Emerald Group compra totalidade da Optime Investments

  • ECO
  • 19 Março 2021

A Optime Investments vai passar a ser liderada por Pedro Cardoso, antigo presidente do BNU.

A Emerald Group, do advogado e empresário angolano N’Gunu Tiny, comprou a totalidade da sociedade de capital de risco portuguesa Optime Investments, depois de ter concluído esta semana a aquisição de 68% do capital da empresa. Com esta aquisição, a Optime Investments vai passar a ser liderada por Pedro Cardoso, antigo presidente do BNU, sendo que o conselho de administração será composto por Pedro Jordão, que até recentemente liderou a Direção Operações Bancárias do Banco Atlântico Europa e Paulo Dinis, antigo managing director da Accenture.

Em comunicado, a Optime Investments diz que irá “beneficiar de sinergias provenientes da rede global de parceiros do Emerald Group”. “Interligando mercados maduros com economias emergentes em África, Ásia e Médio Oriente, com uma particular atenção ao mercado lusófono, e capitalizando a língua portuguesa enquanto ativo socioeconómico e cultural, o seu atual portefólio tem capacidade para se tornar uma plataforma convergente de recursos nestas regiões”, acrescenta.

A Optime Investments foi constituída em dezembro de 2016, com o objetivo de dinamizar o investimento nos mercados de capital privado (Private Equity) e capital de risco.

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Siza Vieira quer UE a produzir mais “chips” para não depender de fornecedores externos

O ministro Pedro Siza Vieira afirmou que uma União Europeia (UE) mais "resiliente" tem de ter a capacidade de produzir "componentes críticos" internamente. Autoeuropa está parada por falta de "chips".

A presidência portuguesa do Conselho está atenta à escassez global de processadores que já está a pesar na economia nacional, tendo paralisado a fábrica da Volkswagen Autoeuropa. Para o ministro da Economia português, a União Europeia (UE) deve garantir que tem acesso a estes “componentes críticos” e até capacidade interna de os produzir.

Numa conferência de imprensa à margem do Digital Day, um evento promovido esta sexta-feira pela presidência portuguesa, Pedro Siza Vieira, em resposta a questões colocadas pelo ECO, disse que “esta crise mostrou aos Estados-membros, empresas europeias e cidadãos de que estamos dependentes de cadeias de valor muito alargadas”.

“O que reconhecemos é que devemos não só encarar a falta imediata e as questões de logística e transporte, mas garantir que temos uma economia mais resiliente no acesso a componentes críticos. É um desafio que temos encarado: construir uma sociedade e economia mais resilientes e garantir que temos acesso e que temos uma estratégia para reforçar o acesso a estes componentes críticos”, disse o governante.

Pedro Siza Vieira reiterou que está a ser feito “muito esforço” pelos Estados-membros e pela UE no âmbito do fundo de recuperação para “garantir que temos melhor acesso a processadores e que os podemos produzir de forma independente”. “Um dos tópicos é aumentar a produção de processadores, que não existia há uns anos e agora temos de garantir que podemos fazer”, sublinhou.

Regulamentação digital na UE terá impacto nas grandes tecnológicas

Na mesma ocasião, o ministro português Pedro Siza Vieira também encarou as propostas da Comissão Europeia para regulamentar os serviços e mercados digitais na UE, designadamente os pacotes legislativos Digital Services Act e Digital Markets Act. Ambos foram propostos no final do ano passado.

Siza Vieira reconheceu que as leis irão “ter impacto em alguns modelos de negócio” de grandes plataformas tecnológicas, mas sublinhou que “ultimamente, será para o benefício de todos”. “É do interesse de todos termos um enquadramento universal para a Europa, em vez de mais de 20 enquadramentos” diferentes. “Como tal, apoiamos muito a iniciativa da Comissão”, afirmou.

“O momento é certo para estabelecer esta legislação”, prosseguiu, considerando que os pacotes legislativos definem regras mas também promovem a inovação. Nesse sentido, o ministro garantiu que a presidência portuguesa do Conselho está bem posicionada para promover “avanços significativos” nos próximos meses a este nível.

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Ministra da Justiça insiste na dispensa de pena para denunciantes

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção que, segundo a ministra da justiça, foi desenhada tendo em vista a prevenção deste fenómeno criminal.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção (ENCC) que, segundo a ministra da justiça, está focada na prevenção deste fenómeno criminal.

A ENCC, que foi anunciada no início de setembro pelo Ministério da Justiça e esteve entretanto em consulta pública, prevê “um conjunto de medidas direcionadas para o aumento da transparência e da responsabilização nas dimensões política, administrativa e no setor privado, e para a melhoria da qualidade da informação, bem como um investimento na resposta aos fenómenos corruptivos“, através de apoio à investigação criminal, para que esta decorra em tempo razoável e “se garanta a efetividade da punição”.

