Covid-19 já é passado para 48% dos chineses ricos

  • ECO Seguros
  • 15 Março 2020

Um inquérito junto de consumidores chineses do segmento alto traduz um sentimento já optimista sobre efeitos do Covid-19 na saúde e hábitos de consumo, mas algum impacto financeiro.

O estudo a que a ECOseguros teve acesso foi conduzido pela Altiant, uma consultora especialista em pesquisas setoriais para agências, especialistas de marketing e outros clientes corporativos que operam no segmento de luxo, tendo sido realizado entre 01 e 09 de março, nas cidades de Beijing, Xangai, Shenzen e Guangzou, com base em entrevistas a uma amostra de mais de 250 consumidores com rendimento médio estimado de 121 mil euros (957 mil yuan por agregado familiar).

Ao nível da saúde, o inquérito mostra que, em termos de efeitos na saúde (do respondente e da sua comunidade), 48% das respostas assumem que a ameaça da doença Covid-19 já ficou para trás. Na vertente de gastos de consumo, 40% dos entrevistados dizem que os efeitos mais negativos no comércio passaram.

Paralelamente, 81% desses chineses ricos acreditam que uma sensação de normalidade estará reposta em três meses ou menos, ou seja, tendo em conta a data de recolha dos dados, a situação terá regressado à normalidade até meados de junho. Decompondo esta fatia de mais otimistas, 26% espera que tudo normalize no prazo de um mês ou menos, enquanto os restantes 55% estende a expectativa para o intervalo de um a três meses.

Tentando aferir os impactos financeiros sobre o comportamento futuro destas pessoas no contexto do surto pelo novo coronavírus, o relatório relaciona as respostas obtidas com as medidas governamentais decretadas para o setor de consumo. Cerca de 70% da amostra admite que o surto infeccioso irá afetar significativamente (22%) ou de forma um pouco negativa (48%) as economias pessoais.

Este dado, sustenta a Altiant, pode levar a uma diminuição dos gastos nos próximos trimestres e a uma desaceleração com amortecimento de novos gastos e investimentos. Mas, “8% dos inquiridos sentem-se realmente melhor por causa do surto. Talvez este grupo, mais os que respondem de forma neutra, ajude a liderar a recuperação quando a normalidade voltar”, adianta o estudo junto dos chineses HNWI (High-Net-Worth-Individuals).

Finalmente, o inquérito incluiu uma pergunta aberta sobre o que estes consumidores gostariam de ver as empresas de artigos de luxo fazer para ajudar sua comunidade a voltar à normalidade.

Entre a ideias mais recorrentes, o estudo lista as seguintes: “Produzir máscaras de marca de luxo e ou doar máscaras de uso médico, Fazer doações para outras causas como a pesquisa de vacinas.”; “Implementar campanhas agressivas e ofertas on-line para que a retoma do consumo seja mais rápida”; “Patrocinar eventos de caridade em áreas-chave atingidas.”

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Covid-19 ameaça seguradoras de crédito em dois flancos

  • ECO Seguros
  • 15 Março 2020

Perdas devidas à desvalorização de investimentos e acréscimo de indemnizações em seguros de crédito ameaçam companhias como Euler Hermes, Coface e Atradius.

A pandemia de Covid-19 pode atingir as seguradoras globais dos seguros de crédito comercial e de exportação por via de um acréscimo de indemnizações a pagar e, por outro lado, em perdas financeiras significativas em investimentos, adverte um artigo da Insurance Business Magazine.

A agência e notação financeira Moody’s prevê que o aumento dos sinistros atingirá três das maiores seguradoras de crédito, nomeadamente a Atradius, Coface (companhia francesa de raiz estatal atualmente na órbita do Natixis) e Euler Hermes (acionista da portuguesa Cosec), todas – direta ou indiretamente – presentes em Portugal.

A agência de notação financeira apontou os casos da Atradius (controlada pela espanhola Crédito y Caución) e da Coface para mostrar que, para cada empresa, quase 15% da exposição potencial líquida total está nas regiões mais atingidas da Ásia e Austrália.

Inicialmente, o setor esperava um nível relativamente baixo de reclamações de segurados porque as epidemias estão geralmente excluídas de muitas apólices comerciais, mas o cenário de recessão económica global coloca as companhias que operam em seguros de crédito sob pressão acrescida.

Além de agravar a expectativa de retorno dos investimentos das seguradoras, uma carteira estimada em 20 biliões de dólares (cerca de 17,6 biliões de euros) em ativos, à parte um volume significativo de obrigações de dívida pública, os seguros de crédito comerciais representam aproximadamente 11 mil milhões de dólares (9,7 mil milhões de euros).

