Cerveja ou marijuana grátis, vale tudo para vacinar a população nos EUA

  • Lusa
  • 30 Abril 2021

Muitos norte-americanos recusam ser vacinados. Foi necessário recorrer à criatividade e estimular o “apetite” da população.

Cerveja, marijuana e dónutes grátis e até um todo-o-terreno são alguns dos incentivos à vacinação contra o SARS-CoV-2 que se pode encontrar em várias cidades dos Estados Unidos da América (EUA).

Vale tudo para conseguir cumprir a campanha maciça de vacinação que a administração do democrata Joe Biden estabeleceu como prioridade do início do mandato.

De acordo com uma reportagem da Associated Press (AP), vale mesmo tudo, por exemplo, em Detroit (Michigan) as autoridades locais estão a oferecer 50 dólares (mais de 41 euros) a cada pessoa que dê boleia a outra até um dos centros de vacinação espalhados pela cidade.

E se os cidadãos não puderem ir até aos centros de vacinação, os centros de vacinação vão aos cidadãos, como é caso de Chicago (Illinois), onde há autocarros especificamente equipados para levar as vacinas aos diferentes bairros da cidade.

Estes esforços são cruciais para cumprir o objetivo: alcançar a imunidade de grupo o mais rápido possível nos Estados Unidos, um país com mais de 328 milhões de habitantes, de acordo com dados de 2019 recolhidos pelo Departamento de Censos dos EUA, Eurostat e Banco Mundial.

“Esta a maneira de ver a pandemia pelo retrovisor e prosseguir com as nossas vidas”, disse Steven Stack, médico e comissário de saúde pública do Kentucky.

Mas ainda há muitos norte-americanos que recusam ser vacinados, por muito que os fármacos sejam acessíveis. Por isso, foi necessário recorrer à criatividade e estimular o “apetite” da população.

Por isso, há várias cidades a oferecer cerveja, dónutes e até marijuana. Em troca só têm de estender o braço e ser vacinados. Ficam protegidos contra a sintomatologia grave provocada pela Covid-19 e vão para casa com um destes “prémios”. Há autarquias que vão mais longe e até oferecem automóveis, como, por exemplo, veículos todo-o-terreno.

Entretanto, o país começa a dar os primeiros passos rumo ao regresso à normalidade. O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) já anunciou que os cidadãos vacinados não precisam de utilizar máscaras em público, mas apenas se estiverem com um grupo pequeno de pessoas.

Os “cheques” para a população que administração Biden colocou em circulação para estimular a economia parecem estar a dar frutos. E à medida que o número de infeções e de óbitos desce em várias regiões do país, a vida vai sendo retomada.

A Disneyland, na Califórnia, por exemplo, vai reabrir na sexta-feira depois de ter encerrado há mais de um ano, enquanto em Indianápolis (Indiana) vai receber 135.000 espetadores para o Indy 500 no final de maio.

Contudo, o cenário não é animador em todo o país. No Oregon, por exemplo, o número de internamentos ainda é elevadíssimo, razão pela qual não é expectável um aligeiramento das restrições que estavam impostas.

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5 coisas que vão marcar o dia

PIB, inflação, emprego e atividade turística são os principais destaques num dia forte em dados económicos tanto relativos a Portugal como à Zona Euro.

O dia vai ser cheio ao nível de dados económicos: há atualização do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal e da Zona Euro, bem como inflação, desemprego e atividade turística. Chega ainda ao fim o prazo para as candidaturas ao programa Apoiar.

Impacto do segundo confinamento no PIB português

Com o inesperado segundo confinamento no arranque de 2021, a economia portuguesa interrompeu a recuperação e voltou a cair tanto face ao quarto trimestre de 2020 como em termos homólogos, indicam as previsões dos economistas. O número oficial será divulgado esta sexta-feira, às 9h30, na estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), mas os dados até ao momento sugerem uma surpresa pela positiva, nomeadamente nas exportações de bens.

Como compara o crescimento português com a Europa

Tal como Portugal, vários países vão divulgar dados do PIB esta manhã. Meia hora depois de ser conhecido o português, é a vez de o Eurostat divulgar as estimativas rápidas do crescimento económico da União Europeia e da Zona Euro no primeiro trimestre do ano, sendo que o consenso dos analistas aponta para uma expansão da economia da moeda única de 0,8% no trimestre, que comprara com uma contração de 0,7% no trimestre anterior. O Eurostat vai ainda divulgar dados do emprego e desemprego europeu em março.

Aceleração da inflação em abril

O Instituto Nacional de Estatísticas vai também divulgar esta sexta-feira as estimativas rápidas do índice de preços no consumidor em abril, numa altura em que decisores políticos e mercados têm acompanhado de perto o impacto da pandemia na inflação. Em março, a taxa de inflação anual aumentou para 1,3% na Zona Euro e 1,7% na União Europeia (UE), com Portugal a apresentar a segunda menor taxa (0,1%).

Desconfinamento faz-se sentir no turismo

A estimativa rápida da atividade turística em Portugal em março, apresentada pelo INE, irá permitir medir o pulso ao início do desconfinamento no turismo, um dos setores mais afetados pela pandemia. Os números de fevereiro mostraram que as unidades de alojamento registaram 208,2 mil hóspedes e 472,9 mil dormidas, menos 86,9% e 87,7%, respetivamente, face ao período homólogo. Por último, haverá ainda dados dos óbitos por semana em Portugal e dos índices de produção industrial em março.

