Regulador corta provisões dos bancos. Wall Street inverte e soma 1%

As bolsas norte-americanas inverteram as quedas e somaram ganhos acima de 1%, depois de uma decisão regulatória ter puxado pelas ações dos bancos, apesar dos receios de uma segunda vaga da pandemia.

As bolsas norte-americanas fecharam a sessão em alta, num dia de negociações que ficou marcado pela alta volatilidade. Sinais mistos relacionados com a pandemia condicionaram as negociações, mas os índices acabaram por subir com o contributo positivo do setor da banca.

Por um lado, o aumento de casos de Covid-19 em algumas regiões dos EUA levou alguns estados, incluindo o Texas, a voltar atrás no plano de desconfinamento. Além disso, o Departamento do Trabalho revelou que 1,5 milhões de norte-americanos pediram subsídio de desemprego na última semana, em linha com a semana passada, mas um número historicamente alto ainda assim.

Mas, por outro, a Corporação Federal de Garantia de Depósitos dos EUA aprovou um corte nas provisões que os bancos precisam de ter para fazer face a potenciais perdas com a negociação de swaps e outros reguladores preparam-se para tomar decisões semelhantes, o que deu ganhos expressivos às ações dos bancos. Os investidores estão ainda à espera dos testes de stress ao setor, que deverão ser divulgados esta quinta-feira pela Reserva Federal.

Assim, depois de terem iniciado o dia de negociações a desvalorizar, depois de um dia de quedas de 3% na quarta-feira, os índices inverteram e fecharam em alta expressiva. O S&P 500 avançou 1,08%, para 3.083,17 pontos. O industrial Dow Jones avançou 1,12%, para 25.730,56 pontos. O tecnológico Nasdaq somou 1,01%, para 10.008,82 pontos.

A banca foi mesmo a principal responsável por esta inversão. A Amerprise Financial avançou 5% em bolsa, enquanto o Wells Fargo somou 3,5%, o Goldman Sachs valorizou 3,3% e o JPMorgan ganhou 2,7%.

A travar os ganhos estiveram algumas ações do setor do retalho. É o caso da Macy’s, que perdeu 4,06%, para 6,50 dólares, no dia em que foi revelado o plano da empresa para eliminar 3.900 postos de trabalho, 3% do total, por causa da pandemia de Covid-19.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Google vai pagar por conteúdos de alguns jornais

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

A Google passará a pagar a alguns meios de comunicação social para partilhar os seus conteúdos nos serviços "News" e "Discover".

A Google anunciou esta quinta-feira um programa através do qual passará a pagar a alguns meios de comunicação social para partilhar os seus conteúdos nos serviços “News” e “Discover”, uma medida que os media exigiam há anos.

Numa publicação no blogue oficial da empresa, o vice-presidente para a gestão de produtos da “News”, Brad Bender, explicou que o programa será lançado “ainda este ano” e envolverá inicialmente os Diários Associados do Brasil, o grupo alemão Der Spiegel e o Solstice Media da Austrália, seguindo-se posteriormente publicações em outras partes do mundo.

De acordo com Bender, a ideia é ajudar os media a “rentabilizar os seus conteúdos através de uma experiência enriquecida de contar notícias que permita às pessoas mergulharem em histórias complexas, serem informadas e expostas a um mundo de diferentes questões e interesses”.

A empresa disse que, “sempre que possível”, se oferecerá para pagar aos meios de comunicação por conteúdos que normalmente só estão acessíveis por assinatura, para que as pessoas os possam visitar gratuitamente através dos portais Google. “Isto permitirá às empresas editoriais aumentar o seu público leitor e criar uma oportunidade para as pessoas lerem conteúdos que normalmente não veriam”, adianta a empresa.

Durante anos, os meios de comunicação social de todo o mundo têm exigido que os governos e o poder judicial nos respetivos países forcem a empresa de motores de busca a compensá-los financeiramente pela partilha do seu conteúdo, algo a que até agora a Google sempre resistiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Brokerslink expande em África com adesão de corretora tunisina

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2020

O reforço africano da Brokerslink tem sede em Tunes e opera as principais linhas de seguro existentes na Tunísia, incluindo carga industrial e comercial, construção, seguros de saúde e de vida.

Acumulando experiência em áreas como risco industrial e tratados de resseguro, Karé Kamoun é a nova afiliada, tornando-se reforço e parceiro importante para a rede da Brokerslink em África e no resto do mundo.

