Amazon vai contratar 2.000 pessoas em Espanha este ano

A retalhista vai abrir dois armazéns logísticos e três estações e quer recrutar profissionais de armazém e engenheiros. Com as novas contratações deverá chegar aos 9.000 trabalhadores em Espanha.

A Amazon vai abrir dois novos armazéns logísticos e três estações em Espanha e espera contratar duas mil pessoas ainda este ano. A gigante norte-americana do comércio online vai contratar profissionais para as equipas de armazém e entregas e, ainda, engenheiros, especialistas em desenvolvimento de software, cientistas de dados e em cloud computing, chegando assim aos 9.000 trabalhadores naquele país, noticia esta manhã o jornal Expansión (conteúdo em espanhol, acesso livre).

A pandemia levou ao aumento da procura de serviços de comércio online, mas fontes da retalhista asseguram que as novas contratações já estavam planeadas “há meses” e não estão relacionadas com o novo coronavírus.

“O nosso compromisso a longo prazo com Espanha continua a ser forte. Estamos felizes de dar as boas-vindas a 2.000 novos colegas num ano particularmente complicado. Entusiasma-me especialmente a entrada em funcionamento de novos centros logísticos em zonas que, historicamente, sofreram altas taxas de desemprego“, sublinha Mariangela Marseglia, vice-presidente e diretora-geral da Amazon Espanha, citada pelo jornal.

Os dois armazéns vão ficar sediados em Sevilha e Alcalá de Henares e as estações em Múrcia, Barcelona e Leganés, na província de Madrid. Em Espanha, a Amazon conta ainda com um hub digital em Madrid e um centro de desenvolvimento e investigação em Inteligência artificial, em Barcelona.

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O jornal espanhol avança ainda que a Amazon deverá investir 2.500 milhões de euros para abrir o seu sétimo centro de dados na Europa na região de Aragão, em Espanha.

Para fazer face à pandemia, a Amazon reforçou as contratações um pouco por todo o mundo. Só nos EUA, a empresa contratou mais 175 mil pessoas para os seus armazéns e centros logísticos. Em Espanha, a retalhista contratou 1.500 pessoas em contratos part-time para fazer face ao aumento da procura.

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LinkedIn vai cortar 960 postos de trabalho devido ao Covid-19

  • ECO
  • 21 Julho 2020

A rede profissional vai cortar quase mil postos de trabalho, que correspondem a 6% dos colaboradores a nível mundial, devido aos impactos da pandemia, avançou o chefe executivo do LinkedIn.

O LinkedIn anunciou que vai cortar cerca de 960 empregos, o que corresponde a 6% da sua força de trabalho global, devido aos impactos da pandemia.

“Quero que saibam que estes são os únicos despedimentos que estamos a planear”, disse o chefe executivo, Ryan Roslansky, numa mensagem publicada no website do LinkedIn, avançou a Reuters (acesso livre).

A empresa, com sede na Califórnia, disse que os empregados afetados por estes cortes serão informados ainda esta semana de forma a saberem quais são os próximos passos.

O chefe executivo, Ryan Roslansky, já adiantou que o LinkedIn vai oferecer pelo menos dez semanas de indemnização por despedimento, assim como um seguro de saúde durante um ano para os empregados americanos.

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Nas notícias lá fora: Amazon, eBay e LinkedIn

Amazon vai contratar duas mil pessoas em Espanha este ano, enquanto o LinkedIn corta 960 postos devido ao Covid-19. Adevinta compra unidade de classificados do eBay por 9,2 mil milhões de dólares.

Em Espanha, a Amazon vai abrir este ano dois novos armazéns logísticos e três estações e espera contratar duas mil pessoas, ao contrário do LinkedIn que prevê cortar 960 postos de trabalho devido à Covid-19. Em França, o ministro das finanças, Bruno Le Maire, disse esta terça-feira que o país não vai proibir a chinesa Huawei de investir, enquanto o grupo norueguês Adevinta acaba de comprar a unidade de classificados do eBay por 9,2 mil milhões de dólares, tornando-se no maior acionista.

Expansión

Amazon vai contratar duas mil pessoas em Espanha este ano

A Amazon continua a crescer em Espanha. A empresa norte-americana vai abrir este ano dois novos armazéns logísticos em Sevilha e Alcalá de Henares e três estações em Murcia, Barcelona e Leganés. Com esta aquisição a gigante americana do comércio eletrónico espera criar, ainda este ano, dois mil novos empregos permanentes em Espanha, o que aumentaria o número de colaboradores para um total de nove mil empregados, disse a empresa num comunicado. As ofertas de emprego concentram-se principalmente em posições de armazém, mas também incluem posições para engenheiros, programadores de software, cientistas de dados e especialistas em computação em nuvem.

Leia a notícia completa no Jornal Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Finacial Post

LinkedIn corta 960 postos de trabalho devido ao Covid-19

Ao contrário da Amazon, a rede profissional LinkedIn disse na terça-feira que iria cortar cerca de 960 empregos, ou 6% da sua força de trabalho global, uma vez que a pandemia está a ter um impacto sustentado na procura dos seus produtos de recrutamento. “Quero que saibam que estes são os únicos despedimentos que estamos a planear”, disse o chefe executivo, Ryan Roslansky, numa mensagem publicada no website do LinkedIn. O LinkedIn disse que os empregados afetados por estes cortes vão ser informados esta semana e começarão a receber convites nas próximas horas para reuniões para saberem mais sobre os próximos passos.

