Rui Rio questiona empresas que vão pagar dividendos: “Estarão a lucrar com a crise?”

  • ECO
  • 27 Março 2020

Líder dos sociais-democratas deixa uma crítica implícita às empresas que vão pagar dividendos aos acionistas. Diz que os tempos de crise que se avizinham aconselham a uma estratégia mais prudente.

Rui Rio questiona as empresas que vão distribuir dividendos pelos acionistas, numa altura em que a economia apresenta sérias dificuldades provocadas pela pandemia do Covid-19. “Estarão as empresas a lucrar à custa da crise?”, interrogou o presidente do PSD no Twitter.

“Parece que há empresas que querem distribuir dividendos relativos a lucros de 2019”, comentou Rui Rio num tweet publicado esta sexta-feira. Isto para depois questionar se é uma estratégia razoável face ao atual ambiente de incerteza na economia devido à propagação do vírus.

Estarão tão capitalizadas que aguentam um encontrão, cuja dimensão desconhecem? Estarão a ter lucros à custa da crise? Será ganância do acionista? Ou irão depois pedir acesso a crédito bonificado?“, questionou o líder social-democrata.

Está a chegar a época dos dividendos na bolsa portuguesa. Várias empresas já anunciaram que vão remunerar os acionistas com base nos lucros registados em 2018. Por exemplo, esta quinta-feira, a EDP Renováveis aprovou em assembleia-geral um dividendo de oito cêntimos.

Há vários outros casos no PSI-20, incluindo a Jerónimo Martins vai pagar um dividendo de 34,5 euros por ação e a REN, que anunciou esta terça-feira dividendos de 17,1 cêntimos, ou a EDP, que tem em cima da mesa uma proposta para pagar aos acionistas 19 cêntimos por ação.

Também há quem já tenha congelado a remuneração acionista para se proteger da crise que se avizinha: esta quinta-feira o BCP decidiu cancelar o pagamento de dividendos para reforçar o capital do banco. A instituição liderada por Miguel Maya manteve a compensação aos trabalhadores, a quem vai pagar até 1.000 euros, pelos cortes salariais entre 2014 e 2017.

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Álcool, gel e desinfetante. ASAE recebeu 1.871 denúncias sobre especulação de preços

  • Lusa
  • 27 Março 2020

A ASAE recebeu nos últimos 14 dias mais de 1.800 denúncias de alegados ilícitos, a maioria relacionadas com especulação de preços de produtos como álcool, gel e desinfetantes.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) recebeu nos últimos 14 dias 1.871 denúncias de ilícitos, a maioria relacionadas com especulação de preços de produtos de combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19), foi divulgado esta sexta-feira.

Em comunicado, a ASAE refere que desde 12 de março tem estado “em constante supervisão e vigilância do comportamento do mercado no que se referem a factos eventualmente ilícitos relacionados com a pandemia do covid-19, quer em lojas fixas, quer em ambiente digital”. Paralelamente, a ASAE diz que tem rececionado inúmeras denúncias por parte de consumidores e de operadores económicos.

Entre os dias 12 a 26 de março foi recebido um total de 1.871 denúncias, “a maioria das quais relacionadas com a pandemia, designadamente com questões de alegada especulação de preços de bens necessários para a prevenção do covid-19 (álcool, álcool-gel, desinfetantes), eventual açambarcamento de produtos, segurança alimentar, desobediência, saúde pública, entre outras”.

A ASAE acrescenta que procedeu ao reencaminhamento das denúncias que são da competência de outras entidades. Para uma resposta mais célere e eficaz ao contributo dos cidadãos e operadores económicos, foi disponibilizado um formulário para facilitar a comunicação de queixas e denúncias, que estejam relacionadas com factos ilícitos relacionados com o Covid-19.

