EDP Renováveis conclui venda de posição em portefólio solar e eólico nos EUA por 560 milhões de euros

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2020

A EDP Renováveis deu por finalizada a venda de uma participação acionista de 80% num portfólio eólico e solar à Connor, Clark & Lunn Infrastructure.

A EDP Renováveis concluiu a venda de uma participação acionista de 80% num portfólio eólico e solar nos Estados Unidos à Connor, Clark & Lunn Infrastructure por 684 milhões de dólares (cerca de 560 milhões de euros).

Em comunicado enviado na segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP informa que, através da sua subsidiária EDP Renováveis, detida em 82,6%, “foi concluída a venda de uma participação acionista de 80% num portfólio eólico e solar com 563 MW (450 MW líquidos) de capacidade instalada localizado nos Estados Unidos da América, à Connor, Clark & Lunn Infrastructure, por um valor total correspondente a um enterprise value de 684 milhões de dólares”.

O negócio surge no seguimento da informação reportada em 2 de setembro de 2020 e a alienação concluída hoje “faz parte da estratégia de rotação de ativos para o período 2019-22, contemplada no ‘Strategic Update’ anunciado a 12 de Março de 2019”, indica a EDP.

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Avaliação bancária das casas sobe para 1.144 euros por metro quadrado

O valor mediano a que a banca está a avaliar os imóveis para efeitos de concessão de crédito aumentou em novembro, com o metro quadrado a fixar-se nos 1.144 euros.

Depois de ter regressado às subidas em outubro, o valor a que os bancos avaliam os imóveis para efeitos de concessão de crédito à habitação continuou a aumentar em novembro. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no décimo primeiro mês do ano este indicador fixou-se nos 1.144 euros por metro quadrado, uma subida de 13 euros face a outubro.

Entre outubro e novembro assistiu-se a um aumento de 13 euros (1,1%) no valor da avaliação bancária, sendo que se a comparação for feita com novembro do ano passado, verifica-se que o valor médio das avaliações cresceu 6,3%.

Avaliação bancária para a concessão de crédito continua a subir

O maior aumento face ao mês anterior observou-se nos apartamentos, com o valor médio destas habitações a subir 1% para os 1.252 euros por metros quadrado, enquanto nas moradias aumentou 0,7% para os 954 euros por metro quadrado. Olhando para novembro do ano passado, verifica-se que os apartamentos estão 7,1% mais caros, enquanto a avaliação das moradias regista um agravamento de 4,6%.

Face a outubro, a maior subida para o conjunto da habitação registou-se na Região Autónoma dos Açores (1,1%), enquanto a única descida foi observada na Região Autónoma da Madeira (-0,1%). Já em comparação com novembro do ano passado, a maior subida aconteceu no Algarve (7,3%) e a menor na Região Autónoma da Madeira (2,5%).

De acordo com o INE, em novembro foram realizadas 27.243 avaliações bancárias — 17.314 apartamentos e 9.929 moradias –, o que representa uma subida de 8,2% face ao mesmo período do ano passado, depois de nos meses da pandemia ter ficado significativamente abaixo. Em comparação com outubro, foram feitas mais 2.601 avaliações, o equivalente a uma subida de 10,6%.

No mês anterior, a avaliação bancária subiu, fixando-se nos 1.131 euros por metro quadrado, tal como em agosto. Antes disso, tinha estado cinco meses consecutivos a subir. A última vez que este indicador cedeu terreno foi em março, no primeiro mês da pandemia no país, tendo o valor decrescido um euro face a fevereiro.

(Notícia atualizada às 11h43 com mais informação)

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Artigo científico do dean da Católica-Lisbon é um dos mais citados do Google Scholar

O artigo científico de Filipe Santos, dean da Católica-Lisbon, sobre gestão ligada a temas de complexidade institucional e organizações híbridas, é um dos mais citados do mundo no Google Scholar.

Filipe Santos, dean da Católica Lisbon School of Business & Economics, venceu este ano do prémio da década pela Academy of Management, a revista científica mais prestigiada do mundo para investigação teórica em gestão com o artigo científico “When worlds collide: the internal dynamics of organizational responses to conflicting institutional demands”, escrito em coautoria com Anne-Claire Pache e publicado em 2010 na Academy of Management Review. O artigo científico já recebeu mais de 1.600 citações no Google Scholar, o que o torna num dos artigos mais citados do mundo.

