16 Estados-membros registaram quebras superiores a 40% no turismo

16 países da União Europeia registaram quebras superiores a 40% na atividade turística por causa da pandemia, segundo o Eurostat.

Todos os Estados-membros registaram redução na atividade turística entre janeiro e abril deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, mas há quem tenha sofrido mais. Além de a dependência deste setor ser diferente para cada economia, os números do Eurostat mostram que 16 Estados-membros registaram uma quebra superior a 40%.

O intervalo das quebras vai desde a Áustria, com uma redução de apenas 26%, e a Croácia onde a atividade turística colapsou 70%, fazendo parte dos 16 Estados-membros (entre 25 Estados-membros para os quais há dados) que tiveram quebras superiores a 40%. Estes dados divulgados esta quinta-feira pelo gabinete de estatísticas europeu referem-se às estadias dos turistas em alojamentos turísticos.

Esta é a consequência direta das restrições às viagens implementadas a partir de março por causa do surto do novo coronavírus, que se torna “evidente quando se compara os dados do turismo de 2020 com os de 2019”, assinala o Eurostat. No conjunto da União Europeia, as estadias diminuíram 44% entre janeiro e abril, totalizando 353 milhões de noites.

A maior quebra registou-se em abril (-95%), mês em que praticamente não houve turismo na Europa, após março ter sido um mês misto (-62%) dado que em muitos países o confinamento só aconteceu na segunda quinzena.

Antes de a pandemia chegar ao território europeu, o turismo continuava a crescer na UE com crescimentos de 5% e 6% em janeiro e fevereiro, respetivamente.

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Dos parabéns de Costa, ao agradecimento a Medina e o convite a Bruno Nogueira. Foi assim a vitória do FC Porto nas redes sociais

  • Tiago Lopes
  • 16 Julho 2020

O FC Porto conquistou o 29º título de campeão de futebol da sua história. Nas redes sociais foram muitas as reações à conquista da formação treinada por Sérgio Conceição.

O FC Porto venceu o Sporting por 2-0, no Estádio do Dragão, e assegurou a conquista do 29º título de campeão de futebol e os preciosos milhões da Liga dos Campeões. Após o apito final foram muitas as reações nas redes sociais.

O primeiro-ministro António Costa deu os parabéns à equipa treinada por Sérgio Conceição, mas lembrou que apesar de o momento ser de festa, também é o momento para dar o exemplo e ter alguma contenção nos festejos devido à pandemia de Covid-19.

“Parabéns ao Futebol Clube do Porto, Presidente, equipa técnica, jogadores e adeptos pelo título de Campeão Nacional de futebol. Num campeonato tão atípico a vitoria não deve ser menos saboreada, mas cumprindo sempre as normas e recomendações da Direção-Geral da Saúde. Parabéns!”, escreveu António Costa no Twitter.

Iker Casillas também marcou presença no Dragão, onde celebrou a vitória do campeonato com os ex-companheiros em pleno relvado. No final do jogo o ex-guarda-redes do FC Porto registou o momento com um tweet.

Entre as várias reações ainda houve tempo para um “agradecimento” a Fernando Medina por pintar uma rua de Lisboa de azul. Uma brincadeira com a iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa de, depois da rua rosa, estar a pintar várias outras ruas de cores diferentes. A seguir virá uma rua verde, onde vive o primeiro-ministro.

Fora das redes, Pinto da Costa, em tom irónico criticou a ausência de adeptos do estádio e disse que quer Bruno Nogueira no próximo jogo em casa com o Moreirense.

“Adeptos mesmo não estando foram importantes, porque tudo o que se passou nestes dias, o acompanhamento nomeadamente dos Super desde o hotel, e percorrendo as ruas da cidade, foi um incentivo fantástico para toda a gente. E vou dar uma novidade. Espero que no próximo jogo aqui com o Moreirense já possamos ter gente, porque nós vamos fazer uma petição, à Liga e ao Governo”, começou por dizer o dirigente ao Porto Canal.

