PAN acusa Governo de dar borla fiscal de 500 milhões aos grande poluidores

Partido alertou para "criação de uma nova borla fiscal à indústria, que ao invés de pagar o ISP a 100% já no próximo ano vai ter um prémio fiscal por continuar a usar combustíveis fósseis até 2025".

A deputada do PAN Inês de Sousa Real acusou esta sexta-feira o Governo de estar a levar a cabo uma “verdadeira operação de greenwashing” com o Orçamento do Estado para 2021 ao manter “borlas fiscais” no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) para os grandes poluidores – como eletroprodutoras e companhias de aviação, por exemplo — no valor de 500 milhões de euros de receitas fiscais que deixam assim de entrar nos cofres do Estado.

“Este Orçamento do Estado deve ser capaz de dar resposta à crise ambiental que já cá estava e que tem tendência para se agravar. Tem de dar resposta à transição ecológica que há muito se impõe. Mas não foi isso o que o Governo apresentou. O Orçamento não traz rasgo nem ambição nestas matérias, não se liberta de interesses que há muito têm cativado verbas e recursos do país que continuam privados”, disse a deputado na sua intervenção na audiência com ministro das Finanças, João Leão, no Parlamento, para explicar a proposta do Orçamento do Estado para 2021 aos deputados.

Na opinião da representante parlamentar do PAN, há por parte do Governo uma “falta de coragem evidente” no domínio ambiental. “Este é o Governo que vendo uma quebra de 9%, ou seja quase 320 milhões de euros na receita do ISP continua preso a estes interesses e a borlas fiscais que têm existido”.

Em resposta, João Leão sublinhou as medidas adotadas para o fim gradual das isenções em relação ao ISP, garantindo que o Governo está aberto a dialogar com o PAN novas medidas em termos ambientais. Por seu lado, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, alertou para o facto de o Governo ter introduzido no OE2021 a retirada das “isenções prejudiciais ao ambiente” em sede de ISP às indústrias com um uso intensivo de energia.

Inês de Sousa Real insistiu ainda que neste OE2021 “assistimos a um retrocesso” porque “desapareceu a norma que previa a antecipação do fim das borlas fiscais para 2023, como está fixado no Roteiro para a Neutralidade Carbónica”, o que compromete metas de descarbonização. “Agora esse limite passou para 2025. É um retrocesso”, disse a deputada do PAN, alertando para a “criação de uma nova borla fiscal à indústria, que ao invés de pagar o ISP a 100% já no próximo ano vai ter um prémio fiscal por continuar a usar combustíveis fósseis até 2025”.

E rematou: “No nosso entender isto é uma verdadeira operação de greenwashing que não revela um compromisso com o combate às alterações climáticas. Os impostos devem recair sobre o carbono e não sobre os salários. Estão disponíveis para introduzir taxas de carbono, na aviação e na agricultura?”.

Em resposta, João Leão voltou a dizer que o Governo está disponível para “ver com o PAN as questões fiscais na área ambiental” e Mendonça Mendes frisou o “início do fim das isenções às indústrias intensivas em energia” e a “isenção para biocombustíveis e gases renováveis”

Os deputados questionaram esta sexta-feira o ministro das Finanças, João Leão, sobre a proposta que entregou no Parlamento a 12 de outubro para o Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021). A audição a Leão será a primeira de muitas ao Governo durante o processo orçamental, cuja viabilização na generalidade na votação de 28 de outubro ainda não está garantida. Caso seja aprovado, segue-se depois a fase de especialidade onde os deputados poderão introduzir mudanças ao Orçamento.

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Sabia que a primeira vitória de Ayrton Senna teve potência Renault?

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  • 23 Outubro 2020

O Grande Prémio de Portugal ficou indelevelmente marcado na carreira do piloto brasileiro Ayrton Senna, mas foi a Renault que lhe permitiu alcançar o seu primeiro triunfo na Fórmula 1.

Em 1985 o brasileiro estava na sua segunda temporada na categoria máxima do desporto automóvel, depois de uma prometedora estreia na época anterior, em que quase vencera o Grande Prémio do Mónaco, afetado pela chuva, aos comandos de um humilde Toleman Hart, mostrando que teria um futuro auspicioso pela frente.

A jovem promessa impressionara e a Lotus não deixou escapar a oportunidade de contratar o piloto de vinte e cinco anos para a liderar em pista, depois de alguns anos difíceis, substituindo Nigel Mansell, que fora para a Williams.

A formação britânica fora uma das grandes forças da Fórmula 1, introduzindo novas tecnologias na categoria, mas desde a morte do seu fundador, Colin Chapman, em 1982, que vinha numa deriva negativa que, fora estancada em 1984 com um acordo com a Renault, que passaria a fornecer-lhe os seus potentes e eficazes V6 biturbo para animar os monolugares de Hethel.