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Congresso dos EUA aprova estímulo histórico de 2,2 biliões. Só falta Trump assinar

O congresso aprovou um estímulo histórico de 2,2 biliões de dólares (cerca de 10% do PIB). Como o pacote orçamental já tem a aprovação do Senado, apenas falta a assinatura de Donald Trump.

O congresso norte-americano aprovou esta sexta-feira com os votos de democratas e de republicanos um pacote de estímulos de 2,2 biliões de dólares — o mais elevado na história dos EUA, segundo a Reuters — para ajudar os cidadãos e os empresas a lidarem com o impacto económico provocado pela pandemia do coronavírus e para financiar as despesas urgentes no setor da saúde.

O estímulo orçamental bipartidário já tinha sido aprovado pelo senado na quarta-feira e deverá ser assinado rapidamente pelo presidente norte-americano para entrar em ação em breve. Dentro de três semanas, alguns norte-americanos poderão já receber um cheque direto (até 1.200 dólares por pessoa) nas contas bancárias e cujo valor será progressivo consoante o rendimento anual e o agregado familiar.

A votação no congresso, que é presidido por Nancy Pelosi (democratas), foi feita por voz para contribuir, dentro do possível, distanciamento social dado que pelo menos três congressistas já testaram positivo e mais de 12 estão em quarentena. Pelosi descreveu esta ajuda como “mitigação”, antecipando que haverá mais dinheiro para a fase de “recuperação”.

O pacote de 2,2 biliões de dólares — cerca de 10% do PIB de 2019 dos EUA — inclui 500 mil milhões de dólares para os setores da economia mais afetados pelas medidas de confinamento, 290 mil milhões para pagamentos diretos de até 3.000 dólares para milhões de cidadãos e 350 mil milhões para emprestar a pequenos negócios

Além disso, inclui 250 mil milhões para a expansão dos subsídios de desemprego — esta quinta-feira o Departamento do Trabalho revelou que 3,3 milhões de norte-americanos pediram subsídio de desemprego na semana passada, o maior número de sempre — e pelo menos 100 mil milhões para os sistemas de saúde.

Os Estados Unidos tornaram-se esta quinta-feira o país mais afetado pelo coronavírus em termos do número de infetados identificados, ultrapassando a China. Segundo os dados compilados pela universidade norte-americana Johns Hopkins, há mais de 94 mil infetados e mais de 1.400 mortos.

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Bee Engineering quer ajudar empresas a transitar para o digital de forma gratuita

No programa Tech Guidance, as empresas têm acesso a uma hora de consultoria gratuita sobre transição para o trabalho remoto, ferramentas de comunicação, sistema cloud e gestão de equipas.

A consultora de tecnologias de informação e comunicação Bee Engineering lançou o programa Tech Guidance, para ajudar as empresas a transitar o seu negócio para o digital e fazerem face aos constrangimentos causados pela pandemia do Covid-19. O programa inclui uma hora de consultoria gratuita — que pode ser prolongada consoante a necessidade de cada empresa — durante a qual poderá aprender como transitar de forma eficaz para o trabalho remoto e tornar digitais os vários processos de negócio, desde a comunicação ao armazenamento de dados. As empresas interessadas podem inscrever-se na página oficial da Bee Engineering e reservar a sua “consulta”.

Queremos fazer a nossa parte pelo tecido empresarial português usando as nossas capacidades de forma fácil e simples. Lançámos o programa Tech Guide, especialmente para quem nesta fase requer esclarecimentos sobre como se adaptar a uma realidade remota”, sublinha Diogo Mendonça, operations director da Bee Engineering.

Neste programa, as empresas podem aprender como utilizar ferramentas gratuitas de comunicação áudio e vídeo; soluções sem custos para rápida implementação de trabalho à distância, aprender como aceder a documentos e ficheiros remotamente, avaliar os benefícios da adoção de sistema cloud e, ainda, como otimizar o desempenho da equipa.

