Fundo de 15 milhões ajuda empresas a investir em renováveis. Já tem 10 projetos agendados

A tecnológica portuense Ecoinside disponibilizou um fundo de capital próprio no valor de 15 milhões de euros para apoiar as empresas portuguesas na transição energética. Já tem 10 projetos agendados.

A Ecoinside, tecnológica especializada em soluções de energias renováveis, lançou um fundo de investimento no valor de 15 milhões de euros destinado a apoiar as empresas portuguesas na transição energética e na redução de consumo de energia elétrica. Já tem 10 projetos agendados.

O fundo agora inaugurado pela empresa portuense vai permitir que as empresas alberguem centrais fotovoltaicas que produzem eletricidade a partir de energia solar, nas suas instalações, para aí ser consumida.

Assim, a primeira empresa a beneficiar deste projeto é a Telbac, empresa de congelados, sediada em Amarante. Através da instalação de “mais de 1.100 metros quadrados de painéis fotovoltaicos”, a Telbac vai beneficiar de uma poupança gerada pela central que “se vai traduzir em cerca de três mil euros mensais”, explica a Ecoinside, em comunicado.

Contas feitas, a central fotovoltaica será responsável pela “produção de quase 32% das necessidades energéticas” da empresa de congelados, evitando que “mais de 51 toneladas de CO2 [dióxido de carbono] sejam lançadas, todos os anos, para a atmosfera”, o que equivale à plantação de “cerca de 780 árvores”, reforça a nota de imprensa.

“Este é o primeiro de muitos projetos que pretendemos desenvolver na área da produção energética sustentável, recorrendo ao fundo que criámos para todas as Pequenas e Médias Empresas (PME) que se pretendam juntar a nós na construção de um futuro mais verde e economicamente mais viável”, afirma António Cunha Pereira, CEO da Ecoinside.

Para o futuro, a tecnológica portuense tem já 10 projetos agendados que vão usufruir deste investimento, por forma a ajudar as empresas portuguesas a atingir as metas do Portugal 2030. Até à próxima década, Portugal deverá contar com 80% da sua energia a ser fornecida a partir de fontes renováveis e com uma redução de 50% das emissões de carbono.

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Primeira SIGI portuguesa estreia-se com a compra de cinco ativos por 37 milhões

Criada pela Sonae Sierra e pelo Bankinter, a Ores comprou cinco superfícies comerciais com supermercados e hipermercados localizados em Asprela, Mozelos, Covilhã, Faro e Reboleira.

A primeira Sociedade de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI) criada em Portugal já se estreou na compra de ativos. A Olimpo Real Estate (Ores), fundada pela Sonae Sierra e pelo Bankinter, adquiriu cinco superfícies comerciais no país, num investimento total de 37 milhões de euros.

Lançada em dezembro do ano passado, a SIGI já “comprou cinco superfícies comerciais urbanas em Portugal, pelo valor de 37 milhões de euros, numa transação sem precedente no país”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O portefólio, com uma área total de 21.227 metros quadrados, é composto por supermercados e hipermercados localizados em Asprela, Mozelos, Covilhã, Faro e Reboleira.

No mesmo documento, a Ores refere que os estabelecimentos comerciais têm “contratos de arrendamento de longa duração”, detalhando que quatro são com o Continente e um com o Pingo Doce.

O ECO sabe que quatro destes imóveis — Continente Covilhã (inserido no Serra Shopping), Continente Modelo Mozelos, Continente Modelo de Faro e Continente Bom Dia da Asprela — foram comprados à Sonae MC, subsidiária da Sonae, que informou esta quarta-feira da venda de “quatro ativos de retalho alimentar” localizados no país por um total de 34 milhões de euros, continuando nos mesmos como arrendatária.

“Esta operação (…) reafirma (…) o nosso compromisso com o desenvolvimento económico em Portugal e representa um contributo importante para a dinamização de um dos seus setores mais relevantes”, diz Alberto Ramos, CEO do Bankinter Portugal, citado em comunicado.

Por sua vez, Alexandre Fernandes, head of asset management da Sonae Sierra, salienta que “estas primeiras aquisições representam um passo muito importante na execução da estratégia de investimento” da Ores. O responsável diz que a empresa continua atenta ao mercado, onde tem identificado “vários ativos imobiliários que reúnem as condições para se integrarem neste portefólio no curto e médio prazo“.

