EDP vai vender mil milhões de euros em ações com desconto de 23%. Bancos garantem sucesso da operação

Aumento de capital exclusivo para acionistas e bancos subscritores está à espera da aprovação regulatória. Vai servir para financiar parcialmente a compra de uma empresa em Espanha.

A EDP vai realizar o primeiro aumento de capital desde 2004. Serão 1.020 milhões de euros em novas ações que poderão ser subscritas por acionistas ou investidores com direitos de subscrição. Mesmo que o desconto de 23% face ao preço atual da ação não seja suficiente para captar investidores, o sucesso será garantido pelos bancos.

“A transação da Viesgo será parcialmente financiada através de uma oferta pública de subscrição de 1.020 milhões de euros, um aumento de capital social com subscrição totalmente garantida até um máximo de 309.143.297 novas ações da EDP, representativas de um total de aproximadamente 8,45% do capital social da EDP, com subscrição reservada a acionistas no exercício dos seus direitos de preferência e outros investidores que adquiram direitos de subscrição”, anunciou a elétrica em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O preço de subscrição por cada nova ação é de 3,30 euros, o que representa um desconto de 23% face ao preço de fecho das ações esta quinta-feira: 4,37 euros.

Questionado numa conference call com analistas após o anúncio ao mercado sobre a perspetiva de subscrição, em especial pela China Three Gorges, o novo CEO Miguel Stilwell d’Andrade lembrou que não pode responder pelos acionistas, mas afirmou a CTG está presente no conselho de supervisão que já deu luz verde à operação. “Podem tirar daí as vossas conclusões”, disse aos analistas.

A emissão de ações foi aprovada esta quarta-feira por unanimidade pelo Conselho de Administração Executivo, no seguimento de autorização prévia do Conselho Geral de Supervisão a 16 de abril.

Mesmo que os acionistas não acompanhem a operação, o sucesso está garantido. Stilwell d’Andrade explicou que a EDP tem um acordo com um sindicato bancário para que subscrevam a totalidade das ações, caso a operação não tenha sucesso. BCP, J.P. Morgan, Morgan Stanley, BNP Paribas, Bank of America e Goldman Sachs são os underwriters.

Ainda não há, no entanto, data para a operação avançar. “A EDP tenciona iniciar a emissão de ações assim que seja possível, após receção da aprovação por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e publicação de um aviso para o exercício dos direitos de subscrição e de um prospeto, de acordo com a lei aplicável”, explicou a EDP no mesmo comunicado.

Até à conclusão do aumento de capital, a EDP não irá apresentar resultados trimestrais ao mercado. O CEO sinalizou, apesar disso, não esperar “surpresas” nesse campo.

EDP fechou a valer 4,37 euros por ação

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Falha de segurança em seguradora indiana expõe dados de 5 milhões de pessoas

  • ECO Seguros
  • 15 Julho 2020

A fuga de registos foi identificada por uma empresa norte-americana especialista na monitorização de eventos cibernéticos. Dados roubados estão à venda na Net inacessível a motores de pesquisa.

Um sinistro teve origem num erro de configuração no sistema informático da seguradora Religare Health Insurance Co, sediada em Nova Deli. A brecha que permitiu a violação de dados foi a porta de saída para cinco milhões de registos, incluindo dados de clientes (nomes, telefones, emails, informação sensível sobre as apólices). Detalhes sobre os agentes de seguros e dos empregados da companhia (como ID, endereços de IP de onde se fizeram acessos e passwords) também foram retirados dos sistemas da seguradora.

De acordo com o site indiano de tecnologia atualidade digital Inc42, o material está à venda na designada zona mais escura e ilícita do ciberespaço (deep web).

A Cyble, uma companhia norte-americana especialista em cibersegurança, assume que detetou a fuga e que a sua equipa de investigação já indexou os dados na sua plataforma de monitorização e notificação de violações (amibreached.com), aconselhando também os utilizadores preocupados com a ameaça de exposição de informação pessoal a registarem-se na plataforma e a avaliarem os riscos.

Citado pelo Inc42, Beenu Arora, fundador e CEO da Cyble, afirmou que “o subcontinente indiano enfrenta cada vez mais ameaças e fraudes cibernéticas de vários grupos e atores do crime cibernético”, incluindo fraudes relacionadas com formulários onde são vertidos os dados dos clientes (KYC). A informação exposta sobre este tipo de violação é suscetível de ser utilizada por cibercriminosos para levar a cabo atividades fraudulentas, incluindo roubos de identidade (por exemplo o phishing).

