MDS compra maioria do capital da RS Reinsurance Solutions

  • ECO Seguros
  • 18 Julho 2020

O maior grupo de corretagem em Portugal adquiriu 66,67% do capital da RS - Reinsurance Solutions, mediadora de resseguros que permite mais que duplicar o seu volume de prémios nessa área.

O grupo MDS adquiriu 66,67% do capital da RS – Reinsurance Solutions, corretora de resseguros com sede em Lisboa e que, em 2019, emitiu prémios de cerca de 18 milhões de euros. A MDS já detém a MDS Reinsurance Solutions que apresenta soluções de corretagem de resseguro, operando em Portugal, África e Brasil, desenvolvendo igualmente serviços de consultoria de seguros e que emitido prémios no valor de cerca de 14 milhões de euros em 2019.

A RS – Reinsurance Solutions, sociedade corretora de resseguros Não Vida e Vida, teve a sua origem em 1993 através de parceria entre os ingleses do Grupo Heath, mais tarde Heath Lambert e o Grupo Amorim, tendo sido designada Heath & Amorim. Em 2004 foi adquirida em MBO pelos seus gestores, após o final da aliança entre ingleses e Grupo Amorim.

O Grupo MDS, liderado por José Manuel Dias da Fonseca, afirmou a ECOseguros que “vai integrar toda a equipa da Reinsurance Solutions, nomeadamente a sua equipa de gestão”, acrescentando que “de momento, a MDS Re e a RS estão a atuar em conjunto, mas está a ser equacionada a utilização da marca RS no futuro”.

A corretora parcialmente adquirida define-se “pelo facto de não termos acionistas externos, nem ligações a qualquer grupo que nos reduza a autonomia profissional, permite-nos atuar sem condicionalismo e com independência total em prol dos reais interesses dos clientes”. Já a MDS é controlada pelo Grupo SONAE e pelo grupo brasileiro Suzano.

A RS, cujo valor de avaliação para esta negócio não foi divulgado, tem atividades diversas como tratados de resseguro, desenho de programas para grandes empresas, resseguro facultativo, produtos nicho, D&O, seguro decenal, seguros de engenharia, responsabilidade civil profissional, terrorismo e supply chain risk.

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Negócio da cerveja continua a fermentar na Hoppy House Brewing

O negócio da cerveja caiu nos últimos meses, mas não impediu a startup de continuar a trabalhar e a inovar no desenvolvimento das Cervejas Artesanais em Portugal.

A Hoppy House Brewing ainda não tem o negócio a fermentar a 100%, o que deverá acontecer nos próximos meses, mas mesmo em tempos de pandemia continuou a trabalhar e a inspirar-se na criação de novos produtos.

http://videos.sapo.pt/HCYTaCdhIAqymgfBVrdj

A startup que se dedica totalmente ao desenvolvimento das Cervejas Artesanais em Portugal, sendo responsável pelo relançamento das históricas cervejas de Coimbra Topázio e Onyx, reforçou recentemente o seu portefólio com o lançamento da Lagunitas e da Trindade. Prova de que mesmo em tempos difíceis, a inovação pode ser uma aliada no acelerar de mudanças positivas nos negócios.

Com uma equipa de gestão independente, a Hoppy House Brewing tem a autonomia e agilidade necessárias para conseguir atingir a sua missão: contribuir para o desenvolvimento do segmento de cerveja artesanal em Portugal, como explica em entrevista o diretor do projeto Francisco Ramos.

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Diretora-geral do FMI pede mais ação para a recuperação económica

  • Lusa
  • 18 Julho 2020

"À medida que entramos na próxima fase da crise, uma ação de políticas mais aprofundada será necessária, bem como o aumento da cooperação internacional", disse Kristalina Georgieva.

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, pediu este sábado mais ação para fomentar a recuperação económica pós-pandemia, após uma reunião virtual com ministros das Finanças e governadores dos Bancos Centrais do G20.

À medida que entramos na próxima fase da crise, uma ação de políticas mais aprofundada será necessária, bem como o aumento da cooperação internacional. O plano de ação do G20 é chave para este esforço”, disse Kristalina Georgieva, no final da reunião com os responsáveis do bloco de 19 economias e da União Europeia, segundo uma nota de imprensa do FMI divulgada.

A diretora-geral do FMI realçou que devido ao impacto continuado da pandemia, “a economia mundial depara-se com uma recessão profunda este ano, com uma recuperação parcial e desequilibrada em 2021”. De acordo com a responsável, durante a reunião foi referido pelo FMI que para continuar o apoio aos países e evitar mais problemas — “particularmente ondas de bancarrotas, riscos à estabilidade financeira, desemprego alto e aumento das desigualdades” — o foco deverá estar em quatro pontos, que vão desde a saúde ao apoio aos países mais vulneráveis.

Primeiro, a resposta da saúde pública permanece a principal prioridade para proteger as pessoas, os empregos, e a atividade económica. Pelo mundo fora, os países implementaram medidas excecionais para apoiar indivíduos e trabalhadores. Estas linhas devem ser mantidas tanto quanto for necessário e, em alguns casos, expandidas”, referiu Kristalina Georgieva.