A Ores foi lançada em dezembro do ano passado e é a primeira SIGI a ser criada no país, detida em 12% pelo Bankinter e em 5,14% pela Sonae Sierra. No final de junho estreou-se na bolsa de Lisboa com uma capitalização bolsista de 50,2 milhões de euros, prometendo entregar 90% dos resultados dos investimentos imobiliários aos acionistas.

(Notícia atualizada às 11h37 com mais informação)

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Petróleo supera os 45 dólares após forte queda dos stocks nos EUA

As cotações do petróleo valorizam mais de 2% nos dois lados do Atlântico, sendo que o barril de brent transaciona acima dos 45 dólares pela primeira vez desde 6 de março.

O petróleo está em alta nos mercados internacionais. A cotação do “ouro negro” avança mais de 2% nos dois lados do Atlântico, com o brent londrino a superar fasquia dos 45 dólares pela primeira vez desde março. A forte queda dos stocks da matéria-prima nos EUA ajudam a explicar o avanço dos preços.

O brent — matéria-prima que serve de referência para as importações nacionais — valoriza 2,09%, para os 45,36 dólares em Londres. Trata-se da cotação mais elevada dos últimos cinco meses, mais em concreto desde 6 de março. Também em máximos desse dia estão as cotações do crude que negoceiam em Nova Iorque nos 42,68 dólares, 2,35% acima do fecho da última sessão.

O avanço das cotações do petróleo acontece após dados que apontam para uma grande queda nos stocks da matéria-prima nos EUA, que compensam assim os receios dos investidores face à progressão dos contágios pelo novo coronavírus e ao impacto que tal pode ter sobre a procura de combustível.

Brent acelera acima dos 45 dólares

Os inventários de petróleo nos EUA caíram 8,6 milhões de barris na semana terminada a 1 de agosto, para os 520 milhões de barris. A expectativa dos analistas ia no sentido de uma redução de três milhões de barris.

“O sentimento bullish no início do dia de hoje é justificado perante as notícias dos stocks nos EUA, mas acreditamos que os ’touros’ talvez precisem de se refugiar no ‘rancho’ nos próximos dias, já que a Covid-19 assume novamente o centro do palco”, alertou contudo Bjornar Tonhaugen, diretor de mercados de petróleo da Rystad Energy, citado pela Reuters.

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Lay-off e pandemia levam à maior queda desde 2011 no número de horas de trabalho

A redução do volume de horas trabalhadas está "sobretudo associada ao aumento da população empregada ausente do trabalho, que ascendeu a 1.078,2 mil pessoas", diz o INE.

As horas trabalhadas em Portugal no segundo trimestre deste ano registaram a maior queda desde 2011. Caíram 26,1%, face ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira. A redução do volume de horas trabalhadas está “sobretudo associada ao aumento da população empregada ausente do trabalho, que ascendeu a 1.078,2 mil pessoas”, explica o INE.

Esta ausência, de cerca de 23% de todos os trabalhadores, deveu-se quase “exclusivamente à redução ou falta de trabalho por motivos técnicos ou económicos da empresa”, que inclui, nomeadamente, aqueles que estão abrangidos pela suspensão temporária do contrato e pelo lay-off, aponta o INE.

Apesar da crise provocada pela pandemia, com várias empresas a passar por dificuldades, medidas como o lay-off têm contribuído para que o impacto não se reflita nos dados do desemprego. Ainda assim, com o fim deste apoio, os números do desemprego deverão aumentar, tendo o ministro da Economia já alertado que é necessário “estar preparados para tudo”.

Entre abril e junho, a população empregada diminuiu 2,8% (134,7 mil) em relação ao trimestre anterior, sendo que a maioria passou a ser considerada inativa, ou seja, pessoas que não estavam empregadas nem desempregadas, condicionadas pela situação atual. Poucas passaram assim para uma situação de desemprego.

