Operadoras impedidas de cortar serviços até ao fim do semestre

Entrou em vigor a 1 de janeiro a lei que impede as operadoras de cortarem o serviço aos consumidores mais desprotegidos até ao final do semestre. São também permitidas rescisões unilaterais.

As operadoras de telecomunicações estão novamente impedidas de suspenderem o serviço aos clientes que estejam em falta no pagamento das faturas. A medida entrou novamente em vigor a 1 de janeiro e manter-se-á durante todo o semestre, visando proteger os consumidores em situação de desemprego, com quebras de rendimentos do agregado familiar igual ou superior a 20% ou que estejam infetados com Covid-19.

Esta é uma das medidas aprovadas pela Assembleia da República para proteger os consumidores portugueses e que abrange outros serviços essenciais, como, por exemplo, a eletricidade. No caso concreto das comunicações eletrónicas, a Anacom divulgou uma nota esta quinta-feira, na qual recorda que foram alargadas as medidas de “proibição de suspensão de serviços” pelas operadoras de telecomunicações e a possibilidade de cancelamento unilateral de contratos sem penalização.

Que medidas estão em vigor?

  • Proibição de corte de serviço. Desde logo, a Anacom recorda que “durante o primeiro semestre de 2021 não é permitida a suspensão do fornecimento de serviços de comunicações eletrónicas por falta de pagamento, quando esta for motivada por situações de desemprego, quebra de rendimento do agregado familiar igual ou superior a 20% ou por infeção pela doença Covid-19”.
  • Possibilidade de rescisão unilateral. A Anacom indica também que, neste período, os consumidores que preencham estas condições podem ainda “pedir o cancelamento dos seus contratos de comunicações eletrónicas, sem que haja lugar a compensação ao operador, ainda que esteja a decorrer o período de fidelização”.
  • “Equidade” na regularização de dívidas. “No caso de existirem valores em dívida relativos a serviços de comunicações, o operador e o cliente devem definir, por acordo e em tempo razoável, um plano de pagamento adequado aos rendimentos atuais do consumidor”, explica a Anacom.
  • Maior flexibilidade na retoma de contratos suspensos. Os consumidores no desemprego ou que preencham as condições acima referidas podem também “pedir a suspensão temporária dos seus contratos”, sem penalizações nem cláusulas adicionais, assegura o regulador. Quando tal acontece, os contratos serão automaticamente retomados a 1 de janeiro de 2022, ou em data a acordar entre as partes.
  • Reativação dos serviços suspensos entre 1 de outubro e 31 de dezembro de 2020. Segundo a Anacom, os clientes que tenham visto os seus serviços serem suspensos neste período, podem pedir agora, à operadora, a reativação dos mesmos, “sem custos”, desde que tenham sido “verificadas as situações de desemprego”, quebra de rendimentos ou infeção por Covid-19, e “tenha sido acordado um plano de pagamento para quaisquer valores em dívida relativos ao fornecimento desses serviços”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresários pedem a Pence para acionar destituição de Trump

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2021

Empresários e sindicatos, da tecnologica ao setor bancário, juntam-se a pedir ao atual vice-presidente a destituição de Trump depois dos ataques ao Capitólio na quarta-feira.

A Associação Nacional de Fabricantes dos EUA defendeu que o vice-Presidente, Mike Pence, deveria “considerar seriamente” a invocação da 25.ª emenda da Constituição, para destituir Donald Trump como Presidente. Os apelos seguem-se à violência vivida no Capitólio a 6 de dezembro.

A Associação Nacional de Fabricantes, que representa mais de 14.000 empresas nos Estados Unidos, condenou o ataque ao Capitólio, na quarta-feira, por parte de apoiantes de Donald Trump e, na sequência, apelou para que Mike Pence admita invocar a emenda da Constituição que permite alegar incapacidade para retirar ao Presidente qualificação para governar.

“O Presidente cessante incitou a violência na tentativa de permanecer no poder. E qualquer cargo eleito que o defenda está a violar o seu juramento à Constituição e a rejeitar a democracia em favor da anarquia”, disse o presidente da associação, Jay Timmons.

Esta associação junta-se assim a um grupo de senadores que, de forma discreta têm discutido esta possibilidade, e a organizações, como a Liga Urbana Nacional, que já pediu abertamente o uso da 25.ª emenda da Constituição, para afastar Trump da Casa Branca antes do final do seu mandato.

