EUA anunciam plano de 100 mil milhões de dólares para pessoas afetadas

  • Lusa
  • 18 Março 2020

O executivo chefiado por Trump também está a negociar um plano para recuperar e estimular a economia dos Estados Unidos da América.

O Congresso dos EUA aprovou um plano de assistência social de cerca de 100 mil milhões de dólares para trabalhadores diretamente afetados pela pandemia da Covid-19, enquanto a Casa Branca negoceia um plano de recuperação da economia norte-americana.

De acordo com a agência France-Presse, esta medida – apoiada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – foi aprovada em votação final global pela maioria republicana no Senado norte-americano, em Washington.

Os cerca de 100 mil milhões de dólares (mais de 91 mil milhões de euros) vão apoiar os trabalhadores norte-americanos afetados pela doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

O executivo chefiado por Trump também está a negociar um plano para recuperar e estimular a economia dos Estados Unidos da América e que poderá ser de mais de 1,3 triliões de dólares (mais de um bilião de euros).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.978 mortes para 35.713 casos, o Irão, com 1.135 mortes (17.350 casos), a Espanha, com 558 mortes (13.716 casos) e a França com 175 mortes (7.730 casos).

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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Wall Street dá novo mergulho na crise. Afunda 7%

Grupo de hotelaria Hilton e Marriott afundaram mais de 10% esta quarta-feira perante travão no turismo. Bolsas norte-americanas voltaram a cair fundo na crise provocada pelo coronavírus.

Com a economia norte-americana a travar a fundo devido ao surto do novo coronavírus, indo a caminho de uma recessão que parece cada vez mais inevitável, Wall Street voltou a mergulhar fundo na crise que também atravessa.

Na sessão desta quarta-feira, o índice industrial Dow Jones recuou 7,66% para 19.609,84 pontos. Também o S&P 500 tombou 6,57% para 2.362,90 pontos e a negociação chegou a estar temporariamente suspensa com os travões automáticos acionados quando registou uma queda superior a 7%. O tecnológico Nasdaq caiu quase 6% para 6.989,84 pontos.

Entre os setores mais penalizados estão os setores da aviação e hotelaria — o surto está a provocar uma razia na atividade turística. O índice da S&P para o setor das companhias aéreas caiu mais de 20%. As ações do grupo de hotéis Hilton, Marriott e Hyatt perderam entre 10% e 20%.

“O mercado passou de uma posição em que não temia nada, no início de fevereiro, para dias como o de hoje [quarta-feira] em que nos sentimos sem esperança sobre o que se está a passar”, disse Wayne Wicker, da Vantagepoint Investment Advisers, em declarações à Reuters.

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Estas são as 5 razões para Marcelo decretar o estado de emergência

  • ECO
  • 18 Março 2020

Consciente da divisão que o recurso ao estado de emergência gera entre os portugueses, Marcelo apresentou as "cinco razões essenciais" que explicam este passo. Leia aqui.

Marcelo Rebelo de Sousa decretou o estado de emergência para reforçar o combate contra o coronavírus. O Presidente da República, ouvido o Conselho de Estado, viu o Governo aprovar este pedido, assim como a Assembleia da República, conseguindo assim armas para aquela que, nas palavras do chefe de Estado, se trata de “uma verdadeira guerra”.

O Presidente anunciou a decisão aos portugueses, numa comunicação ao país. Consciente da divisão que o recurso ao estado de emergência gera entre os portugueses, Marcelo apresentou as suas explicações.

Leia aqui as “cinco razões essenciais” que “explicam o passo dado”:

“Primeira – Antecipação e reforço da solidariedade entre poderes públicos e deles com o Povo. Outros países, que começaram, mais cedo do que nós, a sofrer a pandemia, ensaiaram os passos graduais e só agora chegaram a decisões mais drásticas, que exigem maior adesão dos povos e maior solidariedade dos órgãos do poder. Nós, que começamos mais tarde, devemos aprender com os outros e poupar etapas, mesmo se parecendo que pecamos por excesso e não por defeito.

O Povo Português tem sido exemplar. Mas este sinal político, dado agora, e dado não apenas pelo Governo, mas por Presidente da República, Assembleia da República e Governo é uma afirmação de solidariedade institucional, de confiança e determinação, para o que tiver de ser feito nos dias, nas semanas, nos meses que estão pela frente.