Fim do prazo para o programa Apoiar

Termina esta sexta-feira o prazo para as candidaturas ao programa Apoiar. O programa abrange novos setores e prevê um aumento em 50% dos limites máximos de apoio para empresas com quebra de faturação superior a 50%.

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Amazon mais do que triplica lucros com a pandemia

  • Lusa
  • 30 Abril 2021

Amazon é uma das empresas que mais lucraram no ano da pandemia do novo coronavirus, graças ao acentuado crescimento do comércio eletrónico.

O conglomerado do comércio eletrónico Amazon anunciou um lucro no primeiro trimestre de 8,1 mil milhões de dólares (6,7 mil milhões de euros), mais do triplo apresentado há um ano, graças à expansão das compras ‘online’ durante a pandemia.

O grupo dirigido por Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes, faturou 108,5 mil milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano, que comparam com os 75,5 mil milhões homólogos.

Estes valores superaram as expectativas dos analistas e o título valorizava 3% nas trocas eletrónicas, realizadas depois do fecho da bolsa de Nova Iorque.

A Amazon é uma das empresas que mais lucraram no ano da pandemia do novo coronavirus, graças ao acentuado crescimento do comércio eletrónico, resultante das restrições à mobilidade e ao encerramento ou redução da capacidade e de horários dos estabelecimentos físicos.

Mercearias e produtos de limpeza foram alguns dos produtos que as pessoas passaram a obter através da plataforma de comércio eletrónico, cuja oferta aliás apresenta um crescimento regular.

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Governo passa a fazer avaliação semanal e pede estudo para novo desconfinamento

O Governo vai passar a avaliar a situação epidemiológica em cada concelho semanalmente. Além disso, pediu um novo estudo para que se prepare a próxima fase de desconfinamento.

Ao contrário do que acontecia atualmente, em que a avaliação do estado da pandemia era feita de quinze em quinze dias (quando o estado de emergência era renovado), o Governo vai passar a fazer uma avaliação epidemiológica semanalmente de forma a atuar mais cedo e prevenir eventuais problemas locais.

Haverá ainda uma avaliação intercalar semanal para averiguar se os concelhos cuja situação epidemiológica melhore podem avançar no desconfinamento“, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros desta quinta-feira.

Na conferência de imprensa, António Costa explicou que assim os concelhos, que melhorarem rapidamente, desconfinam apenas com uma semana de atraso. Poderá ser esse o caso, por um lado, dos sete concelhos e duas freguesias de Odemira que não avançam para a última fase de desconfinamento e, por outro lado, dos 27 concelhos que estão em risco de recuar na próxima semana.

O primeiro-ministro abordou também a questão dos concelhos de baixa densidade e que têm flutuações de população, explicando que o Executivo passará a fazer uma avaliação “qualitativa” de cada caso, referindo o exemplo de Odemira em que apenas duas freguesias do concelho vão ter medidas mais restritivas em vez de todo o concelho uma vez que o problema era “hiper concentrado” e não generalizado.

Além disso, o chefe de Governo anunciou que solicitou um novo estudo à equipa da professora Raquel Duarte e do professor Óscar Felgueiras, cujo trabalho esteve na base do plano de desconfinamento cuja última fase começará este sábado, 1 de maio. O objetivo é começar a pensar no período do verão, após o final de maio, altura em que toda a população com mais de 60 anos já deve ter recebido pelo menos uma dose da vacina, o que “cria uma nova realidade”, nas palavras de Costa.

Os dois especialistas ficam agora encarregues de preparar um “conjunto de regras a vigorar no país a partir do momento que toda a população com mais de 60 anos esteja vacinada, o que esperamos que aconteça no final de maio“, disse António Costa, assinalando que 96% das mortes por Covid-19 ocorreram nessa faixa etária. A expectativa do Governo é que as regras possam ser “readaptadas à nova situação de risco” e, ao mesmo tempo, que tenham em conta as fases do plano de vacinação.

Porém, a ideia não é voltar ao “normal” pré-pandemia. Questionado sobre a utilização de máscara na rua, António Costa disse que é provável que essa obrigatoriedade se mantenha “pelo menos” até que se atinja a imunidade de grupo, o que está previsto para o final do verão. A decisão caberá ao Parlamento que, até ao momento, tem prolongado essa obrigação. “Diria que, se tivéssemos que fazer uma aposta, há 99,99999% de probabilidade de que a obrigatoriedade do uso de máscara se prolongue até atingirmos o grau de imunidade de grupo, no verão“, disse António Costa.

Caso haja uma inversão na trajetória da pandemia em Portugal, António Costa não hesitou em dizer que pedirá a reativação do estado de emergência ao Presidente da República para que seja possível impor medidas mais drásticas de caráter nacional, apesar de ter a expectativa de que tal não vá ser necessário. Para já, o primeiro-ministro disse que a Lei de Bases de Proteção Civil e a Lei de Bases de Saúde Pública dão o enquadramento jurídico necessário para a adoção das medidas anunciadas esta quinta-feira. “Nunca foram suscitadas dúvidas sobre a sua constitucionalidade”, notou.