Timmons, um ex-líder do Partido Republicano, considera que as alegações de Trump sobre fraude eleitoral não têm fundamento e responsabilizou o Presidente e o seu partido pelo que aconteceu. “Isto não é lei e ordem. Isto é o caos. Esta é a lei da rua. É perigoso. Isto é sedição e é assim que deve ser tratado”, explicou o líder da importante associação empresarial.

A Business Roundtable, uma organização que reúne os principais gestores de dezenas de grandes empresas, também disse esta quinta-feira que “a violência indesculpável e o caos no Capitólio deixam claro que a perpetuação da ficção de uma eleição presidencial fraudulenta por funcionários eleitos não é apenas repreensível, mas também perigosa para a democracia, a sociedade e a economia”.

O mundo dos negócios, que beneficiou das políticas fiscais de Trump, não se pronunciou sobre a situação política nos últimos anos, tendo estado em silêncio face às controvérsias que cercaram a presidência republicana.

No entanto, agora, aumentam de tom as críticas de algumas figuras empresariais próximas do próprio Trump, como o diretor do fundo Blackstone Group, Stephen Scharzman, que considerou que “a insurreição que se seguiu às palavras do Presidente é lamentável e uma afronta para valores democráticos”.

O maior banco do país, JPMorgan Chase, também destacou uma mensagem do seu diretor, James Dimon, segundo a qual os líderes têm a responsabilidade de exigir o fim da violência, aceitar o resultado das eleições e apoiar uma transição pacífica. Os líderes de outras grandes organizações bancárias – como Citigroup, Wells Fargo, Bank of America e Goldman Sachs – também condenaram o que aconteceu em Washington.

No setor da tecnologia, Sundar Pichai, diretor do Alphabet, grupo da empresa Google, apontou que a “ilegalidade e violência” vista no Capitólio são a “antítese da democracia”. O chefe da Apple, Tim Cook, considerou o ataque ao Capitólio “triste e vergonhoso” e defendeu que os “responsáveis por esta insurreição devem ser responsabilizados”.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que estava “triste” com a violência e enfatizou que uma transição pacífica no governo é “fundamental” e que os líderes devem dar o exemplo.

Muitos sindicatos também aderiram às condenações, com os Sindicatos da Construção Civil da América do Norte, representando mais de 3 milhões de trabalhadores da construção, pedindo a demissão de Trump e de vários senadores republicanos que se opuseram aos resultados das eleições.

“Pedimos uma comissão bipartidária para investigar e identificar todos aqueles que planearam, financiaram e coordenaram esta tentativa de golpe e desejamos que sejam perseguidos pelo Departamento de Justiça”, disse o líder sindical Sean McGarvey, num comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montepio: Relação de Lisboa considera “infundado” pedido de recusa da juíza Mariana Machado

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2021

Banco Montepio e ex-administradores queriam afastar a juíza que está a julgar os pedidos de impugnação das multas do Banco de Portugal, mas pedido foi recusado pela Relação de Lisboa.

O Tribunal da Relação de Lisboa considerou “manifestamente infundado” o pedido de recusa da juíza Mariana Machado, requerido pelos arguidos recorrentes das coimas de quase 5 milhões de euros aplicadas pelo Banco de Portugal ao Montepio e a ex-administradores.

Na decisão datada de 21 de dezembro de 2020, a que a Lusa teve acesso, o Tribunal da Relação de Lisboa considerou que “carece de fundamento” o pedido de recusa apresentado pelos arguidos contra a juíza que está a julgar, desde outubro do ano passado, no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, os pedidos de impugnação às coimas que lhes foram aplicadas em fevereiro de 2019 pelo Banco de Portugal (BdP).

Considerando que os requerentes “não têm direito a um juiz privativo” e que o entendimento diverso que Mariana Machado tem em relação a questões do processo é do “foro jurisdicional e não de circunstâncias que suscitem dúvidas sobre a sua imparcialidade”, a Relação considera o pedido de recusa “manifestamente infundado”.

Com esta decisão, Mariana Machado tem condições para concluir o julgamento iniciado em outubro e que entra sexta-feira na fase de alegações finais.

