CDS e IL também querem mudar diploma que estende teletrabalho

Além do PCP e do PSD, também o CDS, o IL e as deputadas não inscritas querem mudar o diploma do Governo que prolonga a obrigação de adotar o teletrabalho, nos concelhos de maior risco pandémico.

mais um pedido de apreciação parlamentar do decreto-lei do Governo que prolonga até ao final do ano a obrigação de adotar o teletrabalho, nos concelhos mais afetados pela pandemia, mesmo sem acordo entre trabalhadores e empregadores. Depois do PSD e do PCP, foi a vez de o CDS, IL e das deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues avançarem nesse sentido, por considerarem que há “dúvidas legítimas sobre o enquadramento constitucional” desta medida, sem estar “em vigor o estado de emergência ou qualquer outro regime de exceção”.

Em causa está o decreto-lei 25-A de 2021, que prorroga até ao último dia de 2021 a obrigatoriedade de adotar o teletrabalho, nos concelhos com maior risco de propagação do vírus pandémico, independentemente do número de trabalhadores de um determinado empregador, desde que as funções sejam compatíveis e haja condições para aplicar esta modalidade. Isto mesmo que não seja possível um acordo entre as partes.

Tal como avançou o ECO, o PSD apresentou no Parlamento, na semana passada, um pedido de apreciação deste diploma, por considerar que o prolongamento em questão não é compreensível sem que, primeiro, se faça uma avaliação da situação sanitária. Entretanto, também o PCP já avançou com um pedido nesse sentido, defendendo que o que é preciso é garantir a proteção sanitária dos trabalhadores para que possam exercer as suas funções presencialmente.

Esta quarta-feira, chegou à Assembleia da República um outro pedido de apreciação parlamentar, assinado pelos cinco deputados do grupo parlamentar do CDS, pelo deputado único do Iniciativa Liberal, pelas deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues e por três deputados do PSD. João Cotrim de Figueiredo já tinha anunciado a intenção de avançar nesse sentido, mas como são necessárias dez assinaturas de parlamentares para entregar um pedido deste género, o documento só deu entrada esta quarta-feira.

No pedido de apreciação, os deputados sublinham: “Tendo em conta as dúvidas legítimas sobre o enquadramento constitucional deste decreto-lei, sem estar em vigor o Estado de Emergência ou qualquer outro regime de exceção, e tendo em conta o forte impacto da obrigatoriedade do teletrabalho até ao final do ano na vida dos portugueses, consideramos fundamental que a Assembleia da República aprecie este diploma”.

Para os deputados em causa, o diploma do Governo é “mais uma privação das liberdades dos portugueses” e pode resultar em “graves consequências socioeconómicas”. Além disso, frisam que é “estranho” o Executivo “legislar algo desta importância para os próximos nove meses, quando não é sequer possível prever a situação pandémica no futuro imediato“.

É importante notar que enquanto se mantiver o estado de emergência, o teletrabalho deve manter-se de adoção obrigatória para todo o país e não é a essa medida que as apreciações parlamentares já requeridas se dirigem. Antes, referem-se ao diploma que prevê que, quando o estado de emergência for levantado, o trabalho remoto deverá continuar a ser obrigatório nas regiões mais afetadas pela pandemia, ainda que com condições mais flexíveis do que as atuais.

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Portugal mantém contas externas positivas no arranque de 2021

A balança corrente e de capital arrancou 2021 em terreno positivo, tal como em 2020, melhorando ligeiramente. Contudo, a balança comercial continua a ser negativa.

A economia portuguesa arrancou o ano em confinamento, mas ainda assim conseguiu manter contas externas positivas. A balança corrente e de capital de Portugal fixou-se nos 169 milhões de euros até fevereiro, o que compara com 155 milhões de euros no período homólogos. A balança comercial continua a ser negativa, ainda muito afetada pela quebra do turismo, mas melhorou face ao ano passado.