Neste artigo, os autores explicam de que forma as organizações modernas se confrontam com um contexto institucional cada vez mais complexo. Como podem as organizações responder a pressões simultâneas para maximizar lucros, responder aos desafios ambientais e societais, respeitar normas profissionais, proteger dados pessoais, promover modelos de inovação aberta, entre muitos outros? No documento, os autores defendem que a resposta estratégica de cada organização irá depender da própria dinâmica interna destas forças de pressão, podendo levar a situações de intenso conflito e mesmo dissolução da organização.

Para isso, Filipe Santos e Anne-Claire Pache propõem um modelo que permite prever qual a resposta estratégica e impacto na organização dependendo da sua situação específica. Este artigo tornou-se uma das referências centrais na investigação em gestão ligada a temas de complexidade institucional e organizações híbridas.

A investigação científica do dean da Católica-Lisbon nos temas do empreendedorismo e inovação social já recebeu mais de 9.600 citações no Google scholar. Filipe Santos é ainda o único investigador português em economia e gestão presente na lista de 2019 de High Impact Researchers, que premeia os investigadores com maior impacto no mundo.

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Bancos mundiais batem recorde de 125 mil milhões em taxas em 2020

Este recorde aconteceu à medida que as empresas recorriam à banca para levantar dinheiro de forma a sobreviverem aos efeitos provocados pela pandemia.

Apesar da pandemia, os bancos de investimento em todo o mundo não saíram prejudicados no que toca às comissões cobradas. Pelo contrário. Conseguiram mesmo registar um recorde de 124,5 mil milhões de dólares (101,9 mil milhões de euros) em taxas cobradas às empresas este ano, avança o Financial Times (acesso condicionado).

Este recorde aconteceu à medida que as empresas recorriam à banca para levantar dinheiro de forma a sobreviverem aos efeitos provocados pela pandemia. Ao mesmo tempo, os credores conseguiram cobrar altas taxas de subscrição de dívida e oferta de ações para clientes como a Boeing, Airbnb ou Softbank, diz o site Refinitiv, citado pelo FT.

Juntos, os maiores bancos dos Estados Unidos — JP Morgan, Goldman Sachs, Bank of America, Morgan Stanley e Citigroup — geraram cerca de 37 mil milhões de dólares (30,3 mil milhões de euros) em receitas, o equivalente a 30% das taxas cobradas este ano.

Foi um “ano muito robusto para a compra de dívidas e ações”, diz Jason Goldberg, analista do Barclays, referindo que este foi um ano em que “as empresas procuraram entrar no mercado de capitais para sustentar os balanços face à incerteza provocada pela pandemia”.

Só este ano, as empresas levantaram mais de cinco biliões de dólares (4,09 biliões de euros) em dívida, o valor mais alto de sempre. E só em custos associados, os credores ganharam 42,9 mil milhões de dólares (35,1 mil milhões de euros), mais 25% do que no ano passado. Contudo, os analistas não acreditam que este cenário se volte a repetir, porque as empresas estão agora “entupidas” de dívida e a tentar equilibrar as contas.

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Fundación Jiménez Díaz lidera lista de melhores hospitais em Espanha

  • Europa Press
  • 29 Dezembro 2020

O Índice de Excelência Hospitalar 2015-2019 foi elaborado pelo Instituto Coordenadas de Gobernanza y Economía Aplicada e compila as classificações das últimas cinco edições.

A Fundación Jiménez Díaz (Madrid) lidera a lista dos 10 melhores hospitais em Espanha, de acordo com o Índice de Excelência Hospitalar (IES) 2015-2019, elaborado pelo Instituto Coordenadas de Gobernanza y Economía Aplicada.

Nos últimos cinco anos, o Hospital Clínic de Barcelona e o Hospital de la Paz (Madrid) alternaram entre o segundo e o terceiro lugar, enquanto o Hospital Gregorio Marañón (Madrid) e o Hospital Quirónsalud Madrid ocupam o meio da tabela há mais de cinco anos.

Em 2019, o Hospital Vall d’Hebron (Barcelona) surge em sexto lugar, seguido pelo Hospital Universitário Clínico San Carlos (Madrid), Hospital Universitari i Politècnic La Fe (Valência), Centro Médico Teknon (Barcelona), e Hospital Quirónsalud Barcelona. Em anos anteriores, embora não em 2019, o Virgen del Rocío, em Sevilha, e o Ramón y Cajal também fizeram parte do top 10.

