EDP já registou aumento de capital de 1.020 milhões. Novas ações na bolsa a partir de segunda-feira

A EDP concluiu o aumento de capital de 1.020 milhões de euros esta terça-feira. As novas ações começam a negociar na bolsa de Lisboa a partir da próxima segunda-feira.

A EDP já registou na Conservatória o aumento de capital de 1.020 milhões de euros, montante que irá financiar parte da compra da Viesgo em Espanha. O capital social da elétrica nacional passou para quase quatro mil milhões de euros, numa operação em que a procura pelas novas ações ficou 2,6 vezes acima da oferta.

“Nos termos e para os efeitos legais aplicáveis, torna-se público que o aumento de capital social acima referido, compreendendo a emissão de 309.143.297 ações ordinárias, escriturais e nominativas, de valor nominal unitário de 1,00€, com preço de subscrição unitário de 3,30 euros, que foram oferecidas à subscrição dos acionistas da EDP, no exercício dos respetivos direitos de preferência, foi registado, na presente data, junto da competente Conservatória do Registo Comercial“, lê-se no comunicado enviado pela empresa à CMVM.

Assim, o capital social da empresa aumentou para os 3.965.681.012 euros, isto é, quase quatro mil milhões de euros, o que corresponde ao mesmo número de ações “ordinárias, escriturais e nominativas” com o valor nominal unitário de um euro. Anteriormente, o número de ações correspondia a 3.656.537.715, segundo o site da EDP. As quase 310 milhões de novas ações representam “um total de aproximadamente 8,45% do capital social da EDP”, apontou a empresa numa nota divulgada em julho, aquando do anúncio.

“Prevê-se que as 309.143.297 novas ações emitidas no âmbito da Oferta estejam admitidas à negociação no Mercado Regulamentado Euronext Lisbon a partir do próximo dia 17 de agosto de 2020 (inclusive), sob o código ISIN PTEDP0AM0009″, refere ainda o comunicado divulgado esta terça-feira. A operação foi anunciada a 15 de junho e terminou na passada sexta-feira, 7 de agosto, efetuando-se agora o registo do aumento de capital. A maior acionistas continuará a ser a China Three Gorges, empresa estatal chinesa que também foi ao aumento de capital para evitar a diluição da sua participação.

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Prejuízos da Revolut agravam-se para 118,2 milhões em 2019

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

Este desempenho, explicou a Revolut, reflete “o investimento contínuo na expansão global e melhoria da oferta de produtos”.

Os prejuízos da Revolut agravaram-se em 2019, para 118,2 milhões de euros (106,5 milhões de libras), face às perdas de 36,4 milhões de euros (32,8 milhões de libras) em 2018, adiantou esta terça-feira a plataforma.

O grupo, que se dedica a serviços financeiros, registou ainda um aumento das perdas operacionais para 119,2 milhões de euros (107,4 milhões de libras) face a 37,8 milhões de euros (34,1 milhões de libras) registados em 2018. Este desempenho, explicou a Revolut, reflete “o investimento contínuo na expansão global e melhoria da oferta de produtos”.

Na mesma nota, a empresa adiantou que a “receita quase triplicou neste período, comparado com o período homólogo de 2018”, para 180,6 milhões de euros (162,7 milhões de libras) “refletindo o crescimento contínuo na oferta do principal produto de consumo, base de clientes e atividade dos utilizadores”, indicou a Revolut.

De acordo com a empresa, “a margem bruta aumentou para 39% no último trimestre de 2019, face a 17% no início do ano”, sendo que o “número de clientes ativos, numa base diária, aumentou 231%, enquanto o número de clientes que pagam planos de subscrição cresceu 139%”.

A Revolut referiu ainda que “o número de contas empresariais aumentou 260% – eram já mais de 220 mil no final de 2019” e o “número de negócios ativos numa base semanal disparou 321%”, lê-se na mesma nota. De acordo com o grupo, “os principais custos diretos no negócio continuam a ser os custos com emissão de cartões e custos de aquisição de clientes”, visto que “à medida que a base de clientes e volumes de transações aumentaram, a Revolut fez uma gestão eficiente dos custos”, garantiu a empresa.