Desta forma, no segundo trimestre deste ano, a taxa de desemprego foi de 5,6%, valor inferior em 1,1 pontos percentuais (p.p.) ao do trimestre anterior e em 0,7 p.p. ao do trimestre homólogo de 2019. “As saídas do desemprego para o emprego (64,3 mil) foram muito inferiores às que tiveram como destino a inatividade (145,5 mil) “, sinaliza o INE.

Já a população inativa com 15 e mais anos, cerca de 3.886,7 mil pessoas, aumentou 5,7% relativamente ao trimestre anterior e 7,5% em relação ao trimestre homólogo, as variações mais elevadas desde o início da série, em 2011. Um aumento explicado pela população que, embora disponível, não procurou trabalho, que é estimada em 312,1 mil pessoas, mais 87,6% em relação ao trimestre anterior e 85,6% relativamente ao período homólogo.

O INE esclarece que aspetos como restrições à mobilidade, a redução ou mesmo interrupção dos canais normais de informação sobre ofertas de trabalho em consequência do encerramento parcial ou mesmo total de uma proporção muito significativa de empresas se tornam razões para não fazer uma procura ativa de emprego, que é condição essencial para a classificação enquanto desempregadas. Assim, são contabilizadas como inativas.

Para além disso, aqueles que não têm “disponibilidade para começar a trabalhar na semana de referência ou nos 15 dias seguintes, caso tivessem encontrado um emprego, por terem de cuidar de filhos ou dependentes ou por terem adoecido em consequência da pandemia”, também são incluídos na população inativa.

(Notícia atualizada às 12h30)

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Trabalho remoto dispara com Covid. Portugal tem um milhão de pessoas em teletrabalho

Segundo dados divulgados pelo INE, o número de teletrabalhadores em Portugal cresceu 23,1% no segundo trimestre deste ano. Pandemia foi razão principal para este aumento.

No segundo trimestre de 2020, o número de teletrabalhadores em Portugal cresceu 23,1% para mais de um milhão de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira.

De acordo com o relatório, o número de população empregada que indicou ter exercido a sua profissão sempre ou quase sempre em casa na semana de referência ou nas três semanas anteriores foi estimada em 1,094 milhões de pessoas. Destas, 998,5 mil pessoas (91,2%) indicaram que a razão principal para ter trabalhado em casa se deveu à pandemia de Covid-19.

Comparando as horas trabalhadas durante o período analisado e a semana de referência, “não há grande diferença entre trabalhar em casa ou fora de casa”, analisa ainda o INE. “Quem não esteve ausente e trabalhou fora de casa trabalhou em média 36 horas nessa semana e quem não esteve ausente e trabalhou a partir de casa, trabalhou 35 horas”, assinala o Instituto Nacional de Estatística.

Do total, verificou-se ainda que 1,03 milhões de pessoas usam tecnologias de informação e comunicação para poderem desempenhar as suas funções de trabalho em casa — o correspondente a 21,9% do total da população empregada.

"Quem não esteve ausente e trabalhou fora de casa trabalhou em média 36 horas nessa semana e quem não esteve ausente e trabalhou a partir de casa trabalhou 35 horas.”

INE

O INE conclui ainda que 643,8 mil pessoas empregadas “não trabalharam no emprego principal durante o período de referência”, nem em casa, nem noutro local. A principal razão apontada para esta impossibilidade, por 76,3% (491,5 mil pessoas), foi a pandemia.

O número de trabalhadores a partir de casa já vinha a aumentar nos últimos anos, principalmente na zona norte do país. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados no final do ano passado, em apenas quatro anos, este indicador aumentou mais de 70% para um total de 120.000 trabalhadores. No segundo trimestre de 2015, segundo o INE, eram 68.300 os portugueses que trabalhavam a partir de casa. Contudo, desde essa altura, esse número quase duplicou para um total de 120.700 trabalhadores, no segundo trimestre de 2019.

Segundo o mais recente estudo “Remote work em Portugal”, apresentado pela JLL, cerca de 95% dos inquiridos gostaria de continuar a trabalhar a partir de casa depois da pandemia, sendo o trabalho remoto de dois a três dias por semana a opção favorita.