“Para apresentar um espetáculo com o Bruno Nogueira antes do jogo, vamos até convidar o Presidente da República, e assim, como vamos poder vamos ter gente para assistir ao Bruno Nogueira, talvez possam ficar no estádio para ver o jogo. Se o Bruno Nogueira não estiver disponível, fazemos uma tourada e já que as pessoas estão dentro, talvez possam assistir ao futebol“, concluiu.

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2,3 milhões de trabalhadores europeus em lay-off no primeiro trimestre

No primeiro trimestre de 2020, dois milhões de trabalhadores europeus foram colocados em lay-off face ao impato da pandemia de coronavírus na economia.

A pandemia de coronavírus fez tremer o mundo do trabalho. De acordo com os dados divulgados, esta quinta-feira, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o número de trabalhadores europeus em lay-off aumentou em dois milhões, entre o último trimestre de 2019 e os primeiro três meses de 2020. No total, 2,3 milhões de europeus estiveram ausentes do trabalho, entre janeiro e março, por essa razão.

O lay-off foi uma das principais ferramentas usadas pelo Executivo português para mitigar a escalada do desemprego, tendo sido mesmo lançada uma versão simplificada desse regime para os empregadores em crise face à pandemia de coronavírus. E Portugal não ficou sozinho nessa opção. Vários outros países da União Europeia usaram o lay-off para amortecer o impacto da crise pandémica no mercado de trabalho, como o Reino Unido, Espanha, França e Alemanha.

De acordo com a OCDE, entre janeiro e março, 2,3 milhões de europeus estiveram ausentes do seu trabalho por terem sido colocados temporariamente em lay-off. No final de 2019, havia 300 mil trabalhadores nessa situação. Ou seja, registou-se um salto de dois milhões de trabalhadores, no primeiro trimestre do ano. E nos Estados Unidos, 1,8 milhões de trabalhadores estavam em lay-off, em março. De acordo com os dados divulgados recentemente pelo Ministério do Trabalho português, por cá, mais de 850 mil pessoas foram colocadas neste regime.

Os dados divulgados, esta quinta-feira, pela OCDE indicam ainda que a taxa de emprego caiu, no conjunto dos 38 países, para 68,6%, menos 0,3 pontos percentuais do que no último trimestre de 2019. Esta é a primeira queda do emprego na OCDE desde 2013 e afetou particularmente os jovens.

Entre janeiro e março, a taxa de emprego nos Estados Unidos recuou 0,1 pontos percentuais para 68,5% e, em Portugal, caiu 0,5 pontos percentuais para 70,2%, face aos últimos três meses de 2019.

Estima-se, por outro lado, que no segundo trimestre do ano a redução do emprego tenha sido ainda mais significativa. Nos Estados Unidos, por exemplo, os dados já disponíveis sinalizam uma queda de quase nove pontos percentuais, com o número de pessoas empregadas em mínimos de 1998.

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Trabalhadores abrangidos pelo novo lay-off vão receber subsídio de Natal a 100%

Os trabalhadores que venham a ser abrangidos pelo sucessor do lay-off simplificado vão receber o subsídio de Natal por inteiro. Pagamento será feito com o apoio da Segurança Social.

Os trabalhadores que venham a ser abrangidos pelo novo apoio desenhado para suceder ao lay-off simplificado — e que, por isso, vejam os seus horários reduzidos — vão receber, ainda assim, o subsídio de Natal por inteiro. O documento apresentado aos parceiros sociais pelo Ministério do Trabalho, ao qual o ECO teve acesso, indica que os empregadores contarão com um apoio da Segurança Social para esse fim, além de avançar a configuração concreta desta nova medida.

A partir de agosto, o lay-off simplificado ficará disponível somente para as empresas cujas atividades permaneçam encerradas por imposição legal, como as discotecas. As restantes, terão à sua disposição três caminhos: ou retomam a normalidade da sua atividade; ou aderem ao lay-off tradicional; ou recorreram ao sucedâneo do lay-off simplificado, o chamado apoio à retoma progressiva.

Esse último mecanismo já não permitirá suspender os contratos de trabalho, mas possibilitará aos empregadores em crise reduzir os horários dos trabalhadores, em função da sua quebra de faturação.