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Em que fase do desconfinamento está o seu concelho? Veja aqui a lista

Portugal continental está dividido em fases distintas de desconfinamento. A maioria do país avança para a última fase de desconfinamento que se inicia na próxima segunda-feira.

São oito os concelhos que ainda não chegam à última fase de desconfinamento. Dois recuaram passando a ter regras mais apertadas para tentar travar a evolução da pandemia e seis continuam na mesma fase.

O primeiro-ministro anunciou, esta quinta-feira, à semelhança do que foi feito há duas semanas, quais os concelhos que não avançam para a próxima fase de desconfinamento e aqueles que recuam uma fase.

A última fase de desconfinamento começa na próxima segunda-feira e, além de tudo o que foi reaberto previamente, os restaurantes, cafés e pastelarias podem ter seis pessoas por mesa no interior e dez em esplanadas, os grandes eventos poderão realizar-se consoante orientações da Direção-Geral da Saúde e os espaços de casamentos e batizados aumentam a sua lotação para 50%.

Além dos concelhos que, há duas semanas, estagnaram ou andaram para trás no desconfinamento, António Costa tinha avisado 13 concelhos que estavam “pela primeira vez com taxa de incidência superior a 120 casos”, ou seja, que tinham de ter “particular atenção sobre forma como controlam pandemia”. Eram eles: Aljezur, Almeirim, Barrancos, Mêda, Miranda do Corvo, Miranda do Douro, Olhão, Paredes, Penalva do, Castelo, Resende, Valongo, Vila Franca de Xira, Vila Nova de Famalicão. Destes, três permaneceram na terceira fase e dois recuaram.

Posto isto, Portugal continental encontra-se dividido em quatro fases distintas de desconfinamento. Saiba em que fase está o seu concelho:

Concelhos na 1ª fase:

Portimão
Odemira (com cercas sanitárias em duas freguesias)

Concelhos na 2ª fase:

Aljezur
Resende
Carregal do Sal

Concelhos na 3ª fase:

Miranda do Douro
Paredes
Valongo

Concelhos que avançam para a última fase:

Abrantes
Águeda
Aguiar da Beira
Alandroal
Albergaria-a-Velha
Albufeira
Alcácer do Sal
Alcanena
Alcobaça
Alcochete
Alcoutim
Alenquer
Alfândega da Fé
Alijó
Aljustrel
Almada
Almeida
Almeirim
Almodôvar
Alpiarça
Alter do Chão
Alvaiázere
Alvito
Amadora
Amarante
Amares
Anadia
Ansião
Arcos de Valdevez
Arganil
Armamar
Arouca
Arraiolos
Arronches
Arruda dos Vinhos
Aveiro
Avis
Azambuja
Baião
Barcelos
Barrancos
Barreiro
Batalha
Beja
Belmonte
Benavente
Bombarral
Borba
Boticas
Braga
Bragança
Cabeceiras de Basto
Cadaval
Caldas da Rainha
Caminha
Campo Maior
Cantanhede
Carrazeda de Ansiães
Cartaxo
Cascais
Castanheira de Pêra
Castelo Branco
Castelo de Paiva
Castelo de Vide
Castro Daire
Castro Marim
Castro Verde
Celorico da Beira
Celorico de Basto
Chamusca
Chaves
Cinfães
Coimbra
Condeixa-a-Nova
Constância
Coruche
Covilhã
Crato
Cuba
Elvas
Entroncamento
Espinho
Esposende
Estarreja
Estremoz
Évora
Fafe
Faro
Felgueiras
Ferreira do Alentejo
Ferreira do Zêzere
Figueira da Foz
Figueira de Castelo Rodrigo
Figueiró dos Vinhos
Fornos de Algodres
Freixo de Espada à Cinta
Fronteira
Fundão
Gavião
Góis
Golegã
Gondomar
Gouveia
Grândola
Guarda
Guimarães
Horta
Idanha-a-Nova
Ílhavo
Lagoa
Lagos
Lamego
Leiria
Lisboa
Loulé
Loures
Lourinhã
Lousã
Lousada
Mação
Macedo de Cavaleiros
Mafra
Maia
Mangualde
Manteigas
Marco de Canaveses
Marinha Grande
Marvão
Matosinhos
Mealhada
Mêda
Melgaço
Mértola
Mesão Frio
Mira
Miranda do Corvo
Mirandela
Mogadouro
Moimenta da Beira
Moita
Monção
Monchique
Mondim de Basto
Monforte
Montalegre
Montemor-o-Novo
Montemor-o-Velho
Montijo
Mora
Mortágua
Moura
Mourão
Murça
Murtosa
Nazaré
Nelas
Nisa
Óbidos
Odivelas
Oeiras
Oleiros
Olhão
Oliveira de Azeméis
Oliveira de Frades
Oliveira do Bairro
Oliveira do Hospital
Ourém
Ourique
Ovar
Paços de Ferreira
Palmela
Pampilhosa da Serra
Paredes de Coura
Pedrógão Grande
Penacova
Penafiel
Penalva do Castelo
Penamacor
Penedono
Penela
Peniche
Peso da Régua
Pinhel
Pombal
Ponte da Barca
Ponte de Lima
Ponte de Sor
Portalegre
Portel
Porto
Porto de Mós
Póvoa de Lanhoso
Póvoa de Varzim
Proença-a-Nova
Redondo
Reguengos de Monsaraz
Ribeira de Pena
Rio Maior
Sabrosa
Sabugal
Salvaterra de Magos
Santa Comba Dão
Santa Maria da Feira
Santa Marta de Penaguião
Santarém
Santiago do Cacém
Santo Tirso
São Brás de Alportel
São João da Madeira
São João da Pesqueira
São Pedro do Sul
Sardoal
Sátão
Seia
Seixal
Sernancelhe
Serpa
Sertã
Sesimbra
Setúbal
Sever do Vouga
Silves
Sines
Sintra
Sobral de Monte Agraço
Soure
Sousel
Tábua
Tabuaço
Tarouca
Tavira
Terras de Bouro
Tomar
Tondela
Torre de Moncorvo
Torres Novas
Torres Vedras
Trancoso
Trofa
Vagos
Vale de Cambra
Valença
Valpaços
Vendas Novas
Viana do Alentejo
Viana do Castelo
Vidigueira
Vieira do Minho
Vila de Rei
Vila do Bispo
Vila do Conde
Vila Flor
Vila Franca de Xira
Vila Nova da Barquinha
Vila Nova de Cerveira
Vila Nova de Famalicão
Vila Nova de Foz Côa
Vila Nova de Gaia
Vila Nova de Paiva
Vila Nova de Poiares
Vila Pouca de Aguiar
Vila Real
Vila Real de Santo António
Vila Velha de Ródão
Vila Verde
Vila Viçosa
Vimioso
Vinhais
Viseu
Vizela
Vouzela

