Wall Street recupera, mas Tesla cai 5% com investigação da SEC

Após uma semana de quedas expressivas, a preocupação com a Ómicron acalmou e, por isso, os principais índices de Wall Street estão a valorizar. Porém, a Tesla está a cair mais de 5%.

Os principais índices norte-americanos estão a recuperar de uma semana pesada influenciada pela evolução da pandemia e da política monetária nos Estados Unidos. As cotadas que mais valorizam são as que mais beneficiam do menor nível de restrições, como é o caso das transportadoras aéreas, entre outras.

No arranque desta segunda-feira, o Dow Jones sobe 0,15%, para 34.633,43 pontos; o S&P 500 valoriza 0,22%, para 4.548,37 pontos; e o Nasdaq avança 0,21%, para 15.117,63 pontos.

O Dow Jones consegue, assim, recuperar do maior ciclo semanal de perdas em um ano — a quarta queda semanal, o que não acontecia desde setembro de 2020 — provocado pela incerteza relacionada com a variante Ómicron. Face aos máximos alcançados em novembro, o Dow negoceia 5% abaixo, o Nasdaq 6% e o S&P 500 3,7%.

As indicações preliminares dadas pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos sugerem que a Ómicron é menos perigosa do que a Delta, que é altamente contagiosa. Estes sinais estão a acalmar os investidores neste início da semana.

Porém, o setor tecnológico — com alguns analistas a considerar que estas cotadas estão sobrevalorizadas — está a ficar para segundo plano neste momento, penalizado também por algumas notícias relacionadas com gigantes tecnológicas.

É o caso da Tesla, com a Reuters a adiantar que o regulador dos mercados (SEC, equivalente à CMVM em Portugal) abriu uma investigação à empresa de Elon Musk. Em causa, uma queixa de um denunciante, que afirma que a Tesla não alertou suficientemente os acionistas e clientes sobre o risco de incêndio associado aos seus painéis solares. A cotada está a desvalorizar mais de 5% neste início de sessão.

É de notar que este fim de semana foi de volatilidade e quedas expressivas no mercado dos criptoativos, com a bitcoin a negociar abaixo dos 49 mil dólares, tendo chegado a negociar nos 43 mil dólares, o que representava uma queda de cerca de 30% face ao máximo de 69 mil dólares alcançado no início de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rock ‘n’ Law: Sem evento em 2021, advogados vão doar 35.000 euros ao programa Abem

O anúncio foi feito nas redes sociais: em 2021 não haverá Rock 'n' Law. Ainda assim, os advogados juntaram-se e vão doar 35.000 euros ao Abem: Rede Solidária do Medicamento da Associação Dignitude.

Após 12 edições, incluindo uma em formato digital, o Rock ‘n’ Law decidiu não realizar a edição de 2021. Segundo anunciou a organização do evento nas redes sociais, “a segurança e saúde de todos são uma das maiores preocupações da comunidade”.

Ainda assim, a organização vai “ajudar quem mais precisa”. As sociedades de advogados organizadoras decidiram fazer um donativo no valor de 35.000 euros ao Abem: Rede Solidária do Medicamento da Associação Dignitude.

O projeto escolhido permite o acesso ao medicamento a pessoas carenciadas. “38,4% dos medicamentos comparticipados são para o sistema nervoso, e com o apoio do Rock ‘n’ Law o programa abem irá ajudar 350 portugueses no acesso aos medicamentos, contribuindo para a estabilidade e melhoria da saúde mental em Portugal“, refere a organização.

Sobre o reencontro e festa presencial uma promessa fica feita: “uma nova causa, a mesma dedicação e, porventura, um novo palco! Voltamos com a nossa festa solidária no verão de 2022″.

O Rock ‘n’ Law é uma iniciativa solidária e que ao longo das 12 edições angariou mais de 700 mil euros através de um evento de música e solidariedade promovido por sociedades de advogados e que move a sociedade civil e as empresas.

No total, a iniciativa costuma contar com a colaboração da Abreu Advogados; CMS Rui Pena & Arnaut; Cuatrecasas, Gonçalves Pereira; DLA Piper ABBC; FCB & Associados; Garrigues; Gomez-Acebo & Pombo; Linklaters; Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados; PLMJ; Sérvulo & Associados; SRS Advogados; Uría Menéndez – Proença de Carvalho e Vieira de Almeida.