Em causa no processo estão coimas aplicadas pelo BdP à Caixa Económica Montepio Geral (2,5 milhões de euros), ao seu antigo presidente António Tomás Correia (1,25 milhões de euros) e a outros sete ex-administradores (entre 17,5 mil e 400 mil euros) por várias ilegalidades, como violações das regras de controlo interno e incumprimento nos deveres de implementação de controlo interno, referentes à concessão de crédito.

Tomás Correia veio a desistir do requerimento de recusa já durante as audiências de julgamento, o que não aconteceu com os restantes arguidos (CEMG, Álvaro Dâmaso, Eduardo Farinha, Fernando Magalhães, Jorge Luís, José Serra e Pedro Alves Ribeiro), sendo que, numa diligência preparatória realizada em 21 de outubro de 2021, foram declaradas prescritas as infrações imputadas ao ex-administrador Rui Amaral, o qual foi retirado do processo.

Os arguidos justificaram o pedido de recusa alegando que não podia ser afastado o juiz natural Sérgio Sousa, que tramitou inicialmente os autos quando se encontrava em regime de substituição da juíza titular do Juízo 1 do TCRS, Mariana Sousa Machado.

Numa decisão de 09 de setembro de 2019, Sérgio Sousa declarou nula a decisão emitida pelo Banco de Portugal, por considerar ter sido violado o direito à defesa na fase administrativa do processo.

Contudo, a 11 de setembro, o Tribunal da Relação de Lisboa declarou nula toda a tramitação subsequente ao despacho de recebimento dos autos, ocorrido a 07 de junho de 2019, por ter dado razão a um recurso apresentado pelo Ministério Público que invocava uma nulidade por omissão de pronúncia, decisão que incluiu a sentença proferida.

Com o regresso de Mariana Sousa Machado ao cargo de juíza titular do J1 do TCRS, em 14 de fevereiro de 2020, depois de três anos em comissão judicial de serviço como assessora no Gabinete de Juízes Conselheiros do Tribunal Constitucional, em 26 de junho procedeu a novo despacho de recebimento dos autos.

Na sua decisão, o Tribunal da Relação de Lisboa afirma que, tendo a sentença proferida em setembro de 2019 sido anulada, não pode ser considerada transitada em julgado, como pretendiam os requerentes, sublinhando que a audiência em que foi proferida foi anulada.

O Tribunal da Relação havia já julgado improcedente o incidente de impedimento legal, que havia sido igualmente levantado pelos arguidos, tendo, em outubro, o advogado dos arguidos Alexandre Mota Pinto desistido deste pedido.

O processo foi classificado de “urgentíssimo”, perante os riscos de prescrição, tendo decorrido desde o final de outubro com três sessões por semana.

A este processo, que teve origem na auditoria especial feita ao banco Montepio, a pedido do Banco de Portugal, em 2014, pela Deloitte, que incidiu no período entre 2009 e 2012, foi apenso um outro, no qual Tomás Correia foi multado pelo supervisor a uma coima de 150.000 euros por alegadamente não ter assegurado a aplicação dos normativos internos em termos de prevenção de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

Tomás Correia foi presidente entre 2008 e 2015 do banco Caixa Económica Montepio Geral (atual Banco Montepio) e também da Associação Mutualista Montepio Geral.

Desde 2015, depois de o Banco de Portugal ter forçado a separação da gestão das duas entidades, ficou apenas à frente da mutualista, da qual saiu no final de 2019.

No depoimento que prestou ao TCRS, durante três dias, Tomás Correia afirmou que o Montepio tinha normativos internos que respeitavam a regulamentação do exercício da atividade, frisando que o banco nunca recebeu qualquer alerta do supervisor.

Referindo que presidiu à CEMG num período marcado por sucessivas crises e pela presença da ‘troika’ em Portugal, Tomás Correia afirmou que o banco conseguiu resolver todos os problemas com que se defrontou “sem pedir um cêntimo aos contribuintes”.

Sobre as operações visadas no processo, Tomás Correia salientou que parte delas foram herdadas do Finibanco, que “violou todas as regras”, sem que o supervisor lançasse qualquer alerta, passando para o Montepio problemas que este não criou, mas que teve de resolver.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Elon Musk supera fundador da Amazon e torna-se homem mais rico do mundo

  • ECO
  • 7 Janeiro 2021

Fortuna do dono da Tesla e da Space X atinge mais de 153 mil milhões de euros.