A Atradius (também representada em Portugal) assumiu recentemente que espera um aumento global de 2,4% em falências empresariais em 2020 “em grande parte resultantes do surto de coronavírus”, adianta a fonte citando a Reuters.

Com os governos a bloquearem regiões e grandes eventos, outros setores estão a cancelar ou a adiar operações, acrescentando incerteza na economia global. As viagens e o entretenimento são os dois setores sobre os quais as seguradoras de crédito são mais cautelosas, segundo Bernie De Haldevang, responsável de crédito, risco político e gestão de crise da seguradora Canopius, na plataforma Lloyd´s of London.

As companhias aéreas estão a sofrer ondas de choque à medida que somam voos cancelados, e os grupos hoteleiros, assim como as companhias de cruzeiro, também sentem o impacto severo da crise causada pelo novo coronavírus, sendo que estes efeitos poderão tornar-se ainda mais sérios em caso de recessão.

Na China, várias seguradoras já tomaram medidas drásticas, retirando a cobertura do seguro de crédito, referiu a corretora de seguros Marsh. “Não é um bom momento para ninguém no mundo do crédito”, disse Jeremy Shallow, chefe de especialidade da seguradora Argo Global.

Restrições de viagem para países como Itália e Israel levarão a mais pagamentos de seguros, enquanto o cancelamento de eventos como o festival de música e cinema Southwest no Texas ou o adiamento do Coachella na Califórnia contribuirá para um acréscimo na gestão de sinistros.

Analistas do Barclays notaram que as perdas do coronavírus da Munique RE foram “potencialmente mais materiais do que pensávamos”, visto que a resseguradora global assinalou uma exposição de 500 milhões de euros se todos eventos que segurou este ano fossem cancelados. A resseguradora também antecipa perdas nos seguros Vida como um problema se o número de vítimas fatais continuar a aumentar.

Entretanto, a rentabilidade de investimentos de que as seguradoras dependem para pagar indemnizações está em quebra. Pelo menos 50% dos 20 biliões de dólares de ativos que as seguradoras detêm sob gestão são títulos de dívida pública cuja rentabilidade perde atratividade. Por sua vez, as seguradoras precisam colocar de lado mais capital para futuros pagamentos aos segurados, obrigando a vigiar com mais rigor os níveis de solvência.

Acresce que o sentimento vendedor em mercados bolsistas devido aos receios do coronavírus já retirou cerca de 11 biliões de dólares ao valor das ações globais. “Os movimentos de mercado estão a dar às seguradoras muito em que pensar – em particular com os seus modelos de risco de mercado –”, nota um relatório da Reuters citando Colin Tipping, responsável pela gestão de investimentos em seguros da Mercer.

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Escolas, museus, bibliotecas e até fronteiras fechadas. O que os outros países estão a fazer para travar o vírus

Não há mãos a medir para travar a propagação do coronavírus. Países estão a encerrar tudo: escolas, acesso à via pública e fronteiras. Milhões de pessoas estão em quarentena em toda a Europa.

Escolas, museus, bibliotecas… fechados em toda a Europa. Interdições no acesso à via pública. Controlo apertado nas fronteiras, com alguns países a permitir apenas a passagem de mercadorias. Eventos desportivos e lazer cancelados ou adiados. Unidades “drive-thru” instaladas em barracas para testar casos suspeitos de Covid-19. O que os outros países estão a fazer para travar o surto do vírus?

Espanha decreta quarentena em todo o país

É no país vizinho que se regista a segunda situação mais grave de saúde pública por causa do surto do novo vírus na Europa, depois de Itália. Espanha regista já 288 mortos devido ao Covid-19, enquanto o número de casos confirmados subiu rapidamente nos últimos dias para mais de 7.700 casos.

Face ao agravamento da propagação do vírus, o Governo espanhol decretou este sábado “estado de alarme” e a situação de quarentena obrigatória em todo o território que obrigará a população de mais de 46 milhões de pessoas a ficar em casa durante, pelo menos, 15 dias.

Os espanhóis apenas podem sair à rua apenas em situações de urgência ou força maior, para se deslocarem para o trabalho, irem à farmácia, supermercado ou ao banco ou para prestação de assistência a idosos, tendo de regressar diretamente a casa. Saídas à rua para atividades de lazer estão proibidas. O Exército do país está já a patrulhar algumas das principais ruas das maiores cidades, avança o El País.

As escolas deverão manter a atividade educativa em modo online. Museus, instalações desportivas, hotelaria e restauração — à exceção de entregas de comida ao domicílio — devem ser encerrados a partir de segunda-feira. Todas as atividades comerciais à exceção de medicamentos, alimentos, tecnologia, imprensa, animais de companhia e cabeleireiros, entre outros, deverão ser encerradas. A desobediência nestas medidas poderá garantir multas a partir de 100 euros ou até um ano de pena de prisão.