A contratação do jovem brasileiro era a última peça para que a Lotus, liderada por Peter Warr, regressasse ao lugar a que estava habituada – a de lutar regularmente por vitórias.

Na primeira prova da temporada, o Grande Prémio do Brasil, Senna abandonava com problemas elétricos, mas o quarto lugar na qualificação a seis décimos de segundo da pole-position de Michele Alboreto, mostrava que havia potencial no binómio Lotus Renault pilotado pelo brasileiro.

O Grande Prémio de Portugal era o evento que se seguia na época, a 21 de abril sendo o Autódromo do Estoril o seu palco.

A qualificação seria o primeiro embate, mas os mais de 1300 cv debaixo do pé direito proporcionados pelo motor Renault davam a Senna a possibilidade de bater a concorrência, ainda que fosse obrigado a domar toda aquela potência desmesurada.

Ao longo da volta que lhe daria a primeira pole-position da sua carreira foram diversas as vezes que a traseira do seu Lotus parecia querer enviar o brasileiro para fora de pista, mas este susteve-a estoicamente, garantindo pela primeira vez o melhor lugar da grelha de partida para a corrida de domingo.

Mas o dia de corrida teria um novo desafio para Ayrton Senna e todo os seus adversários – o céu primaveril do Estoril desabara as águas mil de abril sobre o Autódromo, deixando a pista portuguesa completamente alagada.

A versão de corrida do V6 biturbo da Renault desenvolvia cerca de 800cv de potência, em vez dos 1300 das granadas de qualificação que tinham apenas de aguentar duas voltas no limite, mas ainda assim, eram muitos cavalos para uma pista tão difícil.

No entanto, dois fatores conjuraram para que Senna pudesse conquistar a primeira vitória da sua carreira na Fórmula 1 – o imenso talento do brasileiro e a capacidade técnica dos engenheiros da Renault.

Com a chuva que caía consistentemente sobre o circuito, os técnicos franceses afinaram o seu pequeno motor de 1500c.c. para privilegiar a capacidade de colocar a potência no chão, tornando-o mais dócil e menos bruto na entrega do binário, o que foi determinante para a eficácia do Lotus e não só.

Senna, com toda a sua mestria, fez o resto, pilotando como se a pista para si estivesse seca e para os outros continuasse molhada, domando o seu Lotus Renault em condições dantescas para conquistar a sua primeira vitória das 41 que conquistou na Fórmula 1.

Nos quatro primeiros lugares ficaram três carros animados por motores Renault – Patrick Tambay (Renault) em terceiro e Elio de Angelis (Lotus Renault) em quarto, para além do monolugar de Senna – mostrando o bom trabalho dos engenheiros franceses, mas no final foi o brasileiro que fez a diferença.

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Federações europeias de restauração defendem taxas reduzidas de IVA em toda a Europa

  • Lusa
  • 23 Outubro 2020

Três federações europeias de restauração e alojamento assinaram uma posição conjunta onde reclamam a aplicação de taxas reduzidas do IVA nestes setores em toda a Europa.

A Hotrec, FoodDrink Europe e FoodService Europe, três federações europeias de restauração e alojamento, assinaram uma posição conjunta onde reclamam a aplicação de taxas reduzidas do IVA nestes setores em toda a Europa.

Garantir que o setor consegue resistir à crise provocada pela pandemia de Covid-19 é uma das justificações apresentada pelas três federações na position paper para pedirem a aplicação das taxas reduzidas do IVA na restauração e alojamento, medida que, acreditam, “trará benefícios imediatos às empresas e aos consumidores”.

“Sendo a redução de taxas de IVA da exclusiva responsabilidade de cada país, as entidades indicam que a União Europeia já disponibiliza uma possibilidade legal para assegurar este decréscimo, que tem como base a diretiva do IVA de 2006”, acentua a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), num comunicado onde assinalou a posição conjunta assumida pelas três federações, que representam mais de 18 milhões de trabalhadores no continente europeu.

As signatárias consideram que uma iniciativa deste tipo “pode fazer a diferença entre a sobrevivência e o encerramento de milhares de estabelecimentos nos próximos meses” pelo que deixam o apelo à União Europeia “para encorajar cada um dos Estados-membros a aplicar a taxa reduzida de IVA a estas atividades económicas”.

No comunicado, a AHRESP refere que, por causa dos efeitos da pandemia, países como a Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Grécia, Reino Unido ou Noruega já optaram por descer o IVA, na sequência da pandemia.

