OE 2021 publicado no diário do Parlamento. Deverá chegar a Belém nos próximos dias

O Orçamento do Estado para 2021 já foi publicado no diário da Assembleia da República. Se não houver objeções dos partidos, o documento deverá seguir para Belém nos próximos dias.

Quase um mês após a aprovação final do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), o documento deverá chegar às mãos do Presidente da República esta semana. A versão final do OE foi publicada esta segunda-feira no diário da Assembleia da República e irá seguir para Belém nos próximos dias, sendo expectável que Marcelo Rebelo de Sousa promulgue o documento rapidamente, como ocorreu nos anos anteriores.

Depois da publicação do OE 2021 — são quase 400 páginas, às quais se juntam os mapas orçamentais — no diário da Assembleia da República, os deputados têm até três dias úteis para reclamar de algum pormenor do texto final. Não é expectável que haja discordâncias uma vez que a redação final do OE foi fixada sem votos contra na reunião da comissão de orçamento e finanças a 16 de dezembro, de acordo com os registos parlamentares.

Caso os calendários não sofram percalços, após a promulgação do Presidente da República, o OE 2021 é publicado em Diário da República e entra em vigor a 1 de janeiro, permitindo que o Governo comece a implementar o novo orçamento. Parece ser essa a intenção tanto do Governo como do Presidente da República para não atrasar a implementação do Orçamento que contém medidas para amparar o impacto da crise pandémica.

Mesmo a questão do Novo Banco, que inicialmente podia levar a um atraso se fosse pedida a fiscalização preventiva, não deverá ser resolvida através desse instrumento jurídico. No início deste mês, o Jornal Económico noticiou que o Presidente da República inclinava-se a não enviar o OE para o Tribunal Constitucional por causa deste O Governo tem também defendido que há “n” formas de resolver o assunto sem recorrer ao TC e até evitando um Suplementar, apesar das dúvidas dos especialistas em finanças públicas.

Apenas o Presidente da República pode pedir a fiscalização preventiva da lei do OE, tendo até oito dias para a requerer ao Tribunal Constitucional desde que o documento final do OE entra em Belém. Caso o faça, o Tribunal Constitucional terá 25 dias para decidir (ou menos tempo se Marcelo Rebelo de Sousa pedir e solicitar urgência). O Presidente pode também promulgar o documento, mas pedir a fiscalização sucessiva de normas do OE.

Entre outras medidas, o Orçamento do Estado para 2021 prevê o novo apoio social de até 501 euros inclui sócios-gerentes, informais e estagiários, o aumento extraordinário de 10 euros para as pensões mais baixas e os vários tipos de lay-off pagos a 100% a partir do próximo ano. Mesmo que promulgue o documento, é expectável que o Presidente da República faça reparos ou avisos, como tem acontecido em anos anteriores.

Recorde-se que o OE 2021 foi aprovado a 26 de novembro com o voto favorável do PS, a abstenção do PCP, PAN, PEV, Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira e o voto conta do PSD, BE, CDS, Chega e Iniciativa Liberal. O número recorde de propostas de alteração (mais de 1.500) dificultou não só o processo de votação, que decorreu em quatro dias, como a redação final do documento. O mesmo tinha ocorrido no OE 2020 em que houve mais de 1.300 propostas de alteração.

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Estágios Ativar.pt registam 15.736 candidaturas para 19.186 estagiários

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2020

As candidaturas aos estágios Ativar.pt abriram a 1 de outubro e encerraram a 18 de dezembro.

Os estágios do programa Ativar.pt registaram 15.736 candidaturas para colocação de 19.186 estagiários, avançou esta segunda-feira à Lusa fonte oficial do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

“Registaram-se no IEFP 15.736 candidaturas relativas a 19.186 estágios”, indicou o IEFP.

As candidaturas aos estágios Ativar.pt abriram a 1 de outubro e encerraram a 18 de dezembro.

A medida, prevista no Programa de Estabilização Económica (PEES) do Governo, veio substituir os estágios profissionais do IEFP, prevendo um aumento do valor das bolsas pagas aos estagiários e contando com uma dotação orçamental de 75 milhões de euros.

Os estágios destinam-se a desempregados inscritos nos centros de emprego e os estagiários têm direito a uma bolsa mensal que varia em função do nível de qualificação, entre 438,81 euros e 1.053 euros.