Assim, “as despesas administrativas gerais aumentaram de 24 milhões de libras [26 milhões de euros] em 2018 para 92 milhões de libras [102,1 milhões de euros] em 2019, maioritariamente impulsionadas pela angariação de talento, elevando o número global de funcionários para 2.261 a 31 de dezembro de 2019”, face a 633 no final do ano anterior, de acordo com a mesma nota.

“Desde o início do ano, o nosso foco foi continuar a desenvolver produtos inovadores para os nossos clientes, continuar a entrar em novos mercados e aumentar as streams de receitas no negócio, enquanto reduzimos custos operacionais. Apesar dos desafios que temos, neste momento, no que diz respeito à conjuntura económica, continuamos focados no nosso objetivo de atingir a rentabilidade”, disse Nik Storonsky, fundador e presidente executivo do grupo, citado na mesma nota.

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CTT ganham mais 4% em dia de subidas na bolsa de Lisboa

A empresa postal avançou quase 4% em bolsa, prolongando os ganhos expressivos da sessão anterior, depois de anunciado um contrato de mais de dez milhões que vai assinar com a Segurança Social.

A bolsa de Lisboa ganhou quase 1% e os CTT somaram perto de 4%, continuando a valorizar perante o contrato de milhões que a empresa vai assinar com a Segurança Social. A contribuir para os ganhos na praça portuguesa estiveram também as ações da Galp Energia e do BCP, que subiram em torno de 3%.

Lisboa acompanhou a tendência das restantes praças europeias. O PSI-20 valorizou 0,85%, para 4.434,06 pontos, com 12 cotadas no verde, cinco no vermelho e uma inalterada. O destaque da sessão foram os títulos dos CTT, que subiram 3,72%, para 2,785 euros, continuando a ser impulsionados pelo contrato de 10,42 milhões de euros assinado com a Segurança Social para emissão de vales postais. Na segunda-feira, a empresa ganhou 6% em bolsa.

Também o BCP ajudou aos ganhos, avançando 2,71%, para 10,62 cêntimos, assim como os títulos da Galp Energia, que ganharam 2,96%, para 9,612 euros.

No lado oposto, a travar uma subida mais acentuada do PSI-20, esteve a família EDP. A elétrica nacional recuou 0,16% para 4,34 euros, enquanto a EDP Renováveis desvalorizou 0,43% para 13,94 euros. Destaque ainda para as ações da Jerónimo Martins que caíram 0,5% para 14,015 euros.

Nesta que foi a segunda sessão da semana, a bolsa de Lisboa acompanhou a tendência positiva que se vive no resto da Europa, com os investidores animados com a notícia de que a Rússia terá descoberto uma vacina com 90% de eficácia contra o coronavírus. O Stoxx-600 valorizou 1,58% para 370,44 pontos.

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Apoios para destinatários de medidas ativas de emprego prorrogados até final do ano

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

São prolongados até ao final de 2020 os apoios para os formandos e destinatários integrados nas medidas ativas de emprego e de reabilitação profissional.

Os apoios para formandos, destinatários de medidas ativas de emprego e reabilitação profissional, impedidos de frequentar as ações devido à suspensão da atividade das empresas por causa da Covid-19, foram prorrogados até final do ano.

A prorrogação deste regime até 31 de dezembro de 2020 consta de um despacho publicado esta terça-feira em Diário da República, que produz efeitos em 01 de julho de 2020.

“São prorrogados até 31 de dezembro de 2020 os efeitos do Despacho n.º 3485-C/2020, de 19 de março, alterado e complementado pelos Despachos n.os 4395/2020, 5638-C/2020 e 5897-B/2020, respetivamente de 10 de abril, 20 de maio e 28 de maio, de apoios para os formandos e destinatários integrados nas medidas ativas de emprego e de reabilitação profissional, que se encontrem impedidos de frequentar as ações ou projetos nelas enquadrados”, determina o diploma.