O ano passado a iniciativa decorreu em formato online e foram angariados mais de 47.450 euros de donativo para a causa escolhida. Os advogados decidiram apoiar artistas e a cultura e todos os profissionais do meio com os donativos habituais. A organização apoiada foi a União Audiovisual, uma associação que surge para apoiar os vários profissionais que ficaram sem trabalho, através de recolha e distribuição de bens alimentares mas exclusivamente para quem está no meio audiovisual.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Farmácias já receberam cinco milhões de autotestes à Covid-19

Desde que a utilização de autotestes pelos cidadãos foi autorizada, os distribuidores farmacêuticos já entregaram cerca de cinco milhões de testes rápidos nas farmácias comunitárias, revelou a ADIFA.

Os distribuidores farmacêuticos de serviço completo já distribuíram cerca de cinco milhões de testes rápidos à Covid-19 às farmácias comunitárias, desde que estes passaram a poder ser utilizados pelos cidadãos, de acordo com um balanço feito pela Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA).

Num comunicado, a associação setorial indica que, só na última semana, “os associados da ADIFA distribuíram às farmácias localizadas em todo o território nacional cerca de 1,3 milhões de unidades de autotestes e mais 140 mil unidades de testes de uso profissional”.

“Através da resiliência e eficiência das suas operações de abastecimento contínuo às farmácias comunitárias de todo o país, os distribuidores farmacêuticos continuam a responder a mais uma exigência da pandemia, disponibilizando os autotestes às farmácias comunitárias em todo o país, e, por conseguinte, às populações”, remata a associação.

A procura de testes à Covid-19 tem aumentado desde que o Governo decretou a obrigatoriedade de apresentação de testes negativos à doença para acesso a um conjunto de atividades, incluindo a entrada em grandes eventos. Na passada terça-feira, 30 de novembro, foi registado o maior número de testes feitos num dia, cerca de 117 mil, sendo que na quinta-feira seguinte foram feitos perto de 113 mil.

Na sexta-feira, 3 de dezembro, a ministra da Saúde Marta Temido admitiu a falta de autotestes no mercado, sublinhando uma reposição para os dias seguintes. Esta semana, os supermercados serão reabastecidos com autotestes, sendo que também as farmácias contam ter a situação normalizada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empreendedores de 10 países põem em marcha 6 projetos para aumentar taxa de reciclagem em Portugal

Como resultado do programa de inovação colaborativa Re-Source, da SPV e Beta-i, estão a ser desenvolvidos projetos-pilotos focados em aumentar as taxas de reciclagem junto dos consumidores,

O que têm em comum o empreendedorismo e a reciclagem? Aparentemente, tudo. Durante quatro meses, a Sociedade Ponto Verde e a consultora de inovação colaborativa Beta-i juntaram 20 empreendedores de 10 países – incluindo Portugal, e 13 parceiros (grandes empresas e municípios) — no programa de inovação colaborativa Re-Source para criar soluções na área de gestão de resíduos.

Agora, é tempo de apresentar os projetos-pilotos focados em aumentar as taxas de reciclagem junto dos consumidores e dar origem a novas soluções para categorias específicas de resíduos. Os dados mais recentes mostram que a recolha seletiva de embalagens até outubro de 2021 aumentou 8% face ao período homólogo de 2020.

“Os desafios atuais da gestão de resíduos são complexos e, por isso, acreditamos que apenas juntos conseguimos resolvê-los. Os projetos que estão agora em desenvolvimento são, mais uma vez, a prova da colaboração como motor da inovação”, disse Manuel Tânger, co-founder e head of innovation da Beta-i.

Entre os projetos já a serem testados ou em implementação está o RecySmart, ecopontos inteligentes criados em conjunto pela startup espanhola Recircula, a Ovo Solutions, a Câmara Municipal de Mafra e a Cascais Ambiente.

Na prática, os empreendedores de Barcelona, em conjunto com os parceiros, estão a transformar ecopontos em máquinas que permitem a uma pessoa inserir embalagens de vidro ou plástico, ECAL (tetrapack) e latas de alumínio e receber pontos e prémios que depois podem ser usados em serviços e produtos nos dois municípios. Durante os próximos seis meses, serão instalados ecopontos inteligentes nos concelhos de Cascais e Mafra.

