Wall Street negoceia em baixa com novo recorde de casos de Covid-19

No dia em que a Índia reportou um novo máximo histórico mundial de novos casos diários de Covid-19, as bolsas norte-americanas negoceiam em baixa, apesar dos dados positivos do mercado laboral.

Wall Street negoceia em baixa ligeira esta quinta-feira. Os investidores estão a pesar na balança o novo recorde diário de casos de Covid-19 registado na Índia, bem como os dados positivos do mercado laboral norte-americano.

O S&P 500 cai 0,11%, para 4.169,02 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,17% para 34.080,41 pontos. O tecnológico Nasdaq negoceia virtualmente inalterado, com uma queda marginal de 0,02%, cotado nos 13.947,61 pontos.

No dia em que a Índia registou um novo máximo histórico global nos novos casos diários de Covid-19, acima das 314 mil novas infeções, os investidores voltam a ter receio de que as variantes mais infecciosas do SARS-CoV-2 possam espoletar novas vagas da pandemia e dificultar o processo de vacinação em curso.

Contudo, as negociações estão a ser amparadas pela informação semanal do Departamento do Trabalho, que mostra que os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA atingiram 547 mil na semana passada. É um novo mínimo deste período de pandemia.

A Apple recua 0,38%, enquanto a corretora de criptomoedas Coinbase volta a desvalorizar, perdendo 0,70% em bolsa. A farmacêutica Moderna cai 1,35%.

Em sentido inverso, a AT&T destaca-se pela positiva e ganha 3,82%. A operadora norte-americana bateu as estimativas de receitas dos analistas, amparada pelo negócio de media e pelas vendas de telemóveis.

Deste lado do Atlântico, o europeu Stoxx 600 soma 0,50%, para 438,81 pontos, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter prometido que vai continuar as compras de dívida a um ritmo “significativamente mais elevado”.

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Portugal regista mais quatro mortes e 636 novas infeções por Covid-19

Desde o início da pandemia o país soma 832.891 infetados e 16.956 mortes por Covid-19. Já 791.171 recuperaram da doença.

A Direção-Geral da Saúde identificou 636 novos casos de infeção por SARS-CoV-2, elevando o número total de infetados no país para 832.891. Trata-se de um aumento de 0,08%. O boletim epidemiológico desta quinta-feira indica ainda que morreram por Covid-19 um total de 16.956 pessoas, das quais quatro nas últimas 24 horas.

Esta quinta-feira há mais 521 recuperados que no dia anterior, o que eleva o total para 791.171. O número de casos ativos sobe pelo segundo dia consecutivo: são 24.764 (mais 111).

Entre os casos ativos, a maioria encontra-se a recuperar da infeção em casa. Porém, estão ainda 395 pessoas hospitalizadas (menos duas que no dia anterior), das quais 104 em unidades de cuidados intensivos (menos seis).

Boletim de 22 de abril

Entre as quatro mortes registadas no boletim desta quarta-feira, duas foram no Norte, uma em Lisboa e Vale do Tejo e uma no Centro. Nas restantes regiões não morreu ninguém com Covid-19 nas últimas 24 horas.

Relativamente aos novos casos, e de acordo com os dados da DGS, o Norte é a região com maior número de contágios, tendo registado 269 (42% do total de novos casos). Segue-se Lisboa (203), Centro (58), Algarve (37), Alentejo (30), Açores (22) e Madeira (17).

O boletim epidemiológico dá, por fim, conta de mais 755 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. No total, estão 22.436 pessoas nesta situação.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h58)

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Apoio extra da “bazuca” para as empresas será a fundo perdido se for para inovação

O ministro do Planeamento explicou que os 2,3 mil milhões adicionais que Portugal pode pedir em empréstimos podem ir chegar às empresas a fundo perdido.

O ministro do Planeamento, Nelson Souza, revelou esta quinta-feira que a verba adicional de 2,3 mil milhões de euros para as empresas que invistam em projetos mobilizadores vai ser atribuída a fundo perdido. Numa conferência de imprensa para marcar a entrega da versão final do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) à Comissão Europeia, o ministro reiterou que este “extra” será acionado conforme as necessidades.

O governante garantiu que o acesso a esta verba adicional “ficará dependente da procura” das empresas por mecanismos de apoio à capitalização e inovação e, se esta existir, o Governo está “comprometido” a solicitar estes 2,3 mil milhões de euros. Este “extra” pode ser “acionado parcial ou totalmente” consoante a procura para reforçar as áreas do PRR que apoiam as empresas.

