Chefe da diplomacia dos EUA falha Moscovo e vai a Bruxelas discutir Irão

  • Lusa
  • 13 Maio 2019

Mike Pompeo viaja esta segunda-feira para Bruxelas para discutir com funcionários europeus "questões urgentes" como o Irão, adiando por um dia a viagem à Rússia.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, viaja esta segunda-feira para Bruxelas para discutir com funcionários europeus “questões urgentes” como o Irão, adiando por um dia a viagem à Rússia, indicaram fontes oficiais.

O chefe da diplomacia norte-americana, que deveria chegar esta segunda-feira a Moscovo, vai falhar a agenda na capital russa e encontrar-se-á com o Presidente russo, Vladmir Putin, e o homólogo russo, Sergei Lavrov, em Sochi, na costa do Mar Negro, na terça-feira.

Em Bruxelas, está previsto um conselho “Assuntos da União Europeia”, mas o Departamento de Estado norte-americano não especificou quais as reuniões que figuram na ordem do dia de Mike Pompeo. A diplomacia norte-americana adiantou apenas que Pompeo irá reunir com funcionários de França, Reino Unido e Alemanha, três países europeus que assinaram o acordo nuclear iraniano em 2015.

No passado dia 8, o Presidente do Irão, Hassan Rohani, deu 60 dias às potências mundiais para se negociar um novo acordo nuclear, adiantando que se tal não acontecer retomará o enriquecimento do urânio.

A União Europeia pediu imediatamente ao Irão que continue a respeitar as suas obrigações ao nível do programa nuclear e rejeitou “qualquer tipo de ultimato”, comprometendo-se a “continuar os esforços para permitir a continuação do comércio legítimo” com Teerão.

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Pescadores só voltam a apanhar sardinha portuguesa a partir de 3 de junho

  • ECO
  • 13 Maio 2019

"Não vai faltar [sardinha] nos Santos Populares", garantiu Humberto Jorge, presidente da Associação das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOP), ao Correio da Manhã.

Os pescadores portugueses só vão voltar à apanha da sardinha a partir de dia 3 de junho. Portugal e Espanha chegaram este ano a um acordo que limita a pesca de um dos mais apetecidos peixes à mesa nacional a 10.799 toneladas, em conjunto. A proibição termina a 15 de maio, mas os pescadores ainda vão demorar mais duas semanas a voltar à apanha, segundo noticia esta segunda-feira o Correio da Manhã (acesso pago).

O regresso à pesca da sardinha no início de junho pretende concentrar a atividade na altura dos Santos Populares, durante os quais acreditam que não haverá escassez. “Não vai faltar nos Santos Populares”, afirmou Humberto Jorge, presidente da Associação das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOP), ao Correio da Manhã.

A garantia de que não haverá falta de sardinhas para os Santos Populares é dada, apesar de as capturas permitidas para 2019 serem menores que as exigidas pelos armadores. Como a sardinha “recuperou nos últimos dois anos”, os pescadores consideram que poderiam chegar às 15.425 toneladas sem comprometer a sustentabilidade do ecossistema.

Na semana passada, representantes de organizações portuguesas e espanholas estiveram em Bruxelas para reclamar este valor junto do Diretor-Geral das Pescas da União Europeia. Assim, Humberto Jorge ainda espera que a quantidade de sardinhas capturadas aumente a partir de setembro. No entanto, esta altura já “é tarde” para o setor.

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Crise política faz PS subir 0,8 pontos nas sondagens. Imagem de Costa sai reforçada

  • ECO
  • 13 Maio 2019

Sem mudanças expressivas nas intenções de voto, as mudanças mais relevantes acontecem na avaliação dos líderes partidários. António Costa é o único a subir.

A comissão parlamentar de Educação pôs um ponto final, no final da semana passada, à crise política, ao chumbar as propostas que alteravam a contagem do tempo de serviço dos docentes. A atuação do primeiro-ministro valeu ao Partido Socialista um residual aumento nas sondagens e um reforço da imagem de António Costa, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

De acordo com uma sondagem da Aximage — cujo trabalho de campo foi realizado entre sexta-feira, 3 de maio, (dia em que Costa falou ao país por volta das 17h30) e a quarta-feira seguinte — as intenções de voto para as eleições legislativas no PS subiram 0,8 pontos percentuais, para 35,4%. O PSD também sai reforçado, mas menos: as intenções de voto aumentaram 0,3 pontos percentuais, para 27,6%.

O Bloco de Esquerda, pelo contrário, registou uma queda nas sondagens, com as intenções de voto a caírem 0,6 pontos, para 7,9%. Contudo, foi o CDS que viu o maior decréscimo na sequência da crise política. O partido liderado por Assunção Cristas registou uma diminuição de 1,1 pontos percentuais, para, agora, ocupar as sondagens com 7,4%.

