Interpol alerta para aumento “alarmante” do crime informático

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

O crime informático aumentou de forma "alarmante" durante os primeiros quatro meses do ano, com ataques dirigidos a pessoas que trabalham em casa, empresas e Governos.

A Interpol avisou esta terça-feira que o crime informático aumentou de forma “alarmante” durante os primeiros quatro meses do ano, em plena crise sanitária, com ataques dirigidos a pessoas que trabalham em casa, empresas e Governos.

De acordo com a organização internacional de polícia, os criminosos aproveitam as falhas de segurança das companhias e dos organismos que tiveram de adaptar os sistemas informáticos, roubando dados, dinheiro ou criando perturbações.

“O crime informático está a desenvolver-se e os ataques estão a incrementar-se a um ritmo alarmante, explorando o medo e a incerteza causada pelas falta de estabilidade social e a situação económica provocada pela pandemia“, refere em comunicado o secretário-geral da Interpol, Jurgen Stock.

No período entre janeiro e abril, a Interpol detetou 907.000 mensagens de correio spam, 737 incidentes relacionados com programas malignos e mais de 48 mil episódios ligados à instalação de vírus informáticos. De acordo com Jurgen Stock, a dependência da internet “em todo o mundo” está a criar “novas oportunidades” aos delinquentes, sobretudo a pessoas e empresas que não têm sistemas de segurança atualizados.

O panorama atual do cibercrime mostra mudanças nos padrões de fraude eletrónica, roubo de imagens através de câmaras web, vírus informáticos contra infraestruturas básicas, instituições sanitárias ou bancos, entre outros.

A Interpol alerta que a elevada circulação de informação falsa que se chega rapidamente ao público, com “teorias de conspiração” e informação sem qualquer tipo de verificação “contribuíram para a ansiedade das comunidades e, em alguns casos, facilitaram a execução de ataques informáticos”. Também se constatam fraudes relacionadas com medicamentos, mensagens de texto com ofertas sobre alimentação gratuita ou descontos em vários produtos.

A Interpol avisa que esta tendência vai continuar, a curto prazo, e que provavelmente vai verificar-se um novo “pico” quando estiver disponível uma vacina contra o coronavírus, com táticas relacionadas com produtos médicos, intrusões de vária ordem com o intuito de roubo de dados.

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Depois do primeiro dia sem mortes, há mais um óbito e 112 novos casos de Covid-19

Foram identificados 112 novos casos de contágio pelo coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas. O número total de pessoas infetadas subiu para 51.681.

Portugal registou 112 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 51.681 o número de infetados desde o início da pandemia, revelou a Direção-Geral da Saúde. Trata-se de uma subida de 0,22% face ao dia anterior.

Nas últimas 24 horas morreu mais uma pessoa com a doença, um dia depois de Portugal ter registado o primeiro dia sem qualquer óbito a lamentar, desde março. Assim, desde que a a pandemia chegou a Portugal, a 2 de março, já morreram 1.739 pessoas vitimas da Covid-19, sendo que este último óbito foi registado na região Norte.

Quanto ao número de pessoas dadas como recuperadas, são agora 37.318. Ou seja, mais 207 pessoas face ao balanço anterior.

No seguimento do que se tem vindo a observar desde meados de maio, a maioria das novas infeções foi registada na região de Lisboa e Vale do Tejo. Foram identificados 68 novos casos nesta região, o que representa 60,71% do total.

Boletim epidemiológico de 4 de agosto:

A Grande Lisboa é, assim, a zona do país com mais casos registados até ao momento (26.457 casos de infeção e 606 mortes), surgindo à frente do Norte (18.816 casos e 829 mortes), do Centro (4.475 casos e 252 mortes), do Algarve (901 casos e 15 mortes) e do Alentejo (746 casos e 22 mortes). Nas regiões autónomas, os Açores registam 169 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 117 pessoas infetadas.