Este dinheiro virá sob a forma de empréstimos (e não subvenções que não têm de ser devolvidas), mas o Governo não planeia emprestar posteriormente às empresas, optando por fazer chegar o dinheiro a fundo perdido. Isto no caso das empresas que utilizem o dinheiro para financiar projetos no âmbito das agendas mobilizadoras. Esta fórmula será mais benéfica para as empresas, mas ditará que Portugal terá de pagar esta dívida com os recursos orçamentais em vez de contar com os reembolsos das empresas, caso a ajuda fosse realizada na forma de empréstimo.

No caso das agendas mobilizadoras não é forçoso que o dinheiro seja dado sob a forma de empréstimo, temos essa liberdade“, explicou também no podcast do PS “Política com Palavra”. Estas verbas adicionais — que Portugal já “reservou junto da Comissão Europeia” — também podem ser utilizadas na capitalização de empresas, mas neste caso o dinheiro não é a fundo perdido. “Capital é capital”, sublinhou o ministro do Planeamento no mesmo podcast. “Logo veremos como o Estado vai sair da posição acionista que tomou”, acrescentou o responsável.

As verbas que forem canalizadas para a capitalização de empresas serão mobilizadas através do Banco Português de Fomento. Já as verbas para apoiar os projetos desenvolvidos em parceria entre empresas e universidades, de forma a colocar no mercado a capacidade científica já existente em Portugal, serão mobilizadas através de outras agências como o IAPMEI ou a ANI, precisou Nelson Souza.

Na versão final, em subvenções, as empresas contam com 1.550 milhões de euros para a capitalização, o que representa um aumento de 300 milhões de euros face à versão inicial (1.250 milhões de euros). “A não utilização por uma outra dimensão permitiu afetar a parte da capitalização”, explicou o ministro na apresentação do PRR, na passada sexta-feira em Coimbra.

Esta quinta-feira Nelson Souza disse ainda que Portugal tem a “expectativa” de que as negociações prévias com a Comissão Europeia tenham influência no tempo que o plano português demorará a ser validado. Em termos legais, a Comissão tem dois meses para concluir o processo, mas o ministro do Planeamento espera ver esse prazo encurtado de forma a ter o PRR nacional — que ainda terá de conseguir a “luz verde” dos Estados-membros — aprovado ainda durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia. Há um “prévio acordo na generalidade, quase na totalidade, dos aspetos da programação”, disse o governante.

A versão final do PRR português foi entregue esta quinta-feira às 6h57 à Comissão Europeia, tal como antecipado esta quarta-feira pelo primeiro-ministro. Portugal foi o primeiro país a entregar oficialmente o seu PRR à Comissão Europeia.

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Portugal atingiu recorde de 94 mil testes à Covid-19 num dia e total chega aos 10 milhões

  • Lusa
  • 22 Abril 2021

Para o país estar mais capacitado "para enfrentar o problema de frente” é preciso “testar para encontrar” os casos positivos, defende o secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

Portugal atingiu na terça-feira um recorde de mais de 94 mil testes num dia, alcançando esta quinta-feira cerca de dez milhões de diagnósticos feitos ao SARS-CoV-2, revelou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, em Leiria.

“Há dois dias tivemos um recorde de testes à covid-19: mais de 94 mil testes. Relembro que, no início de março de 2020, tínhamos pouco mais de dois mil testes. Atingimos dez milhões de testes hoje, em números redondos, e fazemos mais de 970 mil testes por milhão de habitantes” disse António Sales, após a inauguração das ampliações das unidades de ambulatório de Gastrenterologia e da Pneumologia do Hospital de Santo André, unidade do Centro Hospitalar de Leiria.

O governante explicou que a massificação de testagem nada tem a ver com um aumento de incidência da covid-19 em Portugal, mas estando “mais capacitados para enfrentar o problema de frente” é preciso “testar para encontrar” os casos positivos. António Sales sublinhou ainda que durante o fim de semana foram vacinadas “mais de 180 mil pessoas”. “É um verdadeiro teste à nossa capacidade de planeamento e de organização.”

O secretário de Estado lembrou ainda a revisão do plano de vacinação covid-19, que passa pela imunização de faixas etárias decrescentes, entre os 16 e os 79 anos, com patologias graves, como “doenças oncológicas em fase ativa, transplantação, imunodepressão” e “doenças mentais e neurológicas graves”.