Se nas intenções de voto, as alterações não são, ainda assim, muito expressivas, onde se notam as mudanças mais relevantes é na avaliação dos líderes partidários. António Costa é o único líder partidário que sobe neste âmbito, com todos os outros — à exceção de Jerónimo de Sousa, que mantém a mesma avaliação — a descerem alguns degraus. O primeiro-ministro sai, assim, com a imagem reforçada desta crise política, aumentando a sua avaliação para 9,8.

a avaliação de Assunção Cristas é a que sofre a maior quebra, sendo também o maior recuo desde que assumiu a presidência do partido, caindo 1,6 valores para 6,3, o pior valor de sempre. Também os líderes do PSD e do Bloco de Esquerda, Rui Rio e Catarina Martins, respetivamente, perderam terreno, ainda que menos do que noutras alturas.

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CTT mudam de presidente e desvalorizam quase 1%. PSI-20 abre no vermelho

A bolsa de Lisboa abriu em baixa, em linha com as principais praças europeias. Apesar da tendência, a Semapa e a EDP seguem com fortes ganhos.

Os CTT estão a ser penalizados em bolsa pela saída do presidente. O operador postal está entre as cotadas que mais cai, numa bolsa de Lisboa que abriu esta segunda-feira no vermelho, a perder 0,67% para 5.128,97 pontos. A tendência negativa é generalizada às principais praças europeias.

Francisco Lacerda apresentou na passada sexta-feira a renúncia ao cargo de presidente executivo dos CTT, antecipando assim a saída no fim do mandato que termina no final do ano. O gestor já tinha decidido que não continuaria num novo mandato, mas a discussão política em torno da companhia e as relações difíceis com a Anacom no meio da aplicação de um plano de reestruturação ainda a meio levaram-no a precipitar a saída. Os títulos perdem 0,94% para 2,32 euros.

Perdas maiores que as do CTT só mesmo da Pharol, que afunda 1,5% para 0,157 euros e da Mota-Engil, que desvaloriza 1,31% para 2,11 euros. Também os pesos pesados BCP (-0,24%), Jerónimo Martins (-0,40%) e Galp (-0,25%) seguem em terreno negativo. Em sentido contrário, a Semapa abriu a ganhar 2% para 13,40 euros e a EDP, que desconta o dividendo a partir desta sessão, a subir 1,13% para 3,13 euros por ação.

O PSI-20 segue, assim, com o sentimento negativo generalizado a toda a Europa. As principais praças mundiais continuam a ser penalizadas pela guerra comercial.

Mensagem de serenidade da China e EUA não acalma investidores

Apesar dos esforços de ambos os lados para transmitir uma mensagem de serenidade e de compromisso para alcançar um acordo comercial, fontes envolvidas na negociação afirmam que a confiança que existia entre as duas partes diminuiu consideravelmente e, por conseguinte, o ritmo de conversações deverá abrandar, não havendo, para já, uma data para a sua retoma”, explicam os analistas do BiG – Banco de Investimento Global, numa nota de abertura do mercado.

Neste cenário de incerteza — em que já entraram em vigor novas tarifas à importação de produtos chineses para os EUA e enquanto se esperam retaliações por parte da China –, o índice pan-europeu Stoxx 600 abriu flat. Tanto o francês CAC 40, como o alemão DAX e o espanhol IBEX 35 abriram a perder 0,1%. O italiano FTSE MIB recua 0,17%.

O índice britânico FTSE 100 também abriu com uma perda de 0,1% depois de a primeira-ministra, Theresa May, ter anunciado a reabertura das conversações com a União Europeia sobre o Brexit. Isto numa altura em que leva a cabo negociações com o líder do partido da oposição, Jeremy Corbyn para tentar chegar a um acordo interno que permita que o Reino Unido abandone a União Europeia este verão.

No mercado cambial, o euro desvaloriza ligeiramente (0,04%) contra a par norte-americana para 1,1229 dólares. Os juros das dívidas da Zona Euro seguem em ligeira baixa, com a yield das obrigações do Tesouro português a 10 anos inalterada, nos 1,117%.

Já o petróleo corrige das perdas da semana passada. O brent negociado em Londres valoriza 0,82% para 71,20 dólares por barril, enquanto o crude WTI de Nova Iorque avança 0,34% para 61,87 dólares por barril.

