Másmóvil paga 2,1 mil milhões por operadora rival em Espanha

A Másmóvil propôs pagar 11,17 euros por cada ação da Euskaltel, uma operadora de telecomunicações concorrente e de menor dimensão no mercado espanhol. É um prémio de 16%.

A Másmóvil ofereceu 2,1 mil milhões de euros para adquirir a Euskaltel, uma operadora concorrente de menor dimensão no mercado espanhol. A proposta surge no âmbito de um acordo de compra amigável que pressupõe o pagamento de 11,17 euros por cada ação da Euskaltel, um prémio de 16% face ao preço das ações no final da sessão de sexta-feira.

De acordo com a Bloomberg (acesso pago), que cita informação regulatória, os três maiores acionistas da Euskaltel, que controlam uma posição de 52% na empresa, já terão aceitado a oferta da Másmóvil. O negócio promete agitar o setor de telecomunicações em Espanha, colocando pressão sobre outras empresas estabelecidas no mercado, como a Orange e a Vodafone.

A agência financeira recorda que a Másmóvil é uma empresa tradicionalmente compradora e os rumores levam a crer que, com a aquisição da Euskaltel, a empresa poderá não ficar por aqui. Há meses que a imprensa espanhola especula sobre uma potencial fusão entre a Másmóvil e a Vodafone em Espanha, que poderia estender-se também ao mercado português.

Não há qualquer confirmação oficial da existência de negociações, mas as notícias indicam que um eventual negócio pode ficar fechado ainda neste semestre. Como noticiou o ECO, a possibilidade levou a Altice Portugal a enviar uma carta à Anacom em fevereiro, solicitando que o regulador investigue os rumores e suspenda o leilão do 5G até o assunto estar esclarecido.

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Eurodeputado Pedro Marques propõe que a UE dê um cheque de 1.000 euros a cada cidadão europeu

  • ECO
  • 29 Março 2021

O eurodeputado e ex-ministro do PS defende, num artigo de opinião, o pagamento de "cheques de estímulos" semelhantes aos dos EUA a cada europeu desempregado, idoso ou que tenha filhos.

O eurodeputado socialista Pedro Marques propõe que seja encontrada uma forma de pagar 1.000 euros a cada cidadão europeu que esteja desempregado, seja idoso ou tenha filhos. O ex-ministro das Infraestruturas português acredita que essa é uma forma mais eficaz de estimular a economia, adotando o modelo seguido também nos EUA.

“A União Europeia deve enviar um sinal forte aos governos nacionais para que continuem a apoiar as suas economias e a fazerem com que o dinheiro europeu chegue ao destino pretendido numa questão de meses e não anos. Mas há uma forma ainda melhor de garantir que o dinheiro para a recuperação fornece os estímulos que são necessários: usar os meses que leva a aprovar planos de recuperação nacionais para encontrar uma forma de pagar 1.000 euros a cada desempregado, idoso ou cidadão com filhos”, escreve Pedro Marques no Politico Europe.

No texto, o eurodeputado considera que a resposta norte-americana ao impacto da pandemia na economia, para além de “muito maior”, “chegou muito mais rapidamente à economia real”. “Isso aconteceu porque uma grande fatia dos estímulos tomaram a forma de pagamentos diretos às famílias, ao mesmo tempo que outras medidas tiveram impacto imediato nos rendimentos dos cidadãos e, em resultado, na procura”, justifica Pedro Marques, que recorda, por fim, que os cheques de 1.400 dólares que os EUA estão a distribuir agora aos cidadãos são já os terceiros desde o início da crise da Covid-19.

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Mensagem de Marcelo na promulgação dos apoios sociais é “muito rica, inovadora e criativa”. Costa vai “meditar”

"É algo bastante inovador do ponto de vista da ciência jurídica e Governo tem dever de meditar na mensagem", reiterou António Costa, sobre a nota do Presidente da promulgação dos apoios sociais.

O primeiro-ministro considera que a mensagem do Presidente da República, ao promulgar as mudanças aos apoios sociais que foram aprovadas no Parlamento à revelia do PS, é “muito rica, inovadora e criativa”. O Governo vai “meditar” na nota de Marcelo Rebelo de Sousa antes de tomar uma decisão sobre se recorre ou não ao Tribunal Constitucional.