Nos casos oncológicos, “além da quimioterapia, da radioterapia e da necessidade urgente de cirurgia, essa é uma área que deverá ficar no âmbito da decisão clínica”, explicou. “Temos confiança na nossa norma e esse tipo de situações, com certeza, que serão avaliados caso a caso, casuisticamente e naquilo que é o âmbito da decisão clínica”, reforçou.

Sobre a vacina produzida pelo laboratório Janssen, que já teve luz verde da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), depois de terem sido detetados casos de eventos tromboembólicos nos Estados Unidos, Sales adiantou que Portugal tem “sempre acompanhado aquilo que são as decisões e as recomendações da EMA”, fazendo depois a sua própria análise.

“A EMA disse que os benefícios seriam superiores aos riscos, apontou pontualmente casos de mulheres com menos de 60 anos. Estamos, através dos nossos organismos, a fazer essa avaliação e essa ponderação. Pode haver ajustes em relação a essas recomendações”, informou, ao referir que o processo de vacinação em Portugal “tem sido muito gradual, progressivo e ajustável Àquilo que é a realidade”.

António Sales espera ainda que na próxima semana os portugueses já se possam inscrever para vacinação num ‘site’ criado para o efeito. “Muitas vezes estas questões tecnológicas têm algumas entropias, mas esperamos que sim [esteja pronto].”

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.060.859 mortos no mundo, resultantes de mais de 143,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 16.952 pessoas dos 832.255 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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ARAN “rejeita veementemente” fim de isenções no ISV e IUC

  • Lusa
  • 22 Abril 2021

A "ARAN rejeita veementemente a sucessiva tomada de medidas que potenciam maiores dificuldades para o setor automóvel". Critica a decisão do Governo de revogar a isenção do ISV e também do IUC.

A Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) “rejeita veementemente” o fim da isenção do Imposto Sobre Veículos (ISV) para carrinhas comerciais e do Imposto Único de Circulação (IUC) para a categoria D, salientando que agudizam as dificuldades do setor.

“A ARAN rejeita veementemente a sucessiva tomada de medidas que potenciam maiores dificuldades para o setor automóvel, num momento em que a generalidade das empresas luta para cumprir com as suas obrigações e para se manter a laborar”, sustenta a associação em comunicado.

Em causa estão as alterações introduzidas pela Lei nº 21/2021, de 20 de abril, que determinam a revogação, a partir de 01 de julho deste ano, das isenções de pagamento do ISV pelas carrinhas comerciais e de pagamento do IUC, em 50%, pelos veículos da categoria D quando autorizados ou licenciados para o transporte de grandes objetos.

No primeiro caso, beneficiavam da isenção de ISV os automóveis ligeiros de mercadorias, de caixa aberta, sem caixa ou com caixa fechada que não apresentem cabine integrada na carroçaria com peso bruto de 3.500 kilogramas, sem tração às quatro rodas, justificando o Governo o seu fim por considerar que a medida é “injustificada e contrária aos princípios ambientais”.

A ARAN diz, contudo, “não entende[r] a argumentação do Governo para acabar com a isenção”, salientando que, “para além de esta alteração à lei implicar um custo adicional para os adquirentes de carrinhas comerciais, também vem impedir quer o aumento, quer a renovação de frotas, pugnando pela manutenção de veículos mais antigos a circular e, consequentemente, mais poluentes”.

"O fim da isenção para as empresas que dela vinham beneficiando implica mais um aumento de custos de execução de serviços e apresenta-se como uma nova machadada para este setor.”

ARAN

Relativamente ao fim da isenção em 50% do IUC para os veículos da categoria D, a associação recorda que, há vários anos, “vem apresentando sucessivas propostas ao Governo no sentido de uniformizar a aplicação desta isenção à generalidade dos veículos das empresas prestadoras de serviços de pronto-socorro, titulares de autorização especial de trânsito”.

Isto porque, nota, “a concessão da isenção está dependente do entendimento do serviço de finanças local, não sendo aplicada em todo o território nacional”.

Segundo sustenta, as dificuldades das empresas prestadoras de serviços através de pronto-socorro já se vêm adensando “há décadas”, mas intensificaram-se com a crise económica provocada pela pandemia, que “levou a uma drástica diminuição do número de veículos a circular na estrada e, logo, do número de serviços”.

“O fim da isenção para as empresas que dela vinham beneficiando implica mais um aumento de custos de execução de serviços e apresenta-se como uma nova machadada para este setor”, alerta.

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PSD preocupado com “incapacidade” do Governo de executar investimento. Quer um Programa de Investimentos

Para colmatar as "lacunas" do Programa de Estabilidade, o PSD quer que o Governo seja mais concreto nos investimento que vai fazer e exige uma estratégia de cariz social.

