Fed mantém taxas inalteradas, sem sinal de redução de apoio à economia

  • ECO
  • 28 Abril 2021

A instituição liderada por Jerome Powell desvaloriza evolução da inflação nos EUA, sem dar sinais de redução dos apoios à recuperação económica do país.

A Reserva Federal dos EUA (Fed) deixou esta quarta-feira as taxas de juro inalteradas e manteve o programa de compras de ativos, sem qualquer sinal de que se prepara para retirar o apoio à recuperação económica do país. “A atual crise de saúde pública continua a pesar sobre a economia e os riscos para as perspetivas económicas permanecem“, refere o comunicado da Fed, no final de dois dias de reunião.

A instituição, liderada por Jerome Powell, reconhece que “os indicadores de atividade económica e de emprego estão mais fortes”, mas apesar da “melhoria”, os setores mais afetados pela “pandemia continuam fracos”. A Fed nota ainda que a “economia dependerá significativamente da evolução do vírus, incluindo o progresso nas vacinações” e, por isso, voltou a repetir a lista de condições para retirar o apoio de emergência em vigor durante a pandemia: máximo emprego e “progresso substancial” para a meta da inflação de 2%.

As taxas de juro mantêm-se entre os zero e 0,25% e o programa de compras de ativos continua nos 120 mil milhões de dólares mensais, para “ajudar a promover o funcionamento regular do mercado e condições financeiras acomodatícias, apoiando assim de crédito para famílias e empresas”.

O crescimento do emprego continua a acelerar nos EUA, mas a economia está ainda a 8 milhões de postos de trabalho do nível registado antes da pandemia.

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Vueling passa a permitir transporte de até 3 animais de estimação na cabine

  • Lusa
  • 28 Abril 2021

A companhia aérea de baixo custo anunciou que aumentou o peso máximo de animais de estimação que viajam a bordo dos aviões e que permite o transporte de até três animais na cabine.

A Vueling, companhia aérea de baixo custo, anunciou esta quarta-feira que aumentou o peso máximo de animais de estimação que viajam a bordo dos seus aviões e que permite o transporte de até três animais na cabine.

Em comunicado, a empresa que pertence ao grupo IAG salienta que esta é “uma clara aposta em continuar a ser uma companhia aérea pet friendly [amiga dos animais de estimação]”.

Em concreto, a Vueling passa a permitir três animais por voo na cabine do avião, quando até agora só podiam ser dois.

Além disso, o peso dos animais, incluindo a caixa transportadora e possíveis acessórios, pode ir até aos 10 quilogramas, dois mais que os oito permitidos atualmente.

Esta medida, sublinha a Vueling, “consolida a sua aposta do transporte, junto dos seus donos, de animais de estimação como cães, gatos, aves e tartarugas, convertendo-se numa das poucas operadoras aéreas que aceita até três animais de companhia na cabine do avião”.

Este serviço está disponível em todos os voos europeus, com exceção dos que passam pelo Reino Unido ou Irlanda.

Em 2019, a Vueling transportou mais de 70.000 animais de estimação.

A companhia aérea adianta que oferece um seguro para animais de companhia caso ocorram despesas inesperadas durante a viagem.

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Pagamentos da TAP pelo handling da Groundforce caem para menos de metade em 2020

Montantes pagos pela companhia aérea no ano passado por compras e serviços recebidos da Groundforce totalizaram 43 milhões de euros. Valor representa uma quebra de 59% face a 104,2 milhões em 2019.

Os pagamentos por serviços prestados pela SPdH – Serviços Portugueses de Handling (ou Groundforce como é conhecida comercialmente) à maior cliente, a TAP, afundaram para menos de metade em 2020. A quebra poderá estar relacionada com a redução da atividade da própria TAP devido à pandemia, mas também aos esforços de renegociação de contratos com fornecedores relacionados com o plano de reestruturação.

Foram registados 43 milhões de euros referentes a compras e serviços feitos pela TAP à Groundforce, de acordo com o relatório anual divulgado na semana passada pela empresa liderada por Ramiro Sequeira. O valor representa uma quebra de 59% face aos 104,2 milhões de euros registados em 2019.