Citado num comunicado da companhia portuguesa, Tiago Mora, responsável regional da Brokerslink para África, saudou a decisão da corretora selecionada e os seus conhecimentos locais especializados e de corretagem. “A experiência no mercado tunisino, combinada com a experiência direta em matéria de resseguro, constitui um importante complemento das nossas capacidades de expansão em toda a África”, salientou.

Por seu lado, Zied Kamoun, diretor geral da Karé Kamoun, salienta: “A nossa missão é conceber e fornecer soluções de seguros e resseguros que transformem o risco num caminho para crescimento para os nossos clientes. Partilhamos o compromisso da Brokerslink em garantir aos nossos clientes o acesso ao mercado, produtos líderes e experiência em gestão de risco”.

A Brokerslink, fundada pela MDS e com sede na Suíça, afirma-se como uma Global Broking Company que opera com uma extensa rede de corretores, além de contar com especialistas de risco e consultores parceiros em 110 países.

A MDS, e maior corretora portuguesas do setor, por volume de negócios e assume posicionamento multinacional nas áreas da corretagem de seguro e resseguro e consultoria de riscos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Liberty: Portugueses querem seguros multiriscos à medida

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2020

Um estudo encomendado pela seguradora sobre preferências do mercado em seguro Lar/Férias aconselha a construção de produtos modelares e nota cuidados dos portugueses quando partem para fora.

A Liberty encomendou um estudo de opinião nos três mercados europeus onde está presente, Portugal, Espanha e Irlanda em que procurou informação destinada à cobertura do risco habitação, com foco nas férias dos segurados. O trabalho de campo decorreu em janeiro e fevereiro deste ano, em período pré-Covid-19, com 500 entrevistas realizadas em Portugal, cerca de 800 em Espanha e 525 Na Irlanda.

Cerca de 71% dos entrevistados em Portugal revelaram que detinham um seguro de habitação, mas 9% confessou não ter conhecimento nenhum sobre as coberturas do seguro de casa e 6% respondeu saber todas. No plano intermédio, 64% tem algum conhecimento sobre as coberturas do seguro de casa e 22% afirma conhecer bastante bem as suas coberturas do seguro de casa.

Perante perguntas sobre os produtos de Lar e sua adaptação a férias, 68% dos inquiridos têm interesse no Produto Modular Casa/Lar , com 34% dos inquiridos a revelarem muito ou bastante interesse nesta possibilidade de ajustar as coberturas aos riscos a que se considera mais vulnerável.

Em relação aos hábitos de prudência quando vai de férias, 77% dos portugueses fecha as janelas e os estores, 73% fecha a água, 69% fecha o gás, 55% desliga a eletricidade, 33% dos portugueses avisa os vizinhos que estará fora e, por último, 22% dos portugueses ativa um alarme anti-roubo.

O conjunto de resultados foi semelhante em Portugal e Espanha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estado vai poder substituir proprietários na limpeza de terrenos

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

O Governo aprovou esta quinta-feira o regime jurídico do arrendamento forçado para prédios rústicos. Permite ao Estado substituir proprietários na limpeza de terrenos.

O Governo aprovou o regime jurídico de arrendamento forçado nas Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), zonas percorridas por incêndios com áreas superiores a 500 hectares, permitindo que o Estado se substitua ao papel dos proprietários.

“Nas situações em que os proprietários não manifestem a intenção de executar, voluntariamente, as intervenções apoiadas e previstas na Operação Integrada de Gestão da Paisagem (OIGP) para o seu prédio, o Estado pode substituir-se na execução dessas intervenções inadiáveis, recorrendo ao arrendamento forçado”, avançou o gabinete do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes.

Em causa está uma proposta de lei do Governo que estabelece o regime jurídico do arrendamento forçado, que se aplica nas AIGP, e que foi aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros, aguardando agora votação na Assembleia da República, uma vez que se trata de “direitos, liberdades e garantias (direito de propriedade privada e exploração económica versus arrendamento forçado), e bases do ordenamento do território e do urbanismo”.

“Com esta proposta, a figura do arrendamento forçado, já prevista para as frações autónomas e prédios urbanos, passa a abranger também os prédios rústicos objeto de OIGP”, adiantou o executivo. Segundo o Governo, o prazo da duração de cada OIGP é de 25 anos, que pode ser prorrogado, mediante fundamentação, por períodos adicionais, “até ao limite máximo global de 50 anos”.