O PSD apresentou um projeto de resolução sobre o Programa de Estabilidade em que mostra preocupação sobre a “incapacidade” do Governo de executar investimento, nomeadamente o do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A recomendação dos social-democratas ao Executivo passa pela elaboração um Programa de Investimentos, com calendarização dos projetos, e ainda um Programa de Medidas Sociais que tenha uma estratégia de cariz social.

O Programa de Estabilidade 2021-2025 enferma de sérias lacunas“, escrevem os deputados do PSD encabeçados por Adão Silva, o líder parlamentar, criticando a dependência aos fundos europeus — 20% do crescimento depende de despesa do PRR — e duvidando da “capacidade de absorção dos fundos previstos para o investimento público”.

Para o PSD “a incapacidade do Governo de realizar investimento público programado, sistematicamente evidenciada em todos os anos desde 2016, e em especial em 2020, é um risco de não realização do Programa de Estabilidade“. Exemplo disso é que o peso do investimento público face ao PIB apenas em 2021 é que irá ultrapassar o valor de 2015, sendo que pelas projeções do Governo tal já deveria ter acontecido na legislatura anterior.

O maior partido da oposição recorre ainda à crítica que o Conselho das Finanças Públicas fez ao Programa de Estabilidade relativo à “ausência de especificação de projetos de investimentos em que se consubstanciam os montantes anunciados” para duvidar da execução prevista pelo Governo. “Os riscos de não realização do Programa de Estabilidade 2021-2025 são, assim, excecionalmente elevados e importa garantir a sua mitigação“, concluem, passando às recomendações.

Os deputados social-democratas querem que o Governo complemente o Programa de Estabilidade entregue na semana passada no Parlamento com um Programa de Investimentos “onde sejam suficientemente especificados os investimentos a realizar, devidamente quantificados e calendarizados, por forma a conferir a consistência e credibilidade que faltam ao Programa de Estabilidade e tornar possível o melhor escrutínio público da ação governativa“.

Além disso, o PSD sugere que o Executivo PS faça outro complemento com “a apresentação de uma estratégia de cariz social, o qual deve apresentar as medidas e os meios que o Governo deverá mobilizar para acelerar o processo de reconversão e recuperação do emprego e dos rendimentos das famílias, violentamente afetadas pela crise“. Os deputados consideram que o programa de Estabilidade é “completamente cego” e “omisso em matéria social, ignorando o legado da violenta crise provocada pela pandemia”.

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MO aposta na reciclagem de máscaras. Um euro basta para ter uma nova

Os clientes podem entregar a máscara usada da MOxAd-Tech e comprar uma nova em todas as loja das marca por apenas um euro. Todas as máscaras recolhidas serão direcionadas para a reciclagem.

Consciente do elevado impacto que a indústria da moda tem no meio ambiente, a MO acaba de lançar uma campanha de reciclagem das máscaras MOxAd-Tech. A marca de moda oferece a possibilidade de os clientes trocarem a sua antiga máscara MOxAd-Tech por uma nova, pelo valor de apenas um euro, em todas as lojas da em Portugal Continental.

As máscaras recolhidas serão direcionadas para reciclagem, assegurando assim uma segunda vida a estes os resíduos têxteis destas máscaras nacionais conhecidas por inativar o coronavírus.

“Esta iniciativa pretende reduzir o desperdício, contribuindo para a promoção da economia circular, enquadrando-se projeto MOre. Este projeto reúne todas as ações de sustentabilidade da marca e pretende promover uma moda mais sustentável”, explica a empresa em comunicado.

Focada na sustentabilidade e na economia circular, a MO tem vindo a implementar várias ações e medidas sustentáveis ao longo dos últimos anos. Tendo por base a transparência, a MO desenvolveu uma landing page onde serão partilhadas e atualizadas as políticas de sustentabilidade e principais compromissos da marca, onde os clientes podem consultar e estar sempre a par das políticas de sustentabilidade da MO.

A máscara MOxAd-Tech, foi lançado no final de abril do ano passado no mercado nacional e tem a particularidade de ser a primeira máscara a nível mundial a inativar o vírus que causa a Covid-19, tendo superado com sucesso os testes realizados pelo Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM).

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Alemanha negoceia compra de 30 milhões de doses da vacina Sputnik V

  • Lusa
  • 22 Abril 2021

Compra será feita em três remessas de 10 milhões de doses em junho, julho e agosto. Negócio está dependente da rápida aprovação da Agência Europeia do Medicamento.