No documento disponibilizado em setembro pelo Governo uma das prioridades apresentadas pela ministra Francisca Van Dunem é a área da contratação pública. “Uma das áreas em que se justificam alterações ao quadro legal, para tornar os procedimentos mais transparentes e assim reduzir os contextos facilitadores da corrupção”, explica o documento, consultado pelo ECO. A versão do documento que rumará agora à Assembleia da República ainda não é conhecida mas prevê-se algumas mudanças da versão inicial do Governo.

Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, a ministra Francisca Van Dunem referiu que a estratégia “pretende construir um modelo integrado de ação” e ser um sistema que seja capaz “de medir os efeitos de medidas que já tinham sido tomadas sobre o próprio fenómeno” da corrupção.

Segundo o Governo, a “dimensão da prevenção” desenhada para a ENCC era a que tem “maiores potencialidades” e o documento seguiu por esse caminho.

De fora da estratégia ficou o enriquecimento ilícito, uma das matérias que mereceu críticas da associação de juízes e do sindicato dos magistrados do Ministério Público.

Questionada na conferência de imprensa, Francisca Van Dunem justificou que a proposta da Associação de Juízes sobre a matéria “coincidia com uma norma existente desde 2019” no âmbito do pacote da transparência.

Uma nota entretanto divulgada pelo Ministério da Justiça refere que os contributos recebidos na consulta pública permitiram “aclarar e desenvolver” o regime de exercício de funções por titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos, o financiamento de partidos políticos e ao uso, e respetivo controlo, de fundos europeus.

Na área da contratação pública, foi identificada a necessidade de “aumentar a transparência”.

A nova versão da estratégia, que ainda não é conhecida, desenvolveu, segundo a ministra da justiça, o item referente à dispensa e atenuação da pena, suspensão provisória do processo, organização judiciária e produção e apresentação de prova em processos-crime.

O regime do whistleblowers (denunciantes) é também outra das medidas que integra este pacote de medidas (na versão incial), ou seja, abre a possibilidade de qualquer arguido de crimes económicos e financeiros não ter de cumprir pena caso confesse ou ajude a Justiça a encontrar provas, tal como a hipótese de as empresas privadas serem obrigadas a pagar coimas caso não adotem os planos de combate à corrupção.

Linhas mestras da Estratégia de combate à corrupção 2020/2024

  1. A aposta na formação precoce (nas escolas) assume, pois, uma dimensão de urgência para construir “um tecido social dotado de sentido crítico e de uma perceção clara do fenómeno”;
  2. A matéria relativa a corrupção será integrada na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, tendo de ser produzidos, para o efeito, documentos que possam constituir-se como referenciais para as escolas;
  3. A contratação pública “é uma das áreas em que se justificam alterações ao quadro legal, no sentido de tornar os procedimentos mais transparentes e assim reduzir os contextos facilitadores da corrupção”;
  4. As decisões administrativas que concedam vantagens económicas acima de determinado valor devem ser tomadas “por mais de um decisor, consagrando-se, assim o princípio dos ‘quatro olhos’, devendo igualmente ser publicitadas para se garantir o adequado escrutínio”.
  5. A eliminação da necessidade de deslocação dos cidadãos aos serviços pode contribuir para a redução das oportunidades de ocorrência de abordagens impróprias e de práticas corruptivas.
  6. Os arguidos que resolvam falar sobre os crimes “veem a sua pena dispensada quando denunciem o crime antes da instauração do procedimento criminal ou especialmente atenuada se colaborarem ativamente na descoberta da verdade”.
  7. A dispensa de pena deve pressupor sempre que “o crime seja denunciado em todos os seus contornos antes da acusação”;
  8. O juiz de julgamento, se estiverem todos os pressupostos de que depende a dispensa de pena, deve decidir obrigatoriamente pela a sua aplicação;
  9. Deve alargar-se a aplicação da suspensão provisória do processo aos crimes de corrupção passiva e recebimento e oferta indevidos de vantagem, tornando-se admissível a sua utilização na fase de instrução
  10. Reforçar a articulação entre instituições públicas e privadas;
  11. Garantir uma aplicação mais eficaz e uniforme dos mecanismos legais em matéria de repressão da corrupção, melhorar o tempo de resposta do sistema judicial e assegurar a adequação e efetividade da punição;
  12. Produzir e divulgar periodicamente informação fiável sobre o fenómeno da corrupção;
  13. Cooperar no plano internacional no combate à corrupção.
  14. O regime da proibição do exercício de função, previsto no artigo 66.º do Código Penal, passa a ser até 10 anos e não cinco e a proibição do exercício de funções, por um período entre dois e dez anos, aplicada ao gerente ou administrador de sociedade comercial condenado por crime de oferta indevida de vantagens ou de corrupção;
  15. Serão criadas normas de natureza processual penal específicas em matéria de “responsabilidade penal das pessoas coletivas”;
  16. O Código Penal prevê a possibilidade de aplicação de uma pena acessória juntamente com a pena principal ou de substituição relativamente aos crimes de corrupção praticados por titulares de cargos públicos, funcionários públicos e agentes administrativos. “O titular de cargo político passa a ser também incapacitado para ser eleito ou para cargo político por um período idêntico ao proposto para aqueles funcionários”;
  17. Os megaprocessos poderão ser divididos ou desagregados “quando esta puder levar ou tenha levado ao não cumprimento dos prazos de duração máxima da instrução”;
  18. Com o objetivo reduzir os atrasos significativos na tramitação dos processos-crime, em geral, e nos processos por crime de corrupção, especialmente na fase de inquérito, “deve fixar-se como regra a documentação das declarações das testemunhas, do assistente e das partes civis através de registo áudio” e não escrito.
  19. Justiça negociada: “uma alteração ao Código de Processo Penal no sentido de prever a possibilidade de celebração de um acordo sobre a pena aplicável, na fase de julgamento, assente na confissão livre e sem reservas dos factos imputados ao arguido, independentemente da natureza ou da gravidade do crime imputado constitui uma opção que devemos acompanhar”.