Com a duração de nove meses, não prorrogáveis, os estágios são comparticipados pelo IEFP e pela entidade promotora.

De acordo com o IEFP, as candidaturas são analisadas por ordem de entrada, em cada região, e são decididas no prazo de 30 dias contados a partir da data de apresentação.

No início de novembro, um mês após o lançamento da medida, o Ministério do Trabalho dava conta da entrada de 6.865 candidaturas aos estágios Ativar.pt, para 8.264 vagas, sendo que cada empresa pode disponibilizar mais do que uma vaga para estágio.

Segundo indicou na altura à Lusa fonte oficial do Ministério do Trabalho, as metas indicativas para os estágios eram de 11.000 vagas.

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UGT e CGTP “chumbam” pedido de empresa em reestruturação do Banco Montepio

Quatro meses depois, parceiros sociais foram chamados a pronunciarem-se sobre pedido do Banco Montepio para ter estatuto de empresa em reestruturação. Sindicatos chumbam proposta e deixam críticas.

Quatro meses depois, os parceiros sociais foram finalmente chamados a pronunciarem-se sobre o pedido de estatuto de empresa em reestruturação do Banco Montepio. A UGT deu parecer negativo à proposta do banco e deixou duras críticas ao banco e ao Governo por causa falta de informação prestada assim como pelos timings em que foram chamados a decidir. Também a CGTP critica a opacidade do processo e rejeita que a Segurança Social seja usada para pagar despedimentos de trabalhadores.

“Face à ausência de informação sobre a situação financeira do Montepio e do número de trabalhadores com quem o banco pretende fazer rescisões por mútuo acordo, a UGT pronunciou-se negativamente ao pedido de declaração de empresa em reestruturação“, revela um comunicado conjunto do Mais Sindicato e do Sindicato dos Bancários do Centro (SBC), ambos afetos à UGT.

Do lado da CGTP, a secretária-geral Isabel Camarinha adiantou ao ECO que a estrutura sindical “não foi informada do plano de reestruturação do Montepio para fundamentar” o seu parecer. Ainda assim, considera não ser legítima a “utilização da Segurança Social, que é paga pelos trabalhadores, para despedir trabalhadores”.

Como noticiou o ECO no final de setembro, o Banco Montepio tem em curso um plano de reestruturação para regressar aos lucros e que vai envolver a saída até 900 trabalhadores e o fecho de dezenas balcões nos próximos anos. Uma parte do plano de saídas será executado por via de reformas antecipadas dos trabalhadores mais velhos. Outra parte passará rescisões por mútuo acordo e onde o banco oferece um conjunto de benefícios, entre elas o subsídio de desemprego. Ambos processos já deram início.

O Governo assume um papel crucial neste ajustamento. Caberá ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) decidir se alarga a quota do banco no acesso a subsídios de desemprego além do que lhe é permitido.

Tal pedido de estatuto de empresa em reestruturação foi apresentado pelo banco a 27 de agosto, numa carta endereçada à ministra Ana Mendes Godinho. Na missiva, a que o ECO teve acesso, os administradores do banco Nuno Mota Pinto e José Carlos Mateus assinalaram o “caráter de urgência” do requerimento e juntaram um outro documento: o projeto de reestruturação. Contudo, o banco eliminou informação, alegando que “muitos elementos constantes do projeto de reestruturação remetido em anexo assumem natureza privilegiada e confidencial, cuja divulgação a terceiros seria apta a causar prejuízos elevados, de natureza patrimonial e reputacional”.

Os dois administradores argumentaram ainda que “os parceiros sociais deverão ser consultados – apenas – “(…) sobre a situação económica e do emprego no setor em causa“”, não se revelando “necessária a remessa integral do dossier económico e do projeto de reestruturação”.

Só agora, no passado dia 16 de dezembro, o Conselho Económico e Social pediu aos parceiros sociais para darem os seus pareceres. O prazo termina esta segunda-feira, dia 21.

A UGT já enviou o seu parecer no dia 18. “A central sindical condena que a solicitação não contemple os dados necessários para análise da situação, nomeadamente a demonstração da situação financeira do banco – essencial para avaliar a sua viabilidade e o pedido da não aplicação de quotas de acesso ao subsídio de desemprego nos casos de rescisão por mútuo acordo, a decorrer até 2023 – ou o número de trabalhadores que serão abrangidos pelo processo”, dizem o Mais Sindicato e do Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) em resposta ao pedido do Banco Montepio.

