Hoje nas notícias: Isabel dos Santos, novo lay-off e PSP

  • ECO
  • 3 Agosto 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Continuam a ser conhecidos mais detalhes da investigação a Isabel dos Santos. Desta feita é revelado que a empresária angolana terá enviado 55 faturas suspeitas de serem falsas ao EuroBic, em 2017. Nos jornais esta manhã encontram-se também medidas desenhadas no âmbito da resposta à pandemia, como o novo lay-off, que irá reduzir o apoio ao subsídio de Natal, bem como a distribuição de manuais escolares, que está a motivar preocupação por parte das editoras e livreiros devido aos prazos apertados. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

55 faturas suspeitas denunciam Isabel dos Santos

Um acórdão do Tribunal Supremo de Angola revela que Isabel dos Santos, já depois de ter sido exonerada da presidência da Sonangol, terá enviado ao EuroBic 55 faturas suspeitas de serem falsas prestações de serviços de consultoria da Matter Solutions Business. De acordo com o documento, Isabel dos Santos e Sarju Raikundalia terão desviado 131.148.782 dólares (110,7 milhões de euros), em várias operações, que tiveram como destino a empresa sediada no Dubai. Dos 55 documentos em causa, “19 faturas foram emitidas no dia da exoneração”. O acórdão revela que “a Direção de Tecnologia de Informação da Sonangol detetou que as mesmas [19 faturas] foram criadas no sistema da Sonangol entre as 16h43 e as 17h07 do mesmo dia 15 de novembro de 2017”, ou seja, depois da exoneração que ocorreu às 13h00 de dia 15.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Novo lay-off reduz apoio a subsídio de Natal

O apoio ao pagamento do subsídio de Natal para as empresas abrangidas pelo novo “apoio extraordinário à retoma progressiva”, que se segue ao lay-off simplificado, será mais baixo do que o que foi discutido com os parceiros sociais, que correspondia a “um montante correspondente a metade da compensação retributiva”. O financiamento da Segurança Social será equivalente ao “duodécimo” de metade da compensação retributiva, multiplicado pelos meses de apoio, segundo o decreto-lei publicado. Também os descontos de Taxa Social Única vão ficar abaixo do esperado.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado).

PSP faz ajuste direto a empresário que lhe doou viseiras

A Polícia de Segurança Pública (PSP) fez um negócio por ajuste direto a um empresário que lhe fez uma doação no âmbito da pandemia, de viseiras. No entanto, a lei impede contratos com entidades responsáveis por ofertas, pelo que os oficiais que deram “luz verde” a este negócio poderão agora ter de devolver cerca de 113 mil euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Editoras reclamam prazo apertado para distribuir manuais escolares

Devido a uma proposta do CDS aprovada no Parlamento, os alunos este ano não terão de devolver os manuais escolares, de forma a poderem recuperar a aprendizagem. Assim, os vouchers para levantamento dos novos manuais serão emitidos a partir desta segunda-feira. No entanto, editoras e livreiros levantam preocupações relativamente ao prazo para a distribuição dos livros, com a associação que representa o setor a argumentar que terão que fazer “em pouco mais de um mês algo que, por regra, exige pelo menos quatro a cinco meses de trabalho”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Liga permite dono de casa de apostas no futebol profissional

O nigeriano Kunle Soname dono da Bet9ja, uma das plataformas africanas de apostas desportivas online mais populares, lidera ilegalmente a SAD do Feirense. O empresário e político comprou 70% da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Feirense (II Liga), em outubro de 2015, apesar de a lei portuguesa proibir elementos ligados a empresas de apostas desempenhem cargos de administração ou gestão em sociedades desportivas. A proibição vigora desde 2017 devido aos crescentes casos de resultados combinados. No entanto, a Liga garante não ter conhecimento desta situação, apesar do controlo mais apertado à identidade dos detentores das SAD e ao último beneficiário efetivo.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

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Do Parlamento para Aveiro. Catarina Martins vai de férias

A líder do Bloco de Esquerda vai manter-se alerta sobre a atualidade política, mas rumará na primeira quinzena de agosto a Aveiro para as habituais férias em famílias no norte de Portugal.

Após intensos meses de trabalho político por causa da pandemia, incluindo as negociações para o Orçamento Suplementar, a líder do Bloco de Esquerda irá descansar antes do próximo desafio: as negociações do Orçamento do Estado para 2021 e a possibilidade de haver um acordo formal à esquerda para garantir a estabilidade governativa, como desafiou António Costa no debate sobre o Estado da Nação.

Para já, o rumo de Catarina Martins é para o litoral norte de Portugal onde passará quinze dias de férias. “As férias da Catarina Martins serão na primeira quinzena de agosto“, esclarece fonte oficial do Bloco de Esquerda em declarações ao ECO, no âmbito da rubrica “Eles vão de férias para…”, à semelhança dos restantes políticos que também vão optar pelo início de agosto para gozar as férias.