A mesma fonte referiu que o responsável pelo ataque à Religare Health Insurance é um pirata sul-coreano e indicou piratas sul-coreanos como estando bastante ativos na exploração de falhas em grandes empresas.

Arora adiantou ainda que caberá à companhia de seguros iniciar rapidamente uma investigação aos seus sistemas internos para avaliar danos e determinar o âmbito do ataque e executar imediatamente ações corretivas e de mitigação dos danos, procedendo também a uma notificação de violação de dados às partes afetadas pelo incidente.

A Religare Health Insurance (RHI), fundada em 2012, é parte do universo da Religare Enterprises Limited, uma holding cujas subsidiárias estendem os negócios à atividade de crédito e intermediação financeira. A seguradora tem como parceiros o Union Bank of India e o Corporation Bank.

Atualmente considerada a quarta mais competitiva do ramo (em indicadores como taxa de resolução e tempos de indemnização de sinistro), a RHI está entre as 18 maiores (por unidades de cobertura hospitalar) e opera mais de mil agências e oferece soluções de seguro a particulares e empresas, assegurando o acesso a cerca de 7 000 estabelecimentos hospitalares e de saúde na Índia.

Na Índia, segundo país do mundo em população (1,3 mil milhões de habitantes), a penetração de seguros é considerada baixa. Os planos privados de saúde cobrem menos de 20% da população residente em áreas urbanas e cerca de 15% no meio rural.

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Medicare começa a oferecer experiências de bem-estar e entretenimento

  • ECO Seguros
  • 15 Julho 2020

As mensalidades dos clientes com cartões de saúde da gama Platinium valem pontos que podem ser convertidos em descontos para experiências de bem-estar ou entretenimento.

A Medicare, prestadora de serviços de saúde, anunciou o lançamento de uma plataforma inovadora, em parceria com a TLC Marketing, “para gestão do seu Programa de Fidelização, baseado na oferta de experiências”.

No novo programa, “tudo o que o cliente investe na respetiva saúde e proteção da família, através das mensalidades dos Planos de Saúde Platinium da Medicare, pode ser trocado por experiências, atividades de lazer e descontos em coisas úteis para uma vida melhor”.

Citado num comunicado, David Legrant, CEO da Medicare, sublinha que o programa, aliado à construção da plataforma fruto da parceria com a TLC, “é mais uma forma inovadora que a Medicare encontrou para acrescentar valor aos Planos de Saúde que oferece. Além disso, optámos por este programa porque se enquadra na visão que temos de que a saúde exige uma abordagem holística, mas também porque é uma forma de premiarmos os nossos clientes, acrescentando aos serviços de saúde, momentos de lazer e bem-estar, que são igualmente importantes.”

A Medicare explica que o programa “é simples e sem custos adicionais”. Por cada mensalidade, o cliente da empresa gestora de planos de saúde “acumula pontos que poderá trocar por ofertas e descontos.”

Para usufruir da iniciativa, o cliente deve aceder à plataforma, criar uma conta e fazer login para começar a utilizar os respetivos pontos e trocá-los por “centenas de ofertas em todo o país”, como, por exemplo, massagens, hotéis, restaurantes, teatro, ginásios e atividades na natureza.

O acesso à plataforma pode ser feito através do computador ou da aplicações móveis onde o titular do cartão pode consultar os pontos acumulados e utilizá-los de imediato.

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Zurich torna promessa do golfe português embaixador da marca

  • ECO Seguros
  • 15 Julho 2020

Tomás Bessa, uma das promessas do golfe em Portugal e ao nível internacional, tornou-se embaixador da marca global de seguros e patrocinadora da modalidade.

A Zurich tem o histórico de patrocinar grandes nomes do golfe mundial e ter o meu nome associado a esta grande empresa é uma honra para mim. Uma vez que tenho como objetivo atingir o principal circuito Europeu, o European Tour, a parceria com a Zurich Portugal é um passo fundamental para a projeção da minha carreira internacional. Tudo farei para representar a Zurich ao mais alto nível”, destaca Tomás Bessa num comunicado da companhia suíça.

Apoiar o percurso e sucesso do Tomás é para nós um privilégio. Contar com o Tomás como nosso embaixador é uma forma de envolver os nossos colaboradores, parceiros de negócio e clientes em experiências únicas com a marca Zurich e reforçar a nossa relação de proximidade com os apaixonados por este desporto”, refere Artur Lucas, Diretor de Marketing e Comunicação da Zurich Portugal.