“E rejeita que seja a Segurança Social a pagar pelos erros de gestão da administração, que “poderão ter fragilizado a situação económica da instituição”, e ainda pelo novo erro de gestão que será optar pelos despedimentos”, acrescenta o comunicado divulgado esta segunda-feira.

O ECO questionou o ministério sobre os timings do processo, mas não obteve uma resposta até à publicação do artigo.

(Notícia atualizada às 17h00 com posição da CGTP)

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Confiança dos consumidores recupera em dezembro na Zona Euro e UE

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2020

Indicador permanece abaixo da sua média de longo prazo, que é de -11,2 pontos na zona euro e -10,7 na UE.

A confiança dos consumidores europeus recuperou em dezembro face a novembro, tanto na Zona Euro (mais 3,7 pontos), como no conjunto da União Europeia (3,4 pontos), segundo uma estimativa divulgada esta segunda-feira pela Comissão Europeia.

De acordo com a Direção-geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, depois dos recuos verificados no mês passado face a outubro, o indicador de confiança dos consumidores progrediu em dezembro na Zona Euro para os -13,9 pontos e na UE para os -15,3 pontos.

Apesar desta recuperação em dezembro, o indicador permanece “bem abaixo da sua média de longo prazo”, que é de -11,2 pontos na Zona Euro e -10,7 na UE, nota a direção-geral.

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Portuguesa Lurdes Gramaxo é investidora europeia do ano

A partner da Bynd Venture Capital venceu o prémio "Golden Aurora - Europe’s Female Angel Investor of the Year", que distingue o apoio e a gestão de startups em 2020.

A portuguesa Lurdes Gramaxo, partner da Bynd Venture Capital, saiu vencedora do “Golden Aurora – Europe’s Female Angel Investor of the Year” por ter sido considerada a investidora europeia que mais se destacou pelo apoio financeiro e de gestão a startups, em 2020.

O júri europeu escolheu a portuguesa, à frente de Regina Llopis de Espanha e Brigitte Baumann da Suíça, num total de 11 finalistas de oito países diferentes.

“Enquanto se financia a fase de arranque de uma startup, é fundamental olhar para a qualidade da equipa fundadora. Continuarei a promover ativamente a diversidade e a complementaridade no nosso portefólio, pois acredito que é essencial para o sucesso futuro de qualquer projeto”, assinala Lurdes Gramaxo sobre a distinção, citada em comunicado.

“O facto de uma mulher portuguesa ser premiada este ano mostra que as mulheres business angel estão a integrar, em todo o continente, num domínio que se acreditava ser masculino – e estão a investir com sucesso”, diz Ute Günther, membro do conselho de administração da organização da Business Angels Netzwerk Deutschland (BAND), associação de business angels alemã e organizadora da iniciativa.

Lurdes Gramaxo é partner da Bynd Venture Capital, sociedade de capital de risco que conta com mais de 30 investimentos ativos e três fundos sob gestão. Estudou Economia e Psicologia na Universidade do Porto. Após uma carreira de mais de 20 anos em vários cargos de gestão numa multinacional sediada na Holanda, juntou-se à Bynd VC, em 2015. A entrega do prémio será feita em Colónia na primavera do próximo ano.

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Shimejito fecha ronda seed de 10,5 milhões para fazer crescer estufas de cogumelos

A startup com sede no Fundão quer multiplicar biofábricas até às quatro unidades de produção até final do próximo ano. Além do Fundão, quer unidades no Porto, Lisboa e Algarve.

A startup portuguesa Shimejito captou uma ronda de investimento seed no valor de 10,5 milhões de euros (12,8 milhões de dólares). Com o investimento de um fundo norte-americano, o investidor fica com 40% da empresa que desenvolveu uma tecnologia que permite a qualquer pessoa ser produtora de cogumelos.

Fundada em 2017 pelo brasileiro Adriel Oliveira, a empresa tem como base princípios da economia circular, agricultura vertical e descentralização da produção/distribuição de cogumelos. “Desenvolvemos tecnologia para que qualquer pessoa possa tornar-se num produtor de cogumelos do futuro, com um negócio muito rentável e amigo do ambiente”, explica o fundador da empresa, sublinhando que as fábricas produzem para produção própria e também para o ecossistema local.