Como é habitual, o local escolhido é o distrito de Aveiro, onde tem família, mas a assessoria bloquista ressalva que o gozo das férias poderá depender do que acontecer a nível político durante esse período: “Se os acontecimentos políticos o permitirem (estará sempre informada, e portanto a par dos principais assuntos da política e nomeadamente da evolução da situação pandémica) serão 15 dias com a família a Norte (litoral), no distrito de Aveiro, local onde habitualmente passa férias”.

No ano passado, a líder do BE também esteve de férias no início de agosto, mas intercalou-as com várias iniciativas partidárias, seja o acampamento de jovens do BE, seja uma visita ao Centro de Reabilitação Rovisco Pais, sobre o PREVPAV, onde acabou por falar do então assunto do momento, a greve dos motoristas de matérias perigosas. Essa maior atividade política deveu-se principalmente às eleições legislativas que se aproximavam.

Certo é que este ano Catarina Martins “irá considerar, naturalmente, todas as indicações determinadas pela DGS para a época balnear”, garante fonte oficial do Bloco de Esquerda. No início de setembro, logo no início do mês, são retomados os trabalhos na Assembleia da República.

“Eles vão de férias para…” é uma rubrica de verão em que o ECO lançou o desafio a governantes, gestores e empresários para partilharem com os nossos leitores onde vão, ou foram, neste período de descanso. É publicada diariamente.

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Os juízes estão ou não parados durante as férias judiciais?

De 16 de julho a 31 de agosto, todos os anos, decorrem as férias judiciais nos tribunais portugueses. Ainda assim, os magistrados não param e continuam a tratar dos processos urgentes.

É um mito que durante um mês e meio tudo para no mundo da justiça. Apesar de entre 16 de julho e 31 de agosto estarem marcadas as férias judiciais, estas não são o equivalente as férias dos magistrados, advogados e oficiais de justiça. Os tribunais não fecham, organizando-se turnos de forma a assegurar o serviço que deva ser feito durante este período. Desta forma, existem juízes que continuam a trabalhar e a tratar de processos de caráter urgente. Ou seja, os que impliquem com direitos fundamentais. Por exemplo: casos em que o arguido esteja detido ou processos que envolvam regulação de poder paternal de menores.

Os magistrados, enquanto funcionários públicos, têm direito a 22 dias úteis por ano, como qualquer trabalhador, mas o gozo desses dias deve “preferencialmente” coincidir com o período das férias judicias, embora com exceções.

“O gozo das férias tem lugar preferencialmente durante os períodos das férias judiciais, sem prejuízo da realização dos turnos para que os magistrados tenham sido previamente designados, tendo direito ao gozo de 20 dias úteis seguidos”, lê-se no Estatuto dos Magistrados Judiciais.

Mesmo nas férias judiciais os tribunais continuam abertos, os casos continuam a decorrer e, embora existam juízes de férias, há magistrados que continuam a exercer, os denominados ” turnos”. “No período de férias judiciais, o serviço urgente é sempre assegurado pelo magistrado judicial de turno, independentemente do gozo de férias pessoais dos restantes magistrados judiciais“, lê-se no Estatuto dos Magistrados Judiciais.

Neste período, também as investigações continuam, pelo que podem ser emitidos, por exemplo, mandatos de busca e validadas escutas telefónicas e apreensões.

Com a pandemia Covid-19 a afetar o país e o mundo este ano, ainda foi ponderado reduzir as férias judicias para um mês, dado que o vírus provocou o cancelamento de mais de 48 mil diligências processuais. Mas esta medida não chegou a avançar.

Recorde-se que, em 2005, houve uma redução do período de tempo de férias judiciais. José Sócrates, primeiro-ministro na altura, propôs reduzir de dois meses para um, de forma a combater a morosidade da Justiça e promover a celeridade processual.

Assim, as férias judicias não implicam uma paragem da justiça e, por consequência, dos juízes.

Quanto custa fazer uma máscara? Quanto gasta cada família com as telecomunicações? Quanto cobra uma imobiliária para vender a casa? Ou qual a profissão mais bem paga do país? Durante todo o mês de agosto, e todos os dias, o ECO dá-lhe a resposta a esta e muitas outras questões num “Sabia que…”.

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Quer ir ao aumento de capital da EDP? Hoje é o último dia para negociar direitos

O aumento de capital da elétrica está a aproximar-se dos últimos dias. A negociação dos direitos termina esta segunda-feira e o período de subscrição de ações decorre até dia 6 de agosto.

O aumento de capital da EDP está aproxima-se dos últimos dias. Acionistas que tenham recebido direitos de subscrição de novas ações da EDP ou investidores que não tenham direitos, mas queiram participar no aumento de capital da elétrica só têm mais um dia para o fazer.

A operação é exclusiva a acionistas ou investidores com direitos de subscrição e a negociação destes direitos termina esta segunda-feira. O valor de cada direito fechou a sessão desta sexta-feira a valer 8,62 cêntimos, com um prémio de 2,91% face às ações. Desde que começaram a negociar em bolsa, a 23 de julho, os direitos desvalorizaram 18,8% e já foram transacionados 393,21 milhões destes ativos.