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 401 estão internados (mais 11 face ao dia anterior), dos quais 44 em unidades de cuidados intensivos (mais dois). Há 1.451 pessoas a aguardar resultados laboratoriais, enquanto quase 37 mil pessoas estão sob vigilância das autoridades de saúde.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h01)

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Próxima época da Liga Nos com arranque previsto para 20 de setembro

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

A I Liga de futebol profissional deverá ter início no fim de semana de 20 de setembro, informou a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, cerca de dois meses depois da conclusão da época anterior.

A edição 2020/21 da I Liga de futebol profissional (Liga Nos) terá início no fim de semana de 20 de setembro, informou esta terça-feira a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

O campeonato arrancará quase dois meses após a conclusão da época 2019/20, num período de paragem menor do que o habitual, e também mais tarde, em função da reformulação da anterior temporada, devido à pandemia da Covid-19.

O sorteio da I Liga será realizado em 28 de agosto, tal como o da II Liga, que arranca em 13 de setembro, conforme tinha avançado na segunda-feira a LPFP. As datas do início da I e II Ligas ainda necessitam de “ratificação por parte da Direção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF)”, como explicou a LPFP.

Na temporada que terminou, a I Liga decorreu até ao primeiro fim de semana de março, data após a qual foi suspensa devido à crise sanitária existente com a pandemia do novo coronavírus, e foi retomada no início de junho, mas sem a presença de público.

Em 2019/20, o FC Porto conquistou o campeonato, que terminou em 26 de julho, e a Taça de Portugal, disputada em 1 de agosto, enquanto o Benfica venceu a Supertaça, e o Sporting de Braga a Taça da Liga.

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BI4ALL fatura 16 milhões de euros em 2019. Quer crescer 25% este ano e recrutar mais colaboradores

Tecnológica portuguesa atingiu, no ano passado, um volume de negócios recorde de 16 milhões, um crescimento de 4,4 milhões face a 2018. Este ano, quer crescer 25% e contratar 100 novos colaboradores.

A BI4ALL, empresa portuguesa especializada em soluções gestão de dados e inteligência artificial, atingiu um volume de negócios recorde de 16 milhões de euros no ano passado, um crescimento de 38% face ao ano anterior.

Os números foram avançados pela empresa em comunicado, no qual a BI4ALL salienta que, mesmo em contexto de pandemia, está focada em expandir o negócio. Prevê um crescimento de 25% este ano e tenciona contratar até 100 novos colaboradores para a função de data analytics.

“Com os resultados alcançados em 2019, conseguimos atingir a meta à qual nos tínhamos proposto, consolidando a posição da BI4ALL nos mercados nacional e internacional. Em 2019, fomos particularmente bem-sucedidos, entre outros, em setores como farmacêutica, life science, banca e serviços financeiros e transportes”, refere José Oliveira, presidente executivo da BI4ALL, citado na mesma nota.

O crescimento da tecnológica registou-se, essencialmente, nos continentes americano e europeu, onde viu o negócio expandir em 65% e 61%, respetivamente. O mercado nacional “pesou” em 44% nas contas globais da empresa, registando um crescimento absoluto do volume de negócios superior a um milhão de euros, uma evolução de 17% face ao valor registado em 2018, indica.

A Covid-19 veio acelerar a transformação digital e, para muitas empresas, esta tendência é vista como uma oportunidade. É o caso da BI4ALL: “O clima de incerteza que vivemos devido à pandemia da Covid-19 impôs às organizações uma clara aposta no digital. É imperativo que as organizações tenham hoje uma estratégia digital que as mantenha próximas dos clientes e dos fornecedores, que permita reduzir custos, prever as vendas e agilizar e otimizar todos os processos para que continuem produtivas, rentáveis e eficientes”, realça também o líder da tecnológica.

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Atlantica emite obrigação verde convertível de 98 milhões de euros

  • Servimedia
  • 4 Agosto 2020

O novo financiamento verde da empresa energética vence em 2025 e ganha juros de 4% ao ano, pagáveis semestralmente.

A Atlantica Sustainable Infrastructure, empresa de infraestruturas espanhola especializada em ativos renováveis, anunciou a emissão de uma obrigação verde convertível de 98 milhões de euros, um dos primeiros instrumentos deste tipo emitidos nos Estados Unidos da América.