A líder do FMI destacou ainda que “o apoio das políticas orçamentais e monetárias deverão continuar até que seja possível uma saída segura e durável da crise”, alertando que “uma retirada prematura desse apoio poderia ‘desencarrilhar’ a recuperação e causar mais custos”.

Em terceiro lugar, a economista búlgara afirmou que “as políticas têm de preparar e apoiar mudanças transformadoras, dado que alguns setores podem encolher permanentemente, ao passo que outros — como os serviços digitais — se vão expandir”, algo que “vai requerer proteção social adequada, formação e assistência à procura de emprego para os trabalhadores”.

Por último, a chefe do FMI disse que os países se devem “unir para ajudar as economias mais pobres e vulneráveis, especialmente aquelas que têm uma dívida alta ou estão dependentes de setores fortemente atingidos” pela pandemia. “A Iniciativa de Suspensão do Serviço de Dívida (DSSI) do G20 foi louvável e espero que essa consideração será dada numa extensão. Adicionalmente, para a tornar ainda mais eficaz, deve ser fortemente promovida uma maior participação do setor privado e maior transparência”, realçou Georgieva.

A diretora-geral afirmou ainda que “é necessário preencher lacunas na arquitetura da dívida internacional e pensar mais acerca de alívios de dívida abrangentes para vários países”, manifestando o apoio do FMI a tais medidas.

Kristalina Georgieva considerou ainda que a crise poderá ser usada como uma “oportunidade para construir um futuro melhor para toda a gente”, ao maximizar “o potencial da economia digital”, “promover o investimento ‘verde’ [ecológico] para combater as alterações climáticas com fomento de emprego” ou “investir no capital humano para construir uma economia mais inclusiva”. “Continuaremos a apoiar os nossos países incansavelmente”, vincou a responsável.

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Consultas bilaterais de Charles Michel prosseguem com Macron, Merkel e Rutte

  • Lusa
  • 18 Julho 2020

O presidente do Conselho Europeu continua a promover consultas à margem da cimeira de líderes, tentando agora obter apoio de Angela Merkel, Emmanuel Macron e Mark Rutte.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, continua a promover consultas à margem da cimeira de líderes, em Bruxelas, tentando agora obter apoio da chanceler alemã, Angela Merkel, do Presidente francês, Emmanuel Macron, e do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

Com a reunião plenária do Conselho Europeu — dedicado ao plano de relançamento económico da União Europeia (UE) após a crise –, interrompida desde a hora de almoço para consultas bilaterais, Charles Michel tenta agora, por um lado, obter apoio daqueles que são os dois líderes com mais peso e vistos como “mediadores” (Angela Merkel e Emmanuel Macron), e por outro amenizar as reticências do mais cético entre os 27 (Mark Rutte).

“As negociações sobre o Quadro Financeiro Plurianual e o Fundo de Recuperação continuam a decorrer”, informou o porta-voz do Conselho Europeu, Barend Leyts, através do Twitter, naquela que tem sido a forma utilizada para dar informações oficiais à imprensa. A acompanhar a mensagem estão duas fotografias: da reunião de Michel com Merkel e Macron e do seu encontro com Rutte.

Mas foi logo ao início da tarde que decorreu a primeira ronda de consultas, com um almoço de trabalho entre Charles Michel e líderes de 11 países, entre os quais o primeiro-ministro português, António Costa.

Nessa primeira ronda, Costa esteve acompanhado dos seus homólogos do sul da Europa (Espanha, Itália e Grécia), sentados à mesma mesa que os chamados países “frugais” (Países Baixos, Áustria, Suécia, Dinamarca e Finlândia), numa óbvia tentativa de aproximar posições entre os Estados-membros que mais reclamam um pacote anticrise ambicioso e aqueles que defendem cortes e condicionalidades nos apoios. Merkel e Macron também participaram nesta primeira ronda.

Seguiram-se, depois, dois encontros bilaterais, com Charles Michel a ouvir os primeiros-ministros da Polónia, Mateusz Morawiecki, e da Hungria, Viktor Orbán, dois países que estão contra condicionalidade das ajudas ao respeito pelo Estado de Direito, desde logo por terem abertos contra si procedimentos por supostas violações nesta matéria.

Com a temperatura amena em Bruxelas, Charles Michel tem promovido estes encontros num terraço no edifício do Conselho Europeu, como comprovam imagens divulgadas pelo seu porta-voz. Retomada hoje cerca das 11h30 locais (10h30 de Lisboa), a cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE, iniciada na manhã de sexta-feira, foi interrompida cerca das 13h00 (12:00 de Lisboa), após apenas hora e meia de discussões a 27.

De acordo com fontes europeias, Charles Michel colocou hoje de manhã sobre a mesa uma proposta revista do plano de relançamento, e uma das alterações mais relevantes prende-se com o Fundo de Recuperação, com o novo documento a manter o seu montante global em 750 mil milhões de euros, mas prevendo que a proporção de subsídios a fundo perdido seja reduzida de 500 para 450 mil milhões, elevando assim a de empréstimos de 250 para 300 mil milhões.