Cada acionista recebeu estes direitos, que lhe permitem adquirir as novas ações que a EDP vai emitir a 3,30 euros cada (especificamente 11,75 direitos por conseguir um novo título). Em alternativa, pode vender os direitos em bolsa. Há 3,6 mil milhões destes títulos para transacionar e, no total, a elétrica vai aumentar o capital em 1.020 milhões de euros, em parte para financiar a compra da empresa espanhola Viesgo.

Se o maior acionista, a China Three Gorges, decidir acompanhar o aumento de capital, poderá colocar 219 milhões de euros, sendo que ainda não há certezas que o faça. Os únicos que já se sabe que investiram são quatro administradores, que colocaram quase 85 mil euros na operação (que está totalmente garantida por um sindicato de bancos). Nestes, incluem-se 40 mil euros do CEO interino Miguel Stilwell d’Andrade.

Os analistas consultados pelo ECO consideram que o preço atrativo deverá levar os investidores a reforçarem posições na elétrica, enquanto a razão para a operação é também um ponto a favor. Mas lembram o processo judicial em que a empresa é arguida e que levou à suspensão do CEO António Mexia. Aliás este é um dos vários riscos identificados pela própria empresa.

“Um investimento em ações, incluindo nas ações e/ou subscrição de direitos, envolve um elevado nível de riscos. Potenciais investidores devem considerar cuidadosamente toda a informação no prospeto e documentos anexos, incluindo os fatores de risco, antes de decidir investir em novas ações”, alerta a EDP no prospeto da operação.

Após o fim da negociação dos direitos, o prazo de subscrição das novas ações termina a 6 de agosto, com os resultados da operação a serem revelados no dia seguinte. As 309.143.297 novas ações serão depois admitidas à negociação na Euronext Lisboa, juntando-se aos mais de 3,6 mil milhões de títulos atualmente cotados na bolsa nacional no dia 17 de agosto.

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Comissão Europeia acertou previsão à décima. Pressiona Governo a rever PIB

Um exercício de previsão é falível e raramente se acerta à décima. Desta vez, a Comissão Europeia conseguiu. E se continuar a "acertar" a recessão será mais grave do que a prevista pelo Governo.

A Comissão Europeia acertou à décima a dimensão da contração económica de Portugal no segundo trimestre, em cadeia, ou seja, face ao primeiro trimestre. A estimativa foi revelada pelos técnicos de Bruxelas numa atualização das previsões feita há três semanas e tinha subjacente uma contração anual de 9,8% — bem acima dos 6,9% estimados pelo Governo –, o que poderá confirmar-se caso a Comissão continue a acertar nas previsões trimestrais.

O número ainda pode ser alvo de revisão a 14 de agosto e a 31 de agosto (ou até mais tarde) quando o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelar mais pormenores sobre o comportamento da economia do segundo trimestre, mas segundo a estimativa rápida divulgada esta sexta-feira a contração em cadeia do PIB foi de 14,1%, exatamente o mesmo valor avançado pela Comissão Europeia nas previsões de verão.

Caso os técnicos de Bruxelas continuem a acertar nas previsões para Portugal, a economia portuguesa poderá estar mais perto de contrair 9,8% em 2020 face a 2019, como prevê a Comissão Europeia, do que os 6,9% estimados pelo Governo no Orçamento Suplementar — o próprio Executivo já admite rever essa previsão. Para que a contração no total do ano seja de 9,8%, a economia portuguesa tem de crescer em cadeia 6,8% no terceiro trimestre e 2,9% no quarto trimestre. Com base nos cálculos da Comissão, é possível dizer que, para chegar à previsão do Governo, o PIB teria de crescer a um ritmo superior a esse.

Na atualização de verão, Bruxelas não revelou as previsões em termos homólogos para os próximos trimestres, mas é expectável que nessa ótica os valores continuem a ser negativos, faltando saber se terão um ou dois dígitos. Em termos homólogos, o PIB contraiu 15,6% no segundo trimestre, já totalmente afetado pela crise, após ter contraído 2,3% no primeiro trimestre deste ano, o qual só foi parcialmente afetado pela pandemia.

Face à imprevisibilidade do momento atual, é provável que a Comissão Europeia volte a rever as suas previsões no outono, altura em que terá mais informação sobre o andamento da economia portuguesa. Porém, neste momento tudo aponta que a recessão será maior do que o Governo prevê oficialmente, tanto que o Jornal de Negócios revelou há duas semanas que o Ministério das Finanças já está a trabalhar com uma contração anual do PIB de 9%. No Parlamento, o novo ministro das Finanças, João Leão, assumiu a dificuldade e a fragilidade do exercício de previsão macroeconómica neste contexto.

Publicamente foi o ministro da Economia quem admitiu a possibilidade de rever em baixa a previsão do PIB. “Obviamente estes números vão obrigar a refletir sobre as previsões do Orçamento Suplementar”, disse Pedro Siza Vieira, em reação aos números divulgados pelo INE na sexta-feira, em declarações transmitidas pela SIC Notícias. O Ministério das Finanças poderá aproveitar o documento orçamental em políticas invariantes que terá de divulgar no final de agosto para fazer essa revisão.

