Ameaça do Covid-19 pesa em Wall Street. Bolsas caem 3%

Apesar dos estímulos orçamentais e monetários, as bolsas norte-americanas voltam a negociar no “vermelho”, com a crescente ameaça dos EUA se tornarem no epicentro da epidemia do novo coronavírus.

Depois de três dias de ganhos, as bolsas norte-americanas voltam a negociar no “vermelho”, seguindo a tendência europeia. A ameaça de os EUA se tornarem o epicentro do novo coronavírus, dado o aumento de novos casos, penaliza o sentimento dos investidores.

O índice de referência S&P 500 recua 3,34% para 2.542,16 pontos, enquanto o industrial Dow Jones desvaloriza 3,76% para 21.703,86 pontos, depois de na sessão anterior ter registado o maior ganho diário desde a década de 30. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq perde 2,98% para 7.565,07 pontos.

Apesar da agitação registada durante esta semana, os investidores continuam receosos quanto ao impacto do Covid-19 na maior economia do mundo. Os EUA são agora o país do mundo com mais casos confirmados por infeção de Covid-19, tendo esta quinta-feira ultrapassado a China. O número de infetados já são quase 86 mil, sendo que há 1.259 mortes registadas desde que o surto foi detetado no país. A Organização Mundial de Saúde já alertou que os EUA podem vir a tornar-se o epicentro do vírus.

Além disso, e a associar-se a este sentimento negativo, está a volatilidade nos preços do petróleo, com as medidas globais de isolamento a causar um colapso sem precedentes na procura pela matéria-prima. Ainda esta sexta-feira, a Agência Internacional de Energia veio alertar que a procura mundial por petróleo está em queda livre, acrescentando que poderemos ver uma quebra na procura por petróleo de “até 20 milhões de barris por dia” por causa do coronavírus.

A pesar nas cotações de petróleo, está ainda o conflito Arábia Saudita e a Rússia, que se mantém ativo, com os sauditas a injetarem produção extra no mercado. Além disso, a Rússia pediu um novo acordo à OPEP+ para equilibrar os mercados petrolíferos, avança a Reuters. Nesse contexto, Brent de referência europeia desvaloriza 4,52% para 25,14 dólares por barril, enquanto o crude WTI, a negociar em Nova Iorque, perde 4,2% para 21,64 dólares.

Perante este cenário, as empresas do setor petrolífero estão a ser fortemente afetadas. A Exxon Mobil perde 5,48% para 36,69 dólares, já os títulos Chevron desvalorizam 7,26% para 70,83 dólares.

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Fábrica Dura Automotive da Guarda entrou em lay-off

  • Lusa
  • 27 Março 2020

Devido à pandemia do Covid-19, fábrica Dura Automotive suspendeu produção até ao dia 14 de abril. Trabalhadores estão apreensivos com o futuro da unidade fabril que "já não estava muito bem".

A fábrica da Guarda da Dura Automotive, que produz componentes para a indústria automóvel, suspendeu esta quinta-feira a produção até ao dia 14 de abril, devido à pandemia da covid-19, segundo fontes sindicais e da empresa.

O representante da Comissão de Trabalhadores, Paulo Ferreira, disse à agência Lusa que a empresa entrou em lay-off (suspensão temporária ou redução dos horários de trabalho) pelas 00:00 desta sexta-feira e solicitou aos operários que se apresentem ao serviço no dia 14 de abril.

“Caso [o período de lay-off] se prolongue por mais tempo, que é aquilo que toda a gente [trabalhadores] suspeita, eles [administração], depois, entrarão em contacto connosco. Mas, para já, [a medida vigora] pelo menos, até ao dia 14″, adiantou.

Fonte dos recursos humanos da empresa confirmou à Lusa a aplicação da medida de lay-off no período referido pelo representante dos trabalhadores.

Segundo Paulo Ferreira, a administração da DURA Automotive – Indústria de Componentes para Automóveis, Lda., instalada na freguesia de Vila Cortez do Mondego, no concelho da Guarda, justifica a paragem na produção pela pandemia e “pelo cancelamento das encomendas por parte dos clientes, porque eles também acabam por fechar”.