É algo bastante inovador do ponto de vista da ciência jurídica e o Governo tem dever de meditar na mensagem antes de decidir o que fazer” ao mesmo tempo que promulgou os apoios aprovados pelo parlamento, reiterou António Costa, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões. Acrescentou até que “todos a devem ler com a devida atenção e meditação porque é muito rica”.

Na nota, Marcelo admite que os diplomas “implicam potenciais aumentos de despesas ou reduções de receitas”, mas sublinha que são “de montantes não definidos à partida, até porque largamente dependentes de circunstâncias que só a evolução da pandemia permite concretizar”. Aponta ainda que cabe ao Governo a decisão de suscitar um “pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade”, apelando no entanto para entendimentos políticos que impeçam alguma crise.

Em reação, o primeiro-ministro diz não crer “que haja qualquer crise política no horizonte”, sublinhando que o país “tem que se concentrar em vencer pandemia e iniciar recuperação”. “Não temos tempo a perder com crises”, reitera Costa, apontando que, neste contexto, “há que assegurar o cumprimento da constituição”, sendo que “a mensagem do Presidente é particularmente interessante, inovadora, rica em conceitos”.

O que Marcelo “diz, no fundo, de essencial é que não há preto e branco”, aponta Costa. “Diz expressamente que Governo aplicará a lei na estrita medida do que está previsto no orçamento”, acrescenta o primeiro-ministro. Quanto à “meditação” que o Governo vai fazer sobre a mensagem, esta demorará “o tempo que for necessário”. Mesmo que avance para o pedido de fiscalização por parte do Tribunal Constitucional não há suspensão das normas.

Costa diz ainda ter “pouca disponibilidade para a ficção neste momento”, estando “mais concentrado em coisas que são bastante concretas como montar o plano de vacinação e assegurar que funciona a tempo e horas”.

Depois de reiterar que a mensagem “é muito rica”, Costa é questionado sobre se está a ser irónico, mas garante que não tem “nenhuma ironia”. A mensagem de Marcelo “não tem só uma conclusão, tem conjunto de conclusões, é extensa, tem muitos pontos”, sendo que “o primeiro-ministro tem obrigação de ler a mensagem toda, da primeira à última palavra, e refleti-la e analisá-la no seu conjunto”, mensagem esta que “é muito criativa”.

(Notícia atualizada às 12h50)

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Cinco especiais sobre o futuro do trabalho (para celebrar 2 anos de Pessoas)

  • Trabalho
  • 29 Março 2021

A revista Pessoas cumpre dois anos e estes são os especiais que sugerimos que leia (ou releia) sobre o futuro do trabalho, dos escritórios e da liderança.

O último ano marcou o conteúdo da revista Pessoas. Se há algum tempo escrevíamos sobre o futuro do trabalho (e o trabalho do futuro), o futuro do escritório (e o escritório do futuro), bem como sobre temas como a saúde mental, e a importância da flexibilidade e personalização, em 2020 estes temas ganharam, inevitavelmente, uma importância e relevância muito maior.

A pandemia mundial acelerou a transformação digital e a revolução laboral que já se anunciava e a prova disso são as mudanças que estão a ocorrer nas empresas, os debates criados à volta destas questões e o interesse de líderes e pessoas, que valorizam, talvez mais do que nunca, a flexibilidade e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

Esta segunda-feira, a revista Pessoas celebra dois anos de história. E queremos que faça parte dessa “festa”. Como? Pense connosco sobre o futuro do trabalho: sugerimos estes cinco especiais.

1. “Direito a desligar”: Lei é suficiente, mas é preciso cumpri-la

No início do ano, continuando o teletrabalho a ser uma realidade para milhares de portugueses, escrevemos sobre o “direito a desligar”. Em casa, nem sempre é fácil desconectar, torna-se difícil definir os limites do início e do fim do dia de trabalho, por isso o direito a ficar offline é um dos temas que tem merecido destaque e discussão.

Neste artigo, a Pessoas/Advocatus conversou com alguns advogados sobre a lei existente, o artigo 169º do Código de Trabalho que prevê as mesmas regras de limites do período normal de trabalho para o trabalho presencial e para o trabalho à distância, bem como sobre o Livro Verde para o futuro do trabalho.

Leia aqui.