Entre as principais vantagens do teletrabalho enumeradas pelos participantes estão a ausência de tempo perdido nas deslocações casa-trabalho-casa (32%), interrupções menos recorrentes (27%), a possibilidade de uma agenda flexível (25%) e o aumento de tempo para a família (13%). Para 83% dos profissionais é relevante que uma proposta de trabalho passe a considerar o teletrabalho associado a uma agenda flexível: estes fatores podem ser importantes na hora de captar e reter talento.

Nas últimas semanas, tecnológicas como a Google, o Twitter, o Web Summit ou a Uber anunciaram que vão manter os seus trabalhadores a partir de casa — caso seja esse o seu desejo — até diferentes períodos do próximo ano. Em Portugal, já há empresas que já contratam a pensar em trabalhadores que o façam, em exclusivo, a partir de casa.

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Vendas a retalho retomam em junho níveis pré-pandemia na UE

  • ECO e Lusa
  • 5 Agosto 2020

O comércio a retalho na União Europeia melhorou em junho face a maio, retornando a níveis registados em fevereiro, antes das medidas de confinamento impostas devido à pandemia da Covid-19.

O comércio de retalho retomou, em junho, na Zona Euro e na União Europeia (UE) os níveis registados em fevereiro, antes das medidas de confinamento impostas devido à pandemia da Covid-19, segundo dados esta quarta-feira divulgados pelo Eurostat.

Na comparação homóloga, em junho as vendas a retalho cresceram 1,3% tanto na Zona Euro como na UE, pondo fim a um ciclo de três meses de recuos que tiveram o seu pico em abril e regressando aos níveis positivos de fevereiro. Na variação em cadeia, o comércio de retalho avançou em junho 5,7% na Zona Euro e 5,2% na UE.

Em junho, as vendas de alimentos, bebidas e tabaco foram semelhantes aos níveis registados em fevereiro deste ano (1,3% abaixo de fevereiro de 2020), enquanto para alguns grupos de produtos não alimentícios ainda existe uma lacuna considerável entre o momento atual e o período antes das medidas aplicadas para travar a pandemia.

Taxas de crescimento do volume do comércio a retalho por grupos de produtos na UEFonte: Eurostat

Segundo o gabinete de estatística europeu, as vendas de têxteis, roupas e calçados representaram, em junho, apenas cerca de três quartos do que foi vendido em fevereiro (22,4% abaixo de fevereiro de 2020). Ao mesmo tempo, ainda que em menor escala, as vendas de combustíveis automóveis (-12,5%), equipamentos de informática e livros (-8,3%), bem como produtos farmacêuticos e médicos (-5,9%) também permaneceram abaixo dos níveis pré-covid-19.

Nota positiva para os pedidos por correio e o volume da Internet que aumentaram 17,4% em relação a fevereiro de 2020.

As maiores subidas homólogas do volume de vendas a retalho foram registadas na Irlanda (10,2%), na Estónia (6,6%) e na Dinamarca (6,5%), enquanto os recuos mais pronunciados se observaram na Bulgária (-18,1%), em Malta (-8,4%) e no Luxemburgo (-7,7%).

Face a maio, a Irlanda (21,9%), a Espanha (16,5%) e a Itália (13,8%) foram os países onde as vendas a retalho mais cresceram e foram registadas apenas duas quebras: na Áustria (-2,5%) e na Alemanha (-1,6%).

Em Portugal, o indicador recuou 6,3% na variação homóloga e cresceu 4,4% face a maio. A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 694 mil mortos, incluindo 1.739 em Portugal.

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Nicolas Namias é o novo CEO da Natixis a nível global

  • Trabalho
  • 5 Agosto 2020

Nicolas Namias vai deixar o conselho de administração do Groupe BCE para liderar a Natixis, a divisão internacional de banca empresarial e de investimento do banco francês. Sucede a François Riahi.

Nicolas Namias, novo CEO da Natixis a nível global

Nicolas Namias é o novo presidente executivo da Natixis, a divisão internacional de banca empresarial e de investimento, de gestão de ativos, de seguros e serviços financeiros do Groupe BPCE. O novo responsável era até agora vice-presidente executivo e diretor financeiro do Groupe BPCE, e integrava o conselho de administração desde novembro de 2018. Sucede no cargo a François Riahi.