(Notícia atualizada às 08h20)

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Hoje nas notícias: legislativas, IP e Cartão de Cidadão

  • ECO
  • 13 Maio 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Nas sondagens para as eleições legislativas, o PS segue à frente, com a crise política em torno dos professores a reforçar, ainda que ligeiramente, a liderança. Segue-se o PSD, que também saiu com um ligeiro reforço das intenções de voto, e o Bloco, que, pelo contrário, viu cair a percentagem cair. Já a Infraestruturas de Portugal admite ter de voltar às negociações com os privados que ganharam as sete autoestradas lançadas pelo Governo de Sócrates ou irá para arbitragem. Renovar o Cartão de Cidadão é cada vez mais complicado, com os tempos de espera a rondar um mês (a nível nacional) e, em alguns casos, os três meses (nos 18 municípios do distrito de Lisboa).

Crise política faz PS subir 0,8 pontos nas sondagens

A comissão parlamentar da Educação pôs, na sexta-feira, um ponto final na crise política, ao chumbar as propostas que alteravam a contagem do tempo de serviço dos docentes. A atuação do primeiro-ministro, António Costa, fez com que o Partido Socialista subisse nas sondagens, ainda que pouco. Segundo uma sondagem da Aximage sobre as intenções de voto para as eleições legislativas, cujo trabalho de campo foi realizado entre sexta-feira, dia 3 de maio, (Costa falou ao país neste dia por volta das 17h30) e a quarta-feira seguinte, as intenções de voto no PS subiram 0,8 pontos percentuais, para 35,4%. Já as intenções de voto no PSD aumentaram 0,3 pontos percentuais, para 27,6%. O Bloco de Esquerda recuou, com as intenções de voto a caírem 0,6 pontos para 7,9%.

Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso pago).

IP admite voltar a negociar estradas de Sócrates

A recusa de visto do Tribunal de Contas (TdC) ao contrato alterado da subconcessão do Algarve litoral, em junho do ano passado, levou à suspensão de processos negociais e à não assinatura de um contrato renegociado. Agora, a Infraestruturas de Portugal (IP) admite que terá de voltar à mesa das negociações ou irá para arbitragem com os privados que ganharam, entre 2008 e 2010, as sete autoestradas lançadas pelo Governo de Sócrates.

Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso pago).

“Encerramento aos domingos custaria 20% do emprego”

Para a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), o encerramentos das grandes superfícies e dos centros comerciais ao domingo “não faz sentido”. O presidente da associação, António Sampaio de Matos, diz que a medida eliminaria 20% do emprego e confia que nenhum Governo a tomará. Além disso, a APCC considera, também, que “o cidadão português não quer o encerramento”. Recorde-se que esta discussão veio à tona após o bispo do Porto ter defendido o encerramento dos centros comerciais ao domingo, o que a Associação dos Centros Comerciais considera um retrocesso.

Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso pago).

Marcações para renovar o Cartão de Cidadão em Lisboa só em agosto

É cada vez mais difícil renovar o Cartão de Cidadão em Lisboa. Pode tentar evitar as filas, que por vezes obrigam a esperas de seis horas, mas novos agendamentos só estão disponíveis no final da primeira semana de agosto. A nível nacional é possível fazer agendamentos no prazo de um mês, mas a situação complica-se nos 18 municípios do distrito de Lisboa, com os tempos de espera a rondar os três meses. Em Odivelas, concelho de Loures, por exemplo, se quiser renovar o Cartão do Cidadão sem passar horas em filas, as marcações são só para 30 de novembro.

Leia a notícia completa em Diário de Notícias (acesso pago).

Pescadores só voltam a apanhar sardinha a partir de 3 de junho

A proibição termina já no próximo dia 15 de maio. Contudo, os pescadores só voltam a apanhar sardinha portuguesa a partir do dia 3 de junho, para concentrarem a oferta nos meses de maior procura. Humberto Jorge, presidente da Associação das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOP) garante que “não vai faltar [sardinha] nos Santos Populares”. Contudo, confessa, também, que as capturas permitidas para este ano ficam aquém das exigências dos armadores. Portugal e Espanha alinharam este ano na fixação de um limite de pesca de 10.799 toneladas, a repartir pelos dois países, mas os pescadores consideram que a sardinha “recuperou nos últimos dois anos” e teria condições para que as capturas pudessem atingir 15.425 toneladas.

Leia a notícia completa em Correio da Manhã (acesso pago).

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Zero: Imposto sobre jet fuel em Portugal reduz emissões e vale 500 milhões ao Estado

  • Lusa
  • 13 Maio 2019

Imposto sobre jet fuel reduziria o tráfego e as emissões em 11% e proporcionaria 500 milhões de euros de receita anual.