A Alemanha está a negociar a compra de 30 milhões de doses da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro do estado federado da Saxónia, Michael Kretschmer.

“A Alemanha está a negociar a compra de três remessas de 10 milhões de doses em junho, julho e agosto”, afirmou na sua conta do Twitter, depois de uma reunião com o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko.

A condição para o negócio se concretizar “é uma rápida aprovação da Agência Europeia do Medicamento”, acrescentou.

No entanto, o porta-voz do Ministério da Saúde, Hanno Kautz, esclareceu que neste momento os dados disponíveis não são suficientes para uma aprovação, da qual a compra está dependente. “Se há pedidos ou quando chegam depende do momento em que seja feita a aprovação e depende da quantidade e qualidade dos dados que ainda não estão disponíveis. Até agora, os dados disponíveis não são suficientes”, afirmou ao jornal alemão Bild.

A notícia dessa negociação é conhecida quando a Alemanha considera eliminar os critérios de prioridade para aplicar a vacina a partir de finais de maio ou início de junho, sem necessidade de recorrer à Sputnik V, segundo o mesmo diário.

O Bild, que refere conversas internas entre representantes do Governo da chanceler, Angela Merkel, e dos estados federados, destaca que a Alemanha espera ter um volume de vacinas suficiente para poder renunciar a vacinação por grupos de risco.

O ministro da Chancelaria, Helge Braun, confirmou em declarações ao jornal que a vacinação por turnos prioritária pode ser suspensa, provavelmente a partir “de final de maio” ou “início de junho”.

Esse assunto vai ser tratado na próxima reunião, em 26 de abril, entre a chanceler, Angela Merkel, e as entidades regionais sobre a estratégia de vacinação, indica o jornal, que acrescenta que a farmacêutica biotecnológica BioNTech, que desenvolveu com a Pfizer uma das vacinas, espera que nas próximas semanas não haja necessidade de seguir critérios de prioridade.

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Estados Unidos vão cortar 50% das emissões até 2030, anuncia Biden

"Estes passos vão pôr a América no caminho da neutralidade carbónica o mais tardar até 2050. Mas a verdade é que representamos menos de 15% das emissões do mundo", disse o Presidente dos EUA.

Tal como já era esperado, o presidente dos Estados Unidos abriu esta quinta-feira a Cimeira de Lideres pelo Clima 2021 com um novo compromisso da sua Administração: cortar as emissões poluentes para metade (entre 50 e 52%) já até ao final desta década.

“Os EUA estão no caminho para cortar para metade as emissões poluentes com efeito de estufa até ao fim desta década. É esse o nosso destino enquanto nação e é isso que podemos fazer se agirmos para construir uma economia mais próspera, mais saudável, mais justa e limpara para todo o planeta. Estes passos vão pôr a América no caminho da neutralidade carbónica o mais tardar até 2050. Mas a verdade é que representamos menos de 15% das emissões do mundo. Nenhuma nação pode resolver esta crise sozinha. Todos nós, sobretudo as maiores economias, temos de agir e investir num futuro descarbonizado para ganhar os empregos do amanhã e tornar as suas economias mais resilientes e competitivas. Vamos disputar esta corrida. Esta é a década decisiva para a crise climática”, disse Biden no seu discurso de abertura.

Em nome da segunda maior economia do mundo, e do maior poluidor (28% das emissões globais), o Presidente da China, Xi Jinping, anunciou que o país vai seguir “um caminho verde e de baixo carbono para o desenvolvimento económico”.

“A China vai esforçar-se para atingir o pico de emissões de dióxido de carbono antes de 2030 e atingir a neutralidade carbónica antes de 2060. Vamos fazer isso mais rápido do que seria exigido a muitos países desenvolvidos e vai exigir um enorme esforço. Vamos controlar de forma restrita os projetos a carvão, limitar o aumento do consumo de carvão e traçar uma meta para o seu fim”, disse o líder chinês.

Logo após o anúncio de Biden, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, agradeceu ao presidente americano juntar tantos líderes para falar sobre as ameaças das alterações climáticas e por arrancar a cimeira com um bom exemplo de “faz o que eu faço”.

“Aplaudo o compromisso dos EUA de cortar as emissões poluentes em 50% até 2030”, disse Guterres, sublinhando: “O mundo está em alerta vermelho, estamos à beira do abismo. Os líderes mundiais têm de agir, começando por formar uma coligação global para chegar à neutralidade carbónica a meio do século, todos os países, regiões, cidades, todas as empresas e todas as indústrias”.