Sinal rodoviário em Sevilha deixa a recomendação: “O melhor é ficar em casa”.Jose Manuel Vidal/EPA

Itália fecha as portas

Com 1.441 mortos e mais de 21 mil casos de infeção pelo novo coronavírus, Itália regista a situação mais alarmante do surto do Covid-19 depois da China. Foi por isso que, nos últimos dias, as medidas de contingência mais restritivas foram alargadas das regiões mais problemáticas a norte do país para todo o território.

Há restrições na movimentação das pessoas nas ruas. Quem quiser ir de uma cidade para outra terá de preencher e apresentar um documento explicando as razões pelas quais tem de viajar. São permitidas apenas deslocações para trabalho, por questões de saúde ou regresso a casa. Quem mentir nestes procedimentos está a cometer um crime.

Todos os restaurantes e lojas estão encerrados, com a exceção dos supermercados e mercearias e farmácias. Universidades e escolas estarão fechadas até 3 de abril, assim como cinemas, teatros e ginásios. Estão proibidos grandes concentrações de pessoas, eventos desportivos como a Serie A estão suspensos.

Vários países em todo o mundo suspenderam as ligações aéreas para o país. Países vizinhos como a Áustria encerraram temporariamente as fronteiras terrestres com Itália.

Praça de S. Pedro, no Vaticano, também foi encerrada. Cerimónia de domingo de Páscoa vai decorrer mas sem assistência.Angelo Carconi/EPA

França fecha estabelecimentos não essenciais

França passou à Fase 3 (de 3) de combate ao surto de Covid-19, o que significa que o vírus está agora a circular em todo o território. De acordo com o último balanço, contabilizavam-se já 91 mortos e 4.499 casos confirmados de infeção.

Para travar a propagação do novo coronavírus, o Governo ordenou o encerramento de todos os estabelecimentos abertos ao público “não essenciais” a partir da meia-noite deste sábado.

Só poderão abrir no país lojas de alimentos, farmácias, postos de combustíveis, bancos, tabacarias e quiosques, disse o primeiro-ministro numa conferência de imprensa, onde anunciou o encerramento de bares, restaurantes, discotecas, cinemas e outras lojas não essenciais. O transporte público continuará disponível, mas o governante apelou aos cidadãos para limitarem as viagens, especialmente as viagens intermunicipais. Universidades, escolas e jardins-de-infância estão encerrados.

Grandes eventos foram cancelados, como a maratona de Paris, os jogos de râguebi do torneio das Seis Nações, assim como concertos e feiras. Também os campeonatos de futebol estão suspensos.

Alemanha prepara fecho de fronteiras

A Alemanha também está a apertar as medidas para travar a propagação do vírus. A agência de notícias AFP avança que as autoridades alemãs se preparam para fechar as fronteiras com a França, Suíça, Áustria, Dinamarca e Luxemburgo. Contudo, vai manter as portas abertas para a movimentação livre de mercadorias e permitirá a entrada de viajantes para trabalho.

Esta decisão surge, não só para conter o coronavírus mas também para responder a situações de corrida aos supermercados e hipermercados nas regiões perto da fronteira com estes países.

Também se implementaram várias restrições a nível de ligações aéreas, sobretudo para os países mais problemáticos como a China, Itália, Coreia do Sul e Irão.

Há escolas encerradas no estado de North Rhine-Westphalia, uma das regiões mais afetadas. Outras regiões como a Baviera, Bremen Schleswig-Holstein, Hesse e Berlin cancelaram eventos com mais de 1.000 pessoas, seguindo a recomendação do governo federal. As autoridades de saúde também estão no terreno: se detetarem alguma suspeita de infeção, decidirão se aplicam medida de quarentena ou não.

A Alemanha regista 5.426 casos confirmados de infeção por coronavírus, contabilizando já 11 vítimas mortais.

Dinamarca também fecha fronteiras

A Dinamarca também vive momentos de aflição por causa do coronavírus. Já há uma vítima mortal (um idoso de 81 anos) a registar, com o novo vírus a propagar-se rapidamente num país com apenas 5,5 milhões de habitantes.

As fronteiras foram fechadas a estrangeiros que não tenham uma justificação plausível para entrada no país. Esta medida estará em vigor até 13 de abril e não afetará o tráfego de mercadorias.

Todas as creches, escolas e universidades vão estar encerradas durante duas semanas, pelo menos. Instituições públicas como bibliotecas e museus também fecharam. A utilização dos transportes públicos foi restringida. Assim como foi limitado o acesso a hospitais para visitas.