Em comunicado, o gabinete do ministro do Ambiente e da Ação Climática lembrou a criação do Programa de Transformação da Paisagem (PTP), aprovado em 21 de maio e promulgado na quarta-feira pelo Presidente da República, em que se reconhece a necessidade de intervir em territórios vulneráveis através de Programas de Reordenamento e Gestão da Paisagem e de AIGP, instrumentos de intervenção na paisagem que são previstos em diploma próprio, com o regime jurídico da reconversão da paisagem, que aguarda publicação.

O programa PTP é dirigido a territórios com “elevada perigosidade de incêndio”, com o objetivo de tornar aquelas áreas mais “resilientes ao risco” de fogos.

A resolução que cria o PTP integra um conjunto de diplomas sobre floresta aprovados em Conselho de Ministros, em 21 de maio, que têm como “objetivo tornar os territórios mais resilientes ao risco de incêndio, tendo por base políticas e medidas de restruturação da paisagem promotoras de uma floresta multifuncional, biodiversa e mais rentável”.

Em comunicado emitido na ocasião, o Ministério do Ambiente adiantou que o PTP responde às orientações do Programa de Valorização do Interior e às diretrizes do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, “que introduz um novo modelo de governação do risco e uma abordagem integrada ao problema dos fogos rurais”.

Em 29 de maio, a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA)criticou a “falta de diálogo” do Governo ao aprovar legislação sobre floresta sem ouvir as organizações que representam o setor, alertando para “maus indícios” relativamente ao futuro.

“Como é que se lança um conjunto de diplomas para um setor sem que o setor seja ouvido?”, questionou o presidente da ANEFA, Pedro Serra Ramos, indicando que, entre os diferentes agentes do setor, “ninguém foi ouvido” e foram “surpreendidos” com a aprovação de decretos-lei sobre a floresta, em 21 de maio, em Conselho de Ministros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Críticas de Morais Sarmento são “distração lateral” no caso Centeno/Banco de Portugal, diz Marcelo

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

Marcelo sublinhou que "o PSD decidiu abrir caminho à nomeação do professor Mário Centeno para o Banco de Portugal", ao adotar uma posição sobre a lei que vai ser votada no parlamento sobre o cargo.

O Presidente da República classificou esta quinta-feira como “distração lateral” a crítica que lhe foi dirigida pelo social-democrata Morais Sarmento a propósito da nomeação do próximo governador do Banco de Portugal, sobre a qual não teve ainda indicação do Governo.

“Eu ouvi as intervenções do PSD, que é o partido liderante da oposição, e verifico que o PSD decidiu abrir caminho à nomeação do professor Mário Centeno para o Banco de Portugal, na medida em que adotou uma posição sobre a lei que vai ser votada no parlamento que abre esse caminho. Esse é o facto politicamente importante. Depois, há o facto lateral, digamos assim, uma espécie de distração lateral”, disse, reiterando que o importante é a posição dos sociais-democratas.

O vice-presidente do PSD Nuno Morais Sarmento classificou esta quinta-feira como “incompreensíveis” as comparações do Presidente da República entre o caso Centeno e anteriores nomeações de ministros das Finanças para governadores do Banco de Portugal. Em conferência de imprensa na sede nacional do PSD, Morais Sarmento criticou as “sucessivas referências indiferenciadas” que têm sido feitas ao histórico de nomeações para o Banco de Portugal, incluindo – “pasme-se” – as que foram feiras feitas em período da ditadura.

“Sem comprometer o PSD naquilo que vou dizer agora, para mim, de todas as declarações que foram feitas, a mais incompreensível é a do Presidente da República. Esta é uma questão política, mas também jurídica, o Presidente da República é também um insigne mestre de Direito. É para mim absolutamente incompreensível como é que, apenas por razões políticas, faça tábua rasa da existência de regimes absolutamente distintos antes e depois de 1998″, criticou Sarmento.

Esta quinta-feira, em declarações no Porto, à margem de uma visita ao Bairro de São Roque da Lameira, o chefe de Estado salientou que “qualquer jurista com curso de direito” perceberia que o conflito de interesses existente entre Governo e Banco de Portugal diminui com a alteração, em 1998, do regime do Banco de Portugal, que permitiu aumentar a sua independência em relação ao poder governativo.