A empresa possui um total de 155 trabalhadores e, no período de lay-off, ficam apenas cinco a assegurar os serviços mínimos.

O representante dos trabalhadores contou que a medida foi recebida com “um misto de sensações”, porque os operários estavam com receio de trabalhar devido à Covid-19, mas também estão apreensivos com o futuro da unidade fabril que “já não estava muito bem”.

O coordenador da União dos Sindicatos da Guarda, Pedro Branquinho, mostrou-se preocupado esta sexta-feira com a aplicação da medida de lay-off na multinacional que produz componentes para a indústria automóvel, porque a empresa “está com problemas estruturais a nível internacional”.

O responsável lembrou à Lusa que “o problema da Dura tem muitos meses” e “para o dia 31 de outubro [de 2019] estava anunciado o despedimento de 65% dos trabalhadores, o que não se concretizou”.

“Este lay-off é uma preocupação muito grande para nós”, assumiu o coordenador da União dos Sindicatos da Guarda.

Pedro Branquinho lamenta que as pequenas empresas da região estejam “a aguentar-se” e que as maiores recorram ao lay-off, o que considera “desajustado”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.

Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).

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Covid-19: ANA suspende operação no terminal 2 do aeroporto de Lisboa

  • Lusa
  • 27 Março 2020

Suspensão da operação no terminal 2 do aeroporto de Lisboa acontece a partir segunda-feira. Todos os embarques são concentrados no terminal 1, para minimizar os impactos económicos da pandemia.

A ANA – Aeroportos de Portugal vai suspender a operação no terminal 2 do aeroporto de Lisboa a partir segunda-feira e concentrar todos os embarques no terminal 1, numa reorganização destinada a minimizar os impactos económicos da pandemia.

Em comunicado divulgado esta sxta-feira, a gestora aeroportuária adianta que a operação no terminal 2 será suspensa a partir das 12h00 de segunda-feira, passando esta estrutura a ser utilizada “unicamente para voos especiais de apoio ao SNS [Serviço Nacional de Saúde] e voos humanitários”.

Segundo explica, esta reorganização das áreas do aeroporto de Lisboa visa minimizar os impactos económicos da pandemia de Covid-19, aos quais “os aeroportos portugueses não estão imunes”, pretendendo “proteger os empregos nesta fase de grande incerteza”.

“Face a uma crise sanitária nunca antes vivida e às medidas de restrição aplicadas às deslocações das pessoas, cujas consequências no setor da aviação ultrapassam os prejuízos decorrentes do 11 de setembro 2001, as companhias aéreas foram forçadas a reduzir rápida e fortemente as suas operações”, salienta a ANA.

Como resultado, diz, “os aeroportos pelo mundo todo adotaram medidas drásticas de reorganização das suas atividades, para acompanhar a redução – às vezes quase total – do tráfego aéreo”, sendo que “alguns dos maiores aeroportos de Europa estão a fechar: Paris-Orly e London City anunciaram a suspensão das suas atividades e Viena está parcialmente encerrado”.

No comunicado, a ANA destaca a “prioridade” que tem dado à “proteção da saúde dos passageiros e dos trabalhadores da comunidade aeroportuária”, com a “divulgação e cumprimento das recomendações de prevenção, higiene e distanciamento social, reforço da limpeza das instalações e desinfeção, limitação do acesso aos aeroportos e aquisição e implementação de um sistema de câmaras de medição de temperatura”.

A gestora aeroportuária garante ainda a “continuidade do serviço público”, afirmando-se “comprometida com o Estado para assegurar que as principais portas de acesso aéreo ao país permanecem sempre abertas, permitindo aos portugueses no estrangeiro e aos estrangeiros em Portugal regressarem para junto das suas famílias e às cadeias logísticas essenciais continuarem a funcionar”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia do Covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.

Portugal regista hoje 76 mortes associadas a Covid-19, mais 16 do que na quinta-feira, e o número de infetados subiu para 4.268, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril. Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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OCDE: Cada mês de confinamento representa menos dois pontos do PIB em 2020

  • Lusa
  • 27 Março 2020

As medidas de confinamento resultantes da pandemia da covid-19 traduzem-se numa redução da atividade de até um terço nas grandes economias do mundo.

