Bruxelas lança plataforma de app de rastreio, Portugal pode aderir em novembro

  • Lusa e ECO
  • 19 Outubro 2020

Bruxelas lançou uma plataforma de partilha de informações das primeiras aplicações nacionais de alerta e rastreio de contactos no âmbito da Covid-19. Portugal deverá aderir ao sistema em novembro.

A Comissão Europeia lançou esta segunda-feira uma plataforma de partilha de informações das primeiras aplicações nacionais de alerta e rastreio de contactos no âmbito da Covid-19, que inclui apenas quatro Estados-membros, podendo Portugal aderir em novembro.

A pedido dos Estados-membros, a Comissão Europeia criou um sistema à escala da União Europeia (UE) para assegurar a interoperabilidade das várias aplicações de rastreio de contactos no âmbito da pandemia de Covid-19 (um “serviço de acesso”).

O sistema entra esta segunfa-feira em funcionamento com a primeira vaga de aplicações nacionais ligadas entre si através deste serviço: a Corona-Warn-App da Alemanha, a COVID tracker da Irlanda, e Immuni da Itália. A app Stayway Covid, disponível em Portugal e que tem gerado polémica, está apta para ser acrescentada ao sistema, o que poderá acontecer em novembro.

Bruxelas garante o total respeito pela proteção dos dados pessoais dos cidadãos e a informação será armazenada por um período máximo de 14 dias e é “totalmente sob pseudónimo, encriptada e limitada ao essencial”.

O Governo propôs, em 15 de outubro, o uso obrigatório da utilização da aplicação de telemóvel StayAway Covid em contexto laboral ou equiparado, escolar e académico e de máscara na rua para pessoas com mais de dez anos e sob pena de multa até 500 euros.

Segundo dados da Comissão Europeia, as app de alerta e rastreio de contactos relativas ao coronavírus SARS-CoV-2 foram, no seu conjunto, descarregadas por cerca de 30 milhões de pessoas, o que corresponde a dois terços de todos os descarregamentos de aplicações na UE.

Este serviço de acesso assegura que as aplicações funcionam além-fronteiras sem descontinuidades. Assim, os utilizadores apenas terão de instalar uma aplicação e, quando viajam para outro país europeu participante, continuarão a beneficiar do rastreio de contactos e da receção de alertas, quer no seu país de origem quer no estrangeiro.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 2.198 pessoas dos 101.860 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Há 1.949 novos casos de Covid-19. Portugal passa as 100 mil infeções desde o arranque da pandemia

  • ECO
  • 19 Outubro 2020

Nas últimas 24 horas foram identificados 1.949 novos casos de coronavírus em Portugal. O número total de pessoas infetadas sobe para 101.860.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 1.949 novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 101.860 o número de infetados desde o início da pandemia. O número total de vítimas mortais subiu para 2.198, após terem sido registadas mais 17 mortes nas últimas 24 horas.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que apenas 1.174 (+88) estão internados em unidades hospitalares, dos quais 165 (+10) nos cuidados intensivos. Há mais de 55 mil pessoas sob vigilância das autoridades de saúde.

Desde que foi detetado em Portugal, no início de março, já se contam 59.996 pessoas recuperadas, 966 das quais nas últimas 24 horas.

Boletim epidemiológico de 19 de outubro

Como se tem observado nos últimos dias, a região de Lisboa e Vale do Tejo concentra a maioria das novas infeções. Dos 1.949 novos casos registados nas últimas 24 horas, 749 foram nesta região: 40,36% do total do país.

Lisboa é a região com mais casos registados até ao momento (48.161 casos de infeção e 884 mortes), à frente do Norte (40.436 casos e 971 mortes), do Centro (8.347 casos e 279 mortes), do Algarve (2.231 casos e 22 mortes) e do Alentejo (2.026 casos e 27 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 325 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 334 pessoas infetadas.

Desde o início da pandemia já foram realizados mais de três milhões de testes ao coronavírus, anunciou o secretário de Estado Adjunto da Saúde esta segunda-feira, durante a conferência de imprensa desta segunda-feira. Há atualmente mais de 798 camas nos cuidados intensivos, dais quais 250 estão ligadas ao Covid-19.