2. Como planeiam as empresas voltar aos escritórios? Assim que possível, adiando o regresso ou tornando-o opcional

Os escritórios tornaram-se lugares vazios, “lugares estranhos” como a Pessoas escreveu na edição de janeiro/fevereiro da revista e, por isso mesmo, durante o segundo confinamento obrigatório em Portugal quisemos falar deles e tentar perceber como é que as empresas estavam (e estão ainda) a preparar o regresso.

Se, por um lado, há quem esteja apenas à espera “luz verde” do Governo para voltar a abrir as portas do escritório, por outro lado, há também quem pretenda adiar o regresso, mesmo que esta já seja ponderado pelo Governo. As empresas do setor tecnológico são as que mais querem prolongar o trabalho remoto, com algumas a adotar mesmo uma política de remote first, que permite aos colaboradores escolherem quando (e se) querem ir aos escritórios ou, se preferem, trabalhar a partir de casa. Nestes casos, liberdade é a palavra de ordem.

Leia aqui.

3. Como é que a pandemia transformou a casa ideal? E o escritório perfeito?

Regressar ao escritório vai significar, em muitos casos, encontrar espaços um pouco diferentes, mais adaptados às novas necessidades e dinâmicas de trabalho, mais flexíveis e, sobretudo, mais híbridos e versáteis. A forma de trabalhar mudou com a pandemia, bem como os espaços onde trabalhamos. E não só os escritório como as próprias casas sofreram alterações.

“Com a pandemia, a casa tornou-se para muitos um misto de residência e escritório. Há necessidade de mais espaço”, dizia Miguel Poisson, CEO da imobiliária Sotheby’s International Realty Portugal, na altura. Uma das tendências que se observou neste ano de pandemia, impulsionada pelo teletrabalho e pela telescola, foi a transformação de quartos e divisões da casa em escritórios. “Há, claramente, uma necessidade de mais espaço para acomodar o teletrabalho e a telescola”. A procura por áreas maiores e com outro tipo de valências também saiu reforçada: espaço exterior e divisões extra para escritório são alguns dos pré-requisitos mais procurados.

Leia aqui.

4. JLL: um escritório presente, pensado para o futuro do trabalho

Uma das visitas que fizemos, a precisamente um escritório desenhado a pensar no futuro do trabalho, foi à JLL. Um dos primeiros edifícios de escritórios da cidade de Lisboa, o Heron Castilho, a poucos metros da rotunda do Marquês de Pombal, já servia de sede à JLL. Mas foi no início deste ano que consultora imobiliária arrancou com as obras que garantiram a mudança de um dos pisos do escritório para o 11.º andar, o último piso do edifício.

O 11.º junta-se, agora, ao 8.º, onde a JLL organizou o espaço de trabalho dos colaboradores. “O piso 8 é a ‘fábrica’”, explicava Pedro Lencastre, diretor-geral da JLL em Portugal, na altura. “É onde as pessoas estão concentradas, que conta com alguns espaços de networking e é um open space”. A grande novidade do ano é, por isso, o rooftop, com vista sobre a cidade de Lisboa.

Leia aqui.

5. Empresas estão “viciadas” na proximidade física. O que fazer para evitar “a febre das reuniões”?

Temos também estado atentos ao tema da saúde, física e mental, das pessoas. Há um ano, a capa da Pessoas falava sobre saúde mental — o “benefício (funda)mental” — mas não esgotámos o tema por aí. Desde o início da pandemia que as reuniões e encontros presenciais foram substituídos por novas rotinas que incluem videochamadas diárias que, muitas vezes, se estendem por várias horas, em plataformas digitais.

É a “febre das reuniões”, alertam os especialistas em trabalho remoto, acrescentando que esse excesso pode trazer consequências ao nível da saúde mental e produtividade dos trabalhadores e, em último caso, influenciar economicamente os negócios.

Leia aqui.

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Esta “fintech” permite pagamentos digitais em dinheiro ou bitcoin, mesmo se houver apagão na internet

A Crunchfish desenvolveu uma forma de fazer pagamentos digitais mesmo se tiver havido um apagão na internet. Sistema suporta divisas fiduciárias e até bitcoin.

Uma startup sueca desenvolveu um sistema que permite fazer pagamentos digitais mesmo se houver um apagão na internet.

A pandemia acelerou a adoção dos pagamentos digitais em todo o mundo. Mas a hipótese de um blackout total nas redes de comunicações é um risco evidente para o sistema financeiro. A Crunchfish acredita ter resolvido o problema.

