde

“Existem vários planos de pensões na TAP e um plano de saúde. Os riscos mais críticos relacionados com a contabilização de planos de benefício de reforma estão muitas vezes associados à rentabilidade dos ativos do plano de benefício e à taxa de desconto utilizada para avaliar o valor atual das responsabilidades a serem pagas no futuro aos respetivos beneficiários. As responsabilidades relativas a planos de benefícios definidos de reforma e de saúde podem exercer uma pressão adversa sobre os fluxos de caixa da TAP”, refere a empresa. Assim, “caso o nível de cobertura das responsabilidades dos planos de benefícios se revele insuficiente, a TAP pode ter necessidade de efetuar contribuições adicionais no futuro, o que poderá afetar de forma adversa a sua atividade, situação financeira e resultados”.

27. Risco resultante da instabilidade laboral

Ainda que tenham sido celebrados com sindicatos representativos da maioria dos trabalhadores do Grupo TAP acordos de paz laboral para o período 2018-2022, a TAP está sujeita ao risco de conflitos e litígios com os seus trabalhadores, ou entidades sindicais, instabilidade laboral, greves e outros problemas relacionados com trabalhadores”.

28. Risco relacionado com o recrutamento de pessoal qualificado

A TAP admite que “poderá ter que aumentar benefícios para atrair e contratar pessoal qualificado. A incapacidade da TAP contratar e manter pessoal qualificado competente e em número adequado ao crescimento da Empresa poderá ter consequências materiais adversas na atividade, situação financeira ou resultados operacionais do emitente”.

29. Risco relacionado com o controlo interno

No decurso normal da sua atividade e em resultado da sua estrutura organizativa, “a TAP está sujeita a determinados riscos operacionais. Não é possível garantir que o acompanhamento contínuo realizado e a prevenção destes riscos serão suficientes, designadamente em circunstâncias que não estejam sob controlo da sociedade, pelo que o eventual insucesso na execução das políticas de controlo interno do grupo poderá ter um efeito negativo na atividade, situação financeira e resultados operacionais da TAP”.

30. Risco de corrupção e branqueamento de capitais

“Não há garantia de que os colaboradores da TAP e os agentes e terceiros a que a TAP recorre não praticam atos em violação das políticas de combate à corrupção e combate ao branqueamento de capitais, pelos quais a TAP pode ser responsabilizada”, diz a empresa.

31. Riscos relacionados com o cumprimento de obrigações legais relativas a dados pessoais

O uso de dados pessoais no âmbito da atividade da TAP e dos seus parceiros é regulado quer ao nível da União Europeia, quer ao nível nacional. E a TAP está a preparar-se para “a implementação de políticas e procedimentos de tratamento de dados pessoais com vista a dar cumprimento a todas as regras e obrigações do RGPD”. “No caso de a TAP violar quaisquer das obrigações descritas no RGPD, a TAP poderá ficar sujeita ao pagamento de coimas até 20.000.000 de euros ou até 4% do seu volume de negócios anual a nível mundial correspondente ao exercício financeiro anterior, consoante o montante que for mais elevado”, alerta.

No caso de a TAP violar quaisquer das obrigações descritas no RGPD, a TAP poderá ficar sujeita ao pagamento de coimas até 20.000.000 de euros ou até 4% do seu volume de negócios anual a nível mundial.

TAP

“Eventuais alterações às disposições legais aplicáveis podem impor requisitos mais exigentes de compliance e impor penalidades significativas em caso de incumprimento. Se a TAP ou aqueles com quem a TAP partilha informação não derem cumprimento às referidas disposições legais e regulamentares, no futuro tal poderá ter um efeito negativo na atividade, situação financeira e resultados operacionais da TAP”, diz.