“As transações com a SPdH referem-se a serviços de ground handling prestados pela SPdH para suporte a aviões, passageiros, bagagem, carga e correio”, refere a TAP no relatório. Além destas, há também transações em sentido contrário: de vendas e serviços prestados pela TAP à Groundforce — que dizem respeito a questões como medicina no trabalho, por exemplo — e, neste caso, o recuo foi de cerca de 25% para 5,5 milhões de euros em 2020 (face a 7,36 milhões em 2019).

"As transações com a SPdH referem-se a serviços de ground handling prestados pela SPdH para suporte a aviões, passageiros, bagagem, carga e correio.”

Relatório anual da TAP

Apesar de a Groundforce ter uma carteira de clientes superior a 150 companhias aéreas nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo, cerca de 70% da faturação provém do negócio com a TAP. Essa ligação próxima entre as duas empresas causou um efeito em cadeia para a empresa de handling quando a companhia aérea viu o negócio quase paralisar devido às restrições de viagens.

A faturação da Groundforce caiu para 63 milhões de euros em 2020, menos 58% do que os 153 milhões de euros registados em 2019. De lucros de nove milhões de euros antes da pandemia, os resultados da empresa passaram para prejuízos de 25 milhões de euros no ano passado, estando previstos mais 15 milhões de euros este ano.

Da mesma forma, as restantes participadas da TAP — Portugália (PGA), TAP ME Brasil e Cateringpor — também sofreram o impacto da pandemia nos pagamentos recebidos. No total, os gastos da TAP com compras e serviços caíram 50% para 151.340.620 euros em 2020, face a 304.223.537 euros em 2019. Por seu turno, as vendas e serviços prestados pela TAP recuaram apenas 25% para 12 milhões de euros.

Pagamentos a fornecedores caem para metade

Fonte: relatório anual da TAP

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PRR: Governo prepara para breve modelo de governação e estrutura de missão

  • Lusa
  • 28 Abril 2021

Nelson de Souza diz que será conhecido em breve o diploma que define o modelo de governação do PRR, assim como a resolução do Conselho de Ministros que criará a estrutura de missão Recuperar Portugal.

O ministro do Planeamento afirmou esta quarta-feira que será publicado em breve o diploma que vai definir o modelo de governação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sendo ainda aprovada a estrutura de missão “Recuperar Portugal”.

Nelson de Souza referiu-se a estas decisões do executivo na sessão de apresentação do “Portal + Transparência” – uma plataforma informática que tem como objetivo facilitar o acesso dos cidadãos a informação sobre fundos comunitários, mas também em relação aos futuros orçamentos do Estado.

“Dentro de breves dias será publicado o diploma que definirá o modelo de governação do PRR, bem como a resolução do Conselho de Ministros que criará a estrutura de missão Recuperar Portugal“, declarou Nelson de Sousa numa sessão encerrada pelo primeiro-ministro, António Costa, e que decorreu no Terminal de Cruzeiros, em Lisboa.

Com a entrada em funcionamento do “Portal + Transparência”, o ministro do Planeamento considerou que foi dado “um passo fundamental na estratégia de governação do PRR”.

“Queremos uma administração aberta e moderna, que beneficia com o relacionamento com os cidadãos. Os 15 dias de auscultação pública dos cidadãos do PRR tiveram como resultado um plano mais bem desenhado. Não se tratou de uma consulta para cumprir calendário, mas de uma consulta com consequência”, defendeu.

Já a ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, referiu a importância do trabalho do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes, na elaboração do portal da transparência.

É fundamental que as pessoas tenham acesso a informação que lhes permita exercer com facilidade e eficácia o escrutínio democrático sobre as instituições públicas. Este portal vai permitir a implementação dos vários programas operacionais, incluindo o PRR. Tendo o PRR como objetivo auxiliar o país face aos enormes desafios pós-pandemia, é essencial que a sua execução seja rigorosa e transparente, assegurada por um modelo de governação ágil, eficaz e escrutinável”, frisou Alexandra Leitão.

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Lusorecursos quer entregar toda a documentação para o EIA da mina de Montalegre

  • Lusa
  • 28 Abril 2021

Segundo a APA, a Avaliação de impacte Ambiental da exploração mineira de lítio em Montalegre, concessionada à Lusorecursos Portugal Lithium, está suspensa até agosto a pedido da empresa.

A empresa Lusorecursos disse esta quarta-feira estar a trabalhar no sentido de entregar “toda documentação” para cumprir o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do projeto de exploração de lítio previsto para Montalegre.