“A expansão do coronavírus está a mudar a vida das pessoas e das empresas. De um dia para o outro, milhares de colaboradores passaram a trabalhar desde casa. Mesmo no setor das tecnologias da informação e comunicação, em que o trabalho remoto é prática comum, este estava longe de ser a norma para toda a equipa. Todos atravessamos um período de adaptação. Na Bee Engineering queremos partilhar o nosso conhecimento tecnológico para apoiar as organizações a acelerar a digitalização dos seus negócios“, refere a empresa na página oficial.

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Novo lay-off está disponível até junho mas Governo deixa porta aberta a prolongamento até setembro

Para já, o regime do novo lay-off está disponível até 30 de junho, mas o Governo admite prolongá-lo até ao final de setembro, se a evolução dos efeitos da pandemia o justificar.

O novo lay-off criado para dar resposta aos efeitos da pandemia de coronavírus na vida das empresas e dos trabalhadores está, para já, disponível até 30 de junho, mas o Governo admite prolongar o acesso a este regime por mais três meses — ou seja, até ao final de setembro — se a “evolução das consequências económicas e sociais” o justificar.

O decreto-lei que define as regras do “apoio extraordinário à manutenção de contrato de trabalho” — conhecido como lay-off simplificado — foi publicado na noite desta quinta-feira, revogando as portarias que estavam anteriormente em vigor.

À luz deste novo diploma, podem ter acesso a este novo regime os empregadores que estejam num dos três seguintes tipos de crise empresarial: encerramento total ou parcial decretado “por decisão das autoridades políticas ou de saúde”; paragem total ou parcial da sua atividade resultante da interrupção das cadeias de abastecimento globais ou da suspensão ou cancelamento de encomendas e reservas; quebra “acentuada” de, pelo menos, 40% da faturação no mês anterior ao pedido comparando com a média dos dois meses anteriores a esse pedido ou face ao período homólogo.

Para aderirem a este novo regime, as empresas têm de preencher eletronicamente o formulário que foi disponibilizado, esta sexta-feira, pela Segurança Social, no qual indicam em que situação se encontram e que trabalhadores devem ser abrangidos por esta medida.

Para o trabalhador, o lay-off simplificado traduz-se ou na suspensão do seu contrato de trabalho ou na redução da carga horária. Em ambos os casos, é-lhe assegurado o pagamento de, pelo menos, dois terços da sua remuneração, com um mínimo de 635 euros.

No caso da redução horária, o trabalhador tem direito ao salário equivalente às horas mantidas, devendo tal montante equivaler no mínimo aos tais dois terços ou 635 euros. Caso o valor assegurado pelo tempo de trabalho seja inferior a esses últimos montantes, o remanescente é pago em 70% pela Segurança Social e em 30% pelo empregador. No caso da suspensão do contrato, a toda a compensação retributiva é paga em 70% pela Segurança Social e 30% pelo empregador.

Todos estes valores são, de resto, adiantados ao trabalhadores pelo patrão, que é depois reembolsado pelo Estado. Aos jornalistas, o ministro da Economia disse que seria fixada uma data para essa transferência, que ainda não está escolhida.

Este “apoio extraordinário à manutenção de contratos de trabalho” tem a duração de um mês, podendo ser renovado mensalmente até ao máximo de três meses.

De acordo com o decreto-lei publicado na quinta-feira, esta medida está em vigor até 30 de junho, ainda que o Governo admita prolongá-la até ao final de setembro, consoante a evolução da pandemia e dos seus efeitos no mercado de trabalho. “A prorrogação por mais três meses do período referido no número anterior será devidamente ponderada em função da evolução das consequências económicas e sociais do Covid-19”, lê-se no diploma.

De notar que o apoio previsto ao abrigo do lay-off simplificado é da responsabilidade da Segurança Social, mas será financiado pelo Orçamento do Estado. Tanto esse apoio como o plano extraordinário de formação e o “incentivo financeiro extraordinário para apoio à normalização da atividade da empresa” — também previstos no decreto-lei em causa –são, além disso, “passíveis de financiamento comunitário”.