Dados recolhidos e analisados pela Procuradoria-Geral da República, relativos a 2019, revelam que foram 2155 novos inquéritos por crimes de corrupção e afins (fenómeno que abarca crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, apropriação ilegítima de bens públicos, administração danosa, peculato, participação económica em negócio e abuso de poder), correspondendo este número a uma descida face a 2018, ano em que foram registados 2586 inquéritos. Pela prática destes crimes, foram deduzidas 170 acusações, suspensos provisoriamente 33 processos e arquivados 1152 inquéritos.

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Empregos disponíveis na Europa aumentam. Portugal tem a segunda menor taxa

  • Lusa e ECO
  • 19 Março 2021

Nos últimos três meses de 2020, a taxa de empregos disponíveis subiu tanto na Zona Euro como na UE, face ao ao trimestre anterior. Em Portugal, manteve-se estável nos 0,7%.

A taxa de vagas de emprego fixou-se em 1,9% na Zona Euro e em 1,8% na União Europeia (UE), no quarto trimestre de 2020. De acordo com o Eurostat, Portugal apresentava, nos últimos três meses do ano, a segunda menor taxa de empregos disponíveis (0,7%).

Na Zona Euro, a taxa de vagas de emprego (1,9%) recuou face ao mesmo período de 2019 (2,2%), mas subiu na comparação com o trimestre anterior (1,7%). Na UE, a taxa de ofertas de emprego de 1,8% entre outubro e dezembro de 2020 compara com a de 2,2% registada no quarto trimestre de 2019 e com a de 1,7% nos três meses anteriores.

Segundo o gabinete estatístico europeu, os países que apresentaram maiores taxas de emprego no quatro trimestre de 2020 foram a República Checa (5,0%), Alemanha (3,0%) e Bélgica (2,9%), tendo as mas baixas sido registadas na Grécia (0,5%) e em Portugal, Bulgária, Eslováquia, Espanha, Polónia e Roménia (0,7% cada).

A taxa de 0,7% de vagas de emprego em Portugal recuou face aos 0,9% do período homólogo, mas manteve-se estável na comparação com o terceiro trimestre de 2020.

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Hotelaria com “muitas incógnitas” quanto ao regresso dos turistas britânicos

O setor hoteleiro diz estar com as expectativas "elevadas" quanto ao regresso dos turistas britânicos para certos destinos portugueses, mas mantém-se cauteloso por ainda haver "muitas incógnitas".

17 de maio é o dia apontado para os britânicos poderem regressar a Portugal para passar férias. O Governo português assim o espera, assim como o britânico, que o anunciou a 22 de fevereiro. Horas depois desse anúncio, as reservas para a Madeira e para o Algarve dispararam, mas o setor prefere manter-se cauteloso. As expectativas estão altas, sobretudo na hotelaria, mas as incógnitas continuam a ser “muitas”.

Portugal está sempre preparado para receber turistas — britânicos e outros –, embora condicionado às normas internas e comunitárias que regulam a mobilidade dos cidadãos de países fora da União Europeia”, diz ao ECO Cristina Siza Vieira, CEO da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).