Por outro lado, o governo de Mette Frederiksen aprovou uma legislação, com caráter temporário, que permite o isolamento e o internamento hospitalar forçado de infetados.

Há unidades “drive-thru” para testar casos suspeitos de Covid-19. Na foto em baixo vemos uma barraca serve de unidade de teste drive-thru para o Covid-19. Esta unidade situa-se no Hospital Universitário Aarhus, em Aarhus. As pessoas chegam nos seus carros e são recebidos por um profissional do hospital que realiza o teste sem que a pessoa saia do carro.

Uma barraca serve de unidade de teste drive-thru para o Covid-19. Esta unidade situa-se no Hospital Universitário Aarhus, em Aarhus.Ernst van Norde/EPA

Bélgica declara estado de emergência

Na Bélgica, foi declarado esta semana estado de emergência: todos os eventos desportivos e recreativos foram cancelados ou terão de ser adiados, enquanto locais públicos como restaurantes, bares, cafés e discotecas estão fechados desde a meia-noite deste sábado até 3 de abril.

As escolas também vão fechar a partir de segunda-feira. Já os jardins-de-infância permanecerão abertos, pelo menos para já.

Os estabelecimentos que vendem produtos básicos, como farmácias e alimentos, permanecerão de portas abertas. E outras lojas podem permanecer abertas durante a semana, mas devem ser fechadas nos fins de semana.

(Notícia atualizada às 10h03 de 16 de março de 2020 com mais informação)

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Ferrari suspende produção de automóveis em Itália até 27 de março

  • Lusa
  • 15 Março 2020

Marca italiana decidiu suspender a produção de automóveis durante as próximas duas semanas. Medida visa proteger trabalhadores face à ameaça do surto do coronavírus em Itália.

A Ferrari decidiu suspender até 27 de março a produção dos seus automóveis nas fábricas de Itália para proteger os seus trabalhadores do risco de contágio do vírus da Covid-19.

Segundo um comunicado da Fórmula 1, citado pela agência espanhola Efe, a marca italiana suspende a produção de automóveis destinados à prática desta prova desportiva, mas também das viaturas comerciais.

A nota refere que a Ferrari já tinha tomado medidas para prevenir o risco de contágio e que as suas fábricas continuaram a laborar nas cidades italianas de Módena de Maranello, na região de Emilia Romanha (norte) sem qualquer registo de trabalhadores infetados.

No entanto, a marca italiana ressalva que a atual situação já não permite que as fábricas continuem em funcionamento. “Toda a produção que não implique trabalho de fabrico continuará a ser feita pelos trabalhadores, que podem trabalhar a partir das suas casas”, acrescenta o comunicado.

O novo coronavírus já matou mais 5.700 pessoas em todo o mundo desde o seu surgimento em dezembro e já foram registados mais de 154.000 casos de infeção em pelo menos 139 países e territórios.

Em Itália há o registo de 1.441 mortos e mais de 21.000 pessoas infetadas.

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De repente, remoto? Estas formações online podem dar-lhe uma ajuda

A progressão do coronavírus está a obrigar as empresas a adotar o trabalho remoto. Para ajudar nesta transição, há empresas que oferecem consultoria e organizam videoconferências online e sem custos.

Com a progressão do novo coronavírus, cada vez mais pessoas a trabalhar remotamente, desafiando as empresas e os trabalhadores a conseguirem coordenar tarefas e comunicar de uma maneira diferente da habitual. Para responder a esta adesão massificada ao teletrabalho, começam a surgir soluções para ajudar as empresas a transitar para o trabalho remoto sem deixarem de ser produtivas e tirando o maior partido dos seus recursos.

Consultoras e empresas que já trabalham remotamente estão a disponibilizar conferências online — as designadas webinar para ajudar as instituições a adaptarem-se a esta nova fase, dando soluções para as suas equipas. Há até oradores que oferecem os seus livros. Todas são gratuitas e muitas continuam disponíveis online.

A consultora IDC vai disponibilizar uma webinar para ajudar as empresas a responder ao avanço da pandemia em termos dos novos modelos de trabalho — “COVID-19 First Response: The Transition to Remote Work“, a 19 de março. A participação também não tem quaisquer custos e para participar basta inscrever-se no site oficial.

A Grow Remote, uma organização sem fins lucrativos que ajuda empresas e trabalhadores no trabalho remoto, vai organizar a conferência online “Crisis Control: How to Implement Remote Work in Your Team When You’re Not Ready“, em resposta ao Covid-19, para ajudar as empresas que não estão preparadas a implementar o trabalho remoto nas suas equipas da forma mais eficaz.