De acordo com o Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) e com o documento distribuído, esta terça-feira, pelos parceiros sociais, entre agosto e setembro, as empresas com uma quebra igual ou superior a 40% (mas inferior a 60%), poderão reduzir os horários de trabalho em 50%. Já se a quebra de faturação for igual ou superior a 60%, será possível reduzir os horários em 70%. Por outro lado, entre outubro e dezembro, será possível aos empregadores fazer reduções horárias de 40% e 60%, respetivamente.

Em ambas as fases, as empresas ficarão encarregues de pagar a 100% as horas trabalhadas aos trabalhadores e a Segurança Social só comparticipará em 70% a fatia da remuneração correspondente às horas não trabalhadas que irá variar ao longo do resto ano. Assim, entre agosto e setembro, os trabalhadores receberão 66% dessas horas não trabalhadas (pagas, como referido, em 70% pelo Estado e 30% pela empresa), além das horas trabalhadas. Já entre outubro e dezembro, receberão 80% das horas não trabalhadas, além das horas trabalhadas.

O documento distribuído em sede de Concertação Social vai mais longe e revela, pela primeira, vez os limites previstos no âmbito do apoio à retoma progressiva: no mínimo dos mínimos, os trabalhadores receberão 635 euros (tal como já acontecia no lay-off simplificado e no lay-off tradicional); no máximo, receberão 1.905 euros, além das horas trabalhadas.

Além disso, o Executivo esclarece que, tal como nos referidos regimes de lay-off, os trabalhadores abrangidos por este novo apoio vão poder gozar férias, tendo direito ao subsídio de férias por inteiro, além de ao salário com os cortes mencionados.

O Governo acrescenta, no mesmo sentido, que esses trabalhadores também terão direito ao subsídio de Natal a 100%, prevendo-se que a Segurança Social ajude os empregadores nesse pagamento.

Segundo o documento já referido, a Segurança Social pagará às empresas para esse efeito metade da remuneração correspondente às horas não trabalhadas pelo trabalhador, nesse mês, ficando o empregador responsável por cobrir o restante montante devido como subsídio de férias, isto é, o correspondente a 100% das horas trabalhadas e a 50% das horas não trabalhadas.

“O trabalhador abrangido por redução do período normal de trabalho tem direito ao subsídio de Natal por inteiro, sendo este comparticipado pela Segurança Social em montante correspondente a metade da compensação retributiva e pelo empregador no restante, caso a data de pagamento do subsídio coincida com o período de aplicação do Apoio Extraordinário à Retoma Progressiva”, explica o Governo.

No documento apresentado aos parceiros sociais, é também salientado que os empregadores vão poder renovar mensalmente este novo apoio, até ao final de dezembro, ou seja, poderão beneficiar deste mecanismo por cinco meses. Esse prazo já tinha sido avançado no âmbito do Orçamento Suplementar, mas o Governo agora acrescenta um outro detalhe: a medida pode ser requerida em meses interpolados, isto é, não se exige que a aplicação seja necessariamente consecutiva.

No que diz respeito ao acesso a este novo apoio, fica agora claro que os empregadores terão de ter verificado uma quebra de faturação de, pelo menos, 40% face ao período homólogo. A decisão de adesão a este mecanismo terá, de resto, de ser comunicada, primeiro e por escrito, aos trabalhadores, indicando a empresa a percentagem da redução do período normal de trabalho por trabalhador e a duração previsível da aplicação da medida. Cumprida esta etapa, o requerimento deverá, depois, ser remetido através da Segurança Social Direta.

E tal como estava previsto lay-off simplificado e no lay-off tradicional, este apoio à retoma progressiva pode ainda ser complementado por um plano de formação aprovado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). A formação deverá acontecer dentro do período normal de trabalho, mas fora da prestação efetiva de trabalho, e garante uma bolsa de 131,64 euros (30% do Indexante dos Apoios Sociais), destinada em partes iguais ao empregador e ao trabalhador.

Outra semelhança aos referidos regimes é que os trabalhadores abrangidos pelo apoio à retoma progressiva que tenham outros empregos terão de o comunicar ao empregador, que informará a Segurança Social, podendo ser reduzido o apoio referente às horas não trabalhadas, a menos que o segundo emprego seja nestes setores: apoio social, saúde, produção alimentar, logística e distribuição.