“Nos dois primeiros meses de 2021, o saldo conjunto da balança corrente e de capital situou-se em 169 milhões de euros, o que compara com 155 milhões de euros no mesmo período de 2020”, revela o Banco de Portugal na nota de informação estatística da balança de pagamentos divulgada esta quarta-feira, explicando que “os excedentes observados nas balanças de serviços, rendimento secundário e de capital superaram os défices da balança de bens e de rendimento primário“.

Balança corrente e de capital melhora no arranque de 2021

Fonte: Banco de Portugal. Evolução acumulada da balança corrente e de capital em 2019, 2020 e 2021.

O défice da balança comercial, que junta as exportações e as importações dos bens e dos serviços, diminuiu nos dois primeiros meses de 2021. Esta melhoria é explicada pela diminuição do défice da balança de bens no valor de 1.408 milhões de euros, a qual deverá ser explicada pelo segundo confinamento e a depressão no consumo (importação de bens do estrangeiro). A melhoria do saldo comercial de bens superou a deterioração de 1.256 milhões de euros do excedente da balança de serviços, a qual é explicada maioritariamente pelo turismo (1.032 milhões de euros).

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Lucro do Abanca aumenta para os 137,4 milhões

Um ano depois do primeiro impacto da pandemia, Abanca vê lucros novamente a subir. Descida das provisões para o crédito impulsionam resultados do banco galego no primeiro trimestre.

O Abanca aumentou os seus resultados, depois de um ano de 2020 em que foi duramente penalizado pela pandemia (como a generalidade do setor). O banco galego viu os lucros subirem mais de 8% para 137,4 milhões de euros.

Há um ano, o resultado tinha sido bastante penalizado pelas provisões de 78 milhões de euros que criou por causa da incerteza relacionada com a pandemia, que ainda estava na sua fase inicial. Agora, entre janeiro e março de 2021, as provisões baixaram consideravelmente para cerca de 28 milhões de euros, o que acaba por explicar em grande medida esta subida homóloga dos resultados.

O Abanca, que em Portugal conta com 70 agências e está na corrida à aquisição do EuroBic, disse ter superado os 100 mil milhões de euros em volume de negócios com as recentes aquisições do Bankoa e do Novo Banco em Espanha, esta última anunciada no início do mês por um valor que não foi revelado. A instituição de Juan Carlos Escotet revela que a compra do Novo Banco será concluída nos próximos trimestres.

A carteira de crédito a clientes apresentou um crescimento de 13,2% para 42.068 milhões de euros (8,5% sem o Bankoa), à boleia das linhas de crédito Covid anunciadas pelo Governo espanhol no âmbito das quais concedeu 3.234 milhões de euros.

O banco diz manter a carteira de ativos de melhor qualidade em Espanha, com o rácio de NPL (non perfoming loans) de 2,0%, praticamente metade da média espanhola e abaixo da média europeia. O banco, com sede em Santiago de Compostela, não sentiu ainda o impacto da pandemia e adiantou que o seu principal mercado, a comunidade da Galiza, “continua a mostra um melhor comportamento que o conjunto de Espanha tanto em termos de indicadores económicos como de evolução da pandemia”.

Por outro lado, os recursos de clientes atingiram os 55.783 milhões de euros, registando uma subida de 17,1% (11,4% sem o Bankoa), com os depósitos de clientes a crescerem 15,2% (10,9% sem o Bankoa) e alcançaram os 44.551 milhões de euros.

Em termos operacionais, o primeiro trimestre foi positivo para o Abanca: o produto bancário cresceu 10,7% para 231 milhões de euros, “como resultado do bom desempenho da margem de juros e receitas por prestação de serviços bancários”. A margem financeira subiu 9,5% para 164,1 milhões de euros, enquanto as comissões aumentaram 13,7% para 66,9 milhões.

Em termos de solvência, o rácio de capital do Abanca situou-se nos 17,4%, acima da fasquia de referência de 13,3% de capital de máxima qualidade CET1.