No caso de a internet ficar temporariamente inoperacional por causa de uma catástrofe, o cenário mais provável seria o da utilização de moedas e notas para a generalidade das transações, como acontecia no passado. Mas, em alternativa, o sistema desenvolvido pela fintech sueca permitiria continuar a fazer compras e pagamentos através de uma aplicação para smartphone, usando qualquer divisa fiduciária ou até bitcoin.

De acordo com a Bloomberg (acesso condicionado), num período em que haja acesso à rede, os utilizadores podem transferir dinheiro para uma “conta especial” que permite continuar a fazer pagamentos nos casos em que a internet esteja offline. Mais tarde, caso o acesso à internet seja reposto, os pagamentos são registados na rede e os utilizadores, querendo, podem voltar a carregar as suas contas.

A agência sublinha que a startup está já a realizar um projeto-piloto em parceria com a Swish, o maior fornecedor de serviços de pagamentos na Suécia. A empresa está já avaliada em 112 milhões de dólares e é detida em 17% por Mohammed Al Amoudi, um multimilionário de origem etiópia.

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PCP avisa Governo para cumprir medidas em vez de “poupar” para défice

  • Lusa
  • 29 Março 2021

João Oliveira saudou a promulgação das leis que reforçam os apoios sociais devido à pandemia por parte do Presidente da República, afirmando que era essa “a expectativa” que os comunistas já tinham.

O PCP saudou esta segunda-feira a promulgação, pelo Presidente, das leis que reforçam os apoios sociais devido à pandemia, e avisou o Governo que tem de as cumprir em vez de andar a “poupar preocupado com os números do défice”.

“É absolutamente essencial que o Governo não ande a cortar ou a poupar nos apoios sociais, preocupado com os números do défice. Não estamos numa situação em que isso seja aceitável”, afirmou à Lusa o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, num comentário à promulgação de domingo de Marcelo Rebelo de Sousa às leis aprovadas no parlamento.

João Oliveira saudou a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa, afirmando que era essa “a expectativa” que os comunistas já tinham, e aproveitou para deixar alertas e críticas ao Governo, que admitiu enviar os diplomas para o Tribunal Constitucional (TC) por violarem a chama “norma-travão”.

Para João Oliveira, “as famílias, os trabalhadores, a micro, pequenas e médias empresas estão a atravessar dificuldades enormíssimas em resultado das decisões do confinamento” e, por isso, “é absolutamente essencial” que sejam postas em prática quer as medidas do Orçamento do Estado de 2021, quer as medidas de apoios sociais promulgadas pelo Presidente, “em complemento” às tomadas no início do ano.

Na manhã desta segunda-feira, o PCP emitiu um comunicado em que afirmou ser “imprescindível que os apoios sociais cheguem aos trabalhadores, às famílias e às MPME”.

E alertou que “é preciso que o Governo dê concretização aos apoios necessários em vez de assumir uma posição de força de bloqueio a esses apoios para poupar no défice”, repetindo o que o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, já dissera, na sexta-feira, antes de se conhecer a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa, o que só aconteceu no domingo.

O Presidente da República promulgou, no domingo, três diplomas aprovados pelo parlamento de reforço de apoios no âmbito da pandemia por considerar que não existe uma violação indiscutível da Constituição, e representam “medidas de apoio social urgentes” que podem “ser aplicadas, na medida em que respeitem os limites” orçamentais.

Na justificação de 12 pontos que apresenta para a promulgação, Marcelo Rebelo de Sousa até admite que “os três diplomas em análise implicam potenciais aumentos de despesas ou reduções de receitas“, mas afirma que são de “montantes não definidos à partida, até porque largamente dependentes de circunstâncias que só a evolução da pandemia permite concretizar”.

“E, assim sendo, deixando em aberto a incidência efetiva na execução do Orçamento do Estado. O próprio Governo tem, prudentemente, enfrentado a incerteza do processo pandémico, quer adiando a aprovação do Decreto de Execução Orçamental, quer flexibilizando a gestão deste, como aconteceu no ano 2020″, salientou.