Segunda – Prevenção. Diz o povo: mais vale prevenir do que remediar. O que foi aprovado não impõe ao Governo decisões concretas, dá-lhe uma mais vasta base de Direito para as tomar. Assim, permite que possam ser tomadas, com rapidez e em patamares ajustados, medidas que venham a ser necessárias no futuro. Nomeadamente, na circulação interna e internacional, no domínio do trabalho, nas concentrações humanas com maior risco, no acesso a bens e serviços impostos pela crise, na garantia da normalidade na satisfação de necessidades básicas, nas tarefas da proteção civil, em que, nos termos da lei, todos já são convocados, civis, forças de segurança e militares. O que seria, mais tarde, se fosse necessário agir, num ou noutro caso, neste quadro preventivo e ele não existisse?

Terceira – Certeza. Esta base de Direito dá o quadro geral de intervenção e garante que, mais tarde, acabada a crise, não venha a ser questionado o fundamento jurídico das medidas já tomadas e a tomar.

Quarta – Contenção. Este é um estado de emergência confinado, que não atinge o essencial dos direitos fundamentais, porque obedece ao fim preciso do combate à crise da saúde pública e da criação de condições de normalidade na produção e distribuição de bens essenciais a esse combate.

Quinta – Flexibilidade. O estado de emergência dura 15 dias, no fim dos quais pode ser renovado, com avaliação, no terreno, do estado da pandemia e sua previsível evolução.

É um sinal político forte de unidade do poder político, que previne situações antes de poderem ocorrer, estabelece um quadro que confere certeza, dá poderes ao Governo mas não regidifica o seu exercício, e permite reavaliação na sua aplicação num combate que muda de contornos no tempo.

É também um sinal democrático.

Democrático, pela convergência dos vários poderes do Estado.

Democrático, porque é a Democracia a usar os meios excecionais que ela própria prevê para tempos de gravidade excecional.

Não é uma interrupção da Democracia. É a Democracia a tentar impedir uma interrupção irreparável na vida das pessoas.

Não é, porém, uma vacina, nem uma solução milagrosa, que dispense o nosso combate diário, o apoio reforçado ao Serviço Nacional de Saúde, a capacidade de pessoas e as famílias continuarem a tentar limitar o contágio, para que os números a crescer cresçam menos do que os piores cenários e para que o tratamento possa ser, cada vez mais, em casa. Tudo mais cedo do que mais tarde.

Até porque, num ponto, os especialistas são claros – depende da contenção nestas próximas semanas o conseguirmos encurtar prazos, poupar pacientes e, sobretudo, salvar vidas.

Temos, pois, todos de fazer por contribuir para ir o mais longe e o mais depressa possível nesta luta desigual.

E quanto mais depressa formos, mais depressa poderemos salvar vidas, salvar a saúde, mas também concentrar-nos nos efeitos, a prazo, no emprego, nos rendimentos, nas famílias, nas empresas.

E, mesmo agora, só se salvam vidas e saúde se, entretanto, a economia não morrer.

Por isso, o Estado está a ajudar a economia a aguentar estes longos meses mais agudos. Fazendo o que possa para proteger o emprego, as famílias e as empresas.

Mas nós temos de fazer a nossa parte. Não parar a produção, não entrar em pânicos de fornecimentos como se o País fechasse, perceber que limitar contágio e tratar de contagiados em casa é e tem de ser compatível com manter viva a nossa economia.

Assim é em tempo de guerra, as economias não podem morrer”.

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Estado de emergência “é do interesse nacional”. Trata-se de “uma verdadeira guerra”, diz Marcelo

A declaração de estado de emergência já era esperada, após ter recebido pareces favoráveis do Governo e do Parlamento. Decisão foi agora oficializada pelo Presidente da República.

Conselho de Estado por videoconferênciaPresidência da República

Está declarado estado de emergência em Portugal. Após ter recebido pareceres favoráveis do Governo e do Parlamento, o Presidente da República, Marcelo Rebelo, oficializou a declaração de estado de emergência no país devido à pandemia de coronavírus, que já infetou 642 pessoas e causou duas vítimas mortais.

“Acabei de decretar estado de emergência. É uma decisão excecional num tempo excecional”. Foram estas as primeiras palavras de Marcelo Rebelo de Sousa. “Entendi ser do interesse nacional dar este passo”, afirmou numa declaração ao país esta quarta-feira a partir de Belém, dizendo que a pandemia de coronavírus é uma “verdadeira guerra” que irá pior até atingir o pico.