Em causa está o impedimento para a frequência de ações ou projetos devido à suspensão da atividade, total ou parcial, das empresas em situação comprovada de crise empresarial devido à pandemia de Covid-19.

A medida “aplica-se também aos formandos e destinatários integrados nas medidas ativas de emprego e de reabilitação profissional que se encontrem impedidos de frequentar as ações ou os projetos nelas enquadrados, em resultado de quarentena ou isolamento profilático”, estabelece o despacho.

Segundo o diploma, mantém-se suspenso o prazo de 20 dias úteis relativo às candidaturas ao prémio ao emprego, que é atribuído à empresa que celebre com o estagiário um contrato de trabalho sem termo.

Durante o período de tempo em que a empresa estiver sem atividade, as pessoas que frequentam estágios profissionais têm as faltas justificadas e durante esse período têm direito à totalidade da comparticipação financeira suportada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), desde que não se encontrem abrangidos por outra medida relacionada com a pandemia de Covid-19.

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Bancos já receberam mais de 840 mil pedidos de moratórias e aprovaram 88%

Desde 27 de março e até ao final de junho, os pedidos de adesão a moratórias abrangeram 841.856 contratos de crédito. Até essa data, as instituições aprovaram medida em 741.623 contratos.

O número de pedidos de moratórias no crédito já ultrapassou a barreira dos 840 mil. Desde a introdução deste mecanismo que permite suspender o pagamento do crédito a empresas e famílias, os bancos já deram aval a mais de 741 mil, 88% do total de pedidos revela o Banco de Portugal esta terça-feira.

De acordo com o supervisor liderado por Mário Centeno, desde finais de março até 30 de junho, os pedidos de adesão a moratórias de crédito abrangeram um total de 841.856 contratos. Desse “bolo”, as instituições acabaram por aplicar as medidas de apoio previstas nas moratórias em 741.623 empréstimos.

É dado ainda conta da existência de 100.233 contratos que se encontravam no final de junho em apreciação pelas instituições financeiras ou foram recusados.

Dos contratos de crédito aos quais já foram aplicadas as moratórias, a maior fatia — 70% (519.173) — corresponde a operações de crédito às famílias, enquanto a restante parcela correspondente a um total de 222.450 foram atribuídas a empresas e a empresários em nome individual.

Dentro das famílias, o crédito à habitação concentra o maior número de moratórias já atribuídas: 322.709, equivalentes a 44% do total. Foram ainda aplicadas num total de 196.464 contratos de crédito aos consumidores.

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Vacina da Rússia traz Wall Street de volta aos ganhos

Os estímulos à economia norte-americana deixaram uma onda de otimismo em Wall Steet, deixando o índice de referência perto de máximos de fevereiro.

Depois de Donald Trump ter prolongado os estímulos à economia dos Estados Unidos, uma onda de otimismo inundou os mercados. Os investidores estão confiantes numa recuperação económica e isso foi o suficiente para deixar o S&P 500 perto de máximos registados em fevereiro. A animar ainda mais os investidores está a notícia de que a Rússia terá descoberto uma vacina eficaz para o coronavírus.

O índice de referência está a subir 0,44% para 3.375,40 pontos, naquela que é a cotação mais perto do máximo registado em fevereiro. Pelo mesmo caminho segue o industrial Dow Jones ao valorizar 1,19% para 28.123,18 pontos.

Esta recuperação de Wall Street acontece depois de o Presidente dos Estados Unidos ter aprovado um prolongamento dos estímulos à economia, de forma a ajudar na recuperação. Isso foi o suficiente para aumentar entre os investidores a esperança de uma recuperação económica.

Além disso, a notícia de que a Rússia terá desenvolvido uma vacina com 90% de eficácia contra o coronavírus contribuiu para aumentar ainda mais esse otimismo. “Os mercados estão ansiosos por dias melhores”, diz Jeff Buchbinder, estrategista de ações da LPL Financial, citado pela CNBC (conteúdo em inglês). “Embora o momento seja incerto, os mercados de ações estão a demonstrar confiança de que a pandemia acabará eventualmente com uma vacina e com a ajuda de melhores tratamentos”.