A AHRESP lembra ainda que tem vindo a defender em Portugal a aplicação da taxa reduzida do IVA, durante pelo menos um ano, em todos os serviços de alimentação e bebidas, e a sua integração no Orçamento de Estado para 2021, que está neste momento a ser debatido, lembrando que, num estudo que recentemente apresentou, se conclui que este tipo de medida ajudaria a manter até 46 mil postos de trabalho e 10 mil empresas.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.276 em Portugal. Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (44.571 mortos, mais de 830 mil casos), seguindo-se Itália (37.059 mortos, mais de 484 mil casos) Espanha (34.521 mortos, mais de um milhão e quarenta e seis mil casos), e França (34.210 mortos, mais de 999 mil casos).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Lisboa regressa aos ganhos com subidas do BCP e da Nos

A bolsa nacional acompanhou o "otimismo" vivido pelas pares europeias. Lisboa voltou assim aos ganhos, à boleia das ações da Nos, que subiram mais de 2%, e do BCP, que subiram 1,31%. 

A bolsa de Lisboa fechou a semana em terreno positivo, seguindo a tendência da generalidade das praças europeias, com os investidores esperançosos de que o Banco Central Europeu (BCE) reforce o programa de compra de dívida perante o alastrar da pandemia no continente. A praça nacional voltou assim aos ganhos, à boleia das ações do BCP e da Nos.

Enquanto o Stoxx 600 valorizou 0,48%, o alemão DAX ganhou 0,71%, o francês CAC-40 somou 0,99% e o britânico FTSE 100 ganhou 1,16%. O espanhol IBEX-35 foi o que mais se destacou, subindo 1,42%. Lisboa acompanhou o “otimismo” vivido na Europa, negociando acima da “linha de água” pela primeira vez na semana: o PSI-20 valorizou 0,52%, para 4.139,40 pontos, com 12 cotadas a negociar em terreno positivo, duas e inalteradas e apenas quatro no “vermelho”.

Analistas consultados pela Bloomberg antecipam que o BCE pode avançar com novos estímulos económicos ainda este ano, reforçando as compras de dívida em 500 mil milhões de euros.

A puxar pelo índice de referência nacional estiveram o BCP e a Nos. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya somaram 1,31%, para 7,74 cêntimos. Já as ações da empresa de telecomunicações ganharam 2,34% para os 3,1460 euros, um dia depois de a operadora liderada por Miguel Almeida ter fechado acordo com a Vodafone para com vista à partilha de infraestruturas e equipamentos de rede móvel, abrangendo as tecnologias já existentes 2G, 3G e 4G.

Entre os “pesos-pesados”, nota positiva ainda para as ações da Galp Energia, que avançaram 1,67%, para os 8,144 euros, contrariando a tendência vivida nos mercados petrolíferos internacionais. O Brent, de referência europeia, cedeu 1,13% para os 41,98 dólares, enquanto o WTI perdeu 1,03%, para os 40.11 dólares.

Em contraciclo, a evitar ganhos expressivos do PSI-20 estiveram os CTT e a EDP. A empresa de correios perdeu 0,22%, para 2,3150 euros, depois de ter recuado mais de 4% na quarta-feira. Já a elétrica nacional desvalorizou 0,32%, para 4,379 euros.

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Governo já só precisa de cinco abstenções ou três votos a favor para aprovar o OE

Com os votos contra da direita, a abstenção do PCP e os votos favoráveis do PS, falta só garantir outras cinco abstenções ou três votos a favor para OE ser aprovado na generalidade.

Está desfeito o mistério. O PCP vai abster-se na votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2021. Com os votos contra da direita e os votos favoráveis dos socialistas, falta agora garantir apenas três outros votos a favor ou outras cinco abstenções para que a proposta apresentada por João Leão no Parlamento receba “luz verde” e siga para a especialidade.

O Governo apresentou na Assembleia da República no dia 12 de outubro a proposta de Orçamento do Estado para 2021, que já mereceu críticas tanto das bancadas mais à direita, como das bancadas mais à esquerda. A votação na generalidade deste documento está marcada para a próxima quarta-feira, dia 28 de outubro, não estando ainda garantida a sua aprovação.

À direita, PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega (que totalizam 86 assentos parlamentares) já revelaram que vão votar contra a proposta orçamental do Executivo de António Costa.

O líder social-democrata Rui Rio justificou essa posição, dizendo que este OE “não é realista” e não dá um apoio significativo às empresas, o que devia ser uma das prioridades para o próximo ano, defendeu o político. Na mesma linha, o presidente do CDS-PP disse considerar que a proposta apresentada pelo Executivo nem ajuda as empresas nem apoia o emprego e até “escraviza a classe média com impostos”, tornando “as famílias mais pobres e dependentes dos subsídios do Estado”.