“A epidemia de Covid-19 não é uma qualquer epidemia como aquelas que já conhecemos na nossa democracia. Está a ser e vai ser mais intensa. Vai demorar mais tempo até desaparecerem os seus últimos efeitos. Está a ser e vai ser um teste nunca vivido ao nosso Sistema Nacional de Saúde e à nossa sociedade, chamada a uma contenção e a um tratamento em família sem precedentes. Está a ser e vai ser um desafio enorme para a nossa maneira de viver e para a nossa economia“, alertou Marcelo Rebelo de Sousa.

O presidente da República elogiou a conduta dos portugueses, na quarentena voluntária que muitos estão a viver. Mas pediu que se evitassem pânicos como a corrida aos supermercados ou a paragem da produção das empresas. “Temos todos de fazer por contribuir para ir mais longo e o mais depressa possível nesta luta desigual. E quanto mais depressa formos, mais depressa poderemos salvar vidas, salvar a saúde mas também concentrar-nos nos efeitos a prazo no emprego, nos rendimentos, nas famílias, nas empresas”.

Já sobre o Governo — “que tem entre mãos uma tarefa hercúlea”, como disse Marcelo –, afirmou que as medidas decididas ao nível do controlo das fronteiras e do apoio à economia foram apoiadas por todos, “conscientes que só a unidade permite travar e, depois, vencer guerras”. O Presidente clarificou ainda que o estado de emergência agora decretado dá flexibilidade ao Governo suficiente para atuar para limitar a disseminação do vírus, bem como evita que as medidas agora tomadas possam vir a ser juridicamente contestadas no futuro. “Dá poderes ao Governo, mas não ridigifica a sua atuação”, referiu.

O decreto fica em vigor por um prazo de 15 dias (renováveis), sendo que este período tem início às 0h00 desta quinta-feira, 19 de março de 2020. Irá cessar às 23:59 horas do dia 2 de abril de 2020.

Até então suspende direitos, liberdades e garantias dos cidadãos portugueses, numa tentativa de evitar o contágio. Implica a suspensão do direito de deslocação e fixação em qualquer parte do território nacional, de circulação internacional, de reunião e de manifestação, de liberdade de culto na sua dimensão coletiva, bem como do direito de resistência.

Por outro lado, entre os direitos que permanecem ativos estão o direito à vida, à integridade pessoal, à identidade pessoal, à capacidade civil e à cidadania, à não retroatividade da lei criminal, à defesa dos arguidos e à liberdade de consciência e de religião. Também não são afetadas a liberdade de expressão nem a de informação.

O decreto determina também que “em caso algum pode ser posto em causa o princípio do Estado unitário ou a continuidade territorial do Estado”. E declara, para terminar, que a Procuradoria-Geral da República e a Provedoria de Justiça manter-se-ão, doravante, “em sessão permanente”.

(Notícia atualizada às 20h30)

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BPI isenta comerciantes de comissões nos terminais de pagamento

Além da operacionalização da linha de crédito lançada pelo Governo, o BPI também vai isentar os comerciantes do pagamento de comissões nos terminais de pagamento automático.

Foram vários os bancos que já anunciaram medidas de apoio às empresas para mitigar os efeitos da crise provocada pela pandemia do Covid-19. Agora foi a vez do BPI. Os apoios incluem soluções de financiamento, isenções de comissões e mensalidades nos terminais de pagamento automático (TPA) para comerciantes e ainda o alargamento dos serviços nos canais digitais.

“O objetivo destas medidas extraordinárias é reduzir a pressão sobre a tesouraria das empresas, grandes e pequenas, de todos os setores de atividade, num contexto em que a sua atividade corrente — produtivo e/ou comercial — sofreu um impacto excecional, originando uma redução do volume de negócios”, explica o banco liderado por Pablo Forero.

Quais são as medidas?

  • Linha Capitalizar 2018-Covid-19: lançada pelo Governo, esta linha já está a ser dinamizada proativamente pelo banco junto dos clientes mais afetados pelo surto. Tem um prazo de vigência até 31 de maio de 2020, podendo ser prorrogado o prazo. Esta linha prevê 160 milhões para “Fundo de Maneio” e de 40 milhões para “Plafond de Tesouraria”, com um montante máximo de 1,5 milhões por empresa.
  • Isenções nos terminais de pagamento automático para comerciantes: foi eliminada a comissão mínima nas transações realizadas nos TPA. Também foi suspensa a cobrança da mensalidade para os comerciantes que encerrem a sua atividade temporariamente — a isenção vigorará durante todo o período em que o estabelecimento estiver encerrado. “Estas medidas permitem apoiar um setor que enfrenta uma diminuição significativa da sua atividade económica e promover a utilização e aceitação de pagamentos eletrónicos”, diz o BPI.
  • Alargamento dos serviços para empresas nos canais digitais: o banco está a flexibilizar as formas de adesão ao homebanking de empresas e está a alargar os serviços disponíveis nesse canal.