A Agência Portuguesa do Ambiente (AIA) esclareceu que o procedimento de Avaliação de impacte Ambiental (AIA) da exploração mineira de lítio em Montalegre, concessionada à Lusorecursos Portugal Lithium, se encontra suspenso até agosto, depois do pedido de prorrogação do prazo por parte da empresa.

“A Comissão de Avaliação identificou um conjunto de lacunas e incoerências, não só ao nível do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) mas também do próprio projeto, que não permitiam a continuidade do procedimento de AIA”, afirmou a APA, por escrito, à Lusa.

Contactada pela Lusa, fonte da Lusorecursos disse que a empresa “está a trabalhar com os parceiros técnicos para apresentar toda a documentação”, confirmando ter pedido a prorrogação do prazo até agosto.

Também hoje o ministro do Ambiente disse que o próximo EIA da Lusorecursos para o projeto de lítio em Montalegre tem de ser “muito melhor”, caso contrário “é inevitável” que a licença de concessão seja revogada.

“Se a LusoRecursos não for mais profissional do que aquilo que tem sido, é inevitável que esses prazos se esgotem e que essa licença venha a ser revogada”, afirmou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, referindo que a empresa à qual o Governo concedeu o contrato de exploração em 2019 pediu um adiamento de prazo até agosto para poder voltar a entregar o novo EIA.

A fonte da Lusorecursos disse que a empresa não comenta as declarações do ministro João Pedro Matos Fernandes.

O contrato de concessão de exploração de lítio no concelho de Montalegre foi assinado em março de 2019, entre o Governo e a Lusorecursos Portugal Lithium, e tem estado envolto em polémica.

Em Montalegre, a população, nomeadamente das aldeias de Morgade, Rebordelo e Carvalhais, opõe-se ao projeto, elencando preocupações ao nível da dimensão da mina e consequências ambientais, na saúde e na agricultura.

Em janeiro de 2020, a Lusorecursos Portugal Lithium anunciou a entrega do EIA do projeto “Concessão de Exploração de Depósitos Minerais de Lítio e Minerais Associados – Romano” à APA.

No entanto, dias depois, a APA esclareceu que “não foi efetuada a instrução” do EIA da exploração de lítio em Montalegre pelo incumprimento de condições como, por exemplo, um documento relativo aos impactos transfronteiriços.

Hoje, num esclarecimento dado à Lusa sobre a Concessão de Exploração de Depósitos Minerais de Lítio e Minerais Associados “Romano, a APA referiu que o procedimento de AIA de iniciou a 14 dezembro.

A Agência explicou que, na qualidade de autoridade de AIA, nomeou a respetiva Comissão de Avaliação e que o procedimento de AIA se iniciou com a análise da conformidade do respetivo EIA.

“Esta fase do procedimento tem como objetivo aferir se o referido estudo contém toda a informação necessária à avaliação ambiental do projeto ou se, pelo contrário, é necessária a apresentação de elementos adicionais”, explicou.

Nesse contexto, a Comissão de Avaliação “identificou um conjunto de lacunas e incoerências, não só ao nível do EIA mas também do próprio projeto, que não permitiam a continuidade do procedimento de AIA.

Neste sentido, a APA comunicou esta pronúncia ao proponente a 26 de janeiro, tendo procedido nessa data à abertura de um período de 10 dias úteis para audiência de interessados.

“O proponente, posteriormente, solicitou prorrogação desse período até 13 de agosto de 2021. Essa prorrogação foi concedida pela APA, pelo que o procedimento de AIA em causa se encontra suspenso”, salientou a Agência Portuguesa do Ambiente.

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Lucro da Jerónimo Martins sobe 66% para 58 milhões

Vendas da dona do Pingo Doce subiram 1,5% para 4.786 milhões de euros no primeiro trimestre, à boleia sobretudo da unidade polaca Biedronka.

A Jerónimo Martins registou uma subida de 66% do lucro para os 58 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, com as vendas a subirem à boleia do negócio polaco da Biedronka.

Em comunicado enviado ao mercado, a retalhista adianta que as vendas totais do grupo aumentaram 1,5% para 4.786 milhões de euros no mesmo período, sendo que a Polónia reforçou o estatuto de principal mercado.