Esta classificação deriva do livro “IEH 2015-2019. Cinco anos de cuidados de saúde em Espanha”, publicado por “Profit”, um manual que compila as classificações dos melhores centros hospitalares espanhóis nas últimas cinco edições, tanto a nível geral e regional como por especialidade; e que também analisa a situação e evolução do Sistema Nacional de Saúde em Espanha neste período.

Assim, a Fundação Jiménez Diaz foi eleita, de forma unânime na série histórica do IEH 2015-2019, como melhor centro hospitalar em Espanha, “reforço do reconhecimento entre a amostra representativa de profissionais consultados ao longo das cinco edições”, explica o Instituto Coordenadas em comunicado.

Juan Antonio Álvaro de la Parra, gerente do hospital do grupo Quirónsalud, confessa numa entrevista no livro que esta liderança da Fundación Jiménez Díaz se baseia “no esforço, profissionalismo e compromisso” de todas as pessoas que fazem parte da instituição para avançar na mesma direção e para melhorar todos os dias. “Não se trata de trabalhar mais, mas de trabalhar melhor, mais eficaz e eficientemente. De trabalhar permanentemente na eficiência”, refere.

Desta forma, Madrid é a comunidade autónoma com maior presença de hospitais no top 10 do ranking nacional durante as últimas cinco edições do IEH. “Juntamente com a Fundación Jiménez Díaz, destaca-se a presença do Hospital Universitário de La Paz em todas as edições, tendo alternado entre a segunda (2018 e 2016) e a terceira (2019, 2017 e 2016) posição nas diferentes edições”, acrescenta o Instituto Coordenadas.

Entre os representantes dos melhores hospitais espanhóis de Madrid, estão o Hospital Universitário Gregorio Marañón e o Hospital Universitário Quirónsalud Madrid, juntamente com a Clínica San Carlos, este último tem estado no top 10 continuamente desde 2016, substituindo o Hospital Universitário Ramón y Cajal, que fechou o top 10 na primeira edição em 2015.

A Catalunha é, juntamente com Madrid, o território com o maior número de hospitais no top 10 nacional dos melhores hospitais de Espanha, já que tem quatro hospitais, desde que a Clínica de Barcelona (que alternou com La Paz entre o segundo e o terceiro lugar) se juntou durante todo o período dos cinco anos ao Hospital Universitário Vall d’Hebron, ao Hospital Quirónsalud Barcelona e ao Centro Médico Teknon”, adianta o comunicado.

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41% da energia usada para aquececimento em Portugal já é renovável

Quando toca a usar renováveis para aquecer e arrefecer a casa, Portugal está no topo da tabela, revela o Eurostat, acima da média Europeia. A Suécia lidera com 66,1% de energia limpa no aquecimento

De acordo com os dados do Eurostat divulgados esta terça-feira, em 2019 as energias renováveis ​​representaram 22,1% do uso total de energia para aquecimento e refrigeração na União Europeia, um aumento face aos 21,2% registados no ano anterior . Em Portugal esta percentagem foi quase o dobro da média europeia: 41,6%. Há uma década, em 2010, era de apenas 24%.

Entre 2004 e 2019, a quota da UE de energia proveniente de fontes renováveis ​​para aquecimento e refrigeração (residências, processos industriais, hospitais, escolas, etc.) quase duplicou, de 11,7% para 22,1%.

Revela o Eurostat que entre os diferentes Estados-Membros, a quota de energia renovável para aquecimento e refrigeração representou mais da metade do total na Suécia (66,1%), Letónia (57,8%), Finlândia (57,5%) e Estónia (52,3%). Fora da UE, a Islândia registou uma parcela muito elevada de energia limpa, na ordem dos 79,4%.

Do outro lado da tabela, os países da UE com 10% ou menos de renováveis ​​no aquecimento e arrefecimento foram a Irlanda (6,3%), os Países Baixos (7,1%), a Bélgica (8,3%) e o Luxemburgo (8,7%).

Vinte Estados-Membros da UE registaram aumentos, tendo os mais elevados sido na Eslováquia (de 10,6% para 19,7%), na Finlândia (de 54,6% para 57,5%) e na Dinamarca (de 45,5% para 48,0%).