Nesta conferência, os três oradores vão explicar de que forma as empresas podem implementar o trabalho remoto, quais são as melhores práticas e como podem garantir que os trabalhadores continuam produtivos, apesar das circunstâncias do teletrabalho. A participação é gratuita e é necessário fazer a inscrição online.

Webinar Grow Remote, 18 de março.

 

A Grow Remote organizou uma videoconferência, a 12 de março, sobre a integração do trabalho remoto dentro das equipas nas organizações e que continua disponível no Youtube.

A empresa de formação Workplaceless também tem disponível uma conferência sobre como construir relações remotamente e como continuar a desenvolver o networking à distância. A webinar Remote Without Warning: How to adapt and thrive as a suddenly-remote company“, está agendada para 14 de abril e, para participar, é necessária inscrição na página oficial.

A empresa de software GitLab organizou esta sexta-feira, a webinarRemote Without Warning: How to adapt and thrive as a suddenly-remote company” e Zapier, empresa remota especializada em apps organizou a conferência “Transitioning to remote work in a hurry“, que também está disponível em streaming online e gratuito. É possível encontrar uma lista de outras conferências online sobre trabalho remoto na plataforma da Remote Work Association.

GitLabD.R.

Em alternativa, há empresas que optam por criar serviços de consultoria. A empresa portuguesa 100% remota de marketing digital WEBrand Agency colocou à disposição um serviço gratuito de apoio às empresas que precisem de transitar para o remoto. As sessões são feitas online, por videochamada e, para ter acesso aos serviços, deve inscrever a sua empresa no mesmo portal.

A CEGOC lançou novas datas para o ciclo de conferências online gratuitas “Keep Calm and Start Learning” para ajudar as empresas a integrar e a gerir o trabalho remoto. Além das conferências, a CEGOC disponibiliza ainda três módulos digitais sobre o impacto das emoções no local de trabalho, a gestão do stress e o feedback construtivo. Todos os webinares tem início marcado para as 11h30 e são limitados a 100 participantes. A inscrição deve ser submetida na página oficial.

O webinar “Smart Working: práticas agile eficazes para trabalhar à distância” está agendado 27 de março, às 11h30, e ficará a cargo de Maria João Ceitil, HR consulting coordinator na CEGOC. Fátima Gonçalves, head of learning & development solutions da CEGOC, vai liderar o webinar “Remote Management: gerir equipas remotamente”, a 1 de abril, e Vanda Rodrigues, general manager da IPSIS, vai conduzir a conferência “Crisis Comunication: gerir a comunicação em situações de crise”, a 2 de abril. Por fim, Joana Teixeira, multimodal learning & development advisor na CEGOC, vai aprofundar o conceito de “Smart Learning: melhores práticas para instalar programas de aprendizagem à distância mais eficientes”, agendado para 13 de abril.

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Governo anuncia novas medidas e restringe eventos a 100 pessoas

Dois dias depois do anúncio das primeiras medidas de contenção, após o conselho de ministros de quinta-feira, Eduardo Cabrita anunciou novas decisões. Gestão das fronteiras será tema para mais tarde.

O Governo decidiu anunciar novas medidas de contenção, especialmente na utilização dos espaços públicos durante o período de propagação do vírus Covid-19, anunciou esta tarde o ministro da administração Interna, Eduardo Cabrita. O responsável disse que o Governo esteve a refletir sobre as medidas anunciadas, mantendo sempre o contacto com forças de segurança como a GNR, PSP, SEF e Proteção Civil.

Reduzir a dimensão de eventos, quer em espaços cobertos como ao ar livre, para um máximo de 100 pessoas, foi uma das novidades anunciadas. “Façam as reuniões e os encontros estritamente necessários”, afirmou o ministro. O Governo decidiu também proibir o “consumo de bebidas alcoólicas na via pública”, porque “devemos limitar a utilização desses espaços. “Há um fortíssimo apelo à responsabilidade”, explicou o ministro da Administração Interna.

“Esta é uma batalha de todos os cidadãos”, sublinhou o responsável pela pasta da Administração Interna.

Há um fortíssimo apelo à responsabilidade. (…) Esta é uma batalha de todos os cidadãos.

Eduardo Cabrita

Ministro da Administração Interna

O governante também pediu “aos cidadãos, com caráter geral, que se coíbam de fazer todas as deslocações que não sejam absolutamente necessárias: ir trabalhar, adquirir produtos alimentares, visitar familiares idosos ou dependentes que careçam de apoio direto”.

O ministro da Administração Interna apelou a que estas regras fossem “estritamente respeitadas”.