Também numa tentativa de receber a aprovação dos “frugais”, designadamente dos Países Baixos, a proposta contempla igualmente um “mecanismo travão” na governação do Fundo, estipulando a possibilidade de, em situações excecionais, um Estado-membro poder levantar dúvidas sobre determinado pagamento e levar a questão a discussão no Conselho.

Depois de um primeiro dia de trabalhos que não permitiu grande avanço nas negociações, a cimeira foi retomada hoje a meio da manhã, mas ainda não é visível ‘luz ao fundo do túnel’ para um compromisso em torno do Quadro Financeiro Plurianual da UE para os próximos sete anos e o Fundo de Recuperação, as duas bases do plano de relançamento da economia europeia para superar a crise, que em conjunto atingem os 1,8 biliões de euros.

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Governo reforça para 18 milhões apoios à crise no setor dos vinhos. Agricultores saúdam decisão

  • Lusa
  • 18 Julho 2020

O Governo vai reforçar para 18 milhões de euros o pacote de medidas de apoio à crise no setor dos vinhos, causada pela pandemia.

O Governo vai reforçar para 18 milhões de euros o pacote de medidas de apoio à crise no setor dos vinhos, causada pela pandemia, anunciou este sábado em comunicado o Ministério da Agricultura. A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) saudou essa notícia.

Em comunicado, o gabinete da ministra Maria do Céu Antunes Albuquerque refere que, com este reforço, será possível passar de dez para 12 milhões de euros a dotação para a medida de destilação e de cinco para seis milhões de euros para o armazenamento. Na medida de destilação de crise, os valores passam de 0,40 euros/litro para 0,60 euros/litro no caso dos vinhos com denominação de origem e de 0,30 euros/litro para 0,45 euros/litro no caso dos vinhos com indicação geográfica.

Foi aprovado ainda uma majoração para regiões com viticultura em zona de montanha de 0,15 euros/litro e 0,20 euros/litro, respetivamente. Quanto à medida de armazenamento de vinho, o valor unitário duplica, passando de 0,08 euros dia/hectolitro (hl) para 0,16 euros dia/hl e o montante máximo por beneficiário de 7.500 euros para 15.000 euros.

Estas medidas integram-se no Programa Nacional de Apoio relativo ao Exercício Financeiro FEAGA (Fundo Europeu Agrícola de Garantia) de 2020. A titular da pasta da Agricultura anunciou também o reforço do valor da dotação da Reserva Qualitativa do Vinho do Porto, que passa agora para cinco milhões de euros. Este aumento de dotação será apresentado aos representantes da produção e do comércio no Conselho Interprofissional do IVDP (Instituto do Vinho do douro e Porto) pela ministra na terça-feira.

Este reforço das medidas excecionais de apoio ao setor dos vinhos decorre de uma reunião com os organismos do ministério, nomeadamente o IVV (Instituto da Vinha e do Vinho) e o IVDP, onde foi avaliado o resultado das medidas aprovadas pela portaria 148-A/2020 de 19 de junho, bem como o impacto da crise causada pela pandemia no setor vitivinícola.

Segundo a ministra da Agricultura, citada na nota, a tutela está atenta ao evoluir da situação com dados atualizados relativamente à situação de junho, aquando da apresentação da primeira proposta. “Este reforço agora apresentado vai no sentido de dar resposta que ajude a mitigar os efeitos desta crise. Pretende-se, assim, minimizar quebras e assegurar o rendimento dos viticultores”, refere.

No último Conselho de Ministros, foi aprovado um decreto-lei que revê a organização institucional do setor vitivinícola e o respetivo regime jurídico, bem como o regime de reconhecimento das organizações interprofissionais do setor vitivinícola e dos respetivos instrumentos de autorregulação. Maria do Céu Antunes Albuquerque vai também participar na segunda-feira em Bruxelas, no Conselho de Agricultura e Pescas onde vai propor a manutenção, para 2021, das medidas excecionais adotadas para atenuar os efeitos da pandemia.

CAP saúda reforço dos apoios ao setor

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) saudou o reforço dos apoios do Governo. “É com satisfação que a CAP regista o anúncio, hoje mesmo feito pelo Gabinete da Senhora Ministra da Agricultura, que foi aprovado o reforço do pacote de medidas de crise de apoio ao setor dos vinhos para 18 milhões de euros”, pode ler-se num comunicado de imprensa da CAP, divulgado este sábado.

“Para além das medidas de crise de apoio ao setor dos vinhos no contexto da destilação e armazenamento, é de destacar o reforço do valor da dotação da Reserva Qualitativa do Vinho do Porto, que de acordo com o anunciado pelo Gabinete da Ministra irá passar para 5 milhões de euros”, destaca também a CAP.

A confederação considera que as medidas “são necessárias e determinantes para mitigar o impacto da crise e representam um passo importante no apoio direto aos produtores num contexto exigente, que requer uma atuação firme e dedicada traduzida no incremento do apoio financeiro”.