Leia a notícia completa no Financial Post (acesso livre, conteúdo em inglês).

Reuters

Huawei não será impedida de investir em França, diz Bruno Le Maire

O ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, disse esta terça-feira que França não proibirá a chinesa Huawei de investir no país, ao contrário do Reino Unido que decidiu purgar o equipamento da empresa da sua rede 5G até 2027. “Não proibiremos a Huawei de investir em 5G, protegeremos os nossos interesses de segurança nacional”, disse Le Maire, à rádio France Info, acrescentando que tinha reafirmado a posição da França às autoridades chinesas na segunda-feira.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Business Insider

Adevinta compra a unidade de classificados do eBay por 9,2 mil milhões de dólares

O Ebay concordou em vender o seu negócio de anúncios classificados ao grupo norueguês Adevinta, um negócio no valor de 9,2 mil milhões de dólares, anunciaram as empresas esta terça-feira. O Ebay receberá 2,5 mil milhões de dólares em dinheiro e 540 milhões de ações do grupo norueguês, tornando-a no maior acionista com uma participação de 44% da empresa. “A Adevinta torna-se a maior empresa de classificados online a nível mundial, com uma carteira única de marcas líderes de mercado”, disse o CEO da Adevinta, Rolv Erik Ryssdal.

Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês).

Financial Times

Credores rejeitam proposta argentina mas Presidente diz ser impossível modificá-la

Os credores da Argentina rejeitaram na segunda-feira uma proposta das autoridades do país para reestruturar a dívida de 66 mil milhões de dólares (cerca de 57,7 mil milhões de euros), mas o Presidente do país considerou impossível modificá-la. “A oferta da Argentina não é suficiente face ao que os grupos de credores podem aceitar”, de acordo com um comunicado dos credores citado pela AFP, emitido a poucas semanas da data limite de 04 de agosto, fixada por Buenos Aires, para os detentores de obrigações argentinas aceitarem ou rejeitarem a proposta. Segundo a AFP, os credores não apresentaram o conteúdo da sua proposta. Em reação, o Presidente da Argentina, Alberto Fernández (Partido Justicialista, peronista), disse que é “impossível” modificar a proposta do seu Governo.

Leia a notícia completa na Financial Times (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Procura por casas com terraço aumenta 24% nos últimos 3 meses

  • Lusa
  • 21 Julho 2020

Só nos últimos 3 meses, a imobiliária JJ "teve um aumento de 24% nas vendas e arrendamentos de casas com terraço”. Há maior preocupação com espaços exteriores e de trabalho devido à pandemia.

A imobiliária JLL revelou esta terça-feira que teve um aumento de 24% nas vendas e arrendamentos de casas com terraço, nos últimos três meses, e que há mais preocupação com espaços exteriores e de trabalho, devido ao “grande confinamento”.

A procura por espaços exteriores já era uma realidade em crescimento antes da pandemia, mas o confinamento veio intensificar a importância destes espaços com o aumento das horas que passamos em casa. […] Só nos últimos três meses, em plena pandemia, a JLL teve um aumento de 24% nas vendas e arrendamentos de casas com terraço”, afirmou, em comunicado, a responsável pelo segmento residencial da JLL, Patrícia Barão.

A JLL divulgou esta terça-feira os resultados do inquérito “Nova vida, nova casa?”, para perceber, junto de cerca de 1.400 inquiridos, qual o impacto da pandemia nas necessidades habitacionais dos portugueses e as novas preocupações que surgiram desta experiência. O estudo conclui que 49% dos portugueses faria ajustes na sua casa devido à pandemia, sendo a criação de um espaço de trabalho (51%) e a modernização do espaço exterior (34%) as duas principais alterações, destacando-se ainda a intenção de redecorar a casa (33%).

Mais 43% dos inquiridos mudaria de casa como consequência do confinamento, quando antes da pandemia apenas 19% estava à procura de uma nova habitação. Na procura de uma nova casa, a possibilidade de ter um espaço exterior privado foi a condição que ganhou maior relevo depois do confinamento, passando no grau de “muito importante” de cerca de 40% para 60%. Este fator foi mais valorizado por quem vive em apartamento, bem como por quem vive com parceiro/a e filhos.

Segundo a JLL, a existência de um “escritório doméstico” passou a ser outra prioridade na procura de casa, aumentando de um critério de cerca de 20% dos inquiridos para cerca de 40%. “A massificação do teletrabalho durante o confinamento está na base desta valorização, pois se antes 59% dos participantes não trabalhava em casa, agora 84% acredita ser ideal trabalhar a partir casa, pelo menos um dia por semana, exigindo um espaço adequado para isso”, refere o estudo.

No entanto, apenas 15% dos inquiridos admitiu que se mudaria para fora das cidades ou centros urbanos.

O inquérito “Nova vida, nova casa? – Teve a pandemia Covid-19 impacto nas necessidades habitacionais?” foi concluído em junho, com respostas de cerca de 1.400 pessoas, das quais 59% do sexo feminino e 41% do masculino. Do total de inquiridos, 32% tem entre 35 e 44 anos e outros 34% entre 45 e 54. A maioria dos inquiridos (59%) vive no centro urbano, 27% na periferia urbana e os restantes 14% fora da cidade.