Em causa estão três diplomas: um alarga o universo e o âmbito dos apoios sociais previstos para trabalhadores independentes, gerentes e empresários em nome individual; outro aumenta os apoios para os pais em teletrabalho; e um terceiro que estende o âmbito das medidas excecionais para os profissionais de saúde no âmbito da pandemia também à recuperação dos cuidados primários e hospitalares não relacionados com covid-19.

Os três diplomas – todos com origem em apreciações parlamentares de decretos do Governo – foram aprovados em 3 de março, com o Partido Socialista a votar isolado contra o dos apoios sociais e o da saúde, e a abster-se no das famílias (juntamente com Iniciativa Liberal, neste diploma).

O Governo tem defendido que os diplomas representam “uma violação ostensiva” da lei-travão inscrita na Constituição, desvirtuando o Orçamento em vigor, por aumentarem os limites de despesa aprovados no OE2021.

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Banca sob pressão com colapso do Archegos. Credit Suisse e Nomura arriscam anular lucros

A banca europeia perde 1,4%, com o sentimento negativo a estender-se a banca de investimento e comercial: o francês BNP Paribas cai 2,2%, o suíço UBS recua 3,6% e o português BCP desvaloriza 1%.

Os bancos de investimento de todo o mundo estão sob forte pressão depois do colapso do Archegos Capital Management. O europeu Credit Suisse e o japonês Nomura estão entre os mais penalizados devido à exposição ao family office que não conseguiu reforçar margens e teve, no final da semana passada, de liquidar 20 mil milhões de dólares em ações.

Na sessão de sexta-feira em Wall Street, os investidores depararam-se com vendas em bloco de ações sem razão aparente. A Bloomberg viria mais tarde a noticiar que estas ordens de venda, executadas pelo Goldman Sachs e pelo Morgan Stanley, estavam relacionadas com investimentos do family office Archegos Capital Management.

Fortemente alavancada, a gestora de patrimónios entrou em dificuldades com a desvalorização de títulos dos media na semana passada, levando os seus credores a pedirem reforços. Como não teve capacidade para o fazer, o Archegos teve de liquidar posições, incluindo de gigantes tecnológicas chinesas.

Desde então, o setor financeiro tem estado sobre forte pressão. O Credit Suisse chegou a afundar 13,9% para o valor mais baixo em três meses depois de ter avisado, esta manhã, para possíveis perdas relacionadas com o caso. Apesar de ser “prematuro quantificar” o impacto, “pode ser altamente significativo e material para os nossos resultados do primeiro trimestre”, avisa. Duas fontes próximas do banco disseram ao Financial Times que a perda poderá situar-se entre 3 e 4 mil milhões de dólares (para um banco cujo lucro no total de 2020 foi de 2,9 mil milhões).

A banca europeia perde 1,4%, com o sentimento negativo a estender-se a banca de investimento e comercial: o francês BNP Paribas cai 2,2%, o suíço UBS recua 3,6% e o português BCP desvaloriza 1%, penalizando o PSI-20. O alemão Deutsche Bank — que também tem exposição ao Archegos, mas mais limitada — afunda mais de 4%. Também o Goldman Sachs garantiu que estava protegido contra eventuais perdas.

O maior banco de investimento do Japão, o Nomura, poderá igualmente ver os seus lucros totalmente anulados na segunda metade do ano devido a “perdas significativas” na divisão norte-americana pelo impacto do colapso. Os títulos do gigante asiático afundaram 16% na sessão desta segunda-feira em Tóquio. Esta é a pior queda diária de sempre para o Nomura, que lhe retirou 3,2 mil milhões de dólares em capitalização bolsista.

Do lado das empresas, os cálculos da Bloomberg indicam que foram perdidos 30 mil milhões de dólares na capitalização de mercado das empresas envolvidas. Em reação, o grupo chinês de música Tencent Music Entertainment Group — um dos nomes mais afetados pela liquidação, com um tombo de 20% na sessão de sexta-feira em Nova Iorque — anunciou que vai aproveitar a queda através de um programa de recompra de ações próprias de mil milhões de dólares (equivalente a 2,9% do capital da empresa).

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Depois do plástico, o champô agora vem numa embalagem de alumínio reutilizável

  • Capital Verde
  • 29 Março 2021

As novas embalagens da P&G lançadas no mercado nacional são feitas 100% de alumínio. O sistema de refill também é reciclável e produzido com menos 60% de plástico.