No entanto, a CAP realça que o aumento das verbas “não soluciona por completo os constrangimentos de um setor com um peso importante no cabaz de produtos do setor agroalimentar”, considerando no entanto que “é um contributo relevante” numa altura de incerteza causada pela pandemia.

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Anselmo Crespo vai ser o novo Diretor de Informação da TVI. João Fernando Ramos sai da RTP para dirigir a TVI Porto

  • ECO
  • 18 Julho 2020

Os jornalistas Anselmo Crespo e João Fernando Ramos vão abandonar a TSF e RTP, respetivamente, e passar a fazer parte da TVI.

Depois do anúncio da saída de Cristina Ferreira da SIC, que volta em setembro para a TVI, a estação de Queluz de Baixo já começa a preparar mais remodelações. De acordo com o Público, o jornalista Anselmo Crespo, atual subdiretor da TSF, vai ser o novo Diretor de Informação da TVI. Além disso, o jornalista João Fernando Ramos vai abandonar a RTP para dirigir a TVI Porto.

Anselmo Crespo, com 40 anos, foi jornalista na SIC durante 12 anos e, em 2016, mudou-se para a TSF, onde acabou por assumir a cadeira de subdireção. O jornalista passa agora para a TVI como Diretor de Informação. Por sua vez, João Fernando Ramos, tem uma carreira toda ligada à RTP e prepara-se agora para entrar numa nova casa, para dirigir a TVI Porto. O Jornal Económico aponta o jornalista como possível Subdiretor de Informação.

O novo diretor-geral da TVI, Nuno Santos, deverá apresentar a estrutura completa do canal no início da próxima semana, diz o Público, que refere que a tutela da programação ficará com Nuno Santos, enquanto a Informação terá uma estrutura autónoma, embora na mesma sob a sua alçada. Na sequência do regresso de Cristina Ferreira à TVI, a partir de setembro esta ficará responsável pelo Entretenimento e Ficção.

Para além destas mudanças, foi também noticiada esta sexta-feira a entrada de Pedro Mourinho para a TVI, deixando para trás a SIC ao fim de 20 anos. “O futuro é excitante”, escreveu o pivôs nas redes sociais, citado pelo Jornal de Notícias.

(Notícia atualizada às 16h15 com mais informação)

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Piaget faz parceria com Huawei para formar alunos em tecnologias 5G

O Instituto Piaget fez um protocolo com a Huawei, para promover a certificação em competências digitais da tecnologia Huawei. A certificação é gratuita para os alunos e professores do instituto.

O Instituto Piaget e a Huawei, através da Huawei ICT Academy, formalizaram um protocolo para ajudar a formar alunos e profissionais em áreas tecnológicas Huawei, como o 5G, data science, big data, Internet of Things ou cloud computing. Qualquer pessoa pode procurar a certificação em tecnologias Huawei na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Piaget e será gratuita para professores e alunos do instituto.

O primeiro curso de certificação arrancou esta semana, no polo do Piaget de Almada, e em Viseu deverá começar em setembro. O objetivo desta parceria passa ainda por consolidar o projeto educativo na área tecnológica do Instituto Piaget e apostar nas novas indústrias 5G.

A Huawei ICT Academy, criada em 2013 para promover parcerias com instituições universitárias no âmbito do desenvolvimento e formação de talentos nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) que dessem resposta aos requisitos do mercado de trabalho. Atualmente, a ICT Academy está presente em 72 países de todos os continentes, com mais de 900 academias e abrange mais de 45.000 estudantes por ano.

A academia deu os primeiros passos fora da China em 2014, com a implementação de uma ICT Academy em Espanha, na Universidade de Alicante.

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“A Altice e a NOS começam a usar muito esta tecnologia e queremos diversificar a oferta tecnológica e sermos os primeiros a posicionar-nos no mercado“, conta à Pessoas, Ricardo Santos, diretor adjunto da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Piaget e coordenador do projeto.

Esta semana, o Governo britânico proibiu as empresas de telecomunicações britânicas de adquirirem novos equipamentos fabricados pela Huawei e lançou as bases para a expulsão total da empresa chinesa da rede 5G naquele país. As empresas do setor terão que desligar todos os equipamentos 5G da Huawei até 2027.

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Twitter revela manipulação a funcionários nos ataques informáticos

  • Lusa
  • 18 Julho 2020

A rede social revelou que "um pequeno número de funcionários" foi manipulado "com sucesso" pelos hackers que realizaram ataques informáticos a contas de políticos e empresários.

Os responsáveis pelo ataque informático às contas de celebridades e políticos no Twitter “manipularam com sucesso um pequeno número de funcionários”, revelou este sábado aquela rede social, que apresentou um pedido de desculpas aos utilizadores.

O Twitter explicou que, no total, os piratas informáticos visaram 130 contas e conseguiram invadir 45 delas, através do “uso de ferramentas acessíveis apenas às equipas de suporte”, segundo noticia a agência AFP.