Após muita resistência em apresentar previsões, no início de junho, quando apresentou o Orçamento Suplementar, o Governo usou as estimativas anteriores (primavera) da Comissão para dar legitimidade às suas previsões mais otimistas do que as de outras instituições. Porém, em julho, Bruxelas atualizou as previsões, passou a ser uma das instituições mais pessimistas em relação a Portugal e deixou de servir como argumento, passando a ser usada pela oposição como exemplo de que o Governo estava a ser demasiado otimista, correndo o risco de ter de apresentar um segundo Suplementar.

As previsões da Comissão também estão longe de ser à prova de erros. No passado isso fez correr muita tinta, com o Executivo a acusar Bruxelas de conservadorismo e de desconfiança. Também nestes números trimestrais houve falhas, como é habitual num exercício de previsão: a título de exemplo, a Comissão previa uma contração em cadeia de 13,6% para a Zona Euro, mas a média acabou por ficar abaixo desse valor (12,1%), segundo os dados do Eurostat também divulgados esta sexta-feira.

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Rendas das casas podem ficar congeladas em 2021

As rendas habitacionais e comerciais poderão ficar congeladas no próximo ano, ao fim de cinco anos consecutivos a subirem. Inflação média dos últimos 12 meses está em -0,04%.

Depois de cinco anos consecutivos de subidas, as rendas podem ficar congeladas no próximo ano. Com a forte pressão sentida nos preços nos últimos meses, resultado da pandemia, a taxa média de inflação nos 12 meses terminados em julho está em “terreno” negativo, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelados no final da semana passada. Falta ainda saber a evolução neste mês para se ficar a saber, oficialmente, que evolução terão em 2021, mas será preciso uma subida expressiva dos preços para fazer mexer a taxa dos níveis atuais.

De acordo com a estimativa preliminar mais recente do INE, referente a julho, a variação média dos preços (Índice de Preços do Consumidor) nos últimos 12 meses, excluindo a habitação, fixou-se em -0,04%. Está menos negativa do que estava no mês anterior (-0,08%), mas continua abaixo da “linha de água”. Uma vez que a taxa está negativa, e tendo em conta que falta apenas uma observação na fórmula de cálculo do coeficiente de atualização das rendas, 2021 pode manter as rendas inalteradas.

Assim, para que estes -0,04% resultem numa taxa muito diferente — ou seja, para que passe para positivo, ditando um novo aumento das rendas –, será preciso que se observe em agosto um aumento acentuado dos preços. Historicamente, a evolução dos preços neste oitavo mês do ano tende a não provocar grandes alterações à média do 12 meses anteriores.

No ano passado, com base nos dados disponíveis no mesmo mês, a variação média dos preços tinha sido de 0,63%, tendo a taxa final usada no coeficiente de atualização das rendas ficado ligeiramente abaixo, nos 0,51%. Será, contudo, preciso esperar até ao final de agosto — INE revela a estimativa rápida referente a agosto no dia 31 — para saber o valor real da variação média dos preços dos últimos 12 meses, que pode reforçar a perspetiva de não atualização das rendas. O valor final da inflação será depois revelado em meados de setembro, permitindo confirmar se as rendas ficarão congeladas em 2021.

A confirmar-se, esta estabilização do valor das rendas acontece depois da subida de 0,51% das rendas registada este ano, do aumento de 1,15% em 2019, o de 1,12% em 2018, 0,54% em 2017 e de 0,16% nas rendas atualizadas em 2016. É preciso recuar até 2015 para encontrar um em que o valor das rendas habitacionais tenham ficado congeladas. Em 2014, o índice de preços excluindo habitação tinha sido negativo.

O coeficiente de atualização das rendas aplica-se tanto às rendas habitacionais — renda livre ou renda apoiada — como às não habitacionais (comerciais e industriais). Excluídos desta atualização ficam os contratos de arrendamento realizados antes de 1990, no caso dos habitacionais, ou de 1995, no caso dos não habitacionais, bem como os que se encontrem em processo de transição para o Novo Regime do Arrendamento Urbano.

A lei prevê que, anualmente, os senhorios possam atualizar as rendas cobradas aos inquilinos com base no valor da inflação (IPC). Uma vez apurado (finais de agosto), o coeficiente de atualização tem de ser publicado em Diário da República até 30 de outubro e só depois disso é que os senhorios podem informar os senhorios de que vão mexer nas rendas. Uma vez comunicada essa intenção (por escrito), a alteração pode ser feita 30 dias depois.

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ASF e EIOPA alertam para riscos de rendibilidade e solvabilidade nas seguradoras

  • ECO Seguros
  • 2 Agosto 2020

O impacto global da crise Covid-19 ameaça os lucros e a robustez das seguradoras, alertam a ASF e Supervisão europeia em relatórios separados de avaliação aos riscos da indústria.

O Painel de Riscos do Setor Segurador que a ASF acaba de atualizar mantém o risco macroeconómico no nível “mais elevado da escala” (representado a vermelho – risco alto), enquanto nas restantes categorias de risco – avaliadas com base em indicadores específicos das empresas de seguros até março e complementados com indicadores financeiros de mercado até 14 julho – a alteração mais significativa, face ao painel de riscos publicado em abril, surge na categoria “rendibilidade e solvabilidade”.