Depois de se ter comprometido em ser neutra em carbono até 2030, a Procter & Gamble (P&G) — gigante mundial de bens de consumo, dona mas marcas AmbiPur, Ausonia, Aussie, Braun, Clearblue, Dodot, Evax, Fairy, Gillette, Gillette Venus, h&s, Herbal Essences, Lenor Unstoppables, Olay, Oral-B, Pantene, Swiffer, Tampax e Viakal — anunciou em 2020 o lançamento das suas primeiras embalagens de champô feitas em alumínio e reutilizáveis (acompanhadas por um sistema de reenchimento das mesmas), em grande escala na Europa.

Com esta inovação, a empresa estima que a partir de 2021, 200 milhões de lares europeus possam alterar a forma como compram, usam e reciclam as embalagens de produtos para o cabelo. Portugal não ficou de fora e as novas embalagens de alumínio recicláveis, criadas pela P&G, já estão também disponíveis em Portugal nas marcas H&S, Herbal Essences, Pantene e Aussie.

As novas embalagens lançadas no mercado nacional são feitas 100% de alumínio e possibilitam o recarregamento com champô depois de este acabar. O sistema de refill também é reciclável e produzido com menos 60% de plástico (por mililitro de champô, comparativamente com a uma embalagem de champô standard).

Para já, está disponível em quatro marcas da P&G – no champô “Miracle Moist” da Aussie, no champô “Reparação Óleo de Argão de Marrocos” da Herbal Essences, no champô “Clássico” da H&S e, ainda, no champô “Repara & Protege” da Pantene. A P&G uniu-se à Sociedade Ponto Verde com o objetivo de disponibilizar as novas embalagens recicláveis no maior número de canais de venda de todo o país.

“O nosso objetivo é possibilitar e inspirar um consumo responsável através da inovação dos nossos produtos e embalagens. Este lançamento significará difundir novos hábitos de consumo, que nos permitirão ser mais sustentáveis e responsáveis”, afirmou Carolina Jesus, Brand Manager de Hair Care da P&G Portugal.

A alteração para embalagens reutilizáveis em algumas marcas da P&G significa que a empresa vai deixar de produzir 300 milhões de garrafas de plástico por ano, já a partir deste ano. Em 2018 a empresa assumiu uma estratégia de sustentabilidade – a Ambition 2030 – um conjunto alargado de metas de sustentabilidade ambiental, que envolvem as suas marcas, a cadeia de abastecimento, a sociedade e os colaboradores.

A nível ibérico, a fábrica de Jijona (Alicante) reduziu o consumo de água potável em 26% por unidade de produção, superando o objetivo para 2020 de uma redução de 20%. Além disso, as instalações fabris em Mequinenza e Jijona, que abastecem Portugal, possuem “Zero Resíduos Industriais para Aterros Sanitários”. Todas as fábricas que fornecem Portugal desde Espanha recorrem a eletricidade 100% renovável.

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Egito prevê “três dias e meio” para descongestionar tráfego no Canal do Suez

  • Lusa
  • 29 Março 2021

Vão ser "precisos três dias e meio" para os cerca de 400 navios que estão à espera começarem a atravessar a passagem bloqueada, indicou o responsável da autoridade do canal.

O tráfego marítimo no Canal do Suez, onde 400 navios aguardam passagem desde que um porta-contentores encalhou na terça-feira, deve demorar “três dias e meio” a restabelecer-se após a reabertura da passagem, disseram as autoridades esta segunda-feira.

De acordo com o responsável da autoridade do canal, o almirante Osma Rabie, “o canal vai funcionar 24 horas sobre 24 horas, imediatamente após o navio (encalhado) começar a flutuar”.

O mesmo responsável disse ao canal egípcio de televisão Sadaa al-Balad que vão ser “precisos três dias e meio para os navios que estão à espera” começarem a atravessar a passagem bloqueada desde terça-feira da semana passada.

Mesmo assim, Osma Rabie não precisou quando termina a operação que decorre para afastar o porta-contentores encalhado da zona onde se encontra.

Durante a madrugada, as equipas envolvidas na operação conseguiram corrigir a orientação do navio em 80%, tendo afastado a embarcação 102 metros da margem.

Antes só tinha sido possível afastar a embarcação de grande porte quatro metros da margem onde estava encalhada.

O porta-contentores de 400 metros de comprimento e com capacidade para 224 mil toneladas de carga tem pavilhão do Panamá e é propriedade da empresa Evergreen, de Taiwan.