O golfista passa a ser também embaixador da marca nos eventos de golfe desenvolvidos ou patrocinados pela Zurich Portugal e vai ainda dinamizar clínicas de golfe direcionadas a colaboradores, parceiros de negócio e clientes da Zurich.

Depois de uma carreira de sucesso como amador, representado a seleção nacional inúmeras vezes, Tomás Bessa joga como profissional desde 2017, tendo começado a competir no Portugal Masters, torneio do European Tour, em setembro desse ano e, em 2018, conquistou o primeiro título no Open da Final do Circuito PT Empresas, um torneio do circuito internacional.

O ano de 2019 foi de afirmação para Tomás Bessa, alcançou o estatuto para jogar em alguns torneios do Alps Tour (terceiras divisões europeias), venceu o 1.º Penina Classic, conquistou o título no Copa Suíça Open, torneio patrocinado pela Zurich Portugal que nesse ano inaugurou o PGA Portugal Tour e venceu o 2.º Penina Classic, torneio que inaugurou o 3.º Swing do Portugal Pro Golf Tour de 2018/2019.

Em 2020 obteve o cartão de membro do Alps Tour e vai igualmente marcar presença no Challenge Tour.

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Nova Delta instala 870 painéis solares em Campo Maior

Os painéis solares vão permitir uma autonomia energética na ordem dos 8% e uma redução superior a cem toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano.

A Nova Delta, da marca Delta Cafés, quer ser mais sustentável e acabou de instalar 870 painéis fotovoltaicos em Campo Maior. O projeto conta com uma potência de 301 kWp e vai permitir uma produção energética anual de 444 MWh, o equivalente ao consumo anual de energia de 127 habitações.

Este investimento vai contribuir para reduzir o peso da fatura da eletricidade ao permitir uma autonomia energética na ordem dos 8% e uma redução anual de 111 toneladas de dióxido de carbono (CO2).

“Uma das nossas principais responsabilidades é assegurar a rentabilidade económica, reduzindo o impacto ambiental e maximizando o impacto social positivo. Por isso, acreditamos que este projeto / investimento se insere na visão da empresa na área da sustentabilidade, já que nos permite reduzir a nossa pegada ambiental através da utilização de energia limpa”, salienta João Manuel Nabeiro, administrador do grupo Nabeiro, em comunicado.

Os painéis foram instalados pela Engie Hemera num terreno próximo à Nova Delta. Para o diretor geral da empresa de energia, Duarte Caro de Sousa, as soluções de autoconsumo são cada vez mais procuradas pelas empresas porque “são um investimento com retorno”. “Estamos muito satisfeitos pela oportunidade de trabalhar com a Nova Delta e contribuir para melhorar o impacto ambiental da sua atividade”, conclui.

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Quer compras da Auchan? A Glovo vai buscar

As lojas da Auchan vão passar a usufruir do serviço de entregas ao domicilio da Glovo e as entregas demoram no máximo uma hora.

A Auchan vai contar com o apoio da Glovo para entregar, a partir de agora, produtos online selecionados pela cadeia de supermercados. As entregas são feitas num raio de oito quilómetros em torno de cada loja Auchan e as entregues demoram no máximo uma hora.

“Num mundo onde as experiências digitais ganham cada vez maior importância e onde o cliente exige conveniência e imediatismo nas respostas, a parceria com a Glovo vem alimentar aquela que já é uma prática integrante no hábito de compra do consumidor de hoje e à qual a Auchan não poderia deixar de dar resposta”, refere Pedro Cid, diretor geral da Auchan Retail Portugal, em comunicado.

A pandemia de Covid-19 tem feito despoletar vários projetos digitais em resposta à crise sanitária. A Auchan desenvolveu testes em maio do ano passado em 20 lojas na Ucrânia, e em abril deste ano, em Portugal na loja de Alfragide. Face ao bom desempenho dos testes, a Auchan e a Glovo decidiram oficializar uma parceria estratégica com foco, inicialmente, em quatros países da Europa: Espanha, Polónia e Ucrânia, incluindo Portugal.

Com esta parceria, portugueses, espanhóis, polacos e ucranianos podem encomendar produtos online da Auchan através da aplicação da Glovo. As duas empresas avaliam a possibilidade de estender a sua parceria a outros países durante o verão, de acordo com o comunicado enviado.