O novo financiamento verde vence em 2025 e ganha juros de 4% ao ano, pagáveis semestralmente. A obrigação tem um preço de conversão inicial de 34,36 euros por ação e foi colocada junto a investidores institucionais dos EUA.

A empresa espera utilizar estes fundos para financiar oportunidades de crescimento em ativos renováveis, em conformidade com o seu Quadro de Financiamento Verde. A questão tem um parecer independente emitido pela Sustainalytics, uma das principais agências internacionais de avaliação da gestão da sustentabilidade.

Este é o terceiro financiamento verde fechado pela Atlantica em 2020. Em abril, a empresa fechou um financiamento verde ao abrigo da modalidade de project finance, através do qual conseguiu recapitalizar aproximadamente 122 milhões de euros. Também no segundo trimestre de 2020, fechou uma transação privada verde de aproximadamente 272 milhões de euros. Estas obrigações verdes têm uma maturidade de seis anos e um cupão de 1,96% ao ano.

“Esta nova transação verde permite-nos aumentar a nossa capacidade de financiar o plano de crescimento em investimentos sustentáveis. Tornámo-nos um emissor muito ativo de finanças verdes, alavancando a nossa força na gestão da sustentabilidade”, disse Santiago Seage, CEO da Atlantica.

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Associação automóvel denuncia problemas na atribuição do complemento a quem esteve em lay-off

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

Em causa estão os trabalhadores que estiveram em lay-off durante trinta dias que não coincidiram com um mês civil.

A Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) denunciou esta terça-feira problemas na atribuição do complemento de estabilização aos trabalhadores em ‘lay-off’ durante trinta dias que não coincidiram com um mês civil.

Este complemento, para as pessoas abrangidas pelo ‘lay-off’ simplificado e pelo ‘lay-off’ normal (do Código do Trabalho), é atribuído aos trabalhadores cuja remuneração base em fevereiro tenha sido igual ou inferior a duas vezes a Remuneração Mínima Mensal Garantida (1.270 euros), e que, entre abril e junho, tenham estado abrangidos pelo menos um mês civil completo pelo apoio à manutenção do contrato de trabalho (‘lay-off’ simplificado) ou pela redução temporária do período normal de trabalho ou suspensão do contrato de trabalho prevista no Código do Trabalho.

“Esta redação prejudica todos os trabalhadores que tenham estado em situação de ‘lay-off’ durante trinta dias que não coincidam exatamente com um determinado mês civil”, afirma a assoiciação, em comunicado divulgado esta terça-feira, explicando que a Segurança Social entende que, por exemplo, não têm direito ao complemento de estabilização os trabalhadores que tenham estado em situação de ‘lay-off’ entre 03 de abril e 02 de maio.

A associação critica o facto de existirem trabalhadores que durante trinta dias (não coincidentes com um mês civil) estiveram em ‘lay-off’ sem acesso a este complemento de estabilização por perda de retribuição, enquanto outros trabalhadores em ‘lay-off’ pelo mesmo período, mas coincidente com um determinado mês civil, já têm direito ao complemento.

Esta situação tem gerado muitos conflitos sociais entre os trabalhadores e os seus empregadores, que imputam às empresas a responsabilidade pelo não pagamento daquele complemento, uma vez que referem que as mesmas poderiam ter iniciado o ‘lay-off’ no primeiro dia de cada mês e assim já teriam direito ao seu pagamento”, revela a associação.

A associação lembra que o diploma que criou este apoio só foi publicado após o estado de emergência, numa altura em que as empresas já tinham tido necessidade de recorrer ao ‘lay-off’ e que não poderiam ter antecipado uma tal questão, além de as empresas apenas poderem recorrer às medidas de apoio a partir do momento em que se verificaram as condições para o seu acesso.

“A ARAN – Associação Nacional do Ramo Automóvel pugnará junto do Governo e das demais entidades competentes pela necessária correção desta injustiça social”, afirma a associação, considerando que é inconstitucional por violar o princípio da igualdade.

O complemento de estabilização começou a ser pago na passada quinta-feira, segundo a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que revelou na segunda-feira da semana passada que o Instituto da Segurança Social já tinha processado o complemento de estabilização e que estaria à disposição dos trabalhadores no passado dia 30, devendo chegar a cerca de 470 mil pessoas.