Esta sexta-feira, Portugal está oficialmente fora da lista de países de risco do Reino Unido, o que significa que os cidadãos que regressem àquele país vindos de terras lusas já não precisam de fazer quarentena. Contudo, na prática, pouco muda, uma vez que os britânicos só podem viajar (por motivos não essenciais) a partir de maio e os voos de/para o Reino Unido continuam suspensos até 31 de março por decisão do Governo português.

Ainda assim, o simples anúncio com uma data para os britânicos poderem fazer férias fora do país foi o suficiente para animar o turismo nacional. As reservas para a Madeira e para o Algarve dispararam, tal como o ECO adiantou no final de fevereiro, mas o setor prefere manter-se cauteloso, uma vez que se “passou de um vazio para alguma procura”.

Cristina Siza Vieira espera que “a situação seja revista do lado de Portugal e que o Reino Unido defina brevemente, em princípio a 12 de abril, as condições para a realização de viagens pelos seus nacionais e residentes” para concretizar o anúncio de Boris Johnson no final de fevereiro.

Enquanto isso não acontece, “a expectativa é particularmente elevada nos destinos de sol e mar tradicionais, Algarve e Madeira, pelas evidentes razões, e menos para outros destinos”, mas, ao mesmo tempo, “é cautelosa porque há muitas incógnitas”.

Sobre reservas concretas, a AHP ainda não tem dados, mas tem a noção de que “as reservas que existem ainda estão fortemente condicionadas”.

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Boletim Digital #2: Amazon já ameaça Sonae, falta de “chips” pesa na economia

A Amazon ainda não está (oficialmente) em Portugal, mas já faz concorrência à dona do Continente. Saiba ainda como a escassez mundial de processadores vai tirar 5.700 carros à Autoeuropa.

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Na segunda edição do podcast Boletim Digital, conto-lhe como a Sonae acelerou a digitalização face à ameaça de “concorrência fortíssima” da Amazon, que ainda nem está presente oficialmente em Portugal.

Descubra também como a escassez mundial de processadores vai continuar a pressionar o fabrico de portáteis, devendo continuar a gerar ruturas de stock durante todo o semestre. Porém, já está também a pesar na economia portuguesa, paralisando a fábrica da Volkswagen Autoeuropa.

Fique ainda a par do ataque informático a servidores da Microsoft que deixou a Comissão Europeia em alerta vermelho. E conheça as tendências tecnológicas que marcam 2021, incluindo um creme para o rosto com particularidades muito especiais.

O Boletim Digital é uma produção semanal do ECO, pela voz do jornalista Flávio Nunes. Siga-o no Spotify, no Apple Podcasts ou onde quer que oiça os seus podcasts.

(Correção: Nesta edição do podcast, é indicado que a Autoeuropa “estima um paralisação que vai durar um mês”. Na verdade, a duração estimada é de uma semana. Aos ouvintes e visados, as nossas desculpas.)

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As 50.000 árvores que o Estado tinha para doar esgotaram em apenas 24 horas

"A este desafio, os portugueses não só corresponderam ao apelo como excederam largamente as espetativas mais otimistas", revelou o ICNF. A entrega das árvores começa esta sexta-feira, 19 de março.

O Estado, através do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), anunciou a oferta de 50.000 medronheiros, sobreiros, azinheiras, pinheiros mansos, alfarrobeiras, romãzeiras e carvalhos cerquinhos, a propósito da comemoração do Dia Internacional das Florestas, a 21 de março, e os portugueses não se fizeram rogados.

Em apenas 24 horas choveram telefonemas e e-mails de todos os pontos do país e depressa o stock de milhares de árvores autóctones produzidas nos viveiros do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas ficou reservado e com futuro dono atribuído. Alguns interessados relatam mesmo linhas telefónicas permanentemente ocupadas e outras dificuldades de comunicação online, pelo elevado interesse que a iniciativa suscitou.

“Em 24 horas, os portugueses afirmaram com entusiasmo que somos mesmo todos ICNF, aceitando o desafio que lhes foi lançado de plantar 50.000 árvores. A campanha #ICNFsomosTODOSnos, iniciada dia 17, granjeou uma adesão inesperada e surpreendente, especialmente por se tratar de iniciativas individuais, provenientes de todos os cantos e recantos do país, rurais e urbanos de norte a sul”, informou o ICNF no seu site, acrescentando: A este desafio, os portugueses não só corresponderam ao apelo como excederam largamente as espetativas mais otimistas”.