De acordo com o gabinete de Análise de Riscos e Solvência, que traça o panorama atualizado pela Supervisão em julho, no que respeita aos indicadores específicos do setor segurador (reportados até final de março), a classificação e as tendências dos riscos de liquidez, interligações e específicos de seguros Vida e Não Vida “mantiveram-se inalteradas”, enquanto a tendência de evolução do risco de rentabilidade e solvabilidade sofreu um agravamento.

“Este agravamento reflete a redução do rácio de cobertura do requisito de capital de solvência para a generalidade dos operadores, justificada pela deterioração dos fundos próprios elegíveis na sequência da turbulência dos mercados financeiros”, sendo que os impactos “mais significativos foram registados nas empresas que exploram somente o ramo Vida, devido ao efeito de desvalorização das suas carteiras de investimentos,” refere o documento.

Para as classes de risco indicados no Painel de Riscos do Setor Segurador, além do risco Macroeconómico (em nível alto), a Supervisão mantém risco baixo para a classe Liquidez; médio-alto, mas descendente para Mercado, médio-alto constante para a classe Interligações (exposição ao mercado de dívida pública e sistema bancário) e igual avaliação para os Riscos específicos Vida e Riscos específicos não Vida.

Fonte: ASF. Julho 2020

Justificando a atribuição de risco Médio-Baixo, mas com tendência “inclinada-ascendente” para Rendibilidade e Solvabilidade, a análise detalhada desta classe de risco mostra que:

  • No global, assistiu-se a uma redução do rácio entre o ativo e passivo, re­petindo uma variação negativa mais expressiva no lado dos ativos.
  • No primeiro trimestre de 2020, o rácio global de solvência registou uma quebra de 27 pontos percentuais para 154%, resultado da redução pronunciada do montante de fundos próprios elegíveis para cobrir o SCR. Este fenómeno foi comum à maioria dos operadores.
  • Verificou-se igualmente uma redução pronunciada da qualidade de fundos próprios na generalidade dos operadores no mesmo período.

Aprofundando a análise, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), explica que, além das variações negativas decorrentes da queda abrupta dos mercados financeiros “os níveis de rendibilidade e de solvabilidade [no setor segurador] ficaram expostos “a pressões adicionais resultantes dos efeitos económicos, sociais e laborais do COVID-19 sobre as perspetivas futuras de evolução da produção e dos resgates”, lê-se no documento do organismo de supervisão.

Ainda, reforçando que os dados das empresas de seguros incluídos no Painel de Riscos reportam-se ao final do primeiro trimestre do ano e, como tal, “incorporam apenas parcialmente os efeitos do COVID-19”, a ASF considera que o setor já evidencia, em termos de solvabilidade, “uma redução do rácio de cobertura do requisito de capital de solvência” (SCR), justificada pela “diminuição de cerca de 14% dos fundos próprios elegíveis, com o rácio agregado a posicionar-se em 153,8% (116,6%, excluindo a medida transitória das provisões técnicas) no final do primeiro trimestre”.

EIOPA corrobora riscos de rendibilidade e solvabilidade

Em sintonia, o relatório de Estabilidade Financeira – que a autoridade europeia de seguros e pensões acaba de publicar para o conjunto do setor seguros da UE – alerta para riscos cuja materialização recolhe algum consenso na indústria, apontando rendibilidade e solvabilidade como os dois riscos no topo da escala.

No relatório divulgado a 30 de julho (o primeiro de 2020), a European Insurance and Occupational Pensions Authority (EIOPA) reconhece que o setor saiu de 2019 com almofada de capital robusta e confortável – um rácio de solvabilidade (SCR mediano) de 213% – suficiente para absorver choques de mercado graves, como foi o impacto inicial da crise Covid-19. No entanto, refere o documento, o “elevado nível de incerteza sobre a magnitude da perturbação económica” provocada pela crise sanitária aumenta os riscos de abrandamento futuro.

A pandemia (Covid-19) “intensificou ainda mais os desafios preexistentes” colocados pelo longo período taxas de juro baixas (rentabilidade das carteiras de investimento), “um risco fundamental” tanto para os seguros como para o setor das pensões, segundo o regulador europeu. Perante o choque da pandemia, que causou “perturbações nas famílias e empresas e gera uma grande incerteza quanto ao futuro económico”, a EIOPA admite como “provável que as companhias de seguros enfrentem condições difíceis, afetando potencialmente a sua rentabilidade e posições de solvência”.

A fim de avaliar a materialidade de riscos para a estabilidade financeira do setor, o regulador europeu conduziu, em maio, um inquérito qualitativo junto das autoridades nacionais do setor em toda a UE. O questionário qualitativo “EIOPA Covid-19” revelou que “a rentabilidade da carteira de investimentos, a posição de solvabilidade, a exposição aos bancos, rentabilidade da atividade de subscrição, concentração de investimento em dívida pública e cibersegurança” constituem os seis principais riscos e desafios materializáveis para as seguradoras.