Para combater a falta de estrutura para reciclar embalagens multicamadas e os impactos negativos que esta lacuna tem para as marcas, os espanhóis da FYCH estão neste momento a trabalhar em conjunto com a Nestlé, a Tratolixo e a Sociedade Ponto Verde para implementar nos recicladores do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE) a sua tecnologia de delaminação para separar as várias camadas de materiais destas embalagens e potenciar a sua reciclagem.

Em parceria com a Lusoforma, a mesma startup testou também a sua tecnologia na reciclagem da tampa dos produtos de alumínio take away, que é composta de papel, plástico e alumínio, obtendo resultados de separação de 100%.

Por sua vez, a startup norte-americana Magnomer está a criar um piloto com o Super Bock Group, que consiste em criar rótulos com tinta magnetizável, para que estes consigam ser mais facilmente separados do plástico e permitir uma melhor reciclagem das embalagens – uma solução que pode aumentar até 20% os níveis de reciclagem e tornar a Super Bock na primeira empresa em Portugal a aplicar rótulos 100% recicláveis nas suas garrafas. A Tratolixo será parceira nos testes de triagem destas embalagens.

A startup escocesa Reath juntou-se à Sociedade Ponto Verde e à Super Bock Group para monitorizar o ciclo de vida da embalagem, através da criação de um passaporte digital, para colocar em produtos físicos. De forma genérica, esta solução permitirá fornecer às empresas e consumidores dados sobre a usabilidade e período de vida de uma embalagem e sobre que produtos são colocados no seu interior.

No caso da Sociedade Ponto Verde, permitirá obter informação sobre embalagens não reutilizáveis colocadas no mercado e obter de forma digital e automatizada a informação necessária para o preenchimento da declaração anual (documento que as empresas aderentes ao sistema ponto verde preenchem anualmente para reportar a totalidade do peso destas embalagens).

Já a inglesa Polytag associou-se à Lipor, Tratolixo e Sociedade Ponto Verde para criar um esquema de devolução e recompensas de depósitos digitais na zona do Porto. Utilizando a tecnologia PolytagDescribe, Tagand Trace, a solução irá primeiro etiquetar os produtos com identificadores únicos, permitindo depois ao consumidor digitalizar os códigos com uma aplicação propositadamente construída e reclamar os seus depósitos no conforto das suas casas, sem terem de utilizar máquinas de venda automática inconvenientes e dispendiosas.

As embalagens serão eliminadas através do seu sistema normal de contentores de lixo ou contentores comuns, criando um esquema de devolução de depósitos mais barato, conveniente e eficaz na área.

Por fim, os inovadores da inglesa MyResonance estão a trabalhar em conjunto com a Lusoforma e a Lipor para implementar em Portugal uma rede social que usa técnicas de gamificação para capacitar as organizações a comunicar, promover e envolver as suas comunidades a tomar medidas coletivas em torno de iniciativas baseadas em ESG, transformando cada pessoa em embaixadores da marca e construindo uma presença e identidade online para promover um mundo mais limpo.

Segundo Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, “esta parceria com a Beta-i trouxe resultados extraordinários, pois chegámos ao final com soluções que de facto vêm resolver problemas críticos e reais e estão alinhadas com os objetivos estratégicos da Sociedade Ponto Verde”.

Para a SPV, a expectativa destas parcerias é fortalecer a cadeia de valor das embalagens com soluções que levem a uma maior eficiência dos processos, que permitam também ajudar ao cumprimento das metas nacionais e comunitárias em matéria de gestão de resíduos — em conformidade com o futuro PERSU 2030 – bem como os compromissos assumidos pelo país no domínio da economia circular, clima e sustentabilidade.

O programa contou com o envolvimento da Câmara Municipal de Mafra, Cascais Ambiente, Central de Cervejas e Bebidas, CTT, Saica Natur, Lipor, Lusoforma, Nestlé, NEYA Hotels, Ovo Solutions, Super Bock Group, Tratolixo e Vidrala.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

T-Talks #2: Transformar a Saúde. Assista aqui

  • ECO + Microsoft
  • 6 Dezembro 2021

As T-Talks pretendem abordar o panorama atual e os desafios tecnológicos que se avizinham nos setores mais relevantes. A segunda conversa aborda a saúde e pode acompanhá-la aqui.