A covid-19 é uma doença transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Para combater a sua propagação, foi decretado um dever geral de confinamento em casa, com as pessoas em teletrabalho, ‘lay-off’, assistência à família, ou mesmo sem emprego.

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Endividamento da economia sobe para novo recorde. Supera os 740 mil milhões

Em maio, as famílias, empresas e Estado endividaram-se em mais seis mil milhões de euros. Foi o segundo mês seguido em que a dívida da economia aumentou, em resposta à crise provocada pela pandemia.

Depois de ter registado a maior subida de sempre em abril, o endividamento da economia voltou a aumentar em maio pelo segundo mês seguido, num período marcado pela pandemia de Covid-19 e pela resposta do Governo e dos agentes económicos à crise. Naquele mês, famílias, empresas e Estado endividaram-se em mais de seis mil milhões de euros. O total do endividamento supera agora os 740 mil milhões de euros, o que acontece pela primeira vez.

Em apenas dois meses, o endividamento do setor não financeiro deu um salto de 17,6 mil milhões de euros para atingir um novo recorde em maio, nos 740,7 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

Com a pandemia e a paralisação parcial da economia, o Estado chegou-se à frente com várias medidas para apoiar empresas e famílias em dificuldades, como o layoff e outros apoios para que deixou de ter atividade. Também as empresas se endividaram, nomeadamente através das linhas de crédito Covid, que beneficiam de garantias estatais.

Por outro lado, importa também contabilizar o reforço dos cofres públicos durante os primeiros meses do ano para fazer face ao pagamento de uma linha de obrigações de longo prazo que atingiu a maturidade em junho, o que levou o IGCP a proceder a um reembolso aos mercados de mais de oito mil milhões de euros.

Endividamento da economia dispara na pandemia

Banco de Portugal

O Banco de Portugal explica que dos 740 milhões de endividamento, 333,7 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 407,0 mil milhões de euros ao setor privado.

Acrescenta ainda que o aumento de 6,3 mil milhões verificado em maio se deveu “aos acréscimos de 3,6 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 2,7 mil milhões de euros do endividamento do setor privado”.

Relativamente ao aumento do endividamento do setor público, o banco central agora liderado por Mário Centeno adianta que a evolução reflete o crescimento do endividamento face ao setor financeiro (3,2 mil milhões de euros) e face às próprias administrações públicas (1,3 mil milhões de euros). “Estes aumentos foram parcialmente compensados pela redução do endividamento face ao exterior (mil milhões de euros)”, nota.

No setor privado, o endividamento das empresas aumentou 2,6 mil milhões de euros, sobretudo através da subida de 2,2 mil milhões do endividamento face ao setor financeiro. Já o endividamento dos particulares face ao setor financeiro registou um acréscimo de 100 milhões de euros.

(Notícia atualizadas às 11h02)

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Costa Silva apresenta Plano de Recuperação Económica. Veja em direto e leia o documento na íntegra

  • ECO
  • 21 Julho 2020

António Costa Silva está a apresentar esta manhã o Plano de Recuperação Económica e Social para o período 2020 a 2030.

No dia em que Portugal conseguiu garantir um cheque de 57,9 mil milhões de euros para executar ao longo da década, o consultor António Costa Silva apresenta o seu Plano de Recuperação Económica e Social.

Acompanhe o direto.

Se preferir, veja aqui na integra o documento.

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Ocean Winds é a nova joint-venture da EDP Renováveis e Engie

  • Lusa
  • 21 Julho 2020

Chama-se Ocean Winds e é a nova parceria da EDP Renováveis com a francesa Engie para a criação de uma joint-venture focada no mercado eólico offshore.

A EDP Renováveis e a francesa Engie, que fecharam uma parceria no ano passado no segmento das eólicas, lançaram uma nova sociedade, a Ocean Winds, controlada em partes iguais pelos dois grupos, segundo um comunicado.

“A nova sociedade, sediada em Madrid, será o instrumento exclusivo de investimento em oportunidades de energia eólica ‘offshore’ a nível mundial e é a primeira marca a ser criada com recurso ao som do vento em mar alto” lê-se na mesma nota.

Esta joint-venture, no setor da energia eólica fixa e flutuante, “será o instrumento de investimento exclusivo para captar as oportunidades de energia eólica offshore a nível mundial e irá tornar-se num dos cinco principais operadores mundiais, ao combinar a capacidade industrial e de desenvolvimento da EDP Renováveis e da Engie”, asseguraram os dois grupos, no comunicado.

A Ocean Wind conta com “uma vantagem estratégica e está bem posicionada para desempenhar um papel de relevo no mercado offshore”, de acordo com a mesma informação, que recordou que a EDP Renováveis e a Engie “vão unir os seus ativos eólicos offshore, começando com um total de 1,5 GW [gigawatts] em construção e quatro GW em desenvolvimento, tendo como meta alcançar cinco a sete GW de projetos em operação ou em construção e cinco a 10 GW em desenvolvimento avançado até 2025”.

A empresa tem como objetivo os “mercados da Europa, Estados Unidos e algumas regiões da Ásia, de onde deverá vir a maioria do crescimento”, referem as duas acionistas.