“É com a serenidade de sempre que continuamos a dizer que o Serviço Nacional de Saúde, apesar das dificuldades e sobrecarga que este momento representa, está preparado para continuar a dar respostas“, acrescentou António Lacerda Sales.

O secretário de Estado deixou ainda uma mensagem aos portugueses, dizendo que “continua a ser preciso responsabilidade no que é a nossa ação individual na minimização do risco coletivo”. “O cansaço de todos é legítimo, mas não pode legitimar o nosso fracasso. Continuamos a depender de todos e de cada um e o nosso sucesso é o sucesso de Portugal”, afirmou.

(Notícia atualizada às 14h28 com mais informação)

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App Stayaway Covid tem mais de dois milhões de utilizadores

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

A aplicação de rastreio Stayaway Covid conta com mais de dois milhões de utilizadores e de 323 códigos inseridos de utilizadores que testaram positivo para o novo coronavírus.

A aplicação de rastreio Stayaway Covid conta com mais de dois milhões de utilizadores e de 323 códigos inseridos de utilizadores que testaram positivo para o novo coronavírus, revelou esta segunda-feira o instituto de engenharia do Porto responsável pelo seu desenvolvimento.

Em resposta à Lusa, o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) disse que já 2.323.157 pessoas fizeram download da aplicação. Desses utilizadores, 323 inseriram o código conformando que testaram positivo para o novo coronavírus.

A aplicação móvel, lançada a 1 de setembro, permite rastrear, de forma rápida e anónima e através da proximidade física entre smartphones, as redes de contágio por covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro anunciou que o Governo ia apresentar ao Parlamento uma proposta de lei para que seja obrigatório quer o uso de máscara na via pública quer a utilização da aplicação Stayaway Covid em contexto laboral, escolar, académico, bem como nas Forças Armadas, Forças de Segurança e na administração pública.

No seguimento do anúncio do primeiro-ministro, a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) alertou na quarta-feira que tornar o uso da aplicação StayAway Covid obrigatória “suscita graves questões relativas à privacidade dos cidadãos”, adiantando que aguarda pela oportunidade de se pronunciar no Parlamento.

Questionado na quinta-feira pela Lusa, o administrador do INESC TEC responsável pela aplicação, Rui Oliveira, afirmou que do ponto de vista da aplicação “não há rigorosamente nada” que o INESC TEC possa fazer para evitar que outras aplicações acedam à localização nos smartphones do sistema operativo Android [que liga automaticamente o GPS quando se liga o Bluetooth], sendo da responsabilidade do utilizador ter o cuidado de não permitir que outras aplicações acedam à sua localização.

Quanto ao sistema operativo da Apple, Rui Oliveira acrescentou que “essa questão nunca se colocou”, uma vez que o sistema não ativa o GPS quando se liga o Bluetooth.

“Estas questões nunca causaram polémica antes da Stayaway Covid aparecer. Se calhar é mais um serviço que a Stayaway está a fazer socialmente que é chamar as pessoas à atenção de que quando usam uma aplicação, seja ela qual for, têm de ter muita atenção de saber que dados é que essa aplicação está a usar, mas a Stayaway não usa esses dados“, observou.

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PAN dificilmente votará a favor da atual versão do OE 2021, diz André Silva

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

André Silva diz que o partido dificilmente votará a favor do OE, se este permanecer como está, exigindo ao Governo “sinais concretos” de que está comprometido com o combate às alterações climática

O porta-voz do PAN afirmou esta segunda-feira que o partido dificilmente votará a favor o Orçamento do Estado, se o documento permanecer como está, exigindo ao Governo “sinais concretos” de que está comprometido com o combate às alterações climáticas.

“É fundamental que o Governo dê sinais concretos e materializados no Orçamento do Estado de que, de facto, está comprometido com aquilo que diz relativamente ao combate às alterações climáticas, porque este Orçamento, do ponto de vista ambiental, é mesmo muito poucochinho”, afirmou André Silva.