Depois de um debate sobre inovação no retalho, as T-Talks estão de volta para mais uma conversa, desta vez para abordar a transformação no setor da saúde.

Alexandre Lourenço, administrador hospitalar, Miguel Amado, Partner, GPS and Health, Science and Welness, Consulting Services, da EY, e Sandra Mateus, Public Sector Account Executive da Microsoft, são os convidados da sessão, que conta com a moderação de André Veríssimo, redator principal do ECO. Pode acompanhar o debate aqui e no Facebook do ECO, às 15h.

As T-Talks, uma iniciativa da Microsoft em parceria com o ECO, pretendem dar destaque a um conjunto de conversas sobre as tendências, o panorama atual e os desafios futuros de setores relevantes no nosso país. Além do retalho e da saúde, teremos oportunidade de explorar um terceiro setor: a banca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moody’s mantém perspetiva estável para a banca europeia

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2021

Qualidade dos empréstimos "enfraqueceu menos do que seria de esperar" à medida que o apoio governamental é reduzido. Retirada "gradual" evitará um aumento dos empréstimos problemáticos.

A agência de rating Moody’s mantém uma perspetiva estável para a banca europeia graças ao ritmo sustentado da recuperação económica e ao bom nível de capital que os bancos têm para enfrentar insolvências.

Num relatório publicado esta segunda-feira, a Moody’s destaca a “boa saúde” da maioria dos sistemas financeiros europeus, sem fazer uma avaliação por país.

Além de avaliar os rácios de capital, o relatório sublinha que a recuperação económica da crise causada pela pandemia de Covid-19 será suficientemente forte para “absorver” a eliminação gradual das medidas de apoio.

 

No entanto, a vice-presidente sénior da Moody’s, Maria Cabanyes, salienta que o setor mantém baixos níveis de rentabilidade, devido ao ambiente de taxas de juro baixas e ao “progresso lento no aumento das taxas”.

Mas a qualidade dos empréstimos “enfraqueceu menos do que seria de esperar” à medida que o apoio governamental é reduzido, referindo que a retirada “gradual” evitará um aumento dos empréstimos problemáticos.

Além disso, de acordo com a Moody’s, os bancos centrais manterão uma política monetária “acomodatícia” à medida que a recuperação se for consolidando.

No entanto, existe o risco de a perspetiva poder mudar para negativa se a pandemia se revelar pior do que o esperado devido à variante Ómicron ou outras variantes da Covid-19 que podem constituir um risco para a recuperação económica e conduzir a um aumento significativo das taxas de incumprimento para empréstimos não garantidos a retalho ou a empresas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bares e discotecas do Porto com quebras entre 60% e 90% devido a novas restrições

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2021

Perante quebras abruptas, o presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto pede ao Governo que disponibilize testes e, “acima de tudo, que avance com apoios para o setor”.

O presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto (ABDMP) afirmou esta segunda-feira que as novas medidas de combate à Covid-19 provocaram “quebras de clientela e faturação acima dos 60%, chegando nalguns casos aos 90%”.

De acordo com as novas restrições, com data de 30 de novembro, o acesso a bares e discotecas e outros estabelecimentos de bebidas sem espetáculo e a estabelecimentos com espaço de dança está dependente da apresentação pelos clientes de “certificado de Covid da União Europeia (UE) nas modalidades de certificado de teste ou de recuperação” ou “outro comprovativo de realização laboratorial de teste com resultado negativo”.

“Estes primeiros dias, e eu falo aqui da realidade da cidade e baixa do Porto, nos cerca de 30 estabelecimentos, tirando uma ou outra exceção, a maior parte teve quebras de clientela e faturação acima dos 60%, chegando a haver casas com quebras de 90% durante neste fim de semana”, afirmou Miguel Camões.

Em declarações à Lusa, o presidente da ABDMP referiu que o setor vive na cidade do Porto “uma situação muito complicada”, sublinhando que “alguns já equacionam fechar as suas casas porque, de facto, estiveram sábado à noite com casas praticamente vazias”.

“Isso deve-se à situação de, por um lado, alguns clientes, numa facha etária mais velha, não estarem na disposição de fazer um teste quando já estão vacinados, e alguns até com a terceira dose, para se deslocarem a um espaço para beber um copo e, por outro lado, os que querem fazer teste têm uma enorme dificuldade porque faltam nas farmácias, ou não conseguem agendamento ou porque nalguns postos de testagem as filas são enormes”, apontou.

