TAP perde mais de 100 milhões em 2019. Resultados operacionais no “verde”

Os resultados líquidos da TAP voltaram a ser muito negativos em 2019, acima dos 100 milhões de euros, mas os números operacionais foram positivos no segundo semestre.

A TAP voltou a registar prejuízos acima de 100 milhões de euros em 2019, próximos dos 118 milhões de 2018, apurou o ECO. Se o resultado líquido foi praticamente idêntico ao do ano anterior, o resultado operacional (EBIT, isto é, os lucros antes de Juros e Impostos) terá melhorado, com novos recordes de passageiros e novas rotas, assim como o chamado CASK (custo operacional unitário por assento-quilómetro).

Precisamente esta sexta-feira, em entrevista ao Observador (acesso pago), o principal acionista da TAP, David Neeleman, antecipa o discurso sobre os prejuízos de 2019. Embora seja necessário acrescentar que, na verdade, já em 2018 a tese era mais ou menos esta. “Não estou nada preocupado com os prejuízos destes anos porque sei que vamos começar a fazer dinheiro e que a companhia é hoje muito mais saudável”.

Contactada oficialmente, a TAP não faz comentários e remete qualquer declaração para o momento de divulgação das contas, que deverão ser reveladas na próxima semana. Quantos anos faltam, então, para a TAP regressar aos lucros de forma sustentável?”A TAP está numa fase de transição, em 2019 e 2020″, diz uma fonte, mas do ponto de vista operacional a TAP já está com resultados positivos. E o que dizem os números operacionais? Segundo informações oficiais, o número de passageiros transportados pela TAP em 2019 subiu 8,2% para mais de 17 milhões em relação ao ano anterior, tratando-se de um “novo recorde absoluto”.

O que explica os prejuízos? Sobretudo um primeiro trimestre pouco menos que catastrófico, com prejuízos acumulados de 111 milhões de euros de janeiro a setembro. Já o segundo semestre, diz outra fonte ao ECO, mostrou resultados operacionais positivos, mas ainda insuficientes para compensar as perdas da primeira parte do ano. O efeito cambial é outra razão apontada. E um volume de investimento significativo em novos aviões, novas rotas (especialmente para os EUA) e mais trabalhadores.

O número de aviões cresceu em 31 para os atuais 108, e vai continuar a aumentar: a empresa tem encomendas para cinco aviões A330neo a serem entregues em 2022, 11 aviões A321neo-LR para 2023 e 32 aviões A320neo/A321neo para 2025. O total de funcionários subiu de sete mil pessoas para 8.937, com a empresa a perspetivar contratar mais mil trabalhadores em 2020. Foi este plano que convenceu os investidores a comprarem obrigações da TAP. Foi o teste do mercado às promessas de David Neeleman.

Nesta entrevista ao Observador, David Neeleman recorda o que foram as operações de mercado de capitais em 2019, especialmente aquela que permitiu emitir 375 milhões de euros de obrigações para investidores internacionais, a primeira da história da companhia. E apesar do juro 5,625%, esta operação permitiu alongar a maturidade da dívida e diminuir a dependência da banca.

E com estes prejuízos, é possível vender uma participação da companhia? Neeleman diz que sim, a realidade exige mais explicações. Segundo revelaram ao ECO duas fontes conhecedoras deste processo, as negociações com outras companhias aéreas continuam: Lufthansa, United Airlines (estes coordenados com os alemães) e Air France/KLM. O objetivo de Neeleman é vender já uma parte da sua posição acionista e vender o resto a prazo. Outra alternativa é uma operação de dispersão de capital da TAP em bolsa, opção que o Governo de António Costa não quer.

O Governo quer acreditar nas promessas de sucesso do plano que lhe são apresentadas por David Neeleman e quer dar o benefício da dúvida à gestão executiva, liderada por Antonoaldo Neves, quando, agora de forma mais realista, pede mais tempo para o retorno do investimento. O ministro da Tutela, Pedro Nuno Santos, vai dar por isso mais tempo a Antonoaldo Neves, e o discurso oficial quando estes prejuízos forem divulgados oficialmente, provavelmente no final deste mês, será de compreensão e de expectativa. À espera que uma “lufthansa” lhe entre pela porta dentro.