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Incumpriu o estado de emergência? São estas as consequências

O estado de emergência foi acionado pelos líderes nacionais, de forma a atenuar a propagação do Covid-19. Em caso de incumprimento, pode ser punido com pena de prisão ou multa.

O estado de emergência decretado por Marcelo Rebelo de Sousa foi aprovado esta quarta-feira pela Assembleia da República de forma a adotar medidas necessárias à contenção da propagação da doença Covid-19, que está a assolar o país e o mundo. Assim, os portugueses apenas poderão ausentar-se de casa para saídas estritamente necessárias, como idas ao supermercado ou farmácia. Mas o que acontece a quem não cumprir estas medidas?

A lei é clara, quem não cumprir incorre em crime de desobediência, segundo o artigo 7º do Regime do Estado de Sítio e do Estado de Emergência. “É um crime cujo objeto é a violação da declaração ou da execução da lei que determina o estado de emergência”, explicam na Rita Duarte Campos e Pedro Barosa, sócios contratados, da Abreu Advogados.

Aos cidadãos será aplicada a norma incriminatória prevista no artigo 348.º do Código Penal. “Quem faltar à obediência devida a ordem ou a mandado legítimos, regularmente comunicados e emanados de autoridade ou funcionário competente, é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias”, refere a norma portuguesa.

“O que aqui é também relevante notar é que o crime de desobediência é apenas um dos muitos que pode ser praticado num contexto de estado de emergência, cuja punição visa, nesse contexto, a defesa do próprio Estado de Direito, seja por violação de deveres emergentes da declaração vertida na lei, seja como forma de punir limitações excessivas aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos”, notam os advogados da Abreu Advogados.

O decreto de estado de emergência suspende alguns direitos, liberdades e garantias dos cidadãos portugueses, pelo período de 15 dias, podendo ser renovável por igual período. Ainda assim, existem direitos fundamentais que permanecerão em vigor neste período de estado de emergência.

Direito à vida, à integridade pessoal, à identidade pessoal, à capacidade civil e à cidadania, à não retroatividade da lei criminal, à defesa dos arguidos, liberdade de expressão e à liberdade de religião são alguns dos direitos que estão assegurados, mesmo estando em vigor o estado de emergência.

O primeiro-ministro António Costa garantiu na quarta-feira que “a democracia não está suspensa”. “É fundamental que a vida continue, tudo aquilo que são as cadeias de abastecimento fundamentais de bens essenciais têm de ser assegurados, os serviços essenciais têm de continuar a ser prestados. O país não vai parar”, referiu António Costa, em declarações transmitidas pelas televisões.

Segundo a sociedade SRS Advogados, o passo seguinte é a determinação de medidas de apoio financeiro a empresas e trabalhadores. “Caso sejam implementadas medidas de quarentena e/ou isolamento obrigatórios, as empresas terão de recorrer obrigatoriamente ao teletrabalho para assegurarem a continuação da sua atividade profissional, uma vez que os trabalhadores não poderão deslocar-se para o seu local de trabalho”, diz a sociedade de advogados.

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China envia dois milhões de máscaras e 50 mil kits de teste para União Europeia

  • Lusa
  • 18 Março 2020

China está pronta para disponibilizar dois milhões de máscaras cirúrgicas e 50 mil testes de diagnóstico à UE. Isto dois meses depois de Bruxelas ter doado 50 toneladas equipamentos médicos a Pequim.

A China vai enviar dois milhões de máscaras cirúrgicas e 50 mil testes de diagnóstico para a União Europeia (UE) devido ao surto de Covid-19, dois meses após Bruxelas ter doado 50 toneladas de equipamentos médicos a Pequim.

Numa mensagem vídeo publicada esta quarta-feira na rede social Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou ter falado com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que lhe assegurou “que a China está pronta para disponibilizar 200 mil máscaras N95, dois milhões de máscaras cirúrgicas e 50 mil testes de diagnóstico” à UE.

A China não se esqueceu que, em janeiro, quando a China era o epicentro do surto, a UE ajudou. Doámos mais de 50 toneladas de equipamento médico”, lembra a responsável.