A associação ambientalista Zero criticou esta segunda-feira as isenções fiscais do setor da aviação em Portugal, defendendo um imposto sobre o combustível, que reduziria o tráfego e as emissões em 11% e proporcionaria 500 milhões de euros de receita anual.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável, Francisco Ferreira, disse que “as emissões da aviação aumentaram 7% em Portugal, no último ano”, revelando que, no contexto europeu, “é dos países que menos impostos impõe à aviação”, apesar de ser um dos setores com maior crescimento nos últimos tempos.

Com base num estudo elaborado para a Comissão Europeia em 2018, que revela que a aviação nos Estados-Membros da União Europeia está mais isenta de impostos do que em outros mercados, Francisco Ferreira defendeu a aplicação de taxas sobre o combustível utilizado e sobre os bilhetes de avião, uma vez que, no caso de Portugal, “não há, praticamente, qualquer expressão” na tributação ao setor.

De acordo com o estudo, pedido pela Comissão Europeia, se Portugal taxasse o combustível da aviação, “conseguiria reduzir o tráfego e as emissões em 11% e isso diminuiria em 6% a população afetada pelo ruído em Portugal e proporcionaria quase 500 milhões de euros, sem afetar o emprego, nem o PIB [Produto Interno Bruto]”, avançou o dirigente da Zero.

“Ou seja, se o setor da aviação iria, efetivamente, sofrer com esta diminuição da procura, o Estado ao reinjetar na economia estes 500 milhões de euros, proporcionaria o mesmo número de empregos ou ainda superior e um aumento de riqueza suficiente para compensar esta redução na aviação”, sustentou Francisco Ferreira, explicando que esta receita fiscal, que seria anual, seria conseguida com um imposto especial sobre o consumo em todos os voos que partem para todos os destinos a partir dos aeroportos portugueses de apenas 0,33 euros por litro, que é a taxa mínima imposta pela Diretiva Europeia de 2003 relativa à tributação dos produtos energéticos.

O presidente da associação ambientalista reforçou que seria “uma oportunidade de reduzir os custos que o transporte aéreo tem em termos de emissões de gases de efeito de estufa e, consequente, alterações climáticas e os efeitos na saúde humana no que respeita à poluição do ar e ao ruído”.

“Para o país, a redução das emissões em 11%, que seria o resultado da aplicação deste imposto, equivaleria a uma redução de procura igual a tirarmos das estradas portugueses 200 mil automóveis por ano”, apontou Francisco Ferreira, referindo que, ao contrário do transporte rodoviário, as companhias aéreas não pagam impostos sobre o combustível que abastecem nos aeroportos da União Europeia.

Lembrando que está em discussão o Plano Nacional de Energia e Clima e o Roteiro para a Neutralidade Carbónica para 2050, “é crucial que Portugal, tal como está na linha da frente nas energias renováveis, por exemplo, e nestes objetivos climáticos de longo prazo, traduza também no setor da aviação está mesma ambição”.

“Não podemos estar a olhar para os dados que mostram o enorme aumento de emissões, perspetivar e anunciar mais do que a duplicação de passageiros de aeroportos como Lisboa, com implicações climáticas muito significativas, e perdermos a possibilidade de gerar receitas fiscais, de contrariar a procura”, declarou o presidente da Zero, considerando “exagerada” a atual procura no setor da aviação, “que tem efeitos diretos sobre a saúde das populações e sobre o clima”.

Através da proposta de política fiscal na aviação, a associação ambientalista acredita que se pode “corrigir, efetivamente, ao longo dos próximos anos, um setor que deve ser mais equilibrado”, no sentido de fazer com que Portugal seja “coerente” na política ambiental e climática.

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5 coisas que vão marcar o dia

Agenda de segunda-feira preenchida: Lei de Bases da Habitação está em discussão no Parlamento, o INE divulga as receitas fiscais e inflação, enquanto o Banco de Portugal diz quanta dívida comprou.

O grupo de trabalho parlamentar começa a discutir as propostas de alteração à Lei de Bases da Habitação. Por outro lado, o INE divulga dois indicadores importantes: a evolução das receitas fiscais no ano passado e os preços no consumidor em abril. Já o Banco de Portugal revela o montante de dívida pública que adquiriu em 2018. E numa altura em que paira nova greve dos motoristas de materiais perigosos, os preços dos combustíveis vão descer.

Parlamento discute Lei de Bases da Habitação

O grupo de trabalho do Parlamento discute a Lei de Bases da Habitação durante esta semana, com a apresentação de propostas de alteração àquela que será a nova lei que deverá servir de base à regulação do setor da habitação. Em cima da mesa estão várias medidas, como a extinção automática do crédito bancário com a entrega da casa ou a limitação das taxas de juro nos contratos de empréstimo à habitação. A votação final está prevista para 31 de maio.