De notar, por outro lado, que as empresas que optem por este apoio à retoma progressiva não podem beneficiar em simultâneo do lay-off tradicional, mas poderá fazê-lo findo o prazo de aplicação da medida.

O decreto-lei que fixará todas as regras do apoio à retoma progressiva deste regime está já na fase final, devendo ser publicado após a entrada em vigor do Orçamento Suplementar para 2020, já que é aí que consta a autorização legislativa para a criação deste regime.

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Excedente do comércio externo cai para metade em maio na Zona Euro

  • Lusa
  • 16 Julho 2020

As exportações de bens para o resto do mundo tiveram, em maio, uma quebra homóloga de 29,5% para os 143,3 mil milhões de euros e as importações recuaram 26,7% para os 133,9 mil milhões de euros.

O excedente do comércio externo de bens da zona euro recuou em maio para os 9,4 mil milhões de euros, face aos 20,7 mil milhões de euros homólogos, ainda devido ao impacto da covid-19, segundo o Eurostat.

De acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo gabinete estatístico europeu, em maio, o excedente do comércio internacional de bens caiu para os 9,4 mil milhões de euros, valor que se compara com os 20,7 mil milhões de euros do mês homólogo, apesar de as medidas de confinamento ligadas à pandemia da covid-19 terem começado a ser levantadas nesse mês.

Na zona euro, as exportações de bens para o resto do mundo tiveram, em maio, uma quebra homóloga de 29,5% para os 143,3 mil milhões de euros e as importações recuaram 26,7% para os 133,9 mil milhões de euros.

Na União Europeia (UE), o excedente da balança comercial externa de bens fixou-se nos 7,1 mil milhões de euros, menos de metade dos 18,6 mil milhões de euros contabilizados no mesmo mês de 2019.

As exportações de bens totalizaram os 129,8 mil milhões de euros, um recuo homólogo de 29,7%, e as importações chegaram aos 122,6 mil milhões de euros, menos 26,2% do que em maio de 2019.

O comércio entre os 19 países da moeda única estabeleceu-se nos 125,3 mil milhões de euros, tendo recuado 27,9% face a maio de 2019 e as compras e vendas de bens entre os 27 Estados-membros da UE diminuíram 27,3%, para os 195,7 mil milhões de euros.

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“Os fundos de recuperação não devem ser aprovados por unanimidade”, diz Gentiloni

Gentiloni considera que os fundos de recuperação não têm de ser aprovados por unanimidade e lembra que o dinheiro não é “um presente". Este deve ser usado para as “prioridades estratégicas” da UE.

Este fim de semana os líderes europeus vão tentar chegar a acordo sobre o Fundo de Recuperação europeu e o Quadro Financeiro Plurianual (QFP). O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, antecipa que não exista unanimidade na decisão sobre a alocação nacional do dinheiro do Fundo de Recuperação, pelo que é contra essa regra, e lembra que este não é “um presente” uma vez que deve ser utilizado para as “prioridades estratégicas” da União Europeia.

Em entrevista ao El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol), Gentiloni sublinha que o fundo de Recuperação “não é um fundo intergovernamental, nem uma ferramenta do Mecanismo Europeu de Estabilidade”, mas sim uma “ferramenta comum com dívida emitida pela Comissão Europeia”. Assim, vê a proposta do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, como “o limite extremo do papel que o Conselho pode ter e a redução do papel da Comissão. Ou seja, “os fundos de recuperação não devem ser aprovados por unanimidade”, como pedem alguns países que querem um poder de veto.

Antecipando algumas discórdias entre países, o antigo primeiro-ministro italiano lembra que o dinheiro não é “um presente” e que deve ser utilizado para as “prioridades estratégicas” da UE. Além disso, demonstra-se contra a exigência de alguns países, como a Holanda, que querem ter o direito de veto na alocação de verbas do Fundo de Recuperação.

Esta quarta-feira, a Comissão Europeia apresentou um plano para uma maior transparência fiscal na União Europeia (UE). Este anúncio coincidiu com a decisão do Tribunal de Justiça da UE que deu razão ao recurso apresentado pela Apple contra Bruxelas, que tinha forçado a Irlanda a cobrar 13,1 mil milhões de euros em impostos à tecnológica por considerar que este montante lhe era devido.