Em seu entender, “este é mais um condicionamento que o Governo fez à atividade”.

“Não nos encerrou, mas no fundo acabou por, de alguma forma, nos fechar as portas, com quebras avultadas de faturação num setor que passou um calvário de 20 meses e quando estava, neste momento, a tentar a sua retoma vê-se novamente nesta difícil situação”, disse.

Miguel Camões apela, por isso, ao Governo que disponibilize testes e, “acima de tudo, que avance com apoios para o setor”.

“De facto, tirou-nos um dos melhores meses do ano, que é o mês de dezembro. As perspetivas são negras para todo o setor. É quase um regresso ao período em que estivemos encerrados porque temos casas que estiveram completamente vazias ou com quebras de 90%”, frisou.

O responsável acrescentou que “o setor mergulha novamente numa situação muito complicada e com ausência de apoios do Governo, dos ‘lay-off’ e as quebras de faturação vai ser difícil. Houve quem sobrevivesse quase 20 meses, mas, se calhar, desta vez não aguenta e terá que encerrar os seus negócios de forma definitiva”.

Na declaração à Lusa, Miguel Camões afirmou que se registou “uma quebra abrupta” do anterior fim de semana para este.

“E à semana temos casas na cidade do Porto com zero clientes. Prevemos um dezembro muito negro, o Governo tem de perceber que quando impõe restrições ao exercício da atividade económica tem automaticamente de pôr apoios em cima da mesa”, afirmou.

No domingo, a Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu à Lusa que a orientação que define as regras aplicáveis a bares e discotecas apenas prevê a utilização obrigatória de máscara pelos respetivos trabalhadores, mas “recomenda a utilização de máscara comunitária certificada ou máscara cirúrgica na comunidade, em todos os espaços interiores, sempre que possível (designadamente, no caso concreto, quando os respetivos utilizadores não se encontrem a dançar ou a beber)”.

A exigência de certificado de teste ou de recuperação ou outro comprovativo de realização de teste laboratorial com resultado negativo não se aplica aos “trabalhadores dos espaços ou estabelecimentos bem como a eventuais fornecedores ou prestadores de serviços que habilitem o funcionamento dos mesmos, exceto se tal for exigido ao abrigo de outras normas”.

A entrada nos bares com espaço de dança e discotecas, que abriram em 01 de outubro depois de encerrados cerca de 19 meses devido à pandemia, estava até agora cingida apenas à apresentação do certificado digital, que podia ser relativo a vacinação, recuperação ou à realização de teste negativo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo admite crescimento acima de 5,5% no próximo ano

"A recuperação tem sido tão forte que entendemos que há margem para crescer tanto ou mais que o que o Governo previu", adiantou João Leão.

O ministro das Finanças, João Leão, prevê um crescimento da economia “igual ou acima de 5,5%”, no próximo ano. “A recuperação tem sido tão forte, nos últimos meses, que entendemos que há margem para crescer tanto ou mais do que o Governo previu”, afirmou o responsável, à entrada da reunião desta segunda-feira do Eurogrupo.

Do relatório da proposta de Orçamento do Estado para 2022, que o Governo entregou na Assembleia da República em outubro, constava a previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) português crescerá 5,5% no próximo ano. Agora, cerca de dois meses depois, João Leão veio dizer aos jornalistas que, afinal, a economia nacional poderá crescer mesmo mais do que tinha antecipado anteriormente.

“Sabemos que outros países tiveram de tomar medidas mais restritivas. Em Portugal, neste momento, não antevemos a necessidade de tomar essas medidas e, nesse sentido, consideramos que o crescimento [do PIB] pode até ficar acima do que o Governo previu“, admitiu o ministro das Finanças, indicando que a economia portuguesa está atualmente a registar uma “recuperação forte“. João Leão ressalvou, ainda assim, que o contexto é “de incerteza”, pelo que é preciso ter a “humildade de perceber que a pandemia pode surpreender-nos“.

Convém explicar que enquanto o Governo já vê o PIB a crescer mais de 5,5%, a Comissão Europeia antecipa um crescimento de 5,3% e o Fundo Monetário Internacional de 5,1%. Já a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) vê a economia portuguesa a crescer 5,8%.