Cada cidadão tinha direito a reservar um máximo de 10 exemplares, sendo que os representantes de entidades privadas sem fins lucrativos poderiam inscrever-se para levantar até um máximo de 50 árvores. A entrega das árvores começa esta sexta-feira, 19 de março e vai até 26 de março.

Já os proprietários rurais, que tenham como objetivo a plantação em pequenas parcelas de terreno (com área não superior a 5.000 m2), desde que identifiquem a parcela a plantar, podem levantar até um máximo de 100 exemplares. Os levantamentos são sujeitos à existência de disponibilidade em cada local.

Com esta campanha, e sob o lema “Restauro florestal, o caminho para a recuperação e o bem-estar”, o objetivo do ICNF foi comemorar de forma diferente em 2021 o Dia Internacional das Florestas, “convidando e envolvendo todos os cidadãos, e proprietários rurais a fazer plantação nas suas propriedades de espécies autóctones produzidas nos seus viveiros”.

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Nas notícias lá fora: Facebook, UEFA e as garrafas de água mais caras do mundo

O Facebook está a preparar um Instagram para crianças, enquanto a Uefa vai partilhar o controlo da Liga dos Campeões com os clubes. A Noruega é o país do mundo que tem as garrafas de água mais caras.

O Facebook quer chegar a cada vez mais pessoas em todo o mundo e está a preparar-se para criar um Instagram para crianças com menos de 13 anos. Na banca, os banqueiros do Goldman Sachs pedem para trabalhar apenas 80 horas por semana, enquanto no desporto, a UEFA vai partilhar controlo da Liga dos Campeões com clubes e o Reino Unido quer testar certificados Covid-19 para possibilitar a reabertura eventos desportivos.

Business Insider

Facebook está a preparar um Instagram para crianças

O Facebook quer chegar a cada vez mais pessoas em todo o mundo, estando de olho nos mais novos. O Instagram, que detém, está a preparar uma versão da popular aplicação para crianças com menos de 13 anos. “Identificámos as crianças como uma prioridade”, colocando o desenvolvimento desta “nova” rede social no topo da lista de afazeres, revela Vishal Shah, vice-presidente de produto do Instagram.

Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

UEFA vai partilhar controlo da Liga dos Campeões com clubes

As principais equipas de futebol da Europa estão preparadas para ganhar novos poderes para decidir o futuro comercial da Liga dos Campeões. A UEFA está em conversações avançadas com a Associação Europeia de Clubes, um grupo que representa mais de 200 equipas, sobre a criação de uma plataforma conjunta que controlará todos os direitos dos media e patrocínio da Liga dos Campeões. Atualmente, a UEFA gere em exclusivo estas verbas, distribuindo anualmente cerca de 3,25 mil milhões de euros em prémios monetários aos clubes participantes na liga milionária.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

Reuters

Reino Unido quer testar certificados Covid-19 para reabertura eventos desportivos

O Reino Unido quer testar certificados Covid-19 para reabrir o desporto aos fãs, diz ministro da Cultura, Oliver Dowden, salientando que é crucial para o futuro da indústria que as multidões regressem aos grandes eventos este verão. “Outra coisa que estamos a considerar é uma certificação Covid, e vamos testar se podemos usar a esta certificação para ajudar a facilitar o regresso do desporto”, diz Dowden.

Leia a notícia completa na Reuters (conteúdo em inglês, acesso livre)

El Economista

Noruega é o país do mundo que tem as garrafas de água mais caras

É em Oslo, na Noruega, que se encontra a garrafa de água engarrafada de meio litro mais cara do mundo, onde o preço médio ronda os 1,52 euros, o que corresponde a mais 194,90% que a média. Por outro lado, a cidade onde custa menos fica em Beirute, no Líbano, cerca de 0,03 euros. Depois da capital norueguesa, seguem-se três cidades norte-americanas, na Virginia Beach onde uma garrafa de água custa 1,31 euros, em Los Angeles (1,27) e Nova Orleães (1,22), seguida de Estocolmo (Suécia), 1,21 euros, segundo dados de um estudo realizado pelo motor de busca de férias Holidu.

Leia a notícia completa no El Economista (conteúdo em espanhol, acesso livre)

Bloomberg

Banqueiros do Goldman Sachs pedem para trabalhar apenas 80 horas por semana

100 horas de trabalho por semana. Saúde física e mental em declínio. Estes estão as maiores lamentações dos recém-contratados pelo Goldman Sachs, que pediram ao banco para limitar a carga de trabalho a um máximo de 80 horas. Perante estas queixas, o gigante de Wall Street fez algumas alterações, entre elas está a decisão de, de acordo com fontes próximas do banco, deixar cair alguns negócios de forma a reduzir a pressão sobre os seus colaboradores.