Carga fiscal atinge recorde?

O INE divulga as estatísticas das receitas fiscais no ano passado. E deverá confirmar os dados que divulgou em março: a carga fiscal atingiu 35,4% do PIB em 2018, depois de no ano anterior ter chegado a 34,4%, o valor mais alto de sempre a par do ano de 2015. Este aumento face a 2017 aconteceu apesar do abrandamento da travagem no PIB em 2018 face ao ano anterior.

Preços a travar?

O gabinete de estatísticas atualiza ainda a evolução dos preços no consumidor no mês de abril. Em março, a taxa de inflação fixou-se nos 0,8%, marcando uma desaceleração dos preços face ao mês anterior.

Quanta dívida o Banco de Portugal comprou?

Os bancos centrais continuam ativos no mercado de dívida, no âmbito do programa de compra de títulos do Banco Central Europeu. Qual foi o montante investido pelo Banco de Portugal em 2018? É o que vamos ficar a saber com o Relatório de Implementação da Política Monetária que o banco central presidido por Carlos Costa apresenta ao início da tarde.

Combustíveis baixam 13 semanas depois

Os combustíveis vão ficar mais baratos esta semana. Fonte do setor adiantou ao ECO que o preço da gasolina vai descer dois cêntimos por litro, naquela que é a primeira descida em 13 semanas. Também o gasóleo baixa, mas a queda será de meio cêntimo.

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Debate quinzenal. Costa leva estratégia e gestão integrada de fogos rurais ao Parlamento

  • Lusa e ECO
  • 13 Maio 2019

O tema escolhido pelo primeiro-ministro para o debate quinzenal desa segunda-feira é a estratégia e a gestão integrada de fogos rurais. Deputados reúnem pela última vez antes das eleições europeias.

Com os termómetros a chegarem aos 30 graus fora de época e os bombeiros de alguns municípios colocados em alerta, António Costa vai estar esta segunda-feira na Assembleia da República para debater a “estratégia e gestão integrada de fogos rurais”, tema escolhido pelo primeiro-ministro para o debate quinzenal.

Na quinta-feira, o Observatório Técnico Independente criado pelo parlamento para acompanhar os incêndios florestais divulgou um relatório, no qual se considera positivo o resultado obtido em 2018, mas, ao mesmo tempo, adverte-se que se “está longe de constituir uma segurança para os anos seguintes”, existindo aspetos que devem ser melhorados, como o planeamento.

“É facto que as estatísticas dos incêndios do ano de 2018, sem vítimas mortais, com menor número de ocorrências e pequena área ardida, em termos comparativos com as anteriores, foi positivo, mas tal facto está longe de constituir uma segurança para os anos seguintes. Pelo contrário, esta é uma excelente oportunidade para visitar a prática do sistema e propor as melhorias necessárias”, defende o Observatório Técnico Independente (OTI) num relatório que avalia o fogo de Monchique, no Algarve, o maior de 2018.

Nesse mesmo documento, já entregue na Assembleia da República, entre outras medidas, os peritos do OTI propõem que a interação entre agentes do sistema seja melhorada, nomeadamente a “uniformização de conceitos técnicos e da sua aplicação prática entre as múltiplas entidades que intervêm no teatro de operações”, uma vez que a elevada diversidade de agentes envolvidos “não facilita este processo, pelo que tal deverá ser tido em conta em futuras reestruturações do sistema de combate a incêndios.

Este debate quinzenal, que será aberto com uma intervenção de António Costa, vai ocorrer já no período oficial de campanha para as eleições europeias do próximo dia 26.

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XTB fica sem diretor em Portugal. Perde equipa para a concorrência

Além do country manager, a unidade portuguesa da corretora polaca perdeu outras quatro pessoas que irão integrar a equipa da recém-chegada Infinox. Esta definiu como meta destronar a XTB em 2020.

A corretora polaca XTB vai mudar a liderança do negócio em Portugal. Francisco Horta, que exercia funções de country manager da XTB Portugal, abandonou o cargo no início do mês, apurou o ECO. O cargo está a ser ocupado, temporariamente, pelo homólogo espanhol.

“A saída do Francisco foi absolutamente profissional, cordial e por mútuo acordo”, afirmou Eduardo Silva, team leader da XTB em Portugal, sobre as razões da saída. “Ele abriu a sucursal e deixou a empresa com a maior quota de mercado de CFD em Portugal. No entanto, como é normal nestas empresas, passados oito anos era altura certa para mudar”.