A primeira ronda de investimento angel, no valor de 20 mil euros, foi recebida durante o Web Summit, em 2018. Esta nova ronda vai acelerar a consolidação do mercado português — onde a empresa quer assegurar 20% como distribuidora e produtora –, assim como permitir a diversificação de produtos, além de planificar a expansão da startup para os Estados Unidos.

Além da produção de cogumelos nas suas farms (as estufas), a Shimejito produz aditivos biológicos, à base de micélio, nas suas biofábricas, que podem ser utilizados em jardinagem e plantações, eliminando a necessidade de utilização de produtos químicos na agricultura e tornando as colheitas mais sustentáveis e qualificáveis como biológicas.

Neste momento, a startup tem uma biofábrica no Fundão, que conta com três estufas de cogumelos. A ronda de financiamento vem ajudar na construção da nova biofábrica, no Porto, e de mais dez estufas sendo que a primeira já está em instalação, em Matosinhos.

O objetivo da empresa passa por expandir a produção para quatro biofábricas (Fundão, Porto, Lisboa e Algarve) com pelo menos 40 estufas.

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Há 2.099 novos casos e 57 mortes por Covid-19 em Portugal

Foram identificados 2.099 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas. O número total de casos positivos desde o início da pandemia sobe para 376.220.

Portugal registou 2.099 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 376.220 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma subida diária de 0,56%. Já o número de mortes subiu para 6.191, após 57 óbitos terem sido contabilizados nas últimas 24 horas, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS).

No que toca ao número de novos casos, trata-se do melhor registo desde 20 de outubro, dia em que foram contabilizadas 1.876 novas infeções. Neste contexto, dos 2.099 novos casos confirmados nas últimas 24 horas, 858 localizam-se na região Norte (40,9%), seguindo-se a região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabilizou 711 novas infeções (33,7%).

Também se verifica um abrandamento no número de mortes. Nas últimas 24 horas, foram registados 57 óbitos, o melhor registo desde 14 de novembro, quando o país registou 55 mortes em 24 horas. Destes 57 óbitos, 28 foram na região Norte, 17 em Lisboa e Vale do Tejo, seis no Centro, cinco no Alentejo e uma na Madeira.

Boletim epidemiológico de 21 de dezembro:

O Norte continua a ser a região com mais casos até ao momento (194.910 casos de infeção e 2.926 mortes), seguindo-se de Lisboa e Vale do Tejo (121.435 casos e 2.130 mortes), do Centro (41.243 casos e 872 mortes), do Alentejo (9.173 casos e 169 mortes) e do Algarve (6.623 casos e 64 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 1.581 casos e 21 mortos, enquanto a Madeira tem 1.255 pessoas infetadas e nove vítimas mortais.

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 3.158 estão internados (mais 131 face ao dia anterior), dos quais 502 em unidades de cuidados intensivos (mais 19). Há ainda 85.149 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, menos 345 do que no balanço de domingo.

Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 2.370 recuperados, um número ligeiramente inferior relativamente ao último balanço. No total, 299.603 pessoas recuperaram da doença. Há agora 70.426 pessoas (casos ativos) a lutarem contra a doença, menos 328 face ao balanço anterior.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h06)

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Leilão do 5G arrisca tornar Portugal “na 18.ª comunidade autónoma espanhola”, alerta Miguel Almeida

O presidente executivo da Nos disse no Parlamento que o leilão do 5G pode favorecer a substituição dos operadores portugueses por espanhóis, tornando Portugal "na 18.ª comunidade autónoma espanhola".

O presidente executivo da Nos NOS 0,65% , Miguel Almeida, alertou no Parlamento que o regulamento do 5G, como está desenhado, vai “favorecer” uma de duas situações: ou a “entrada no mercado de fundos especuladores”, ou a “substituição dos atuais operadores por operadores espanhóis, tornando Portugal na 18.ª comunidade autónoma espanhola”.

Numa participação remota sobre o leilão de frequências para a quinta geração, agora sobre o regulamento final, Miguel Almeida disse que “os problemas do regulamento mantêm-se e são por demais evidentes”, prevendo-se “medidas discriminatórias inédias” que podem provocar “desequilíbrios estruturais” no mercado.