(Notícia atualizada às 09h55. Números do plano estratégico estavam incorretos)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Depois da Apple e Facebook, Google também estuda pagar notícias aos jornais

A Google está a estudar a criação de um serviço de notícias gratuito, pagando aos jornais para exibir os respetivos conteúdos. Conversações estão a decorrer com meios de comunicação europeus.

Depois da Apple e do Facebook, a Google também está a estudar como pagar aos jornais pelo conteúdo que mostra aos utilizadores. A ideia será a de criar um novo serviço de notícias, em colaboração com alguns órgãos de comunicação social internacionais.

Segundo o The Wall Street Journal (acesso pago), que avançou a notícia, a multinacional estará focada em licenciar conteúdos jornalísticos para um novo serviço de notícias grátis, que ainda não existe. Ainda não se conhecem detalhes, mas as discussões estarão a decorrer fora dos EUA, nomeadamente com jornais europeus, incluindo franceses.

Caso a Google chegue a acordo com os responsáveis pelos jornais e revistas, poderá ser considerado um ponto de viragem na posição da empresa. No passado, a gigante evitou a todo o custo pagar diretamente aos jornais pelo conteúdo exibido no serviço Google News e chegou mesmo a encerrar o produto no mercado espanhol, depois de se saber que as autoridades pretendiam forçar a empresa a pagar taxas de licenciamento.

A confirmarem-se estas informações, a Google será a terceira gigante tecnológica a apoiar diretamente o jornalismo de “alta qualidade”. A Apple foi a primeira, através do lançamento do serviço Apple News, onde disponibiliza cerca de centenas de jornais e revistas, como a Vogue, a GQ ou o The Wall Street Journal, por cerca de 9,99 dólares por mês.

Seguiu-se o Facebook, que no ano passado anunciou que pretendia pagar às publicações noticiosas para disponibilizar conteúdo na rede social. A empresa de Mark Zuckerberg criou um separador chamado “Top News”, dedicado exclusivamente a notícias, sendo que numa primeira fase a funcionalidade era dedicada a 200 mil utilizadores. Esta funcionalidade, porém, ainda não está disponível em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Manchester City banido da Liga dos Campeões por dois anos

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2020

Clube inglês foi considerado culpado de violar fair-play financeiro no caso Football Leaks. Além de ser banido, a partir da próxima temporada desportiva, será multado em 30 milhões de euros.

O Manchester City foi banido da Liga dos Campeões, por duas temporadas, pela UEFA e multado em 30 milhões de euros. O clube foi considerado culpado de violar regras de fair-play financeiro entre 2012 e 2016, no seguimento do caso Football Leaks. A decisão foi conhecida esta sexta-feira, segundo noticia o The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

O Organismo de Controle Financeiro de Clubes (CFCB, na sigla em inglês) da UEFA tomou, esta sexta-feira, a decisão final no caso, tendo concluído que o Manchester City cometeu “violações graves” dos Regulamentos de Licenciamento de Clube e Fair Play da UEFA. O clube terá inflacionado artificialmente as receitas de patrocínios nas contas, ao longo de cinco anos.

“A Câmara Adjudicatória impôs medidas disciplinares ao Manchester City Football Club, determinando que seja excluído da participação nas competições da UEFA nas próximas duas temporadas (ou seja, nas temporadas 2020/21 e 2021/22) e que pague uma multa de 30 milhões de euros”, refere a decisão comunicada pela UEFA.

O clube reagiu dizendo não estar surpreendido. “O Manchester City está desapontado, mas não surpreso com a decisão da Câmara Adjudicatória da UEFA”, afirmou, em comunicado, acrescentando que irá “dar início aos procedimentos necessários junto do Tribunal de Arbitragem do Desporto o mais rapidamente possível”.

(Notícia atualizada às 19h00)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quatro meses depois das legislativas, Chega dispara nas intenções de voto e PS cai

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2020

Se as eleições fossem agora, a representação parlamentar do Chega -- que tem hoje um deputado único -- seria maior e o partido seria o quinto mais votado, ultrapassando o CDS e o PAN.

O Chega disparou nas intenções de voto dos eleitores, quatro meses depois das eleições legislativas. A sondagem realizada pelo ISCTE e ICS para o Expresso e para a SIC indica que o partido liderado por André Ventura teria 6% dos votos, ou seja, mais 4,7 pontos face às legislativas de outubro.