Para este ano, o responsável pela pasta das Finanças continua a projetar um crescimento da economia de 4,8%, o mesmo valor já indicava no relatório do OE2022. “Os indicadores mais recentes vão no sentido de conseguirmos atingir os tais 4,8%”, sublinhou João Leão, esta segunda-feira.

E detalhou que a evolução do mercado de trabalho será “melhor do que esperada pelo Governo”. Na proposta de Orçamento do Estado para 2022, o Governo estimava que a taxa de desemprego se situasse em 6,8%, em 2021. Ora, em outubro, a taxa fixou-se em 6,4%. “A taxa de desemprego está a baixar mais rapidamente do que era antecipado. Já este ano vai ficar abaixo do previsto pelo Governo”, frisou o ministro das Finanças, referindo que, à boleia desta evolução, o país vai “mais uma vez cumprir as metas orçamentais e o défice orçamental para este ano“.

Aos jornalistas, João Leão garantiu, além disso, que já explicou à Comissão Europeia que a execução em duodécimos do Orçamento do Estado não colocará em causa o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “Estamos a trabalhar para garantir a aplicação do PRR. Isso é algo que não devemos nunca parar”, assegurou o ministro, adiantando que Portugal pedirá o primeiro desembolso da chamada bazuca europeia no primeiro trimestre de 2022.

(Notícia atualizada às 13h55)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bosch assina projeto de 28 milhões com Universidade do Porto para a condução autónoma

Depois do Minho e Aveiro, o grupo alemão alia-se à Universidade do Porto num projeto de inovação na área da mobilidade inteligente, que prevê integrar 55 pessoas na Bosch e mais de 70 investigadores.

A Bosch vai avançar com um projeto de inovação com a Universidade do Porto que visa o desenvolvimento de “soluções para melhorar as capacidades sensoriais dos veículos autónomos, através de algoritmos de perceção baseados nos dados recolhidos pelos seus sensores”.

Esta iniciativa conjunta de inovação na área da mobilidade inteligente representa um investimento superior a 28 milhões de euros. O designado projeto THEIA – Automated Perception Driving prevê a integração de cerca de 55 novos colaboradores da Bosch e mais de 70 investigadores na Universidade do Porto.

O contrato de investimento vai ser assinado esta terça-feira entre a Universidade do Porto, a Bosch Portugal e a AICEP, numa cerimónia que conta com a participação do primeiro-ministro, António Costa, e dos secretários de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, e da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias.

Carlos Ribas (Bosch) e Luís Castro Henriques (AICEP) durante o evento Next – DrivingTomorrow, realizado a 9 de novembro em Braga.

“Entre outros pontos, este projeto de inovação vai contribuir para que sejam garantidas as condições de segurança necessárias para a utilização dos veículos autónomos. A ideia é que estes sejam capazes de prever e inclusive ‘escolher’ cenários face ao obstáculo ou problema identificado, graças às melhorias dos sensores integrados”, realça a Universidade do Porto.

“Não temos dúvidas que estas parcerias são a chave para impulsionar a inovação, o desenvolvimento científico e a criação de emprego qualificado. É por isso que continuaremos a trabalhar no sentido de promover estas relações que são sinónimo do reconhecimento da qualidade do talento e da dinâmica do ecossistema de investigação e desenvolvimento que existe em Portugal”, afirma Carlos Ribas, representante da Bosch em Portugal.

A Universidade do Porto está a empreender um esforço sério de aproximação às empresas, tendo em vista a realização conjunta de atividades de qualificação, investigação, desenvolvimento e inovação.

António de Sousa Pereira

Reitor da Universidade do Porto

Salientando que a Universidade do Porto “está a empreender um esforço sério de aproximação às empresas, tendo em vista a realização conjunta de atividades de qualificação, investigação, desenvolvimento e inovação”, o reitor, António de Sousa Pereira, sublinha, citado num comunicado de imprensa, que as universidades “reúnem massa crítica, meios tecnológicos e know-how especializado”.

Entre Braga e Aveiro

Este é apenas o mais recente projeto de inovação desenvolvido pela Bosch Portugal, liderada por Carlos Ribas, em colaboração com instituições de Ensino Superior no país. A mais antiga e também relevante tem sido desenvolvida em Braga, envolvendo a Bosch Car Multimedia e a Universidade do Minho, ultrapassando 165 milhões de euros de investimento.