Em causa estão as preocupações da Nos sobre a reserva de espetro para “novos entrantes” e a possibilidade de as operadoras já estabelecidas serem forçadas a estabelecer acordos pagos de roaming nacional com estes novos players, uma obrigação a vigorar por dez anos, pelo menos. Para a operadora, são “condições assimétricas” e “altamente lesivas da concorrência”.

Miguel Almeida reforçou a posição da Nos de que o leilão do 5G é “ilegal” e protagoniza uma “expropriação do Estado, não a favor do Estado, mas a favor de interesses económicos privados”. Para tal, citou pareceres de constitucionalistas como Paulo Otera, Vital Moreira e Jorge Miranda e abriu a porta à fiscalização do regulamento a nível constitucional.

“A atuação da Anacom é incompreensível, irresponsável e também indigna”, disse o líder executivo da Nos. “Uma autoridade administrativa tem de ser politicamente neutra e não pode tomar decisões de política económica”, disse, garantindo que, neste momento, é a Anacom que define a política de comunicações em Portugal.

(Notícia atualizada pela última vez as 15h52)

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Maioria dos portugueses gostava de manter teletrabalho, revela estudo

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2020

Seis em cada dez portugueses gostaria de continuar em teletrabalho, sendo que destes mais de 50% preferia um modelo de trabalho misto, revela estudo do grupo Ageas e da Eurogroup Consulting Portugal.

Mais de 60% dos inquiridos gostaria de manter o teletrabalho, num futuro próximo, pelo menos em parte, com 51% a preferir um modelo misto, segundo um estudo do grupo Ageas e da Eurogroup Consulting Portugal.

“Cerca de 62% dos inquiridos admite que gostaria de trabalhar a partir de casa, optando a maioria (cerca de 51%) por um modelo misto: 29% entre 50 a 99% do tempo em teletrabalho, e 22% com menos de 50% em teletrabalho”, lê-se num comunicado, divulgado esta segunda-feira pelas duas organizações.

De acordo com a mesma nota, “os restantes inquiridos (38%) referem que não gostariam de trabalhar a partir de casa no futuro, notando-se uma ligeira resistência nas idades mais avançadas”.

O estudo, realizado entre 9 e 23 de setembro de 2020, junto de uma amostra de 1.744 pessoas, com idades superior a 18 anos, residente em Portugal, descobriu ainda que “77% dos portugueses revelam-se satisfeitos com a forma como a sua empresa se ajustou ao teletrabalho.

Menos de 10% admitem que a empresa poderia ter feito melhor, sendo os mais novos os que expressaram mais esta opinião”, de acordo com o mesmo comunicado.

Por outro lado, “quando questionados sobre o apoio recebido por parte da chefia direta durante este período, 42% dos inquiridos avalia positivamente os seus líderes (21,4% bom e 21% muito bom)”, sendo que “apenas 10% dos inquiridos consideraram insuficiente este apoio”.

Questionados sobre a experiência do teletrabalho, “a apreciação dos inquiridos é relativamente boa, com uma média geral de 2,9 (entre 1 e 4)”, concluiu o estudo, sendo que “o fator idade, neste campo, demonstra algumas variações, com os mais jovens a ter uma opinião mais positiva (entre 18 a 24 anos: 3,60; 25-34: 3,08) do que os mais velhos (+55: 2,76)”.

O mesmo trabalho concluiu ainda que “os trabalhadores por conta própria são menos adeptos do teletrabalho, refletindo a necessidade de interação e socialização”.

Já os gestores de equipa “dizem-se confortáveis no seu papel de líderes nestes tempos (média de 2,99 entre 1 e 4)”, lê-se na mesma nota.

“Apesar dos meios tecnológicos disponíveis, a ausência de contacto físico/presencial foi apontada como a principal dificuldade observada, tendo sido particularmente verdade para inquiridos mais seniores”, referem as entidades.

“A gestão da vida familiar foi a segunda maior dificuldade observada, criando mais obstáculos do que a tecnologia, com a qual a média dos inquiridos se sente confortável, confirmando a subida do nível de “literacia digital” da população. Os mais novos apontam também a queda de produtividade”, segundo o comunicado.

O questionário foi desenvolvido em formato online e conta com um intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 2,35%, indicaram as entidades.

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Brisa, BP, Cepsa, EDP, Galp, Ionity e Repsol investem 10 milhões em rede de carregamento elétrico de longa distância

Sob a marca Via Verde Eletric, a nova rede inclui 82 pontos de carregamento rápidos e ultrarrápidos em todas as áreas de serviço da Brisa situadas nas autoestradas portuguesas.