O plano de formação referido destina-se aos empregadores que, estando em crise empresarial, não recorram ao lay-off simplificado. Em causa está uma bolsa de um mês concedida em função das horas de formação frequentadas pelos trabalhadores até ao limite de 50% da remuneração bruta, com o limite máximo de 635 euros.

Para os empregadores que recorram ao lay-off simplificado, está disponível a bolsa de formação já prevista no Código do Trabalho: um apoio equivalente a 30% do Indexante dos Apoios Sociais (cerca de 131 euros) destinado, em partes iguais, ao empregador e ao trabalhador.

No caso do “incentivo financeiro extraordinário para apoio à normalização da atividade da empresa”, em questão está um apoio de 635 euros por trabalhador pago uma só vez pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) destinado às empresas que retomem a atividade depois de beneficiarem do lay-off simplificado.

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Covid-19 faz mais 969 mortes em Itália. Há 86.498 infetados

Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde italianas registaram 969 mortes por Covid-19, o valor mais alto desde que o surto foi detetado no país.

As autoridades de saúde italianas registaram 969 óbitos por Covid-19 nas últimas 24 horas, sendo que 50 destes dizem respeito ao período anterior, mas não tinham sido contabilizados. É o valor mais elevado desde que o surto foi detetado no país. O número de casos confirmados da doença totalizou os 86.498.

Depois de dois dias de abrandamento no registo de vítimas mortais, Itália voltou a ter um aumento significativo. Nas últimas 24 horas, foram declarados 969 novos óbitos associados ao novo coronavírus, o valor mais elevado desde que foi detetado o surto no país, a 21 de fevereiro, informou a Agência de Proteção Civil Italiana, de acordo com a Ansa (acesso livre, conteúdo em italiano). No total, já 9.134 pessoas morreram em Itália vitimas da pandemia.

Ao mesmo tempo, o número de novos casos detetados diminuiu, depois de no dia anterior ter interrompido as quedas que se verificavam há quatro dias. Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde italianas descobriram 4.401 novos casos de infeção por Covid-19, em comparação com as anteriores 4.492. Em termos globais, em Itália, há registo de 86.498 casos confirmados desde que o surto foi detetado no país, ultrapassando assim o número de casos na China, tal como aconteceu na quinta-feira com os Estados Unidos, o país onde foram encontradas mais pessoas infetadas até ao momento.

Das pessoas originalmente infetadas em Itália, 10.950 já recuperaram da doença, ou seja, mais 589 do que no balanço anterior. Há ainda 3.732 pessoas nos cuidados intensivos, contra as anteriores 3.612. No que toca à região da Lombardia, aquela que é considerada a situação mais preocupante no país, foram registados 2.534 casos nas últimas 24 horas, elevando o total para 34.889. Há ainda registo de 4.861 mortes na região.

Segundo o último balanço da AFP, quase 25 mil pessoas morreram em todo o mundo por Covid-19, sendo que há já 539.360 infetados. Em Portugal, há 4.268 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, sendo que o número de mortes subiu esta sexta-feira para 76.

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Nos refinancia dívida. Obtém 280 milhões junto do Santander, BPI e BBVA

  • Lusa
  • 27 Março 2020

A operadora Nos celebrou três contratos de financiamento no valor global de 280 milhões de euros, o que garante o refinanciamento das linhas com maturidade em 2020.

A Nos anunciou esta sexta-feira que acordou os termos para a celebração de três contratos de financiamento no valor global de 280 milhões de euros com três instituições bancárias, o que garante o refinanciamento das linhas com maturidade em 2020.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a operadora de telecomunicações liderada por Miguel Almeida refere que um dos contratos, de “100 milhões de euros, com maturidade em 2025″, foi celebrado com o banco Santander, “com o objetivo de refinanciar linhas com maturidade este ano.