Apesar do número relativamente baixo de afetados, face ao total de utilizadores — cerca de 330 milhões por mês e 166 milhões por dia –, entre as contas invadidas estavam líderes políticos como o candidato à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden e Barack Obama, e ainda grandes empresários como o fundador da Amazon, Jeff Bezos, o proprietário da Tesla, Elon Musk ou o fundador da Microsoft, Bill Gates.

A rede social Twitter reconheceu que o ataque provocou danos à sua reputação e mostrou-se ciente do golpe na confiança dos utilizadores. “Estamos envergonhados, dececionados e, sobretudo, lamentamos a situação. Sabemos que precisamos de recuperar a vossa confiança e vamos fazer todos os esforços para que os responsáveis sejam levados à justiça”, escreveu a rede social no seu blogue.

O objetivo dos piratas informáticos nesta ação foi ganhar dinheiro rapidamente, de acordo com o “modus operandi” demonstrado. As mensagens, rapidamente apagadas pelas contas visadas, convidavam os internautas a enviarem bitcoins para endereços específicos, prometendo enviar de volta o dobro dos valores transferidos. Segundo vários sites especializados que registam transações com bitcoins, mas que não permitem que os destinatários sejam identificados, foram transacionados cerca de 100 mil dólares.

O Twitter explicou hoje que, graças às ferramentas que tiveram acesso, os hackers conseguiram superar a barreira da autenticação de dois fatores que normalmente permite que uma conta seja protegida para além de uma senha simples. Este ataque informático, que está a ser investigado pelo FBI, abriu um debate sobre a segurança das plataformas das redes sociais, meses antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, previstas para novembro.

O debate tem ainda em consideração as possíveis consequências de um ataque à conta do Presidente Donald Trump, que utiliza regularmente aquela rede social para conduzir a sua governação e onde possui 83,5 milhões de seguidores. A rede social ainda não adiantou qualquer detalhe sobre os funcionários envolvidos no ataque informático, ou a identidade dos hackers.

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Depois de Berlim, Catalunha vai congelar preços das rendas em 60 cidades

A medida, que será aprovada ainda este verão, prevê congelar os preços dos novos contratos de arrendamento e reduzir o preço médio das renovações de contratos já assinados.

Depois de Berlim, também a Catalunha vai pôr travões aos preços praticados no mercado de arrendamento. De acordo com o Cinco Días (conteúdo em espanhol), as rendas vão ficar congeladas em até 60 municípios com mais de 20 mil habitantes, a maioria na área metropolitana de Barcelona.

A medida — proposta pelo Sindicat de Llogaters (sindicato dos inquilinos) e pelo Departamento de Justiça — vai ser aprovada ainda este verão e será aplicada nos novos contratos de arrendamento, mas também nas renovações. No primeiro caso, a ideia é estabelecer um valor máximo de renda, enquanto nos segundos a ideia é reduzir o preço médio das renovação dos contratos já assinados.

Uma vez aplicada, para que esta lei seja totalmente cumprida, será definida como infração grave quando o senhorio estabeleça “uma renda igual ou superior a 20% do valor máximo correspondente” ou quando não revelar ao inquilino que a habitação está sujeita a este regulamento.

De acordo com o Índice de Preços do Arrendamento, citado pelo jornal espanhol, a Catalunha é uma das regiões de Espanha com maior aumento na variação de preços das rendas entre 2015 e 2018: uma média de 14%, em linha com Madrid e as Ilhas Baleares.

A medida vai aplicar-se “às 60 cidades mais afetadas da Catalunha, num contexto de emergência habitacional, em que os preços do arrendamento aumentaram 30 vezes mais do que os salários na última década, o que leva as famílias a gastarem mais de 50% dos seus rendimentos para pagarem as rendas“, explica o porta-voz da União dos Llogaters, Jaime Palomera, referindo que esta medida vai abranger cerca de 70% da população catalã.

Contudo, como seria de esperar, esta é uma medida que não agrada a todos. A Asociación Española de Personal Shopper Inmobiliario (AEPSI) considera que o “efeito será o oposto ao desejado; ou seja, os preços do arrendamento não só não vão cair, como também subirão”. A associação acredita que a oferta de casas para arrendar “diminuirá principalmente por dois motivos: porque muitos proprietários irão retirar as suas casas do mercado dado que não podem obter os lucros desejados, e porque o investimento em novas casas para arrendar ficará paralisado”.

Ainda assim, esta medida prevê algumas exceções, como casos de grandes reabilitações e obras de melhoria. Além disso, as novas construções ficarão isentas deste congelamento nos primeiros três anos.

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Acusada de cartel, Meo vai “até às últimas consequências” para esclarecer a verdade

A Autoridade da Concorrência acusa a Meo e outras operadoras de cartel na publicidade da Google. A empresa garante que irá "até à última instância e últimas consequências" para esclarecer a verdade.

A Autoridade da Concorrência (AdC) acusou este sábado a Meo, Vodafone, Nos e Nowo de cartel na publicidade da Google e a Meo já refutou todas estas acusações. Em comunicado, a empresa diz-se inocente e garante que vai acionar todos os mecanismos de defesa para repor toda a verdade. E deixou ainda críticas à “forma como estes processos vêm a público”.