Se as eleições fossem agora, a representação parlamentar do Chega — que tem hoje um deputado único — seria maior e o partido seria o quinto mais votado, ultrapassando o CDS e o PAN, que teriam 4% e 3% respetivamente. Em ambos os casos, as intenções mantiveram-se inalteradas. Acima ficariam, ainda assim, a CDU, que subiu 2 pontos percentuais para 8%, bem como o BE que desceu 1 ponto percentual para 9%.

O PS de António Costa venceria igualmente as eleições legislativas, mas com menor margem: menos 3 pontos percentuais para 33%. Já o PSD de Rui Rio manteve a posição, com os mesmo 28% das intenções de voto, segundo a sondagem citada pelo Expresso (acesso pago).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rui Pinto chama Edward Snowden para ser testemunha

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2020

O advogado francês que representa Rui Pinto vai chamar, como testemunha abonatória, Edward Snowden, o whistleblower norte-americano que está asilado em Moscovo.

O advogado que representa o hacker Rui Pinto vai chamar Edward Snowden, o norte-americano que denunciou as práticas de vigilância massiva dos cidadãos por uma entidade pública dos EUA, como testemunha abonatória. Também será chamado Antoine Deltour, denunciante dos Luxleaks.

A notícia foi avançada pelo Público (acesso condicionado), que cita o advogado francês William Bourdon: “Queremos chamar whistleblowers, deputados e outras figuras de interesse para apoiarem Rui Pinto em tribunal”, afirmou esta sexta-feira, em Lisboa. No caso de Snowden, que se encontra asilado em Moscovo, a intenção é que possa testemunhar por vídeo.

Rui Pinto encontra-se a responder perante a justiça por alegadas práticas de invasão de sistemas informáticos. Essas práticas terão estado na base de fugas de informação mediáticas, como o FootballLeaks e, mais recentemente, os Luanda Leaks.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CMVM avisa que vai ter “especial atenção” a supervisão interna das cotadas

Circular enviada pela entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias revela problemas na informação do governance dos emitentes e avisa que o supervisor vai estar mais atento.

O supervisor dos mercados financeiros encontrou “défices” na informação sobre governance prestada pelas cotadas portuguesas, que comprometem a qualidade e transparência, e promete estar mais “atento” aos mecanismos de supervisão que são aplicados internamente. O aviso é deixado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na circular anual que enviou, esta sexta-feira, às entidades que supervisiona.

O regime do governo de sociedades mudou, há um ano, para um novo modelo de autorregulação acompanhado pelo Instituto Português de Corporate Governance (IPCG). Assim, a CMVM deixou de avaliar a adesão às recomendações de governo societário, concentrando-se na supervisão dos deveres legais como as garantias de qualidade da informação obrigatória, de cumprimento da regra legal comply or explain e ainda de que os emitentes seguem um código de governo das sociedades em vigor.

“Da análise efetuada pela CMVM, foi possível concluir pela existência de défices informativos cuja supressão deve ser tomada como prioritária pelos emitentes em causa, em benefício da qualidade da informação prestada e da transparência das suas práticas”, alerta a CMVM, na circular.

O supervisor liderado por Gabriela Figueiredo Dias destaca as exigências informativas relacionadas com o modo de organização interna, a assiduidade às reuniões dos órgãos sociais, a independência e competência dos membros da comissão de remunerações e a completa identificação da remuneração auferida pelos membros dos órgãos sociais.

Para 2020, a CMVM sublinha que “o foco da supervisão incidirá sobre o exercício das funções de fiscalização” e afirma que “pretende prestar especial atenção aos mecanismos de supervisão interna de cada sociedade”, independentemente de quem a deva exercer, nas diferentes funções e dimensões em que se consubstancia.

“A inadequação do cumprimento de funções de fiscalização global pelos órgãos e membros que os integram, nomeadamente relegando a sua intervenção para um plano meramente contabilístico, é suscetível de colocar em crise o funcionamento de uma sociedade, potenciando riscos que podem culminar em situações de incumprimento das regras legais aplicáveis e em prejuízos para os investidores“, alerta.

“Esta iniciativa justifica-se, assim, pela premência de que uma fiscalização e supervisão efetivas, atuantes e consequentes comecem dentro da sociedade, assim procurando prevenir situações de possível crise e evitar os seus efeitos para os investidores”, acrescenta a CMVM.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BdP reforça informação que bancos têm de prestar sobre risco de taxas de juro

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2020

De modo transitório, refere a instrução, este ano o reporte de informação com referência a 31 de dezembro de 2019 tem de ser feito pelos bancos até 15 de abril.