As medidas de confinamento aplicadas devido à pandemia da covid-19 durante um mês representam uma perda de dois pontos percentuais no Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, anunciou esta sexta-feira a OCDE.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) adianta num comunicado divulgado esta sexta-feira que as medidas de confinamento resultantes da pandemia da covid-19 se traduzem numa redução da atividade de até um terço nas grandes economias do mundo.

No comunicado, a OCDE adverte que muitas economias entrarão em recessão, algo “inevitável” porque é preciso lutar contra a pandemia e ao mesmo tempo fazer o necessário para que a atividade arranque o quanto antes.

Estas previsões foram apresentadas pelo secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, aos líderes do G20 na cimeira virtual de quinta-feira, onde insistiu que fazem falta mais ações para absorver o choque económico e uma resposta mais coordenada dos Governos para salvaguardar as pessoas e as empresas, que sairão “muito fragilizadas” da crise.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 112.200 são considerados curados.

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Tráfego de comunicações eletrónicas sobe cerca de 50% em Portugal

  • Lusa
  • 27 Março 2020

O tráfego de comunicações eletrónicas tem vindo a aumentar cerca de 50% devido às medidas de combate ao contágio do novo coronavírus.

O tráfego de comunicações eletrónicas tem vindo a aumentar devido às medidas de combate ao contágio do novo coronavírus, com um subida de 47% na voz e 52% nos dados, segundo dados hoje divulgados pelo regulador Anacom.

De acordo com a estimativa da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), com os dados mais recentes reportados até 24 de março pelos três maiores operadores — Altice Portugal (Meo), Nos e Vodafone Portugal –, registou-se um acréscimo de 47% no tráfego de voz face ao período anterior à pandemia. Na voz móvel o aumento foi de 41% e na voz fixa a subida de tráfego foi de 94%. Em termos de tráfego de dados, cujo aumento foi de 52%, no móvel o crescimento foi de 24% e no fixo de 54%.

A Anacom refere que, segundo a informação disponível, “registaram-se alterações significativas nos padrões de utilização dos serviços de comunicações eletrónicas”, como o crescimento do tráfego de voz fixa, “que contrasta com a redução verificada em anos anteriores (em 2019 este tipo de tráfego diminuiu 15%)”.

O tráfego de voz fixa estava em queda desde o início de 2013. “Por outro lado, o peso relativo da voz fixa aumenta em relação à voz móvel (que cresce menos do que a voz fixa)”, observa a Anacom. “Acentuou-se igualmente o crescimento do tráfego de banda larga fixa (53,7%), que estava em desaceleração (cresceu 29% em 2019)”.

O regulador liderado por João Cadete de Matos estima que “o tráfego médio por acesso fixo continue a aumentar (era de 131 GB/mês em 2019) e se afaste ainda mais do tráfego médio por acesso móvel (4 GB/mês em 2019), visto que o tráfego de dados móvel está a crescer a taxas inferiores ao tráfego fixo“.

A Anacom destaca que esta evolução está “em consonância com as boas práticas que são recomendadas para prevenir congestionamentos das redes, nomeadamente ‘usar sempre que possível o telefone fixo em detrimento do móvel para fazer chamadas’ e ‘sempre que possível usar a ligação wifi em detrimento da banda larga móvel'”.

De acordo com a informação de alguns prestadores, “o perfil de utilização ao longo do dia não se alterou de forma significativa, notando-se apenas uma maior redução do tráfego às horas das refeições e um aumento generalizado do tráfego no período 07:00-23:00, com um pico às 22:00“, refere. A Autoridade Nacional de Comunicações afirma que “não foram reportados congestionamentos relevantes” e que vai continuar a “exercer ativamente as suas competências e monitorizará permanentemente a situação”.

Isto inclui averiguar “regularmente junto dos operadores como é que o Covid-19 está a impactar nas suas atividades, como está a evoluir o tráfego, se existem situações de congestionamento das redes decorrentes de aumentos da procura, se existem constrangimentos ao nível dos fornecimentos, que medidas estão a ser adotadas, incluindo em termos de proteção de colaboradores que possam ser críticos para as atividades dessas empresas, o tipo de articulação que está ser efetuada com outras entidades, nomeadamente no que respeita à proteção civil, e ainda a forma como se estão a processar as comunicações de emergência”.