No final de uma visita à delegação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera em Ponta Delgada, no âmbito da campanha para as legislativas regionais dos Açores, o porta-voz do PAN sublinhou que é “bastante difícil, neste momento”, o partido votar favoravelmente a proposta do Governo de Orçamento do Estado (OE) para 2021.

A Assembleia da República começa no dia 27 a debater o documento, estando a votação na generalidade marcada para o dia seguinte.

Para o PAN, “não faz qualquer sentido” que alguns setores da economia continuem isentos do pagamento do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), apontando como exemplos a produção de energia elétrica através de combustíveis fósseis, a navegação marítima ou o transporte aéreo.

“É importante que todos estes setores e indústrias também o façam, para que todos possam contribuir para a descarbonização da economia e incentivar a produção de energia mais sustentável”, defendeu.

Questionado sobre a reunião de negociação sobre o OE2021 agendada para terça-feira, André Silva criticou as diferentes posições do Governo consoante fala com a comunicação social ou está em encontros com o partido.

“Na comunicação social, o Governo e o primeiro-ministro dizem que têm uma abertura enorme para negociar, falar e convergir com as medidas do PAN, e depois, em sentido contrário, nas nossas reuniões e negociações tem sido bastante difícil de avançar, porque há ali uma cortina de vontade por parte do Governo em acolher as propostas do PAN”, explicou.

O primeiro-ministro reúne-se na terça-feira com Bloco de Esquerda, PCP e PAN, para procurar um acordo para a viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2021, e na quarta-feira com o PEV.

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Projeto europeu de 8 milhões visa criar marketplace para ajudar na digitalização das PME

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

O projeto, intitulado Better Factory, visa desenvolver um marketplace, onde vários produtos e tecnologias serão disponibilizados às PME. É financiado em 8,5 milhões pelo programa Horizonte 2020.

Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) integram um projeto, financiado em oito milhões de euros, que visa desenvolver um marketplace para ajudar as empresas a tornarem-se mais digitais, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o instituto do Porto explica esta segunda-feira que o projeto, intitulado Better Factory, visa “promover o desenvolvimento da produção industrial” a nível europeu através do desenvolvimento de um marketplace (espaço de venda de produtos), onde vários produtos e tecnologias serão disponibilizados às pequenas e médias empresas (PME).

Financiado em 8,5 milhões de euros através do programa Horizonte 2020 da União Europeia, o projeto inclui 28 parceiros de 18 países europeus, desde fornecedores de tecnologia, entidades do setor industrial, especialistas em questões legais e agentes de comunicação e disseminação.

Citado no comunicado, Rafael Arrais, investigador do INESC TEC, afirma que o intuito do projeto, que tem a duração de quatro anos, é “criar um balcão único, onde as PME do setor industrial podem comprar produtos e serviços de fornecedores de tecnologia, designers, formadores ou apoio financeiro”.

Durante o projeto, os especialistas vão analisar o “portefólio atual de produtos e serviços” para redesenhar os produtos personalizáveis, usando novas tecnologias digitais, o que pode originar “novos produtos, modelos de negócio ou marcas”.

O projeto fornecerá ainda um sistema de Planeamento e Programação Avançada de Produção (APPS) para que os fabricantes “testem ferramentas comerciais para otimizar resíduos, energia, recursos e logística”.

Também César Toscano, investigador do instituto do Porto, esclarece que as pequenas e médias empresas vão ter acesso “a diferentes recursos de apoio à digitalização”, seja em ambiente virtual, seja nas áreas de robótica e automatização ou ferramentas de simulação em três dimensões (3D).

Durante o projeto vão ser lançados dois concursos, o primeiro em janeiro de 2021 para apoiar “oito equipas europeias constituídas por PME, designers e fornecedores de tecnologia”. As candidaturas, que serão apoiadas durante um ano, vão ter um financiado até 200 mil euros.

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País de Gales decreta confinamento obrigatório de 17 dias

País de Gales anunciou o confinamento obrigatório. A medida entra em vigor na próxima sexta-feira e vai durar 17 dias.