Para que esta década seja de facto decisiva e de transformação, “todos os países, a começar pelos maiores emitentes de gases poluentes, têm de submeter metas nacionais mais ambiciosas para os próximos 10 anos. E temos de traduzir esses compromissos em ações concretas e imediatas”, defendeu o responsável na ONU.

E alertou: “Até agora, só 18 a 20% dos triliões de dólares necessários para a recuperação económica pós pandemia têm em vista a mitigação de emissões. Temos de pôr um preço no carbono, investir mais em energias renováveis, travar a construção de novas centrais a carvão e pôr um fim a esta energia poluente em 2030 nos países mais ricos e em 2040 em todo o mundo”.

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Espanhol BBVA quer despedir 3.800 trabalhadores e fechar 530 balcões

  • Lusa
  • 22 Abril 2021

Despedimento de 3.800 trabalhadores em Espanha, 16,3% de um total de cerca de 23.300 trabalhadores. Os 530 balcões a encerrar correspondem a 21,3% da rede do BBVA.

O banco espanhol BBVA propôs, esta quinta-feira, aos sindicatos o despedimento de 3.800 trabalhadores em Espanha, 16,3% de um total de cerca de 23.300 trabalhadores, segundo fontes da negociação citadas pela agência EFE. O BBVA pretende ainda encerrar 530 balcões, 21,3% da sua rede, a fim de ganhar rentabilidade e eficiência.

A direção do banco e os sindicatos reuniram-se esta quinta-feira para negociar um despedimento coletivo que o BBVA defende devido à enorme concorrência no setor, às baixas taxas de juro, à adoção acelerada de canais digitais pelos clientes e à entrada de novas entidades digitais.

Estas medidas vêm confirmar a grande transformação pela qual está a passar o setor bancário e acelerar uma estratégia de concentração e diminuição da mão-de-obra que foi iniciada há vários anos.

No final de 2020, o BBVA tinha 29.330 empregados em Espanha, no entanto, se forem excluídos os trabalhadores de diferentes empresas do banco que não serão afetados pelos ajustamentos, o número é de cerca de 23.300, enquanto o número de balcões, na mesma data, era de 2.482.

O também espanhol CaixaBank, dono do BPI, anunciou na terça-feira que, depois da fusão em curso com o Bankia, tenciona reduzir a sua mão-de-obra em 8.291 pessoas, 18,67% do número total de empregados do banco em Espanha. A aquisição da Bankia concluída no mês passado permitiu ao CaixaBank tornar-se no banco líder em Espanha em termos de ativos domésticos, embora tanto o Banco Santander como o BBVA tenham uma maior presença internacional.

Os cortes de postos de trabalho são explicados pela “duplicação e sinergias causadas pela fusão e pelas atuais circunstâncias do mercado”, segundo o CaixaBank, uma vez que os bancos enfrentam taxas de juro muito baixas, os efeitos da crise económica causada pela pandemia e a crescente utilização de serviços bancários ‘online’.

O Banco Central Europeu (BCE) está a aconselhar as concentrações no setor bancário, a fim de criar entidades mais fortes e rentáveis capazes de enfrentar a crise provocada pela pandemia de Covid-19, que a Espanha sofreu de uma forma mais grave do que outros países, com uma queda de 10,8% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.

De acordo com um relatório publicado na terça-feira pela Associação da Banca Espanhola (AEB), as entidades bancárias do país perderam 6,9 mil milhões de euros em 2020, depois de terem feito 12 mil milhões de euros de provisões excecionais para enfrentar o risco crescente de não reembolso de empréstimos.

O segundo maior banco de Espanha, BBVA, e o quinto maior, Banco Sabadell, tentaram fundir-se no outono passado, mas abandonaram esses planos.

Sabadell cortou mais de 1.800 postos de trabalho no final de 2020 e o maior grupo bancário espanhol, o Banco Santander, também cortou 3.500 postos de trabalho nesse ano.

Segundo o Banco de Espanha, o setor bancário perdeu quase 100.000 pessoas entre 2008 e 2019, cerca de 37% da mão-de-obra de 2008.

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Moody’s prevê recuo do défice acumulado da dívida tarifária de eletricidade em 2021

  • Lusa
  • 22 Abril 2021

O défice acumulado da dívida tarifária de eletricidade de Portugal em percentagem do Produto Interno Bruto deverá cair para 1,4% em 2021, contra 1,5% em 2020.

A Moody’s Investors Service afirmou, esta quinta-feira, que o défice acumulado da dívida tarifária de eletricidade de Portugal em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) deverá cair para 1,4% em 2021, contra 1,5% em 2020.