Nas bancadas mais à esquerda, também não faltam críticas a este Orçamento do Estado. O Bloco de Esquerda já avisou que, como está, esta proposta não poderá ser viabilizada pelos bloquistas, estando ainda por revelar qual será efetivamente o sentido de voto do grupo parlamentar de Catarina Martins. Este deverá ser conhecido domingo.

Para o BE, um dos entraves à viabilização do documento é a forma como está desenhado o novo apoio social. Os bloquistas querem que a duração da prestação seja revista, bem como a fórmula de cálculo, para que o apoio abranja mais beneficiários e implique ajudas mais expressivas. O Governo já disse que está disponível para negociar alterações a essa medida e o ministro das Finanças também já admitiu que existe margem orçamental para reforçar os apoios ao emprego, mas só na especialidade. Ou seja, primeiro, o Orçamento terá de passar na generalidade. Outro dos entraves é o Novo Banco. Apesar de não estar inscrita na proposta de Orçamento do Estado qualquer empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução, o Bloco quer ir mais longe e proibir qualquer empréstimo do Fundo de Resolução ao Novo Banco, mas isso implicaria violar o contrato assinado com o Lone Star.

Mas, esta sexta-feira, o PCP desfez o mistério e revelou que se vai abster na votação marcada para 28 de outubro. “A decisão do PCP de se abster na votação na generalidade do OE é assumida com a perspetiva de que esse debate mais amplo ainda possa ocorrer [na especialidade], mesmo constatando a sistemática recusa do Governo, e do PS, em avançar nesse sentido”, afirmou João Oliveira.

Tudo somado, já são certos 86 votos contra (PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal), 108 votos a favor (PS) e dez abstenções (PCP) na votação do OE na generalidade.

Para que a proposta orçamental passe são, então, precisos pelo menos outros três votos favoráveis (perfazendo 111 votos favoráveis contra 109 desfavoráveis e dez abstenções) ou outras cinco abstenções (perfazendo 108 votos favoráveis contra 107 votos contra e 15 abstenções).

Tal significa que é preciso apenas que o PEV e que o PAN se abstenham para o Orçamento receber “luz verde” na generalidade, mesmo que o Bloco de Esquerda se junte à esquerda e chumbe o documento. O PAN, na terça-feira, disse que houve avanços nas negociações com o Governo em torno do Orçamento e os Verdes também deram conta da disponibilidade do Executivo para viabilizar algumas das suas propostas, no final da reunião de quarta-feira. Mas, o sentido de voto esse só será decidido na segunda-feira, 26 de outubro, após a reunião da comissão política.

Noutro cenário, mesmo que o Bloco de Esquerda e o PEV votem contra, basta que os três votos do PAN sejam favoráveis para a proposta passar. Ou se o PAN e o BE votarem contra, será suficiente que o PEV e uma das deputadas não inscritas votem a favor para o OE ser aprovado. Ou ainda se o PEV e o BE votarem contra, bastará que PAN e as duas deputadas não inscritas se abstenham.

Outra hipótese é o Bloco de Esquerda juntar-se ao PCP na abstenção. Desta forma, o Orçamento contará com, pelo menos, 29 abstenções e 108 votos favoráveis do PS contra os 86 votos contra da direita, o que significa que será aprovado.

O sentido de voto do PEV será conhecido na segunda-feira e o do PAN nos próximos dias.

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Formação: Desafios da cibersegurança na advocacia

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  • 23 Outubro 2020

A B.Law promove no próximo dia 11 de novembro uma formação que pretende ajudar as sociedades de advogados a identificar, neutralizar e prevenir ameaças cibernéticas. Inscreva-se!

Sabia que 36% das sociedades de advogados em Portugal têm ratings melhoráveis no que toca ao risco cibernético? Sabia que 7% têm risco elevado?

A segurança da informação encontra-se indissociavelmente ligada à proteção de dados de pessoas, que estão na base do sucesso de qualquer organização. A implementação de uma cultura de proteção de dados pelos escritórios de advogados contribui para a confiança nas relações que se estabelecem com colaboradores, clientes e com o mercado em geral.

As sociedades de advogados e respetivos clientes estão a cuidar, cada vez mais, do seu ecossistema em matéria de cibersegurança. Implementar as boas práticas de segurança da informação (conforme os padrões internacionais) pode reduzir os riscos de segurança operacionais dos escritórios de advogados, melhorar a imagem e eficiência dos serviços e ainda suportar a conformidade com a nova legislação.