A unidade polaca Biedronka alcançou vendas de 3.388 milhões de euros, um aumento de quase 4% face ao primeiro trimestre de 2020. “As medidas de confinamento, embora com impacto negativo nas compras de impulso, beneficiaram as vendas a retalho, já que o encerramento dos restaurantes e escolas se traduziu num aumento do número de refeições em casa”, explicou a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos.

Em relação a Portugal, as vendas do Pingo Doce caíram 0,8% para 929 milhões de euros, com a retalhista a sentir-se afetada pelo “limite ao número de pessoas dentro das lojas”. Março, contudo, foi já um mês com desempenho positivo nesta insígnia.

Já as vendas do Recheio cederam quase 20% para 173 milhões de euros, o que se deve sobretudo ao encerramento dos restaurantes e cafés a partir de meados de Janeiro, que impactou o desempenho do segmento HoReCa.

A Jerónimo Martins vê a retoma esperada para 2021 como “incerta”, estando dependente de vários fatores: da evolução da crise sanitária, do programa de vacinação e dos seus impactos no mercado interno e na recuperação do turismo. A empresa salientou que qualquer alteração dos limites impostos ao número de clientes em simultâneo dentro das lojas e restaurantes no sentido do alívio deverá ter efeito positivo imediato nos seus negócios no país.

A retalhista conta ainda com operações na Colômbia, com as vendas da Ara a subirem ligeiramente para 237 milhões. Já a Hebe teve receitas de 57 milhões.

A Jerónimo Martins prepara-se para pagar dividendos aos acionistas no valor de 28,8 cêntimos por ação no próximo dia 6 de maio.

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Governo ameaça rasgar contrato de exploração de lítio com LusoRecursos já em agosto

A avaliação da APA está suspensa até 13 de agosto e a LusoRecursos tem até essa data para apresentar a 3ª versão de impacte ambiental. Se falhar, Governo "terá de revogar unilateralmente o contrato".

Depois de ter dito ao Politico que o Governo se prepara para cancelar o projeto da mina de lítio da LusoRecursos, em Montalegre, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, reafirmou em declarações aos jornalistas portugueses, à margem de um evento em Lisboa, que não está a dar um passo atrás em relação à concessão atribuída à empresa em 2019 e que não se está a substituir à Agência Portuguesa do Ambiente, que decidiu já que o estudo de impacte ambiental (EIA) apresentado “está desconforme”.

O processo de avaliação ambiental da APA está neste momento suspenso até 13 de agosto e a LusoRecursos tem agora até essa data para apresentar uma terceira versão (e final) do EIA relativo à mina de Montalegre.

“Se chegarmos a Agosto sem este estudo, o Governo terá de revogar unilateralmente o contrato” com a LusoRecursos, disse Matos Fernandes, sublinhando: “O contrato é claro. Tinham dois anos, que acabaram em março, para apresentar um conjunto de documentos para que o contrato pudesse seguir. Esses dois anos foram prolongados por dois meses por causa da pandemia de Covid-19, para o fim de maio, e o próprio contrato inicial prevê a possibilidade de ser prolongado ainda por mais três meses caso faltem elementos, ou seja, até agosto. É o que está em cima da mesa”.

O ministro voltou a repetir que “se a LusoRecursos não for mais profissional do que tem sido, é inevitável que estes prazos se esgotem e que a licença venha a ser revogada. Já apresentou por duas vezes o seu estudo de impacte ambiental junto da APA. A primeira vez foi liminarmente rejeitada, a segunda vez foi considerada desconforme. Pediu adiamento do prazo até agosto para apresentar novo estudo. O próximo EIA tem mesmo de vir muito melhor e estar em condições de avaliar quais são os impactos ambientais gerados”.

Matos Fernandes garante: “Não dei um passo atrás e nunca fui muito apologista deste projeto em concreto. Todos os projetos têm de ser avaliados. Está nas mãos da LusoRecursos mostrar competência, que é coisa que até à data ainda não mostrou. O projeto não está sequer em avaliação ambiental pela APA. A desconformidade do mesmo é pública e está agora nas mãos da LusoRecursos”.