Elon Musk, empresário por detrás da Tesla e da SpaceX, é agora a pessoa mais rica do mundo. O engenheiro ultrapassou, esta quinta-feira, o fundador na Amazon, Jeff Bezos, no Índice de bilionários da Bloomberg, um ranking com as 500 maiores fortunas do mundo.

As ações da Tesla valorizam 4,8% esta quinta-feira, de acordo com a Bloomberg. O património líquido de Musk atingiu assim os 188,5 mil milhões de dólares (cerca de 153 mil milhões de euros) às 10h15 da manhã, em Nova Iorque, mais 1,5 mil milhões de dólares do que Bezos, que liderava o pódio desde outubro de 2017.

No último ano, o património líquido do engenheiro, de 49 anos, cresceu em mais de 150 mil milhões de dólares (121 mil milhões de euros). A agência justifica a mexida no pódio com o aumento sem precedentes do preço das ações de Tesla (mais 743% em 2020), graças a lucros consistentes, à inclusão no Índice S&P 500 e ao entusiasmo tanto de Wall Street, como de investidores retalhistas.

As 500 pessoas mais ricas do mundo contavam, em conjunto, com um património líquido de 1,8 biliões de dólares (1,5 biliões de euros) no final de 2020, um aumento de 31% face ao ano anterior. Entre estas 500, apenas cinco pessoas detêm fortunas superiores a 100 mil milhões de dólares, e 20 de 50 mil milhões (aproximadamente 81 e 41 mil milhões de euros).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Entendo que tenho condições para continuar no cargo”, diz ministra da Justiça

Ministra da Justiça explicou no Parlamento a nota enviada pelo Governo ao Conselho Europeu com dois erros no currículo de José Guerra indicado para procurador europeu.

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, explica aos deputados no Parlamento as incorreções no currículo do procurador europeu José Guerra enviadas ao Conselho Europeu, que já provocaram a demissão do diretor-geral da Política de justiça, Miguel Romão.

O magistrado do Ministério Público foi indicado pelo Governo para o cargo de procurador europeu, mas no seu currículo estavam algumas informações empoladas.

Perante este contexto, o Parlamento aprovou requerimentos do PSD, PS, CDS-PP e BE para ouvir Van Dunem “com caráter de urgência” na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

Acompanhe aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acionistas da Mota-Engil dão luz verde à gestão para decidir aumento de capital

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2021

Assembleia-geral de acionistas deu luz verde ao conselho de administração para deliberar sobre aumento de capital de 100 milhões de euros.

Os acionistas da Mota-Engil EGL 0,14% deram luz verde ao conselho de administração para deliberar um aumento de capital de 100 milhões de euros, segundo um comunicado divulgado esta quinta-feira pelo grupo.

Na nota, a Mota-Engil deu conta do resultado de uma assembleia-geral (AG) onde foi então aprovado o único ponto agendado.

“Na AG estiveram presentes representantes de 69,59% do capital social da empresa, tendo o único ponto da ordem de trabalhos sido aprovado por uma votação favorável correspondente a 99,46% dos votos emitidos na assembleia”, referiu a empresa.

A reunião foi convocada para votar a alteração parcial do contrato social, através de um novo artigo, denominado Sexto-A, proposta pela acionista Mota Gestão e Participações (MGP).

Segundo informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), este novo artigo autoriza o Conselho de Administração a deliberar um aumento de capital social com montante máximo de 100 milhões de euros, uma operação que decorre do acordo de parceria estratégica e de investimento com a China Communications Construction Company (CCCC), que adquiriu recentemente ações da empresa.

“Após este aumento do capital social, será imputável à MGP uma participação de cerca de 40% do capital social da Mota-Engil, sinal de total empenho e alinhamento com a sua posição histórica no grupo, e o novo acionista atingirá uma participação ligeiramente superior a 30%”, referia a empresa num comunicado ao mercado em 27 de agosto do ano passado.

Em 27 de novembro, a Mota-Engil anunciou ter concluído o acordo de parceria estratégica e de investimento com a CCCC para a entrada do novo acionista no capital do grupo, que se traduziu na compra de 55 milhões de ações (cerca de 23%) ao preço de 3,08 euros por ação, num investimento de 169,4 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP Renováveis fixa novo recorde e já vale mais que a EDP

As ações da EDP Renováveis valem quase 26 euros e fixaram um novo máximo histórico na sessão desta quinta-feira. A empresa já vale mesmo mais do que a casa-mãe.