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Jerónimo Martins dá prémio de 500 euros a 23 mil trabalhadores em Portugal

Em Portugal, 84% dos colaboradores elegíveis vão receber este prémio individual no valor de 500 euros que será pago juntamente com o salário de abril.

O Grupo Jerónimo Martins vai investir cerca de 11 milhões de euros em Portugal na atribuição de um prémio extraordinário no valor de 500 euros a 23 mil colaboradores das lojas e centros de distribuição. O prémio será pago juntamente com o salário de abril.

“Este prémio pretende reconhecer o trabalho e o contributo destes colaboradores para os resultados obtidos num ano tão desafiante como foi 2020, sendo atribuído também na Polónia e na Colômbia, num total de cerca de 80.100 colaboradores do grupo abrangidos”, adianta o grupo em comunicado.

Em Portugal, 84% dos colaboradores elegíveis (de um total de mais de 33 mil colaboradores) vão receber este prémio individual no valor de 500 euros, que acumula com a remuneração variável mensal em vigor e com os vários programas e ações de apoio aos colaboradores nas dimensões da saúde, da educação e do bem-estar familiar. Valor é igual ao pago no ano passado.

Este prémio, é pago em Portugal pelo 15º ano consecutivo. Nos últimos cinco anos (2017 – 2021), o investimento acumulado ultrapassou os 45 milhões de euros no país, e os 190 milhões no conjunto dos três países (Portugal, Polónia e Colômbia).

A atribuição deste prémio anual faz-se por aprovação do Conselho de Administração de Jerónimo Martins da proposta apresentada pelo seu Presidente, Pedro Soares dos Santos, e traduz-se num investimento global de cerca de 50 milhões de euros, o que equivale a aproximadamente 16% do resultado líquido de 2020.

Em 2020, o Grupo investiu, só em Portugal mais de 3,2 milhões de euros nestes programas de responsabilidade social que visam auxiliar os colaboradores.

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Valadas Coriel & Associados aumenta faturação em 13%

No ano em que comemoram duas décadas de existência, a Valadas Coriel atinge um aumento de 13% na faturação, segundo comunicado da firma.

A Valadas Coriel & Associados comemora, este ano, duas décadas de atividade e assume, segundo comunicado do escritório, que encerrou o ano de 2020 com um aumento de faturação de cerca de 13%.

“Temos feito um percurso do qual muito nos orgulhamos. Começámos como uma pequena boutique, localizada no Chiado, especializada em litigância e em questões societárias. Éramos fundamentalmente advogados de barra. Hoje em dia, somos conhecidos no mercado nacional e internacional, não só nessas áreas, como em outras que, entretanto, fomos desenvolvendo”, nota João Valadas Coriel, managing partner.

Para o líder da VCA o património da firma é o capital humano, sublinhado que têm uma “equipa excecional” e “profissionais de elevadíssima qualidade técnica e emocional”.

“No último ano, mudámos de instalações, estamos agora num espaço fantástico, no último andar das Amoreiras, estabelecemo-nos na Madeira em parceria com o escritório das advogadas Kelly Silva Nunes e Cristina Gouveia e Freitas, reforçámos o nosso núcleo de sócios com a eleição de Patrícia Valadas Coriel e a nossa equipa jurídica e administrativa, aumentámos 13% a nossa faturação e consolidámos a nossa estratégia de internacionalização ao integrarmos a Grimaldi Alliance”, conta o managing partner.

João Valadas Coriel, managing partner da VCA

João Valadas Coriel afirma que vão continuar a “transformar as dificuldades em oportunidades”. “Aprendemos muito sobre conciliar vida pessoal com vida profissional e como menos horas no escritório podem resultar em mais produtividade e criatividade. Conseguimos ter um trato cada vez mais personalizado com os clientes e recebemos um feedback muito positivo quanto à nossa evolução recente. Em 2021, contamos contratar e integrar na nossa cultura, um número significativo de advogados e paralegals. Neste mercado, ou se evolui constantemente, ou se fica para trás. Nós queremos estar no pelotão da frente”, conclui.