Os bancos têm de comunicar ao Banco de Portugal até abril o que aconteceria ao seu valor económico e à margem financeira esperada caso houvesse uma alteração súbita das taxas de juro, segundo a instrução publicada esta sexta-feira. A informação divulgada no Boletim Oficial do Banco de Portugal altera a instrução de 2018, reforçando as regras e procedimentos de prestação de informação dos bancos sobre risco de taxa de juro.

Segundo esta instrução, os bancos têm de informar do impacto no seu valor económico e na margem financeira esperada a um ano de uma “alteração súbita e inesperada de 200 pontos base na curva de rendimentos” das taxas de juro (variação para cima e para baixo em 200 pontos base), incluindo informação detalhada dos métodos usados nos cálculos e dos pressupostos assumidos.

A informação tem de ser prestada pelos bancos ao Banco de Portugal com periodicidade semestral, contudo, caso as entidades calculem impactos consideráveis (variação negativa no valor económico superior a 20% dos fundos próprios) têm de atualizar a informação a cada trimestre.

De modo transitório, refere a instrução, este ano o reporte de informação com referência a 31 de dezembro de 2019 tem de ser feito pelos bancos até 15 de abril.

No verão do ano passado, foi manifesto o desagrado dos presidentes dos principais bancos que operam em Portugal perante a decisão do Banco Central Europeu de não subir as taxas de juro, mantendo-as em níveis baixos. É que taxas de juro baixas pressionam significativamente as receitas bancárias, desde logo a margem financeira (diferença entre os juros que bancos cobram no crédito e juros que oferecem nos depósitos).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Função Pública ganhou 15 mil trabalhadores em 2019

No final de 2019 existiam mais de 698 mil funcionários públicos, o que foi um aumento de 2,2% face ao ano anterior. As remunerações também registaram uma subida homóloga, de 2,4%.

O número de funcionários públicos continuou a aumentar no ano passado. Cresceu 2,2%, o equivalente a cerca de 15 mil postos de trabalho, para 698.522 funcionários em 2019, face ao ano anterior, de acordo com os dados da Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), divulgada esta sexta-feira.

O aumento no emprego público na Administração Central concentrou-se essencialmente nas Entidades Públicas Empresariais (E.P.E.) do SNS — nomeadamente devido à passagem do Hospital de Braga, que era gerido em regime Parceria Público-Privada, para a esfera pública — nos estabelecimentos de investigação e ensino superior e nos estabelecimentos de ensino básico e secundário.

Já quando se compara os dados por trimestre é possível verificar que, nos últimos três meses de 2019, o número de funcionários públicos aumentou em 9.261. Este crescimento face ao trimestre anterior, terminado em setembro, reflete “a atividade de início do ano letivo 2019/2020, com o processo de colocação de docentes em todos os níveis de ensino e de técnicos superiores para as atividades de enriquecimento curricular (AEC) nos estabelecimentos de ensino básico e secundário”, pode ler-se na SIEP.

Olhando para a altura em que António Costa chegou à liderança do Governo, o emprego na Função Pública cresceu em 39.378 pessoas, ou seja, quase 6% em quatro anos. Em 2015, existiam 659.144 funcionários nas Administrações Públicas. Agora, aproximam-se da marca dos 700 mil.

Remunerações sobem 2,4%

O ganho médio mensal nas Administrações Públicas situou-se em 1.760 euros em outubro do ano passado, um aumento homólogo de 2,4%. A subida nos salários deveu-se ao “efeito essencialmente da atualização do valor da remuneração base praticada no setor, que passou a ser igual ou superior a 635,07 euros, bem como do processo gradual de descongelamento de todas as carreiras”, sinaliza a SIEP.

Já a remuneração base média mensal dos trabalhadores, que não inclui prémios e subsídios ou suplementos regulares, bem como o pagamento por horas suplementares ou extraordinárias, fixou-se em cerca de 1.501,3 euros em outubro de 2019. Subiu 2,2% face ao mesmo período do ano anterior.

O descongelamento teve maior efeito nas carreiras de enfermeiro e de técnico de diagnóstico e terapêutica, que registaram variações de 7,8% e 5,9%, respetivamente, em relação a outubro de 2018. “Por outro lado, a carreira de pessoal de investigação científica apresentou uma variação negativa de 18,9% em resultado dos movimentos de entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios”, aponta a DGAEP.