A EDP Renováveis fixou um novo recorde na bolsa de Lisboa e já vale mais do que a própria casa-mãe. A produtora de energia renovável valorizou 7,28%, para 25,8 euros, assumindo uma capitalização bolsista na ordem dos 22,5 mil milhões de euros, contra os 21,96 mil milhões da EDP.

A empresa é já a cotada mais valiosa do PSI-20 e fixou um máximo histórico tangente aos 26 dólares, num dia em que a bolsa portuguesa subiu pela quarta sessão consecutiva, prolongando os ganhos expressivos registados na sessão anterior. Os ganhos na praça nacional acompanharam os da generalidade das bolsas mundiais, no rescaldo da conquista democrata do Senado e da confirmação da vitória de Joe Biden como presidente dos EUA. O principal índice português valorizou para máximos de fevereiro de 2020.

Concretamente, o PSI-20 valorizou 2,20%, para 5.282,02 pontos, enquanto o Stoxx 600 somou cerca de 0,67%, para 409,13 pontos. A subida da praça portuguesa foi sustentada pelo avanço notório das ações da EDP Renováveis, que registou o melhor desempenho da sessão.

Só esta semana, as ações da EDP Renováveis já acumulam um ganho de cerca de 13%. Em simultâneo, a EDP valorizou 1,16%, para 5,566 euros cada título.

Evolução das ações da EDP Renováveis em Lisboa:

A par do contributo positivo da família EDP, o BCP foi outro dos “pesos pesados” que contribuiu expressivamente para a subida do índice nacional. O banco liderado por Miguel Maya avançou 2,10%, para 14,57 cêntimos. Destaque ainda para a Nos e para a Galp Energia, cujas ações ganharam, respetivamente, 2,26% e 0,84%.

A Mota-Engil registou a segunda melhor performance, com um ganho de 3,83%, para 1,52 euros, no dia em que os acionistas aprovaram a autorização para a realização de aumento o capital em mais 100 milhões de euros, abrindo espaço para que os chineses da CCCC reforcem a sua recém-adquirida posição de 23%.

A redução da incerteza em torno da governação dos EUA, com a conquista da Presidência, do Senado e da Câmara dos Representantes pelo Partido Democrata, está a permitir que as bolsas mundiais conheçam novo território. A subida nos mercados europeus é acompanhada em Wall Street, com o S&P 500 a avançar 1,58%, o Dow Jones a somar 0,95% e o Nasdaq a subir 2,17%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Poiares Maduro acusa Costa de tentar limitar liberdade de expressão

António Costa acusou Miguel Poiares Maduro e Paulo Rangel de dirigirem uma "campanha internacional contra Portugal". Os dois social-democratas criticam a posição do primeiro-ministro.

António Costa acusou Miguel Poiares Maduro, antigo ministro do Desenvolvimento Regional, e o eurodeputado Paulo Rangel de dirigirem uma “campanha internacional contra Portugal” e de “quererem transformar a presidência portuguesa num palco de oposição ao Governo” na conferência de imprensa desta quinta-feira, na sequência da reunião do Conselho de Ministros. Acusações que o ex-responsável do Governo de Pedro Passos Coelho considera serem graves por serem “dissuasoras da liberdade de expressão” e dirigidas contra alguém que não ocupa um cargo público.

“Fiquei muito surpreendido por o primeiro-ministro etiquetar alguém assim publicamente de traidor do país”, disse Miguel Poiares Maduro ao ECO. O agora professor universitário acrescenta que “não é insignificante que estas declarações sejam dirigidas contra alguém que não tem um cargo público”. “É altamente dissuasor da liberdade de expressão usar este tipo de linguagem, ser atacado pelo primeiro-ministro de liderar uma conspiração contra o país. É profundamente antidemocrático”, lamentou ainda o especialista em Direito Europeu.

O primeiro-ministro incluiu nesta campanha o deputado social-democrata, Ricardo Batista Leite, mas especificando que este “participa numa outra frente sanitária”. “Esta tentativa de alguns de querem transformar a presidência portuguesa num palco de oposição ao Governo português é um precedente gravíssimo com o qual não colaboraremos”, sublinhou António Costa.