Nicolas Namias já tinha integrado a Natixis entre 2014 e 2018, onde foi responsável de estratégia e liderou o desenvolvimento do plano estratégico de inovação tecnológica e digitalização da Natixis que, entre outras coisas, contemplou a criação da empresa em Portugal. Numa segunda fase, Namias desempenhou funções como diretor financeiro da empresa e membro do comité de gestão sénior.

Laurent Mignon, chairman da Natixis, elogia as suas capacidades de “antecipação, tomada de decisão e execução”, que considera “vitais” no contexto atual. “Estou certo de que ele será capaz de impulsionar o crescimento do banco em benefício dos seus clientes, funcionários e acionistas”, sublinha o responsável, citado em comunicado.

É formado pela École Nationale d’Administration, em França, e estudou também na Stanford Graduate School of Business (EUA), na École Supérieure des Sciences Économiques et Commerciales – ESSEC Business School (França) e no Institut d’Etudes Politiques – Sciences Po (França).

A Natixis é a divisão internacional de banca empresarial e de investimento, de gestão de ativos, de seguros e serviços financeiros do Groupe BPCE, o segundo maior grupo bancário em França. A empresa tem a sua unidade local no Porto — o Natixis Innovation Hub — que nasceu há três anos e se tornou o segundo hub da Natixis na Europa. Na semana passada, a unidade portuguesa anunciou nova liderança, com a nomeação de Etienne Huret, ex-Société Générale, que passa a liderar o hub de inovação do Porto, o terceiro maior da empresa na Europa. Focado na inovação, quer apostar no talento português nas universidades e startups.

A Natixis conta já com perto de 1.000 colaboradores de perfis tecnológicos, mas também de áreas como o direito, gestão, economia e finanças.

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Virgin Australia encerra filial e corta 3.000 postos de trabalho devido à pandemia

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

A companhia aérea australiana vai encerrar uma das suas filiais e suprimir um terço da força de trabalho, para fazer face à situação financeira precária que se agravou com a pandemia da Covid-19.

A companhia aérea Virgin Australia anunciou esta quarta-feira que vai fechar uma das suas filiais e suprimir 3.000 postos de trabalho, devido à crise de covid-19 que afetou drasticamente as empresas de aviação.

“Como empresa, precisamos de fazer mudanças para garantir o sucesso do Grupo Virgin Australia neste novo mundo“, disse Paul Scurrah, CEO (diretor executivo) da companhia aérea fundada pelo homem de negócios britânico Richard Branson.

O grupo vai encerrar a sua filial de baixo custo Tigerair Austrália e reduzir a mão-de-obra em um terço, eliminando 3.000 postos de trabalho.

Com uma dívida de cinco mil milhões de dólares australianos (2,95 mil milhões de euros), a Virgin Australia já se encontrava em situação financeira precária antes da pandemia do novo coronavírus, que abalou a indústria aérea mundial.

Com a chegada do vírus e o encerramento das fronteiras da Austrália a não residentes, a companhia foi forçada a suspender todos os voos internacionais. Serão necessários pelo menos três anos para regressar ao nível pré-covid-19 da procura de viagens nacionais e internacionais de curta distância”, acrescentou Scurrah.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 694 mil mortos e infetou mais de 18,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP). Em Portugal, morreram 1.739 pessoas das 51.681 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Pandemia levou a quedas no valor acrescentado em todos os setores na UE no primeiro trimestre

Foi no comércio, transporte, alojamento e serviços de alimentação, bem como no setor das artes, entretenimento, recreação e outras atividades de serviços, que se verificaram maiores quedas.

Todas as indústrias registaram uma queda no valor acrescentado bruto (VAB) e nas horas trabalhadas, no primeiro trimestre de 2020, na União Europeia. Foi nas atividades de comércio, transporte, alojamento e serviços de alimentação, bem como no setor das artes, entretenimento, recreação e outras atividades de serviços, que se sentiu uma maior diminuição.

Estas áreas foram das mais afetadas pelo confinamento ditado pelos governos para conter a disseminação da Covid-19, tendo registado quedas no VAB que rondam os 6%, face ao trimestre anterior, revelam os dados do Eurostat, divulgados esta quarta-feira. Estes setores são também aqueles onde se sentiu uma maior diminuição do emprego em termos de horas trabalhadas, entre os 5% e os 6%.