Os resultados do questionário qualitativo mostram que “a rentabilidade de carteira de investimento é o risco mais elevado para a setor dos seguros em termos de materialidade” (representando “quase metade das respostas”), com mais de 10% dos inquiridos a assinalarem também “a necessidade de reforçar a medidas existentes.” Apesar das posições de capital adequadas das seguradoras antes do choque da Covid-19, a solvência é classificada como o 2º maior risco para o setor dos seguros. No entanto, como também concluiu o inquérito, a redução e/ou cancelamentos de pagamento de dividendos poderá ajudar a mitigar o risco de solvência de algumas seguradoras, ajudando-as a preservar capital.

Antes de análise detalhada à situação do setor com avaliação do impacto direto e indireto, mais os efeitos e curto e médio prazo da pandemia sobre a atividade seguradora e o setor europeu de resseguros, o documento recorda que, antes da Covid-19, o setor apresentava-se lucrativo, com liquidez suficiente para progredir na atividade de subscrição: o retorno sobre capitais próprios (RoE) quase duplicou num ano, situando-se em torno de 9% no final de 2019.

Mas, o choque pandémico também aumentou o risco de crédito, justificando maior rigor na avaliação ao lado dos ativos das seguradoras e, em consequência, dos níveis de solvência. Agora, assumem-se receios de que a recessão do grande confinamento “afete negativamente a rentabilidade do setor empresarial”, resultando em descidas de rating (notações de crédito), aumento de incobráveis (incumprimento em pagamentos) e mais desemprego na zona euro.

Finalmente, a “elevada interligação das seguradoras com os bancos” poderá potenciar ainda mais as repercussões dos referidos riscos da economia real para os seguros e fundos de pensões, materializando-se nos balanços das seguradoras. Por isso, relativamente à exposição da indústria seguradora ao sistema financeiro (bancos e mercado de valores mobiliários), o relatório do supervisor europeu refere a exposição direta dos seguros à banca como o 3º risco que mais preocupa, conforme resulta do inquérito conduzido pela EIOPA há apenas dois meses.

Sobre o grau de exposição aos mercados, o relatório europeu de estabilidade financeira dos seguros descortina outro exemplo: no último trimestre de 2019, só em fundos de investimento coletivo, o setor de seguros detinha cerca de 3,5 biliões de euros investidos, o equivalente a 30% do total dos investimentos. Desse montante, mais de metade ou perto de dois biliões de euros (1.97 trillions lê-se no documento, em inglês) representavam investimento em unit-linked (seguros Vida ligados a fundos, também conhecidos como produtos estruturados ou simplesmente “unidades de conta”).

Estes produtos, em situações de maior pressão e instabilidade nos mercados, com vendas massivas por parte de alguns operadores, podem, segundo a EIOPA, “potenciar riscos de liquidez” para as seguradoras.

Neste contexto, citado no comunicado de imprensa que apresenta o relatório semestral, Gabriel Bernardino, presidente da EIOPA, não tem dúvidas: “a economia irá experimentar uma recessão profunda e sem precedentes”. E, em termos prospetivos, uma “avaliação adequada do risco” não pode deixar de ter presente o “elevado grau de incerteza” na trajetória da recuperação. Isto significa que, “na preparação dos testes de esforço (stress tests) dos seguros do próximo ano”, à escala da União Europeia, “deverão ser considerados diferentes cenários de recuperação,” antecipa Bernardino.

Painel de Riscos do Setor Segurador: âmbito e breve nota metodológica

Para avaliar o risco de rendibilidade da indústria seguradora portuguesa, a ASF considera uma série de indicadores do setor segurador (lucro e resultados integral em função dos capitais próprios; resultados técnicos de Vida e não Vida em função dos prémios por cada segmento de negócio). Na aferição da solvabilidade, a análise incide nos reportes das seguradoras ao nível de Solvência II (com e sem impacto da utilização da medida transitória de provisões técnicas), como rácios sobre a relação entre passivo e ativo e a qualidade dos capitais próprios.

Na introdução aos dados do Painel de Risco, o relatório da ASF passa em revista a evolução da atividade setorial até março. Face a igual período de 2019, a produção do ramo Vida revelou compressão próxima de 45%, refletindo impacto do ambiente de baixas taxas de juro, vindo já da fase pré-COVID-19. Em matéria de resgates, verificou-se acréscimo a rondar 6%, em montantes, em grande medida refletindo a evolução nos seguros ligados não PPR. Segmentando a evolução da atividade, a ASF refere que, por sua vez, a produção dos ramos Não Vida cresceu 8% até março, registando “ligeiras melhorias nas taxas de sinistralidade de Acidentes de Trabalho, Automóvel e Doença, refletindo abrandamento dos custos com sinistros”, sendo que o impacto das medidas excecionais e temporárias implementadas ao longo do estado de emergência “ainda não é plenamente visível”.