No atual contexto, em que há um vasto conjunto de pessoas confinadas no domicílio em regime de teletrabalho e a usar Internet, a Anacom alerta “para as fraudes que a PJ, GNR e Centro Nacional de Cibersegurança estão a detetar“, salientando que “é importante estar atento aos alertas das autoridades e divulgá-los sempre que possível pela rede de contactos, para pôr termo a estas práticas”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia do coronavírus, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil. Portugal regista hoje 76 mortes associadas à Covid-19, mais 16 do que na quinta-feira, e o número de infetados subiu para 4.268, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde. Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00h00 de 19 de março e até às 23h59 de 2 de abril.

(Notícia atualizada às 13h25 com mais informação)

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Casos de Covid-19 sobem para 4.268. Já morreram 76 pessoas

O número de casos conhecidos de infeção pelo novo coronavírus aumentou para 4.268 em Portugal. A doença já fez 76 vítimas mortais no país.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) descobriu 724 novos casos de Covid-19 em Portugal, elevando de 3.544 para 4.268 o número de pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus. Até à meia-noite, foram ainda registados 16 novos óbitos, o que faz subir de 60 para 76 o número de vítimas mortais causadas pela doença.

Esta evolução no número de casos conhecidos representa um crescimento de 20% face aos dados divulgados na quinta-feira. A maioria observa-se na região Norte do país, onde há pelo menos 2.443 infetados, seguindo-se a região de Lisboa e Vale do Tejo, com pelo menos 1.110 pessoas infetadas, e a região Centro, com 520 casos confirmados.

Somente 425 pessoas estão em internamento, 71 delas em cuidados intensivos, o que significa que mais de 90% das pessoas infetadas estão a ser medicamente seguidas nos respetivos domicílios. Uma informação em linha com o plano de combate à epidemia desenhado pela DGS.

Quanto ao total de óbitos já registados, estes deram-se principalmente no Norte (33) e na região de Lisboa (24). Os dados mostram ainda que 43 pessoas já recuperaram da doença, sobretudo em Lisboa (17), no Norte (16) e no Centro (10).

Boletim epidemiológico de 27 de março de 2020

Fonte: Direção-Geral da Saúde

Do total de casos registados em território nacional, 330 foram “importados” de outros países. A maioria foram pessoas que entraram no país vindas de Espanha (105), França (72) e Reino Unido (27), seguindo-se a Suíça (22) e Itália (21).

Em linhas gerais, esta é a situação em Portugal 25 dias depois de registados os primeiros dois casos de infeção pelo novo coronavírus no país, uma estirpe cuja origem é atribuída a um mercado que vende animais vivos em Whuan, na província chinesa de Hubei. Portugal ultrapassa, assim, a fasquia dos 4.000 casos, numa altura em que, na China, a sociedade e as empresas regressam lentamente ao normal, após meses de quarentena e isolamento.

O número de casos confirmados representa, assim, o número de pessoas que já foram testadas para esta nova estirpe e cujos resultados foram positivos para a presença de vírus no trato respiratório, não refletindo, necessariamente, o número de casos reais que efetivamente existem no país. Por isso, as autoridades têm recomendado à população que permaneça em casa para travar o avançar do surto, sendo que pessoas infetadas e pessoas sob vigilância estão, por lei, obrigadas ao isolamento.

São já 19.816 pessoas em vigilância das autoridades, por terem estado em contacto com pessoas infetadas, segundo os últimos dados da DGS. Há, por fim, registo de 25.431 casos suspeitos desde 1 de janeiro deste ano, 17.168 casos não confirmados e 3.995 pessoas aguardam o resultado laboratorial.

Milhares de médicos reformados vão reforçar SNS

Na conferência de imprensa diária sobre a pandemia, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, indicou que 4.500 médicos “responderam ao apelo da Ordem dos Médicos para reforçarem o Serviço Nacional de Saúde [SNS] durante a pandemia de Covid-19”. “Muitos vindos do conforto das suas reforças”, salientou.