Contudo, a manter a tendência da última sessão, o tecnológico Nasdaq continua a desvalorizar: está a cair 0,48% para 10.915,90 pontos, à medida que os investidores reduzem as participações nas big tech.

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Morais Leitão assessora Sonae em sale e leaseback. Operação totalizou 34 milhões de euros

A Morais Leitão assessorou a subsidiária da Sonae, a Sonae MC, na venda e arrendamento de quatro ativos. Os sócios Bernardo Lobo Xavier e Gonçalo Fleming assumiram a coordenação.

A sociedade de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados assessorou a Sonae MC, subsidiária da Sonae, na venda e posterior arrendamento de quatro ativos de retalho alimentar localizados em Portugal.

A equipa da Morais Leitão foi coordenada pelos advogados Bernardo Lobo Xavier e Gonçalo Fleming, sócios da equipa de corporate M&A. “É um grande orgulho participar ativamente em operações que moldam o mercado português”, nota Bernardo Lobo Xavier.

Gonçalo Fleming e Bernardo Lobo Xavier, sócios da equipa de corporate M&A da Morais Leitão.

Esta operação totalizou 34 milhões de euros e colocou o nível de detenção de ativos de retalho da Sonae nos 41% (freehold).

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Há 120 novos casos de Covid-19 em Portugal. Morreram mais 2 pessoas

Foram identificados 120 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas. O número total de casos sobe para 52.945.

Portugal registou 120 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 52.945 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma subida de 0,23% face ao dia anterior. Nas últimas 24 horas morreram mais 2 pessoas com a doença (ambas na zona Norte), segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta terça-feira.

Desde que a pandemia chegou a Portugal, a 2 de março, já morreram 1.761 pessoas vítimas da doença. Quanto ao número de pessoas dadas como recuperadas, são agora 38.760, ou seja, mais 160.

Tal como se tem observado ao longo das últimas semanas, a maioria das novas infeções foram na região de Lisboa e Vale do Tejo. Foram identificados 72 novos casos nesta região, o que representa 60% do total.

Boletim epidemiológico de 11 de agosto:

A Área Metropolitana de Lisboa continua, assim, a ser a região com mais casos registados até ao momento (27.281 casos de infeção e 620 mortes), surgindo à frente do Norte (19.128 casos e 834 mortes), do Centro (4.526 casos e 253 mortes), do Algarve (934 casos e 17 mortes) e do Alentejo (770 casos e 22 mortes). Nas regiões autónomas, os Açores registam 183 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 123 pessoas infetadas (e zero mortes).

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 365 estão internados (menos nove face a ontem), dos quais 35 em unidades de cuidados intensivos (mais seis). Há 1.368 pessoas a aguardar resultados laboratoriais, enquanto 37.767 pessoas estão sob vigilância das autoridades de saúde.

(Notícia atualizada às 14h40 com mais informação)

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Hacker Rui Pinto diz que Portugal “continua um paraíso para a grande corrupção”

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

Rui Pinto assumiu que a "árdua e longa ‘travessia do deserto’" chegou ao fim, aludindo à sua libertação, mas avisou que “a luta continua”, pois Portugal "continua um paraíso para a grande corrupção".

Rui Pinto assumiu esta terça-feira que a “árdua e longa ‘travessia do deserto’” chegou ao fim, aludindo à sua libertação, mas avisou que “a luta continua”, pois Portugal “continua um paraíso para a grande corrupção” e branqueamento de capitais.

“Um bem-haja a todos aqueles que desde a primeira hora demonstraram o seu apoio e solidariedade. Finalmente esta árdua e longa ‘travessia do deserto’ chegou ao fim. Mas a luta continua, porque volvidos quase dois anos, Portugal continua um paraíso para a grande corrupção e para o branqueamento de capitais. É agora mais do que nunca, que precisamos de união e resiliência. Portugal tem de mudar”, escreveu o criador da plataforma Football Leaks na sua conta oficial do Twitter.