A redução da ocupação de espaços de restauração a dois terços aplica-se também, adicionou, a casos como esplanadas licenciadas. “Aí iremos ser exigentes no cumprimento dessas regras, garantindo distanciamento social que permita a maior segurança de todos”, assinalou.

A DGS atualizou esta manhã os dados relativos a casos de infeção em Portugal: são já 245 os infetados em território nacional, mais 76 do que no dia anterior. Eduardo Cabrita remeteu para mais tarde outros comentários sobre novas medidas, incluindo a gestão ou um eventual fecho de fronteiras. Recorde-se que o primeiro-ministro António Costa tem, marcada para hoje, uma reunião por videoconferência com o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, para discutir o controlo fronteiriço. Espanha decretou este sábado uma quarentena de 15 dias a começar imediatamente.

Em nota enviada às redações, o Ministério da Economia e da Transição Digital, informa que determinou “restrições no acesso e na afetação dos espaços nos estabelecimentos comerciais e nos de restauração ou de bebidas através de portaria hoje divulgada em Diário da República“.

A afetação dos espaços acessíveis ao público dos estabelecimentos de comércio a retalho, das grandes superfícies comerciais e dos conjuntos comerciais deve observar regra de ocupação máxima indicativa de 0,04 pessoas por metro quadrado de área”, explica a nota enviada, esclarecendo que, num centro comercial ou numa loja, a ocupação simultânea não deve ultrapassar 4 pessoas por cada 100 metros quadrados, excluindo os trabalhadores e prestadores de serviços.

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Galp Energia aguenta petróleo a 30 dólares? Aguenta até aos 25

Preços do petróleo sofrem maior tombo em 30 anos, arrastando ações das petrolíferas, incluindo a Galp Energia. Conseguirá a petrolífera nacional suportar o atual nível de preços do "ouro negro"?

A Arábia Saudita abriu a “guerra de preços” no mercado petrolífero, arrastando as cotações do “ouro negro” para a maior queda desde a Guerra do Golfo e ditando uma derrocada em bolsa das empresas do setor. A Galp Energia não escapa ao trambolhão, tendo as suas ações estado já a desvalorizar em torno de 25%, num dia em que a base da sua atividade –o petróleo — viu as suas cotações baixaram até à fasquia dos 30 dólares por barril. Impõe-se a questão: até que valores o “ouro negro” pode descer sem tornar inviável para a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva a exploração de petróleo?

A forte pressão vendedora que afetou o setor das petrolíferas acontece depois de o falhanço das negociações da OPEP no final da semana passada, ter levado a Arábia Saudita a sinalizar um corte agressivo nos preços de venda da matéria-prima. Isto ao mesmo tempo que anunciou um aumento de produção com o objetivo de inundar o mercado com crude, levando o preço do barril da matéria-prima a afundar mais de 30%. O preço da matéria-prima entretanto alivia, mas continua a cair 20%, negociando nos 35 e 32 dólares, em Londres e Nova Iorque, respetivamente.

As ações da Galp Energia não resistiram à onda de perdas que afetaram os títulos do setor, tendo chegado a tocar num mínimo de 8,634 euros — uma queda de 24,8% — neste arranque de sessão. Entretanto, as perdas aliviaram, mas ainda assim rondam os 15,71%, para os 9,676 euros.

A penalização do título não acontece, contudo, exclusivamente ao contágio das pares do setor, mas pelo efeito que o tombo das cotações do petróleo pode ter na atividade da própria Galp Energia, que vive sobretudo da exploração da matéria-prima. Quanto mais baixo for o valor a que a Galp Energia conseguir vender o petróleo que explora, menores são as suas receitas, maior a pressão sobre o seu negócio, e em consequência também menores os resultados que alcança. Em última instância pode mesmo haver o caso em que para a petrolífera mais vale “fechar a torneira” do que continuar a explorar petróleo.

Apesar do trambolhão, o nível a que as cotações do petróleo se encontram não põem em causa, para já, a atividade de exploração da Galp Energia. No Capital Day de 2020 levado a cabo em fevereiro, a petrolífera colocava em 25 dólares, o seu breakeven. Ou seja, o limite mínimo até ao qual as cotações do petróleo poderiam baixar sem que a atividade de exploração se tornasse economicamente inviável.

Os 25 dólares por barril correspondem a um valor médio, sendo que o custo para a Galp Energia varia consoante o local onde está a explorar petróleo. No caso do Brasil, que representa mais de 93% da produção total da petrolífera portuguesa, a exploração é mais onerosa, já que é feita no pré-sal. Já a restante parcela de cerca de 6% da produção da Galp Energia é gerada em Angola, onde o custo de exploração já será mais baixo.