O ministro das Finanças, a partir de 1998, passou a ter menos poderes sobre o Banco de Portugal do que tinha, portanto passou a haver menos conflito de interesses entre o ministro das finanças e o Banco de Portugal”, sustentou, sublinhando que houve, portanto, uma diminuição do conjunto de razões e conflitos de interesses relativamente a essa passagem, por oposição ao que acontecia antes de 1998, altura em que houve “passagem de ministros das finanças para o Banco de Portugal quanto o conflito de interesses era patente ou podia ser patente”.

O chefe de estado referiu ainda que, não tendo o Presidente da República poder de nomeação, aguardará o desenvolvimento da legislação que ainda está pendente na Assembleia da República e indicação do governo, a quem cabe, designar o novo governador do Banco de Portugal.

“Falou-se várias vezes na hipótese de o Presidente da República começar a nomear e discutiu-se se isso seria constitucional ou não, porque não vem nos poderes escritos na Constituição. Por essa razão, a questão morreu, tendo morrido, naturalmente compete ao governo a condução do processo e na altura devida o presidente da República espera ter conhecimento da posição do governo sobre a matéria”, disse.

No final do Conselho de Ministros de hoje, o primeiro-ministro afirmou já ter transmitidos aos partidos a intenção do Governo em relação à sucessão de Carlos Costa no cargo de governador do Banco de Portugal (BdP), adiantando que entre hoje e sexta-feira formalizará o processo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo já formalizou nomeação de Mário Centeno para governador do Banco de Portugal

  • Lusa e ECO
  • 25 Junho 2020

Primeiro-ministro escreveu ao presidente da Assembleia da República a comunicar a proposta do Governo para nomear o ex-ministro das Finanças Mário Centeno para o cargo de governador.

O primeiro-ministro escreveu esta quinta-feira ao presidente da Assembleia da República a comunicar a proposta do Governo para nomear o ex-ministro das Finanças Mário Centeno para o cargo de governador do Banco de Portugal. “É intenção do Governo, na sequência de proposta do senhor ministro de Estado e das Finanças [João Leão], designar o professor doutor Mário Centeno para o cargo de governador do Banco de Portugal”, lê-se na missiva enviada por António Costa a Ferro Rodrigues.

Na mesma carta, à qual a agência Lusa teve acesso, o primeiro-ministro pede depois que “seja requerida a audição do indigitado na comissão parlamentar competente, nos termos do disposto na lei orgânica do Banco de Portugal”.

Esta quinta-feira, no final do Conselho de Ministros, António Costa afirmou que já transmitira aos partidos com representação parlamentar a intenção do Governo em relação à sucessão de Carlos Costa no cargo de governador do Banco de Portugal. “Já tive a oportunidade de ter um contacto telefónico diretamente entre mim e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares [Duarte Cordeiro]. Já falámos com todos os partidos para os ouvir sobre a matéria. Transmitimos qual a nossa intenção”, referiu o primeiro-ministro.

Atualmente, a Lei Orgânica do Banco de Portugal obriga a que a designação do governador seja feita por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta do ministro das Finanças e após audição por parte da comissão competente da Assembleia da República, que deve elaborar o respetivo relatório descritivo.

O nome do próximo governador foi apenas confirmado esta quinta-feira, mas na semana passada, após a cerimónia posse de João Leão como novo ministro de Estado e das Finanças, António Costa já tinha admitido que Mário Centeno era “uma hipótese” para o cargo de governador do Banco de Portugal. Aliás, o primeiro-ministro reuniu-se esta semana com Carlos Costa e já lhe comunicou essa intenção.

Só falta acertar o calendário da mudança, sendo que o governador termina o mandato no início de julho e Mário Centeno termina o mandato à frente da presidência do Eurogrupo a 9 de julho. O processo encontrou um entrave no Parlamento, onde esteve em discussão um diploma que pretende implementar um período de nojo de cinco anos entre o Governo e o cargo, mas este debate foi suspenso por quatro semanas dando espaço à nomeação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parlamento suspende por quatro semanas apreciação do diploma do PAN sobre Banco de Portugal

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

O Banco Central Europeu transmitiu à Assembleia da República que precisa de mais quatro semanas para emitir parecer sobre o diploma do PAN.

O parlamento vai suspender por quatro semanas a apreciação na especialidade do projeto do PAN que altera os critérios de nomeação do governador do Banco de Portugal até chegar o parecer requerido ao Banco Central Europeu (BCE).