O País de Gales anunciou esta segunda-feira que volta a entrar em confinamento obrigatório. A medida entra em vigor na próxima sexta-feira e vai durar 17 dias, avança a Sky News (acesso livre).

Com este novo confinamento, o País de Gales vai voltar às restrições introduzidas em março, nomeadamente, a obrigatoriedade de todos os cidadãos permanecerem em casa, o encerramento das empresas não essenciais e o regresso ao trabalho remoto sempre que possível e o encerramento dos locais de culto exceto para casamentos e batizados.

Com esta medida o primeiro-ministro Mark Drakeford quer provocar um “choque brusco e rápido” no combate ao novo coronavírus.

O Governo galês anunciou que esta medida durará até dia 9 de novembro. O País de Gales torna-se o segundo país do Reino Unido a confinar novamente, depois de a Irlanda do Norte ter decidido fazer o mesmo em várias regiões.

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Governo assume que injeção no Novo Banco terá impacto de 0,1% no défice

Governo diz que Orçamento não prevê dinheiro para o Novo Banco, ainda assim assume que a recapitalização do banco terá um impacto de 0,1% no défice do próximo ano.

A injeção no Novo Banco através do Fundo de Resolução vai ter um impacto de 0,1% do PIB no défice do próximo ano, assume agora o Governo, que já corrigiu a informação sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2021 que entregou ao Parlamento na semana passada.

Inicialmente, o Ministério das Finanças não deixou qualquer informação sobre o impacto do Novo Banco nas contas públicas. Entretanto, depois de informar que o banco precisará de 476,6 milhões de euros do Fundo de Resolução no próximo ano, dos quais 275 milhões correspondem a uma despesa que este fundo, entidade que se encontra dentro do perímetro público, terá de assumir por via de um empréstimo bancário, vem agora assumir que o dinheiro deste empréstimo da banca terá um impacto líquido de 0,1% do PIB. O Governo aponta para um défice de 4,3% no próximo ano.

Os detalhes do peso do Novo Banco nas contas públicas constam de uma tabela sobre com o impacto orçamental das medidas discricionárias que foi agora incluída no documentoElementos informativos e complementares ao relatório do Orçamento do Estado“.

O tema Novo Banco tem gerado contestação nas últimas semanas, com o Governo a garantir que não está a colocar mais dinheiro para o Fundo de Resolução injetar no Novo Banco — isto apesar de ter inscrito cerca de 468 milhões de euros na primeira versão da proposta orçamental que deu aos deputados, algo que veio a revelar-se um erro dado que o montante tinha como destino a CP, segundo esclareceu logo a seguir.

Esta é uma das linhas vermelhas para o Bloco de Esquerda para aprovar a proposta do Orçamento do Estado para 2021, depois de os anteriores orçamentos terem “emprestado” mais de 2.000 milhões ao Fundo de Resolução para o Novo Banco. Porém, se desta vez não há transferência do Orçamento do Estado, os bloquistas continuam intransigentes neste ponto por entenderem que o banco vai continuar a pesar nos bolsos dos contribuintes no próximo ano. As negociações do Executivo com os partidos prosseguem ao longo desta semana.

A nova informação prestada pelo Governo esclarece ainda qual será o impacto dos apoios públicos de, pelo menos, 500 milhões de euros para a TAP, cujo controlo acionista passou para o Estado recentemente. A transportadora aérea representa um impacto de 0,2% no PIB no próximo ano, depois do impacto de 0,6% este ano.

Já a garantia concedida pelo Governo Regional dos Açores à companhia SATA para um empréstimo de 113 milhões de euros representará um impacto de 0,1% em 2020.

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Covid-19: “A arbitragem ao serviço de um mundo em mudança”

  • ADVOCATUS
  • 19 Outubro 2020

A 10.ª edição dos Encontros foi organizada por Mariana França Gouveia, sócia da PLMJ, e Catarina Monteiro Pires, sócia da Morais Leitão.