32. Risco relacionado com a situação financeira do acionista único

Por último, a TAP aponta para um risco relacionado com o seu acionista único, a TAP SGPS. “Na assembleia geral realizada em 29 de abril de 2019, o Conselho de Administração do acionista único propôs a não implementação de qualquer das medidas previstas na lei ou outras com os mesmos objetivos, tendo em conta a expectativa de que a estratégia definida para o grupo TAP que está atualmente a ser implementada venha a ter no futuro resultados positivos para a situação financeira do acionista único”, diz. “Esta proposta foi aprovada em assembleia geral. A não implementação dessas medidas poderá afetar a situação financeira do acionista único e o cumprimento dos compromissos financeiros assumidos, em particular o pagamento de um empréstimo contraído ao emitente em cerca de 800 milhões de euros“, alerta.

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Altice Portugal garante SIRESP ativo no verão “nem que tenha de pagar do seu bolso”

  • Lusa
  • 30 Maio 2019

A empresa garantiu que o SIRESP estará ativo no verão, "nem que tenha de pagar do seu bolso o investimento e os custos associados".

O presidente da Altice Portugal assegurou esta quinta-feira o funcionamento do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) durante o verão, nem que a empresa “tenha de pagar do seu bolso”.

“O que a SIRESP e a Altice como fornecedora pode garantir é que, no que depender de nós, a redundância [do sistema, no período mais crítico dos incêndios] “vai estar ativa durante o verão e vamos garantir o funcionamento”, afirmou aos jornalistas o presidente da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, em Ponte de Sor.

À margem da 3.ª cimeira Portugal Air Summit, na qual foi um dos oradores convidados, o mesmo responsável insistiu nesta garantia, frisando: “Nem que para isso a Altice Portugal tenha de pagar do seu bolso o investimento e os custos associados para manter esta rede a funcionar”. “Acreditamos, uma vez mais, que a palavra daqueles que se comprometerem pessoalmente com o ressarcimento deste investimento vão cumprir essa palavra, vão ser pessoas de bem e honradas e vamos receber, com certeza, aquilo que é devido, a seu tempo”, argumentou.

As declarações de Alexandre Fonseca surgem um dia depois de a Altice Portugal, através de comunicado, quando o tema SIRESP foi discutido no Parlamento, se ter comprometido a garantir os serviços de rede necessários à segurança das populações. Nesse comunicado, a Altice também assegurou que não é nem será responsável por um eventual “desligamento” do SIRESP.

A rede é atualmente detida em 52,1% pela Altice Portugal, 33% pelo Estado e 14,9% pela Motorola Solutions. Há mais de duas semanas, que decorrem negociações entre o Governo a entidade gestora da rede com o objetivo de o Estado assumir uma posição de controlo da empresa. “Estamos em negociações com o Governo, a bola está do lado do Governo há algumas semanas e nós estamos a aguardar”, disse Alexandre Fonseca, frisando que, do lado da Altice, “os reptos lançados” pelo executivo “foram alvo de respostas em horas, com propostas efetivas”.

A Altice Portugal, que fique claro, não negoceia nacionalizações, nem em Portugal, nem em qualquer parte do mundo. O que manifestámos foi uma disponibilidade para equacionar aquilo que é a alienação da nossa participação no SIRESP, dentro de condições que sejam justas e também com o outro acionista privado envolvido (Motorola) e na mesma perspetiva. Esta é a negociação que está a acontecer neste momento”, afirmou.

Questionado pela Lusa, Alexandre Fonseca afiançou que a dívida do Estado à entidade gestora do SIRESP “é conhecida” e que “o valor que está neste momento em cima da mesa”, fruto dos investimentos que foram feitos, para garantir a redundância do sistema, “ronda os 12 milhões de euros”.

Segundo Alexandre Fonseca, hoje em dia, com a Rede de Transmissão via Satélite e de Redundância de Energias do SIRESP, “qualquer pessoa em Portugal percebe que rede está muito melhor, está mais robusta”. “Eu diria que ainda continua a haver uma pequena margem de infoexcluídos do SIRESP que gostam de falar sem conhecer e que dizem umas coisas que não são verdade, mas que são populistas e que causam alarme nas pessoas””, apontou, dando-os como uma exceção.