O governante indicou ainda que “chegaram hoje [sexta-feira] 4,6 milhões de máscaras cirúrgicas e outros equipamentos de proteção”. Lacerda Sales garantiu que estes artigos “rapidamente chegarão aos profissionais de saúde”.

O secretário de Estado da Saúde recordou ainda que “os idosos são a população mais exposta à letalidade deste vírus”. “Os números são claros: a taxa de mortalidade é de 1,7% em Portugal e mais de 80% dos obtidos ocorrem em pessoas com mais de 70 anos. Quanto mais diminuirmos os focos de infeção, mais estamos a proteger a população mais vulnerável”, salientou.

Dito isto, num apelo à população em geral, Lacerda Sales rematou: “A nossa maior arma continua a ser o isolamento social”.

Consulte aqui o boletim epidemiológico na íntegra:

(Notícia atualizada pela última vez às 13h08)

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Sonae Sierra põe lojas fechadas dos shoppings a vender online

  • ECO
  • 27 Março 2020

Em parceria com o Dott, a retalhista vai disponibilizar uma "plataforma de adesão gratuita que permite aos lojistas realizarem vendas online" e, até 31 de maio, sem quaisquer comissões.

Os centros comerciais mantêm abertos apenas os estabelecimentos de bens essenciais, como a restauração, deixando de portas fechadas todos os restantes. E para evitar prejuízos acentuados para as empresas, a Sonae Sierra juntou-se à plataforma Dott para permitir aos lojistas venderem os seus produtos online, sem custos de adesão ou comissões sobre vendas.

Esta é uma “solução” que possibilita aos lojistas “manterem o seu negócio, mesmo nos casos em que tenham as suas lojas físicas encerradas e/ou que não tenham, até à data, nenhum site de venda online“, refere a Sonae Sierra, em comunicado divulgado esta sexta-feira.

Assim, em parceria com o Dott, a retalhista vai disponibilizar uma “plataforma de adesão gratuita que permite aos lojistas realizarem vendas online” e, até 31 de maio, sem quaisquer comissões sobre as vendas. Os lojistas terão um catálogo online e o Dott vai ajudar em todo esse processo, bem como nos procedimentos de pagamento e faturação. Além disso, ficará ainda responsável pela entrega das encomendas ao domicílio.

“Queremos apoiar todos os nossos lojistas, permitindo-lhes ter uma nova ferramenta de venda disponível e, por outro lado, assegurar aos portugueses o acesso aos bens que encontravam nos nossos centros comerciais e dos quais estão privados face ao contexto atual”, refere Cristina Santos, administradora responsável pela gestão de centros comerciais da Sonae Sierra.

Para ter acesso às lojas online só tem de aceder ao site do respetivo centro comercial, que terá disponibilizada uma sessão “Dott”. Esta ferramenta está disponível no AlbufeiraShopping, ArrábidaShopping, CascaiShopping, CColombo, Continente Portimão, Vasco da Gama, Coimbra Retail Park, GaiaShopping, GuimarãeShopping, LeiriaShopping, MadeiraShopping, MaiaShopping, NorteShopping, Nova Arcada, Parque Atlântico e ViaCatarina Shopping, refere a Sonae Sierra.

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Coronavírus já fez quase 25 mil mortos em todo o mundo

  • Lusa
  • 27 Março 2020

De acordo com um balanço feito pela Agência France Presse, o novo coronavírus matou 24.663 pessoas em todo o mundo. Foram registados 539.360 casos de infeção em mais 183 de países.

Quase 25 mil pessoas morreram em todo o mundo infetadas por Covid-19, de acordo com um balanço feito pela Agência France Presse (AFP) a partir de dados oficiais divulgados esta sexta-feira às 11:00.

O novo coronavírus matou 24.663 pessoas em todo o mundo desde que surgiu em dezembro, segundo este novo balanço.

Foram registados 539.360 casos de infeção em mais 183 de países e territórios desde o início da epidemia. Em Portugal o número de casos confirmados de Covid-19 subiu para 3.544, enquanto o número de mortes provocadas pelo coronavírus aumentou para 60.