A votação final global do projeto do PAN – já aprovado na generalidade com os votos contra do PS, abstenções do PCP e PEV, e com o apoio do PSD, Bloco de Esquerda, CDS e Iniciativa Liberal – estava prevista para 3 de julho. Na semana passada, por iniciativa do deputado social-democrata Duarte Pacheco, foi solicitado ao BCE um parecer com caráter de urgência em relação ao teor do diploma do PAN.

No entanto, o Banco Central Europeu (BCE) transmitiu esta quinta-feira à Assembleia da República que precisa de mais quatro semanas para emitir parecer sobre o diploma do PAN – um pedido que foi dirigido ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, que, por sua vez, o comunicou à Comissão de Orçamento e Finanças, onde o projeto de lei do PAN está a ser debatido na especialidade.

No documento, a que a agência Lusa teve acesso, “o BCE solicita respeitosamente à Assembleia da República Portuguesa a extensão do prazo por um período de quatro semanas suplementares” para a emissão do parecer que lhe foi pedido pelo parlamento português, com caráter de urgência.

Perante esta posição do BCE, o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, o socialista Filipe Neto Brandão salientou que “o pedido de prorrogação em causa foi rececionado dentro do prazo que, originalmente, esta comissão havia fixado, invocando situação de extrema urgência, tendo as razões dessa urgência sido então devidamente explicitadas ao BCE”.

“Significa isto que a prorrogação de prazo solicitada pelo BCE não ignora as razões do prazo que lhe foi inicialmente concedido, pretendendo o BCE, não obstante, emitir parecer em tempo que se não coaduna com aquele”, observa o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças no seu despacho, ao qual a agência Lusa teve acesso.

De acordo com o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, um eventual caminho que passasse por “manter o prazo original, não obstante a tempestiva solicitação de prorrogação de prazo pelo BCE, seria, assim, não apenas uma descortesia institucional, mas igualmente uma recusa indevida ao pedido formulado, com as legais consequências”.

“Defiro, pois, o solicitado pelo BCE e, em conformidade, determino que, até ao decurso do prazo solicitado (por quatro semanas suplementares), se sobrestarão na comissão todos os trâmites procedimentais que, relativamente ao projeto de lei em causa, se seguiriam ao termo do prazo originalmente concedido àquela entidade para emissão de parecer”, escreve o socialista Filipe Neto Brandão em conclusão.

Entretanto, hoje, no final do Conselho de Ministros, o líder do executivo, António Costa, afirmou que entre hoje e sexta-feira formalizará o pedido de audição parlamentar referente ao processo de substituição do governador do Banco de Portugal.

Sem nunca se referir ao nome do seu ex-ministro de Estado e das Finanças Mário Centeno para o cargo de governador do Banco de Portugal, António Costa frisou que o atual detentor do lugar termina o seu mandato em julho e pediu que o processo decorre “com tranquilidade” na Assembleia da República.

Desta forma, quando o parlamento retomar os trabalhos na especialidade do diploma do PAN já o atual processo de substituição de Carlos Costa estará concluído na parte que, nos termos da lei, compete ao parlamento.

Por outro lado, tal como antes transmitira o Bloco de Esquerda, agora também o PSD entende que eventuais alterações a serem aprovadas pelo parlamento não deverão ter efeitos no atual processo de substituição de Carlos Costa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP divulga vídeo e regras sanitárias para festa do Avante

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

Entre as medidas previstas para a festa encontra-se um aumento de mais 10 mil metros quadrados para os visitantes e uma delimitação de áreas e corredores para se circular.

O PCP divulgou esta quinta-feira um vídeo e as regras sanitárias para a festa do Avante, que mantém na agenda apesar da pandemia de covid-19, com um aumento de mais 10 mil metros quadrados para os visitantes.

Na edição desta quinta-feira do Avante, órgão oficial do PCP, são publicadas duas páginas em que se descreve, ao pormenor, as “medidas de segurança sanitária impostas pelo surto epidémico de covid-19” para superar “o grande desafio” – realizar a festa em tempo de pandemia – que “fácil não será”, mas “não será seguramente impossível”.

“Só quem não conhecer o coletivo partidário comunista e os amigos da Festa do Avante! é que poderá sinceramente duvidar do êxito de tal empreendimento”, segundo o jornal do PCP, cujo líder, Jerónimo de Sousa, que não dá como certa a realização da festa na Quinta da Atalaia, Seixal, mas continua a prepará-la. “Sim, é possível continuar a viver (e lutar) e salvaguardar a saúde pública”, lê-se no artigo do Avante.