A décima edição dos Encontros fundados por José Miguel Júdice e António Pinto Leite reuniu a comunidade arbitral lusófona. Este ano, Mariana França Gouveia, sócia da PLMJ, e Catarina Monteiro Pires, sócia da Morais Leitão, especialistas em arbitragem nacional e internacional, organizaram em conjunto esta edição sob o mote “Arbitragem ao serviço de um mundo em mudança”.

O evento “abriu portas” com o habitual encontro sub-40 no dia 8 de outubro, com a primeira sessão intitulada “Novo paradigma na arbitragem internacional em tempos de COVID: wishful thinking, necessidade ou mera sobrevivência?”. O painel foi composto por Matilde Líbano Monteiro, advogada sénior da VdA, Kabir Duggal, consultor sénior de arbitragem internacional da Arnold & Porter, Victor Bonnin, director da VBArbitration e, Jennie Wild, advogado da Keating Chambers.

Seguiu-se uma entrevista com Marcelo Ferro, sócio da sociedade Brasileira FCDG e Valeria Galindez, sócia da Galindez Arb.

No dia 9 de outubro, o evento apresentou-se com uma sessão de “Boas-vindas” ministrada pelas organizadoras do evento. Teve lugar uma mesa redonda na qual se discutiu o tema da “Arbitragem durante a pandemia: soluções, temas, balanço”.

A mesa redonda contou com a participação de Flávia Bittar, advogada na sociedade brasileira Flávia Bittar Advocacia, Selma Lemes, advogada na sociedade brasileira Selma Lemes Advogados, Ângelo Matisse, da Procuradoria-Geral de Moçambique e Narghis Torees, do fundo de investimento Lex Finance.

Em simultâneo, decorreram depois duas sessões. A primeira com a participação de Sílvia Pachikoski (CAM-CCBC, Brasil), Clávio Valença Filho (Valença Arb, Brasil), Shannon Salter (Civil Resolution Tribunal, Canadá), Patricia Ferraz (CCI, Brasil) e Tony Guise (Steering Committee Greener Arbitrations, Reino Unido).

A segunda sessão – sob o tema “#gogreen e a transformação digital”– contou com a apresentação de perspetivas para os futuros conflitos arbitrais. Como intervenientes, estiveram Adriana Braghetta, (Adriana Braghetta Advogados, Brasil), Daniel Gruenbaum (Professor Adjunto na URJ e Petrobras, Brasil), Filipe Matias Santos (Head of Legal da ERSE, Portugal), Patrícia Garcia (Senior Legal Counsel na Vinci, França) e João Canto e Castro (Diretor da Assessoria Legal da Direção de Concessões da Infraestruturas de Portugal).

O segundo dia dos Encontros de Coimbra terminou com uma sessão de encerramento protagonizada pelo professor Franco Ferrari, da Universidade de Nova Iorque, na qual foram analisados os novos contornos da arbitragem internacional.

O terceiro e último dia foi dedicado a “Hot Topics” e teve Carolina Pitta e Cunha, co-fundadora do PT-VYAP, Carlos Alberto Carmona, professor na universidade brasileira USP, José Emílio Nunes Pinto, sócio da sociedade Nunes Pinto Advogados, e Pedro Batista Martins, sócio da sociedade Batista Martins Advogados como oradores.

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Governo avisa que leilão do 5G deve “ter em conta” impacto da pandemia

O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações avisou num evento da Anacom que o regulamento do leilão do 5G deve "ter em conta" as alterações causadas pelo impacto da pandemia.

O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações está “confiante” de que o regulamento do leilão do 5G, que ainda não foi aprovado nem o teor final é conhecido, “seguirá o espírito” da resolução do Governo que aprovou a estratégia nacional para a quinta geração de rede de comunicações.

Num evento da Anacom, e perante a presença do presidente do regulador, Hugo Santos Mendes disse ainda que “o regulamento final não poderá deixar de ter em conta” a mudança de contexto provocada pela pandemia, acompanhando, assim, as preocupações das empresas do setor nesta medida. É o caso da Meo, que tem reiteradamente criticado o regulador e apelado a mudanças no regulamento à luz do impacto da pandemia.