“Tanto em Portugal como a nível internacional, sabendo da importância da categoria de supermercado, sobretudo nesta fase de pandemia, queremos levar a casa tudo aquilo que faz falta, assim como as marcas preferidas de quem recorre à nossa plataforma, sem que haja necessidade de deslocações e com o compromisso de entregar em apenas uma hora”, explica Ricardo Batista, country manager da Glovo em Portugal.

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“Vejo um grande futuro à nossa frente”, diz Miguel Stilwell, CEO interino da EDP

Miguel Stilwell d'Andrade liderou primeira conferência com analistas após assumir funções interinas de CEO. Explicou o aumento de capital anunciado pela elétrica para comprar a espanhola Viesgo.

Miguel Stilwell d’Andrade substituiu António Mexia como CEO interino após o mandato do gestor ter sido judicialmente suspenso e, na primeira conferência com analistas à frente da elétrica, o novo líder garantiu estar comprometido com as metas de crescimento. “Vejo um grande futuro à nossa frente“, disse Stilwell na apresentação da compra da Viesgo em Espanha.

“Sabíamos que havia esta possibilidade, mas não sabíamos quando iria acontecer”, começou por dizer o CEO interino sobre a decisão do juiz Carlos Alexandre de validar a suspensão de funções de António Mexia, presidente da EDP, e João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis, no âmbito do caso EDP, que tinha sido proposta pelo Ministério Público.

Apontou para a separação entre os conselhos executivo e não executivo e para a resposta da elétrico. “A empresa está bem preparada em termos de continuidade da atividade. A rapidez de mudança é prova da boa governance da EDP“, afirmou, garantindo que o plano estratégico até 2022, apresentado no ano passado, não está em risco. “Acreditamos e estamos empenhados nesta estratégia. Temos todas as condições de continuar a trabalhar”.

Miguel Stilwell era já o CFO da elétrica, mas apresentou esta quarta-feira o primeiro grande negócio da empresa desde que é CEO. A EDP vai comprar a empresa Viesgo em Espanha, ao fundo Mcquarie, que detém 100% do capital. O negócio está avaliado em 2,7 mil milhões de euros, incluindo dívida.

“Esta transação será um marco para a EDP em Espanha. Não só são ótimos ativos, como é uma transação bilateral única”, disse Miguel Stilwell sobre a parceria com o fundo, que vai duplicar a presença da EDP em Espanha. “Pessoalmente, sinto que é uma ótima transação para a empresa e para os acionistas“.

As várias fases do processo incluem a compra da totalidade do negócio de renováveis da Viesgo pela EDP Renováveis por 565 milhões de euros, bem como a fusão do negócio de redes e distribuição com o grupo. 25% do capital da empresa resultante será comprado pela Mcquarie.

Para financiar o negócio, a EDP vai lançar um aumento de capital de mil milhões de euros. “Será para preservar o nosso compromisso de desalavancagem. É um pacote conjunto e estamos muito confortáveis com ambos”, disse Stilwell, apontando para o efeito de “mitigação do impacto da aquisição em termos de métricas financeiras”.

Fonte: EDP

 

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Moita e Seixal continuam contra aeroporto enquanto Barreiro apoia projeto

  • Lusa
  • 15 Julho 2020

Presidentes das autarquias de Moita e do Seixal reafirmaram que é um “erro” construir o novo aeroporto no Montijo, enquanto o Barreiro (PS) apoiou o projeto.

Os presidentes de câmara comunistas da Moita e do Seixal reafirmaram esta quarta-feira numa audição parlamentar que é um “erro” construir o novo aeroporto no Montijo, enquanto o Barreiro (PS) apoiou o projeto pelo desenvolvimento que pode trazer à região.

“A Câmara Municipal da Moita continua a opor-se”, frisou o autarca Rui Garcia, defendendo que os impactos ambientais negativos “seriam irreversíveis, não mitigáveis e incidiriam diretamente sobre o território e a população”.

O presidente falava na audição sobre a Avaliação de Impacto Ambiental do Aeroporto do Montijo e alargamento do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde mencionou que a opção escolhida pelo Governo “é de curto prazo, não resolve os problemas existentes e ainda criará mais”.

“As medidas de mitigação são claramente insuficientes e são incapazes de superar os impactos sobre as populações, principalmente a poluição sonora”, apontou.

O autarca do Seixal, Joaquim Santos, disse rever-se nestas palavras e sublinhou que a construção do novo aeroporto na Base Aérea n.º 6, no Montijo, no distrito de Setúbal, é um erro que o país vai cometer pela segunda vez.