(Notícia atualizada às 18h15)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal vai ao mercado emitir até 1.250 milhões de dívida de curto prazo

IGCP anunciou um leilão duplo de bilhetes do Tesouro a três e 11 meses. A operação irá realizar-se na próxima quarta-feira.

Portugal vai voltar ao mercado de dívida pública de curto prazo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP vai realizar, na próxima quarta-feira, um leilão duplo de bilhetes do Tesouro (BT) a 3 e 11 meses, no qual pretende colocar até 1.250 milhões de euros.

“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 19 de fevereiro pelas 10h30 dois leilões das linhas de BT com maturidades em maio de 2020 e em janeiro de 2021, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros”, anunciou a agência liderada por Cristina Casalinho, em comunicado.

Este é o primeiro leilão de títulos com estas maturidades que o IGCP realiza este ano, sendo que a última colocação comparável aconteceu a 16 de outubro. Na altura, Portugal conseguiu emitir 1.250 milhões de euros com juros negativos.

A 11 meses, colocou 900 milhões de euros, com um juro de -0,450% e uma procura 1,74 vezes superior à oferta. Já no caso dos títulos a três meses, foram 350 milhões de euros com uma taxa média de -0,475% e uma procura maior que a oferta em 3,66 vezes.

O leilão vai acontecer uma semana depois de, pela primeira vez, Portugal ter conseguido juros negativos em leilões de obrigações do Tesouro. Até então, Portugal apenas tinha registado taxas negativas em leilões de bilhetes do Tesouro que têm maturidades bem mais curtas do que as obrigações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lusíadas Saúde deixa porta aberta a participar em concurso para PPP no Hospital de Cascais

O Governo vai avançar com um concurso para uma nova PPP no Hospital de Cascais. A Lusíadas Saúde, atual gestora, admite participar no processo, dependendo das condições apresentadas.

Depois de o Governo anunciar que tinha lançado as bases para avançar com um concurso para uma nova Parceria Público-Privada (PPP) no Hospital de Cascais, a Lusíadas Saúde, atual gestora da unidade, deixa a porta aberta a entrar na corrida.

“Se as condições e critérios de avaliação que vierem a ser apresentados, permitirem continuar o bom trabalho desenvolvido pelo Hospital de Cascais ao longo de mais de 10 anos, período em que se tornou uma referência nacional e internacional nos diversos parâmetros de avaliação, então a Lusíadas Saúde estará em condições de eventualmente participar no concurso“, disse fonte oficial do grupo ao ECO.

O contrato celebrado com a Lusíadas Saúde no Hospital de Cascais, que foi a primeira PPP a terminar o contrato de gestão clínica, chegava ao fim em 2018, mas foi prorrogado por até três anos para dar tempo para preparar o concurso, que estava atrasado. O novo calendário ainda não está definido mas o Governo já começou a montar as peças.

Esta quinta-feira foi aprovada uma resolução em Conselho de Ministros que “estabelece os pressupostos de lançamento e adjudicação de um novo contrato de parceria para a gestão e prestação de cuidados de saúde no Hospital de Cascais, assegurando que os atos praticados anteriormente se encontram salvaguardados”.

A decisão de não renovar o contrato de gestão com a Lusíadas Saúde por mais dez anos foi tomada em 2017, “no contexto de uma avaliação externa e independente da gestão hospitalar em regime de PPP” no país, que incluiu a ponderação dos diferentes modelos de gestão viáveis para o Hospital de Cascais, segundo explicou o Governo numa resolução do Conselho de Ministros.

A partir da avaliação realizada decidiram também lançar um novo concurso público internacional, a fim de constituir uma nova parceria para a vertente clínica. Em 2017, uma equipa da UTAP concluiu que a PPP terá poupado ao Estado mais de 40 milhões de euros em cinco anos, apesar de sublinhar que faltavam ao hospital algumas valências, como a infecciologia e oncologia.

A Lusíadas Saúde era a antiga Hospitais Privados de Portugal, que foi vendida pela Caixa Geral de Depósitos, em 2012, à brasileira Amil, que integra o grupo norte-americano UnitedHealth Group.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Navigator derrapa 4%. Bolsa de Lisboa cede

O PSI-20 encerrou em queda ligeira, em linha com os pares europeus, condicionado pelo BCP e com a Navigator a voltar a destacar-se pela negativa com perdas de mais de 4%.