Com presença em Portugal (Lisboa e Funchal) e na Costa do Marfim (Abidja), a VCA tem prestado assessorias nas de Private Wealth (Clientes Privados), Imobiliário, Imigração, Direito Fiscal, Direito do Trabalho, Direito Societário, Contencioso e Resolução de Litígios.

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Vieira de Almeida e a NOVA School of Law lançam Centro de Investigação em Direito

Lançado pela VdA e pela NOVA School of Law, o WhatNext.Law - Researching the Future pretende promover a colaboração com diferentes stakeholders da academia e do setor jurídico e empresarial.

Numa altura em que o Direito procura respostas aos desafios do futuro, a Vieira de Almeida (VdA) e a NOVA School of Law lançam o WhatNext.Law – Researching the Future. Um Centro de Investigação em Direito focado na discussão e partilha de conhecimento sobre temas jurídicos associados às novas exigências da sociedade, através de estudos, publicações e bolsas de investigação.

“O WhatNext.Law – Researching the Future pretende promover a colaboração com diferentes stakeholders da academia e do setor jurídico e empresarial, com o objetivo de antecipar tendências legais, identificar desafios jurídicos emergentes e contribuir para as soluções, legais e não só, da sociedade do futuro”, refere a VdA em comunicado.

O lançamento do projeto decorreu no passado dia 20 de abril, na Conferência “WhatNext.Law | As Cidades do Futuro”. O encontro contou com as participações do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, do managing partner da VdA, João Vieira de Almeida, da diretora da NOVA School of Law, Mariana França Gouveia, entre outros oradores nacionais, bem como Alice Charles, do Fórum Económico Mundial.

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Estas são as sociedades de advogados a operar em Espanha que mais faturaram em 2020

As 10 maiores sociedades de advogados em Espanha - as três primeiras incluem escritórios em Lisboa - aumentaram 1,55% em relação a 2019. Garrigues, Cuatrecasas e Uría no top 3.

No mercado espanhol já se conhece a faturação das sociedades de advogados em 2020. Com um aumento de 2,40%, a Garrigues assume o topo da tabela com um 336,7 milhões de euros, mais oito milhões que em 2019. A receita nacional dos dez maiores escritórios de advocacia em Espanha em 2020 totalizou 1,55 mil milhões de euros, um aumento de 1,55%.

Em segundo lugar ficou a Cuatrecasas com uma faturação a atingir os 276 milhões de euros, um decréscimo de 0,29% em relação a 2019. A completar o top 3 está a Uría Menéndez que cresceu a sua faturação em 2,09%, arrecadando 195 milhões de euros.

Ainda assim, o maior crescimento de faturação, comparativamente a 2019, pertenceu à Pérez-Llorca. A sociedade espanhola aumentou 7,03%, atingindo o valor de 68,5 milhões de euros. Já a firma que teve o maior decréscimo foi a KPMG Advogados, reduzindo a faturação de 110,8 milhões para 106,6 milhões de euros, menos 3,79%.

*Estimado pela Iberian Lawyer | Fonte: Iberian Lawyer | O raking foi criado com os valores de faturação cedidos à Iberian Lawyer pelas sociedades de advogados e pelo Spain’s Mercantile Registry.

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Atlético, Inter e AC Milan também deixam a Superliga. Restam três clubes

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

Atlético de Madrid, Inter Milão e AC Milan abandonaram o projeto da criação de uma Superliga europeia de futebol, juntando-se a seis clubes ingleses nesta decisão de não seguir em frente com a prova.

O Atlético de Madrid, o Inter Milão e o AC Milan abandonaram esta quarta-feira o projeto da criação de uma Superliga europeia de futebol, juntando-se a seis clubes ingleses nesta decisão de não seguir em frente com a prova. Restam três clubes que continuam comprometidos com o projeto: Real Madrid, Barcelona e Juventus. O clube italiano de Ronaldo, porém, já veio dizer que o projeto já não avançará como foi inicialmente desenhado.