Verificaram-se declínios na remuneração dos funcionários (a preços correntes) e no número de pessoas empregadas na maioria dos setores, mas em menor grau do que o VAB, o que reflete os esquemas de apoio implementados pelos governos nacionais, salienta o gabinete de estatísticas da União Europeia.

O setor da informação e comunicação foi dos únicos que registou crescimento em quase todos os aspetos (0,9% no número de pessoas empregadas e 1,1% para remuneração dos funcionários), excetuando o VAB. Também a área da Administração Pública, defesa, educação, saúde e atividades de trabalho social registou um aumento no emprego, em número de pessoas, e na remuneração dos trabalhadores.

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Governo suspende até ao fim do ano verificação de dívidas para apoios do IEFP

Governo suspendeu até ao final do ano a verificação de dívidas a entidades que se candidatem ou possam beneficiar de apoios do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

O Governo suspendeu, por quatro meses, a verificação de dívidas a entidades que se candidatem ou possam beneficiar de apoios do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no âmbito das medidas extraordinárias aprovadas no contexto da pandemia de Covid-19. Mas perante os efeitos persistentes da doença, o Executivo decidiu prolongar esta suspensão até 31 de dezembro.

A pandemia, “para além de consistir numa grave emergência de saúde pública a que foi necessário dar resposta no plano sanitário, provocou inúmeras consequências de ordem económica e social, que igualmente têm motivado a adoção de um vasto leque de medidas excecionais”, sublinha a portaria publicada esta quarta-feira em Diário da Republica e que entra em vigor amanhã, embora com efeitos retroativos a 1 de março.

“Neste contexto, foi suspensa, através da Portaria n.º 94-B/2020, de 17 de abril, a verificação do requisito de não existência de dívidas de entidades candidatas ou promotoras ao Instituto do Emprego e da Formação Profissional, I. P. (IEFP, I. P.), para a aprovação de candidaturas e realização de pagamentos de apoios financeiros por este Instituto Público, às respetivas entidades, no âmbito das medidas de emprego e formação profissional em vigor”, pode ler-se no documento que opta por prolongar esta medida extraordinária até ao final do ano. A anterior portaria cessava a 30 de junho.

A presente portaria prorroga a suspensão da verificação do requisito de não existência de dívidas de entidades candidatas ou promotoras ao IEFP, I. P., para a aprovação de candidaturas e realização de pagamentos de apoios financeiros pelo IEFP, I. P., às respetivas entidades, no âmbito das medidas de emprego e formação profissional em vigor”, sendo que “não relevam as dívidas constituídas pelas entidades candidatas ou promotoras, junto do IEFP, I. P., desde 1 de março de 2020 e até 31 de dezembro de 2020″.

Portugal tem 51.681 casos de infeção por coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde. Desde que a a pandemia chegou a Portugal, a 2 de março, já morreram 1.739 pessoas vitimas da Covid-19, sendo que este último óbito foi registado na região Norte.

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Disney perde 4,2 mil milhões por fechar parques. Lança filme “Mulan” em streaming por preço adicional

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

O encerramento dos parques de diversão, consequência da pandemia, provocou perdas superiores a 4,2 mil milhões à Disney. Empresa vai lançar o filme "Mulan" por um preço adicional.

A Disney perdeu mais de 4,2 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros) no primeiro semestre, devido ao encerramento dos parques de diversão, por causa da pandemia do novo coronavírus. A empresa vai lançar o filme “Mulan” na plataforma de streaming por um preço adicional.

A crise neste segmento de negócio aberta pela pandemia não foi compensada pela entrada do conglomerado de diversões no mercado de entretenimento em linha, com a Disney+, informou a empresa. No segundo trimestre do ano, as perdas totalizaram 4,7 mil milhões de dólares (3,99 mil milhões de euros), depois dos ganhos de 475 milhões no primeiro trimestre do ano e dos 1,4 mil milhões homólogos.