A publicação surge depois de, na sexta-feira, Margarida Alves, presidente do coletivo de juízes vai julgar Rui Pinto, ordenar a libertação do arguido que, entre sábado e domingo, abandonou as instalações da Polícia Judiciária, e, por razões de segurança, ficou inserido no programa de proteção de testemunhas, em residência com vigilância policial.

Rui Pinto começa a ser julgado em 04 de setembro por 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen. Estão agendadas, em média, três sessões por semana.

Aníbal Pinto, advogado de Rui Pinto à data dos factos e que será julgado pela tentativa de extorsão [em outubro de 2015] de entre 500.000 euros a um milhão de euros ao fundo de investimento Doyen, é o segundo arguido no processo.

O julgamento terá apenas 10 lugares disponíveis para o público, seis dos quais destinados a jornalistas e quatro para familiares dos arguidos.

Num despacho, a que a agência Lusa teve acesso na segunda-feira, a juíza Margarida Alves lembra que, à limitação do número de lugares disponíveis na sala de audiência, acrescem “as limitações próprias decorrentes da situação de contingência” devido à pandemia de covid-19, as quais “impõe um conjunto de regras” quanto à assistência do julgamento, que vai decorrer na sala 1 do piso 6 do Tribunal Central Criminal de Lisboa, “uma das de maior dimensão” no Campus da Justiça.

Rui Pinto, criador da plataforma Football Leaks e responsável pelo processo Luanda Leaks, em que a Isabel dos Santos é a principal visada, está em liberdade, por decisão da juíza Margarida Alves, encontrando-se agora inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial, por questões de segurança.

O Ministério Público (MP) opôs-se à libertação, que foi justificada pela juíza Margarida Alves com a “contínua e consistente colaboração” com a Polícia Judiciária e o “sentido crítico” do criador da plataforma Football Leaks.

No início de junho, o Tribunal da Relação de Lisboa negou provimento ao recurso do Ministério Público (MP) e manteve a decisão instrutória, proferida em 17 de janeiro, que pronunciou (levou a julgamento) Rui Pinto por 90 crimes e não pelos 147 que constavam da acusação do MP.

Em setembro de 2019, o MP acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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Deco recebe 150 queixas sobre cobrança de máscaras em unidades de saúde

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

A associação recebeu perto de 150 reclamações de consumidores sobre a cobrança em unidades de saúde de equipamentos de proteção individual contra a Covid-19, como máscaras e desinfetante.

A Deco recebeu cerca de 150 reclamações de consumidores relacionadas com a cobrança em unidades de saúde de equipamentos de proteção individual (EPI) contra a Covid-19 e kits de desinfeção, apelando ao Governo para impor limites aos valores cobrados.

“O principal motivo de reclamação está invariavelmente relacionado com a falta de informação prévia. Os consumidores remarcam a sua consulta, o seu exame e não são informados da cobrança deste valor”, disse à agência Lusa a coordenadora do Gabinete de Apoio ao Consumidor da Associação para a Defesa do Consumidos (Deco), Ana Sofia Ferreira.

As reclamações surgiram em maio, quando terminou o “estado de emergência”, e os portugueses começaram a dirigir-se aos hospitais privados para retomar as consultas e terapêuticas e foram surpreendidos com o pagamento dos equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras ou luvas, utilizados pelos profissionais de saúde. Esta cobrança “é muito variável nas unidades de saúde privadas”, podendo ir “desde os cinco euros, até aos 25, 30 euros”, e também é variável consoante for uma consulta, um exame ou um internamento.

Para Ana Sofia Ferreira, o número de reclamações recebidas “é considerável”, mas assinalou que neste momento já há menos queixas e que houve “uma melhoria” da informação nos sites de alguns grupos privados de saúde e “uma maior transparência” dessa informação.

Mas nem sempre essa informação bate certo. Por vezes, o consumidor é confrontado com outro valor já depois do ato médico prestado, o que “não é admissível”. Há situações em que o valor do EPI “é igual ou superior ao próprio ato”, advertiu, exemplificando que há subsistemas de saúde em que o consumidor por uma consulta paga 3,99 euros e depois paga cinco, oito, às vezes 15 euros pelo kit, consoante a unidade de saúde.