“O Conselho de Administração do Atlético de Madrid, reunido esta quarta-feira de manhã, decidiu comunicar formalmente à Superliga e ao resto dos clubes fundadores a sua decisão de não formalizar a sua adesão ao projeto“, lê-se num comunicado dos colchoneros.

O clube espanhol diz que tomou a decisão de se juntar ao projeto “atendendo a circunstâncias que hoje não existem”, considerando que, para o Atlético de Madrid, “é essencial que haja harmonia entre todos os elementos que integram a família rojiblanca“, em especial com os adeptos.

“O plantel da primeira equipa e o seu treinador mostraram a sua satisfação pela decisão do clube, entendendo que os méritos desportivos devem estar acima de qualquer outro critério”, lê-se no comunicado da equipa de João Félix.

Também o Inter Milão confirmou que o clube já não faz parte do projeto de Superliga, embora reconheça que o clube está “sempre empenhado em proporcionar aos adeptos a melhor experiência futebolística”.

O Inter “acredita que o futebol, como qualquer setor de atividade, deve ter interesse em melhorar constantemente as suas competições, de forma a continuar a entusiasmar adeptos de todas as idades em todo o mundo”, pelo que vai continuar a “trabalhar com instituições e todas as partes interessadas para o futuro” do futebol.

Ao início da tarde, juntou-se o AC Milan. “Aceitámos o convite para participar no projeto da Superliga com a intenção genuína de dar aos adeptos de futebol a melhor competição europeia possível. (…) Contudo, as vozes e preocupações dos adeptos em todo o mundo expressaram-se claramente sobre a Superliga e o AC Milan deve ser sensível à voz daqueles que amam este maravilhoso desporto”, informou o clube milanês em comunicado.

Na terça-feira, os ingleses Arsenal, Chelsea, Manchester City, Manchester United, Tottenham e Liverpool tinham anunciado a sua saída da Superliga.

Presidente da Juventus admite que projeto não tem condições para avançar

O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, admitiu que o projeto da Superliga Europeia de futebol, não pode continuar com cinco ou seis equipas, em declarações à agência Reuters.

“Para ser franco e honesto, não”, disse o dirigente, que manteve algumas dúvidas para o futuro e quando seis dos clubes ingleses que integravam o grupo de 12 fundadores da anunciada competição, abandonaram o projeto.

Agnelli, que falou antes de ter sido também oficializada a saída de Atlético de Madrid e Inter de Milão, disse à Reuters estar convicto da importância que a Superliga teria, mas admitiu que nas atuais circunstâncias o projeto não tenha condições para avançar.

“Continuo convicto da beleza do projeto, do valor que poderia ter dado à pirâmide, da criação da melhor competição do mundo. Mas admito que não seja assim. Agora não acredito que o projeto esteja pronto para avançar”, considerou.

O dirigente na segunda-feira tinha dito que existia um “pacto de sangue” entre os 12 clubes fundadores para que a competição fosse uma realidade.

“Há um pacto de sangue entre os nossos clubes, a Superliga tem 100% de probabilidades de sucesso, vamos seguir em frente”, disse.

Entretanto, em comunicado, a Juventus disse que, “embora permaneça convicta da validade dos pressupostos desportivos, comerciais e jurídicos do projeto, considera que atualmente este tem possibilidades limitadas de ser concluído na forma em que foi inicialmente concebido“.

AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram no domingo a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.

A competição deveria ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.

Entretanto, a UEFA avisou que iria excluir todos os clubes que integrassem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.

No projeto, menos de 48 horas após o anúncio da sua criação, mantêm-se o Real Madrid, FC Barcelona e Juventus.

(Notícia atualizada às 14h39 com comunicado oficial da Juventus)

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Costa aberto à criminalização do enriquecimento ilícito, mas não quer que seja arma de arremesso político

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

"É altura de todos os responsáveis políticos compreenderem que a corrupção não é um fator de divisão, ou uma arma de arremesso político", atirou António Costa.