A bolsa de Lisboa encerrou a última sessão da semana com perdas ligeiras, em linha com as pares do Velho Continente. O rumo do PSI-20 foi ditado, sobretudo, pelo “peso pesado” BCP, num dia em que a Navigator voltou a destacar-se pela negativa, a perder mais de 4%.

O índice PSI-20 desvalorizou 0,07%, para os 5.328,34 pontos, com 11 títulos no vermelho, seis em queda e um inalterado: a Pharol, nos 9,97 cêntimos euros por ação. Na Europa, o Stoxx 600 recuou 0,09%.

O BCP foi o título que mais condicionou o rumo da praça lisboeta, numa sessão em que as ações do banco liderado por Miguel Maya perderam 1,76%, para os 19,01 cêntimos.

Navigator perde mais de 4%

Contudo, o setor do papel voltou a destacar-se pela negativa, com a Navigator a apresentar o pior desempenho. As ações da papeleira perderam 4,51%, para os 3,09 euros, enquanto as da casa-mãe Semapa desvalorizaram 2,08%, para os 12,26 euros. Por vez, a Altri desceu 0,73%, para os 5,47 euros por ação.

Estas quedas acontecem depois de a Semapa ter reportado na quinta-feira ao final do dia uma quebra de 6,4% dos seus lucros de 2019, para 124,1 milhões de euros, penalizada pelo setor do papel. Isto já depois de também a Navigator ter divulgado que os seus lucros caíram 25% no ano passado. Uma “desapontante performance operacional em 2019” que levou o BiG a cortar a recomendação das ações da Navigator, para “manter”, e o respetivo preço-alvo para 3,42 euros, nesta sexta-feira.

A impedir perdas mais acentuadas estiveram as cotadas do universo EDP e a Jerónimo Martins. As ações da EDP somaram 1,25%, para os 4,713 euros, enquanto as da participada EDP Renováveis avançaram 0,97%, para os 12,48 euros. Por sua vez, as ações da retalhista que detém a marca Pingo Doce ganharam 1,23%, para os 16,865 euros.

(Notícia atualizada às 17h00 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Donald Trump diz que tem direito a interferir em casos judiciais

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2020

O presidente dos EUA afirmou que tem o direito de interferir num processo judicial, mas que até agora decidiu não o fazer, a propósito da redução de pena de um seu antigo consultor.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que tem o direito de interferir num processo judicial, mas que até agora decidiu não o fazer, a propósito da redução de pena de um seu antigo consultor.

Roger Stone, ex-consultor de Trump, tinha sido condenado a uma pena de entre sete e nove anos de prisão, por mentir aos procuradores que investigaram a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, mas o Departamento de Justiça reduziu a pena, em nome dos “interesses da justiça”, após o Presidente ter lamentado a dureza da sentença.

O procurador-geral, William Barr, disse na quinta-feira que os comentários presidenciais, feitos através da conta pessoal de Trump na rede social Twitter, não tiveram qualquer impacto sobre a decisão de redução da pena, tomada pela sua equipa.

Barr aproveitou para pedir a Donald Trump para evitar aquele género de comentários no Twitter, dizendo que eles tornam o seu trabalho “impossível”, mas assegurou que não foi alvo de qualquer pressão: “O presidente nunca me pediu para intervir de qualquer forma num caso criminal”, disse o procurador-geral, que responde hierarquicamente perante a Casa Branca.

Trump usou esta frase num novo tweet, na manhã desta sexta-feira, mas assinalou que considera ter o direito de interferência nos processos judiciais. “Isto não significa que eu não tenha, como Presidente, o direito legal de o fazer (interferir nos processos). Eu tenho-o, mas até agora tenho decidido não o fazer”, escreveu Trump na sua conta pessoal de Twitter.

Roger Stone foi consultor de Donald Trump, antes e durante a sua campanha presidencial, tendo sido condenado, em novembro passado, por ter mentido ao Congresso e por ter manietado uma testemunha da investigação à interferência russa nas eleições de 2016.

Os quatro procuradores responsáveis pelo processo pediram uma pena de prisão de entre sete e nove anos, mas o Departamento de Justiça considerou que a acusação deve pedir uma pena muito mais leve, em nome de “interesses da justiça”. A sentença deverá ser anunciada em 20 de fevereiro, por um juiz federal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.