Iniciada em 2013, a aliança minhota da Bosch já resultou no registo de mais de 70 patentes nos domínios da mobilidade do futuro e da transformação digital da indústria. No mês passado foi assinalado o encerramento da terceira fase desse projeto, focada igualmente na condução autónoma e na digitalização industrial e que envolveu 750 quadros da Bosch e da Universidade do Minho.

Já em Aveiro, onde está instalada a unidade industrial da Bosch Termotecnologia, a mais recente colaboração, anunciada em abril deste ano, diz respeito ao projeto Augmanity, para a implementação do 5G na indústria portuguesa. O valor desse investimento em investigação e desenvolvimento (I&D), em execução com a Universidade de Aveiro, ascende a 8,5 milhões de euros, até julho de 2023.

(Notícia atualizada a 7 de dezembro com declarações de Carlos Ribas e de António de Sousa Pereira)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lã reciclada, sola de cana de açúcar e plástico reutilizado. Assim são feitas as novas botas UGG

  • Capital Verde
  • 6 Dezembro 2021

A marca de calçado íconica UGG acaba de lançar a coleção Icon-Impact, que aproveita lã reciclada, cana de açúcar e garrafas de plático para criar botas e chinelos mais sustentáveis.

A marca nasceu há 43 anos, pelas mãos de um jovem surfista australiano que decidiu fundar o seu próprio negócio no sul da Califórnia em 1978. As suas raízes australianas levaram-no a trabalhar com a matéria-prima que melhor conhecia — pele e lã de ovelha — e a criar uma marca a que chamou UGG. Em meados dos anos 80 do século XX, já as botas confortáveis e quentinhas, com pelo por dentro, se tinham tornado num símbolo da comunidade sul californiana, com presença em todas as lojas de surf na região.

No entanto, foi apenas no início dos anos 2000 que as botas UGG tomaram de assalto o mundo da moda nova-iorquina, evoluindo de modelos simples para versões cheias de estilo e super luxuosas, dignas das passarelas e das página da Vogue. Daí conquistaram todo o mundo.

Agora, mais de 43 décadas desde a sua criação a preocupação da UGG é outra: como tornar os seus típicos modelos de pele e lá de ovelha mais sustentáveis e reduzir a pegada ambiental da marca.

Para isso, a marca de calçado australiana UGG acaba de lançar uma nova coleção para este Outono Inverno denominada Icon-Impact, que apresenta botas e chinelos para o frio, mais mais sustentáveis. Isto porque esta coleção caracteriza-se por ser mais amiga do ambiente, já que só usa materiais reutilizados, reciclados e outros desperdícios para fazer o calçado.

Dentro dos materiais utilizados, destaca-se a lã reciclada, a espuma feita a partir de cana-de-açúcar e o plástico reutilizado, que compõem todos os artigos da nova coleção Icon-Impact, que apresenta três modelos diferentes: o Fuzz Sugar Cross Slide, o Fuzz Sugar Slide e o Classic Sugar Ultra Mini.

Ao optar por usar lã reciclada no seu calçado, a marca gastou menos água, menos energia e diminuiu as suas emissões de carbono em comparação com a lã virgem, o que acabou por se refletir numa poupança considerável para a UGG, já que conseguiu economizar 134 milhões de Megajoules (MJ) de energia, 45 milhões de litros de água e 60 milhões de kilos de CO2.

Já no que diz respeito ao uso da espuma feita a partir de cana-de-açúcar — Sugarsole — esta opção permite que se use um recurso renovável, que é alimentado pela água da chuva, para produzir espuma e, assim, reduzir a dependência de combustíveis fósseis ao substituir o etileno, que é feito à base de petróleo.

Por fim, a escolha de plástico reutilizado em vez de plástico virgem permite que a marca desvie mais de 350 mil garrafas de plástico do aterro sanitário, o que equivale a duas a três garrafas por par de sapatos.

Por cada par de sapatos da Icon-Impact comprados em lojas selecionadas, a UGG compromete-se, em parceria com a One Tree Planted, a plantar uma árvore.