No total, a área disponível será de 30 mil metros quadrados (mais dez mil do que em anos anteriores), existirão três palcos, haverá uma delimitação de áreas e corredores para se circular, as portas abrem mais cedo para evitar grandes aglomerações de pessoas nas portas que também serão mais.

Também haverá equipas permanentes de limpeza das instalações sanitárias e outras, uma multiplicação de pontos para lavar as mãos, pontos com gel desinfetante e o espaço entre mesas nas esplanadas será alargado para aumentar o distanciamento entre as pessoas. O vídeo dos comunistas, em que explica estas medidas, dura 01:19.

O palco central, palco 25 de Abril “contará com mais 6000 m2, o Auditório 1.º de Maio deixa de ter cobertura passando a ser um espaço aberto, ao ar livre, com cerca de 5000 m2” e “será ainda criado um terceiro palco de grandes dimensões, que aglutinará a programação prevista para outros palcos”, descreve-se no artigo do jornal.

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, tem dito nas últimas semanas que “a vontade” do partido é realizar a festa, mas a sua realização dependerá das circunstâncias, ou seja, da evolução do surto do novo coronavírus até setembro.

“O PCP tem sempre acompanhado, respeitado aquilo que são medidas de proteção sanitária em todas as circunstâncias. Esta é a garantia que damos”, reafirmou esta quinta-feira Jerónimo de Sousa, à margem de um encontro com a Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas na sede do partido, em Lisboa.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 482 mil mortos e infetou mais de 9,45 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 1.549 pessoas das 40.415 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19 pressiona seguros e previdência em Portugal, Espanha e França

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2020

Em Portugal a quebra ronda os 40%. A crise instalada em Espanha atinge várias linhas de seguros e a patronal atira a recuperação para 2022. Em França o impacto é de 31 mil milhões só em doença.

A quebra na produção doméstica de seguros acentuou-se ao longo do primeiro semestre, com a exposição do setor aos efeitos da pandemia a refletir-se nos números da Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Os primeiros três meses do ano tiveram o final de período marcado pelo início da crise pandémica e, entre as grandes seguradoras, só as companhias menos ou nada expostas ao ramo Vida conseguiram crescer (por exemplo, Allianz e Generali). Embora o regime de confinamento por causa da Covid-19 tenha correspondido apenas à segunda metade de março, a quebra no trimestre variou entre 24% e 32% para as companhias mais expostas ao ramo Vida, como foram os casos da Fidelidade, Ageas, Santander (Aegon), BPI Vida, Gamalife (ex-GNB Vida), entre outras.

Antes dos números da organização setorial, estatísticas da Supervisão (ASF) já haviam indicado uma quebra de 24% até fim de março, face igual período um ano antes. Já sob ameaça plena da pandemia e consequente confinamento, a tendência de quebra de produção acentuou-se no 2º trimestre para níveis em torno dos 40%, em abril e repetido em maio, conforme dados atualizados da APS e noticiado por ECOseguros.

Aos números da produção juntam-se ainda – com ou sem evidência de constituírem efeito imediato do impacto da crise Covid-19 -, a evolução de alguns indicadores relativos aos balanços das companhias (ativos e provisões), o conteúdo das medidas de flexibilização decretadas pela Supervisão, mais os alertas para contenção na distribuição de lucros e as recomendações para atenção redobrada na observância dos requisitos de capital de solvência.

A poucos dias do termo do semestre e passados mais de 3 meses depois de decretadas as medidas do Governo para a situação de pandemia, o organismo de supervisão publicou norma regulamentar exigindo às seguradoras informação detalhada sobre as iniciativas, medidas e respostas dadas aos segurados.

Acresce que, enquanto a pandemia também produz efeitos no comércio internacional, o elevado nível de exposição da economia portuguesa à procura externa implica o sistema de seguros de crédito, justificando-se assim o reclamado reforço das garantias públicas (estatal e internacional) na cobertura de risco de incumprimento, em particular nas exportações. Porém, subsistem dúvidas quanto à extensão e reforço das garantias públicas para o seguro de crédito nas operações domésticas.

No panorama internacional e em relatórios trimestrais, seguradoras globais já assumiram custos com sinistros associados ao impacto da pandemia (sobretudo por cancelamento de eventos e viagens e seguros empresa), adiando para final do ano dados mais concretos sobre o efeito da Covid-19 nos respetivos balanços.