Para já, as operações serão lideradas pelo diretor regional de Espanha, Alberto Medran. “A aposta em Portugal por parte da XTB é total e não só vamos manter a atual estrutura como vamos aumentar o número de funcionários. O mercado português é determinante para a região e vamos aumentar a relevância do mesmo”, acrescentou Eduardo Silva. Contactado, Francisco Horta confirmou a informação, mas não quis fazer mais comentários.

O ECO sabe que esta não foi, no entanto, a única saída da corretora polaca nos últimos meses. Além de Francisco Horta, quatro membros da equipa saíram também e irão agora integrar a nova equipa da corretora britânica Infinox, cujo escritório em Lisboa foi inaugurado na semana passada.

Neste grupo inclui-se Tiago da Costa Cardoso, novo responsável regional da broker, que confirmou ao ECO que “a mudança surge como uma oportunidade não só pelo facto de acreditar muito no projeto, no potencial de crescimento noutros mercados e na tecnologia que estamos a desenvolver”. Na apresentação, a Infinox definiu como objetivo destronar a XTB como líder de mercado de derivados.

Restrições à venda de produtos complexos encolhe lucros

A operar no mercado português desde 2010, a corretora polaca está presente em mais de 20 países, dos cerca de metade na Europa. No ano passado, a XTB (que é especializada em derivados) tinha anunciado uma aposta na diversificação da oferta, com a entrada no mercado de ações, bem como a redução dos preços para os clientes. Na altura, falava de crescimento e captação de novos clientes em Portugal.

No entanto, a corretora tem enfrentado dificuldades com as restrições europeias aos Contratos por Diferenças (CFD). A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) limitou, a 1 de agosto do ano passado, a comercialização destes produtos financeiros complexos junto de investidores de retalho por ter concluído que entre 74% e 89% das contas de retalho perdem dinheiro com CFD.

A limitação tem tido impacto nos resultados da XTB. O lucro líquido da corretora polaca tombou 88% para 920 mil euros no quarto trimestre de 2018, face aos 7,63 milhões de euros registado no período homólogo.

As contas relativas apenas a Portugal não são conhecidas, mas os dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) mostram que a XTB manteve a posição de líder do mercado de derivados no primeiro trimestre. No entanto, os 4,1 mil milhões de euros de investimento em derivados entre janeiro e março representou uma queda 56,4% face ao mesmo período do ano passado.

Eduardo Silva negou que a saída do country manager da XTB estivesse relacionada com o desempenho da empresa e acrescentou sobre o aumento da regulação: “a consolidação no setor pós-ESMA irá beneficiar a XTB no longo prazo. A presença vai continuar forte é apenas um ciclo que terminou e outro que começa”.

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Ouro parado nos cofres do Banco de Portugal valorizou quase 500 milhões

O banco central manteve as reservas de ouro inalteradas. Com o sentimento negativo nos mercados financeiros, o ativo refúgio valorizou e deu ganhos.

O ouro que está nos cofres do Banco de Portugal rendeu quase 500 milhões de euros. As reservas mantiveram-se inalteradas, mas a valorização do ativo nos mercados internacionais — impulsionado pela procura dos investidores por refúgio num ano negativo para as bolsas — deu ganhos ao banco central, em 2018.

“A carteira de investimento a vencimento praticamente não se alterou face ao ano anterior, tendo-se aplicado os fundos vencidos no ano em emitentes e prazos que permitissem maximizar os rendimentos futuros. À semelhança dos anos anteriores, a quantidade de ouro detida pelo banco (382,5 toneladas) não se alterou. O respetivo valor, em euros, aumentou 3%, refletindo a valorização do ouro face ao euro”, refere o relatório do Conselho de Administração sobre a atividade e contas do BdP em 2018.

As 382,5 toneladas de ouro nos cofres do banco central estão avaliadas em 13.786 milhões de euros em dezembro de 2018, um valor que compara com os 13.305 milhões de euros que valiam no final do ano passado, ou seja, uma valorização de 481 milhões de euros. Desde 2014, o valor do ouro detido pelo BdP aumentou 13,5%.

A cotação do ouro face ao euro subiu 10,8% em 2018, um ano em que as bolsas mundiais desvalorizaram (no caso do português PSI-20 foram mais de 12%), levando uma forte procura por ativos refúgio. A tendência foi especialmente exacerbada em setembro, durante o sell-off no mercado acionista. Desde o início de 2019, a cotação já avançou mais 2,4%, apesar de ter desvalorizado temporariamente em janeiro (coincidindo com a recuperação no preço das ações).