Mas caso as cotações do petróleo desçam abaixo da fasquia dos 25 dólares, a viabilidade do negócio de exploração da Galp Energia já poderá ficar em causa. E este cenário de preços não está totalmente afastado. Os bancos de investimento com visões mais agressivas veem o preço do barril a poder chegar até aos 20 dólares. É o caso do Goldman Sachs que antecipa que perante este contexto de “guerra” entre os produtores de petróleo, o preço do barril possa mesmo cair até esse valor.

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Shoppings só poderão atender quatro clientes por 100 metros quadrados

Espaços comerciais como shoppings só poderão ter no seu interior até quatro clientes por cada 100 metros. Nos restaurantes, atendimento é reduzido em um terço da capacidade.

Os espaços comerciais poderão receber no máximo quatro clientes por cada 100 metros quadrados a partir desta segunda-feira, medida que visa travar a propagação do coronavírus no país.

Segundo a portaria publicada este domingo em Diário da República, “a afetação dos espaços acessíveis ao público dos estabelecimentos de comércio a retalho, das grandes superfícies comerciais e dos conjuntos comerciais deve observar regra de ocupação máxima indicativa de 0,04 pessoas por metro quadrado de área“.

Os limites previstos nos números anteriores não incluem os funcionários dos espaços em causa e não se aplicam aos hipermercados e supermercados.

Em relação a restaurantes ou bares, o atendimento de clientes deve ser limitado em um terço da sua capacidade. Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, explicou este domingo que esta restrição também se aplica às zonas de esplanadas dos restaurantes.

Para tornar esta medida operacional, o Governo diz que os gestores, os gerentes ou os proprietários dos espaços comerciais devem “envidar todos os esforços no sentido de efetuar uma gestão equilibrada dos acessos de público e monitorizar as recusas de acesso de público, de forma a evitar, tanto quanto possível, a concentração de pessoas à entrada dos espaços ou estabelecimentos“.

“As soluções prescritas nos artigos anteriores podem vir a ser revistas se ocorrer a modificação das condições que determinam a respetiva previsão”, diz a portaria que entra em vigor já esta segunda-feira.

Portugal regista 245 casos de Covid-19, sendo que já houve duas recuperações.

(Notícia atualizada às 15h14 com declaração do ministro da Administração Interna)

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Há 76 novos casos de Covid-19 em Portugal. Total sobe para 245

Portugal registo 76 novos casos de coronavírus, com o número total de infetados confirmados pelas autoridades de saúde a subir para 245.

Portugal registou 76 novos casos de novo coronavírus, com o número total de infetados confirmados pelas autoridades a subir para 245, à medida que a epidemia confirma a tendência de crescimento exponencial no país. Lisboa superou o Norte como a região com mais casos. A região dos Açores anunciou o primeiro doente com Covid-19. Há dois recuperados. 106 doentes estão a ser tratados em casa face à situação de menor gravidade em que se encontram.

Os dados foram anunciados este domingo pela Direção-Geral de Saúde (DGS) e dizem respeito a informações relativas às 24h00 deste sábado.

A ministra da Saúde, Marta Temido, já tinha declarado este sábado que Portugal entrou “numa fase de crescimento exponencial da epidemia”, esperando-se por isso um avanço mais acelerado da propagação da doença nos próximos dias. “Antecipamos que as próximas semanas vão ser duras”, avisou Temido.

O número de cadeias de transmissão ativas aumentou de 11 para 14 e disparou o número de doentes que aguardam resultado laboratorial: há 281 pessoas à espera do resultado do teste de Covid-19, mais 155 do que no balanço do dia anterior. A DGS revelou ainda que em 1.746 casos os testes deram negativo.

A região de Lisboa e Vale do Tejo tem o maior número de casos confirmados: 116 casos, um aumento de 43 face ao dia anterior. Segue-se a região Norte, que era até agora o principal foco do surto no país: contabiliza 103 casos confirmados, mais 26. A região Centro e o Algarve registam dez casos cada e a Região Autónoma dos Açores confirmou o primeiro doente. Alentejo e Madeira ainda não contam qualquer caso. Contam-se ainda cinco casos confirmados de pessoas que residem no estrangeiro.

Boletim Epidemiológico em Portugal (15 de março)

Menos um caso em cuidados intensivos

Ainda de acordo o último boletim epidemiológico da DGS, do total de 245 casos confirmados, 139 estão internados nos hospitais — os restantes 105 doentes estão a ser tratados nos respetivos domicílios face à situação de menor gravidade em que se encontram. Há a registar mais uma recuperação (são já duas recuperações) de um paciente que foi infetado pelo novo vírus.