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Wall Street recupera com subida dos juros das obrigações

Os principais índices dos Estados Unidos recuperaram das últimas quedas e seguem em alta. A contribuir para este desempenho está a subida dos juros das Obrigações do Tesouro.

As principais bolsas norte-americanas recuperaram das últimas perdas e abriram a valorizar. A contribuir para este desempenho está a recuperação dos juros das Obrigações do Tesouro, aliviando as preocupações sobre uma possível recessão económica. Além disso, as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo estão a aliviar, depois de Donald Trump ter dito que as negociações estão a correr bem.

O índice de referência S&P 500 está a subir 0,25% para 2.789,82 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que está a somar 0,16% para 25.166,36 pontos. Pelo mesmo caminho está a ir o tecnológico Nasdaq, que valoriza 0,41% para 7.578,87 pontos.

Esta recuperação de Wall Street deve-se à subida de três pontos base dos juros das Obrigações do Tesouro com vencimento a dez anos, depois de terem batido mínimos de setembro de 2017 esta quarta-feira. Este cenário deixou os investidores preocupados com uma desaceleração do crescimento da economia dos Estados Unidos, embora este tenha sido revisto em baixa no primeiro trimestre.

A impulsionar também o desempenho das bolsas norte-americanos estão as tensões comerciais, que começam a reduzir as preocupações dos mercados. Isto depois de Donald Trump ter dito, esta quinta-feira, que as negociações com a China estão a correr bem. “Penso que estamos a ir muito bem com a China”, disse o Presidente norte-americano aos jornalistas, durante um discurso na Academia da Força Aérea dos EUA, no Colorado.

“A China adoraria fazer um acordo connosco. Tínhamos um acordo e eles quebraram-no. Penso que se eles tivessem que fazer um novo acordo, não teriam feito o que fizeram“.

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Presidente do PS afirma que “quem agir à margem da lei deve sofrer as consequências”

  • Lusa
  • 30 Maio 2019

Confrontado sobre as detenções de autarcas socialistas, Carlos César disse que "quem agir à margem da lei" ou "estiver ligado a situações de abuso de poder" deve acatar as respetivas consequências.

O presidente do PS, Carlos César, afirmou esta quinta-feira que quem agir à margem da lei e quem estiver ligado a situações de abuso de poder ou ao desenvolvimento de atividades ilícitas deve sofrer as respetivas consequências judiciais.

Carlos César assumiu esta posição no final da reunião semanal da bancada socialista, no Parlamento, depois de confrontado pelos jornalistas sobre as detenções de autarcas socialistas, pela Polícia Judiciária (PJ), na quarta-feira, no âmbito da Operação Teia, que envolveu 50 agentes e seis magistrados.

Os presidentes das câmaras municipais de Santo Tirso, Joaquim Couto, e de Barcelos, Miguel Costa Gomes, bem como o presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, Laranja Pontes, e a empresária Manuela Couto (mulher do autarca de Santo Tirso) foram detidos por suspeita da prática reiterada de viciação de procedimentos de contratação pública, com vista a favorecer pessoas singulares e coletivas, proporcionando vantagens patrimoniais.

Confrontado com este caso, o presidente do PS disse que, “como cidadão”, entende que “quem agir à margem da lei, quem abusar do poder, quem desenvolver atividades ilícitas ou com efeitos danosos deve sofrer as respetivas consequências”. “Não conheço o processo em particular, as investigações decorrem e a seu tempo elas chegarão provavelmente a uma decisão judicial. Se for condenado, é a justiça que é feita. Se isso não acontecer, também é justiça”, respondeu Carlos César.

Questionado sobre o facto de um dos suspeitos ser presidente do IPO do Porto, que se encontra em gestão corrente, o presidente do PS retirou em absoluto o Governo da esfera deste processo crime. “Não vejo relação porque o Governo não acompanha as diligências de investigação, que não são publicamente conhecidas”, declarou.