O complemento de estabilização varia entre 100 euros e 351 euros e é dirigido a quem tem um salário superior a 635 euros e até 1.270 euros, estando apenas acessível para as empresas que não recorrerem ao regime que sucede ao ‘lay-off’ a partir de agosto, o chamado apoio extarordinário à retoma progressiva.

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Importação de carros elétricos na UE dispara para o triplo em 2019

As importações continuam a aumentar fortemente: de 1,8 mil milhões de janeiro a abril de 2019, para quase o dobro (3,1 mil milhões em 2020), excetuando o mês de abril. 

De acordo com o Eurostat, em 2019 os países da União Europeia importaram carros elétricos e híbridos no valor de 7,1 mil milhões de euros, três vezes mais (+208%) do que no ano anterior, quando as importações deste tipo de veículos não foram além de 2,3 mil milhões.

A União europeia comprou carros elétricos e híbridos sobretudo aos Estados Unidos (43% das importações em termos de valor), Coreia do Sul (23%) e Reino Unido (17%).

Do lado oposto da balança comercial, o grupo dos 27 exportou no ano passado 8,2 mil milhões de euros em carros 100% alimentados a energia elétrica ou híbridos que podem ser conduzidos em combinação com um motor a gasolina ou diesel. Reino Unido (26% das exportações em termos de valor), Noruega (22%) e Estados Unidos (19%) foram os principais destinos das exportações. Entre compras e vendas, o resultado foi positivo, com um superávit comercial de 1,1 mil milhões de euros, mas muito abaixo dos 3 mil milhões registados em 2018.

No geral, em 2019 o comércio de carros elétricos e híbridos no espaço comunitário foi dominado por carros elétricos, responsáveis ​​por 69% do valor das importações e 56% do valor das exportações da UE. Por seu lado, os híbridos representaram 31% das importações e 44% das exportações.

Em 2018, as exportações aumentaram 24% em relação a 2017, enquanto em 2019 aumentaram 54% em relação a 2018. As importações mais que duplicaram entre 2017 e 2018 (+104%), enquanto entre 2018 e 2019 mais do que triplicaram (+208%).

Já durante os primeiros meses de 2020, as exportações de carros elétricos e híbridos aumentaram em comparação com o ano anterior (2,9 mil milhões de euros entre janeiro e abril, face a 2,5 mil milhões em igual período de 2019). O mês de abril a exceção à regra, já que as exportações caíram para apenas 300 milhões de euros (em comparação com os 800 milhões em abril de 2019), muito devido à pandemia de Covid-19.

As importações continuam a aumentar fortemente: de 1,8 mil milhões de janeiro a abril de 2019, para quase o dobro (3,1 mil milhões em 2020), excetuando o mês de abril.

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Em duas semanas, TAP foi a segunda companhia que mais cresceu em voos na Europa

No domingo, a companhia aérea nacional operou 152 voos. Não ganhou em número, mas ficou no pódio em termos de evolução, com o número de voos a disparar 81% em duas semanas.

Ainda está longe de ser a companhia aérea com mais voos diários na Europa, mas já quase lidera em termos de crescimento. De acordo com a Eurocontrol, que publica dados do tráfego aéreo de duas em duas semanas, a TAP operou 152 voos no último domingo, ocupando a 23.ª posição. Foi a segunda transportadora que mais cresceu, com o número de voos a disparar 81% em duas semanas.

Já o topo do pódio das companhias aéreas com mais voos no último domingo foi ocupado pela Ryanair, com 1.882 rotas, ficando à frente da easyJet, que realizou 1.064 rotas, e da Turkish Airlines, com 698. É preciso descer até à 23.ª posição para encontrar a TAP, que operou um total de 152 voos diários, à frente de companhias como a Air Europa, Transavia ou até da Emirates.

Apesar de não liderar em número de voos, a TAP quase lidera na evolução, depois das quebras provocadas pela pandemia. Isto porque os dados mostram que a companhia aérea portuguesa viu o número de voos disparar 81% face ao domingo de 19 de julho, ou seja, duas semanas antes, sendo a segunda transportadora que mais cresceu. Esta distinção é reflexo de como a TAP estava a operar um número significativamente reduzido de voos devido à pandemia. Somente a easyJet apresentou um maior aumento (96%).