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PIB vai cair no arranque de 2021, mas exportações são uma “pequena surpresa positiva”

Os economistas não têm dúvidas de que o PIB caiu no 1.º trimestre por causa do segundo confinamento, mas o número poderá ser melhor do que o esperado. As exportações de bens foram surpresa positiva.

Com o inesperado segundo confinamento no arranque de 2021, a economia portuguesa interrompeu a recuperação e voltou a cair tanto face ao quarto trimestre de 2020 como em termos homólogos, indicam as previsões dos economistas. O número oficial só será divulgado esta sexta-feira na estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), mas os dados até ao momento sugerem uma surpresa pela positiva, nomeadamente nas exportações de bens.

A nossa melhor estimativa é de uma contração em cadeia de 5% no primeiro trimestre” e de 7% em termos homólogos, diz João Borges de Assunção, da Católica, ao ECO, ressalvando que “a incerteza desta estimativa é elevada devido à mudança de regime observada desde o primeiro trimestre do ano passado com o início dos confinamentos e que afetam de um modo diferente as várias séries que seguimos e em diferentes horizontes temporais”. Pela primeira vez desde o início da pandemia, um trimestre de PIB já vai comparar, em termos homólogos, com outro trimestre afetado, o primeiro trimestre de 2020 em que o PIB caiu 2,3%.

Porém, apesar de manter a previsão divulgada há duas semanas, o economista admite que os dados do comércio internacional de bens do primeiro trimestre foram “uma pequena surpresa positiva e sugerem uma melhoria no comportamento da procura externa líquida“. As exportações de bens cresceram 6% entre janeiro e março deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, ao passo que as importações caíram 5,7%.

António Ascensão da Costa, do ISEG, também não muda as previsões divulgadas no início deste mês. “Mantêm-se as perspetivas e a previsão avançada”, responde o economista ao ECO, assinalando que “a informação entretanto disponível para março foi no sentido do que se estava à espera“. O ISEG prevê uma contração em cadeia de 2,5% a 3,5% e de 4,6% a 5,6% em termos homólogos. Certo é que o impacto do segundo confinamento ficará bem aquém da queda de 13,9% (em cadeia) registada no segundo trimestre do ano passado, período do primeiro confinamento.

Mais otimista está o BCP que prevê uma queda em cadeia de 2% e de 4,1% em termos homólogos. Numa nota de conjuntura divulgada esta semana, os economistas do banco explicam que “em termos trimestrais, a contração da economia portuguesa deverá refletir uma queda da procura doméstica, sobretudo no que concerne ao consumo de serviços, penalizado pela reintrodução de medidas restritivas para conter o forte agravamento da pandemia no início do ano”.

“Por sua vez, o investimento deverá revelar alguma resiliência, beneficiando do desempenho favorável do setor da construção“, antecipam, confirmando também que esperam um contributo positivo da procura externa líquida dado o desempenho das exportações de bens, graças ao “dinamismo da indústria a nível global”, e apesar das exportações de serviços (turismo) continuarem muito afetadas pela pandemia.

A previsão do Fórum para a Competitividade está alinhada com a do BCP ao fixar o intervalo entre 1% a 3% para a quebra em cadeia e entre 3,5% a 5,5% para a variação homóloga. Também a Comissão Europeia previa para Portugal em fevereiro uma queda de 2,1% em cadeia no primeiro trimestre, o que seria a maior entre os 27 Estados-membros. Contudo, esta comparação já não deverá ser válida dado que também outros países confinaram novamente neste início de 2021.

OCDE prevê queda do PIB português inferior a 1%

Mais otimista ainda do que o BCP e o Fórum está o tracker da OCDE que mede a atividade económica com base nas pesquisas no Google feitas em cada país, detetando o sentimento dos consumidores a cada momento. Os dados do primeiro trimestre deste ano relativos a Portugal apontam para uma queda do PIB em cadeia ligeiramente abaixo de 1% (0,95%). Entre os países europeus, a Eslováquia, a Irlanda e a Alemanha deverão registar quedas maiores.