Atualmente, mas em especial no que toca a conhecimentos básicos de segurança de informação e seus conceitos elementares, temos que adquirir conhecimentos que nos permitam identificar, neutralizar e prevenir ameaças cibernéticas.

Serão estes os temas centrais desta formação, que estará a cargo de Ana Fazendeiro, Jurista, DPO, CEO da Protect Data, Ricardo Marques, EPD/DPO, Consultor e Auditor de SGS, e Pedro Sousa, Senior Business na Partneer & Managing Partner.

Programa

  • Proteção de dados e segurança de informação;
  • O impacto do artigo 32º “Segurança do tratamento” para as organizações;
  • Conceitos e os princípios da segurança da informação;
  • Recomendações e boas práticas na gestão da cibersegurança dos sistemas de Informação;
  • Risco Cibernético nas sociedades de advogados e respetivo ecossistema. Como é medido? Como podemos, detalhadamente, minimizar esse risco?;
  • Monitorizar e certificar as organizações e terceiros relacionados com a sociedade e/ou clientes para minimizar esse risco.

Quando

11 de novembro, das 14:00 às 17:30, via zoom

Preço

85€

Inscreva-se na formação Desafios da cibersegurança na advocacia e saiba como prevenir ameaças cibernéticas.

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Eleições do Benfica antecipadas para o dia 28 de outubro

A proibição de circulação entre concelhos no próximo fim de semana obrigou o clube “encarnado” a antecipar as eleições presidenciais para o dia 28 de outubro.

As eleições para os órgãos sociais do Benfica foram oficialmente antecipadas para o dia 28 de outubro. A mudança surge após o governo de António Costa ter anunciado na quinta-feira a limitação à circulação entre concelhos entre o dia 30 de outubro e 3 de novembro.

Originalmente previsto para o dia 30 deste mês, o ato eleitoral do emblema “encarnado” foi antecipado por decisão da Mesa da Assembleia Geral do Benfica numa reunião que se realizou esta sexta-feira, e contou com a presença dos representantes das quatro candidaturas que se encontram na corrida às eleições.

Através de um comunicado, o clube lisboeta informou que a escolha do dia 28 de outubro, e não de outro mais cedo ou mais tarde, deveu-se exclusivamente aos estatutos do clube, que “nos termos do artigo 55, número 2, alínea a) de que os atos eleitorais para os órgãos sociais do Clube (Mesa da assembleia Geral, Direção e Conselho Fiscal) devem realizar-se entre 24 e 31 de outubro, de quatro em quatro anos”.

De referir que na corrida à presidência do clube da “Luz”, estão as listas de Luís Filipe Vieira, atualmente presidente do clube, mas também João Noronha, Rui Gomes da Silva e Luís Miguel David.

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Advogados estagiários podem deslocar-se para realizar exames da Ordem

As provas escritas finais da Ordem dos Advogados mantêm-se, mesmo após a proibição de circulação entre concelhos nos dias 30, 31, 1 e 2. Serão emitidas justificações de deslocações para todos.

Os advogados estagiários têm as provas escritas finais marcadas para os dias 30 de outubro e 2 de novembro e mesmo com a proibição do Governo de circulação entre concelhos – aplicada a todo o país – de 30 de outubro a 3 de novembro, os exames vão decorrer normalmente.

Contactado pela Advocatus, o bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão esclareceu que serão emitidas declarações para que os estagiários possam circular entre concelhos nesses dias. Esta justificação é necessária uma vez que os exames são realizados em locais indicados por cada Conselho Regional da Ordem dos Advogados (de Lisboa, Porto, Évora, Faro, Madeira e Açores).

“A decisão da Comissão Nacional de Estágio e Formação foi a de que os centros de estágio emitirão declarações justificativas da deslocação que disponibilizarão a todos os estagiários”, referiu o bastonário.

As justificações servirão também para os advogados estagiários que se encontram nos concelhos de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira, locais que possuem medidas mais restritivas de circulação.

Desta forma, os exames presenciais que estavam marcados inicialmente para maio e junho e que com a pandemia e consequente confinamento foram adiados, mantêm a data estabelecida, decorrendo nos períodos estabelecidos e com toda a normalidade.

Mudanças no estágio da Ordem para breve

A Ordem dos Advogados já anunciou que vai criar a Escola Superior de Advocacia até ao final do mandato atual do Conselho Geral. Ou seja, até 2022 os advogados estagiários terão, a par com a formação dada pelos Conselhos Regionais da OA, de fazer também a formação dada por esta nova escola, com caráter obrigatório. Na prática, serão ações de formação que os jovens licenciados em direito terão de fazer no Centro de Estudos Judiciários, que é responsável pela formação da magistratura judicial e a do Ministério Público.