O primeiro-ministro elogiou, esta quarta-feira, a iniciativa da Associação Sindical dos Juízes sobre enriquecimento ilícito, afirmou que o Governo prepara instrumentos legislativos contra a corrupção e salientou que este tema não pode ser arma de arremesso político.

António Costa assumiu estas posições em declarações aos jornalistas, momentos antes de se reunir com o seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez, em Andorra – um encontro à margem da XXVII Cimeira Ibero Americana.

“Penso que é altura de todos os responsáveis políticos compreenderem que a corrupção não é um fator de divisão, ou uma arma de arremesso político, mas de união entre todos. Essa é a única forma de os cidadãos sentirem confiança nas instituições e perceberem que as instituições no seu conjunto estão empenhadas em combater a corrupção”, declarou António Costa, depois de interrogado sobre as mais recentes propostas para a criminalização do enriquecimento ilícito.

Perante os jornalistas, o líder do executivo referiu que no Conselho de Ministros da próxima semana será aprovado o conjunto dos instrumentos legislativos que irão dar tradução à Estratégia Nacional de Luta contra a Corrupção – plano que esteve em debate público.

“Há um entendimento que o Governo tem com a Assembleia da República de que as matérias que foram tratadas pelo Parlamento no âmbito do chamado pacote da transparência devem ser agora ser tratadas na Assembleia da República. Todos os grupos parlamentares já tomaram posição, designadamente o PS, e todos eles manifestando abertura para que, com base na proposta agora formulada pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses, introduzir as melhorias que o regime aprovado em 2019 criou”, disse em relação à proposta para a criminalização do enriquecimento injustificado.

Segundo o primeiro-ministro, esta discussão é “completamente diferente do que foi falado há duas legislaturas e que, por duas vezes, o Tribunal Constitucional declarou inconstitucional”.

“O contributo da Associação Sindical dos Juízes é muito importante, porque desbloqueia o debate. Abandona-se a obsessão em que alguns insistiam com uma solução que é inconstitucional – e, como tal, impossível – e que permite melhorar o que foi aprovado em 2019”, sustentou.

Pela parte do Governo, António Costa salientou que a missão é aprovar o conjunto de instrumentos legislativos, quer em matéria penal, quer em matéria de processo penal, ou, ainda em matéria de prevenção, que está previsto na Estratégia Nacional de Luta contra a Corrupção”.

Hoje, há capacidade de investigação e capacidade de as matérias serem tratadas. Mas devem ser tratadas no local próprio“, acrescentou.

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“Não há qualquer restrição à utilização da Janssen” com a vacinação “focada” nos maiores de 70 anos, diz Temido

"O plano de vacinação é focado nos mais de 70 anos. Neste momento, não há qualquer restrição desta vacina neste grupo etário", disse a ministra da Saúde.

As autoridades de saúde portuguesas vão seguir recomendações da Agência Europeia de Medicamentos. Marta Temido garante que “não há qualquer restrição” à administração da vacina da Janssen, mas sublinha que o plano de vacinação está agora “focado” nos maiores de 70 anos. Esta afirmação surge após o regulador europeu ter admitido que existe uma possível ligação entre a administração desta vacina e a formação de coágulos sanguíneos.

Em conferência de imprensa, a ministra da Saúde disse que as autoridades de saúde portuguesas “estão a avaliar a documentação emitida pela EMA, a traduzi-la”, explicando que tendo em conta que nesta fase o plano de vacinação “é focado nos mais de 70 anos, neste momento não há qualquer restrição desta vacina neste grupo etário”.

Ao mesmo tempo, Marta Temido reitera que o regulador europeu “confirma que a avaliação risco-benefício permanece positiva”, pelo que sublinha que “é maior a vantagem da administração da vacina face a uma fatalidade provocada pela Covid-19“. Não obstante, a ministra da Saúde diz que “importa manter a melhor atenção para as situações muito raras”.