As receitas no segundo trimestre caíram 42%, para 11,7 mil milhões de dólares (9,94 mil milhões de euros). O impacto da pandemia é particularmente evidente no segmento dos parques de atrações, cuja faturação inferior a 1.000 milhões de dólares (849,2 milhões de euros) no segundo trimestre deste ano compara com a de 6,6 mil milhões de dólares (5,6 mil milhões de euros) registada no mesmo período do ano passado.

Disney decide lançar filme “Mulan” por preço adicional

O filme “Mulan” vai ser lançado pela Disney na sua plataforma de streaming no dia 4 de setembro, anunciou a empresa, que assim abdica de uma estreia em sala para uma das maiores estreias cinematográficas do ano. Segundo a companhia, os assinantes do serviço Disney+ terão de pagar um preço suplementar de 29,99 dólares (25,4 euros), para além do valor normal da subscrição.

“Estamos a olhar para ‘Mulan’ como um caso isolado em vez de significar um novo modelo de negócio”, afirmou o presidente executivo da Disney, Bob Chapek, na apresentação de resultados da empresa, citado pela Variety. O filme, uma versão de ação real do original de animação “Mulan”, teve um orçamento de produção de 200 milhões de dólares (169,8 milhões de euros) e era apontado pela indústria como uma das maiores estreias do verão, antes de ser adiado repetidas vezes.

Baseado no original da Disney, lançado em 1998, que por sua vez adapta a lenda chinesa de Hua Mulan, o filme retrata a história de uma jovem que se disfarça de guerreiro para salvar o pai. O original faturou mais de 300 milhões de dólares a nível mundial e foi nomeado para Globos de Ouro e Óscares, para além de ter vencido vários prémios de animação Annie.

Outra das grandes estreias do verão, “Tenet”, de Christopher Nolan, terá um lançamento internacional faseado a partir de 26 de agosto, chegando aos Estados Unidos uma semana depois.

Na semana passada, a Paramount revelou ter passado para 2021 alguns destaques deste ano, como as sequelas de “Top Gun” ou “Um Lugar Silencioso”. Também as estreias dos novos filmes das sagas “Avatar” e “Guerra das Estrelas” foram adiadas um ano, para 2022 e 2023, respetivamente.

Hollywood está há mais de quatro meses sem um lançamento de grande dimensão em sala. A sequela de “Um Lugar Silencioso”, com John Krasinski e Emily Blunt, passou para 23 de abril 2021, em vez da abertura prevista em setembro deste ano, enquanto “Top Gun: Maverick”, com Tom Cruise, tem nova data de estreia em 02 de julho de 2021.

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Ouro atinge novo pico depois de ultrapassar barreira dos 2.000 dólares

O preço do ouro continua a subir, tendo tocado em novos máximos históricos depois de superar o marco dos 2.000 dólares por onça.

Depois de ultrapassar a marca dos 2.000 dólares na terça-feira, o preço do ouro volta a tocar em máximos históricos nesta sessão. Este desempenho é impulsionado por um dólar mais fraco, pela queda dos rendimentos do Tesouro dos Estados Unidos e pelas expectativas de mais medidas de estímulo para revitalizar a economia.

O metal precioso continua a valorizar esta manhã, depois de atingir um recorde de 2.036,49 dólares dólares por onça. Os contratos futuros de ouro nos EUA sobem 1,42% para 2.037,10 dólares. A queda no dólar, “à medida que a especulação continua abundante sobre o crescimento global e qualquer pacote fiscal dos EUA, levou os preços do ouro a subirem”, explicou Kyle Rodda, analista do IG Markets à Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Os casos de coronavírus continuam a aumentar nos Estados Unidos e dezenas de estados norte-americanos tiveram que interromper ou reverter os planos de reabertura. Os negociadores da Casa Branca prometeram trabalhar “ininterruptamente” com os democratas do Congresso para tentar chegar a um acordo sobre os apoios até o final desta semana.

Os investidores costumam apostar neste ativo com valor intrínseco em alturas de incerteza, que é também a palavra de ordem agora, já que não é ainda completamente claro quais serão os efeitos a longo prazo da crise global provocada pela pandemia de Covid-19. Para além disso, receios em torno das tensões geopolíticas entre EUA e China, bem como quanto a uma possível onda de inflação após o impacto da Covid também impulsionam a procura.

(Notícia atualizada às 9h35)

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