O Governo está preocupado com os impactos locais e com a dimensão técnica do projeto. “Não posso ainda dar exemplos de minas exemplares do ponto de vista ambiental. Na próxima semana teremos, no âmbito da presidência portuguesa da UE, uma conferência sobre green mining, que dá a garantia de que é possível explorar os recursos minerais com vantagens locais e sem prejuízos para o ambiente. Estamos também à espera da promulgação da lei das minhas, já aprovada em Conselho de Ministros, para com a avaliação ambiental estratégica em relação ao concurso que iremos lançar para o lítio”, disse o ministro.

Matos Fernandes lembrou que o projeto da LusoRecursos é anterior a todo este processo, e não tem nada a ver com o concurso que será lançado este ano e no qual as exigências ambientais são as maiores. “Não me estou a substituir à APA. O que a APA me diz é que o estudo de impacte ambiental ainda não está conforme”, rematou.

Além disso, garantiu de novo que “Portugal está fortemente empenhado na exploração do lítio” porque só tendo a Europa 9% das matérias críticas para o desenvolvimento da sua economia, é essencial que aposte naquelas que tem.

“Não podemos estar sistematicamente expostos a não termos na Europa as matérias primas de que necessitamos. Nós não temos um projeto mineiro, temos um projeto de desenvolvimento industrial, para o qual é essencial a descarbonização e a transição energética. O lítio é um metal essencial para que isso aconteça”, defendeu o ministro.

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Nova SBE e Le Wagon lançam novo curso intensivo de ciência de dados

O bootcamp consiste num programa de seis meses, em regime part-time, e tem início já a 10 de julho. As candidaturas estão abertas.

A Nova School of Business & Economics (Nova SBE) e a Le Wagon juntaram-se pelo segundo ano consecutivo para lançar um novo curso intensivo focado em data science. As candidaturas já estão abertas e devem ser feitas através do site da escola de programação francesa.

O bootcamp consiste num programa de seis meses, em regime part-time, e “aborda em profundidade os conceitos e competências necessários para integrar uma equipa de data science, uma área com cada vez mais potencial e procura profissional“, lê-se em comunicado.

Para inscrever-se no curso intensivo, que começa já a 10 de julho e termina a 11 de dezembro, decorrendo num regime híbrido, no campus da Nova SBE em Carcavelos e remotamente, os candidatos devem possuir conhecimentos básicos de matemática e de programação.

Para antecipar o bootcamp, a Nova SBE e a Le Wagon promovem durante o mês de maio a iniciativa “The Data Journals”, uma série de quatro workshops com alguns dos professores do curso e profissionais de referência na área de data science.

Com início a 5 de maio, os workshops foram construídos para captar e estimular o interesse de potenciais alunos, iniciantes em ciência de dados, que reconhecem o potencial desta área e que procuram saber mais sobre a sua aplicação e resultados profissionais”, pode ler-se. Para assistir a estas sessões gratuitas, os interessados devem inscrever-se através deste link.

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Ministra diz que vai continuar a ser assegurada “a total proteção de dados” nos censos

  • Lusa
  • 28 Abril 2021

A ministra de Estado e da Presidência garante que a segurança do site dos censos não será afetada, indicando que vai continuar a ser assegurada "a total proteção de dados pessoais".

A ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, garantiu esta quarta-feira que a segurança do site dos censos não será afetada, indicando que vai continuar a ser assegurada “a total proteção de dados pessoais”.

Falando na Assembleia da República, em Lisboa, num debate sobre política setorial, Mariana Vieira da Silva, foi questionada pelo PSD sobre o contrato com a empresa Cloudflare, responsável pela segurança do ‘site’ que recolhe as respostas aos censos deste ano, e que previa a transferência de dados pessoais recolhidos para os Estados Unidos da América ou outros países.

De acordo com o jornal Público, depois de a Comissão Nacional de Proteção de Dados ter exigido a suspensão de qualquer transferência de dados pessoais, o Instituto Nacional de Estatística (INE) informou na terça-feira à noite que suspendeu o contrato com esta empresa.

Aos deputados, a ministra de Estado e da Presidência afirmou que, “depois das notícias e depois do contactos da Comissão Nacional de Proteção de Dados, que suscitou dúvidas relativamente ao enquadramento jurídico da subscrição destes serviços, o INE decidiu suspender totalmente a subscrição desses serviços para que não subsistam quaisquer dúvidas”.

“Contudo, continua a garantir a segurança dos censos”, salientou.