“A Meo confirma que foi ontem notificada desta nota de ilicitude da Autoridade da Concorrência (AdC). Convicta da sua inocência, no cumprimento da lei, a Meo irá dar resposta à notificação, refutando todas as acusações que lhe são dirigidas“, lê-se no comunicado enviado pela Altice/Meo.

A empresa diz ainda que vai recorrer a “todos os mecanismos de defesa que a ordem jurídica” confere e que irá “até à última instância e últimas consequências no esclarecimento de toda a verdade”.

No mesmo documento, a Altice/Meo deixa ainda duras críticas à forma de anúncio destas acusações. “Repudiamos veementemente a forma como estes processos vêm a público causando danos à imagem e bom nome das empresas”, refere.

“Por coerência deveria esta autoridade tornar público, com a mesma celeridade mediática que a caracteriza, do arquivamento por falta de fundamento neste mesmo inquérito que também visava a Altice Portugal, facto este que estamos convictos que acontecerá uma vez mais em relação à Meo no presente processo. Isto sim demonstraria coerência na comunicação pública”, remata.

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Marcas de luxo juntam-se para incentivar portugueses a regressarem à Avenida da Liberdade

Sob o mote “Um dia na Avenida”, 30 marcas de luxo unem-se "a uma só voz" para lançar a campanha #deVoltaàAvenida, convidando os portugueses a frequentarem a mais luxuosa artéria comercial do país.

Longe vão os tempos em que a Avenida da Liberdade, em Lisboa, se enchia de turistas e portugueses. A pandemia do novo coronavírus obrigou o comércio a fechar portas, originando prejuízos sem precedentes. Agora, lojas, hotéis, restaurantes e escritórios da principal artéria comercial do país juntam-se numa campanha conjunta para incentivar o regresso a este “centro comercial ao ar livre” e estimular a economia.

Sob o mote “Um dia na Avenida”, 30 marcas de luxo reúnem-se “a uma só voz” para lançar a campanha #deVoltaàAvenida, convidando os portugueses a frequentar os seus espaços, por forma a retomar o dinamismo da zona. No espaço de dois meses, esta é já a segunda iniciativa da Associação Passeio Público (APP), que, reúne um grupo de empresários, empreendedores e amigos da Avenida, para fazer face ao impacto económico da pandemia.

Se a primeira campanha lançada em maio se focava no regresso em segurança à Avenida da Liberdade, a segunda pretende demonstrar a versatilidade da luxuosa artéria portuguesa. “Cada retalhista está a fazer vídeos com pessoas que chamamos “normal people” (pessoas comuns, em português) que podem ser amigos, clientes, colaboradores ou outra pessoa qualquer que usufrui do dia-a-dia da Avenida. A ideia é cruzarmos o tipo de atividades e demonstrar o quão versátil e agradável é a vida na Avenida”, explica ao ECO David Kolinski, administrador da Boutique dos Relógios Plus.

Além da Tod’s, o grupo Brodheim é detentor de outras marcas conhecidas, como a Burberry, Furla, Guess ou Timberland,D.R.

Com a duração de uma semana, a campanha arrancou na segunda-feira dia 13 e termina a 20 de julho, sendo que os vídeos são publicados nos diversos canais digitais dos promotores. Para Lídia Simão, sales executive manager do grupo Brodheim (detentor das marcas Burberry, Furla, Guess, Timberland ou Tod’s), “esta iniciativa faz todo o sentido”, assim como a criação da APP, justificando as parecenças entre Avenida da Liberdade e Regent Street, em Londres, que “está de alguma forma organizada como centro comercial ao ar livre”.

Presente desde 1985 na Avenida da Liberdade, o grupo Brodheim “foi dos primeiros retalhistas em Portugal a apostar naquela avenida”, conta, orgulhosa, Lídia Simão. Contudo, a pandemia do novo coronavírus trocou as voltas ao negócio, já que vivia essencialmente de turistas. Com todas as lojas fechadas desde dia 19 de março, a estratégia virou-se “para manter o contacto com os clientes através de Whatsapp, telefone ou outras plataformas, como a parceria da Farfetch”. Contudo, a aposta no digital por parte dos clientes foi “residual” e “não chegou a compensar a perda a nível físico”, admite a responsável. Agora que as lojas já reabriram “as visitas de clientes estrangeiros não estão a zero”, mas são muito menores, refere Lídia Simão. “Neste momento o peso de nacionais deverá rondar eventualmente os 90% e 10% de estrangeiros. Antes entre entre 20% a 50% de nacionais, consoante a marca“, revela.

As visitas de clientes estrangeiros não estão a zero. Temos algumas visitas principalmente de europeus e também de estrangeiros residentes, mas a maior afluência tem sido por parte de nacionais”.