“A verdade é que nos arriscamos a avançar com esta solução e ter uma Lisboa duas vezes, com aviões a sobrevoar a baixa altitude em Lisboa e também na Margem Sul. Para nós é inaceitável quando existem outras soluções com menos impactos nas populações e no meio ambiente”, referiu.

Para ambos os presidentes, a solução ideal seria o Campo de Tiro de Alcochete (em grande parte localizado no concelho vizinho de Benavente, no distrito de Santarém), que seria a “melhor opção técnica, económica e financeira”.

“Pegue-se na verba que ia ser utilizada no Montijo e utilize-se numa primeira fase do Campo de Tiro de Alcochete. Tínhamos todos os problemas resolvidos, com menos impactos ambientais, sobre a população e podiam fazer-se voos noturnos”, defendeu Joaquim Santos.

Para o responsável, deveria aproveitar-se este tempo de pandemia da Covid-19, que fez com que se reduzisse o tráfego aéreo e a pressão sobre o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, “para se dar um passo atrás e dois para a frente”.

Pelo contrário, o autarca do Barreiro, Frederico Rosa, salientou como o projeto do Montijo poderá contribuir para a “atenuação de desigualdade entre a margem norte e sul”, potenciando desenvolvimento económico e investimentos.

“Temos desemprego em gerações já com 30 e 40 anos, por isso temos a obrigação de dar respostas e de executar. É também para estas pessoas que temos de dar respostas. O emprego, o desenvolvimento e o investimento são fundamentais”, frisou.

Além disso, indicou, a infraestrutura vai possibilitar uma “verdadeira mobilidade entre a Margem Sul”, devido às acessibilidades complementares e à intenção de construção de duas pontes rodoviárias entre o Barreiro e o Montijo e entre o Barreiro e o Seixal.

“Quem vive na Margem Sul sabe que é muito mais fácil a mobilidade na região indo primeiro a Lisboa do que entre os concelhos”, apontou.

Em oposição, o autarca da Moita considerou que o argumento do emprego “é obsoleto” e não justifica os impactos ambientais negativos causados à população.

“O argumento do emprego é falacioso, porque até parece que se o aeroporto for construído a 15 quilómetros a nordeste [Campo de Tiro de Alcochete] os impactos e a criação de emprego não aconteceria, mas é falso. A criação de emprego não justifica tudo”, sublinhou.

O presidente do município do Montijo, Nuno Canta (PS), não esteve presente na audição.

Em junho, o ministro das Infraestruturas disse no parlamento que o Governo quer avançar com o projeto do novo aeroporto no Montijo, mas, como parece não haver disponibilidade do parlamento para alterar lei, tal está dependente dos pareceres favoráveis de vários municípios.

Segundo a Declaração de Impacto Ambiental do aeroporto do Montijo, cinco municípios comunistas do distrito de Setúbal emitiram um parecer negativo à construção do aeroporto no Montijo (Moita, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Palmela) e quatro autarquias de gestão socialista (Montijo, Alcochete, Barreiro e Almada, no mesmo distrito) deram um parecer positivo.

Em janeiro de 2019, a ANA Aeroportos e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa e transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto.

Fernando Medina apela a “avanço” na decisão sobre novo aeroporto

O presidente da Câmara de Lisboa apelou esta quarta-feira, no parlamento, ao “avanço” na decisão sobre a construção do novo aeroporto do Montijo, advertindo que a quebra do tráfego aéreo “é temporária”.

“É essencial avançar para a expansão da capacidade, é essencial que essa capacidade se faça de forma a contribuir e a ser o motor da economia da região e que não se faça em sobrecarga do que hoje já é uma violação da lei e dos direitos dos cidadãos”, considerou Fernando Medina (PS).

O autarca falava numa audição sobre a Avaliação de Impacto Ambiental do Aeroporto do Montijo e alargamento do Aeroporto Humberto Delgado, na Assembleia da República, onde explicou que a Câmara de Lisboa não formalizou nenhuma posição sobre a construção do novo aeroporto na Base Aérea N.º 6, no Montijo, devido a “opiniões diferentes dos vários grupos políticos”.

No entanto, afirmou que há “uma posição muito clara sobre a urgência de um avanço” na construção de uma nova solução aeroportuária.

“Muitas vezes se fala da solução Montijo e também de uma solução Alcochete, mas o que é claro, visto do outro lado [Lisboa], é que qualquer uma das duas significa a manutenção do Aeroporto Humberto Delgado em largas décadas dentro da cidade e dentro de uma zona que hoje é bastante densa do ponto de vista populacional e residencial”.