Em causa estão as críticas de Miguel Poiares Maduro à ministra da Justiça na sequência da polémica sobre as incorreções contidas no currículo do procurador europeu José Guerra, por “numa posição oficial do Governo português” constarem “informações objetivamente falsas”. O que, na sua opinião, pode “fragilizar, sem dúvida, a posição” de Francisca Van Dunem. Mas, neste dossiês, Poiares Maduro e Rui Tavares, fundador do Livre e antigo eurodeputado, são subscritores de uma carta-aberta enviada ao Parlamento Europeu, no ano passado, a pedir a anulação do processo de nomeação de procuradores representantes dos Estados-membros na procuradoria europeia de justiça.

Poiares Maduro sublinha que essa carta data do ano passado, o que demonstra que as críticas ao caso José Guerra nada têm a ver com a presidência portuguesa e que se limitou a alertar para os riscos que a falta de transparência no processo poderiam criar. O professor universitário sublinha ainda que não é verdade que a ministra Van Dunen não possa divulgar a carta que enviou à REPER, tal como não são as declarações do primeiro-ministro de que seno Governo quisesse “escolher o procurador que bem lhe apetecesse” o poderiam ter feito “porque a lei o permite.

O caso do procurador José Guerra já chegou à presidente da Comissão Europeia. O Partido Popular Europeu, família política onde se inclui o PSD e o CDS, enviou uma carta a Ursula von der Leyen a pedir para analisar o processo de nomeação do procurador português, sublinhando que os lapsos e os dados falsos enviados pelo Governo português violam o princípio da cooperação com lealdade e que isso pode prejudicar a integridade da recém-criada Procuradoria Europeia.

Em comunicado, o eurodeputado Paulo Rangel disse que “é lamentável que o primeiro-ministro confunda o exercício legítimo de escrutínio da ação do Governo com “uma campanha para denegrir a imagem externa do país”” e acusa António Costa de “faltar à verdade”.

“Este tom ameaçador não distrai atenções, não apaga falsidades e, mais importante, não intimida. Manterei o exercício democrático de oposição e fiscalização do governo, lutarei sempre e em todas as instâncias pela verdade e dignidade do Estado português, porei sempre os interesses de Portugal – incluindo na presidência portuguesa – na linha da frente da atividade política e cívica”, acrescenta Paulo Rangel na mesma nota enviada às redações.

“Quanto à substância já tudo foi dito e explicado. Querer gerar confusão, criando a ilusão de que é nacional uma competência que é expressamente europeia, visa apenas esconder que o Governo português mentiu objetivamente ao Conselho da União Europeia“, conclui Rangel.

(Notícia atualizada às 16h55 com a posição de Paulo Rangel)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai poder expropriar terras invocando crise económica e pandemia

  • ECO
  • 7 Janeiro 2021

O Governo justificou a criação deste regime especial para uma “mais rápida” execução dos projetos previstos no PEES, tendo em conta o impacto económico e financeiro da pandemia de Covid-19.

O Governo aprovou em Conselho de Ministros o decreto-lei que executa a autorização legislativa concedida pela Lei n.º 59/2020, de 12 de outubro, e que diz respeito a um regime especial aplicável às expropriações de terras no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social.

O diploma tinha já sido promulgado pelo Presidente da República em outubro, mas Marcelo Rebelo de Sousa deixou alguns alertas na altura.

“Atendendo a que o regime em causa deve ter o prazo de urgência do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) e que a declaração de utilidade pública ser devidamente fundamentada, para salvaguarda dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, o Presidente da República promulga o Decreto da Assembleia da República que autoriza o Governo a aprovar um regime especial aplicável à expropriação e à constituição de servidões administrativas”, mas reforça que “a promulgação suporá o respeito do prazo de vigência do PEES e a salvaguarda da devida fundamentação de declaração de utilidade pública”.

O diploma que autoriza o Governo a aprovar um regime especial aplicável à expropriação e à constituição de servidões administrativas foi aprovado no parlamento em 18 de setembro com os votos favoráveis do PS, BE, PCP, PEV e de Joacine Katar Moreira, os votos contra do PSD, CDS-PP, PAN, Chega e Iniciativa Liberal e a abstenção da deputada Cristina Rodrigues.

Na exposição de motivos do diploma, o Governo justifica a necessidade de ser criado um regime especial aplicável à expropriação e à constituição de servidões administrativas para uma “mais rápida” execução dos projetos previstos no PEES, tendo em conta o impacto económico e financeiro da pandemia de Covid-19.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de metade dos contágios poderá ser de pessoas sem sintomas

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2021

59% dos contágios podem ser provocados quer por pessoas antes de desenvolverem sintomas (35%), quer por pessoas que, embora infetadas, nunca vêm a ter sintomas.