Tanto o governante como o presidente da Anacom disseram esta segunda-feira que a publicação do regulamento está “por dias”. Concretamente, João Cadete de Matos disse ainda que, com a publicação do regulamento, “ficarão cabalmente esclarecidas” quaisquer dúvidas ou suspeitas de “ilegalidades” no regulamento, como também tem sido apontado pelas principais operadoras de telecomunicações.

Na semana passada, a Vodafone, a Nos e a Altice Portugal ameaçaram boicotar o leilão do 5G que se espera que tenha início este mês, considerando que as regras que estão atualmente em cima da mesa no projeto de regulamento que é conhecido são “ilegais”.

Para já, aparenta ser ponto assente que o desígnio do presidente da Anacom de aplicar o “roaming nacional” em Portugal deverá ser uma realidade. Com a saída de cena do anterior secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, que se mostrou contra a medida, o Governo parece agora mais alinhado com a hipótese de obrigar a partilha de infraestruturas entre as operadoras.

Na mesma ocasião, Isabel Ferreira, secretária de Estado da Valorização do Interior, salientou isso mesmo, considerando que essa “possibilidade” é “um mecanismo valioso para os territórios do interior”, nomeadamente na melhoria das condições de cobertura de redes de comunicações.

O processo do leilão do 5G foi interrompido em meados deste ano por causa da pandemia. Foi entretanto retomado, depois da conclusão da consulta pública sobre o regulamento. Com a segunda vaga da pandemia, temem-se novos atrasos, até porque a Meo, que está a fazer a migração da rede de TDT para permitir a transição para o 5G, já avisou para constrangimentos nos trabalhos.

João Cadete de Matos, contudo, anunciou agora que o processo não deverá atrasar, porque os técnicos da empresa alemã parceira da Altice, que está a trabalhar na migração, vão poder executar as mesmas funções remotamente, mitigando o eventual atraso no processo.

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“Bloco de Esquerda quer muito que haja acordo” para o país ter um “bom orçamento”

Catarina Martins, diz que vai "pondo em cima da mesa sempre os mesmos pontos negociais", mas que "o Bloco de Esquerda quer muito que haja um acordo" que permita viabilizar o documento.

O Bloco de Esquerda (BE) não descarta a possibilidade de vir a chegar a um acordo com o Governo com vista a viabilizar o Orçamento do Estado para o próximo ano. Catarina Martins diz que “o Bloco de Esquerda quer muito que haja um acordo” que permita viabilizar o documento e que vai “pondo em cima da mesa sempre os mesmos pontos negociais” com vista a conseguir que o país tenha um “bom Orçamento”.

Não se trata de saber onde é que o Bloco de Esquerda pode ceder“, começou logo por esclarecer a líder dos bloquistas quando confrontada pelos jornalistas – e a um dia de distância de se encontrar com António Costa para uma nova reunião negocial — sobre até que ponto o seu partido está disposto a ceder com vista a permitir que a proposta de Orçamento de Estado passe no Parlamento.

Em declarações transmitidas pela RTP3, Catarina Martins defendeu que a questão é sim “saber se construímos soluções para um Orçamento para o país” e diz que “o Bloco de Esquerda quer muito que haja acordo” e que “o mais importante de tudo é que haja um Orçamento que responda às necessidades do país“.

“É para isso que temos trabalhado todos os dias ao longo de longos meses, com muita seriedade, com muitas propostas e muita cabeça fria”, reforçou Catarina Martins, lembrando que estas têm “sempre o mesmo objetivo” e que vão “pondo em cima da mesa sempre os mesmos pontos negociais”.

A coordenadora do Bloco de Esquerda voltou a salientar que o partido “anunciou as suas prioridades há muito tempo” e neste âmbito lembra nomeadamente a questão da saúde e do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou a prevenção da vaga de despedimentos.

“A pandemia não vai acabar daqui a duas semanas e sabemos que há muitos setores da economia que vão ter uma repercussão infelizmente muito longa desta pandemia. Como é que suportamos e acompanhamos as vítimas da crise? Não pode ser com anúncios, tem de ser com medidas concretas”, exemplificou.