De acordo com Mariana Vieira da Silva, “o resultado desta ação não irá afetar segurança do ‘site’ dos censos, continuando a ser assegurada a total proteção de dados pessoais, e a forma de resposta para a população também não será afetada, pode no máximo ter alguma lentidão adicional”.

A ministra indicou também que “as operações tecnológicas de segurança da informação na recolha de dados no site 2021 foram aumentadas pelo Gabinete Nacional de Segurança e o INE mantém e afirma que a sua abordagem respeita os requisitos de segurança, constitui a melhor opção para o sucesso na operação e que a plataforma dos censos 2021 é segura”.

Mariana Vieira da Silva respondia ao deputado Fernando Negrão, do PSD, que afirmou que o INE “tinha uma empresa americana a assessorá-lo para fazer a recolha e o tratamento de dados” e indicou que, “com a intervenção da Comissão Nacional de Proteção de Dados, esta empresa foi afastada por uma razão, porque estava previsto quando foi contratualizada a transferência de dados dessa empresa para os Estados Unidos da América e países terceiros”.

O deputado quis saber se a ministra de Estado e da Presidência “tinha conhecimento disto, se não tinha porque é que não tinha e, tendo conhecimento disto, porque é que contratualizou esta empresa”.

Na sua intervenção inicial, a ministra adiantou que “os inquéritos à população arrancaram no dia 19 de abril e, até ao dia de hoje, mais de seis milhões de portugueses já submeteram as suas respostas”.

A governante destacou ainda que os censos 2021 são “a maior operação realizada pelo Instituto Nacional de Estatística em cada década”, constituindo um “enorme desafio” com “importância para um melhor conhecimento do país”.

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Galp Energia e BCP levam PSI-20 de volta aos ganhos

Subida de 2% da petrolífera e de 1,5% do banco impulsionaram a sessão na bolsa nacional. Lisboa acompanhou assim o sentimento positivo que se viveu na Europa.

Os fortes ganhos da Galp Energia e do BCP fizeram regressar o PSI-20 a terreno positivo esta quarta-feira, após ter interrompido a série de ganhos na última sessão. O índice de referência nacional subiu 0,10% para 5.017,75 pontos e alinhou com o sentimento positivo nas principais praças europeias.

A petrolífera liderada por Andy Brown valorizou 2% para 9,628 euros, em parte a corrigir das perdas registadas, mas também em reação ao mercado petrolífero. Os Estados Unidos anunciaram esta quarta-feira que os inventários de petróleo bruto aumentaram cerca de 90 mil barris na semana que terminou a 23 de abril, o que representa um reforço muito inferior ao esperado pelos analistas e impulsionou os preços.

O crude WTI negociado em Nova Iorque ganha 2% para 64,23 dólares por barril, enquanto o brent negociado em Londres sobe 1,23% para 67,65 dólares por barril. Tal como a portuguesa Galp, as ações das petrolíferas europeias valorizaram 1,1%.

Em Lisboa, além da petrolífera, também o BCP disparou 1,5% para 0,117 euros. Entre as nove cotadas do índice que fecharam no verde, estiveram ainda os pesos pesados CTT (que ganharam 1,09% para 3,70 euros), a Altri (que subiu 0,81% para 6,685 euros) ou a Nos (que somou 0,64% para 6,26 euros).

Estas compensaram as quedas da família EDP: a casa-mãe tombou 1,13% para 4,73 euros e a empresa de renováveis perdeu 1,25% para 20,46 euros. Em terreno negativo destacou-se ainda a Jerónimo Martins, que recuou 0,35% para 14,125 euros, na última sessão antes de apresentar resultados, sendo que os analistas do CaixaBank/BPI estimam um aumento dos lucros da retalhista de 6% para 64 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2021 (face ao mesmo período do ano passado).

Por toda a Europa é exatamente a época de resultados a marcar as negociações. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,1%, enquanto o alemão DAX ganhou 0,3% impulsionado pelo disparo de 10,70% do Deutsche Bank após ter anunciado o melhor resultado trimestral desde 2014. O Santander — que também apresentou resultados — avançou 2,7% e ajudou o IBEX 35 a fechar com uma valorização de 0,5%.

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Os seguros no combate aos riscos cibernéticos. Siga aqui em direto

  • ECO Seguros
  • 28 Abril 2021

A pandemia veio acelerar os desafios no âmbito da cibersegurança. Qual é a importância e o papel dos seguros no combate aos riscos cibernéticos? Assista à conferência hoje, 7 de maio, às 11h.