No modelo que elaboraram, estimam que 59% dos contágios podem ser provocados quer por pessoas antes de desenvolverem sintomas (35%), quer por pessoas que, embora infetadas, nunca vêm a ter sintomas.

O estudo foi publicado esta quinta-feira num boletim científico da Associação Médica Americana, dos Estados Unidos.

Ressalvando que o modelo é limitado porque se baseia em suposições, sem ser possível obter números exatos, defendem que reduzir o risco de propagar as infeções pelo SARS-CoV-2 passará por contar com a transmissão por assintomáticos e, especialmente, pela testagem de pessoas sem sintomas a par das outras medidas mais difundidas.

“Essas medidas podem ser suplementadas pela testagem estratégica de pessoas que não estão doentes, tais como as que estiveram expostas a casos confirmados ou estão em risco de expor outros [ao vírus]“, como trabalhadores de instalações comunitárias ou que estão em contacto frequente com o público.

Salientam que “o controlo bem-sucedido do SARS-CoV-2 não pode basear-se apenas na identificação e isolamento de casos sintomáticos, que mesmo que fosse aplicada eficazmente, seria insuficiente”.

No estudo cujo principal autor é Michael A. Johansson, da universidade norte-americana de Harvard, assume-se que “cada componente é incerta” para calcular os riscos de transmissão, pelo que se analisaram cenários diferentes baseados em dias diferentes da infeção, escolhendo a mediana de o quinto dia ser o mais passível de provocar contágio.

“Mantendo a premissa de 24% de transmissão por indivíduos que nunca tiveram sintomas, mas mudando o pico de infecciosidade para o quarto dia de infeção, a transmissão pré-sintomas aumentava para 43% e a transmissão assintomática para 67%. Um pico mais tardio, no sexto dia, diminuía a pré-sintomática para 27% e a assintomática para 51%”, exemplificam os autores do estudo.

Se o fator de reprodução do vírus (Fator R0) “num determinado contexto for 02, então é precisa uma redução de 50% na transmissão para reduzir o fator de reprodução para menos de 01”.

“Como em alguns cenários o R é provavelmente muito superior a 02, e mais de metade dos contágios podem ter origem em indivíduos que estavam sem sintomas, um controlo eficaz tem que mitigar o risco de transmissão também de pessoas sem sintomas”, concluem.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai avaliar impacto legislativo na ação climática

O Governo aprovou em Conselho de Ministros uma medida que visa fazer uma avaliação prévia do impacto da produção de lei na ação climática.

Qual o impacto de uma lei no ambiente? O Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros uma medida que visa a realização de uma avaliação prévia do impacto legislativo na ação climática.

Foi aprovado “o modelo de avaliação prévia de impacto legislativo na ação climática, o qual estará em vigor, a título experimental, pelo período de um ano”, segundo o comunicado do Conselho de Ministros.

Todos os diplomas aprovados em Conselho de Ministros terão de ter esta grelha de leitura prévia de quais são as consequências positivas, nuns casos, e negativas noutros, em tudo o que tem a ver com a defesa das políticas ambientais e a ação climática. Esta é uma decisão de hoje”, disse o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, na Assembleia da República esta quinta-feira à tarde, depois de conhecida a decisão do Conselho de Ministros sobre a criação de um projeto-piloto de avaliação do impacto de diplomas legais na ação climática, que será realizada através de um questionário, abordando os aspetos de mitigação e de adaptação às alterações climáticas.

“A métrica adotada permite retirar conclusões relativas ao alinhamento da proposta de diploma com os objetivos de política climática, sendo incluídas no Relatório sobre a Avaliação de Impacto Legislativo a entregar aos Membros do Governo. Assim, passa a existir um instrumento de avaliação prévia do impacto dos diplomas na ação climática, contributo importante para a transição para a neutralidade carbónica“, explicou o ministério do Ambiente e da Ação Climática em comunicado.

A tutela revela ainda que a avaliação global do alinhamento dos futuros projetos legislativos com a política climática nacional vai adotar um “sistema de semáforo”, atribuindo aos diplomas um dos seguintes vereditos:

  • Verde: Alinhamento com a política climática e o objetivo de neutralidade carbónica;
  • Amarelo: Alinhamento parcial, carecendo de aperfeiçoamento;
  • Vermelho: Carece de aperfeiçoamento.