Leia a notícia completa no Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês)

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PSP e GNR detiveram 911 pessoas durante um ano de pandemia

  • Lusa
  • 19 Março 2021

Mais de 80% das 38.825 contraordenações aplicadas pelas autoridades desde junho foram registadas a partir de 15 de janeiro, quando entrou em vigo o segundo confinamento.

A PSP e a GNR detiveram 911 pessoas, 303 das quais por desobediência ao confinamento obrigatório, e encerraram 3.882 estabelecimentos desde o início da pandemia, em março de 2020, segundo dados do Ministério da Administração Interna (MAI).

Os dados foram enviados à agência Lusa quando se assinala um ano em que o país entrou em estado de emergência para combater a pandemia de covid-19. Segundo o MAI, as 911 detenções pela PSP e GNR foram feitas entre 19 de março de 2020 e 15 de março deste ano.

Os dados do MAI revelam também que a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública aplicaram, entre 27 de junho de 2020 e 15 de março deste ano, 38.825 contraordenações, 32.662 (cerca de 84%) das quais desde 15 de janeiro, quando o país entrou no segundo confinamento.

Os autos estão registados desde 27 de junho do ano passado porque foi quando entrou em vigor o decreto-lei que estabelece o regime de contraordenações para fazer face à pandemia.

De acordo com o MAI, a maioria das contraordenações está relacionada com os incumprimentos do dever geral de recolhimento domiciliário (20.362) e limitação de circulação entre concelhos (4.984).

As forças de segurança contabilizaram também 3.402 contraordenações por consumo de álcool na rua, 2.841 por não utilização de máscara na rua e espaços públicos, 1.123 por incumprimento de horário de funcionamento e 1.020 por incumprimentos do uso obrigatório de máscara nas salas de espetáculos ou estabelecimentos públicos.

Foram ainda levantados autos por incumprimentos do uso obrigatório de máscara nos transportes públicos (785), das regras de ocupação, permanência e distanciamento físico nos locais abertos ao público (687), da realização de celebração e de outros eventos (509), das regras de venda de bebidas alcoólicas (460) e das regras de funcionamento dos restaurantes e similares (552).

Há ainda registo de 56 multas por recusa em realizar o teste SARS-CoV-2.

Além de terem encerrado 3.882 estabelecimentos entre 19 de março de 2020 e 15 de março deste ano, estas duas forças de segurança suspenderam a atividade de 243.

Desde que começou a pandemia em Portugal, em março de 2020, já foram decretados 13 estados de emergência, e, entre maio e novembro de 2020, três situações de calamidade, outras três de contingência e dois de alerta, sendo algumas delas em apenas algumas regiões.

Nos primeiros três estados de emergência e que corresponderam ao primeiro confinamento, até 02 de maio de 2020, foram detidas 125 pessoas por desobediência ao confinamento obrigatório e encerrados 2.418 estabelecimentos.

Desde 15 de janeiro deste ano, quando começou o segundo confinamento e se registou o maior numero de mortos e casos diários de covid-19, foram detidas 248 pessoas por desobediência ao confinamento obrigatório e encerrados 465 estabelecimentos, sendo o período de estado de emergência entre 15 de fevereiro e 01 de março aquele que registou o maior número de detenções. (172).

Em Portugal, morreram 16.743 pessoas dos 816.055 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Supermercados na corrida à venda dos testes rápidos à Covid-19

Continente, através da Wells, Pingo Doce e a Auchan confirmaram, ao ECO, que vão vender testes rápidos à Covid-19. Orientação que regula os critérios de comercialização deverá ser conhecida hoje.

Além das farmácias, também os supermercados estão à espera das orientações das autoridades de saúde para começarem a comercializar testes rápidos à Covid-19. Tanto o Continente, através da Wells, como o Pingo Doce e a Auchan confirmaram, ao ECO, que vão disponibilizar estes testes de diagnóstico nas áreas autorizadas à venda de medicamentos não sujeitos a receita médica.

No final da semana passada, o Governo autorizou a venda de testes rápidos de antigénio (TRAg), por amostras recolhidas através do trato respiratório, — o que implica a utilização de uma zaragatoa — em farmácias e parafarmácias. A portaria do Ministério da Saúde entrou em vigor no sábado, contudo, cabe agora ao Infarmed, INSA e DGS definirem os critérios para a sua comercialização, através de uma circular conjunta que deverá ser divulgada esta sexta-feira.

Com esta medida “excecional”, o Governo abre a porta à venda de testes rápidos sem supervisão de profissionais de saúde, quer nas farmácias, bem como noutros locais que estão autorizados a vender medicamentos não sujeitos a receita médica, como é o caso das áreas de saúde de alguns supermercados.