O enquadramento e desenvolvimento da atividade seguradora está fortemente ligada à envolvente macroeconómica. O encarnado no risco macroeconómico reflete a condição de indicadores como PIB, desemprego, contas públicas (défice e dívida), taxas de juro, endividamento de particulares e outros, sendo que, para parte destas variáveis, a ASF prevê agravamentos futuros, nomeadamente o endividamento. O pessimismo do regulador poderia até justificar-se com os dados mais recentes do PIB, e do desemprego.

Globalmente, o painel de risco da ASF assenta em 53 indicadores agrupados em até 8 categorias de risco. Sendo analisados separadamente, o painel não constitui um índice composto de risco setorial. Entre variáveis não discretas e outras mais precisas, o Painel de Riscos da ASF visa identificar, monitorizar e medir os riscos que podem afetar o setor de seguros numa perspetiva macroprudencial.

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Seguradora Saham Angola faz aumento de capital

  • ECO Seguros
  • 2 Agosto 2020

A segunda maior seguradora a operar em Angola recapitalizou-se para enfrentar os riscos da crise provocada pela pandemia (Covid-19).

A Saham Angola Seguros, parte do conglomerado financeiro sul-africano Sanlam, aumentou o capital social de 5,5 mil milhões para 7,4 mil milhões de kwanzas (cerca de 11 milhões de euros), disse o diretor geral da companhia, Andre Philippe Alliali-Die, ao Jornal de Angola.

“A Saham reajustou o seu modelo, de acordo com as novas mudanças do mercado e dos investimentos a solidificar.” Citado pelo órgão de comunicação angolano, Philippe Alliali, a liderar a Saham há cerca de um ano, explicou que, “para quem quer investir” num negócio com grande risco o “melhor é ampliar o capital”.

“Nos últimos três meses, muitos cidadãos e empresas não têm estado a atualizar o seguro dos veículos, outros estão a propor liquidar a dívida em prestações, porque a Covid-19 veio desestabilizar a economia mundial, afetando as finanças das empresas e das pessoas”, referiu.

Estamos otimistas em ver o setor da agricultura como futuro dos nossos serviços, além das tradicionais indústrias, como petroquímica”, disse o gestor acrescentando que o grupo dispõe de uma subsidiária especializada em seguros agrícolas – a Santam Agri – que atua no seguro agrícola.

Depois de expansão em torno de 1,5% no setor angolano de seguros, em 2019, a Saham Angola acredita que o mercado possa contrair 5% este ano, refere a publicação.

De acordo com dados do regulador local (ARSEG), a Saham é a segunda maior companhia a operar no mercado angolano. Os dados mais recentes (2018) colocavam a estatal Ensa Seguros no topo do ranking, com 34% da produção, seguida da Saham (15% do volume de prémios emitidos).

A Saham angolana, anteriormente parte da marroquina Saham Finances (adquirida em 2018 pela sul-africana Sanlam), integra atualmente o universo da Sanlam Pan Africa, por sua vez parte do conglomerado financeiro sul-africano Sanlam Group.

O grupo Sanlam detém subsidiárias internacionais e participadas que operam marcas e serviços financeiros diversificados. A Sanlam Pan Africa integra uma das divisões do grupo, operando seguros gerais, ramo Vida e resseguros em mais de 30 de países africanos.

A matriz sul-africana sediada na Cidade do Cabo (Sanlam Group) abarca seguros e vários outros negócios, desenvolvendo operações e interesses que se estendem à Ásia, Médio Oriente, América do Norte, Reino Unido e Austrália.

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Real Vida Seguros lança blogue

  • ECO Seguros
  • 2 Agosto 2020

O projeto tem como objectivo “reforçar a estratégia de inovação digital", simplificando a linguagem sobre temas de protecção pessoal e familiar.

“O blog AJUDA REAL é um espaço de partilha de conhecimentos sobre Seguros de Vida, Saúde, Acidentes Pessoais e Poupança,” propõe a seguradora em comunicado.

O blogue é apresentado como “importante ponto de contacto entre a Real Vida Seguros e os consumidores“. A página propõe a abordagem de temas específicos, de interesse geral e particular, como:

-a importância de ter um Seguro de Saúde;
-o papel do Seguro de Vida na proteção das famílias e em situação de pandemia;
-como poupar no Seguro de Vida Habitação;
-ter uma proteção em caso de Doença Grave;
-como acautelar a sua Reforma.

O blogue da seguradora pode ser acedido nesta hiperligação: https://www.realvidaseguros.pt/ajuda-real/

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Lucro da Scor encolhe 91% no primeiro semestre

  • ECO Seguros
  • 2 Agosto 2020

O segundo trimestre da resseguradora encerrou com prejuízo líquido de 136 milhões de euros, quebrando o lucro apurado um ano antes em 188%. O impacto da pandemia é estimado em 456 milhões.

A Scor, companhia francesa que atua no mercado global de resseguro (Life e P&C), apurou 26 milhões de euros de lucros no primeiro semestre, contabilizando declínio de 90,9% em comparação com o resultado líquido alcançado nos primeiros seis meses de 2019.

Em comunicado, a companhia – que assume deter a 4ª posição entre as maiores resseguradoras do mundo – estima que, na primeira metade de 2020, a pandemia de Covid-19 teve um custo total estimado de 456 milhões de euros (líquido de retrocessão, de prémios e antes de impostos).