Lídia Simão

sales executive manager do Grupo Brodheim

A economia portuguesa é em grande parte impulsionada pelo turismo e a pandemia veio colocar um travão ao crescimento do setor. No ano passado, o setor valia 8,4% do Produto Interno Bruto (PIB) português e 20% das exportações nacionais, sendo que mais de 336 mil pessoas trabalhavam no turismo. Depois do mês “negro” de abril, marcado pelo confinamento, o mês do desconfinamento não foi muito melhor para o turismo. Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), atividade turística ficou “praticamente parada” em maio, registando-se quebras de mais de 90% nas dormidas e de perto da totalidade no que diz respeito aos proveitos do setor.

Estabelecimentos comerciais e lojas de marcas de luxo na Avenida da Liberdade - 17JUL20
Loja da Guess na Avenida da LiberdadeHugo Amaral/ECO

Nesse sentido, a recuperação ainda vai ser longa e, por enquanto, o setor adapta-se para incentivar os portugueses a saírem à rua, dado que ainda vários países têm restrições com Portugal. Apesar de a agitação das lojas não ser a mesma, Lídia Simão diz que “quem desconfiou tem mais vontade de comprar”, sendo por isso importante chamar cada vez mais clientes à Avenida. Além das habituais promoções, o grupo que detém a Burberry ou a Guess tomou outras medidas para incentivar o regresso às lojas, como a possibilidade de os clientes optarem por visitas exclusivas à porta fechada, sendo que estas são habitualmente feitas antes da hora de abertura ou depois do fecho e têm de ser antecipadamente marcadas.

“O cliente português está mais receoso agora. Vivemos tempos de incerteza”

Também para a Rosa & Teixeira, situada no número 204 da Avenida da Liberdade, “os tempos não são fáceis”, sublinha ao ECO Pedro Castro, um dos administradores da marca de vestuário masculino. Presente há mais de 40 anos nesta artéria lisboeta, a loja perdeu “quase todas vendas aos turistas”, já que o turismo é “praticamente diminuto”, sublinha o responsável. Contudo, apesar de “o impacto ser muito significativo” talvez esta marca tenha uma “vantagem” em relação às restantes, uma vez que a “maior parte da clientela sempre foi portuguesa”, aponta. Se antes da pandemia 30% dos clientes eram turistas, agora é os clientes são quase todos nacionais.

Com o espaço aberto desde 18 de maio, já que a loja tem mais de 400 metros quadrados, há menos frequência de clientes no estabelecimento e ao contrário do que acontece nas lojas do grupo Brodheim, o perfil do consumidor mudou. “O cliente português está mais receoso agora, vivemos tempos de incerteza. É verdade que temos vendido, essencialmente a clientes portugueses, mas o grau de compra não é o mesmo que havia antes da Covid-19″, aponta. Esta opinião é partilhada por David Kolinski, administrador da Boutique dos Relógios Plus e responsável pela loja Omega, que diz não sentir “que as pessoas gastem mais dinheiro “, mas sim que os clientes “estão mais criteriosos” na compra. “As pessoas estão a consumir consoante a credibilidade da marca e isso tem muito mais influência do que antes”, explica.

Segundo David Kolinski, administrador da Boutique dos Relógios Plus, os clientes estão “mais criteriosos” nas suas compras.D.R.

Assim, apesar das dificuldades decorrentes da pandemia, nem a gerência da Rosa & Teixeira nem a Omega ponderam fazer promoções especiais para atraírem clientes. Se na marca de vestuário masculino haverá uma semana de descontos em agosto, como habitual, na relojoaria de luxo diz que dada “exclusividade da marca” a política da empresa não tem por hábito fazer descontos, preferindo apostar em “serviços adicionais”, como portes gratuitos para se diferenciarem.

“O desafio é gerir as incertezas que existem”

Com a maioria dos aviões em terra e as deslocações terrestres limitadas, a hotelaria foi também uma das indústrias mais afetadas pela pandemia. Em Portugal, o setor “começou a ressentir-se em fevereiro e a partir de março já estávamos numa situação ao mesmo nível que estava a acontecer em Itália e Espanha”, explica ao ECO Miguel Garcia, diretor-geral do Tivoli Avenida da Liberdade e diretor regional de operações do grupo. Entre março e maio, cerca de 90% dos hotéis aderiram ao lay-off e 40% às linhas de financiamento do Governo, segundo o inquérito mais recente da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP). As estimativas do setor apontam ainda para quebras de até 90% das receitas na totalidade do ano, o equivalente a uma perda superior a três mil milhões de euros.

Estabelecimentos comerciais e lojas de marcas de luxo na Avenida da Liberdade - 17JUL20
Hotel Tivoli na Avenida da LiberdadeHugo Amaral/ECO

Nesse sentido, com três hotéis na Avenida da Liberdade, — o Tivoli Avenida, AVANI Avenida Liberdade Lisbon e NH Collection –, para o responsável o desafio “é gerir as incertezas que existem”. Por isso, o grupo decidiu abrir os espaços de forma faseada, sendo que o NH Collection reabriu no início de junho, o Tivoli da Avenida da Liberdade vai reabrir no final deste mês” e a reabertura do AVANI vai depender “do que acontecer no mês de agosto”.

“Temos alguma expectativa com a vinda da Champions em agosto. Vamos ver o que virá. Estamos a gerir semana a semana as perspetivas e elas podem mudar rapidamente.”