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Rendas subiram 5,5% em ano de pandemia, metade do aumento de 2019

Em ano de pandemia, as rendas das casas subiram 5,5% para uma média de 5,61 euros por metro quadrado. Foi metade do aumento registado em 2019.

À semelhança do que aconteceu com o preço das casas, que subiram mais de 8% no ano passado, também as rendas ficaram mais caras. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as rendas da habitação subiram 5,5% para uma média nacional de 5,61 euros por metro quadrado, contudo, a subida foi metade da observada em 2019.

No final do ano passado estavam realizados 79.878 contratos de arrendamento de alojamentos familiares no país, o que mostra uma subida de 9,7%, pondo fim a uma tendência de descidas. Neste período, o valor mediano das rendas subiu 5,45% para 5,61 euros o metro quadrado, acima dos 5,32 euros observados em 2019, ano em que a subida foi o dobro: 10,8%.

Evolução das rendas das casas em Portugal

Houve 34 municípios com rendas acima do valor nacional, mantendo-se a capital como a zona mais cara. Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), onde foram celebrados 26.461 contratos de arrendamento — cerca de um terço do total –, o valor mediano das rendas fixou-se nos 8,57 euros por metro quadrado. Contudo, se considerarmos apenas o município de Lisboa — o mais caro do país –, os valores sobem para 11,46 euros por metro quadrado.

Entre as freguesias de Lisboa, Penha de França e Beato destacaram-se ao serem as únicas que registaram uma subida do valor mediano das rendas: 5% para 11,11 euros por metro quadrado e 3,5% para 10,64 euros o metro quadrado, respetivamente. Todas as restantes viram as rendas caírem, com destaque para a Estrela e Campo de Ourique que registaram as maiores descidas: acima de 13% para cerca de 12 euros o metro quadrado.

Por sua vez, a Área Metropolitana do Porto (AMP) observou um preço mediano de rendas de 6,12 euros por metro quadrado, uma subida de 6,4%. No município do Porto, as rendas fixaram-se em 8,83 euros, caindo, contudo, 1,5% face a 2019. Das sete freguesias da Invicta, apenas três assistiram a uma subida das rendas: Campanhã, Ramalde e Bonfim. A União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde continua a ser a mais cara, com um preço mediano de 9,5 euros por metro quadrado (-4,9%).

(Notícia atualizada às 11h42 com mais informação)

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Por que falham as transformações digitais?

  • Conteúdo Patrocinado
  • 29 Março 2021

Tânia Ribeiro, Senior Manager EY, People Advisory Services, tenta responder à questão focando-se em quatro aspetos: estratégia; estrutura e processos; comunicação e cultura; e colaboradores.

Face à transformação digital em curso, muitos biliões têm sido injetados no mercado para garantir a sua aceleração. Acontece que, se por um lado muitas empresas viram o retorno do seu investimento concretizado, muitas outras ficaram longe da sua ambição. Este facto traduziu-se num survey realizado nos EUA onde, face aos milhões perdidos, uma das principais preocupações dos CEOs se centrou especificamente nos riscos associados à transformação digital.

Neste cenário, uma questão se coloca: porque é que muitas empresas estão a ser bem-sucedidas e outras não? A tecnologia garante ganhos de eficiência e permite, mesmo à distância, uma relação próxima e personalizada com o cliente. Então porque é que esta premissa nem sempre é comprovada com dados reais do negócio? Por que falham as transformações digitais?

Procurando dar uma resposta curta e simples a tão complexa problemática, as transformações falham porque muitos colaboradores e organizações não têm o mindset ajustado para esta mudança. Ao colocar tecnologia, velocidade e ambição neste processo de transformação, se as pessoas e empresas não estiverem preparadas para o caminho, todas as falhas existentes – ao nível da estratégia, estrutura, processos e pessoas – serão exponencialmente aumentadas.

" Transformar organizações e pessoas, sem comprometer o ritmo do negócio, é um caminho complexo, que exige uma equipa dedicada e experiente. O desafio é grande mas recompensador, e essencial para assegurar vantagem competitiva no futuro.”