Cobranças não são ilegais, diz o regulador

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) já afirmou que estas cobranças não são ilegais, mas “foi muito clara no que diz respeito à questão da importância da informação prévia”.

“O consumidor tem o direito de saber previamente e com a maior exatidão possível tudo aquilo que lhe vai ser cobrado”, no que consiste o EPI, “a razão da sua cobrança e quando é entregue ao profissional de saúde”, defendeu.

Inicialmente as queixas estavam relacionadas com a cobrança feitas pelos principais grupos de saúde privados, mas depois estenderam-se às clínicas dentárias quando estas reabriram.

Além da cobrança de EPI, a Deco também teve queixas relacionadas com a cobrança de kits de desinfeção e kits de material de proteção da cadeira e de utensílios” nos dentistas.

“Os consumidores muitas vezes já estão a fazer tratamentos naquela clínica dentária”, mas se não efetuarem o pagamento dos kits é lhes vedado o acesso à continuação do tratamento, o que “são situações complicadas e que merecem ser analisadas”.

A Deco defendeu desde o início que devia haver “uma atuação por parte do Governo, uma atuação do ponto de vista legislativo, não só com limites às cobranças”, mas também com “regras e critérios para a cobrança destes valores para não se transformarem as taxas Covid numa situação de total discricionariedade na cobrança das mesmas”, defendeu.

Ana Sofia Ferreira alertou ainda para o risco de esta cobrança poder ser estendida a outros locais, uma prática que deve ser verificada pelo Governo.

“A partir do momento em que começamos a transpor estes custos extra relacionados com a Covid-19 para os consumidores podemos efetivamente chegar a uma altura em que começamos a ter taxas em vários estabelecimentos e em várias realidades o que é naturalmente preocupante”, sustentou.

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Processo de migração da TDT retomado esta quarta-feira em Alter do Chão

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

O processo de migração da Televisão Digital Terrestre (TDT) vai ser retomado esta quarta-feira, com a mudança do emissor em Alter do Chão.

O processo de migração da televisão digital terrestre (TDT), essencial para o desenvolvimento do 5G, é retomado na quarta-feira e envolve a alteração de 28 emissores nos distritos de Portalegre, Castelo Branco e Santarém.

Em comunicado, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) relembra que a retoma do processo se inicia em Alter do Chão, na quarta-feira, 12 de agosto. No dia 17 de agosto é a vez de Sousel e no dia seguinte Elvas. Em 19 de agosto, a migração decorre em Arronches e Campo Maior.

De acordo com o calendário, Castelo de Vide e Nisa são alvo da migração no dia 20 de agosto, seguidos de Gavião e Mação no dia seguinte, estando Vila do Rei agendada para 24 de agosto. Em setembro, o processo começa por Abrantes (dia 01), Sertã (02), Bufão (03) e Avis (04).

Entre 07 e 11 de setembro, o processo de mudança decorre em Estremoz – Quinta da Esperança, Estremoz, Portalegre, Marvão e Penedo Gordo, refere a Anacom. “No caso do distrito de Portalegre, quem recebe atualmente o sinal através do emissor de São Mamede, em Portalegre, não será afetado por este processo, pois este emissor não mudará de frequência. Aliás, as pessoas saberão que foram abrangidas pelo processo de migração dos emissores se a sua televisão ficar sem imagem”, refere o regulador.

Entre 14 e 18 de setembro, o processo decorre em Carpinteira – Covilhã, Oleiros, Reitoria – Covilhã, Penamacor, Barroca Grande, Machialinho, Gardunha e Terras do Monfortinho. A ressintonia dos emissores da região 4 terminam em 22 de setembro em Mosteiro.

“O processo de migração da rede de TDT começou em 7 de fevereiro e foi suspenso em 13 de março, devido aos efeitos da pandemia de Covid-19. Neste período mudaram de frequência 63 emissores, de uma rede que é constituída por 243 emissores”, recorda a Anacom.

O processo de mudança dos restantes 180 emissores que “ainda terão que ser alterados vai decorrer até ao dia 18 de dezembro, data em que previsivelmente este processo ficará concluído”, adianta.