E acrescenta: “Hoje somos o epicentro da pandemia e somos nós que precisamos de equipamentos de proteção”.

Ursula von der Leyen garante que a UE está a “acelerar a sua produção e a converter algumas linhas de produção”, mas admite que isso “deve demorar algumas semanas”.

“Enquanto isso, estamos gratos ao apoio vindo da China”, realça a líder do executivo comunitário, adiantando que tal equipamento será “enviado rapidamente para a UE”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.

A China registou nas últimas 24 horas 11 mortos e 13 novos casos infeção pela Covid-19, mas só um é de Wuhan, todos os outros 12 são importados.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.894 infeções diagnosticadas, incluindo 69.601 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.237.

O número de infetados ativos no país fixou-se em 8.056, incluindo 2.622 em estado grave.

Wuhan, em quarentena desde 23 de janeiro passado, é a região mais afetada no mundo pela doença, com 2.490 mortes.

Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 1.135 mortes (17.350 casos), a Espanha, com 558 mortes (13.716 casos) e a França com 175 mortes (7.730 casos).

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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“Pancada” do vírus no PIB será grande. Há previsões, mas incerteza é elevada

É a pergunta que todos fazem, mas a resposta é difícil de dar. Alguns economistas avançam com estimativas sobre o impacto económico do novo coronavírus, mas a palavra de ordem é incerteza.

Que impacto económico poderá ter o novo coronavírus? Esta é a pergunta que está na cabeça de todos, mas quem habitualmente responde à questão está, nestas circunstâncias de elevada incerteza, bastante cauteloso. Os economistas avançam com os primeiros números, mas alertam para a fragilidade das previsões dada a rápida evolução do problema.

Queda abrupta da produção e das exportações, menos consumo e suspensão do investimento. São estes os três impactos negativos mais óbvios que o vírus terá no PIB de qualquer economia do mundo, mas a incerteza sobre a duração e a dimensão desta (quase) paralisação dificulta a sua quantificação. Os economistas avançam com estimativas para a economia portuguesa, mas pedem cautela na sua interpretação.

Foi essa mesma dificuldade — a “incerteza absoluta” e a dificuldade de ter previsões atualizadas — que levou o Conselho das Finanças Públicas a adiar a divulgação de um relatório sobre as finanças públicas. Uma opinião partilhada pelo subscritor do manifesto que propõe um plano de emergência europeu financiado pelo Banco Central Europeu (BCE), o economista Fernando Alexandre, que é perentório em resposta ao ECO: “Não é possível fazer [uma previsão do choque]”, diz, referindo que “só a Autoridade Tributária (AT) pode ter uma ideia da magnitude dos efeitos na atividade económica”.

“Os canais de transmissão do choque são parte da novidade da crise, o que torna neste momento impossível fazer previsões. Só sabemos que a queda no PIB, o aumento do desemprego e do défice vão ser muito elevados“, defende o professor da Universidade do Minho. Esta cautela é partilhada pelos economistas que avançaram com algumas estimativas para Portugal, os quais aguardam mais informação económica e a evolução do problema de saúde pública para tirar conclusões mais fiáveis.

O próprio ministro das Finanças disse no início do mês que era “cedo” para fazer contas. Esta segunda-feira, Mário Centeno engrossou o discurso e admitiu que “o confinamento forçado está a trazer as nossas economias a tempos semelhantes aos de uma guerra”. Já António Costa alertou para a “pancada” que a economia e o emprego vão sofrer. O Governo, que já assumiu que deverá rever em baixo a previsão de crescimento de 2020, vai atualizar as projeções económicas a 15 de abril, dia em que terá de entregar o Programa de Estabilidade à Comissão Europeia. Em Bruxelas, já se trabalha num cenário em que a recessão na Zona Euro em 2020 é muito provável.

O impacto económico do vírus dependerá da sua duração e dimensão em Portugal e no resto do mundo, mas já é certo que o choque será grande e algumas análises internacionais, como a do Morgan Stanley, já apontam para uma recessão global. Na sexta-feira, a Standard & Poor’s, apesar de ter ter mantido a perspetiva positiva sobre o rating da República, avisou que “os riscos económicos do coronavírus são consideráveis, dado que mais de um quinto das receitas externas (e cerca de 8% do valor acrescentado bruto) vêm do turismo”. Ainda assim, a previsão o crescimento do PIB manteve-se positiva nos 1,3% em 2020.