A Wells confirma que “estes testes estarão disponíveis” nas lojas da marca, após a divulgação das orientações das autoridades de saúde relativamente aos critérios de comercialização. “Iremos vender testes em embalagens individuais ou de múltiplos testes, contudo, a disponibilização de ambos os modelos irá depender da oferta existente no mercado a cada momento”, afirma fonte oficial da marca especializada em saúde e bem-estar do grupo Sonae, ao ECO.

Deste modo, os preços destes testes rápidos vão depender do modelo de testes escolhido pelo cliente, isto é, se for individual ou em embalagens de 20/25 testes “e será definido apenas após a finalização das negociações com os laboratórios”, acrescenta a Wells.

Na concorrência o cenário é semelhante, com o grupo Jerónimo Martins a garantir que está a “trabalhar para disponibilizar, com a maior brevidade possível, a venda destes testes nos espaços Bem Estar das lojas do Pingo Doce“, tal como avançou o Jornal I. Questionado pelo ECO, o grupo explicou que está “a trabalhar com um fornecedor nacional com o objetivo de colocar à venda testes individuais com a maior brevidade possível”.

Ao mesmo tempo, também a Auchan confirmou ao ECO que pretende “disponibilizar os testes rápidos à Covid-19 nos espaços de Saúde e Bem Estar, assim que os detalhes legais estejam definidos”. Em contrapartida, a Mercadona afirma que não irá disponibilizar estes testes “por não comercializar medicamentos não sujeitos a receita médica e, consequentemente, não ter uma área destinada aos mesmos”. Contactados pelo ECO, Intermarché, Lidl e Minipreço não responderam até à publicação deste artigo.

Neste momento, a Estratégia Nacional de Testagem para a Covid-19 delineada pela DGS, na norma nº019/2020, define que devem ser utilizados testes rápidos através de amostras do trato respiratório, ou, em alternativa, testes moleculares PCR por amostras de saliva, ficando assim excluídos os testes rápidos a partir de amostras de saliva, por conferirem uma menor sensibilidade face aos restantes. Com esta medida, tantos as farmácias como as parafarmácias estão a aguardar as orientações que deverão esclarecer como será feita a comunicação dos resultados dos testes, se haverá ou não comparticipação dos respetivos testes e que testes poderão ser vendidos.

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Vestager satisfeita com esforços de Portugal sobre novas leis digitais

  • Lusa
  • 19 Março 2021

Vice-presidente executiva da CE diz estar “bastante satisfeita” com os esforços da presidência portuguesa da União Europeia para acelerar as discussões sobre novas regras para espaço digital.

A vice-presidente executiva da Comissão Europeia Margrethe Vestager diz estar “bastante satisfeita” com os esforços da presidência portuguesa da União Europeia (UE) para acelerar as discussões sobre novas regras para espaço digital, que dão mais responsabilidades às plataformas.

“Sigo de forma próxima [as discussões relativas] à Lei dos Serviços Digitais e à Lei dos Mercados Digitais e, nesta questão, a velocidade tem sido bastante impressionante desde os primeiros dias, garantindo [a presidência portuguesa da UE] que as propostas são discutidas nos grupos de trabalho da ciência, concorrência e do mercado único e fazendo esforços para haver progressos”, afirma Margrethe Vestager.

Falando em entrevista à agência Lusa e outros meios de comunicação social europeus em Bruxelas, a responsável vinca estar “bastante satisfeita por a presidência portuguesa estar tão empenhada e por o estar a adotar como prioridade”.

“Gosto bastante da forma como as coisas [discussões] estão a ser tratadas e penso que está a correr bem”, insiste a vice-presidente executiva da Comissão Europeia com a pasta de “Uma Europa Preparada para a Era Digital”.

Em discussão entre os colegisladores europeus estão as novas leis dos Serviços Digitais e dos Mercados Digitais, propostas pela Comissão Europeia em dezembro passado e que assentam em novas obrigações para as plataformas, como a remoção e monitorização de conteúdo ilegal ou danoso.

Estas novas leis, criadas para assegurar que o que é crime ‘offline’ também o é no ‘online’, como incitamento ao ódio, preveem multas pesadas para as tecnológicas que não o cumprirem, que chegam até aos 6% do volume de negócios.

Apesar de este ser um debate ainda de fase inicial, Margrethe Vestager observa que “há uma reação positiva a ambas as propostas”.

“E, por isso, estou esperançosa que consigamos chegar a uma boa solução relativamente rápido”, diz, quando questionada pela Lusa sobre as negociações.