A constituição de uma empresa “que combina a experiência e os recursos de ambas as empresas vai dar-nos a oportunidade de liderar o setor nesta transição cada vez mais real e necessária”, referiu Spyros Martinis, presidente executivo da Ocean Winds, citado na mesma nota. A empresa deverá contar, quando se concretizar o seu lançamento, com mais de 200 colaboradores e estima atingir os 300 até ao final do ano, com uma equipa de 15 nacionalidades, “sendo que quase um terço são mulheres e 99% terão contratos de trabalho fixos”.

Em maio do ano passado, a EDP e a Engie anunciaram a assinatura de um memorando de entendimento estratégico para criar uma joint-venture, controlada em partes iguais, no segmento eólico offshore, fixo e flutuante. Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP informou que “a nova entidade será o veículo exclusivo de investimento da EDP, através da sua subsidiária detida em 82,6%, EDPR [Renováveis], e da ENGIE para oportunidades eólicas ‘offshore’ em todo o mundo e passará a ser um dos cinco maiores operadores a nível global na área”.

Esta parceria surge cerca de um ano depois de a imprensa francesa noticiar que a Engie estaria interessada na aquisição da EDP, adiantando existir contactos entre os dois grupos. Na altura, em abril de 2018, o então presidente executivo da EDP, António Mexia, disse à agência Lusa que as notícias sobre negociações com a Engie eram “histórias” e “realidade virtual”, garantindo que “não existe nada” e que “a EDP controla o seu próprio destino”.

Cerca de um mês depois, a principal acionista da elétrica portuguesa, a China Three Gorges, anunciava a intenção de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a EDP (e a EDPR).

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Marcelo diz que acordo foi “histórico”, mas alerta que verbas devem ser usadas “com rigor e critério”

Presidente diz que as verbas de Bruxelas serão uma "ajuda determinante" para combater "a crise social e económica que a pandemia provocou", mas alerta que devem ser usadas "com rigor e critério".

Marcelo Rebelo de Sousa considera que o acordo alcançado esta terça-feira em Bruxelas é “histórico” e “um excelente resultado” para Portugal tendo em conta os 45 mil milhões de euros que o país vai receber. No entanto, o Chefe de Estado deixa um alerta: as verbas devem ser usadas “com rigor e critério”.

Numa nota publicada no site da Presidência, “o Presidente da República saudou esta manhã em Madrid o histórico resultado do Conselho Europeu, que esta madrugada terminou em Bruxelas”. “Ao acordar um orçamento de mil oitocentos e vinte mil milhões de euros para os próximos sete anos, a União Europeia dá prova da sua força e da sua dinâmica, da capacidade de decidir democraticamente no diálogo, difícil mas profícuo, entre os seus 27 Estados Membros, no respeito de todos e na procura dos interesses comuns”, pode ler-se na mesma nota.

Os líderes conseguiram finalmente chegar a acordo ao fim de quase 90 horas de negociação e depois de um grande braço de ferro entre os países ditos frugais e os restantes Estados-membros.

Para Portugal é também um excelente resultado com uma perspectiva de vir a receber mais de 45 mil milhões de euros, uma ajuda determinante para combatermos a crise social e económica que a pandemia provocou, que deveremos usar com rigor e critério, constituindo uma nova esperança para o futuro de todos nós.

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República

Marcelo Rebelo de Sousa considera ainda que o acordo foi “um excelente resultado” para Portugal. O Chefe de Estado considera que os mais de 45 mil milhões de euros que o país poderá vir a receber são “uma ajuda determinante” para combater “a crise social e económica que a pandemia provocou”. E aproveita para deixar um recado: “deveremos usar com rigor e critério” esse montante, já que este é “uma nova esperança para o futuro” do país.

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22% do orçamento europeu será para o turismo. Algarve tem reservados 300 milhões

O Executivo está disponível para discutir um terceiro pacote de ajuda para o turismo onde possa ser "avaliada a oportunidade da extensão do lay-off simplificado ou outras medidas".

A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, congratula-se com o facto de 22% do orçamento europeu ser dirigido para o turismo”. Rita Marques, numa reação ao acordo histórico alcançado pelos líderes europeus, sublinha que as regiões mais afetadas serão privilegiadas. O Algarve vai ter 300 milhões do pacote de mais de 45 mil milhões de euros que Portugal assegurou esta terça-feira em Bruxelas.

Entre os 45,1 mil milhões de euros que o país irá agora arrecadar incluem-se 15,3 mil milhões de euros em transferências a fundo perdido exatamente no âmbito desse programa para a recuperação, bem como 29,8 mil milhões de euros em subsídios do orçamento da UE a longo prazo 2021-2027. A estes montantes acrescem 10,8 mil milhões de euros em empréstimos, ainda no âmbito do Fundo de Recuperação.

Na conferência de imprensa no final do Conselho, António Costa, citado pela Lusa, destacou que o acordo europeu surge numa altura em que Portugal “luta para continuar a conter a pandemia, para manter vivas as empresas, os postos de trabalho e os rendimentos das famílias”, e frisou a necessidade de dar “energia suplementar” ao país. E foi nesse âmbito que anunciou um “programa específico para a região do Algarve”, suportado por 300 milhões de euros adicionais na área da Coesão, e que visa “apoiar a diversificação da sua economia, melhorar infraestruturas e fazer investimentos necessários no setor da saúde”.