A Brisa uniu-se em parceria à BP, Cepsa, EDP Comercial, Galp Electric, Ionity, Repsol, e juntas estas oito empresas fizeram um investimento global de 10 milhões de euros para criar a maior rede de longa distância de postos de carregamento elétrico do país. Sob a marca Via Verde Eletric, a nova rede inclui 82 pontos de carregamento rápidos e ultrarrápidos (dois por zona) em todas as áreas de serviço da Brisa situadas nas autoestradas portuguesas.

A operadora de infraestruturas de transporte fala de uma “cobertura total da rede Brisa”: 11 autoestradas, 1124 quilómetros, 40 zonas de carregamento em áreas de serviço de longa distância. O presidente executivo da Brisa, António Pires de Lima, anunciou que os carregamentos elétricos feitos nesta nova rede da Brisa poderão ser pagos através dos identificadores ou da aplicação móvel da Via Verde, tal como já acontece em parques de estacionamento ou bombas de gasolina. Pires de Lima anunciou também que está estudo o carregamento a hidrogénio nas áreas de serviço da Brisa.

Dos 82 carregadores, 80% estarão localizados nos três principais eixos rodoviários do país: 28 serão em 14 áreas de serviço da A1 (Lisboa/Porto), 22 em 11 bombas da A2 (Lisboa/Algarve) e outros 12 em 6 áreas de serviço da A6 (Ligação a Espanha via Badajoz).

“Este passo da Brisa é inovador no compromisso e na tecnologia. No próximo verão já não já não haverá desculpa para não fazer deslocações de grande distância com carros elétricos em Portugal”, disse o ministro do Ambiente e Ação Climática, Matos Fernandes, no vento de lançamento da rede Via Verde Eletric.

O ECO/Capital Verde sabe que esta iniciativa partiu da Brisa, que convidou todas as outras empresas de energia e as sentou à mesma mesa para delinear o projeto desta nova rede de carregamentos elétricos em autoestradas. Na parceria estão as petrolíferas BP, Repsol e Cepsa, também a Galp, que além de petrolífera também já aposta no carregamento de veículos elétricos, a elétrica EDP, e rede de estações de carregamento de alta potência para veículos elétricos Ionity, uma joint venture fundada pelo BMW Group, Daimler AG, Ford Motor Company e Volkswagen Group.

Apesar de operarem todos sob a mesma marca — Via Verde Eletric –, o ECO/Capital Verde sabe que as bombas da Galp serão equipadas com carregadores elétricos da própria Galp (que será também o respetivo operador do posto — OPC — e Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica — CEME — nesses locais), as estações de serviço da BP e da Repsol contarão com 34 pontos de carregamento da EDP (OPC e CEME nessas bombas) e quanto à Cepsa fez um acordo com a Ionity para contar com os carregadores e respetivos serviços. A aliança da Cepsa com a Ionity contempla a instalação de pontos de carga em 35 áreas de serviço em Portugal e Espanha, até final de 2021, cobrindo os principais corredores da Península Ibérica.

Quando a rede estiver completa, numa viagem entre o Porto e Faro, por exemplo, a Via Verde Eletric terá 12 pontos de carregamento, com 24 carregadores. À sua disposição os condutores terão soluções de carga rápida (50kW) e ultrarrápida (150 a 350kW), aproximando a duração do carregamento elétrico do tempo de um abastecimento convencional, com gasolina ou gasóleo. Quanto ao tempo médio de carregamento total (para uma bateria de 50 kW), a Brisa estima 1 hora nos carregadores rápidos e cerca de 7,5 minutos nos ultrarrápidos.

“A nova rede de carregamentos elétricos nas autoestradas da Brisa é um exemplo do que fazemos como operador de mobilidade sustentável. Neste caso, com os nossos parceiros, estamos a derrubar barreiras para o uso de veículos elétricos para as médias e longas distâncias. No próximo verão, será possível viajar num veículo elétrico com total conforto, do Minho ao Algarve, na rede Brisa”, disse o presidente executivo da Brisa, António Pires de Lima.