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BCE pede “prudência” à banca no pagamento de dividendos

O BCP foi o primeiro banco português a anunciar um corte na remuneração dos acionistas, tal como fizeram os espanhóis Santander, CaixaBank e Bankia.

Os bancos da Zona Euro, que estão a ser penalizados pelo surto de Covid-19, devem ser prudentes na remuneração dos acionistas. O alerta é feito pelo Banco Central Europeu (BCE), que recomenda às instituições financeiras que acautelem eventuais necessidades de capital devido à pandemia.

Os bancos devem ser prudentes nas decisões que tomam sobre dividendos e ter uma visão virada para o futuro em relação aos riscos para prevenir uma situação em que venham a ter acrescidas necessidades de capital”, alertou o BCE em declarações citadas pela Reuters.

A ideia não é inédita e, numa altura em que a banca está a ser chamada a ajudar a que os estímulos monetários e orçamentais cheguem à economia real, a Federação Europeia de Bancos (EBF, na sigla em inglês) já tinha defendido o mesmo.

“Para 2020, a EBF acredita que os bancos cotados em bolsa não devem distribuir dividendos ou comprar ações em programas de buyback com vista a manter o máximo de preservação de capital. As administrações dos bancos podem decidir a política de dividendos ou a distribuição de algum montante no fim do ano”, pediu a federação, numa carta à entidade de supervisão do BCE.

Há bancos que já deram esse passo, incluindo em Portugal. O BCP anunciou esta quinta-feira que já não vai distribuir dividendos este ano, justificando a decisão com a recente crise provocada pelo surto do coronavírus no país. Em contrapartida, o banco vai compensar os trabalhadores com 5,3 milhões de euros pelos cortes salariais entre 2014 e 2017.

É também o caso do CaixaBank, cuja administração decidiu desconvocar a assembleia-geral prevista para 3 de abril e anunciou que vai reduzir para metade o dividendo proposto para o exercício de 2019.

O Santander cancelou igualmente a remuneração intercalar que deveria entregar aos investidores, ao mesmo tempo que os salários da administração vão ser revistos em baixa. Parte da poupança servirá para criar um fundo solidário para ajudar a combater a pandemia. O Bankia comunicou também que vai rever em baixa o dividendo, mas o valor ainda não é conhecido.

(Notícia atualizada às 12h20)

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A liderança tem sexo? Nova Pessoas já está nas bancas

  • Trabalho
  • 27 Março 2020

Liderança, trabalho remoto, reskilling e uma escape room dentro de uma empresa. A revista Pessoas de março/abril chegou finalmente às bancas. E há muito para ler.

“Há boas notícias”, começa por dizer Helena Marujo, investigadora e professora no ISCSP. “Há lideranças femininas em homens e lideranças masculinas em mulheres”, detalha. À pergunta “A liderança tem sexo?”, que arranca a conversa entre quatro mulheres e um homem, a investigadora adiciona uma adenda.

Capa da Pessoas n.º 7, edição de março/abril de 2020.Revista Pessoas

“A minha resposta é sim… e não: por um lado, a liderança feminina é uma área de investigação, há modelos teóricos a sustentar que características tem, a maneira de gerir pessoas que é considerada próxima da visão que simboliza a mulher. Portanto, a resposta é sim porque conseguimos efetivamente estudar as dimensões que compõem uma liderança com características femininas. (…) Também é não porque ela não está associada ao género sexual. E isso é uma ótima notícia”, sublinha.

À mesa, Pedro Ramos, diretor de recursos humanos da TAP modera a conversa entre mulheres e vai “picando” as intervenientes com provocações. Além de Helena Marujo, professora auxiliar do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa desde 2011 e investigadora na área da felicidade, acompanham-no Conceição Zagalo, membro-fundador da GRACE, Elsa Carvalho, diretora de recursos humanos da Caixa Geral de Depósitos e Anabela Chastre, coach e consultora na área da liderança.