“A crise que estamos a atravessar tem atingido particularmente o turismo, o que tem significado um sacrifício muito particular para a região do Algarve, sendo aliás aquela onde o desemprego tem subido de forma mais dramática, e é uma região que, sendo de transição, já há vários anos que tem uma dotação de fundos inferior a outras regiões”, justificou António Costa.

Em entrevista à SIC Notícias, a secretária de Estado do Turismo corroborou a necessidade “de distinguir algumas das mais impactadas, mas também seguir muito atenção as outras regiões do país”. Rita Marques lembra ainda que a gravidade da crise que o setor do turismo atravessa levou a que já fossem ventilados “1,3 mil milhões de euros para as empresas do setor na perspetiva de manutenção de emprego”, já que o setor dá emprego a cerca de 397 mil trabalhadores.

Apesar da indicação de que, “em agosto, serão retomados 50% dos voos e rotas”, a secretária de Estado reconhece que a perspetiva é de uma quebra de “50% a 60% das receitas” do setor, o que se traduz na contração do Produto Interno Bruto esperada para este ano. As previsões da Comissão Europeia apontam para uma quebra de quase 10% do PIB este ano.

Com o acumulado das receitas turísticas de janeiro a maio a atingir os três mil milhões de euros, o valor mais baixo desde 2013, Rita Marques sublinhou que o Executivo está disponível para discutir um terceiro pacote de ajuda para o turismo onde possa ser “avaliada a oportunidade da extensão do lay-off simplificado ou outras medidas” que serão discutidas com as associações do setor.

[Os pacotes anteriores] não prejudica que possa ser pensado um terceiro pacote de medidas onde se possa avaliar, com as associações do setor, a oportunidade da extensão do lay-off simplificado.

Rita Marques

Secretária de Estado do Turismo

A pandemia ditou ainda um atraso no lançamento do programa Revive Natureza, que é lançado esta terça-feira. Numa primeira fase vão ser reabilitados 16 equipamentos, na sua maioria postos florestais e antigos postos fiscais, revelou Rita Marques, apesar da lista inicial do programa ter 96 edifícios para reabilitar.

O programa que visa reabilitar imóveis devolutos em património natural, “já foi preparado em dezembro”, conta Rita Marques. Infelizmente, “pelas circunstâncias atuais só foi possível lançar hoje”, justifica, acrescentando que o objetivo é “reconverter e valorizar esses ativos e dar-lhes um novo uso, um uso turístico, instigando ao consumo local e contribuindo para a riqueza do património cultural e natural”.

A secretária de Estado recusa que este seja um mau momento para investir. “Não vamos deixar de fazer turismo nem de querer viajar, por isso estamos esperançosos que a situação se possa resolver, não com a brevidade que gostaríamos”, diz a responsável na SIC Notícias, lembrando que “o turismo de natureza é uma grande tendência agudizada pelas circunstâncias atuais”. “Por isso estamos certos que estes equipamentos encontrarão novos usos e concessionários interessados na sua exploração comercial para contribuir para a criação de emprego local e e experiências turísticas”, concluiu.

Verbas para o Algarve são “manifestamente insuficiente”, dizem hoteleiros

Também esta terça-feira, o presidente da Associação de Hotéis Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) considerou “manifestamente insuficiente” a verba de 300 milhões de euros destinada à região através de fundos da União Europeia, devido à quebra no turismo.

Parece-me uma verba manifestamente insuficiente face à dimensão dos problemas que a região atravessa”, disse à agência Lusa Elidérico Viegas, argumentando que “não é suficiente para os investimentos públicos que são necessários fazer e para apoiar as empresas”.

Apesar de considerar que o plano específico para a região é uma medida “acertada”, o presidente da maior associação hoteleira no Algarve lembra que esta “é a zona do país mais afetada económica e socialmente” e que a verba de 300 milhões de euros representa menos de 0,7% do total aprovado para o país. “Penso que o Algarve tem de ser dotado de acordo com o seu contributo para a riqueza do país”, defendeu.

De acordo com o empresário, o montante a atribuir ao Algarve “tem de ser ajustado ao produto interno” de uma região na qual o turismo – o setor que tem sido mais “abalado” pela pandemia de covid-19 – é a atividade económica principal.

Segundo o responsável, as quebras no setor são “enormíssimas”, tendo rondado os 100% em abril e maio e os 90% em junho. É expectável que o mês de julho termine com quebras na ordem dos 60%. “Estamos numa situação em que este plano específico para recuperar o turismo do Algarve exige uma definição de um conjunto de medidas excecionais, que se destinem, por um lado, a preservar postos de trabalho e, por outro, permitir às empresas a continuidade produtiva para a recuperação económica e social, que irá durar muitos anos”, concluiu.

(Notícia atualizada às 11h34 com mais informação)

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Um “passo histórico” que mostra uma “Europa unida”. As reações à segunda cimeira mais longa da história da UE

  • ECO e Lusa
  • 21 Julho 2020

Os 27 Estados-membros chegaram finalmente a um acordo quanto à composição do Fundo de Recuperação para a União Europeia. As primeiras reações já se fizeram ouvir.

Reunidos em Conselho Europeu, os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) alcançaram um acordo histórico para a constituição de um fundo de 750 mil milhões de euros para combater a crise. Foi ainda aprovado o quadro financeiro plurianual de 1,074 biliões de euros. Apesar de o pacote ainda ter de ser ratificado pelo Parlamento Europeu, já há várias reações ao resultado da segunda cimeira mais longa da história da UE.