“Para informar a população impactada nesta fase, a Anacom divulgou informação relativa às mudanças na TDT através de uma carta e de um folheto entregue em casa de todas as pessoas, que resume a informação relevante para se adaptarem a este processo de mudança”, salienta o regulador liderado por João Cadete Matos.

“Para ajudar neste processo, a Anacom criou uma linha telefónica de apoio gratuita (800 102 002), que funciona todos os dias entre as 9h00 e as 22h00, para o qual as pessoas poderão ligar para esclarecer dúvidas e obter apoio na sintonia da sua televisão”, acrescenta.

O regulador alerta que “só irá a casa de quem ligar para o 800 102 002 e se na sequência desse contacto for feito o agendamento da visita. Se a pessoa nunca ligou para este número e aparecer alguém a bater-lhe à porta a dizer que é da Anacom e que vai fazer a sintonia dos equipamentos, há que ter cuidado e não abrir a porta, porque não serão técnicos” da entidade.

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Centros comerciais da AML registam quebras de 40% nas vendas

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

Os centros comerciais da Área Metropolitana de Lisboa (AML), com limitação de horário devido à pandemia, registaram quebras nas vendas de 40%, indicam dados da APCC.

Os centros comerciais da Área Metropolitana de Lisboa (AML), com limitação de horário devido à pandemia, registam quebras de vendas que “representam 40% face ao mesmo período do ano passado”, indicou a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC).

Enquanto interlocutor deste setor em Portugal, a APCC quer que “o Governo determine a reabertura total, ainda esta semana, dos centros comerciais na AML”, onde as lojas têm de encerrar às 20h00, à exceção dos supermercados que podem funcionar até às 22h00.

“A AML tem um peso muito significativo para a proteção do emprego, uma vez que é aqui que se concentram 35% dos centros do país, e que estes asseguram 50% do emprego total gerado pelo setor a nível nacional”, destacou a APCC, associação de âmbito nacional que conta, atualmente, com 93 conjuntos comerciais, que integram 8.600 lojas.

Excluindo a AML, os centros comerciais portugueses registaram, em julho, uma quebra de vendas de “aproximadamente 25% dos valores alcançados no período homólogo de 2019”, referiu a associação em comunicado.

A funcionar com limitação de horários devido à pandemia de Covid-19, os centros comerciais da AML, que integra 18 municípios da Grande Lisboa e da Península de Setúbal, verificam “quebras de vendas de mais de 15 pontos percentuais acima do registado no resto do país”, uma vez que estão a registar uma diminuição de 40% na faturação em comparação a 2019.

“As limitações de horário em vigor nestes espaços refletiram-se também no número de visitantes, que é de menos 47% nos centros da AML e de cerca de menos 30% nos do resto do país, em julho face ao período homólogo”, indicou a associação.

Para os associados da APCC, a limitação de horário de funcionamento é “injustificada e lesiva para a recuperação económica da atividade dos lojistas dos centros comerciais”.

“Continuar a limitar desnecessariamente os centros comerciais, especialmente da AML, coloca em risco a preservação de muitos postos de trabalho, sobretudo num contexto em que as limitações impostas para o restante território nacional já são mais restritivas do que as limitações aplicadas nas principais economias na Europa”, afirmou o presidente da APCC, António Sampaio de Mattos, referindo que, por exemplo, em várias regiões da Alemanha uma loja com a mesma área pode ter o dobro dos clientes.

Os 18 municípios que integram a AML são Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

No comunicado, o presidente da APCC lembrou que, desde 1 de junho, os centros comerciais, à exceção dos da AML, “estão a operar sem limitações no resto do país sem registo de quaisquer incidentes”.

“Não existem razões objetivas para que se mantenham estas restrições sobre espaços que têm mostrado, como poucos outros, capacidade de garantir a segurança de visitantes, lojistas e colaboradores das lojas, cumprindo não apenas as regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direção-Geral da Saúde, mas também as melhores práticas desta indústria a nível global”, declarou António Sampaio de Mattos.

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