Também o presidente do Infarmed assinala que em relação “a qualquer das quatro vacinas aprovadas pela União Europeia existem condições para a sua utilização”, defendendo, por isso, que “não há nenhuma razão para constrangimento da utilização das vacinas”, já que o plano de vacinação está agora focado na população mais idosa.

Por fim, a ministra da saúde disse que além das 31.200 doses desta vacina de dose única que chegaram a Portugal na semana passada “estão previstas novas entregas” no âmbito da contratualização feita pela Comissão Europeia e acrescentou que ” Portugal vai incluir com a maior brevidade possível estas doses de vacinas” no plano de vacinação. “A comissão técnica da vacinação contra a Covid, que funciona na dependência da Direção-Geral da Saúde, vai rever as informações e verificar se há algum ajustamento a fazer para efeitos da aplicação da vacina e seguidamente começaremos a distribuição e a administrar esta vacina”, concluiu.

Na terça-feira, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) concluiu que há uma possível relação entre a formação de coágulos sanguíneos e a vacina da Janssen, na sequência de terem sido registados oito casos de pessoas que desenvolveram coágulos sanguíneos em quase sete milhões de pessoas vacinadas nos EUA. Estes casos dizem respeito a mulheres com idades entre 18 e 49 anos, um dos quais fatais, e foram reportados cerca de três semanas, após serem vacinadas. Ainda assim, o regulador europeu garantiu que os benefícios gerais da administração da vacina norte-americana continuam a superar os riscos.

(Notícia atualizada às 12h23)

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Portugal tem a quarta maior quebra da UE nas horas de trabalho nos serviços no início da pandemia

As medidas tomadas pelos Governos europeus afetaram, regra geral, de forma significativa as horas de trabalho, no Velho Continente. Setor dos serviços e vendas foi o mais castigado, indica o Eurostat.

Os trabalhadores europeus dos serviços e das vendas foram os que mais viram as horas de trabalho encolherem, ao longo de 2020, por efeito das restrições impostas pelos Governos do Velho Continente para conter a pandemia. A maior quebra foi registada no segundo trimestre e Portugal ocupou, nessa altura, o lugar de quarto país da União Europeia com o maior recuo das horas de trabalho, nas atividades em causa, de acordo com os dados publicados, esta quarta-feira, pelo Eurostat.

Na nota divulgada esta manhã, o gabinete de estatística da UE sublinha: “Entre as diferentes ocupações, os trabalhadores dos serviços e das vendas [registaram] os maiores declínios no número de horas de trabalho, nos quatro trimestres de 2020, em comparação com os trimestres homólogos de 2019”.

No bloco comunitário, estes trabalhadores viram as suas horas de trabalho cair 8,5%, entre janeiro e março de 2020, ocasião em que se identificaram os primeiros casos de Covid-19 na Europa. Entre abril e junho, o cenário agravou-se. As horas de trabalho nos serviços e vendas recuaram 28,7%, naquele que foi o primeiro trimestre afetado, na íntegra, pela crise pandémica.

O verão trouxe, depois, algum alívio, com uma quebra homóloga de 7,7% das horas de trabalho. O final do ano foi, contudo, sinónimo de um recuo mais pronunciado (16,2%), já que esse período ficou também marcado pelo agravamento da pandemia, em alguns países europeus, e em consequência pelo endurecimento das restrições à mobilidade e atividade económica.

De acordo com o Eurostat, no trimestre em que as horas de trabalho nos serviços e vendas mais caíram, Espanha, Chipre e Irlanda destacaram-se como países com maiores recuos nesse indicador. Portugal, ocupava, então o quarto lugar dessa tabela.

As horas de trabalho recuaram não só nos serviços e vendas, mas também na generalidade das atividades económicas. Diz o Eurotstat que, na UE, no quarto trimestre de 2020, o índice das horas trabalhadas nos empregos principais caiu 5 pontos para 96,8 pontos (correspondendo os 100 pontos aos dados do ano de 2006). Também neste caso, o segundo trimestre de 2020 foi o que registou um agravamento mais considerável do agravamento. Nessa altura, o índice afundou 15,9 pontos para 85,9 pontos, tendo o verão trazido, depois, alguma recuperação.