Este projeto consagra “uma metodologia de avaliação do impacto das propostas legislativas e das políticas setoriais na ação climática, incorporando-a nos sistemas de avaliação legislativa já existentes, medida inscrita no Programa de Governo”, remata o MAAC.

A medida visa alinhar os projetos legislativos com “os objetivos assumidos pela República Portuguesa em matéria de política climática”.

Tudo o que forem projetos de decretos-leis, propostas de lei e resoluções do Conselho de Ministros que se destinem a aprovar investimentos, projetos, planos ou programas relevantes no contexto da política climática vão ser alvos desta avaliação prévia de impacto na ação climática.

Competirá à Unidade Técnica de Avaliação de impacto legislativo “assegurar os procedimentos necessários, em articulação com os gabinetes ministeriais proponentes e com os serviços, organismos e entidades indicados por cada área governativa”.

(Notícia atualizada com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tesouro vai emitir 15 mil milhões em obrigações este ano

As necessidades de financiamento líquidas do país em 2021 deverão situar-se em cerca de 14 mil milhões de euros. O IGCP antecipa emissões de Obrigações e conta com quase 3 mil milhões da Europa.

Portugal pretende ir aos mercados buscar 15 mil milhões de euros em dívida de médio e longo prazo ao longo deste ano. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP divulgou esta quinta-feira o programa de financiamento para 2021, em que conta não só com colocações de títulos como também com dinheiro vindo da Europa.

O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2021 deverá situar-se em cerca de 14 mil milhões de euros“, diz o instituto liderado por Cristina Casalinho. “A estratégia de financiamento para 2021 centrar-se-á na emissão de títulos de dívida pública nos mercados financeiros em euros com realização regular de emissões de Obrigações do Tesouro (OT), para promover a liquidez e um funcionamento eficiente dos mercados primário e secundário”.

A emissão bruta de obrigações do Tesouro é estimada em 15 mil milhões de euros, combinando sindicatos e leilões, assegurando emissões mensais. Como tem sido hábito nos últimos anos, não há datas para estas operações, sendo que os leilões podem acontecer à segunda ou quarta quartas-feiras de cada mês. O montante indicativo e as linhas a reabrir serão anunciados ao mercado até três dias úteis antes do leilão. “Oportunidades para realizar operações de troca e recompras de títulos serão exploradas“, aponta.

Este dinheiro irá não só servir para responder tanto para reembolsar os investidores que têm títulos que atingem as maturidades em 2021 — há 8.727 milhões de euros a devolver neste ano — como para responder às necessidades de financiamento do Estado. Para esse efeito, o IGCP conta igualmente com 2,9 mil milhões de euros vindos da União Europeia, que corresponde ao valor do empréstimo da Comissão Europeia a Portugal através do SURE para 2021. Por último, irá tirar 6,7 mil milhões de euros que estão nos depósitos do Estado.

Fonte: IGCP

Já a dívida de curto prazo, haverá novas emissões, mas que servirão apenas para reembolsar títulos que atingem a maturidade. Em 2021, o IGCP espera que o financiamento líquido resultante da emissão de bilhetes do Tesouro tenha um impacto nulo no saldo. O IGCP manterá a realização de leilões mensais de BT na terceira quarta-feira de cada mês e, se a procura de investidores o justificar, pode usar também a primeira quarta-feira.

No primeiro trimestre, a agência marcou já três operações. No dia 20, pretende emitir até 1.500 milhões de euros a seis e 12 meses. A 17 de fevereiro, o IGCP vai colocar entre 1.000 e 1.250 milhões em BT a 3 e 11 meses. E a 17 de março voltará à linha de BT a seis e 12 meses para colocar entre 1.250 e 1.500 milhões de euros.

“A gestão do risco de refinanciamento implicará que as operações de financiamento a realizar evitarão a criação de excessivas concentrações temporais de amortizações, assim como a possibilidade de realização de operações de recompra de dívida, oportunamente anunciadas ao mercado”, acrescenta. “Como habitualmente, o IGCP manterá flexibilidade para introduzir na execução deste programa os ajustamentos que se venham a revelar necessários face à evolução dos mercados e das necessidades de financiamento ao longo do ano”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.