Com esta nova queda do PIB, dependendo do número final, a atividade da economia portuguesa ainda ficará a cerca de 90% do nível registado no quarto trimestre de 2019, o último período “normal” antes da pandemia, de acordo com os cálculos do NECEP. O Governo espera que se concretize um crescimento anual de 4% em 2021 e de 4,9% em 2022, recuperando o nível pré-crise durante o próximo ano.

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Empresas PME Excelência aumentaram 40% em 2020

O ano passado, foram distinguidas 2.865 empresas com o prémio PME Excelência. O ECO conversou com algumas, conheça as suas histórias e a importância deste selo.

O número de empresas PME Excelência tem vindo a aumentar de forma exponencial nos últimos onze anos. Em 2009, foram distinguidas 376 empresas, enquanto o ano passado, 2.865 conquistaram este estatuto, de acordo com os dados da Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI). Na sua maioria são pequenas empresas e com atividade no comércio.

Entre as 2.865 empresas que conquistaram o Prémio PME Excelência, 601 são de média dimensão, 2.084 são pequenas empresas e 180 são microempresas, num reflexo do tecido empresarial nacional.

Em conjunto, as PME Excelência são responsáveis por 92.657 postos de trabalho e por um volume de negócios superior a 11 mil milhões de euros. A maioria das PME Excelência que se destacaram pelos melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão, desenvolvem a sua atividade nos setores do comércio (28%), indústria (23,4%) e turismo (17,9%).

Fonte: IAPMEI

A Argacol, empresa de tintas e vernizes, localizada em Vila Nova de Famalicão, foi uma das PME distinguidas e já não é a primeira vez que conquista este galardão. O administrador conta ao ECO que já foram distinguidos com o prémio PME Excelência quatro ou cinco vezes. André Viera de Castro explica que, outrora, este galardão “facilitava o financiamento e ter este tipo de distinção era um ranking automático para crédito”, mas agora é “mais uma distinção social indutora de mérito”.

A empresa fundada em 1980, que emprega mais de 50 pessoas, viu o seu volume de negócios crescer cerca de 40% em ano de pandemia, tendo em conta que o mercado da construção apresentou uma forte procura. Os portugueses aproveitarem a crise da Covid-19 para se dedicarem à bricolage num esforço de tornar as casas mais confortáveis, onde tiveram de permanecer mais tempo devido às regras de confinamento.

A nível geográfico, com maior proeminência dos territórios litorais e do Norte do país, as regiões de maior densidade empresarial alcançam o maior número de empresas distinguidas. Em 2020, o Porto (601) ultrapassou Lisboa (576) como o distrito com mais PME Excelência, seguido de Braga (283) e Aveiro (282).

Fonte: IAPMEI

O Restaurante Oxalá, em Ovar, voltou a ser distinguido. Há oito anos consecutivos são PME Líder e PME Excelência é o quinto ano seguido. Para o sócio-gerente José Rebelo “o mais importante é o foco no trabalho”, mas admite que esta nomeação “dá mais credibilidade à empresa a nível de fornecedores e da banca”. O restaurante emprega 28 pessoas e está prestes a completar 30 anos de história, sendo uma referência dentro da restauração.

Também o concessionário automóvel Lércio Pinto, fundado há 33 anos em Santa Maria da Feira, é um repetente nestas distinções. Nem a queda abrupta que setor dos automóveis sofreu em tempos de pandemia, impediu Lércio Pinto de conquistar novamente o prémio PME Excelência, um galardão que já estão “habituados” a ganhar e tem sido recorrente ao longo dos anos. Para o proprietário esta distinção é um “orgulho” e acaba por dar “prestígio à empresa”. Lércio Pinto emprega 47 pessoas e tem um volume de negócios de 14 milhões de euros. Face ao cenário pandémico a faturação sofreu uma quebra de 27%.

É um reconhecimento do nosso trabalho. Para além de ser um reconhecimento, abre portas para outras oportunidades como a facilidade de chegar a outros mercados.

Ricardo Godinho

Administrador da Ritred

A Quinta da Lixa, localizada no concelho de Felgueiras, é outra das 2.865 empresas que conquistou o prémio de PME Excelência. O administrador conta que é com “bastante satisfação” que recebem este prémio. Esta nomeação é o “complemento do esforço que a empresa faz para atingir estes objetivos do prémio PME Excelência”, frisa Óscar Meireles, que é também representante dos comerciantes e engarrafadores de Vinhos Verdes.

Com este prémio as empresas acabam por ter “outro poder em termos negociais com o banco” e acabam por ficar mais “confortáveis na negociação”, reconhece o responsável, que já tinha sido distinguido com este galardão em 2018.

As exportações de vinhos portugueses crescem 3% no arranque de 2021, mesmo em cenário de pandemia, a Quinta da Lixa aumentou o volume de negócios em cerca de 11% e vendeu sete milhões de garrafas de vinho. Exporta para 33 países, principalmente EUA, Alemanha, Japão, Rússia e Brasil, e quer continuar a investir no futuro e um dos planos é alargar a área de vinha e futuramente qualificar o parque industrial.