PIB português pode contrair entre 1 a 2%

Se o novo coronavírus atingir o seu pico em abril e for desaparecendo durante o verão, a economia portuguesa poderá contrair entre 1% a 2% em 2020, a taxa de desemprego pode subir para os 8% a 9% e o défice orçamental poderá superar os 3% do PIB. Este cenário que, ressalve-se, tem uma “elevada incerteza envolvida”, foi elaborado por Pedro Braz Teixeira, diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade.

Estes números já têm em conta as medidas anunciadas pelo Governo que vão aumentar a despesa pública — a ministra do Trabalho referiu o custo de dois mil milhões de euros por mês com medidas de apoio às famílias, por exemplo — ou baixar as receitas, além do choque provocado pela contração do PIB e do mercado de trabalho nos estabilizadores automáticos. “O impacto económico seria máximo no 2º trimestre, abrandando no 3º trimestre e quase nulo no 4º trimestre”, antecipa Pedro Braz Teixeira.

Esta é uma primeira análise que o Fórum admite ser muito incerta. “Aguardamos toda e qualquer informação vindoura que permita ir afinando estas estimativas iniciais”, refere o diretor do gabinete de estudos, descrevendo este choque como “excecional” dado que tem uma origem “não económica” e por ser um problema de saúde a nível mundial.

Economia pode perder 4 mil milhões de euros por mês

Um exercício do professor da NOVA SBE, Francesco Franco, permite perceber a ordem de grandeza do impacto: as perdas podem chegar aos 4 mil milhões de euros, o que corresponde a cerca de um quarto do valor acrescentado mensal da economia portuguesa ou a 2% do PIB anual. Porém, é de assinalar que estes números, que foram divulgados na segunda-feira pelo Público, são apenas indicativos e têm como base uma série de pressupostos que podem vir a mudar.

Em causa está a implementação estrita da quarentena que paralisa todos os setores cuja produção de bens ou serviços não pode ser feita através de teletrabalho, o que tem impacto de três formas: há menos bens e serviços a serem consumidos fora da habitação, menos pessoas a produzir bens e também serviços que não podem ser prestados a partir de casa ou consumidos online. Assim, haverá menos rendimento, menos consumo e investimento e mais incumprimento de dívida, os ingredientes para se cozinhar uma recessão dado o efeito de contágio de todas estas componentes do PIB.

Efeitos desta crise podem ser “mais devastadores” do que o resgate

Uma análise ainda mais pessimista é feita pelo economista Eugénio Rosa que aproveita para criticar o desinvestimento feito pelo Governo, o elevado endividamento público e a sua exposição à banca e ainda a desigualdade entre o capital e o trabalho. Nestas circunstâncias, o economista sugere que Portugal não está preparado para suportar as consequências desta crise, existindo “o risco de recessão e do desemprego disparar”.

Eugénio Rosa admite que “os efeitos desta crise para a vida dos portugueses poderão ser mais devastadores do que os da crise 2008/2015” dado que “não sabemos a sua duração”. “Em vários setores a quebra nas vendas é elevada e muitas empresas já começaram a ter problemas de liquidez e a despedir trabalhadores”, lê-se numa nota divulgada neste domingo.

Para o economista é “vital” manter a economia em funcionamento e evitar a destruição “de centenas de empresas e de centenas de milhares de postos de trabalho”. Caso isso não aconteça, “se a recessão atingir a economia, o desemprego disparará e rapidamente se alcançará uma taxa de desemprego de 22%“, antecipa.

Nesse cenário, o impacto poderá também dar-se nos juros da dívida pública — que subiram significativamente nas últimas sessões no mercado secundário –, como na crise das dívidas soberanas da Zona Euro após o descalabro financeiro de 2008, o que teria impacto nos bancos portugueses que têm comprado obrigações soberanas. “E a acontecer isso o país enfrentará os efeitos da banca já conhecidos”, remata.

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Petróleo afunda mais de 20% para mínimos de 18 anos

Petróleo está a afundar em Nova Iorque. Preço cai mais de 20% para mínimos de 2002. Covid-19 está a quebrar a procura pela matéria-prima numa altura em que mercado vai ser inundado pelos sauditas.

O barril de petróleo está a afundar mais de 20% nos mercados internacionais, registando o valor mais baixo em quase duas décadas, perante a quebra na procura por causa dos efeitos devastadores da pandemia do novo vírus na economia.

O Crude negociado em Nova Iorque afunda 24,4% para 20,37 dólares por barril, o preço mais baixo desde fevereiro de 2002. É a terceira pior sessão de sempre.