Foram ainda celebrados contratos de 90 milhões de euros cada com o BPI e com o BBVA, “ambos com prazo de 12 meses, para reforço de liquidez”, acrescenta.

“Com estas operações, a NOS garante o refinanciamento de todas as linhas com maturidade em 2020 e reforça de forma significativa a sua posição de liquidez, permitindo simultaneamente alargar a maturidade média da dívida contratada, mantendo o custo médio da dívida a níveis muito atrativos”, conclui a operadora de telecomunicações.

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Gasolina desce 1,5 cêntimos para novo mínimo. Gasóleo sobe 1,5 cêntimos

O preço do litro de gasolina vai recuar para um novo mínimo de quatro anos, refletindo a pressão sofrida pelas cotações do petróleo nos mercados internacionais.

Depois das descidas históricas dos preços dos combustíveis nas últimas duas semanas, abastecer o carro de gasolina volta a ficar mais barato na próxima semana, com o preço do litro a atingir um novo mínimo de quatro anos. Menos sorte terão os condutores com carro a gasóleo, pois o custo deste combustível vai subir.

O litro da gasolina cairá 1,5 cêntimos e o gasóleo subirá 1,5 cêntimos a partir da próxima segunda-feira, apurou o ECO junto de fonte do setor.

Caso se confirme essa evolução, e de acordo com as informações dadas pela Direção-Geral de Energia, uma descida de 1,5 cêntimos colocará o preço do litro da gasolina nos 1,302 euros. Trata-se do valor mais baixo dos últimos quatro anos, concretamente desde a semana de 7 de março de 2016.

Já o aumento de 1,5 cêntimos colocará o preço do litro do gasóleo nos 1,248 euros, com este combustível a aliviar dos mínimos desde setembro de 2017. Ou seja, de dois anos e meio.

Neste período marcado pela pandemia do coronavírus, em que são antecipados grandes danos para a economia, quem precisa de andar na estrada tem beneficiado de um alívio dos encargos com combustíveis. No caso da gasolina, em cinco semanas, o litro ficou 20 cêntimos mais barato.

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FMI diz que economia mundial já está em recessão

  • Lusa
  • 27 Março 2020

A economia mundial já está em recessão por causa do confinamento, mas a líder do FMI disse esperar uma recuperação em 2021 desde que os governos adotem medidas adequadas e "coordenadas".

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou esta sexta-feira que “já está claro” que a economia mundial entrou “numa recessão, igual ou pior que a de 2009” devido à pandemia de covid-19.

Já está claro que estamos numa recessão igual ou pior que a de 2009“, afirmou Georgieva, numa conferência de imprensa por vídeo na sede da instituição financeira internacional, para avaliar o impacto económico da expansão global do coronavírus.

A líder do FMI disse esperar uma recuperação em 2021 desde que os governos adotem medidas adequadas e “coordenadas”.

Georgieva apontou ainda a grande necessidade de financiamento dos países emergentes, avançando um número de 2,5 biliões de dólares, mas salientou que “é uma estimativa baixa e conservadora”. Mais de 80 países solicitaram já assistência financeira à instituição, segundo Georgieva.

"Exortamos os países a intensificarem agressivamente as medidas de confinamento”

Kristalina Georgieva

“Exortamos os países a intensificarem agressivamente as medidas de confinamento”, afirmou. “Podemos reduzir a duração desta crise“, acrescentou.

Georgieva também se congratulou com a aprovação de um pacote de apoio à economia norte-americana num montante de cerca de 2 biliões de dólares, sublinhando a necessidade de atenuar o impacto da pandemia na maior economia do mundo, obrigada a suspender a sua atividade como aconteceu em muitos outros países.

“É importante para o povo norte-americano. É também importante para o resto do mundo, dada a importância dos Estados Unidos”, considerou. O coronavírus infetou até agora mais de meio milhão de pessoas em todo o mundo e causou mais de 25.000 mortes, de acordo com os últimos dados da Universidade Johns Hopkins.