Miguel Garcia

diretor-geral do Tivoli Avenida da Liberdade e diretor regional de operações do grupo Tivoli

A decisão é justificada pelo facto de existir “uma retoma progressiva” do turismo e “as fortes restrições” de circulação que vigoram em alguns países, como os Estados Unidos, Brasil e Reino Unido não abonam a favor, já que antes da pandemia eram os três principais mercados a apostarem no mercado português, segundo Miguel Garcia. Agora, ainda que a taxa de ocupação esteja “baixo do desejável”, o principal mercado do grupo são portugueses e espanhóis, dada a proximidade fronteiriça. “No ano passado, nesta altura estaríamos com uma taxa de ocupação acima dos 85%, agora estamos com uma taxa de ocupação de 50%, o que para as circunstâncias é bastante positivo”, aponta.

Para esta nova fase, o grupo está expectante com a vinda da Champions a Portugal, em agosto, sendo que a decisão de ter ou não público não foi tomada. Não obstante, seja qual for a decisão, a estratégia principal do Tivoli passa por transmitir confiança e segurança aos clientes, através, por exemplo, do selo Clean&Safe atribuídos pelo Turismo de Portugal a todos os seus espaços. Além disso, estabeleceram protocolos de segurança, bem como algumas campanhas para “incentivar o mercado interno”, já que “é o mercado com o qual podemos contar”, assinala o diretor-geral do Tivoli Avenida da Liberdade. “Temos uma campanha de verão que além de uma flexibilidade de cancelamento estamos a oferecer um desconto de 25% nas estadias“, destaca.

No topo do hotel Tivoli Avenida Liberdade fica o restaurante SeeN, uma parceira do grupo Tivoli com o Chef OliverD.R.

A posição relativa à importância de transmitir confiança aos clientes é partilhada pelo JNcQUOI, detido pelo Grupo Amorim, que refere que “os clientes reconhecem o esforço” das medidas de higiene implementadas pelo grupo. Com dois na Avenida da Liberdade — o JNcQUOI Asia e JNcQUOI Avenida –, as perspetivas para esta nova são positivas. “Estamos a ter casa cheia obviamente com os limites de imposição de espaço e temos a sorte de ter dois espaços ao ar livre. Já tínhamos o terraço do Asia, mas abrimos também uma esplanada do JNcQUOI Avenida“, assinala Rita Silvério Marques, general manager of fashion retail do Grupo Amorim.

Estabelecimentos comerciais e lojas de marcas de luxo na Avenida da Liberdade - 17JUL20
Pormenor da fachada do restaurante JNcQUOI AsiaHugo Amaral/ECO

 

Quanto à quebra de faturação no período em que estiveram encerrados, segundo a responsável, foi “obviamente muito relevante” já que tiveram “alguns dias sem nenhuma atividade”. Contudo, para fazer face a esta situação, o grupo reinventou-se e lançou no início de abril um serviço de take-a-way, que pretende “garantir que os clientes têm em casa a mesma qualidade de produtos dos restaurantes”, e por isso, “todos as refeições são préprontas e exigem a cozedura posterior”, explica. Apesar de o ritmo deste serviço ter diminuído ligeiramente com a reabertura dos restaurantes, Rita Silvério Marques não descarta ainda a possibilidade de o estender a outras zonas do país, já que por enquanto só funciona na Grande Lisboa.

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Mais duas mortes e 313 novos casos de Covid. 77% na região de Lisboa e Vale do Tejo

  • ECO
  • 18 Julho 2020

Aumentou para 48.390 o número de casos de infetados com coronavírus no país. Até ao momento, registam-se 1.684 mortes e 33.153 pessoas recuperadas da doença.

Há 313 novos casos de coronavírus face a esta sexta-feira, elevando para 48.390 o número total de pessoas infetadas com a doença. A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a concentrar o maior número de novas infeções, com 77% do total. Até ao momento morreram 1.684 pessoas e contam-se 33.153 casos de recuperação.

Do número total de infetados, a maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que apenas 452 estão internados, dos quais 65 nos cuidados intensivos. Há 1.617 pessoas a aguardar resultados laboratoriais e mais de 35 mil sob vigilância das autoridades de saúde.

Desde que apareceu em Portugal, no início de março, o coronavírus já provocou a morte de 1.684 pessoas, duas das quais nas últimas 24 horas. Já quanto ao número de recuperados, está em 33.153.

Boletim epidemiológico de 18 de julho

Tal como se tem observado nos últimos dias, a região de Lisboa e Vale do Tejo concentra a maioria das novas infeções. Dos 313 novos casos registados nas últimas 24 horas, 241 foram nesta região: 77% do total do país.

Lisboa é a região com mais casos registados até ao momento (24.047 casos de infeção e 557 mortes), à frente do Norte (18.328 casos e 827 mortes), do Centro (4.354 casos e 251 mortes), do Algarve (780 casos e 15 mortes) e do Alentejo (627 casos e 19 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 153 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 101 pessoas infetadas.

(Notícia atualizada às 13h17 com mais informação)

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