Questionado sobre a decisão, o comissário europeu considera que a relação desequilibrada entre lucros e impostos que a Apple paga “não é aceitável”, já que a empresa fundada por Steve Jobs teve lucros de 16.000 milhões de euros em 2011 e pagou 50 milhões de euros em impostos através da sua sede legal. Contudo, aponta que a sentença reforça “a necessidade de melhorar as regras tributárias”, tanto ao nível de um “planeamento tributário agressivo na UE”, como “na cobertura de serviços digitais”.

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Fundo de capital de risco “Transmissão e Alienação” já pode arrancar

O decreto-lei foi publicado hoje em Diário da República e amanhã entra em vigor para criar o fundo de capital de risco "Transmissão e Alienação", que será gerido pela Portugal Ventures.

O decreto-lei que cria o fundo de capital de risco “Transmissão e Alienação” foi publicado esta quinta-feira em Diário da República e entra em vigor esta sexta-feira, dando origem a este instrumento cujo objetivo é gerir de forma mais eficaz as participações de capital de risco em empresas.

O Estado quer beneficiar do “potencial de valorização” destas empresas, algumas delas de dimensão média, “com vista à sua alienação a curto prazo a investidores privados”. A gestão será feita pela Portugal Capital Ventures, que é participada maioritariamente pelo IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação).

A realização do capital deste novo fundo será feita “através da entrada das participações sociais que o IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, I.P. detenha ou venha a deter pela partilha dos ativos dos fundos em liquidação, assim como de liquidez acessória”, explica a versão simplificada do decreto-lei publicada no Diário da República.

Em causa estão participações que o IAPMEI detém através de vários fundos de capital de risco que foram criados no âmbito de quadros comunitários, que visavam “operacionalizar a vertente de instrumentos de engenharia financeira para apoio às pequenas e médias empresas”.

Acontece que alguns desses fundos de capital estão em liquidação, “o que tem como consequência a partilha das participações sociais das empresas detidas pelos fundos aos seus participantes”. Como a missão do IAPMEI não é gerir essas participações, é criado este novo fundo com a gestão da Portugal Ventures, mais vocacionada para este tipo de investimento.

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Airbnb volta a pôr IPO em cima da mesa

A plataforma de arrendamento de unidades hoteleiras pondera lançar uma Oferta Pública Inicial nos próximos meses. A confirmação foi dada pelo CEO do Airbnb.

O co-fundador e CEO do Airbnb, Brian Chesky, abre caminho a uma entrada no mercado bolsista norte-americano. A empresa estará a ponderar lançar um IPO nos próximos meses, dados os sinais de recuperação após o forte impacto da Covid-19 no arrendamento de alojamentos.

“Quando o mercado estiver pronto, estaremos prontos“, disse o CEO do Airbnb sobre uma possível entrada da empresa em Wall Street, num e-mail enviado aos funcionários da empresa na quarta-feira, citado pelo Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês). De acordo com o empresário, os preparativos para a abertura de capital deverão acontecer ainda este ano.

Esta semana, o Airbnb adiantou que está a começar a ver sinais animadores, dado que pela primeira desde que a pandemia teve início foram registadas mais de um milhão de reservas num só dia. Contudo, cerca de metade dessas reservas foram para casas com preços por noite abaixo dos 100 dólares (cerca de 87,59 euros). “O negócio ainda não recuperou, mas estamos a ver sinais encorajadores”, revelou a empresa num post do blog.

Para fazer face ao impacto económico do novo coronavírus, a plataforma de arrendamento de unidades hoteleiras online Airbnb anunciou o despedimento de cerca de 25% dos cerca de 7.500 funcionários da empresa em todo o mundo. Além disso, reduziu os investimentos que não estavam diretamente envolvidos no arrendamento de imóveis.

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Investimento em energias renováveis melhora vidas e gera empregos

  • Lusa
  • 16 Julho 2020

Além de apontar medidas que devem receber financiamento do próximo orçamento da UE o relatório dá sugestões para aumentar a ambição climática e indica outras que devem ser excluídas de financiamento.