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“Elevada procura” leva Governo a duplicar linha de crédito de 200 para 400 milhões

A primeira linha de crédito anunciada pelo Governo e que é dirigida a todas as empresas vai passar a ter uma dotação de 400 milhões de euros por causa da "elevada procura".

O Governo decidiu duplicar a dotação da primeira linha de crédito para empresas afetadas pela pandemia que tinha lançado no início deste mês e que se dirige a todas as empresas. Já foi de 100 milhões de euros, passou a 200 milhões de euros uma semana depois e agora vai passar a ser de 400 milhões de euros.

O Governo decidiu alargar de 200 para 400 milhões de euros o montante da Linha de Crédito para apoio à tesouraria das empresas“, anuncia o Ministério da Economia em comunicado. A notícia já tinha sido avançada esta sexta-feira pelo Jornal de Negócios, citando o IAPMEI. Esta é uma linha de crédito geral que passará a excluir, no entanto, as empresas de setores que têm linhas específicas.

Este apoio, que está disponível desde o dia 12 de março, segundo as informações dadas pelo Executivo, tem registado uma “elevada procura” nos últimos dias, uma situação a que este reforço pretende responder. 320 milhões de euros serão para fundo de maneio e 80 milhões de euros para plafond de tesouraria das empresas, sendo que as candidaturas devem ser apresentadas junto dos bancos aderentes (ver lista) até 31 de maio.

As condições desta linha definem que o financiamento máximo por empresa é de até 1,5 milhões para fundo de maneio — com um prazo máximo de quatro anos e um ano de carência de capital — e até 1,5 milhões em plafond de tesouraria com uma duração de até três anos. A garantia concedida pelo Estado é de até 80% “através do sistema de garantia mútua”.

A aprovação é feita por ordem de chegada dos pedidos. Podem candidatar-se tanto micro, pequenas e médias empresas (PME) como grandes empresas, desde que “estas últimas se encontrem, pelo menos, numa situação comparável à situação ‘B-‘ em termos de avaliação de crédito”.

“Empresas com situação líquida negativa no último balanço aprovado podem aceder à linha caso apresentem situação regularizada em balanço intercalar aprovado até à data de enquadramento da operação”, esclarece o Q&A do IAPMEI. As empresas têm de ter a situação regularizada com a Segurança Social e a Autoridade Tributária.

Quanto ao custo deste financiamento, de acordo com o IAPMEI, as empresas podem optar por uma taxa de juro fixa (Swap Euribor para prazo da operação + spread) ou uma taxa de juro variável indexada à Euribor mais um spread entre 1,928% e 3,278%. Estes valores compara com o spread de 1% a 1,5% que António Costa disse que as outras linhas de crédito irão ter.

No comunicado o Executivo garante que “visando apoiar as empresas e os trabalhadores, as medidas estão permanentemente a ser monitorizadas para garantir uma resposta eficaz às necessidades dos operadores económicos e contribuir para a preservação da estrutura produtiva e dos postos de trabalho”. Anteriormente, os ministros das Finanças e da Economia já admitiam ajustes às medidas tomadas consoante a evolução da situação.

“O Governo continuará a acompanhar atentamente a evolução desta situação excecional que vivemos, em estreita articulação com os Parceiros Sociais e a avançar com apoios que se revelarem adequados”, assegura o Ministério da Economia. Além desta linha de crédito geral, o Estado lançou várias linhas de crédito setoriais com um total superior a três mil milhões de euros, sendo que algumas já foram aprovadas pela Comissão Europeia, segundo o primeiro-ministro, e deverão chegar ao terreno em breve.

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BCP cai 4% após congelar dividendo. Bolsa perde 2%

Foram 14 as cotadas nacionais que fecharam no vermelho, com BCP a deslizar 4% depois de cancelar dividendo. PSI-20 caiu quase 2%, assim como as bolsas europeias. Vírus continua a pressionar mercados.