Esta rede não inclui as áreas de serviço urbanas da rede Brisa — Oeiras, na A5; Coronado-Trofa, na A3; Águas Santas, na A4 — que terão uma oferta diferenciada, adaptada às necessidades do tráfego urbano numa lógica mais alargada de Mobility Hub, e cujos projetos estão em preparação e serão abordados numa segunda fase“, explicou a Brisa em comunicado

Os pontos de carregamento Via Verde Eletric, ficarão instalados junto à zona de restauração das áreas de serviço Colibri e a rede deverá estar completa durante o decorrer de 2021.

Pedro Oliveira, presidente da bp Portugal, diz que “a bp quer ser um agente ativo das mudanças necessárias para tornar mais sustentável o nosso planeta, pelo que procuramos ser cada vez mais eco eficientes e, no que diz respeito à mobilidade, temos
uma estratégia de desenvolvimento que vamos poder traduzir neste projeto”.

Rui Romano, diretor da rede de retalho da Cepsa Portuguesa, salienta que “vamos cobrir os principais corredores da península com estações de carga ultrarrápida de 350 kW, em áreas de serviço da Cepsa”. A empresa inaugurou recentemente o primeiro corredor ibérico de carga ultrarrápida (entre Madrid e Barcelona) e em Portugal vai inaugurar, já no primeiro trimestre de 2021, as primeiras estações de carregamento ultrarrápido de 350 KW que vão permitir fazer o trajeto Lisboa – Porto – Galiza, bem como Lisboa – Algarve e Lisboa- Elvas.

Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP e presidente da EDP Comercial, destaca que “através destas parcerias, oferecemos capilaridade fora dos centros urbanos e traçamos o futuro da mobilidade elétrica”. Com o anúncio desta parceria, a EDP sublinha que é dado um passo adicional para chegar ao objetivo de 700 pontos de carregamento em desenvolvimento até ao final de 2020. Para o próximo ano, uma das principais metas da empresa é ter 1.000 pontos disponíveis para carregamento de veículos elétricos ligados à rede pública, por todo o país.

Sofia Tenreiro, administradora executiva da Galp, frisa que “esta parceria com a Brisa reflete o compromisso da Galp na disponibilização de soluções de mobilidade sustentável em todo o país”.

Marcus Groll, managing director and chief operations officer da Ionity GmbH, refere que “um dos maiores obstáculos aos carros elétricos é a falta de uma infraestrutura de carregamento confiável e de elevado desempenho. A nossa missão é estar presente para os veículos elétricos atuais e futuros, oferecendo uma experiência confiável, verde e de carregamento rápido”.

Armando Oliveira, administrador delegado da Repsol Portuguesa, salienta que “como líderes ibéricos em pontos de carregamentos elétricos, não poderíamos abnegar esta sinergia, que espelha a nossa visão precursora”.

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Wall Street sob pressão da nova estirpe do vírus, Tesla cai 4% com um pé no S&P 500

Os índices em Wall Street abrem em queda nesta sessão, penalizados pelos receios quanto ao vírus. A Tesla estreia-se no S&P 500 com perdas.

As bolsas norte-americanas entraram na primeira sessão da semana em queda expressiva, com os receios relativamente à nova estirpe do coronavírus identificada no Reino Unido a pesar no sentimento dos investidores. O acordo em torno de uma nova ronda de estímulos não foi suficiente para dar ânimo às bolsas norte-americanas.

A nova estirpe, que será até 70% mais transmissível do que a original, levou a que vários países europeus decidissem fechar as fronteiras com o Reino Unido, motivando receios de novas perturbações económicas.

O S&P 500 recua 1,18% para os 3.665,47 pontos, enquanto o industrial Dow Jones perde 0,93% para os 29.899,10. Já o tecnológico Nasdaq cai 1,16% para os 12.607,23 pontos.

Este é também o dia de estreia da Tesla no S&P 500. A elétrica liderada por Elon Musk é a sexta cotada com a maior capitalização bolsista no índice, atrás da Apple, Microsoft, Amazon, Alphabet e Facebook, segundo a CNBC. Os títulos da Tesla caem 4,37% para os 664,64 dólares.

Nas quedas, destaque também para as cotadas do setor do turismo, como é o caso da American Airlines, que perde 3,77% para os 15,89 dólares, da United Airlines, que cai 2,97% para os 43,41 dólares, e da operadora de cruzeiros Carnival, que recua 3,87% para os 20,63 dólares.

As bolsas norte-americanas acompanham, deste modo, a tendência francamente negativa nos índices europeus. A bolsa portuguesa está a cair 2,37%, enquanto o índice de referência europeu Stoxx 600 desvaloriza 2,69%.