Os fundos europeus investidos em energia renovável sustentável e eficiência energética podem melhorar a vida de milhões de pessoas e geram empregos, defende a Rede Europeia de Ação Climática (CAN Europe) num relatório divulgado esta quinta-feira.

A CAN Europe é uma coligação de organizações não-governamentais para o clima e energia e analisou as oportunidades dos fundos europeus nos Planos Nacionais de Energia e Clima (PNEC) de 14 países europeus para assegurar uma recuperação verde, no âmbito do Projeto LIFE Unify, que acompanha a execução dos PNEC de vários países da União Europeia (UE), incluindo Portugal.

O relatório, “EU Funds for a Green Recovery” (Fundos da UE para uma recuperação verde), e que foi também divulgado pela CEE Bankwatch Network, uma rede de organizações não-governamentais da Europa central e oriental, identifica propostas de investimento concretas, a propósito do Conselho Europeu desta semana.

Além de apontar medidas que devem receber financiamento do próximo orçamento da UE o relatório dá sugestões para aumentar a ambição climática e indica outras que devem ser excluídas de financiamento. O investimento nas renováveis e em sistemas de transporte de baixas emissões são as grandes sugestões do documento para estimular uma economia que seja sustentável. E como medidas prejudiciais nos PNEC estão as que se relacionam com apoios à utilização de combustíveis fósseis.

“O relatório recomenda que os Estados-Membros direcionem os seus planos de investimento futuros para a neutralidade climática e não gastem dinheiro com medidas prejudiciais, como desenvolvimento de novas infraestruturas de gás fóssil, exploração de recursos nacionais de combustíveis fósseis, uso de biomassa em sistemas de aquecimento de baixa eficiência e investimentos em fontes de energia não renováveis”, explica num comunicado a associação ambientalista portuguesa Zero, entidade parceira do projeto LIFE Unify.

Para Portugal, a Zero propõe que se promova a disseminação de produção distribuída de energia por fontes renováveis, autoconsumo e comunidades de energia, a reabilitação energética de edifícios, e mudanças nos transportes públicos.

O setor do transporte público “tem ainda diversas falhas no país, incluindo nos grandes centros urbanos onde, apesar de haver uma maior oferta, ainda não é completa e adequada para reduzir a utilização do transporte individual”, diz a Zero, considerando necessário “que o setor receba investimentos significativos para a melhoria do transporte público, incluindo mais ligações, opções multimodais e infraestruturas e qualidade de serviço melhorados, com particular destaque para a ferrovia que tem sofrido fortes desinvestimentos nas ligações que existiam no país”.

Markus Trilling, coordenador da política de finanças e subsídios da CAN Europe diz, citado no relatório, que o que os Estados-Membros colocarem nos seus planos orçamentais “definirá a resposta da UE às crises climáticas e económicas nos próximos 10 anos”, pelo que os líderes europeus “devem usar todo o potencial dos fundos da UE para impulsionar a ação climática e excluir o apoio aos combustíveis fósseis”.

O presidente da Zero, Francisco Ferreira, acrescenta que a aplicação dos fundos em benefício do ambiente “é também em benefício da sociedade não só pelo combate às alterações climáticas, mas também porque se está a melhorar a saúde das populações e a gerar mais emprego por todo o país, com uma consequente melhoria da sua qualidade de vida”.

Na sexta-feira e no sábado os líderes europeus vão reunir-se em Bruxelas para a reunião do Conselho Europeu para discutir o Plano de Recuperação e potencialmente concordar com o novo orçamento da UE a longo prazo (para o período 2021-2027).

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Famílias ricas engordam fortunas, apesar da crise pandémica

  • ECO
  • 16 Julho 2020

O impacto económico da pandemia não parou o aumento da riqueza dos indíviduos e famílias mais ricas do mundo. As fortunas engordaram ainda mais com a recuperação dos mercados financeiros.

Mais de dois terços das pessoas mais ricas do mundo registaram um aumento nas suas já vastas fortunas familiares, apesar do impacto económico da crise pandémica, segundo o jornal britânico The Guardian. Exemplo deste fenómeno é o homem mais rico do mundo, Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon, cuja fortuna aumentou 75 mil milhões de dólares desde o início do ano para os 189 mil milhões de euros.