Também de acordo com informações preliminares, os rácios de rentabilidade e indicadores de solvência apresentam-se globalmente em níveis de conforto. Mas, existem sinais de enfraquecimento materializar-se em alguns mercados europeus, nomeadamente em mercados confinantes com o português.

Espanha perspetiva recuperação só em 2022

Informação divulgada em abril pela Asociación Empresarial del Seguro (Unespa) indica que a receita (em prémios) recuou 6,83%, em termos homólogos, totalizando 16,7 mil milhões de euros no trimestre concluído em março, com os ramos vida, automóvel e seguros de empresas a refletirem a paralisação da atividade devido à crise sanitária, após confinamento decretado desde 14 de março. A faturação no ramo Vida decrescia a uma taxa de 18,5%, indicavam os dados compilados pela ICEA (entidade cooperativa de análise setorial).

Num encontro online (webinar) realizado já em junho, Pilar González de Frutos, presidente da Unespa, a patronal espanhola, adiantou: “tal como em 2008, vamos ter uma queda acentuada da atividade, que será pior em 2021 do que em 2020, e a recuperação terá lugar em 2022 ou 2023, em paralelo com a economia em geral”.

Segundo González de Frutos, a crise provocada pela pandemia provocará impactos em três direções, dependendo da queda do PIB e do ritmo de reativação da economia, salientando “o impacto evidente nas contingências seguradas, com aumentos muito notáveis em alguns ramos, tais como o cancelamento de eventos e viagens, a saúde, o crédito, o próprio resseguro e o impacto do contencioso em matéria de responsabilidade civil”.

Em declarações reproduzidas em diversos meios espanhóis, Pilar antevê perda de rendimentos e a queda do volume de negócios dos seguros em geral, que “no final do mês de abril já era de 10%”. A responsável projeta ainda perda generalizada do valor dos ativos e uma diminuição da qualidade do crédito de rendimento fixo privado, que será mitigada na medida em que a situação macroeconómica volte a dar sinais de normalização.

Na mesma ocasião, Pilar de Frutos recordou que o modelo de gestão da atividade, sobretudo ao nível prudencial, permite assegurar robustez ao nível do balanço das seguradoras e capacidade de resistência à crise. De facto, indicadores atualizados mostram níveis de capitalização acima de 200%, cerca do dobro face aos requisitos.

França: evolução negativa nos seguros e buraco na Previdência

No final de maio, a federação francesa de seguros (FFA) publicou estatísticas indicando quebra nas receitas do ramo Vida, em abril, por efeito do confinamento e restrição da atividade, enquanto um estudo da empresa Addactis apontava para impacto da crise na solvência das seguradoras de vida e de saúde, prevendo ainda a diminuição do volume de negócios e um desvio em sinistros no seguro de saúde.

A par dos números da setorial, seguradoras como a AXA estimam impacto financeiro da crise pandémica na atividade não Vida.

Em entrevista ao site L’Argus de l’Assurance, a presidente da Federação Francesa de Seguros (FFA), Florence Lustman estimava, em junho, que a Covid-19 custará 9 mil milhões de euros à indústria francesa. Para avançar este número, Lustman socorreu-se de uma projeção do CEO da Lloyd’s of London.

Admitindo que “a crise é profunda” e as seguradoras “serão intensamente afetadas”, Lustman recordou a significativa contribuição financeira do setor para o esquema de solidariedade nacional na resposta à crise sanitária e disse que a FFA está a analisar os “vários impactos no sector”. As perdas em diferentes setores económicos (como a indústria automóvel), os sinistros não pagos, a depreciação de ativos ou o custo dos gestos de solidariedade do setor pesarão sobre a situação financeira das seguradoras, assinalou a responsável.

Além do efeito na indústria de seguros, o sistema de previdência (Segurança Social) antecipa um desequilíbrio financeiro colossal no termo do exercício fiscal. Face ao andamento dos gastos, um relatório oficial estima que a Previdência francesa encerre 2020 com um défice acumulado superior a 31 mil milhões de euros só no seguro Doença. Um ano antes, o défice nesta rubrica foi de 1,46 mil milhões de euros. A evolução projetada mostra “uma degradação excecional”, refere o jornal Le Monde citando o documento da comissão de contas da Segurança Social francesa (CCSS).