A evolução deveu-se à valorização do dólar norte-americano face ao euro, uma vez que o preço do ouro em dólares sofreu uma desvalorização de 1,1% face a 2017. Apesar de o BdP não ter alterado o montante nas reversas, em linha com o acordo entre os bancos centrais da Zona Euro, houve transações. “Em 2018, o banco efetuou swaps de ouro por moeda estrangeira, com o intuito da rentabilização deste ativo de reserva“, explicou.

Além do ouro, a carteira de ativos de investimentos próprios do BdP inclui ainda ativos em euros e em moedas estrangeiras. A 31 de dezembro de 2018, totalizava 33.688 milhões de euros, menos 2,5% do que em 2017, “refletindo, sobretudo, a decisão de redução de ativos, num contexto de taxas de juro muito baixas ou mesmo negativas na área do euro”, acrescentou a instituição financeira liderada por Carlos Costa.

Fonte: Relatório do Conselho de Administração sobre a atividade e contas do BdP em 2018

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Avaliação da banca corta 30% ao preço das casas em Lisboa

Se no primeiro trimestre de 2016 a avaliação bancária das casas na capital estava ao mesmo nível do preço de venda, agora o diferencial é elevado. Os bancos estão a proteger-se da escalada dos preços.

Apesar de algum abrandamento, os preços das casas continuam a aumentar. É uma realidade em todo o país, mas é especialmente visível na capital portuguesa. Uma escalada que não está a ser, contudo, acompanhada pela avaliação que os bancos fazem dos imóveis na altura de concederem aos particulares crédito para a compra de habitação. Há uma postura de maior conservadorismo por parte do setor que está a ditar cortes de cerca de 30% ao valor dos imóveis em Lisboa.

Se no primeiro trimestre de 2016 a avaliação bancária das casas situadas na capital estava quase ao mesmo nível do preço de venda, de acordo com a comparação entre os valor do metro quadrado dos imóveis feita pelos avaliadores que prestam serviços para a banca e o preço a que efetivamente são fechados os negócios revelados pelo INE, a realidade no final de 2018 era muito distinta.

Avaliação da banca cada vez mais aquém dos preços

Fonte: INE | Dados trabalhados pelo ECO

Há três anos, o preço do metro quadrado das casas situadas em Lisboa estava a ser avaliado pela banca a 1.895 euros, enquanto o preço médio de venda era de 1.875 euros. Ou seja, a avaliação bancária estava 1,07% acima do preço médio de venda.

A partir dessa altura começou-se a assistir a uma subida tanto da avaliação bancária, como dos valores de transação, mas com estes últimos a crescerem a um ritmo cada vez mais acelerado, de modo que chegado ao final de 2018, a relação entre os dois indicadores inverteu-se. Se no último trimestre do ano passado o metro quadrado estava a ser avaliado por 2.162 euros pelos bancos, o preço de venda já estava nos 3.010 euros, em média. Ou seja, a avaliação já está praticamente 30% aquém do preço de venda.

Deve notar-se que as avaliações não desceram, bem pelo contrário. Aumentar as avaliações em cerca de 20% em três anos é significativo. Os preços é que subiram muito mais depressa do que as avaliações.

Filipe Garcia

IMF

Trata-se de um cenário distinto face à realidade observada tanto a nível nacional, como nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, bem como da cidade do Porto. Aí, as avaliações bancárias continuavam acima dos preços de venda no final de 2018, apesar de a distância entre os dois indicadores ter ficado mais curta.

No início de 2016, o valor atribuído pelos bancos aos imóveis superava em 26%, 13% e 27,5%, respetivamente, o preço de venda a nível nacional, das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, e da cidade do Porto. Já no final de 2018, a distância tinha encolhido para 22%, 12% e 23%, respetivamente.

Cautela dita distanciamento das avaliações face aos preços

A realidade que se observa na cidade de Lisboa é atribuída por especialistas consultados pelo ECO a um conservadorismo das avaliações dos avaliadores e da própria banca num cenário de subida de preços que poderá ser considerado já excessivo na capital.

“Deve notar-se que as avaliações não desceram, bem pelo contrário. Aumentar as avaliações em cerca de 20% em três anos é significativo. Os preços é que subiram muito mais depressa do que as avaliações“, começa por dizer Filipe Garcia, CEO da IMF. “Isto pode refletir algum conservadorismo dos bancos no sentido em que mesmo aprovações de 100% da avaliação, que não são de todo a regra, significam que o banco fica mais defendido quanto a um eventual recuo do preço de mercado no caso de ter de executar a hipoteca”, refere a este propósito o economista que identifica ainda outro elemento na fórmula. “Pode significar que os preços subiram demasiadamente depressa e que os avaliadores – que são em princípio independentes – consideram que é, para já, uma valorização excessiva do imobiliário”, acrescenta.