O objetivo da Escola Superior da Advocacia é incrementar a formação fornecida pela Ordem aos Advogados, garantindo que os mesmos tenham sempre acesso a ações de formação de grande qualidade, quer no estágio, quer na formação contínua. Neste âmbito já negociámos um protocolo com o Centro de Estudos Judiciários, em ordem a assegurar que as conferências por estes organizadas possam estar também acessível aos advogados”, explica o bastonário dos Advogados, Luís Menezes Leitão, em declarações ao ECO e Advocatus. “E será criada durante o nosso mandato”.

Porém, o líder dos mais de 30 mil advogados garante que o pelouro da formação continuará a pertencer aos Conselhos Regionais (Lisboa, Porto, Évora, Coimbra, Faro, Madeira e Açores), uma vez que “pretendemos que a Escola Superior da Advocacia funcione em todo o país, pelo que terá também que funcionar nos Conselhos Regionais”. A ideia é “melhorar o estágio, garantindo a qualidade da formação do advogado estagiário e certificando a sua competência aquando da atribuição do título de advogado”.

Luís Menezes Leitão explica que não foi feito nenhum protocolo com nenhuma faculdade de Direito: “a formação dos advogados e dos advogados estagiários é da competência exclusiva da sua Ordem e assim continuará a ser”.

Atualmente, o estágio que é dado na Ordem dos Advogados tem duas fases. A primeira, com a duração de seis meses e a segunda que dura, no máximo, um ano. E ainda o exame final de agregação que é composto por uma entrevista e um exame escrito. Na primeira fase têm de garantir a iniciação aos aspetos técnicos da profissão e adquirir conhecimentos técnico-profissionais e deontológicos essenciais ao exercício da advocacia. Na segunda fase, o advogado estará já apto para a realização dos atos próprios da advocacia — como por exemplo a ida a um tribunal e terá que exercer a atividade prática no escritório de um patrono.

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Fundação José Neves recebe 262 candidaturas a bolsas no primeiro mês

Um mês depois do lançamento, o programa de bolsas reembolsáveis da Fundação José Neves recebeu 262 candidaturas, na maioria de mulheres profissionais ou à procura de emprego.

Um mês depois do seu lançamento, o programa de bolsas reembolsáveis ISA FJN, da Fundação José Neves, já recebeu um total de 262 candidaturas. Nos próximos dois anos, a Fundação vai investir cerca de cinco milhões de euros no programa de bolsas e apoiar perto de 1.500 pessoas no acesso à educação.

A maioria das candidaturas encontra-se em processo de conclusão e análise para verificar se os candidatos cumprem com os requisitos necessários para a atribuição de um ISA FJN. No primeiro mês de atividade, já foram aprovadas 10 bolsas reembolsáveis ISA FJN.

Cerca de 63% das pessoas que apresentaram candidatura é do sexo feminino e 66% tem idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos, sendo que a larga maioria, ou se encontra a trabalhar ou está à procura de novas oportunidades de emprego. A maioria dos candidatos às bolsas já tem formação superior.

As instituições com mais candidaturas até ao momento foram a Porto Business School, seguida pela Universidade do Minho, a Nova SBE, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e a Lisbon MBA da Católica | Nova.

“Os números alcançados nestes primeiros dias são bastante positivos e revelam o interesse dos portugueses em ter acesso a soluções alternativas e inovadoras que lhes permitam continuar a investir na sua educação. Com este programa de bolsas reembolsáveis acreditamos que podemos impactar e apoiar um largo conjunto de portugueses, independentemente da sua condição financeira”, afirma Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves, citado em comunicado.

O ISA FJN é um programa baseado no modelo de acordo de partilha de rendimentos (Income Share Agreement) e tem como objetivo apoiar os portugueses no acesso aos cursos e formações que lhes permitam adquirir as competências para os empregos do futuro, através do pagamento integral da propina. O estudante só reembolsará este apoio à Fundação quando e se atingir as metas definidas.

O ISA FJN está disponível em mais de 110 cursos de 22 instituições de ensino parceiras da Fundação. Os interessados em beneficiar deste apoio podem submeter a candidatura aqui.

Em setembro, a Fundação José Neves lançou também o portal Brighter Future, uma base sobre educação e competências em Portugal, que permite comparar e relacionar informações sobre cerca de 4.000 cursos e formações, mais de 200 profissões e mais de 200 competências relevantes.

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CMVM condena KPMG a multa de um milhão de euros por falhas na auditoria ao BES

Contraordenações foram registadas entre 2012 e 2015 e dizem respeito à consolidação de contas entre BES e BESA. Auditora já seguiu para tribunal para contestar a decisão do supervisor.