Na análise por país, Portugal também surge bem classificado entre os pares europeus. Os dados de tráfego aéreo desta segunda-feira, publicados pela Eurocontrol, mostram que Portugal ocupa a 10.ª posição em termos de número diário de voos, com 726 rotas, e a 2.ª posição em termos de evolução, com uma subida de 38% no número de voos face a 20 de julho.

Em número de voos diários, o Reino Unido (2.865), a Alemanha (2.818) e Espanha (2.648) lideram, enquanto, em termos de evolução, a Geórgia apresenta o maior aumento face às duas semanas anteriores (63%).

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Ganhos da banca espanhola sob pressão com pandemia, alerta DBRS

A agência DBRS admite que as medidas como moratórias têm ajudado a abrandar a deterioração da qualidade dos ativos dos bancos espanhóis.

A pandemia está a começar a afetar a qualidade dos ativos dos bancos espanhóis e a colocar pressão sobre os ganhos das instituições financeiras. O alerta é da agência de notação financeira DBRS Morningstar, que admite ainda assim que as medidas aplicadas ajudam a travar estes efeitos, por agora. Por outro lado, o crescimento nos créditos e depósitos é visto como positivo.

Apesar de se começar a notar uma deterioração da qualidade dos ativos, as medidas extraordinárias definidas pelo Governo e pela banca em resposta à crise decorrente da pandemia, como a moratória nos créditos e as garantias do Estado, contribuem para abrandar, por enquanto, esta queda, sinaliza a DBRS, numa nota de comentário.

Para fazer face à possível queda na qualidade dos ativos, as provisões vão-se acumulando, e a agência de rating prevê mesmo que continuem a ser constituídas ainda mais provisões para perdas com créditos nos próximos trimestres.

A agência destaca dois bancos presentes em Portugal, o Santander e o BBVA, que registaram perdas de 10,8 mil milhões e 1,2 mil milhões, respetivamente. Em ambos os casos, as perdas foram causadas por imparidades de goodwill em subsidiárias internacionais, refletindo expectativas mais baixas de desempenho nos próximos anos, principalmente como resultado da crise de Covid-19.

No entanto, DBRS salienta que os grandes bancos espanhóis registaram um forte crescimento nos créditos e depósitos durante os dois primeiros trimestres deste ano, algo que “mostra que o canal de empréstimos está a funcionar bem, o que é crucial limitar os efeitos negativos do choque económico”.

Crescimento dos depósitos e créditos nos bancos espanhóis (apenas relativo às operações espanholas).DBRS Morningstar

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Argentina fecha acordo de reestruturação da dívida com credores externos

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

A Argentina chegou a acordo com os três principais grupos de credores estrangeiros para a reestruturação da dívida de 66.238 milhões de dólares que mantém o país em default desde abril.

O Governo argentino chegou a acordo financeiro com os três principais grupos de credores estrangeiros para a reestruturação da dívida de 66.238 milhões de dólares que mantém o país em default desde 22 de abril, foi esta terça-feira anunciado.

Numa nota emitida hoje, o Ministério da Economia classifica o acordo como “um alívio significativo da dívida”. “A República Argentina e os representantes do Grupo Ad Hoc de Credores Argentinos, o Comité de Credores da Argentina e o Grupo de Credores, além de outros credores, chegaram hoje a um acordo que lhes permitirá apoiar a proposta de reestruturação da dívida da Argentina e conceder à Argentina um alívio de dívida significativo”, anuncia o comunicado do Ministério da Economia.

O Governo argentino ressalta que a proposta económica não foi alterada, mas que serão ajustadas algumas datas de pagamento contempladas nos novos títulos que vão substituir a dívida velha em default. “A Argentina ajustará algumas datas de pagamento contempladas para os novos títulos, mas sem aumentar o montante total dos pagamentos de capital ou de juros, melhorando, ao mesmo tempo, o valor da proposta”, esclarece o comunicado.