Acordo é “oportunidade única para modernizar Europa”, diz Von der Leyen

A presidente da Comissão Europeia afirmou que o acordo alcançado durante a madrugada “é uma oportunidade única para modernizar a Europa”. Para Ursula von der Leyen, o acordo demonstra que “a Europa ainda tem coragem e imaginação para pensar em grande” e que “está determinada em fazer reformas e investimentos”.

Foi, por isso, dado “um passo histórico” de que todos se “podem orgulhar“, considerou a presidente, observando também que a criação do Fundo de Recuperação “liga solidariedade e responsabilidade” e “estabelece as bases para uma Europa moderna e sustentável”.

No entanto, Von der Leyen também deixou um aviso, pois “falta dar outros passos importantes”. “Primeiro e mais importante: conseguir o apoio do Parlamento Europeu. Ninguém deve dar a União Europeia como garantida”, alertou.

Presidente do Conselho Europeu vê uma Europa “forte e sólida”

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, considerou que o pacote de retoma da economia comunitária pós-crise da Covid-19 é “um acordo forte” que mostra que a Europa está “sólida”, lançando “um sinal de confiança” a todos.

“Conseguimos. A Europa está forte, a Europa está unida”, disse Charles Michel ao quinto dia do Conselho Europeu. “Demonstrámos responsabilidade coletiva e solidariedade e [mostrámos] que acreditamos no nosso futuro comum”, considerou o homem responsável pelas negociações, apontando que o acordo “é sobre dinheiro, mas também é sobre muito mais que dinheiro”. “É sobre famílias e trabalhadores, os seus empregos e a sua saúde e bem-estar”, afirmou.

Acredito que este acordo vai ser visto como um momento charneira na história da Europa, lançando-nos para o futuro”, acrescentou. Foi Charles Michel quem anunciou primeiro o acordo, através de uma mensagem publicada de madrugada no Twitter:

Costa destaca pioneirismo do “instrumento específico de recuperação económica”

No Twitter, o primeiro-ministro português, António Costa, reagiu ao acordo com uma mensagem: “Foi aprovado, pela primeira vez, um instrumento específico de recuperação económica”, começou por dizer em relação ao fundo de 750 mil milhões.

Segundo o primeiro-ministro, a verba alocada ao país no orçamento plurianual, que ultrapassa os 45 mil milhões de euros, é “um aumento de cerca de 37% em relação ao atual quadro financeiro”. “Um sinal de confiança à Europa e a Portugal para a recuperação económica face à pandemia da Covid-19”, frisou também António Costa.

Já na conferência de imprensa após a cimeira, o chefe do Governo português afirmou que Portugal terá agora quase 58 mil milhões de euros para executar ao longo da próxima década, a um ritmo de execução que poderá fixar-se nos 6.000 milhões de euros por ano.

Santos Silva saúda “passo histórico” na construção europeia

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, saudou hoje o acordo alcançado pela União Europeia como “um passo histórico” e assegurou que Portugal vai “aplicar criteriosamente” o “volume precioso” de subvenções que vai receber.

Num vídeo divulgado nas redes sociais do Partido Socialista, Santos Silva afirmou que o acordo dos 27 sobre o fundo de recuperação pós-pandemia foi obtido após “negociações muito complexas” e “muito demoradas”, “mas é um bom acordo”.

“Chegou-se a um compromisso que representa um passo em frente e um passo histórico no processo de construção europeia”, considerou Augusto Santos Silva.

Merkel fala em “Europa unida” quando se exigiam “respostas extraordinárias”

A chanceler alemã, Angela Merkel, não escondeu a dificuldade em se chegar a um acordo: “Não foi fácil, mas no final encontrámo-nos”, disse, enfatizando que “o multilateralismo está sob grande pressão neste momento” e que “a Europa mostrou nesta situação ser capaz de agir”.

Merkel, cujo país assume agora a presidência da UE, fez essa declaração ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, com quem participou em sucessivas reuniões de grupo, juntamente com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, até que o acordo fosse alcançado.

Ministro alemão prevê crescimento em toda a UE em 2021

O ministro da economia alemão, Peter Altmaier, também já se pronunciou e refere que a Alemanha prevê um regresso ao crescimento em todos os países da União Europeia (UE) até 2021 graças ao plano de relançamento económico aprovado hoje em Bruxelas, afirmou.

“Estou convencido que, com a aplicação do plano, a Alemanha terá um crescimento sustentável em 2021 e 2022“, disse Altmaier em conferência de imprensa. “Veremos a partir do fim de outubro sinais claros de uma tendência em alta” e “será semelhante em vários países europeus”, considerou, embora tenha admitido que “muitos outros países terão nessa altura o ponto culminante dos problemas”.

Mas, “a partir de 2021, todos os membros da União Europeia estarão de novo a crescer“, disse o ministro, considerando que o plano adotado em cimeira pelos chefes de Estado e de Governo da UE é “uma boa notícia para milhões de europeus”.

Pacote “salvaguarda interesses holandeses”

O primeiro-ministro da Holanda, que encabeçou o conjunto dos autodenominados países “frugais”, considerou que o acordo firmado pelos líderes da UE sobre a resposta à crise da Covid-19 é positivo e “salvaguarda os interesses holandeses”, tornando “a Europa mais forte”.