Por este motivo, pediu para que se aproveite o contexto causado pela pandemia da Covid-19, com a redução do número de passageiros no Aeroporto de Lisboa, “para se tomarem as decisões estratégicas para o futuro”.

“Não tenho nenhuma ilusão de que a quebra no tráfego aéreo é temporária, o crescimento do tráfego aéreo regressará em força”, apontou.

Nesta audição, o autarca aproveitou para pedir o “apoio do parlamento” em várias diligências, porque tem havido “uma grande opacidade relativamente aos impactos do tráfego aéreo”.

“Queria pedir uma solicitação formal à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) sobre o número de infrações e de coimas detetadas ao regime legal em vigor sobre os voos noturnos. Acho que houve omissão grave do regulador aos voos noturnos na cidade de Lisboa”, apontou.

Segundo Fernando Medina, há “numerosas centenas de voos justificados ao abrigo de critérios de exceção”, mas “não são conhecidas autuações que tenham sido feitas”, nem se conhece nenhuma companhia “que tenha sido autuada por infringir a lei e perturbar a qualidade de vida de qualquer residente no município”.

Para o autarca, esta informação não só deveria ser pública, como deveria ser criado um portal “com a identificação de todos os voos realizados com a atualização diária”.

Além disso, também defendeu a instalação de um sistema autónomo “para medição dos níveis de ruído e de emissões atmosféricas, incluindo micropartículas, na zona de influência do Humberto Delgado”.

Já no âmbito do projeto do novo aeroporto, solicitou à Agência Portuguesa do Ambiente o envio do “plano de expansão detalhado sobre a capacidade de expansão aeroportuária de Lisboa e o seu plano de acessibilidades, que ainda não aconteceu”.

(Notícia atualizada às 19h47 com informação sobre a posição de Fernando Medina)

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Abono de família extra vai chegar a 974 mil crianças e jovens

Em setembro, as famílias com crianças até 16 anos vão receber um abono extra. Segundo o Ministério do Trabalho, serão abrangidas 974 mil crianças e jovens.

O abono de família extra que a Segurança Social prevê pagar em setembro vai chegar a 974 mil crianças e jovens, avançou o Ministério de Ana Mendes Godinho. As regras desta medida foram fixadas, esta quarta-feira, num decreto-lei publicado em Diário da República.

Em causa está uma prestação complementar de abono de família destinada a crianças e jovens que perfaçam até 16 anos (inclusive) até ao final do ano e que se enquadrem no primeiro, segundo ou terceiro escalões de rendimentos. O apoio será pago em setembro, não exige qualquer requerimento e deverá abranger 974 mil beneficiários, destacou o Ministério do Trabalho e da Segurança Social.

O mesmo diploma reviu ainda as regras de cálculo dos rendimentos do agregado familiar para acesso a prestações sociais, de modo a incluir os valores mais recentes e a ser, consequentemente, mais sensível ao impacto da pandemia de coronavírus no bolso dos portugueses.

Passa, assim, a ser considerado o valor da remuneração registada no último mês anterior ao pedido, para efeitos do rendimento social de inserção. E no caso do abono de família, a Segurança Social vai reavaliar oficiosamente os escalões para as famílias que tenham registado uma queda abrupta de rendimentos nos três meses anteriores.

Além disso, o decreto-lei publicado esta quarta-feira prorroga automaticamente o subsídio social de desemprego até ao final de 2020, simplifica o processo de verificação da incapacidade para o estatuto dos cuidadores informais, facilita o licenciamento dos equipamentos sociais e apoia a tesouraria das instituições do setor social com uma linha de 165 milhões de euros. Isto tal como já estava previsto no Programa de Estabilização Económica e Social.

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COF assume requerimento da Iniciativa Liberal de pedido de Plano de Liquidez da TAP

  • Lusa
  • 15 Julho 2020

Deputados não votaram requerimento da Iniciativa Liberal para envio pelo Ministério das Finanças do Plano de Liquidez da TAP, decidindo que o mesmo será pedido pela Comissão de Orçamento e Finanças.

Os deputados optaram esta quarta-feira por não votar o requerimento da Iniciativa Liberal para envio por parte do Ministério das Finanças do Plano de Liquidez da TAP, decidindo que o mesmo vai ser pedido pela Comissão de Orçamento e Finanças.

Na agenda da Comissão de Orçamento e Finanças (COF) estava a discussão e votação de requerimento do deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, para que aquele Plano de Liquidez fosse enviado com caráter de urgência.