A auditora KPMG foi condenada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ao pagamento de uma multa de um milhão de euros. O resultado da investigação por contraordenação no caso do Banco Espírito Santo (BES) foi anunciado esta sexta-feira pelo regulador dos mercados.

A CMVM divulgou uma decisão relativa a infrações do Estatuto da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (que foi desde então atualizado), das Normas Técnicas de Revisão e Auditoria e dos Estatutos do Conselho Nacional de Supervisão de Auditoria (que deixou de existir quando a supervisão das auditoras passou para a alçada da CMVM), ocorridas entre 2012 e 2015.

As conclusões da investigação relativa ao papel do auditor na consolidação das contas entre BES e Banco Espírito Santo Angola (BESA) indicam que houve falhas por não terem feito a documentação adequada, por não terem obtido provas suficientes e por terem feito reservas nas contas. No total, a lista inclui mais de 35 infrações e violações.

Tanto a KPMG como três dos seus auditores têm sido investigados pela CMVM devido à atuação no caso BES. No caso dos auditores — Fernando Antunes, Inês Viegas e Sílvia Gomes — que fiscalizaram o BES até 2014, a KPMG antecipou-se à decisão e pediu o cancelamento do registo. Mas o supervisor manteve aberto o processo relativo à própria empresa.

É este caso que chega agora à decisão sobre contra-ordenação. O pagamento da multa não vai, no entanto, acontecer para já pois o mesmo documento da CMVM indica que “foi requerida a impugnação judicial desta decisão”. Ou seja, a KPMG segue para tribunal para contestar a contra-ordenação.

KPMG acusa CMVM de “falhas graves”

“A KPMG Portugal refuta vigorosamente o teor da condenação de que foi alvo, em fase do que procedeu à respetiva impugnação judicial”, diz a auditora. Alega que o seu trabalho de auditoria foi realizado de forma “competente, profissional e rigorosa” e diz que os factos descritos pela CMVM “não correspondem minimamente à realidade e desvirtuam, por completo”, o trabalho da KPMG.

Acusa ainda o supervisor de “falhas graves” na aplicação da lei, bem como de não ter realizado “diligências de prova que seriam exigíveis para validar muitos dos factos que invoca”. Por último, resulta ter “prestado qualquer informação falsa aos supervisores, antes tendo transmitido todas as informações relevantes de que dispunha em cada momento, de forma transparente, leal e verdadeira”.

A KPMG Portugal não só manifesta a “absoluta convicção” de que vai conseguir “demonstrar a razão” junto do Tribunal como diz que “não pode permitir que, através desta decisão, se reescreva a posteriori o seu papel enquanto auditora externa” do BES.

Foi a diligência e reporte às autoridades de supervisão dos problemas que, a final, determinaram a intervenção do Banco de Portugal nos BES, em agosto de 2014. Foi a diligência e profissionalismo da equipa de auditoria da KPMG Portugal, e dos seus sócios, que permitiu a identificação de tais problemas, o que torna ainda mais injusta e insuportável a decisão agora em causa”.

Em abril do ano passado, o Banco de Portugal tinha já condenado a KPMG ao pagamento de uma coima única de três milhões de euros por prestação de informações falsas sobre os problemas financeiros do BES Angola ao supervisor. Além da própria auditora, foram também condenados pelo regulador bancário dois sócios da auditora. Também esta condenação está a ser contestada em tribunal pela auditora.

(Notícia atualizada às 21h15 com reação da KPMG)

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Operações com cartão têm em setembro a primeira subida homóloga desde início da pandemia

  • Lusa
  • 23 Outubro 2020

O valor dos pagamentos feitos em cartão aumentou em setembro 0,1% face ao mesmo mês do ano passado e a quantidade destes movimentos também superou em 0,2% os números registados um ano antes.

Os pagamentos com cartão registaram em setembro uma subida homóloga, em valor e quantidade, o que acontece pela primeira vez desde o início da pandemia e os primeiros dados de outubro indicam nova subida, revelou o Banco de Portugal (BdP).

De acordo com os dados divulgados pelo supervisor, o valor dos pagamentos efetuados em cartão aumentou em setembro 0,1% face ao mesmo mês do ano passado e a quantidade destes movimentos também superou em 0,2% os números registados um ano antes.

Trata-se da primeira vez desde o início da pandemia que as operações realizadas com cartões de pagamentos registaram um crescimento homólogo, sendo que a evolução observada em setembro representa uma recuperação de cerca de 30 pontos percentuais face a abril de 2020, mês em que, segundo o BdP, “se registou uma redução sem precedentes” na utilização destes cartões.