No dia 06 de julho, a Argentina fez a sua quarta oferta aos credores, depois de três fracassos iniciais de acordo. Segundo a proposta argentina, o país reconheceria 53,50 dólares de cada 100 dólares de dívida.

A proposta foi rejeitada pelos credores, que apresentaram como contraproposta um mínimo de 56,50 dólares. A diferença significava 3 mil milhões a mais, mas o governo argentino negou-se a melhorar a oferta ao defini-la como “o máximo esforço que o país poderia fazer”. Porém, ao antecipar os prazos de pagamento, o país também alterou indiretamente os valores reconhecidos, chegado a um valor de 54,80 dólares.

As modificações precisarão ser comunicadas esta terça-feira à Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês). Formalmente, a Argentina estenderá o prazo de adesão que termina hoje para o próximo 24 de agosto para que os credores formalizem a sua adesão à nova oferta.

A primeira oferta argentina em abril teve uma adesão próxima de 13%. A atual, que vence hoje, mal chegou aos 35%, revelando que os três grupos de credores tinham conseguido coordenar posições. Para que um acordo de reestruturação seja possível, são necessários em entre 66% e 85% de adesão, de acordo com cada título.

Com o acordo, a Argentina sairá do seu nono default na história e terá um balão de oxigénio para enfrentar o pós-pandemia, mas os desafios do país são ainda gigantes, segundo analistas.

“Mesmo com a questão da dívida resolvida, a Argentina fica malparada para contrair novos créditos e para receber novos investimentos. A tarefa será ainda titânica”, indica à Lusa o analista económico Marcelo Elizondo.

“Agora o governo precisa apresentar um plano económico. O acordo com os credores é uma condição, mas não é suficiente“, acrescenta à Lusa o economista Fausto Spotorno, diretor da consultora Orlando Ferreres.

Depois dos credores privados, a Argentina enfrentará negociações com o Fundo Monetário Internacional para também reestruturar outros 44 mil milhões de dólares. Essa negociação, no entanto, não envolve nenhuma redução. Apenas um alargamento dos prazos. A dívida pública argentina total chega a 323 mil milhões de dólares.

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Rei Juan Carlos terá partido para viver na República Dominicana

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

O rei emérito deverá estar na República Dominicana, para onde se terá deslocado depois de comunicar ao rei Filipe VI que decidiu ir viver para fora de Espanha, avança a imprensa internacional.

O rei emérito espanhol, Juan Carlos, deverá estar na República Dominicana, para onde se terá deslocado depois de avisar o filho, o rei Filipe VI, que decidiu morar fora do país, noticia esta terça-feira a imprensa espanhola.

Apesar de o Palácio Real ter anunciado, na segunda-feira, a decisão de Juan Carlos de sair do país, não avançou qualquer informação sobre o destino de Juan Carlos, tendo-se especulado que o rei emérito espanhol poderia ir viver para o Estoril, em Portugal.

Toda a imprensa espanhola dá como certo que o monarca, alvo de uma investigação por corrupção, já deixou o território na segunda-feira, embora nem o Palácio Real nem o Governo o tenham confirmado.

A primeira página do site do diário ABC, favorável à monarquia, diz esta terça-feira que Juan Carlos, de 82 anos, visitou a República Dominicana, tendo o El Mundo e o La Vanguardia acrescentado que o rei emérito pretende ficar uns tempos com os amigos naquele país das Caraíbas.

Mas o jornal online El Confidencial escreve que Juan Carlos poderá preferir viver em Portugal, onde passou a primeira infância, ou em França ou Itália, onde tem família.

O Palácio Real recusa comentar as especulações, depois de ter publicado uma carta de Juan Carlos ao seu filho Felipe VI, na qual anunciou a sua decisão de se afastar de Espanha para ajudá-lo a “exercer as suas responsabilidades”.

Na carta, Juan Carlos diz que pretende facilitar o exercício das funções de Filipe VI, pelo que deixará de viver no Palácio da Zarzuela e sai de Espanha, perante “a repercussão pública” de “certos eventos do passado”.