O gabinete de estatísticas europeu salienta, por outro lado, que foi entre as mulheres que o número de horas trabalhadas mais encolheu. Em causa está uma quebra de 6,1 pontos contra a diminuição de 4,3 pontos verificada entre os homens. Também no que diz respeito às horas de trabalho se verificou essa tendência.

O Eurostat publicou também esta quarta-feira a taxa de emprego entre as pessoas com 20 a 64 anos, na UE, indicador que recuou 0,7 pontos percentuais para 72,4% em 2020, face a 2019. Diz-se na nota, que no último ano, tudo somado, “o mercado de trabalho da União Europeia foi significativamente impactado pela pandemia de Covid-19”.

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Pessoas com cancro, VIH e transplantados passam a ser prioritários na vacinação contra a Covid-19

Os critérios de vacinação contra a Covid-19 serão alterados, segundo anunciou esta quarta-feira a diretora-geral de saúde Graça Freitas. A idade continuará a ser o principal critério.

Os critérios de vacinação contra a Covid-19 vão sofrer alterações. A idade continua no topo, mas as doenças que dão ou não prioridade mudam. A diabetes sai da lista, enquanto entram doenças oncológicas ativas, pessoas em situação de transplantação, imunossupressão e algumas doenças neurológicas e mentais.

“A vacinação terá dois ramos. Um por faixa etária, intensivo e fácil de vacinar, e outro que não deixa para trás pessoas com doenças graves, independentemente da idade”, disse Graça Freitas, no balanço sobre o plano de vacinação contra a Covid-19, numa conferência de imprensa conjunta com a ministra da Saúde Marta Temido e o coordenador da task force de vacinação, Henrique Gouveia e Melo.

No âmbito das doenças graves, será dada prioridade a doentes oncológicos ativos (que estejam a fazer quimioterapia ou radioterapia), pessoas em situação de transplantação, pessoas com imunodepressão (por exemplo, com HIV mas não só), doenças neurológicas e epilepsia refratária, bem como doenças mentais como esquizofrenia.

Em sentido contrário, pessoas com obesidade (acima de 35% do índice de marca corporal) ou diabetes tipo II serão vacinados de acordo com a faixa etária. O mesmo acontece com pessoas que já tiveram Covid-19 e que recuperaram há mais de seis meses. Estes começaram agora a ser vacinados, também numa lógica de idade (dando prioridade aos mais velhos do que 60 anos), mas receberão apenas uma dose já que têm imunidade natural.

No que diz respeito à idade, Marta Temido prometeu que todas as pessoas com mais de 60 anos terão a vacina até ao final de maio. A aceleração do processo deve-se, segundo a ministra, à “maior disponibilidade de vacinas” que se segue a um período de “dificuldades” causadas por “problemas de escassez”. “O maior desafio agora é o da fluidez e da celeridade do processo de vacinação”, afirmou.

O país recebeu cerca de 2,9 milhões de doses (às quais acrescem ainda 31,5 mil doses da Jansen) e administrou 2,7 milhões. Assim, 20% da população tomou, pelo menos, uma dose e 7% recebeu as duas inoculações. Entre a população com mais de 80 anos, a percentagem é superior: 91% já tomou uma dose e 58% as duas doses. O próximo foco serão as pessoas na faixa etária entre os 70 e os 79 anos.

“O plano está a adaptar-se em função da realidade que está a acontecer no ambiente externo”, sublinhou Gouveia e Melo. O coordenador da task force explicou que com a quantidade de doses que está previsto chegarem em breve, o objetivo é vacinar 100 mil pessoas por dia ao longo dos próximos quatro meses. “Não será uma tarefa fácil”, admitiu, rejeitando ainda assim que haja falta de meios humanos para vacinar.

(Notícia atualizada às 12h10)

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