“Nestas matérias como em todas — incluindo a boa saúde das contas públicas, o não deixar que a Lone Star vá sempre buscar dinheiro que acaba sempre por ser os contribuintes a pagar — são medidas fundamentais para termos um Orçamento que é capaz de responder num momento muito difícil“, rematou.

O Bloco de Esquerda, que anunciou na semana passada que deverá votar contra o OE 2021 se se mantiver tal como está, irá voltar à mesa das negociações com o Governo esta terça-feira, tal como o PAN e o PCP. Os bloquistas deverão decidir o sentido de voto relativamente ao Orçamento numa reunião da comissão política a 25 de outubro, três dias antes da primeira votação na Assembleia da República da proposta do Governo na generalidade.

(Notícia atualizada às 12h56)

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Saldo externo ainda é negativo. Nesta altura em 2019 já era positivo

Portugal ainda regista um défice externo no acumulado até agosto deste ano. No ano passado, por esta altura já havia um excedente.

O comportamento repete-se quase todos os anos: na primeira metade do ano, Portugal regista um défice comercial, mas o boom do turismo no verão permitia ter um excedente na segunda parte do ano. Apesar de essa inversão ter vindo a acontecer cada vez mais tarde nos últimos anos, chegados a junho ou julho esta acabaria por acontecer.

Contudo, este ano, por causa da crise pandémica, tal não se verificou. Nos dados acumulados até agosto, Portugal continua a ter um défice comercial: -887 milhões de euros, o que compara com um excedente de 1.146 milhões de euros no acumulado até agosto de 2019.

Até agosto de 2020, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital fixou-se em -887 milhões de euros, o que compara com 1146 milhões de euros em igual período de 2019“, revela o Banco de Portugal esta segunda-feira na nota de informação estatística da balança de pagamentos.

Saldo acumulado da balança corrente e de capital continua negativa em agosto

A dúvida é se este ano ainda será possível inverter o saldo até ao final do ano. Nas contas do Governo, tal não deverá concretizar-se: na proposta do Orçamento do Estado para 2021, o Executivo prevê que o saldo da balança corrente e de capital fique nos -0,3% do PIB, sendo negativo pela primeira vez desde a anterior crise. Na prática, isto significa que a capacidade líquida de financiamento do país será negativa, ou seja, a economia está a “endividar-se” face ao exterior.

Na nota, o banco central explica que o défice deteriorou-se principalmente por causa da redução do excedente de serviços (principalmente relacionado com turismo), na ordem dos 6.527 milhões de euros a menos em 2020 face a 2019. A redução do défice de bens em 3.118 milhões de euros, em termos homólogos, não foi suficiente para compensar.

No que toca aos serviços, o Banco de Portugal concretiza que “esta redução foi, na maior parte, justificada pelo decréscimo acentuado do saldo da rubrica viagens e turismo, de 5.602 milhões de euros”.

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Garrigues assessora Santander na venda de 50,01% da Popular Seguros

A venda de 50,01% da Popular Seguros pelo Santander foi assessorado juridicamente pela Garrigues. A equipa foi coordenada pelo sócio Mário Lino Dias.

A Garrigues assessorou o Santander na venda de 50,01% da Popular Seguros e na concretização em Portugal da sua parceria com a Mapfre, para a comercialização e distribuição de determinados produtos do ramo Não Vida, operação que acaba de ficar concluída.

A equipa da Garrigues foi coordenada pelo sócio Mário Lino Dias, com a participação dos advogados José de Seabra Marcão e Inês Freire de Andrade.

“A parceria possibilita à entidade financeira a distribuição exclusiva em Portugal, até dezembro de 2037, dos seguros automóvel, multirriscos para PME e de responsabilidade civil da MAPFRE, que passará a controlar 50,01% do negócio conjunto de seguros no país, enquanto que o Banco Santander Totta será titular dos restantes 49,99%”, refere a MAPFRE no site oficial.

Esta operação foi uma das mais relevantes ocorridas no mercado segurador durante o ano de 2020, criando um novo player de mercado que atuará sob a designação Mapfre Santander Portugal.

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