O impacto estimado da Covid-19 nas contas distribui-se em 248 milhões pela área de resseguro de danos e responsabilidade civil patrimonial (P&C); 194 milhões em conceito de resseguro Vida (Life) e 14 milhões de euros em matéria de investimento.

Citado no comunicado, Denis Kessler, PdG (Presidente e diretor-geral), comenta: “Face à pandemia de Covid-19, a SCOR demonstra mais uma vez a sua capacidade de absorver grandes choques e a resiliência do seu modelo de negócio”.

Em termos de indicadores operacionais, o volume bruto de prémios (8 195 milhões de euros) apontou acréscimo homólogo de 1% a taxas de câmbio constantes (+2,3% ao câmbio corrente).

Por ramos de negócio, os prémios na unidade Scor Global P&C (propriedade e danos) cresceram 0,9% (em base cambial constante), sendo que a rentabilidade técnica foi pressionada pelo efeito da pandemia e o rácio combinado agravou-se para 102,3%.

Já na Scor Global Life (Vida) os prémios brutos progrediram os mesmos 1% a taxas de câmbio constantes (+2,5% ao câmbio corrente) com a margem técnica nos 5,4%, acima do alvo inscrito no plano estratégico da companhia.

O rácio de solvabilidade do grupo é estimado nos 205%, um nível que a Scor considera satisfatório face ao intervalo 185%-220% definido no plano estratégico (Quantum Leap).

Segundo explica o comunicado da resseguradora, o rácio desceu face a dezembro de 2019 mais por causa dos movimentos nos mercados de capitais (taxas de juro e spreads de crédito), e em menor medida por via do impacto estimado da pandemia (Covid-19).

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Faugère confirmado à frente do supervisor francês de seguros

  • ECO Seguros
  • 2 Agosto 2020

Jean-Paul Faugère, ex-presidente da CNP Assurances, foi oficialmente nomeado vice-presidente do organismo regulador dos seguros em França.

Um despacho ministerial confirma o que já se esperava: Jean-Paul Faugère foi nomeado vice-presidente da ACPRAutorité de Contrôle Prudentiel et de Résolution, organismo colegial de supervisão e regulação da banca e dos seguros.

Há cerca de duas semanas, Faugère renunciou ao cargo de presidente da CNP Assurances para consumar candidatura à autoridade de controlo prudencial. Sucede agora a Bernard Delas, vice-presidente da ACPR desde 2015.

Embora a informação divulgada no site da ACPR venha datada de 28 de julho, o despacho de nomeação lavrado pelo ministério francês das Finanças produz efeito com retroatividade a 16 de julho.

Faugère é formado em política e administração pública, tendo iniciado carreira na área de seguros no início dos anos oitenta do século passado. Na política, ocupou cargos de direção na área de controlo, em particular no Conselho de Estado, tendo passado ainda por diferentes gabinetes ministeriais. Liderou governos municipais e regionais (1997-2007) e, daí até 2012 foi chefe de gabinete do então primeiro-ministro François Fillon.

Depois ligou-se à CNP Assurances, de onde saiu enquanto presidente do conselho de administração para assumir a representação da supervisão e regulação junto setor de seguros em França.

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Bankia Mapfre Vida absorve negócios Vida da CajaMurcia e CajaGranada

  • ECO Seguros
  • 2 Agosto 2020

As sociedades aprovaram, em reuniões individuais de assembleia-geral, a absorção da CajaGranada Vida e da CajaMurcia Vida pela aliança Bankia Mapfre Vida, tornando efetiva a fusão das três entidades.

O processo de fusão decorre de uma aliança estratégica já existente entre a Mapfre Vida e o grupo Bankia, estabelecendo “exclusividade para o desenvolvimento, comercialização e distribuição, em regime de bancasseguros e através da rede Bankia, de seguros Vida e Acidentes” subscritos pela parceria Bankia Mapfre Vida em todo o território espanhol, explica a nota da companhia presidida por Antonio Huertas Mejías.

Em virtude do referido acordo, a Mapfre, em 2019, adquiriu 51% do negócio CajaGranada Vida e da CajaMurcia Vida. Ainda, segundo esclarece a dominante, uma vez que as três sociedades são participadas pelos mesmos acionistas e nas mesmas proporções (51% pela Mapfre e 49% pelo Bankia) e que o projeto empresarial das referidas entidades se centra no exercício de operações de seguro Vida e acidentes, foi decidido concretizar a fusão, aprovada a 23 de julho, embora com efeitos desde 1 de janeiro de 2020.

Incluída no relatório de resultados semestrais da Mapfre, a informação foi publicada enquanto facto relevante verificado “após fecho do 1º semestre.”

A Mapfre refere ainda que a aprovação da operação – agora pendente apenas de obtenção dos necessários vistos administrativos – “permite concretizar a unificação das equipas e demais meios operacionais” alocados à atividade seguradora, ao mesmo tempo, proporcionando “utilização mais eficiente dos recursos”.

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