No distrito de Lisboa, o ECO falou com a Ritred, uma empresa de tecnologias de informação e comunicação que recebe pela primeira vez a distinção de Excelência. “É um reconhecimento do nosso trabalho e abre portas para outras oportunidades como a facilidade de chegar a outros mercados”, destaca o administrador Ricardo Godinho. A Ritred nasceu em 2016, emprega 110 colaboradores, e mesmo em tempos de Covid-19 conseguiu terminar o ano com um volume de negócios semelhante a tempos pré pandemia. “A empresa tem vindo a crescer e a nossa expectativa é que cresça ainda mais”, explica Ricardo Godinho.

Esta nomeação de PME Excelência dá mais credibilidade à empresa a nível de fornecedores e da banca.

José Rebelo

Sócio-gerente do Restaurante Oxalá

Todos os anos o IAPMEI atribui o selo de excelência a várias empresas. Esta iniciativa foi criada com o objetivo de reconhecer as PME nacionais, que se evidenciam pela qualidade dos seus desempenhos económico-financeiros e se mostram capazes de atingir altos padrões competitivos.

De acordo com Francisco Sá, presidente do IAPMEI, “sem prejuízo do contributo das políticas públicas, os protagonistas centrais do processo de recuperação e relançamento da atividade serão sempre os empresários, com a sua visão, a sua ambição, a sua orientação para os mercados e seus desafios, a sua capacidade de criar riqueza, de adaptação e de reinventar modelos de negócio”.

Critérios de seleção das PME Excelência 2020

As PME Excelência são selecionadas pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal, com base no universo das PME Líder à data de 15 de outubro de 2020, devendo as empresas cumprir, cumulativamente, os seguintes critérios:

  • Autonomia Financeira (Capitais Próprios/Ativo) >=37,5%
  • Rendibilidade Líquida do Capital Próprio (R/CPr) >=12,5%
  • Dívida Financeira Líquida/EBITDA (NetDebt/EBITDA) ≤ 2,5
  • EBITDA/Ativo >=10%
  • EBITDA/Volume de Negócios >=7,5%
  • Crescimento do Volume de Negócios (de 2018 para 2019) > 0
  • Notação de risco atribuída pelas Sociedades de Garantia Mútua ≤ 5

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Teletrabalho é obrigatório em todo o país até 16 de maio

O país vai continuar a desconfinar, mas o teletrabalho vai manter-se de adoção obrigatória em todos os concelhos do território nacional até 16 de maio, adiantou ao ECO fonte do Ministério do Trabalho.

Ainda que o país se prepare para prosseguir no desconfinamento, o teletrabalho é para manter. Ao ECO, fonte do Ministério do Trabalho adiantou que o Executivo de António Costa aprovou, esta quinta-feira, uma Resolução de Conselho de Ministros que define que a modalidade remota continuará a ser obrigatória em todos os concelhos do território continental, até ao dia 16 de maio. Isto sempre que as funções sejam compatíveis e o trabalhador tenha condições para tal, mesmo que não haja acordo entre as partes.

Desde meados de janeiro que, ao abrigo do estado de emergência, o teletrabalho tem sido de adoção obrigatória em todo o país. Portugal sairá, contudo, desse estado de exceção, passando a estado de calamidade a 1 de maio. Deste modo, deixarão de se aplicar as regras dos últimos meses e passará a produzir efeitos em pleno o decreto-lei que o Governo prorrogou até 31 de dezembro de 2021, que prevê que o teletrabalho é obrigatório, nas empresas com “estabelecimentos nas áreas territoriais em que a situação epidemiológica o justifique, definidas pelo Governo mediante resolução do Conselho de Ministros”.

A expectativa era, portanto, que a partir de agora a modalidade remota se aplicasse apenas nos concelhos de maior risco, deixando de se impor essa obrigatoriedade em todo o território continental. Mas não é isso que irá acontecer.

Em declarações aos jornalistas, à saída da reunião de Conselho de Ministros, António Costa anunciou: “A obrigatoriedade do teletrabalho mantém-se até ao final do ano. Era uma decisão que já estava tomada e que se mantém”. Ou seja, o chefe do Executivo remeteu para o referido decreto-lei que foi prorrogado até ao final do ano, mas não esclareceu se haveria ou não diferenciação por concelhos da obrigação do teletrabalho.

Entretanto, fonte do Ministério do Trabalho explicou ao ECO que foi aprovada, esta quinta-feira, uma Resolução do Conselho de Ministros que “define que o teletrabalho se mantém obrigatório em todos os concelhos do território continental até ao dia 16 de maio“. O gabinete de Ana Mendes Godinho não deu, contudo, qualquer sinal sobre o que acontecerá depois dessa data.

É importante notar que as regras do teletrabalho previstas no decreto-lei que agora começar a produzir efeitos são mais flexíveis do que aquelas que se têm aplicado nos últimos meses.

No quadro do estado de emergência, a adoção do teletrabalho tem sido obrigatória, independentemente do vínculo laboral, sempre que seja compatível com a atividade e que o trabalhador disponha de condições para a exercer, sem necessidade de acordo entre as partes.

Já no âmbito do referido diploma, o teletrabalho é obrigatório nessas mesmas condições, mas admite-se a possibilidade de tanto o empregador como o trabalhador o recusarem.