Mark Rutte reagiu pouco depois do fim da cimeira, na rede social Twitter, ao acordo alcançado pelos 27 para a retoma da economia comunitária pós-crise da covid-19, que pôs fim a uma das cimeiras mais longas da história da UE.

“Após longas e intensas negociações, chegámos a um acordo sobre o orçamento a longo prazo da UE e o fundo de recuperação da UE. O resultado é um bom pacote que salvaguarda os interesses holandeses e que tornará a Europa mais forte e mais resiliente”, escreveu Mark Rutte.

Em declarações aos jornalistas em Bruxelas, Rutte acrescentou ainda que o acordo é “abrangente” para os países mais afetados pela Covid-19, saudando ainda o facto de, “nos casos mais extremos, o travão de emergência poder ser acionado se esses países não tiverem feito o suficiente”.

“Satisfeita” com o acordo, Áustria agradece aos países “frugais”

O chanceler austríaco Sebastian Kurz mostrou-se “bastante satisfeito” com o acordo firmado pelos líderes da UE) sobre a resposta à crise, agradecendo aos colegas, “especialmente os frugais”. Kurz é outro um dos rostos dos designados países “frugais”, formados pela Holanda, Aústria, Suécia e Dinamarca.

“Conseguimos alcançar um bom resultado para a UE e a Áustria”, escreveu o chanceler austríaco na sua conta oficial na rede social Twitter, terminando a mensagem com um agradecimento “a todos os colegas, especialmente os frugais”.

Presidente francês fala em “dia histórico”

Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que com o acordo de retoma da economia comunitária pós-crise Covid-19 aprovado hoje no Conselho Europeu este é “um dia histórico para a Europa”.

A afirmação de Macron surgiu numa publicação na rede social Twitter, pouco depois de o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ter anunciado o acordo.

 

O ministro da economia francês, Bruno Le Maire, também já reagiu ao acordo, destacando que se trata do “nascimento de uma nova Europa”. A Europa vai ser “mais solidária, mais ecológica e ainda mais franco-alemã”, disse Le Marie à France Info sublinhando que “pela primeira vez na história, a Europa aceitou – em comum – fazer face à dívida”.

Itália “satisfeita” com “ambicioso” acordo sobre fundo recuperação

O primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, declarou-se hoje “satisfeito” com o “ambicioso” acordo aprovado em Bruxelas sobre o fundo de recuperação da União Europeia (UE), que permitirá transformar Itália.

“É um momento histórico para a Europa e para Itália […]. Estamos satisfeitos, aprovámos um ambicioso plano de recuperação, apropriado para a crise que vivemos”, disse Conte aos jornalistas italianos em Bruxelas.

O acordo dá a Itália “a oportunidade de recomeçar com força” e ao governo a responsabilidade de “mudar a face do país”, disse. “Agora temos de ser rápidos. Temos de usar este dinheiro em investimentos e reformas estruturais”, acrescentou o primeiro-ministro italiano.

“Um passo decisivo para a recuperação”, diz Elisa Ferreira

A comissária europeia Elisa Ferreira saudou hoje o acordo dos 27 como “um passo decisivo para a recuperação”, destacando que a proposta da Comissão se manteve como “ponto de referência” e cabe agora a palavra ao Parlamento Europeu.

“O acordo é um passo decisivo para a recuperação. Foram necessários compromissos, mas a proposta da Comissão Europeia manteve-se como ponto de referência”, escreveu a comissária da Coesão e Reformas no Twitter.

“Palavra agora para o Parlamento Europeu. O importante: tenha em mente que, mais que um mercado, a União Europeia é uma comunidade de destino”, acrescentou. Num outro tweet, a comissária portuguesa frisou que o acordo alcançado hoje de madrugada no Conselho Europeu “reconhece que uma recuperação sustentada e justa precisa de coesão e reformas no seu ADN” e na “responsabilidade coletiva” para um futuro “verde, moderno, justo e resiliente”.

“Sem complacência. Sem tempo a perder”, acrescentou a comissária europeia responsável pela Coesão e Reformas.

(Notícia atualizada às 14h43 com mais reações)

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Bolsas europeias ganham 1% com acordo histórico, BCP puxa por Lisboa

As bolsas europeias estão a negociar com ganhos em torno de 1%, com os investidores a reagirem positivamente ao acordo histórico alcançado na madrugada pelos líderes europeus.

As bolsas europeias negoceiam em alta, reagindo positivamente ao acordo alcançado pelos líderes europeus em torno do Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros para fazer face à crise da Covid-19. A generalidade das praças europeias abriu com ganhos a rondar 1%.

O pan-europeu Stoxx 600 segue a valorizar 0,9%, enquanto o alemão DAX soma 1% e toca máximos desde 24 de fevereiro. O francês CAC-40 ganha 0,8%, o espanhol IBEX sobe 1,2% e o português PSI-20 avança 0,69%, para 4.564,56 pontos, suportado na subida de 1,36% registada pelas ações do BCP, que estão a cotar em 11,14 cêntimos.

Evolução da cotação do PSI-20 em Lisboa

Depois de mais de 90 horas de intensas negociações, os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) alcançaram um acordo em torno de um pacote de 750 mil milhões de euros para estimular a recuperação da economia face ao impacto da pandemia, envolvendo 390 mil milhões de subsídios e 360 mil milhões em empréstimos. Para financiar o fundo, os países irão emitir dívida em conjunto através da Comissão Europeia.