Num estudo sobre os endividamentos dos sistemas elétricos de Portugal e Espanha divulgado esta quinta-feira, a Moody’s Investors Service afirma que espera que o rácio cumulativo entre a dívida do défice tarifário de eletricidade e as receitas reguladas, tanto para Portugal como para Espanha, se mantenha em “níveis historicamente baixos”, respetivamente em cerca de 80% e 70%, até ao final de 2021.

A agência sublinha que “as alterações do quadro regulamentar nos dois países são improváveis em 2021” e que a redução da dívida apoia a sustentabilidade do sistema.

Apesar da redução da procura de eletricidade durante a pandemia, a dívida do sistema elétrico continuará este ano a estabilizar-se em Portugal e a diminuir em Espanha, depois de ter recuado em 2020, de acordo com os reguladores dos países” (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia (CNMC), refere a agência no estudo.

Segundo o estudo da Moody’s, os sistemas elétricos português e espanhol continuarão o pagamento constante da dívida tarifária de eletricidade até 2021, reduzindo o peso da dívida dos sistemas elétricos, ajudando a conter os custos do sistema e facilitando os pagamentos constantes às titularizações.

A Moody’s afirma ainda que “este é o resultado do atual quadro regulamentar estável que foi concebido nos dois países para assegurar a sustentabilidade do sistema“.

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Biden e os 40 líderes mundiais. O que vão prometer sobre o clima no Dia da Terra?

Para a cimeira de líderes sobre o clima, Joe Biden convidou os homólogos chinês, Xi Jinping, e russo, Vladimir Putin. Vão também Von der Leyen e Pedro Sanchéz. Mas António Costa ficou fora da lista.

Depois de quatro anos de Administração Trump a investir forte nos combustíveis fósseis e nas indústrias mais poluentes, e a negar as evidências científicas das alterações climáticas, o novo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, inverteu completamente o sentido de marcha e desde janeiro tem-se esforçado por mostrar que a maior economia do mundo está de facto a bordo da luta climática.

Revertida a decisão de Trump de fazer sair os EUA do Acordo de Paris, logo em fevereiro, há um mês, a 26 de março, Biden convidou 40 líderes mundiais para participar num mega encontro virtual de dois dias a que chamou Cimeira de Líderes sobre Clima 2021, uma espécie de pré-COP26, que terá lugar em Glasgow, em novembro.

A data não podia ser mais simbólica: a cimeira arranca hoje, 22 de abril, Dia da Terra, e da lista de convidados fazem parte pesos pesados como o Presidente chinês, XiJinping, e russo, Vladimir Putin, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e tantos outros líderes políticos das maiores economias mundiais.

Todos terão, ou não, algo a anunciar ao mundo, até porque um dos temas principais da cimeira são os “esforços das principais economias do mundo para reduzir as emissões durante esta década, para manter a meta de limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius”.

Quem vai à frente na corrida para combater as alterações climáticas?

Quem chegará ao evento com um ar vitorioso será a presidente da Comissão Europeia, já que na véspera da cimeira americana Bruxelas anunciou ter chegado a acordo histórico sobre a Lei Europeia do Clima, que deverá agora ser aprovada dentro de duas semanas e fixa em forma de lei o o compromisso de reduzir as emissões até 2030 em 55%. A Europa quer ser o primeiro continente neutro em carbono em 2050.

Quando assinaram o Acordo de Paris (do qual saíram com Trump e ao qual já voltaram, com Biden), os Estados Unidos comprometeram-se em reduzir as suas emissões entre 26 e 28% até 2025 em relação a 2005. Entretanto, também já ambicionam ser neutros em carbono em 2050 e agora, nesta cimeira, devem mesmo anunciar a meta de redução de emissões para 2030 (comparado com 2005), existindo a expectativa de que essa meta seja de 50%.

É o que pedem empresas como a EDP e EDP Renováveis, Coca-Cola, HP, Ikea, Pfizer, Amazon, numa carta enviada ao presidente dos EUA a manifestar apoio à ação climática e a apelar para uma maior ambição nas metas de descarbonização ainda nesta década. A iniciativa é promovida pela coligação ‘We Mean Business’ e a elétrica portuguesa faz parte da lista inicial de cerca de 300 signatários, que envolvem grandes empresas e investidores com operações nos EUA.