Capa da revista Pessoas n.º 8.Revista Pessoas

Este foi o ponto de partida da conversa que serve de tema de capa à revista Pessoas n.º 8, que já está nas bancas. Mas há muito mais para descobrir nesta edição. Conversámos com Henrique Paranhos, fundador da 100% remota WEBrand Agency, que tem mostrado que é possível trabalhar à distância, poupar no tempo, apostar na inclusão, e até reduzir a pegada ecológica, e ainda visitámos o novo escritório da Mercer e da Marsh, em Arroios, Lisboa, onde a empresa montou a primeira escape room corporativa em Portugal, uma maneira de conhecer melhor as equipas… enquanto se joga.

A nova revista Pessoas já está nas bancas. Pode também assinar a revista e recebê-la em casa.

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Autoeuropa prolonga suspensão da produção até 12 de abril

  • Lusa
  • 27 Março 2020

Comissão de Trabalhadores solicitou que dias de paragem, tal como os anteriores, também sejam pagos como downdays.

A Autoeuropa prolongou esta sexta-feira a suspensão da produção na fábrica de Palmela até dia 12 de abril, devido à pandemia da covid-19, confirmou à agência Lusa o coordenador da Comissão de Trabalhadores, Fausto Dionísio.

“A Volkswagen, que já tinha suspendido a produção, primeiro até dia 29 de março e depois até 5 de abril, informou-nos hoje [sexta-feira] que vai prolongar a suspensão da produção na fábrica de Palmela por mais uma semana, até dia 12 de abril”, disse Fausto Dionísio.

Nós solicitámos que estes dias de paragem, tal como os anteriores, também sejam pagos como downdays (dias de não produção sem perda de salário), uma vez que ainda estamos dentro do limite anual de 22 dias de downdays”, acrescentou Fausto Dionísio.

De acordo com o coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, as fábricas da Volkswagen na Alemanha e em outros países também vão prolongar as paragens de produção pelo menos até 12 de abril.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000. Dos casos de infeção, pelo menos 108.900 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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Boris Johnson está infetado com o novo coronavírus

O primeiro-ministro Boris Johnson está infetado com Covid-19. Diz que, agora, vai "liderar a resposta do governo [britânico] através de videoconferência".

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está infetado com Covid-19. O anúncio foi feito pelo próprio na sua conta de Twitter.

“Nas últimas 24 horas, desenvolvi sintomas leves e testei positivo para coronavírus”, diz o primeiro-ministro da rede social. Deixa ainda uma mensagem a dizer que “vai continuar a liderar a resposta do governo através de videoconferência enquanto lutamos contra este vírus”, refere.

 

Depois de desvalorizar a pandemia do novo coronavírus, Boris Johnson endureceu as medidas e decretou o isolamento. O Reino Unido está de quarentena desde segunda-feira, durante o período de três semanas.

“Agora é a altura de todos pararem o contacto não essencial com outras pessoas e pararem todas as viagens desnecessárias. Precisamos que as pessoas comecem a trabalhar em casa, sempre que possível, e devem evitar bares, discotecas, teatros e outros locais sociais”, apelou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Boris Johnson lembrou à população que não haverá ventiladores ou camas suficientes se toda a população ficar doente ao mesmo tempo, numa altura em o Reino Unido já contabiliza 769 mortes e 14.579 casos confirmados, de acordo com os dados publicados esta sexta-feira pelo Ministério da Saúde.

Para além do primeiro-ministro britânico, o príncipe Carlos, de 71 anos e herdeiro da coroa britânica, também está infetado com o Covid-19.

Ministro da saúde britânico também está infetado

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, confirmou esta sexta-feira também ter contraído a covid-19, horas depois de o primeiro-ministro, Boris Johnson, ter anunciado estar em isolamento por o teste ao vírus ter sido positivo.

“Tenho estado a trabalhar de casa nos últimos dois dias, porque todos os que puderem trabalhar a partir de casa, devem fazê-lo (…) Não tenham dúvida de que, graças às maravilhas das novas tecnologias, posso continuar em contacto com a minha equipa e liderar o combate ao coronavírus”, disse, através da rede social Twitter.

Maat Hancock, que esteve no parlamento britânico na quarta-feira, juntamente com o primeiro-ministro durante o debate semanal com os deputados, disse ter sentido sintomas ligeiros e foi aconselhado a fazer o teste, que acusou positivo.

(Notícia atualizada às 15h10 com mais informações da Lusa sobre contágio do ministro da saúde britânico)

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