As ações do BCP desvalorizaram esta sexta-feira 4%, depois de o conselho de administração ter cancelado o dividendo por causa do impacto da crise do coronavírus. Com 14 cotadas em terreno negativo, a bolsa de Lisboa fechou a semana em queda. Assim como as restantes praças europeias, à medida que a pandemia do vírus vai afetando a economia.

O PSI-20, o principal índice português, caiu 1,76% na sessão, encerrando nos 3.942,86 pontos. O BCP foi um dos destaques do dia, pela negativa. Os títulos do banco desvalorizaram 4,0% para 0,1055 euros, isto depois de congelar o dividendo para reforçar o capital e a instituição face à incerteza provocada pela pandemia Covid-19.

Com piores desempenhos fecharam a Navigator, Mota-Engil e Semapa, todos com quedas superiores a 4%.

BCP cai 4%

Entre as grandes cotadas nacionais, também a EDP e EDP Renováveis caíram 1,76% e 1,18%, para 3,518 euros e 10,08 euros, respetivamente. A Galp também cedeu 0,57% num dia em que os preços do petróleo voltam a registar quedas acentuadas nos mercados internacionais.

Lá por fora, o fecho da semana também se fez em terreno negativo. O Stoxx 600 caiu 3,34% para 310,65 pontos. As bolsas de Madrid, Milão e Frankfurt também cederam entre 3% e 4%. Já o francês CAC 40 perdeu 4,23%.

“É difícil antecipar se este recuo constitui uma normal correção após os ganhos dos últimos três dias ou marca de uma inversão no sentimento dos investidores”, referiram os analistas do BPI no comentário de fecho.

“Hoje, os investidores avaliaram a evolução da propagação deste vírus e a ausência de um plano concertado por parte da Europa em resposta a esta pandemia. De facto, os países da União Europeia continuam a não conseguir chegar a um entendimento relativamente à elaboração de um plano coordenado para enfrentar a atual crise”, adiantaram ainda.

Do outro lado do Atlântico, as bolsas norte-americanas estão a recuar perto de 3% com os receios de que os EUA se tornem no centro da pandemia do novo coronavírus, depois de terem ultrapassado a China com mais casos de infeções.

(Notícia atualizada às 16h57)

 

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Venda de combustível caiu mas procura de botijas de gás cresceu

  • Lusa
  • 27 Março 2020

Postos têm registado uma quebra nas vendas de combustíveis e a procura por botijas de gás doméstico aumentou, destaca a Associação Portuguesa de Empresas Petrolífera.

A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) indicou esta sexta-feira que os postos têm registado uma quebra nas vendas de combustíveis, decorrente do Covid-19, mantendo-se o abastecimento assegurado, porém a procura por botijas de gás doméstico aumentou.

“Ainda não temos números oficiais, mas pelos dados que recebemos dos pontos, houve uma grande quebra nas vendas de combustível para aviões, depois da redução drástica do tráfego, e nos combustíveis a redução também foi significativa, sobretudo, na gasolina”, apontou o secretário-geral da Apetro, António Comprido, em declarações à Lusa.

Por outro lado, e também devido à redução do consumo, os postos não têm registado “quaisquer problemas” em garantir o abastecimento, disse.

Já no que se refere ao gás engarrafado, registou-se “alguma corrida”, nomeadamente, ao de utilização doméstica, o que, segundo a associação, não é surpreendente, tendo em conta que grande parte da população está em regime de teletrabalho.

Questionado sobre se as medidas avançadas pelo Governo, como a linha de crédito de 200 milhões de euros para apoiar necessidades de tesouraria, estão adequadas às necessidades do setor, António Comprido disse apenas que “todos os apoios são bem-vindos”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 112.200 são considerados curados.

Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).

Dos infetados, 354 estão internados, 71 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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