Deste lado do Atlântico, o barril de Brent, que serve de referência para as importações nacionais, recua 14,1% para 24,67 dólares, negociando ao valor mais baixo desde 2003.

Não só a quebra na procura, devido ao travão na economia por causa do surto do Covid-19 em muitos países, está a provocar uma descida vertiginosa da cotação da matéria-prima. Também o aumento da oferta, depois de a Arábia Saudita ter anunciado que vai subir a produção, em retaliação contra a Rússia –que não concordou com um novo corte na produção, além do que está atualmente em vigor–, está a inundar o mercado com barris, pressionando os preços.

A condicionar ainda mais a cotação está o facto de no final deste mês terminar o acordo da OPEP+ para limitar a produção com o objetivo de estabilizar o preço do ouro negro. “O mercado de petróleo está prestes a inundar-se com o excesso de barris“, disse o Bank of America, numa nota enviada aos clientes.

Brent cai abaixo dos 25 dólares

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Estoril Open cancelado devido ao Covid-19

A ATP anunciou a suspensão das competições até 7 de junho, abrangendo assim a prova portuguesa que estava prevista para acontecer entre 25 de abril e 3 de maio.

A ATP decidiu prolongar a suspensão do circuito de ténis mundial até 7 de junho, cancelando, por isso, o Estoril Open, devido à propagação do novo coronavírus.

Após uma análise cuidadosa e devido ao contínuo surto de Covid-19, todos os torneios de ATP e WTA não serão realizados conforme o programado. Isso inclui os torneios combinados ATP/WTA em Madrid e Roma, bem como os eventos WTA em Estrasburgo e Rabat e o ATP em Munique, Estoril, Genebra e Lyon”, lê-se no comunicado do organizador.

Nesse sentido, o Estoril Open, que estaria previsto decorrer entre 5 de abril e 3 de maio, está cancelado, por forma a garantir “a saúde e segurança de todos os envolvidos no evento”.

Vários têm sido as grandes competições adiadas ou canceladas no mundo desportivo um pouco por todo o mundo, dada o receio quanto à propagação do novo coronavírus. Na terça-feira a UEFA decidiu adiar a realização da fase final do Campeonato da Europa de futebol para 2021. Pouco depois, também a Confederação Sul-americana de Futebol decidiu adiar a Copa América para 2021.

Quanto aos Jogos Olímpicos de Tóquio, previstos para 2020, até à data não existe nenhuma indicação de cancelamento ou adiamento. Também na terça feira, o Comité Olímpico Internacional (COI) reiterou o “comprometimento completo” com a realização dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 nas datas previstas, de 24 de julho a 9 de agosto, por não existir “necessidade de quaisquer decisões drásticas”.

Segundo o último balanço, o novo coronavírus já infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram. Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença. Em Portugal, há registo de 642 infetados, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois e dado o avançar da epidemia, o Presidente da República decidiu declarar estado de emergência.

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Com o coronavírus, uma em cada duas compras dos portugueses foi feita em supermercados e farmácias

O surto do Covid-19 provocou uma corrida aos supermercados, hipermercados e farmácias. Uma em duas compras feitas pelos portugueses foram nestes setores na última semana.

O surto do Covid-19 em Portugal provocou uma corrida aos bens de primeira necessidade. Na última semana, uma em cada duas compras feitas pelos portugueses foi realizada em supermercados, hipermercados, farmácias e parafarmácias. Por outro lado, também houve mais levantamentos no multibanco desde o início da crise.

Os dados foram revelados esta quarta-feira pela SIBS, que opera a rede Multibanco e os terminais de pagamento automático presentes em grande parte dos estabelecimentos comerciais no país.

“Desde a confirmação de casos em Portugal, verifica-se uma concentração de compras em Super & Hipermercados e Farmácias & Parafarmácias, setores que passaram a representar uma em cada duas compras em Portugal na última semana“, adianta a SIBS em comunicado divulgado esta quarta-feira.

Na semana entre 2 e 8 de março, que se seguiu à confirmação do primeiro infetado pelo novo vírus, as compras naqueles dois setores representava 40% do total de compras. Subiu na semana seguinte (entre 9-15) para 49%, quando já se registavam 245 casos de Covid-19 no país.