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China quer atrair investimento estrangeiro para desenvolver 5G e condução autónoma

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2020

Entre a lista de setores para os quais o Governo chinês pretende atrair investimento estrangeiro, encontram-se as redes móveis de quinta geração (5G) e a condução autónoma.

O Governo chinês publicou esta terça-feira uma lista dos setores que querem atrair investimento estrangeiro, e que inclui redes móveis de quinta geração (5G) ou condução autónoma, através de benefícios fiscais ou facilitação de terrenos.

Este documento, elaborado pelo Ministério do Comércio da China, cobre um total de 480 setores a nível nacional e outros 755 nas regiões centro e oeste do país, cujo desenvolvimento Pequim quer promover, visando equilibrar o crescimento económico das províncias do interior com o das zonas costeiras mais prósperas.

Na última atualização desta lista foram acrescentados 127 novos setores. A lista entra em vigor em 27 de janeiro de 2021.

Segundo um porta-voz do Ministério do Comércio da China, a prioridade é o fabrico e serviços de produção, para melhorar a eficiência e as tecnologias industriais.

Entre os novos setores adicionados à lista consta ainda o ensino ‘online’ e o comércio eletrónico transfronteiriço.

Há ainda áreas relacionadas com a pandemia de Covid-19, como produção de ventiladores ou máquinas de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), utilizadas no suporte vital de pacientes com pulmões gravemente lesados.

Os investidores estrangeiros que contribuírem com capital nestes setores poderão tirar proveito das “políticas preferenciais” a nível fiscal ou na utilização de terrenos.

Nos últimos anos, a China tem procurado promover o processo de abertura da sua economia com este tipo de iniciativa.

Existe ainda a chamada “lista negativa“, que abrange os setores nos quais está interdita a entrada de investimento estrangeiro, e que tem vindo a ser encurtada. Atualmente, são 33 os setores que integram esta lista.

Face a uma prolongada guerra comercial com os Estados Unidos, Pequim está a promover a assinatura de acordos como a Parceria Económica Abrangente Regional (RCEP, na sigla em inglês), o maior acordo de livre comércio do mundo, que inclui 15 países da região Ásia-Pacífico, ou o Acordo Compreensivo de Investimento, que deve ser assinado em breve com a União Europeia (UE).

Com este último acordo, a UE pretende obter reciprocidade no acesso ao mercado chinês pelas empresas europeias e aumentar a transparência nos subsídios concedidos pelo Governo chinês às empresas estatais.

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PS quer ouvir 62 personalidades no Parlamento por causa do Novo Banco

Depois do PSD, os socialistas são quem mais personalidades querem ouvir na Comissão de Inquérito ao Novo Banco. Pedem ainda acesso a dezenas de documentos sobre o banco.

O Grupo Parlamentar do PS quer chamar ao Parlamento 62 personalidades ligadas ao Novo Banco, para serem ouvidas na Comissão de Inquérito. Os socialistas propõem ainda o acesso a dezenas de documentos relacionados com a atividade da instituição bancária.

Ex-administradores do Banco de Portugal e ex-responsáveis dentro da mesma instituição, diretores do Novo Banco, ministros e ex-ministros, auditores e advogados são algumas das pessoas que o PS quer ouvir no Parlamento, de acordo com o documento que foi entregue esta terça-feira na Assembleia da República, e onde consta a lista de todas as 62 personalidades.

O PS é, assim, o Grupo Parlamentar que mais pessoas quer ouvir, depois do PSD, que propôs audições com 76 personalidades. A proposta do PAN é de 32, a do CDS aponta para mais de 20 e o Iniciativa Liberal para 53. Até ao momento, contas feitas, os deputados querem ouvir 195 pessoas na Comissão de Inquérito ao novo Banco.

Para os socialistas, é importante responder a sete “perguntas chave”, como explicou o deputado João Paulo Correia ao ECO. São elas:

  • Por que razões um conjunto de ativos problemáticos passaram do BES para o NB com auxílio de Estado?
  • Por que razões o Governo e BdP decidiram não vender o NB em agosto de 2015, tendo em conta que uma das propostas em cima da mesa (Fosun) não tinha custos para os contribuintes? O PS quer ouvir a Fosun e conhecer a proposta em concreto.
  • Quanto custou à República Portuguesa, em juros da dívida, durante o ano de 2016, a decisão de não vender o NB? A não venda do NB levou o BdP a retransmitir 2.000 milhões de euros de obrigações seniores do balanço do NB para o BES, causando um ataque ao rating da República Portuguesa nas praças financeiras internacionais.
  • Sabendo que o NB não podia continuar a sua atividade para lá de 2017, qual a alternativa que menos pesava aos contribuintes? Liquidação ou esta venda à Lone Star? O PS requer à Comissão Europeia o relatório confidencial que autorizou a venda à Lone Star e que avaliou o impacto da liquidação em alternativa à venda proposta.
  • Quais as condições impostas pela Comissão Europeia ao contrato de venda à Lone Star entre o momento do acordo inicial e a assinatura do contrato?
  • A administração do NB cumpriu os critérios mais exigentes de transparência e rigor na alienação das carteiras de ativos (2015 a 2020)?
  • Foi dado tratamento de favor a algum ou alguns devedores do NB em matéria de reestruturação de créditos?

Mas, tal como os restantes partidos, o pedido dos socialistas não fica aqui por aqui. O partido propõe ainda ter acesso a dezenas de documentos relacionados com a atividade do Novo Banco, tais como atas de reuniões, correspondências, auditorias, balanços, processos de avaliação de ativos, contratos assinados e créditos concedidos.

Estes documentos são pedidos a entidades tais como o Banco de Portugal, o Fundo de Resolução, a Deloitte, o próprio Novo Banco, a Comissão Europeia e até o Governo.

(Notícia atualizada às 10h54 com declarações de João Paulo Correia ao ECO)

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Autoridade recebe média de 43 queixas por dia relativas aos transportes no primeiro semestre

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2020

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes divulgou esta terça-feira que, no primeiro semestre do ano, recebeu uma média de 43 reclamações diárias, num total de 7.756 naquele período.

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) recebeu em média 43 reclamações por dia no primeiro semestre do ano, um total de 7.756 naquele período, que representa uma descida de 11% face ao período homólogo (8.713), foi divulgado esta terça-feira.

“Nos primeiros seis meses do ano de 2020 foram registadas e tratadas pela AMT 7.756 reclamações, o que corresponde a uma média diária de cerca de 43 queixas por dia”, de acordo com o Relatório sobre Reclamações no Ecossistema da Mobilidade e dos Transportes do primeiro semestre de 2020.

Comparativamente com o número de reclamações recebidas no mesmo período do ano anterior, verificou-se uma descida do número de queixas no primeiro semestre deste ano, que passaram de 8.713 para 7.756 (-11%).

Numa comparação com o semestre anterior, observou-se uma diminuição mais acentuada, de -43,4%, correspondente a menos 5.937 reclamações.

No total de 17 motivos principais de reclamações, 68,4% prendem-se com queixas sobre o “cumprimento defeituoso, cumprimento não conforme com o contrato, incumprimento”, os “preços, pagamento, bilheteiras”, e a “qualidade do atendimento, atendimento deficiente nos estabelecimentos e no atendimento telefónico”, os mesmos motivos invocados pelos utentes no primeiro semestre de 2019.

Do total das queixas no período em análise, 4.012 dizem respeito a registos no Livro de Reclamações físico dos diversos operadores e prestadores de serviços de transportes, 2.867 do Livro de Reclamações Eletrónico, tendo as restantes 877 sido feitas diretamente à AMT ou endereçadas através de outras entidades, esclareceu a autoridade dos transportes.

Em relação aos primeiros seis meses de 2019, verificou-se um aumento das reclamações nos setores rodoviário (+12,6%) e no subsetor rodoviário de passageiros, que registou mais 5,2% de queixas no período em análise, passando de 2.963 para 3.118.

Já nos setores ferroviário e fluvial registaram-se diminuições de 30,8% e 78%, respetivamente, no número de reclamações.

Também os subsetores de transporte ferroviário e fluvial de passageiros assinalaram descidas de 15,8% (-313) e 78,0% (-500), respetivamente.

Segundo os valores apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), citados no relatório, o setor ferroviário transportou 52,2 milhões de passageiros no primeiro semestre deste ano, menos 34,7% em relação ao semestre homólogo, o metropolitano transportou 75 milhões de passageiros (menos 42,4% em relação ao primeiro semestre de 2019) e o fluvial 5,8 milhões de passageiros (menos 43,9% em termos homólogos).