Durante a discussão, deputados de outros partidos questionaram o facto de se estar a pretender votar um requerimento que é um direito de qualquer deputado, sem que seja necessário fazê-lo submeter à votação na respetiva comissão.

À Lusa, o presidente da COF, Filipe Neto Brandão, precisou que, como os poderes regimentais dos deputados lhes dão o direito de pedir documentos e os poderes das Comissões são iguais, consensualizou-se que a mesa assume o pedido e o remeterá ao Governo em nome da Comissão.

Durante uma audição na manhã de hoje na COF, em resposta a questões sobre o plano de reestruturação da TAP o ministro das Finanças reconheceu que o Governo não se pode comprometer com futuras injeções de capital na companhia aérea.

“Com franqueza e honestamente, não nos podemos comprometer”, disse João Leão, acentuando que a preocupação do Governo nesta fase é ter um plano de reestruturação “sério” que procure fazer com que a empresa se torne mais eficiente.

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BES: PCP diz que responsabilidade política “ainda tem de ser apurada” sem excluir novo inquérito

  • Lusa
  • 15 Julho 2020

"Há responsáveis, que têm de ser responsabilizados politicamente por essas opções erradas que levaram à situação que vivemos e à continuação do buraco sem fundo no Novo Banco”, diz PCP.

O PCP defendeu, esta quarta-feira, que a acusação no caso BES não apaga a necessidade de apurar responsabilidades políticas, sem afastar a possibilidade de um novo inquérito parlamentar sobre “a continuação do buraco sem fundo” no Novo Banco.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado comunista Duarte Alves defendeu que o processo judicial “deve prosseguir e apurar todas as responsabilidades criminais” e considerou que a acusação conhecida na terça-feira “vai ao encontro da intervenção do PCP” na comissão parlamentar de inquérito ao Banco Espírito Santo (BES), quando rejeitou a ideia de que “as responsabilidades deviam ser centradas numa só pessoa”, no caso o ex-banqueiro Ricardo Salgado.

“Considerámos na altura que a resposta era muito mais ampla não só no universo BES, como também em quadros com responsabilidades políticas ao mais alto nível”, defendeu, justificando que essa foi a razão para o partido ter sido o único a votar contra o relatório da comissão de inquérito.

Para o PCP, a acusação “não apaga a responsabilidade política tanto do Governo PSD/CDS e do processo de resolução que foi feito com dados absolutamente falaciosos, como do PS, com o ruinoso processo de privatização que se seguiu”. “Há responsáveis, que têm de ser responsabilizados politicamente por essas opções erradas que levaram à situação que vivemos e à continuação do buraco sem fundo no Novo Banco”, disse.

Questionado se esse apuramento de responsabilidades pode passar por uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito, Duarte Alves não excluiu esse cenário. “Tem de ser avaliada essa hipótese quando tivermos acesso ao relatório da auditoria. Na altura avaliaremos essa hipótese, mas não colocamos de parte essa possibilidade”, assegurou.

O Ministério Público acusou na terça-feira 18 pessoas e sete empresas por vários crimes económico-financeiros e algumas das quais por associação criminosa, no processo BES/Universo Espírito Santo, em que a figura central é o ex-banqueiro Ricardo Salgado.

O ex-presidente do BES foi acusado de 65 crimes, incluindo associação criminosa, corrupção ativa no setor privado, burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal, no processo BES/GES. Além de Ricardo Salgado são também arguidos neste processo Amílcar Morais Pires e Isabel Almeida, antigos administradores do BES, entre outros.

O inquérito do processo principal “Universo Espírito Santo” teve origem numa notícia de 03 de agosto de 2014 sobre a medida de resolução do BES e analisou um conjunto de alegadas perdas sofridas por clientes das unidades bancárias Espírito Santo.

Posteriormente, foi conhecida a resolução e liquidação de inúmeras entidades pertencentes ao então Grupo Espírito Santo (GES) no Luxemburgo, Suíça, Dubai e Panamá, a par do pedido de insolvência por parte de várias empresas do mesmo Grupo em Portugal.

O arguido e ex-presidente do BES Ricardo Salgado já confirmou ter sido notificado da acusação, dizendo que “não praticou qualquer crime” e que esta “falsifica a história” do Banco Espírito Santo.

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Lisboa apoia compra de bicicletas convencionais por residentes, estudantes e trabalhadores

  • Lusa
  • 15 Julho 2020

Autarquia vai apoiar a aquisição de bicicletas convencionais por parte de todos os residentes, estudantes ou trabalhadores na capital. O prazo de apresentação de candidaturas termina a 30 de novembro.