A SIBS nota, porém, que se evidenciou um abrandamento na frequência nestas operações na última semana. Isto é, apesar de ter aumentado em termos relativos, as máquinas da SIBS registaram menos operações nos supermercados e hipermercados, farmácias e parafarmácias na última semana. Como é se explica isto? Por um lado, os portugueses saíram menos à rua, face à ameaça do surto. Por outro, registou uma redução ainda maior nas operações feitas por outros estabelecimentos, como restaurantes ou lojas.

Os dados da SIBS revelam também subiu o montante médio de cada compra realizada durante este período: passou de 34,7 euros por operação na semana entre 2-8 de março para 37,4 euros na semana seguinte. Ou seja, na semana passada, fizeram menos compras, mas gastaram mais.

O número de levantamentos na rede Multibanco teve uma variação similar, com um crescimento de 8 pontos na semana de 2-8 de março e uma diminuição de 3 pontos na semana de 9-15 março. O valor médio dos levantamentos subiu dos 67,8 euros para os 74,8 euros.

 

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Parlamento aprova estado de emergência decretado por Marcelo Rebelo de Sousa

Parlamento votou a favor a declaração de estado de emergência em Portugal. Medida foi decretada pelo Presidente da República, tendo tido parecer favorável do Governo.

O Parlamento votou a favor a declaração de estado de emergência em Portugal. Essa decisão, que conta também com o parecer favorável do Governo, deverá ser anunciada pelo presidente da República ainda esta quarta-feira. A proposta foi aprovada com votos a favor do PS, PSD, Bloco de Esquerda, PAN, CDS-PP e Chega. Não houve votos contra, mas PCP, Os Verdes, a deputada única Joacine Katar Moreira e Iniciativa Liberal que abstiveram-se.

Os partidos reconhecem a situação de exceção e apoiam o Governo no parecer que deu à declaração de estado de emergência, mas não deixam de fazer alertas. “No combate a esta calamidade, o PSD não é oposição, é colaboração“, anunciou o líder dos sociais-democratas, Rui Rio, no debate parlamentar sobre o assunto. “É vital a declaração de estado de emergência”, declarou. Mas deixou um alerta: “Tem de respeitar o princípio da proporcionalidade quanto à extensão, quanto à duração das medidas e quanto aos meios a utilizar. É isso que se pede ao Governo”.

Já Telmo Correia, do CDS-PP, alertou para a necessidade de haver clareza no que os portugueses podem ou não fazer, dizendo saber que há fábricas a funcionar em Ovar apesar de ter sido decretado estado de calamidade (que inclui uma cerca sanitária que impede circulação de pessoas ou atividades económicas) “As regras, a comunicação e o que se diz aos portugueses têm de ser absolutamente claro”, defendeu o deputado do CDS-PP.

À esquerda, a principal preocupação prende-se com o potencial aproveitamento das empresas para despedir funcionários devido ao surto. “Não podemos tolerar quem se aproveita da crise. Para agir o Governo precisa de instrumentos e por isso precisa do Estado de emergência”, declarou a secretária-geral do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

Inês Sousa Real, do PAN, defendeu que esta é a medida “necessária” do ponto de vista da precaução. “Mentiríamos se disséssemos que as próximas semanas vão ser fáceis porque não são, mas o rigor com os portugueses cumpriram as recomendações da Direção-Geral de Saúde dá-nos esperança sobre o futuro”, afirmou, numa referência à onda de isolamento voluntário que se gerou no país.

A necessidade de declaração de estado de emergência não é, no entanto, partilhada por partidos como o PCP. O líder parlamentar João Oliveira considera que este passo não se justifica e que deveria ser guardado para usar, se necessário, mais tarde. Não há ainda necessidade de suspender direitos e liberdades“, concorda José Luís Ferreira, d’Os Verdes. Ainda assim, nenhum partido votou contra a proposta, que acabou por receber uma aprovação simbólica já que a decisão final é da presidência.

Ouvido o Conselho de Estado na manhã desta quarta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou ao Parlamento um decreto que declara o estado de emergência em Portugal por um prazo de 15 dias. Este decreto suspende direitos, liberdades e garantias dos cidadãos portugueses, numa tentativa de evitar o contágio pelo novo coronavírus.

Não iremos adotar a posição de salve-se quem puder. Continuaremos a ser uma sociedade aberta de cidadãos livres e num estado de direito democrático“, garantiu o primeiro-ministro António Costa no mesmo debate. Com o parecer favorável do Governo e o ok do Parlamento, o Presidente da República deverá oficializar o estado de emergência esta noite.

(Notícia atualizada às 18h25)

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