De acordo com um relatório do banco suíço UBS, 77% das famílias mais ricas, cuja fortuna média era de 1,25 mil milhões de dólares, conseguiram manter os seus investimentos em linha ou acima dos seus objetivos num dos períodos mais voláteis dos mercados financeiros. Ao mesmo tempo, milhões de pessoas perderam os seus empregos e tiveram de recorrer às suas poupanças ou a apoios do Estado.

Para o chefe da unidade dos ultra-ricos no UBS, Josef Stadler, estas famílias têm a capacidade de “gerir o risco como ninguém” uma vez que têm dinheiro suficiente para aguentar perdas temporárias de dinheiro. “Estes clientes ficam com uma grande dor de cabeça quando perdem uma oportunidade, não uma perda de curto prazo”, explicou ao Guardian, referindo que os mais ricos mantêm a sua estratégia “disciplinada” e não vendem as suas posições no mercado quando a volatilidade aumenta.

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Venda de carros na Europa trava queda para 24%

Após a quebra de 57% em maio, e depois de terem afundado 78% em abril, as vendas de automóveis voltaram a cair em junho, mas de forma bem menos expressiva.

Depois de um autêntico trambolhão nos últimos meses, em resultado das medidas de confinamento por causa da pandemia, as vendas de automóveis estão a recuperar nos mercados europeus. De acordo com dados da European Automobile Manufacturers’ Association (ACEA), registou-se uma quebra de 24% no último mês.

Após a quebra de 57% em maio, e depois de terem afundado 78% em abril, as vendas de automóveis voltaram a cair em junho, mas de forma bem menos expressiva, de acordo com dados citados pela Bloomberg (conteúdo em inglês/acesso condicionado). É um sinal de recuperação da indústria.

Este desempenho das vendas acompanha o comportamento da economia da região, que se prepara para uma forte recessão provocada pela crise pandémica. A expectativa das fabricantes de automóveis de uma recuperação rápida das vendas está a esbater-se, recaindo a esperança na recuperação nos apoios que estão a ser anunciados pelos vários países à compra de veículos novos.

Apesar das perspetivas de que os subsídios possam atenuar o impacto nas vendas, várias fabricantes estão a avançar com planos de reestruturação que passam, invariavelmente, por despedimentos.

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FMI: Crise entrou em nova fase mas mundo “não está fora de perigo”

  • Lusa
  • 16 Julho 2020

"Ainda não estamos fora de perigo", escreveu Georgieva, alertando que uma segunda vaga global da doença poderá levar ao aumento de perturbações na atividade económica.

A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse esta quinta-feira que a crise provocada pela pandemia entrou numa nova fase, que exige flexibilidade para assegurar “uma recuperação sustentável e equitativa”, alertando que o mundo “não está fora de perigo”.

As declarações de Kristalina Georgieva foram feitas num texto publicado num blogue, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP), dias antes de uma reunião virtual do G20, presidida pela Arábia Saudita.

No texto, a responsável do FMI anunciou as prioridades: manter, “ou até mesmo alargar”, as medidas de proteção social, continuar a investir dinheiro público para estimular a economia e aproveitar esta “oportunidade única num século” para reconstruir um mundo “mais justo, mais verde, mais sustentável, mais inteligente e acima de tudo mais resistente”.

“Ainda não estamos fora de perigo”, escreveu Georgieva, alertando que uma segunda vaga global da doença poderá levar ao aumento de perturbações na atividade económica. Outros riscos incluem “valores de ativos distorcidos, preços voláteis de mercadorias, aumento do protecionismo e instabilidade política“, avisou.

A responsável da instituição financeira apontou, no entanto, sinais positivos, como os “avanços decisivos na investigação de vacinas e tratamentos [que] poderiam aumentar a confiança e a atividade económica“. A economista reconheceu ainda assim que “a incerteza” permanece “excecionalmente elevada”.

Os líderes do G20 vão reunir-se num contexto difícil, numa altura em a pandemia continua a progredir, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 24 de junho, quando publicou as previsões económicas mundiais, o FMI considerou que a recuperação será mais lenta do que o previsto.

As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o FMI a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 579 mil mortos e infetou mais de 13,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP). A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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