Parlamento chumba divulgação integral da auditoria ao Novo Banco
Proposta do Bloco de Esquerda para a divulgação pública imediata e integral do relatório da auditoria especial ao Novo Banco realizada pela Deloitte foi chumbada.
Os votos contra do PS e do PSD chumbaram esta quarta-feira a proposta do Bloco de Esquerda para a divulgação pública imediata e integral do relatório da auditoria especial do Novo Banco realizada pela Deloitte, que teve abstenção da Iniciativa Liberal e CDS e os votos favoráveis dos bloquistas e comunistas.
O Bloco pretendia que o relatório da auditoria que revelou perdas de 4.000 milhões de euros no Novo Banco com origem no BES fosse divulgado completamente e não apenas na versão confidencial com informação truncada que foi divulgada no início do mês pelo Parlamento.
Havia ainda uma proposta do Chega no mesmo sentido, mas a falta de comparência do deputado André Ventura levou a Comissão de Orçamento e Finanças (COF) a não votá-la.
Por outro lado, foi de forma unânime que foi aprovada a proposta do grupo parlamentar socialista relativamente ao pedido ao Novo Banco e ao Banco de Portugal para que disponibilizem, a título confidencial, a carta do Banco Central Europeu relativa à análise e resposta à auditoria especial.
Alteração das regras de nomeação do BdP adiada
A reunião da Comissão de Orçamento e Finanças adiou ainda a votação da proposta do PAN sobre a alteração das regras de nomeação do governador e administradores do Banco de Portugal, a pedido dos sociais-democratas.
A proposta do PAN prevê, entre outros, um regime de incompatibilidades e conflitos de interesse para membros do governo nos cinco anos antes da sua designação para o supervisor bancário. Aliás, o tema levantou-se com a recente nomeação do ex-ministro Mário Centeno para o cargo de governador.
“É incompreensível este pedido de adiamento do PSD. (…) O que se pretende é reforçar os poderes da Assembleia da República para ter uma palavra a dizer, em particular, na nomeação do governador do Banco de Portugal. O Governo prepara-se para mudar o conselho de administração e era importante termos estas regras em vigor”, disse a deputada do PAN Inês de Sousa Real à saída da reunião.
(Notícia atualizada às 12h12)
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