“Estamos numa situação de urgência e falava com alguém no Parlamento que me dizia que o mais importante é que cheguemos a uma boa solução. E eu perguntei: Mas porque é que temos de escolher e não podemos ter as duas coisas? Talvez possamos trabalhar ativamente para avançar rapidamente e, claro, chegar a uma boa solução”, acrescenta.

De acordo com Margrethe Vestager, o objetivo destas novas leis é que, “por um lado, haja uma remoção do conteúdo ilegal, e do outro, que as pessoas possam defender os seus direitos”.

Mas ainda faltam acertar alguns detalhes, adianta a responsável: “Há uma discussão sobre o que é realmente ilegal […] e ainda vamos ter de promover alguns debates”.

A transição digital é uma das prioridades da presidência portuguesa da UE.

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Margrethe Vestager espera que livre-trânsito digital permita verão normal na UE

  • Lusa
  • 19 Março 2021

A vice-presidente executiva da Comissão Europeia afirma esperar que o livre-trânsito digital, proposto por Bruxelas, permita um “verão normal” na União Europeia.

A vice-presidente executiva da Comissão Europeia Margrethe Vestager afirma esperar que o livre-trânsito digital, proposto por Bruxelas, permita um “verão normal” na União Europeia (UE), dizendo contar com a presidência portuguesa para conseguir avanços rápidos no Conselho.

“Penso que nos dá alguma esperança de que este verão possa ser normal de alguma forma, tanto para as pessoas que trabalham no setor hoteleiro, como para muitos de nós, que gostariam de ir de férias”, declara Margrethe Vestager, em entrevista à agência Lusa e outros meios de comunicação social europeus em Bruxelas.

Depois de o executivo comunitário ter proposto na quarta-feira a criação de um livre-trânsito digital para comprovar a vacinação, testagem ou recuperação da Covid-19, visando retomar a livre circulação, a responsável na instituição pela pasta de “Uma Europa Preparada para a Era Digital” acrescenta que documento bilingue e com código QR “é muito importante”.

“A altura [da sua apresentação] também é bastante útil porque, de momento, estamos a presenciar a designada terceira vaga com o vírus e as vacinas a concorrerem entre si”, contextualiza a vice-presidente executiva da Comissão Europeia.

Já questionada pela Lusa sobre o papel da presidência portuguesa do Conselho da UE nas negociações – dado que a proposta tem de ter aval do Parlamento e dos Estados-membros –, Margrethe Vestager indica que “é muito importante o que a presidência portuguesa pode fazer relativamente ao certificado”.

“Se esta for uma realidade em maio, altura em que mais pessoas estarão vacinadas e que mais doses chegarão, [este certificado] será muito útil para muitas pessoas e para isso são necessários alguns esforços no Conselho e no Parlamento. O Parlamento já concordou em tratar este assunto como um procedimento rápido e penso que é importante a forma como a presidência portuguesa gere esta questão”, salienta.

Margrethe Vestager afirma, ainda, ter “grandes expectativas porque toda a gente está focada neste objetivo”.

Em causa está uma proposta legislativa da Comissão Europeia para uma abordagem comum ao nível da UE relativa à emissão, verificação e aceitação de certificados para facilitar a livre circulação no espaço comunitário.

E, apesar de o objetivo do executivo comunitário ser que este certificado permita, a partir de junho e durante a pandemia, evitar restrições como a quarentena ou os testes de cada vez que se viaja, a instituição ainda o vai debater com o Parlamento Europeu e o Conselho (onde estão representados os Estados-membros).

A ideia de Bruxelas é que este livre-trânsito funcione de forma semelhante a um cartão de embarque para viagens, estando disponível em formato digital e/ou papel, com um código QR para ser facilmente lido por dispositivos eletrónicos e que seja disponibilizado gratuitamente e na língua nacional do cidadão e em inglês, de acordo com a proposta da Comissão Europeia.

Tanto na versão digital (que poderá ser armazenada num dispositivo móvel como telemóvel) como em papel, haverá este código QR com informação essencial, bem como um selo digital para garantir a autenticidade do certificado.

O executivo comunitário quer, ainda, que este livre-trânsito seja facultativo, válido em todos os países da UE e que respeite totalmente as regras de privacidade dos cidadãos.

Caberá às autoridades nacionais dos Estados-membros emitir e gerir estes livres-trânsitos, sugerindo Bruxelas que isso seja feito por exemplo por entidades de saúde, hospitais ou por laboratórios.

Até junho, o executivo comunitário quer que seja definido um enquadramento técnico ao nível da UE para garantir a segurança, a interoperabilidade.

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