Os Estados Unidos ainda não apresentaram o seu novo compromissos às Nações Unidas, tal como a China, que apenas apresentou uma intenção mas não um compromisso formal. Vários países como Austrália, Brasil, Japão, Rússia, México, Nova Zelândia, Coreia do Sul ou Suíça, já submeteram as suas novas metas à ONU, mas sem aumentarem o seu grau de ambição no quadro das negociações que deverão ser finalizadas em Glasgow em novembro deste ano.

Quanto à China, é atualmente o país com maior contribuição de emissões à escala mundial (cerca de 28%). Em setembro de 2020, o Presidente Xi Jinping anunciou que a China atingiria o pico das emissões de dióxido de carbono “antes de 2030” (uma melhoria em relação ao compromisso anterior), bem como assumiria uma meta de “neutralidade de carbono” “antes de 2060”. A China deverá ainda adicionar uma quinta meta a outras já estabelecidas, comprometendo-se em aumentar a capacidade instalada de energia eólica e solar para 1.200 GW até 2030.

Nesta cimeira é também esperado que o Japão anuncie uma meta de redução de emissões em 50% até 2030. O Canadá também já avançou com a ambição de ser neutro em carbono em 2050, com uma meta de redução em 36% de emissões de CO2 em 2030 (face a 2005). O Reino Unido comprometeu-se em baixar 68% das suas emissões em 2030 (mas comparado com níveis de 1990). Portugal tem uma meta de redução das emissões de CO2 entre 45% e 55% até 2030 (face a 2005), e ambiciona ser neutro em carbono em 2050. Mas nem mesmo isso isso valeu ao Governo português um convite para marcar presença.

António Costa fora da lista de convidados de Joe Biden

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também faz parte da lista de convidados, mas o mesmo não acontece com o homólogo português, António Costa. Portugal marcará presença no evento promovido por Biden — Leaders Summit on Climate — esta quinta-feira às cinco da tarde com a presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, juntamente com ministros de outros sete países, no painel “Leaders Summit on Climate Breakout on Adaptation and Resilience”, moderado pelo secretário norte-americano da Agricultura, Tom Vilsack. Nesta sessão serão abordadas as soluções inovadoras para reforçar a resiliência face às alterações e à instabilidade climáticas, assim como as respostas aos desafios nas áreas da segurança alimentar, gestão da água e impacto nos humanos.

“À medida que o Governo dos EUA está a entrar novamente na luta climática global, o Presidente Biden convocou esta cimeira no início da sua presidência para garantir uma coordenação próxima com os principais atores da comunidade internacional, ao mais alto nível governativo. Este encontro tem como objetivo preparar o mundo para o sucesso em várias frentes, enquanto trabalhamos para enfrentar a crise climática, incluindo a redução de emissões, finanças, inovação e criação de empregos, além de resiliência e adaptação”, justificou a Casa Branca ao endereçar os 40 convites.

Além disso, a Administração norte-americana diz que esta cimeira “é um marco importante no caminho para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) em novembro em Glasgow e foi projetada para aumentar as hipóteses de resultados significativos na ação climática global na COP26, porque “reunirá novamente o Fórum das Grandes Economias (MEF) sobre Energia e Clima, uma iniciativa liderada pelos EUA que desempenhou um papel vital na concretização do Acordo de Paris”. Juntas, estas economias representam 80% das emissões globais e 80% do PIB global.

“Além das principais economias, o Presidente trará também outras vozes cruciais para a conversa, convidando líderes de países que são as principais partes interessadas na luta climática, incluindo aqueles que demonstraram forte liderança climática, que são especialmente vulneráveis ​​aos impactos climáticos ou estão a tentar encontrar caminhos inovadores para uma economia sem emissões”, refere ainda o Departamento de Estado dos EUA.

Quais são os temas principais da Cimeira de Líderes sobre Clima 2021?

  • Os esforços das principais economias do mundo para reduzir as emissões durante esta década, para manter a meta de limitar o aquecimento a 1,5 graus Celsius.
  • Mobilizar o financiamento dos setores público e privado para impulsionar a transição para as emissões zero e ajudar os países vulneráveis ​​a lidar com os impactos climáticos.
  • Os benefícios económicos da ação climática, com forte ênfase na criação de empregos, e a importância de garantir que todas as comunidades e trabalhadores se beneficiem da transição para uma nova economia de energia limpa.
  • Impulsionar tecnologias que podem ajudar a reduzir as emissões e na adaptação às mudanças climáticas, ao mesmo tempo que criam novas oportunidades económicas e constroem as indústrias do futuro.
  • Discutir oportunidades para fortalecer a capacidade de proteger vidas e meios de subsistência dos impactos da mudança climática, abordar os desafios de segurança global colocados pela mudança climática.

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