A AMT referiu que, à data de produção do relatório divulgado esta terça-feira, os dados mais recentes do INE relativos ao transporte de passageiros por rodovia referem-se a 2019, mas, segundo a autoridade estatística, houve um aumento na ordem dos 4,2% dos passageiros transportados por aquela via, em relação ao ano de 2018, ou seja, passou de 543,1 milhões de passageiros em 2018 para 565,9 milhões de passageiros em 2019.

Relativamente ao número de reclamações por milhão de passageiros, verificou-se uma diminuição de 24,4% no subsetor metropolitano de passageiros e de 60,6% no subsetor fluvial, face aos primeiros seis meses de 2019, enquanto no subsetor ferroviário de passageiros assinala-se um aumento de 29%.

A AMT ressalvou que “o presente relatório e as comparações nele constantes não deverão ser dissociadas da pandemia (…), por isso, os números não são, em muitos casos, comparáveis com períodos anteriores”.

“Neste relatório, a análise incidiu na comparação das reclamações recebidas no primeiro semestre de 2020 com as registadas no período homólogo, pois a sazonalidade é um fator que influencia os movimentos de utilizadores no âmbito do Ecossistema da Mobilidade e dos Transportes”, apontou também a AMT.

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Centeno recomenda que medidas de apoio sejam adaptadas à crise

  • ECO
  • 29 Dezembro 2020

Num artigo de opinião no Diário de Notícias, o governador do Banco de Portugal lembra que "as moratórias não são um perdão de crédito" e que as medidas de apoio não devem terminar abruptamente.

As medidas adotadas para combater os efeitos da pandemia “devem, em 2021, ser adaptadas à evolução da crise e devem servir para preparar a recuperação”, defende o governador do Banco de Portugal num artigo de opinião publicado esta terça-feira no Diário de Notícias (acesso pago). Este é apenas um dos alertas que Mário Centeno deixa.

“O grau de implementação das medidas em Portugal foi muito elevado. Os apoios ao rendimento, como o lay-off simplificado, e os apoios à liquidez, como as moratórias, pelo seu impacto e eficácia, devem ser mantidos ao longo do ano, mas devem ser adaptados à evolução da crise económica“, diz Centeno, frisando que “as autoridades orçamentais devem evitar os impactos negativos associados ao término abrupto de algumas medidas”.

As moratórias são também outra das preocupações do governador porque “não são um perdão de crédito” e “as famílias e as empresas devem retomar o reembolso dos créditos, mas de forma gradual e efetiva, permitindo um retorno à normalidade sem sobressaltos”. De acordo com as estimativas do Banco de Portugal, até setembro de 2021, sejam adiados até 11 mil milhões de euros de reembolsos previstos nos planos de créditos devido às moratórias.

Não se trata de um acumular de dívida, mas sim de um adiamento do pagamento, acomodando esse momento ao retorno da atividade a níveis mais próximos do período anterior à crise”, lembra Centeno, acrescentando que esta regra se aplica também aos Estados que têm aumentado os níveis de endividamento para combater os efeitos da crise pandémica. “Na verdade, o mesmo se espera que venha a acontecer com as Regras Orçamentais na Europa e com a política monetária do Eurossistema”, escreve Centeno.

Centeno defende que “as condições de acesso ao crédito devem ser favoráveis”, mas alerta que “não se deve incentivar empréstimos sem sustentabilidade económica”, conclui.

 

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Nas notícias lá fora: Taxas, Brexit e plástico

  • ECO
  • 29 Dezembro 2020

Durante a pandemia, os bancos de investimento arrecadaram um recorde em taxas. A partir de janeiro há novas regras para o comércio mundial de plástico. Saiba as notícias que estão a marcar o dia.

A pandemia não impediu os bancos de investimento de lucrarem com as taxas cobradas. Pelo contrário, permitiu angariar recordes. Numa volta ao mundo, as notícias vão de Espanha aos Estados Unidos, passando pela China. Destaque ainda para as novas regras para o comércio mundial de plástico que estão a caminho.