O empregador poderá comunicar tal decisão ao trabalhador, se julgar não estarem reunidas as condições para adotar o teletrabalho, mas terá de o fazer de forma fundamentada — demonstrando que as funções não são compatíveis com a modalidade remota ou a falta de condições técnicas adequadas para tal — e por escrito.

Neste caso, o trabalhador poderá, nos três dias úteis seguintes, pedir à Autoridade para as Condições do Trabalho a verificação dos requisitos para a adoção do teletrabalho e dos factos invocados pelo empregador. Os inspetores emitirão, assim, uma decisão, no prazo de cinco dias úteis, que terá de ser respeitada pela empresa.

Por outro lado, o trabalhador que “não disponha de condições para exercer as funções em regime de teletrabalho, nomeadamente condições técnicas ou habitacionais adequadas”, poderá recusar ir para teletrabalho, informando o empregador, por escrito, dos motivos do seu impedimento.

A prorrogação do teletrabalho até ao final do ano tem gerado múltiplos críticas, da esquerda à direita. Na Assembleia da República, PSD, PCP, CDS e Iniciativa Liberal pediram a apreciação deste diploma, tendo colocado, contudo, em cima da mesa diferentes soluções para a matéria. Por exemplo, os social-democratas não rejeitam o prolongamento desta obrigação, querem é que dependa de uma avaliação da situação pandémica. Já os comunistas admitem pedir mesmo a revogação de decreto-lei.

Entretanto, em reação, o Governo mostrou abertura para mudar o diploma. Ao Expresso, o secretário de Estado do Trabalho afirmou que “o Governo tem flexibilidade” e salientou: “Não temos uma opção fechada.”

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Groundforce quer levantar excedente de 3 milhões do fundo de pensões para pagar subsídios de férias

  • Lusa
  • 29 Abril 2021

O objetivo é levantar esse excedente, com o acordo da Comissão de Trabalhadores e sindicato, para pagar os subsídios de férias em final de junho.

O Conselho de Administração (CA) da Groundforce quer levantar um excedente de três milhões de euros do fundo de pensões da empresa para pagar subsídios de férias no final de junho, disse à Lusa fonte oficial do grupo.

Em resposta à Lusa, fonte oficial da empresa de ‘handling’ disse que tem “um excedente de três milhões de euros no fundo de pensões da Groundforce”.

“É nosso objetivo levantar esse excedente em conjunto com a Comissão de Trabalhadores e dos sindicatos de forma a podermos pagar os subsídios de férias em final de junho”, referiu a mesma fonte.

“Se vier a existir oposição, não vai haver possibilidade de pagar os referidos subsídios de férias. Tal só poderá ser possível num acordo conjunto entre a Groundforce, Comissão de Trabalhadores e sindicatos”, garantiu.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP) disse esta quinta-feira que o CA da Groundforce realizou uma reunião com alguns sindicatos com o objetivo de vir a usar o fundo de pensões para pagar salários.

Num comunicado, o STTAMP informou “que teve lugar na tarde de hoje uma reunião de urgência promovida pelo Conselho de Administração da Groundforce a alguns dos sindicatos representativos dos trabalhadores da empresa com o objetivo único de a empresa obter por parte do sindicatos o quórum necessário à utilização das verbas do Fundo de Pensões dos Trabalhadores da Groundforce, com vista a utilizar esse dinheiro para pagamento dos salários aos trabalhadores”.

O sindicato referiu ainda que “não recebeu qualquer convocatória para estar presente na referida reunião”, lamentando que “possa ser utilizada esta opção” uma vez “que os montantes depositados nesse Fundo pertencem aos trabalhadores e estaríamos perante uma situação de serem os trabalhadores a pagar os seus próprios salários”.

De acordo com a mesma nota, “face a esta lamentável situação o STTAMP encontra-se neste momento a avaliar, do ponto de vista jurídico, as hipóteses de avançar com uma providência cautelar rejeitando completamente o recurso a esta medida”.

Neste momento “os trabalhadores da empresa são credores de diversos montantes devidos pela falta de pagamento de subsídios de férias, anuidades vencidas, evoluções de carreiras e Prémio de Distribuição de Lucros relativos ao ano de 2019″, recordou o sindicato.

A TAP rejeitou esta quinta-feira a anulação dos contratos com a Groundforce, realçando que continuam “válidos e eficazes”, bem como as obrigações da empresa de ‘handling’ de pagar a primeira prestação que vence na sexta-feira.

Na quarta-feira, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da Groundforce, Alfredo Casimiro, anunciou a decisão de avançar com a anulação do acordo com a TAP que comprou em março ativos da empresa, por cerca de sete milhões de euros, alegando que punha em causa a sua sobrevivência e dos 2.400 trabalhadores.

Em comunicado, o Conselho de Administração da TAP manifestou “a sua surpresa e estupefação com o comunicado emitido pela Groundforce”, sublinhando que “os contratos […] são válidos e eficazes e a decisão de os considerar nulos emitida por uma das partes não tem força legal”.

“Continuam plenamente em vigor as obrigações da Groundforce para com a TAP ao abrigo dos mencionados contratos, nomeadamente o pagamento da primeira prestação de aluguer devida, que se vence amanhã, sexta-feira, dia 30 de abril de 2021”, lê-se no comunicado da TAP.