Os casos confirmados concentram-se sobretudo nos grupos etários entre os 30-39 anos (55 casos) e entre os 40-49 anos (53 casos). Há 43 casos no grupo etário entre os 50-59 anos, seguindo-se os grupos entre 20-29 anos e 10-19 anos, com 28 e 25 casos.

Entre os grupos etários mais idosos, os que têm maior risco, há 18 casos no grupo entre 60-69 anos, 17 casos no grupo entre os 70-79 anos e cinco casos no grupo entre 80-89 anos. Por fim, um único caso regista-se no grupo mais jovem, entre 0-9 anos.

(Notícia atualizada às 12h50)

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Episódio #14 do ECO Insider. “Um plano de emergência para a transição”

  • ECO
  • 15 Março 2020

Pedro Santos Guerreiro e António Costa avaliam o plano do Governo para conter o novo coronavírus, os efeitos económicos e até os impactos na globalização.

O Episódio #14 do ECO Insider só poderia ser sobre o novo coronavírus, a Covid-19. Os jornalistas Pedro Santos Guerreiro e António Costa discutem os efeitos económicos e financeiros desta pandemina e o plano anunciado na madrugada de sexta-feira pelo Governo. “Um plano de emergência para um período de transição”, mas que, inevitavelmente, será o primeiro de outros, para conter o vírus e para limitar os danos económicos. Adeus excedente orçamental. E Mário Centeno, pode sair das Finanças agora?

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Viajantes que cheguem à China em quarentena a partir de segunda

  • Lusa
  • 15 Março 2020

As pessoas que chegarem do exterior à China serão colocadas em centros de quarentena a partir de segunda-feira, anunciou Pequim.

As autoridades de Pequim anunciaram que as pessoas que chegarem do exterior serão colocadas em centros de quarentena a partir de segunda-feira, para proteger o país de casos importados do novo coronavírus, anunciou a imprensa.

Até ao momento, os viajantes do exterior tinham de ficar em auto-isolamento durante duas semanas, mas a partir de agora apenas as pessoas que relatem “circunstâncias especiais” não serão remetidas para essas estruturas, onde terão de cumprir as exigências e inteirar-se do custo da estadia, noticiou o diário oficial chinês em língua inglesa Beijing Daily.

A China registou 20 novos casos de contaminação por coronavírus, 16 dos quais vieram do exterior.

As autoridades chinesas intensificaram as medidas de vigilância para pessoas que regressem do exterior.

O número de casos registados continua a diminuir no país ao contrário de outros países onde estão a aumentar.

Todos os voos internacionais que tinham previsto aterrar no segundo aeroporto da capital chinesa, Daxing, são agora desviados para o antigo aeroporto de Pequim, onde cada chegada é controlada e monitorizada, informou a agência de notícias Xinhua no sábado.

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Airbnb ativa política “força maior”. Não penaliza cancelamentos

Para dar resposta às alterações nas viagens causadas pelo Covid-19, a empresa atualizou a cobertura da "política de causa de força maior", ampliando-a a todo o mundo.

A Airbnb ativou e ampliou a “política de causa de Força Maior’ em todo o mundo para dar resposta às “situações extraordinárias e interrupções globais” nas viagens, causadas pela pandemia Covid-19, informou a empresa em comunicado.

A alteração vai permitir aos anfitriões e aos viajantes cancelarem as reservas sem custos nem penalizações. A medida pode ser aplicada desde já, a todas as reservas — tanto de alojamento como de experiências — e realizadas até 14 de março de 2020 (inclusive), e que tenham data de entrada anterior ou igual a 14 de abril de 2020.

“Esta política aplica-se em todos os países e regiões do mundo, com exceção das viagens domésticas na China continental. Para viagens domésticas na China continental, a Política de Causa de Força Maior aplica-se a qualquer reserva realizada antes de 28 de janeiro de 2020, com data de entrada anterior (ou igual) a 1 de abril de 2020”, adianta ainda a empresa.

Para mais informações, a Airbnb recomenda a consulta de informação online sobre a “política de causa de força maior”.

“A Airbnb entende que esta decisão terá um impacto nos anfitriões de todo o mundo, muitos dos quais dependem dos rendimentos que geram na Airbnb. A plataforma está a trabalhar para identificar, nos próximos dias ou semanas, diferentes ferramentas e iniciativas que deem suporte aos anfitriões durante estes tempos tão incertos. Muitos dos colaboradores da Airbnb são também anfitriões e todos entendem que é um momento difícil”, acrescenta a empresa, adiantando que “não cobrará comissões nem beneficiará de nenhuma forma das reservas canceladas em virtude desta nova política”.

 

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