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Ecossistemas: a nova etapa na estratégia das empresas de seguros

  • ECOseguros + EY
  • 21 Dezembro 2020

Jorge Teixeira da Silva, Senior Manager EY, Consulting Services, fala dos novos desafios, através da criação de cadeias de valor para atrair clientes em jornadas integradas: os ecossistemas digitais.

A COVID-19 acelerou a migração dos clientes para os canais digitais, desde a compra de produtos de seguros, aquisição de carros ou mesmo consultas médicas. Algumas empresas de seguros podem sentir que os seus canais, plataformas e abordagens, nas quais confiaram durante vários anos, estão a ter dificuldades para responderem às novas necessidades dos clientes.

A pandemia ampliou uma tendência anterior, em que muitas empresas de seguros mais tradicionais tentavam criar ou participar em ecossistemas digitais ficando, no entanto, aquém das suas expectativas. Estes ecossistemas consistem em conjuntos de serviços integrados, por meio dos quais os clientes atendem a uma variedade de necessidades na sua vida e numa experiência integrada e digital. Os ecossistemas digitais dominantes de hoje foram lançados por empresas de tecnologia, que utilizaram plataformas para competir, desinteressar e muitas vezes substituir as ofertas dos concorrentes mais tradicionais, controlando os pontos de contacto com o cliente e as etapas da jornada, como a pesquisa, a publicidade e as mensagens direcionadas.

"Os ecossistemas digitais necessitam da presença de ambos os stakeholders – os clientes e os parceiros. Sem uma das duas dimensões, o ecossistema deixa de ter valor.”

Como funcionam os ecossistemas digitais?

Para começar, eles criam valor em duas dimensões da cadeia de valor. Permitem que os diferentes participantes consolidem a sua oferta, para que esta seja integrada na jornada da necessidade do cliente. Deste modo, temos o detentor da plataforma digital, que é o dinamizador da mesma e que procura ter parceiros que criam valor para a sua oferta e, na mesma dimensão, procura ter clientes para utilizarem os seus serviços digitais. Os ecossistemas digitais necessitam da presença de ambos os stakeholders – os clientes e os parceiros. Sem uma das duas dimensões, o ecossistema deixa de ter valor.

O valor que se cria através dos ecossistemas digitais é que os parceiros do ecossistema não tentam desenvolver toda a experiência e oferta internamente e procuram criar uma nova cadeia de valor. Estes movimentos podem desencadear a criação de uma inovação distribuída e criar novas eficiências ao longo das cadeias de valor, para melhorar as experiências do cliente, abrindo novos caminhos para a inovação e a diferenciação no mercado – algo que não era possível de realizar, utilizado somente os recursos próprios.

Que diferenças existem nos atuais ecossistemas digitais?

  1. Atuam como agregadores: reduzindo o atrito conforme os clientes mudam de serviços que estão relacionados. O Facebook Messenger, por exemplo, permite que os clientes façam compras, façam check-in num hotel, enviem mensagens a um amigo, leiam notícias e conversem com um médico, tudo por meio de uma única interface (UX).
  2. Aproveitam os efeitos de rede: o Google Nest, fabricante de um ecossistema de produtos para a casa inteligente, fornece aos seus clientes uma notificação mensal que demonstra o consumo de energia e o compara com os seus vizinhos, para dar contexto aos números. Ao mesmo tempo, a empresa cria valor para os fornecedores de serviços para “casa”, fornecendo informações consolidadas sobre as necessidades, de modo a ajudá-los a otimizar os seus serviços (procura vs oferta).
  3. Integram dados numa serie de serviços: uma empresa de dados de saúde extrai dados com extrema fidelidade do ecossistema de saúde e aplica essa informação às vidas dos pacientes, para melhorar a sua saúde (utilização de informação da rede).

Para participar com sucesso nos ecossistemas digitais, as empresas de seguros devem mudar a maneira como pensam sobre os clientes. Em vez de se limitarem a serviços dentro das suas fronteiras históricas do setor, devem e podem aventurar-se para além destas, num esforço para responder aos clientes desde o início da jornada (necessidade do cliente), até ao final da mesma e de forma integrada. Só assim poderão criar diferenciação no seu setor e agregar valor para o cliente e para todos os stakeholders.

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