A Câmara Municipal de Lisboa vai apoiar a aquisição de bicicletas convencionais por parte de todos os residentes, estudantes ou trabalhadores na capital, de acordo com uma proposta à qual a Lusa teve acesso esta quarta-feira.

O Programa de Apoio à Aquisição de Bicicleta foi aprovado na quinta-feira, em reunião de Câmara, com os votos favoráveis do PS, BE, PSD e CDS-PP e o voto contra do PCP.

De acordo com a proposta, a dotação do programa é de 1,5 milhões de euros para a aquisição de bicicletas convencionais e adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida (elétricas ou não), um milhão de euros para bicicletas assistidas eletricamente e 500 mil euros para bicicletas de carga.

No caso das bicicletas convencionais, a Câmara de Lisboa irá apoiar a compra de bicicletas através de um reembolso de 50% do valor da bicicleta, até ao máximo de 100 euros, podendo beneficiar do apoio os residentes no concelho de Lisboa, estudantes (do 1.º ciclo ao ensino superior), bem como “os trabalhadores com local de trabalho habitual no concelho de Lisboa”.

Inicialmente, a autarquia previa que só os estudantes pudessem beneficiar de apoios às bicicletas convencionais, condição que acabou por ser alterada pelo executivo municipal.

Já o apoio à aquisição de bicicletas adaptadas convencionais “traduz-se na atribuição de comparticipação financeira de 75% do valor da respetiva aquisição, até ao máximo de 200 euros”, lê-se no texto da proposta.

Relativamente às bicicletas elétricas, a Câmara de Lisboa (PS) atribui uma compensação financeira de 50% do valor da bicicleta até ao valor máximo de 350 euros, enquanto o reembolso no caso das bicicletas elétricas adaptadas sobe para 75%, até ao máximo de 500 euros.

Quanto às bicicletas de carga, o município reembolsará os compradores com 50% do valor do equipamento, até ao máximo de 500 euros.

São elegíveis para o programa “as aquisições de bicicletas efetuadas a partir do dia 03 de junho de 2020”, em loja física situada no concelho de Lisboa, refere a câmara na proposta, acrescentando que “o número de apoios a atribuir ao mesmo beneficiário é limitado a um”.

Para ter acesso a este apoio, o candidato deve submeter uma “candidatura eletrónica no sítio de Internet do município de Lisboa ou enviar para o endereço de correio eletrónico aí indicado”.

Para já, e até à publicação dos estabelecimentos comerciais aderentes ao programa da autarquia, a compra pode ser feita em qualquer loja da capital. A partir dessa data, a aquisição de bicicletas tem de ser realizada numa das lojas aderentes, esclareceu à Lusa fonte da câmara.

Os beneficiários de apoios “ficam obrigados a manter a propriedade da bicicleta por um período não inferior a 24 meses a contar da data de aquisição”, estabelece o município nas regras do programa.

A proposta adianta ainda que o “programa vigora até 31 de dezembro de 2020” e que o prazo de apresentação de candidaturas termina em 30 de novembro.

Com esta iniciativa, a autarquia pretende também “estimular o recurso ao comércio local” num “contexto de retoma da economia da cidade na sequência das medidas de combate à pandemia de Covid-19.

Além disso, o programa permitirá “alcançar um conjunto amplo de benefícios”, nomeadamente na promoção de modos de mobilidade mais sustentáveis, “na melhoria da qualidade do ar, redução de ruído, tráfego e do congestionamento na cidade de Lisboa”, elenca a proposta.

Na quinta-feira, em declarações à Lusa após a reunião de câmara, o vereador do PCP João Ferreira justificou o seu voto contra com facto de ser “um apoio indiferenciado do ponto de vista social e da condição socioeconómica daqueles que aderirem”, defendendo que o “poder aquisitivo não está ao alcance de uma boa parte da população”.

Por seu turno, o social-democrata João Pedro Costa afirmou que o apoio às bicicletas convencionais para “toda a população” foi iniciativa do PSD, enquanto o vereador João Gonçalves Pereira (CDS-PP) sublinhou que foi o seu partido que sugeriu uma “discriminação positiva de maior apoio para as bicicletas adaptadas porque não só são mais caras, como muitas vezes aqueles que são utilizadores ou potenciais utilizadores nem sempre têm as condições socioeconómicas para poderem recorrer a elas”.

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