Os riscos cibernéticos serão uma ameaça? Uma oportunidade? Ou ambas? Os desafios colocados por tendências que emergiram da pandemia, como o trabalho remoto ou a maior relevância do e-commerce, potenciam o fenómeno fraudulento. Estas situações impactam a atividade seguradora de múltiplas formas. Desde logo em função da sua própria atividade de cobertura de riscos, mas também na sua organização interna e na segurança dos seus sistemas.

Quais são os riscos das próprias seguradoras? Como podem enfrentar estas ameaças? Deve a indústria ser também especializada na análise deste risco? A cobertura de riscos cibernéticos é hoje incontornável para as organizações? Qual é a situação atual do cibercrime em Portugal? Estas são algumas das questões que serão debatidas na web conference “Os seguros no combate aos riscos cibernéticos”, uma iniciativa do ECOseguros, em parceria com a AIG Portugal, EY e Innovarisk, e que pode acompanhar aqui em direto.

A web conference contará com a participação de Sérgio Martins, Associate Partner, Cybersecurity, Consulting Services, EY, como keynote speaker, Nelson Ferreira, Branch Manager da AIG Portugal, e Ricardo Azevedo, diretor técnico da Innovarisk. A moderação ficará a cargo de Francisco Botelho, diretor do ECOseguros.

Acompanhe a web conference no Facebook do ECO, no dia 7 de maio, às 11h.

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Supervisor financeiro europeu alerta para “tsunami” de insolvências

Empresas por toda a Europa têm mantido o funcionamento devido ao amplo apoio público, mas a retirada dos estímulos poderá inverter a situação, avisa o Conselho Europeu do Risco Sistémico.

O Conselho Europeu do Risco Sistémico alerta para a possibilidade de um tsunami de insolvências de empresas causado pela retirada dos apoios públicos à economia. Os estímulos orçamentais, fiscais e monetários, a par da suspensão temporária de regras de insolvência, permitiram manter as finanças das empresas à tona na pandemia, mas a situação poderá alterar-se.

O número de pedidos de insolvência caiu de forma aguda na maioria dos países europeus após o impacto inicial da pandemia, em março de 2020, e manteve-se abaixo do que seria normal no resto do ano. A razão para essa tendência prendeu-se com medidas dos governos avaliadas em 1,5 biliões de euros, incluindo linhas de crédito bonificado ou moratórias bancárias, de acordo com um relatório divulgado esta quarta-feira pelo Conselho Europeu do Risco Sistémico.

“A questão-chave é até que ponto as medidas de apoio nesta crise tiveram o efeito de meramente adiar ou prevenir de forma duradoura uma grande onda de insolvências empresariais”, aponta o relatório do órgão que é dirigido pela presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.

“No cenário mais negativo, as insolvências adiadas materializariam-se repentinamente e desencadeariam uma dinâmica recessiva, potencialmente causando mais insolvências. O atual baixo índice de insolvências seria então semelhante ao mar a recuar antes de um tsunami“, alerta.

À medida que a emergência de saúde pública diminui, o conselho considera que os governos devem reavaliar as medidas implementadas e eliminá-las gradualmente com o menor dano possível à economia. Muitas empresas, especialmente nos setores mais afetados pela pandemia, podem precisar de apoio para fortalecer balanços e preparar os negócios para a retoma.

O Conselho Europeu do Risco Sistémico recomenda aos governos que tomem medidas para mitigar o risco de uma onda de insolvências, apontando especialmente políticas direcionadas para impulsionar a solvência de empresas viáveis ou simplificar a reestruturação de dívida. Em sentido contrário, “as intervenções públicas devem evitar apoiar empresas zombie, o que pode atrasar significativamente a recuperação pós-Covid“.

“Os decisores políticos devem ter como objetivo preservar o valor das empresas fundamentalmente viáveis, ao mesmo tempo que permitem que as empresas não viáveis ​​sejam resolvidas de forma ordeira eficiente do ponto de vista de custos. Finalmente, as políticas devem ser voltadas para a reconstrução da economia, promovendo a adaptação às mudanças estruturais, em invés de tentar preservar ou retornar à economia pré-pandémica”, acrescenta.

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