Os líderes também acordaram um novo quadro financeiro plurianual, em vigor nos próximos sete anos, no montante total de 1,074 biliões de euros. O pacote completo ainda terá de ser ratificado pelo Parlamento Europeu, mas já está a levar os investidores a comprarem ações europeias.

Na praça lisboeta, para além do banco presidido por Miguel Maya, há ganhos a destacar noutros pesos pesados, a generalidade a negociar em terreno positivo. É o caso da EDP, que avança 0,29%, para 4,55 euros, um valor já ajustado ao destaque dos direitos na sequência do aumento de capital em curso para financiar a compra da espanhola Viesgo. Já a EDP Renováveis avança 0,84%, para 14,36 euros cada título.

Ainda no setor da energia, a petrolífera Galp valoriza 0,24%, para 10,36 euros, também num contexto de subida dos preços do petróleo nos mercados internacionais. O barril de Brent, referência para as importações portuguesas, ganha 0,69% em Londres, com os futuros do crude a negociarem a 43,58 dólares.

Da energia para as comunicações, a operadora Nos soma 1,04%, para 3,708 euros por ação, enquanto a empresa de correios CTT ganha 1,71%, para 2,375 euros. No primeiro lugar do pódio dos desempenhos, mas com menor ponderação no índice, a construtora Mota-Engil sobe 4,39%, para 1,284 euros, enquanto a Pharol avança 2,48%, para 11,56 cêntimos.

Somente duas empresas da bolsa nacional seguem a contraciclo. Uma é a retalhista Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, cujos títulos caem 0,60%, para 14,86 euros. Outra é a Ibersol, dona de marcas como Burger King, KFC e Pizza Hut em Portugal, que perde 0,35%, para 5,66 euros por ação.

Olhando para fora do mercado acionista, o euro segue a valorizar face ao dólar no mercado cambial, com um euro a comprar 1,446 dólares. No entanto, a divisa europeia desvaloriza face à libra esterlina, cotando em 0,9020 libras. No mercado obrigacionista, a yield da dívida pública portuguesa a dez anos cai 4,5 pontos base, para 0,330% (quando as yields caem, o preço das obrigações no mercado secundário sobe).

(Notícia atualizada pela última vez às 8h41)

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Portugal terá quase 58 mil milhões de euros em fundos para executar nos próximos dez anos

O acordo histórico sobre o Fundo de Recuperação e o novo quadro plurianual "dão" a Portugal quase 58 mil milhões de euros, a executar ao longo dos próximos dez anos, disse António Costa.

O Fundo de Recuperação aprovado na madrugada desta terça-feira pelo Conselho Europeu disponibiliza a Portugal uma verba superior a 15 mil milhões de euros em subsídios a fundo perdido e mais de 10 mil milhões em empréstimos, explicou o primeiro-ministro português à saída da cimeira. Em conjunto com o novo quadro plurianual, Portugal terá quase 58 mil milhões de euros de fundos comunitários para executar ao longo dos próximos dez anos.

“Entre aquilo que são as verbas disponibilizadas pelo próximo quadro financeiro plurianual e as verbas mobilizadas a partir do programa de recuperação, Portugal terá disponíveis um total de 45,08 mil milhões de euros. 15,266 mil milhões de euros em subvenções e o acesso a 10,8 mil milhões de euros em empréstimos”, assegurou António Costa, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

Segundo o chefe do Governo português, “Portugal beneficia ainda de uma dotação suplementar de 300 milhões de euros para a política de coesão e de mais 300 milhões de euros para financiar o segundo pilar da Política Agrícola Comum”. Além disso, o primeiro-ministro falou ainda na “revisão do critério da intensidade da capitação relativa às regiões autónomas”, estando assegurados 35 milhões de euros “para o financiamento das regiões autónomas dos Açores e Madeira”.

“No conjunto, nestes dez anos, Portugal terá para executar um total de 57,9 mil milhões de euros. Obviamente, é um enorme desafio”, reconheceu António Costa, sinalizando que o país terá de executar fundos a uma média de 6.000 milhões de euros por ano quando, historicamente, a média ronda os 2.000 milhões a 3.000 milhões de euros anuais.

Assim, os 45,085 mil milhões correspondem à soma das parcelas alocadas ao país tanto pela via do quadro plurianual como pela via do fundo “Próxima Geração UE”. Concretamente dos 750 mil milhões do fundo de recuperação, Portugal tem acesso a 15,266 mil milhões em subsídios a fundo perdido e 10,8 mil milhões em empréstimos, beneficiando ainda de uma dotação de 300 milhões de euros para a coesão e outros 300 milhões para a PAC, mais um aumento de 35 milhões no financiamento das regiões autónomas.

Os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia fecharam esta terça-feira um acordo histórico que contempla um Fundo de Recuperação para fazer face à crise provocada pela pandemia da Covid-19, no valor de 750 mil milhões de euros, dos quais 390 mil milhões em subvenções e 360 mil milhões em empréstimos. O acordo foi fechado num plenário que arrancou às 5h15 de Bruxelas (menos uma hora em Lisboa) e que abrangeu ainda o novo orçamento para os próximos sete anos, no montante de 1,074 biliões de euros. Ainda terá de ser ratificado no Parlamento Europeu.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h05)

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