Financial Times

Bancos mundiais arrecadam recorde de 125 mil milhões em taxas em 2020

Os bancos de investimento em todo o mundo geraram um recorde de 124,5 mil milhões de dólares (101,9 mil milhões de euros) em taxas este ano, enquanto as empresas corriam para levantar dinheiro para sobreviver à pandemia. Este lucro inesperado veio quando os credores ganharam altas taxas de subscrição de dívidas e ofertas de ações para clientes como a Boeing, Airbnb e SoftBank. Foi um “ano muito robusto para a subscrição de dívidas e ações”, diz Jason Goldberg, analista do Barclays.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Câmara dos Representantes reaprova diploma da política de Defesa vetado por Trump

A Câmara dos Representantes norte-americana voltou a aprovar o diploma da política de Defesa do país, que tinha sido vetado por Donald Trump. Os congressistas da câmara “baixa” do Congresso aprovaram o projeto-lei com 322 votos favoráveis e 87 contra, bem acima dos dois terços necessários para a aprovação. O diploma tem de ir agora para o Senado. Se for aprovado, será a primeira vez desde que Trump iniciou o mandato que um documento vetado pelo Chefe de Estado é reaprovado pelo Congresso.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

South China Morning Post

Todos os Estados-membros aprovam acordo de investimento com a China

A China e a União Europeia poderão chegar a um acordo histórico para a proteção do investimento esta semana. Com este acordo, que levantou muitas reservas inicialmente, as empresas europeias passariam a ter condições de investimento mais privilegiadas na China do que as americanas, enquanto a China poderia ganhar margem de manobra tendo em conta que o objetivo de Joe Biden é fortalecer laços com os parceiros europeus para combater o aumento da posição dominante da China.

Leia a notícia completa no South China Morning Post (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Guardian

Vêm aí novas regras para o comércio mundial de plástico

Mais de 180 países acordaram novas regras internacionais para lidar com o comércio mundial de plástico, onde as nações ricas “atiram” plástico contaminado às mais pobres. Estas regras entram em vigor a 1 de janeiro e visam tornar o comércio mais transparente, permitindo que países em desenvolvimento, como o Vietname e a Malásia, recusem resíduos de baixa qualidade e difíceis de reciclar antes mesmo de estes serem enviados.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

El País

Espanha dá ultimato de 72 horas para evitar um hard Brexit em Gibraltar

Exatamente 72 horas antes de o Reino Unido estar definitivamente fora da União Europeia, a ministra dos Negócios Estrangeiros espanhola garantiu que Espanha está disposta a facilitar a livre circulação de pessoas com Gibraltar. Contudo, alertou que, se não houver um acordo, Gibraltar será “o único lugar onde se aplica um hard Brexit”, isto porque aquele território espanhol está de fora do acordo alcançado entre o Reino Unido e Bruxelas há cinco dias.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol)

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Lisboa em máximos de março. Segue para a quinta sessão consecutiva de ganhos

A bolsa de Lisboa está a valorizar, animada pelo setor energético. O PSI-20 caminha, assim, para a quinta sessão consecutiva de ganhos.

A bolsa de Lisboa continua numa tendência ascendente, estando cada vez mais perto dos 5.000 pontos. O PSI-20 mantém-se no verde esta manhã, caminhando para aquela que será a quinta sessão consecutiva de ganhos. A animar a bolsa estão as cotadas do setor energético, embora a Galp Energia esteja a impedir subidas mais expressivas.

O PSI-20 está a avançar 0,31% para 4.944,38 pontos, tocando máximos de 4 de março, dia em que cotou nos 4.967,93 pontos.

O destaque desta sessão são os títulos do setor energético, sobretudo da EDP que ganha 0,76% para 5,282 euros e da EDP Renováveis que soma 0,43% para 23,1 euros. Estas duas cotadas renovaram máximos históricos na última sessão. Juntas já valem mais de 40 mil milhões de euros.

Ainda nas subidas, destaque para as ações da Jerónimo Martins que crescem mais de 1%, estando a cotar acima dos 14 euros, enquanto a Sonae avança 0,3% para os 0,662 euros.

Pelo contrário, e também no setor energético, a Galp Energia está a travar um desempenho mais acentuado da bolsa. Os títulos da petrolífera nacional estão a cair 0,72% para 8,77 euros, numa altura em que o preço do barril de petróleo está em queda nos mercados internacionais.

Ainda a pressionar o índice estão os títulos do BCP que perdem 0,56% para 0,1233 euros.

Esta terça-feira, Lisboa está a acompanhar a tendência de ganhos que se vive no resto da Europa, numa altura em que as notícias da vacinação contra o coronavírus e o pacote de estímulos fiscais assinado nos Estados Unidos animam os investidores. O índice de referência europeu Stoxx-600 avança 0,81% para 401,82 pontos, enquanto o alemão Dax sobe 0,46% e o espanhol Ibex-35 ganha 0,69%.

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