A informação indica ainda que setembro é o terceiro mês consecutivo em que as compras realizadas por consumidores portugueses registam um crescimento homólogo, tendo avançado 5,2%, tendência que se deverá manter em outubro, tendo em conta os dados disponíveis para as primeiras três semanas deste mês.

A pandemia levou as pessoas a aderirem mais aos pagamentos contactless — cujo valor limite foi também aumentado para evitar o contacto físico com os terminais de pagamento –, com os dados a indicarem que representaram em setembro 30% das compras realizadas com cartão, um aumento de 22 pontos percentuais face à média de 2019. As compras online, por seu lado, representaram 9% das compras com cartões, evidenciando um aumento de 1,5 pontos percentuais face à média observada no ano passado.

O impacto da pandemia é também visível na estrutura da despesa das famílias, com as compras em supermercados/hipermercados e restantes atividades de retalho e em saúde a registarem em setembro crescimentos homólogos de, respetivamente, 7% e 17%, enquanto setores como a restauração e o alojamento se mantiveram em terreno negativo (em -14,4% e -42,7%, respetivamente).

A informação recolhida pelo BdP sugere ainda que se registou uma substituição de levantamento em dinheiro por compras em cartão, já que o valor dos levantamentos em numerário realizados por portugueses, em setembro de 2020, ficou 7,1% abaixo do mês homólogo de 2019. Ainda assim, o valor acumulado das compras e dos levantamentos nacionais cresceu 0,3%.

“Nas três primeiras semanas de outubro (até dia 18), as compras efetuadas por consumidores portugueses em território nacional cresceram 4,2% em termos homólogos”, adianta ainda o Banco de Portugal. Relativamente aos pagamentos e levantamentos realizados por portugueses no estrangeiro e por estrangeiros em Portugal, os números de setembro continuam abaixo dos valores registados um ano antes, refletindo as restrições à circulação internacional impostas pela pandemia.

As compras de portugueses no estrangeiro e as compras de estrangeiros em Portugal registaram quebras homólogas de, respetivamente, 18,3% e 46%. Por seu lado, o valor dos levantamentos efetuados por estrangeiros em Portugal caiu 35,5%, e por portugueses no estrangeiro recuou 34,7%.

Esta tendência de quebra homóloga continua a verificar-se em outubro, com os dados disponíveis até 18 deste mês a revelarem uma quebra homóloga de 50,9% nas compras efetuadas por estrangeiros; de 6,5% nos levantamentos de numerário realizados por portugueses; e um recuo de 34,5% nos levantamentos de dinheiro realizados por estrangeiros em Portugal.

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Morais Leitão e PRA assessoram operação da compra do Grupo Aviludo pelo Metro AG

A operação de compra do Grupo Aviludo pelo Metro AG contou com a assessoria jurídica da Morais Leitão, do lado dos compradores, e da PRA, do lado dos vendedores.

A compra pelo grupo alemão Metro AG, proprietário da Makro, do Grupo Aviludo, segundo maior distribuidor do setor alimentar em Portugal, contou com o apoio jurídico de duas sociedades de advogados portuguesas. A Morais Leitão esteve ao lado dos compradores e a PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados assessorou os vendedores.

A equipa da Morais Leitão foi liderada por Catarina Brito Ferreira, sócia de corporate M&A, e contou com a participação de Helder M. Mourato, Vanessa Ferreira Santos e Lourenço Limão Oliveira, associados de corporate M&A, e de Luís do Nascimento Ferreira, sócio de europeu e concorrência, e Philipp Melcher, advogado sénior de europeu e concorrência.

Já a equipa de corporate da PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, que esteve do lado do Grupo Aviludo, foi gerida por Pedro Raposo e Leila Grácio, com a colaboração de Rita Frade Pina, Cristina C. Serrazina, Tiago Fiuza e Mafalda Borges, respetivamente dos departamentos de laboral, imobiliário e contratos.

“Através da aquisição da Aviludo vamos expandir a oferta e serviços para os nossos clientes em Portugal, um mercado que consideramos estratégico. Graças ao forte posicionamento da Aviludo, reforçamos a presença no país e criamos mais valor para os nossos clientes e para os seus negócios de forma a acelerar também o nosso crescimento”, explica Olaf Koch, CEO da Metro AG, citado em comunicado.

Para além da aquisição do negócio operacional, que engloba os centros de produção e distribuição assim como a frota logística, esta transação inclui também o património imobiliário da empresa. As partes acordaram não divulgar os detalhes financeiros da transação que ainda está sujeita a aprovação por parte das autoridades relevantes e competentes.

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