A Icon-Impact Collection é a última novidade da iniciativa FEEL GOOD da marca, que incorpora a sua estratégia de sustentabilidade. A nova coleção está disponível em UGG.com e nas lojas selecionadas UGG em todo o mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP financia BA Glass em 80 milhões com papel comercial “sustentável”

  • ECO
  • 6 Dezembro 2021

O Millennium BCP vai subscrever até 80 milhões de euros em papel comercial da BA Glass. O juro das emissões estará dependente do cumprimento de critérios de sustentabilidade.

A BA Glass contratou um programa de emissão de papel comercial de até 80 milhões de euros com o Millennium BCP. O banco será o subscritor das emissões, cuja taxa de juro será definida em função do cumprimento de indicadores de sustentabilidade relacionados com o consumo de água e a emissão de CO2.

“Ao longo do prazo do Programa, a margem associada às emissões a realizar pela BA Glass poderá ser ajustada em função do cumprimento das metas de desempenho definidas e divulgadas pelo Grupo BA Glass para aqueles indicadores. Os termos contratados estão alinhados com os SLLP (Sustainability Linked Loan Principles) tal como atestado pela Vigeo-Eiris, entidade que certifica também os indicadores de sustentabilidade utilizados e o desempenho alcançado pela BA Glass”, informa o banco em comunicado.

O programa, que prevê a possibilidade de várias emissões num prazo de cinco anos, é um “exemplo do esforço conjunto do Millennium bcp e da BA Glass, duas entidades fortemente comprometidas com as finanças sustentáveis e o processo de transição climática”, aponta ainda o comunicado.

As empresas e o setor financeiro têm apostado cada vez mais neste tipo de financiamento ligado a critérios de sustentabilidade ambiental ou social. Na semana passada, a Mota-Engil assegurou uma emissão de 110 milhões em obrigações cujo juro está dependente da concretização de metas de redução dos acidentes de trabalho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ISEG revê em baixa estimativas e vê PIB a crescer entre 4,3% a 4,5% este ano

Crise política tem, para já, um impacto nulo no crescimento, dizem economistas do ISEG. Mas novas limitações impostas para travar o agravamento da pandemia levaram à revisão em baixa das previsões.

Com o agravar da pandemia no final de novembro, os economistas do ISEG estão mais pessimistas do que o Governo e antecipam um crescimento do PIB entre 4,3% a 4,5%, valores que representam uma revisão em baixa face ao anterior intervalo de crescimento que antecipavam para o conjunto de 2021 entre 4% e 5%. O Executivo estima que a economia cresça este ano 4,8%.

Esta revisão traduz um crescimento inferior ao esperado no quarto trimestre, para valores entre 4,5% a 5,1%, o que corresponde a uma variação trimestral entre 0,6% a 1,2%. “Se podemos considerar neutro o impacto imediato da crise política, no caso do agravamento da crise sanitária afigura-se provável que em dezembro as medidas de controlo externas e internas, as recomendações de comportamento cauteloso e a incerteza associada à nova fase de evolução da pandemia venham a ter algum impacto negativo em termos económicos“, escrevem os economista do ISEG na nota de conjuntura de novembro.

Com o aumento de casos de Covid-19, o Governo decidiu adotar um conjunto de medidas para ajudar a travar o avanço da pandemia, que apesar de muito menos restritivas do que as impostas no passado, podem ter impacto na confiança dos consumidores.

“Até ao final de novembro, o quarto trimestre apresentava-se com potencialidades para assegurar um maior crescimento por via da normalização da procura de serviços pelos portugueses e da procura turística pelos não residentes. Além disso, ao comparar com um período homólogo de 2020 sujeito a maiores restrições, o crescimento do trimestre poderia sair beneficiado. No início de dezembro, com o agravamento da pandemia, a situação é um pouco diferente apesar de não existirem, por enquanto, restrições de atividade mas apenas limitações menores do que as verificadas há um ano. Ainda assim, parece provável, com as condicionantes atuais, que dezembro venha a registar um crescimento homólogo inferior ao dos meses que o antecederam”, explicita a mesma nota.

De acordo com os cálculos do ECO, publicados esta segunda-feira, depois de um crescimento em cadeia de 2,9% no terceiro trimestre, o PIB tem de crescer 2,4% nos últimos três meses do ano para que a economia cresça os 4,8% previstos pelo Governo para o conjunto de 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.