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Chineses investiram mais de nove mil milhões de euros em Portugal em 2018

  • Lusa
  • 30 Maio 2019

Portugal é atualmente o quinto país europeu em volume de investimento chinês. A energia, a eletricidade, as finanças, os seguros e o imobiliário são as áreas de maior investimento.

O investimento chinês em Portugal ultrapassou os nove mil milhões de euros em 2018, de acordo com um relatório divulgado esta quinta-feira pelo Governo de Macau, encomendado à Associação Internacional de Construtores da China.

Portugal é atualmente o quinto país europeu em volume de investimento chinês, pode ler-se no mesmo documento, apresentado na inauguração do Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla em inglês) que termina sexta-feira em Macau. A energia, a eletricidade, as finanças, os seguros e o imobiliário são as áreas de maior investimento da China em Portugal.

Por outro lado, sublinha-se no mesmo relatório, a China é a mais importante fonte de capital estrangeiro para os países de língua portuguesa, destacando-se os exemplos de Brasil, Portugal e Moçambique.

A edição deste ano do fórum conta com mais de dois mil empresários, académicos e políticos, dos quais mais de 50 governantes oriundos de 40 países e regiões, num evento cujo orçamento está estimado em 39 milhões de patacas (4,3 milhões de euros) e que é promovido sob a orientação do Ministério do Comércio da República Popular da China e do Governo de Macau.

O IIICF inclui 36 fóruns paralelos, exposições, seminários de promoção de projetos e bolsas de contacto, entre outras atividades de negociação comercial, para operacionalizar a cooperação entre os países envolvidos na estratégia adotada pelo Governo chinês denominada de “Uma Faixa, Uma Rota”, que visa o desenvolvimento de infraestruturas e investimentos em países europeus, asiáticos e africanos.

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Queixas contra a Segurança Social sobem 39%. Atrasos nas pensões lideram reclamações

Em 2018, as queixas feitas à Provedora de Justiça sobre a Segurança Social aumentaram, em termos absolutos, em 39%. Os atrasos no processamento e pagamento de pensões foram os principais motivos.

A Segurança Social foi o motivo de 30% das queixas apresentadas no último ano à Provedora de Justiça, mantendo-se a principal razão para este tipo de reclamações. De acordo com o Relatório entregue à Assembleia da República, que foi conhecido esta quinta-feira, os atrasos no processamento e pagamento de pensões despertaram a maior parte dessas queixas, tendo mais do que triplicado na comparação homóloga, tal como já tinha sinalizado a Provedora de Justiça, no final do ano.

“Quanto aos assuntos mais tratados em procedimentos abertos no ano de 2018, predominam as queixas em matéria de Segurança Social, as quais representam 30% do total de matérias tratadas no ano”, lê-se no documento conhecido esta tarde. No total, foram apresentadas 2.854 queixas sobre a Segurança Social, valor que compara com as 2.052 reclamações registadas em 2017. Tal valor representa, assim, um disparo em termos absolutos de 39% e uma subida de três pontos percentuais (p.p) do peso relativo desta matéria no total de queixas em relação a 2017.

As queixas incidem maioritariamente (88%) sobre questões relativas a prestações sociais, sendo que as matérias atinentes a contribuições e a dívidas perfazem cerca de 12%”, detalha o relatório. Sobre os objetos dessas queixas, a Provedora de Justiça adianta ainda que foram as pensões de velhice a motivar mais queixas (495, o que representa uma subida de 17%), seguidas das pensões de sobrevivência e outras pensões por morte (378, o que reflete um aumento de 13%) e das contribuições, quotizações, dívidas, restituição de contribuições e de prestações (354, o que equivale a uma subida de 12%).

“Importa salientar o facto de se ter registado este ano um aumento significativo de queixas sobre os atrasos do Centro Nacional de Pensões na apreciação e decisão dos requerimentos de pensões“, salienta a análise, referindo que foram apresentadas 923 queixas deste tipo, mais do triplo das queixas idênticas recebidas em 2017.