A decisão de Juan Carlos acontece quatro meses depois de Filipe VI ter privado o seu pai de uma subvenção pública de quase 200.000 euros anuais, enquanto renunciava a qualquer herança que pudesse corresponder às suas contas no estrangeiro.

Juan Carlos viu-se envolvido numa investigação judicial, desde o verão de 2018, quando agentes da polícia suíça foram enviados por um juiz para analisar as contas de uma empresa gestora de fundos alegadamente ilegais em paraísos fiscais, onde o rei emérito tem investimentos pessoais.

O antigo rei de Espanha não está a ser investigado, mas fontes judiciais suíças já disseram que pode vir a sê-lo num futuro próximo, embora a lei exija que apenas o departamento fiscal do Supremo Tribunal possa assumir o caso.

A investigação está na fase que pode determinar se há indícios suficientes para poder acusar Juan Carlos de ter cometido algum delito, desde que deixou o trono. Os seus advogados já disseram que o rei emérito continuará a colaborar com a justiça, apesar da decisão de deixar Espanha para viver noutro país.

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Comissão Europeia aprova criação do Banco Português de Fomento

Banco que resulta da fusão da IFD e da PME Investimentos na SPGM já recebeu luz verde da Comissão Europeia.

A Comissão Europeia já deu luz verde à criação do novo banco promocional português. O Banco Português de Fomento recebeu esta terça-feira a aprovação da Comissão Europeia, um passo fundamental para que possa efetivamente sair do papel. Agora falta ainda a aprovação do Banco de Portugal.

A instituição que vai resultar da fusão da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) e da PME Investimentos na SPGM não viola as regras comunitárias das ajudas de Estado e como se destina a promover o crescimento da economia portuguesa, não teve oposição das autoridades comunitárias. No comunicado desta terça-feira, a Comissão sublinha que o banco será detido pelo Estado com um capital social de 255 milhões de euros e que as suas atividades se dirigem à supressão das falhas de mercado na concessão de crédito e nos mercados de capitais.

Na opinião da Comissão, o Banco Português de Fomento é “uma solução apropriada e proporcional para oferecer financiamento adicional às empresas e a projetos que, de outra forma, permaneceriam subfinanciados devido a falhas de mercado”. Além disso, Bruxelas sublinha que a nova instituição vai implementar medidas de salvaguarda para que as instituições financeiras privadas não sejam excluídas do mercado. E é essa garantia que permite que a Comissão considere a instituição não viole as regras das ajudas de Estado, apesar de “facilitar o desenvolvimento de algumas atividades económicas ou de alguns setores”.

A criação do Banco Português de Fomento já tinha sido aprovada em Conselho de Ministros em junho, mas tratou-se apenas de uma aprovação “na generalidade”, porque ainda era necessário decorrer um período de audições, nomeadamente no Banco de Portugal, para que fosse efetivamente formado. E, claro, ter luz verde de Bruxelas, a etapa concluída esta terça-feira.

“Após essas consultas voltará para uma votação final no Conselho de Ministros”, precisou, na altura o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, explicando que é necessário decorrer esse período de audições para que seja efetivamente formado. “Uma tramitação formalmente obrigatória”, acrescentou André Moz Caldas.

O ECO sabe que o Executivo já enviou todo o dossier para ao Banco de Portugal e que este está a ser analisado. Apesar de uma das instituições que integra a nova instituição já ter licença bancária. Mas, tal como o ECO avançou em primeira mão em janeiro, a integração é feita na SPGM, uma instituição que está sob a tutela do Ministério da Economia. O novo desenho institucional traduz-se numa perda de poder por parte do Ministério das Finanças, já que o IAPMEI terá 47% do capital social do Banco de Fomento, a DGTS 40,88%, o Turismo de Portugal 8,1% e a AICEP 4,02%.

O banco de fomento estava prometido para os primeiros cem dias de Governo, um prazo que se esgotou a 6 de fevereiro. E apesar da aprovação do diploma em conselho de ministros e da aprovação de Bruxelas, 281 dias depois do objetivo o banco continua a existir apenas no papel.

(Notícia atualizada às 15h13 com informação sobre o ponto de situação no Banco de Portugal)

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