Tânia Ribeiro

Manager EY, People Advisory Services

Foquemo-nos assim em quatro aspetos essenciais:

  1. Estratégia: a transformação digital deve ser liderada pela estratégia (aquilo que o negócio pretende alcançar) e não pela tecnologia, como acontece frequentemente. Os objetivos devem suportar de forma clara a estratégia e estarem traduzidos num roadmap macro, que dê visibilidade de todos os projetos em curso, as suas interdependências e evoluções, com o objetivo de alinhar todos os stakeholders, otimizar o fluxo da cadeia de valor e garantir as implementações nas datas previstas.
  2. Estrutura e processos: com a introdução da tecnologia é necessário fazer evoluir as missões e ajustar o governance, no sentido de ter uma estrutura mais flat e as pessoas focadas em atividades de maior valor acrescentado. Os processos e workflows devem ser simples e claros, para não retirarem velocidade à transformação nem assumirem um papel de destaque, que deve estar associado às pessoas e suas interações.
  3. Comunicação e cultura: a transformação exige esforço. É essencial uma narrativa de mudança que assegure um propósito, clarifique o caminho e mobilize os colaboradores. A cultura e os valores que a suportam têm de evoluir para aspetos como: ser data driven e ágil na tomada de decisão, ter capacidade de testar, medir e ajustar, conseguir aprender em rede, gerir a ambiguidade e construir em conjunto. Não basta, contudo, garantir esta evolução e agilidade ao nível das equipas. As organizações devem ser ágeis no seu todo, caso contrário ficam reféns de silos e de velocidades diferentes, que hipotecam a transformação em curso.
  4. Colaboradores: a tecnologia é vista por muitos colaboradores como uma ameaça, pelo que resistem à sua adoção. É essencial que estes se sintam seguros sobre o futuro, sejam apoiados no seu desenvolvimento e na aquisição de novas competências. O sucesso da transformação digital não está em seguir o plano, mas em ter a capacidade de responder às constantes mudanças, e por este aspeto (e todos os outros aqui apresentados), os colaboradores têm de ser o centro da transformação.

Parece fácil de implementar. Não é. Transformar organizações e pessoas, sem comprometer o ritmo do negócio, é um caminho complexo, que exige uma equipa dedicada e experiente. O desafio é grande mas recompensador, e essencial para assegurar vantagem competitiva no futuro.

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Dinheiro fácil e imediato? Banco de Portugal alerta para fraudes através das redes sociais

Segundo o Banco de Portugal, tem existido esquemas fraudulentos que prometem aos consumidores o acesso a "crédito fácil", processo durante o qual são burlados.

O Banco de Portugal alerta para a existência de esquemas fraudulentos, a decorrer nas redes sociais, que dizem dar aos consumidores a possibilidade de aceder a crédito fácil, embora isso nunca venha a acontecer. O aviso foi feito esta segunda-feira, referindo que as pessoas que as pessoas que aderem a estas propostas, em vez de receberem os montantes do empréstimo, acabam por ter de pagar à entidade responsável pela burla.

O comunicado do Banco de Portugal relata a existência de ” diversas situações em que pessoas coletivas ou singulares propõem ao público, através das redes sociais […] a suposta concessão de empréstimos, exigindo, como contrapartida, o pagamento de valores monetários recorrendo a falsas justificações“.

Assim, muitas das situações em que se verifica uma promessa de concessão de “dinheiro fácil e imediato” não passam de fraudes, cometidas por entidades não autorizadas a conceder crédito, com os clientes a acabarem por não receber “os montantes de empréstimo solicitados”.

Além do mais, depois de serem acordados os termos do empréstimo, nomeadamente o valor, juros e montante das prestações, as entidades requerem ainda o pagamento antecipado de um montante, para que a verba “do empréstimo seja supostamente disponibilizada”, algo que nunca vem a acontecer.

Os consumidores veem-se, assim, “envolvidos num contexto de sucessivos pedidos de fundos para desbloqueio do capital, que acreditam estar apenas dependente do pagamento” das quantias pedidas pelos responsáveis pela fraude. Assim, para além de nunca receberem o dinheiro que lhes foi prometido, acabam também por perder valores que eram seus por direito.

Durante o processo, “são solicitadas ao cliente informações pessoais e cópias de documentos”, como é o caso do número de identificação fiscal ou uma cópia do cartão de cidadão. Porém, essa não passa de uma estratégia que quer “dar credibilidade ao pedido”, dando uma maior sensação de segurança a quem adere ao serviço.

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