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Governo cria empresa pública para o Hospital de Vila Franca de Xira

  • ECO
  • 29 Abril 2021

Contrato de parceria público-privada com a CUF termina a 31 de maio e o Hospital de Vila Franca de Xira vai passar para modelo de entidade pública empresarial no dia a seguir.

A gestão do Hospital de Vila Franca de Xira vai passar para a esfera pública no dia 1 de junho, com o fim da parceria público-privada com a CUF. O Governo aprovou esta quinta-feira o decreto-lei que cria a entidade pública empresarial (EPE) do hospital.

“Perante a iminência da reversão da gestão clínica para a esfera pública, o hospital fica responsável por desenvolver todas as tarefas necessárias à transição da gestão da esfera privada para a esfera pública e assegurar, a partir do dia 1 de junho de 2021, a gestão pública do estabelecimento hospitalar”, de acordo com o comunicado do conselho de ministros.

O Governo assegura que assim que “a assistência à população que o Hospital de Vila Franca de Xira serve não é afetada” com a passagem da gestão do privado para o setor público.

A alteração estava já prevista desde uma resolução do Conselho de Ministros em 13 de fevereiro de 2020, que então mandatou “a área governativa da Saúde para a elaboração do enquadramento jurídico relativo à internalização” daquela unidade hospitalar, ou seja, a passagem para a esfera pública.

No entanto, ficou também definido que a passagem do hospital de Vila Franca de Xira para a esfera pública só iria acontecer no final do contrato de parceria público-privada em vigor.

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Constâncio lamenta que mais-valias com bitcoin não sejam taxadas

Antigo vice-presidente do BCE não antevê fim da bitcoin, mas diz que nunca irá existir como moeda. “É um ativo especulativo”, disse Vítor Constâncio.

Vítor Constâncio lamentou que em Portugal não se apliquem impostos sobre mais-valias com transações de bitcoin, isto apesar de considerar que a mais popular das criptomoedas – que veio para ficar — nunca vai substituir a moeda do banco central. É antes um ativo especulativo, como o ouro.

“A bitcoin não vai desaparecer, mas não pode existir como moeda na sua plenitude, nem exercer as funções de uma moeda na nossa sociedade”, disse o antigo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) no webinar “Criptomoedas: investir, usar ou esquecer?”, organizado pela Alumni Económicas.

Para Constâncio, a bitcoin nunca vai desempenhar a função de moeda pois “o essencial da moeda é a sua função como unidade de conta estável”. E nenhuma empresa poderia preparar orçamentos e planos financeiros numa unidade de conta tão instável, explicou.

Em poucos meses, a bitcoin disparou dos 10.000 dólares para cima dos 40 mil dólares. Estas flutuações também “prejudicam função da bitcoin como meio de pagamento”, acrescentou o antigo governador do Banco de Portugal. Não são uma novidade as suas posições críticas em relação à criptomoeda.

Constâncio comparou a bitcoin ao ouro: são ambos ativos especulativos pois não gerem fluxo de rendimento ao longo do tempo e o valor de mercado depende da crença ou expectativas de compradores e vendedores sobe o seu preço futuro. Quem compra bitcoin ou ouro acredita que poderá vendê-lo no futuro a um preço superior, explicou o antigo governador do Banco de Portugal.

Segundo Constâncio, ainda que a tendência seja de desaparecimento da moeda física (notas e moedas) do dia-a-dia das pessoas, o sistema vai progressivamente ser substituído pelas moedas digitais que serão “emitidas” pelos bancos centrais.

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Facebook atira S&P 500 para máximos de sempre

Wall Street terminou o dia com o S&P 500 a bater recordes. As ações do Facebook dispararam mais de 7% depois de a rede social ter anunciado uma subida de 50% das receitas no primeiro trimestre.

O S&P 500 fechou a sessão desta quinta-feira em máximos de sempre, impulsionado pelos ganhos do Facebook na sequência dos resultados trimestrais positivos, enquanto esperaram pelas contas da Amazon.

O índice de referência mundial avançou 0,68% para 4.211,47 pontos, tendo sido acompanhado pelos outros dois importantes índices de Wall Street: o tecnológico Nasdaq ganhou 0,22% e o Dow Jones subiu 0,71%.

O Facebook disparou 7,3% para máximos de sempre, depois de ter apresentado receitas de 26,17 mil milhões de dólares no primeiro trimestre do ano, uma subida de 48% face ao mesmo período do ano passado.

A Amazon aproveitou a boleia e subiu cerca de 0,3% antes de prestar contas ao mercado. Os investidores aguardam por pistas da gigante do comércio online sobre qual será o seu desempenho numa altura em que as pessoas começam a sair de casa após as medidas de confinamento.

Já Apple viu as ações a caírem 0,10% para 132,48 dólares, isto apesar de as vendas terem atingido os 89,6 mil milhões de dólares, acima as estimativas de 77,4 mil milhões.

Das 265 companhias do S&P 500 que já apresentaram resultados, 87% superaram as estimativas os analistas.

As notícias no plano macroeconómico também foram positivas: a economia americana acelerou no primeiro trimestre, impulsionada pelos apoios do Governo às famílias e empresas. Isto enquanto baixou o número de pedidos de subsídio de desemprego na última semana para 553 mil pedidos, contra os 566 mil pedidos da semana anterior.

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