Como sabem que o preço [das casas] está a subir, o setor financeiro e os próprios avaliadores protegem-se.

Luís Lima

APEMIP

Luís Lima, presidente da APEMIP que representa as imobiliárias, tem uma opinião próxima. “Pode ser um fator defensivo em termos do cálculo de risco da operação por parte dos bancos” acredita Luís Lima, levando assim a que “seja mais exigentes na avaliação bancária”. “Como sabem que o preço está a subir, o setor financeiro e os próprios avaliadores protegem-se”, acrescenta.

Os dados do INE mostram que os preços das casas vendidas em Lisboa cresceram ao triplo do ritmo de subida verificada a nível nacional, no acumulado dos últimos três anos, com o valor do metro quadrado a estar já acima dos 3.000 euros (3.010 euros). “Porto e Lisboa têm sido as que mais têm valorizado, tendo Lisboa iniciado o processo. Isto explica-se pela maior atratividade destas localizações, tendo como pano de fundo a pressão demográfica (de portugueses e imigrantes) e o turismo, o que atraiu muito investimento“, afirma Filipe Garcia.

Luís Lima explica ainda que “mais de 60% da procura de casas é em Lisboa e no Porto”, falando numa “pressão muito grande” nessas zonas do país, mas que é particularmente notória na capital do país.

Bolha imobiliária? “Não estamos aí”

Ainda na semana passada, Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Totta, afirmou que quem comprou casa até ao ano de 2016 “comprou bem”, uma afirmação que poderia eventualmente poder ser interpretada como sinal da existência de uma bolha nos preços do imobiliário.

Filipe Garcia não acredita que esteja em causa um cenário desta natureza. “Partilho da opinião de que quem comprou em 2016 comprou bem porque, indubitavelmente, os preços estão agora bem mais altos“, diz, considerando que “o tema da bolha é mais discutível” já que “não se vê de forma muito frequente dois fenómenos típicos de bolha imobiliária que são a compra para venda pouco depois, nem casas vazias”.

Partilho da opinião de que quem comprou em 2016 comprou bem porque, indubitavelmente, os preços estão agora bem mais altos. O tema da bolha é mais discutível porque não se vê de forma muito frequente dois fenómenos típicos de bolha imobiliária que são a compra para venda pouco depois, nem casas vazias.

Filipe Garcia

IMF

O economista lembra que as compras, mesmo que possam ser consideradas a preços altos, têm como finalidade ou a habitação ou o investimento para arrendamento, muitas vezes com reabilitação associada, numa fase em que diz há poucas alternativas. “Portanto, uma coisa é falar de uma alta de preços que pode colocar as coisas em valores difíceis de superar, outra é uma bolha que ao rebentar provoque uma queda acelerada dos preços de venda ou de arrendamento. Creio que não estamos aí”, considera.

Luís Lima salienta, contudo, que no segmento alto, os preços já são mais “esticados”. “Já começa a haver alguma tomada de consciência de que os preços não podem subir até ao céu”, diz relativamente a este segmento, desvalorizando no entanto que tal possa indiciar a existência de uma eventual bolha. “No mercado médio, médio baixo, acredito aliás que nos próximos dez a 15 anos não há risco nenhum“.

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COSEC operacionaliza linhas de crédito do Estado

  • ECO Seguros
  • 13 Maio 2019

A segura de crédito COSEC vai operacionalizar duas linhas de crédito garantidas pelo Estado à metalurgia, metalomecânica e construção.

O Estado vai financiar em 100 milhões de euros duas linhas de crédito destinadas aos setores da indústria metalúrgica, metalomecânica e construção. A linhas de crédito irão ser operacionalizadas pela COSEC, de acordo com o anúncio feiro pelo ministro Adjunto e da Economia na sessão de encerramento do 50º aniversário da seguradora, que decorreu em Serralves.

A nova linha destinada à metalurgia, metalomecânica e moldes vai, inclusive, permitir que os bancos nacionais financiem os importadores de mercadorias portuguesas, para que estas possam ganhar competitividade face a italianos, alemães e franceses.

O crédito garantido pelo Estado vai ainda permitir ao setor da construção, e particularmente às empresas que se estão em internacionalizar em mercados exteriores à União Europeia, recorrer ao seguro de crédito com garantia do Estado para a prestação de cauções nos concursos de obras.

Para o ministro, Portugal encontra-se em boa posição na nova economia e terão “mais benefícios aqueles que estiverem mais próximos do cliente final e que forem capazes de produzir mais rapidamente e de forma mais flexível. Eu diria que as tendências de futuro da economia mundial estão completamente ‘casadas’ com as características do tecido empresarial português”.

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