Ainda que este não seja um problema novo, a Provedora de Justiça lamenta o seu agravamento, sendo muito desses atrasos superiores a um ano. “Em causa está o acesso tardio a pensões de velhice e de invalidez, pensões unificadas e prestações por morte (pensões de sobrevivência, subsídio por morte e reembolso das despesas de funeral), tanto por parte de cidadãos residentes em Portugal como por parte de cidadãos emigrantes”, lê-se no relatório. “Nas centenas de queixas dirigidas à Provedora de Justiça os cidadãos manifestam o prejuízo, o desespero e a angústia que estes atrasos comportam para si e para os respetivos agregados familiares, clamando, afinal, pelo legítimo direito à pensão“, nota-se.

A Provedora de Justiça sublinha também a falta de recursos humanos (a justificação que tem sido usada pelo Executivo de António Costa para estes atrasos) não pode “servir de fundamento atendível para justificar durante anos o incumprimento dos deveres do Estado e / ou a violação, por parte deste, de direito fundamentais do cidadão”.

O relatório frisa, além disso, que cresceram consideravelmente também as queixas sobre as condições de atribuição e cálculo das pensões antecipadas de velhice e das prestações no âmbito da proteção na deficiência.

Pensões à parte, a segunda matéria a despertar mais queixas foram as Relações de Emprego Público, seguindo-se a Fiscalidade. Por entidade, “quase metade das entidades visadas nas queixas instruídas em 2018 remeteu para a atuação da Administração Indireta e Autónoma”, destacando-se em particular o Instituto da Segurança Social.

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PSD recusa viabilizar Lei de Bases da Saúde negociada à esquerda

  • ECO
  • 30 Maio 2019

A abstenção não será o caminho escolhido pelos sociais-democratas, cujo voto poderia ser decisivo para a aprovação da Lei de Bases da Saúde. O PS conta com o PCP, mas não recolhe o apoio do Bloco.

O PSD não está disposto a viabilizar, nem que seja pela via da abstenção, uma lei de bases negociada entre os socialistas e os partidos à sua esquerda. Esta manhã, o jornal Expresso avançou que os sociais-democratas vão manter a sua proposta de Lei de Bases da Saúde até à votação final, mas vão continuar a mostrar, da mesma forma, disponibilidade para negociar com o PS. A posição foi confirmada, esta tarde, pelo responsável social-democrata Fernando Negrão, ao Público.

“Vamos manter a proposta que temos, da qual não abdicamos, porque é a proposta mais adequada ao Serviço Nacional de Saúde [SNS] nos moldes em que ele existe. Não fazemos alterações profundas ao espírito do SNS, ao contrário da esquerda”, afirmou o responsável social-democrata Fernando Negrão.

O líder da bancada parlamentar do PSD recordou, ainda, que “o senhor primeiro-ministro disse, num debate quinzenal, que a Lei de Bases da Saúde não será aprovada com a direita, mas com a esquerda fundadora do Serviço Nacional de Saúde [SNS]”.

Fernando Negrão quer ver o PS cumprir “o que prometeu”, mas lembra que, se não conseguir, há “uma lei de bases em vigor”. “O PS que regresse à sua origem doutrinária e venha falar connosco”, acrescentou, mantendo a disponibilidade para chegar a um entendimento, mas que, segundo o mesmo, os socialistas nunca procuraram.

Assim, a abstenção não deverá ser o caminho escolhido pelo PSD, cujo voto é decisivo para a aprovação da Lei de Bases da Saúde. Também esta quinta-feira, o Público avançou que o Governo está convencido de que o BE não votará a favor da proposta de nova Lei de Bases da Saúde, mas teria esperança numa eventual abstenção do PSD, que viabilizaria a aprovação do diploma.

(Notícia atualizada às 16h58 com declarações de Fernando Negrão ao Público)

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