Além dos seguros saúde do sistema de previdência, os outros três ramos do regime geral – família, seguro de velhice, acidentes de trabalho e doenças profissionais (AT-MP) – também estarão ameaçados de fechar o ano no vermelho. O mesmo se aplica ao Fonds de Solidarité Vieillesse (FSV), que paga as contribuições para a reforma dos desempregados e a pensão mínima de velhice.

“Nunca antes a Segurança Social sofreu uma deterioração tão brutal e rápida das suas contas”, reproduz o diário francês citando o relatório da comissão de contas da Sécu francesa.

Juntando o défice estimado para o regime geral de previdência ao desequilíbrio antecipado para para o FSV, o buraco previsto pode atingir 52 mil milhões de euros no final do ano, ou 10 vezes mais o que estava previsto na lei de financiamento da previdência francesa para 2020.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo definiu prazos para concluir PREVPAP

O Governo delineou os prazos dos processos "de forma a salvaguardar a necessária celeridade na conclusão do PREVPAP".

O Governo deu mais um passo no programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública (PREVPAP). Foram definidos os prazos tanto para a conclusão efetiva do procedimento nas Comissões de Avaliação Bipartida que ainda não tenham terminado as suas funções, como para a abertura dos procedimentos concursais respetivos.

“Foi aprovada a resolução que determina a fixação de prazos para a conclusão dos procedimentos referentes ao programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros, após a reunião desta quinta-feira.

Neste âmbito, “são previstos prazos para a conclusão efetiva do procedimento nas Comissões de Avaliação Bipartida que ainda não tenham terminado as suas funções, bem como para a abertura dos procedimentos concursais respetivos, de forma a salvaguardar a necessária celeridade na conclusão do PREVPAP”, conclui.

Em janeiro, o Governo adiantou que pretendia resolver “a grande maioria” dos processos pendentes do programa de regularização extraordinária dos precários do Estado no primeiro semestre deste ano. No entanto, a pandemia veio atrasar o processo. Na altura, eram mais de 20 mil os postos de serviço regularizados, “cerca de 5.900 concursos abertos e já terminados, entretanto, na administração local e central, numa percentagem de quase 70% de pareceres favoráveis”, de acordo com a ministra que tutela o setor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE pede mais quatro semanas para emitir parecer sobre regras de nomeação para BdP

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

Este pedido do BCE foi conhecido quase em simultâneo com o anúncio do primeiro-ministro, António Costa, de que o Governo já falou telefonicamente com todos os partidos.

O Banco Central Europeu (BCE) pediu esta quinta-feira à Assembleia da República mais quatro semanas para emitir parecer sobre o projeto de lei do PAN que altera as regras de nomeação do governador do Banco de Portugal. Este pedido foi dirigido ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, que o comunicou à Comissão de Orçamento e Finanças, onde o projeto de lei do PAN está a ser debatido na especialidade.

No documento, a que a agência Lusa teve acesso, “o BCE solicita respeitosamente à Assembleia da República Portuguesa a extensão do prazo por um período de quatro semanas suplementares” para a emissão do parecer que lhe foi pedido pelo parlamento português, com caráter de urgência.

O projeto de lei do PAN em causa foi aprovado na generalidade com a oposição do PS, abstenções de PCP e PEV e votos a favor dos restantes partidos, e, entre outras normas, impede que alguém que tenha sido primeiro-ministro ou governante responsável pelas Finanças ocupe nos cinco anos seguintes o cargo de governador do Banco de Portugal.

Neste diploma, o PAN propõe também que a Assembleia da República passe a ter a competência de emitir um parecer vinculativo sobre a nomeação do governador do Banco de Portugal, que compete ao Governo, em vez de se limitar a realizar uma audição parlamentar.

Na mensagem dirigida ao presidente da Assembleia da República, o BCE acusa a receção do pedido de parecer sobre este projeto de lei e menciona que isso se enquadra no disposto no Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, por se tratar de um diploma “relativo a um banco central nacional”.

De acordo os regulamentos europeus, as autoridades dos Estados-membros podem fixar “um prazo para a emissão desse parecer, que não pode ser inferior a um mês a contar da data de receção” do pedido, e “em caso de extrema urgência, este prazo pode ser encurtado”, mas também está previsto que o BCE pode “solicitar na devida altura a extensão do prazo, até um máximo de quatro semanas suplementares, e este pedido não deve ser indevidamente recusado“, lê-se na carta de resposta a Ferro Rodrigues.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.