“Portugal é o dador universal a nível europeu de profissionais na área tecnológica”, diz Alexandre Fonseca

Para o líder da Altice Portugal, as universidades portuguesas têm feito um enorme esforço de capacitação dos estudantes e é graças a elas que o talento português está espalhado pelo mundo.

A Europa tem um défice de cerca de um milhão de profissionais na área tecnológica e, em Portugal, apenas 2% da população ativa está empregada nas áreas da Tecnologia da Informação (TI). Ainda assim, o país tem hoje profissionais espalhados por várias multinacionais no setor tech e está a atrair empresas desta área graças ao talento português.

“Portugal é o dador universal a nível europeu de profissionais na área tecnológica”, afirma Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, durante as “Conversas pelo futuro da sociedade”, desta vez sobre educação. “Estamos a abastecer a cadeia internacional global de competências digitais, fruto do trabalho das universidades portuguesas”, continua. Para o líder da Altice Portugal, a base da revolução tecnológica pela qual estamos a passar é o conhecimento e, nesse aspeto, considera que Portugal está muito bem preparado.

“Estamos tão bem ou melhor preparados que os outros países. O ensino superior, quer universidades, quer politécnicos, tem feito um enorme esforço no sentido de capacitar, não apenas nas áreas técnicas e na tecnologia, mas também no digital”, refere. Apesar de a pandemia ter levado as escolas para dentro de casa dos alunos, em certas alturas até de forma 100% remota, Alexandre Fonseca acredita que precisamos de, não apenas uma escola remota, mas uma escola digital.

29o Digital Business Congress - 21NOV19

Mais do que computadores, internet e ferramentas, “a tecnologia é fundamental a construir o futuro”, refere Margarida Mano, vice-reitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e ministra da Educação e Ciência do XX Governo Constitucional. “A relação entre aluno, professor e conhecimento é muito importante, e nessa relação a tecnologia é crucial”, acrescenta a convidada da segunda conversa deste ciclo promovido pela Altice. Pode introduzir mudanças na metodologia da educação e da própria aprendizagem.

“A inteligência artificial permite-nos hoje aumentar progressivamente o nível de complexidade dos exercícios, em tempo real, de acordo com o nível de evolução do aluno”, permitindo que cada estudante aprenda a um determinado ritmo e que o sistema de aprendizagem o acompanha, exemplifica Alexandre Fonseca. “Temos tendência a pensar que tecnologia na educação é um comutador, mas é muito mais do que a conectividade e a capacidade de levar a internet à escola. É a tecnologia que poderá estar ao serviço da transformação”, diz.

Mergulhar na revolução tecnológica, acompanhar a mudança

Nesse sentido, tanto o líder da Altice Portugal como a vice-reitora da UCP acreditam que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal, que prevê a compra de 260 mil computadores para alunos e professores e que vai ter um investimento total de 500 milhões de euros, é fundamental, mas que a transformação no ensino ultrapassa os computadores ou o dinheiro investido. “Há um após o PRR, a tecnologia muda a uma velocidade feroz. É preciso enraizar algo mais perene, que perdure no tempo e beneficie as várias gerações do futuro”, considera Alexandre Fonseca.

As competências requeridas mudam, as tecnologias também, nem mesmo as profissões vão ser as mesmas daqui a uns anos. A escola tem a responsabilidade de preparar os alunos para o futuro. Não pode antecipar factos, mas pode “antecipar princípios, e são esses que têm de estar muito presentes da educação”, afirma Margarida Mano. “A escola percebeu que pode funcionar fora da sala de aula” e que as salas de aula podem ser em qualquer lugar, na natureza ou até mesmo internacionalmente, por exemplo. “Nós temos de ter a consciência que é isso pode acontecer”, continua.

Por outro lado, a vice-reitora da UCP destaca o princípio da colaboração e da rede como “absolutamente essencial” para o futuro. “Temos uma cocriação de conhecimento permanente”, diz, acrescentando que a questão da “sociedade humanista” é também central na educação dos jovens. E isto mesmo que “o futuro seja ter uma Sophia humanoide como professora”, remata.

http://videos.sapo.pt/vNlUPqlRATuTu5lNyhNL

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COVID-19 agrava risco comercial em Portugal

  • ECO Seguros
  • 7 Abril 2021

A pandemia Covid-19 aumenta disparidades a nível global, potenciando fragmentação social que, a cinco ou 10 anos, terá efeitos na geopolítica. O World Risk Review monitoriza 9 indicadores de risco.

O esforço económico justificado pela pandemia vai continuar a contribuir para o agravamento do risco político global ao longo de 2021 e para amplificar ameaças enfrentadas pelas economias já frágeis, alerta o relatório que acompanha o Mapa de Risco Político 2021, divulgado pela Marsh, líder global em corretagem de seguros e consultoria de riscos.

A desigualdade social é um risco generalizado em múltiplas regiões, particularmente na América e na Europa, aponta a Marsh. No futuro, a desigualdade é suscetível de influenciar eleições, contribuir para o nacionalismo político e económico e poderá, inclusive, criar condições que desencadeiem conflitos, adverte o relatório que “espelha” resultados do Global Risk Report 2021 do Fórum Económico Mundial (WEF na sigla internacional).

Carlos Figueiredo, Diretor de Financial Risks & Specialties da Marsh Portugal, adiantou: “Apesar de muitas áreas de risco acrescido, continuam a existir oportunidades para as entidades empresariais, financiadores e investidores. Soluções de risco político e de crédito apoiadas por seguros podem ajudar a assegurar o capital comercial e de investimento, a desbloquear a liquidez e permitir um crescimento que proporcione e sustente a recuperação da COVID-19″.

Divulgado pela Marsh Specialty, o relatório aponta ainda para o risco de “falências em massa entre empresas zombies” quando os esquemas de apoio público terminarem, conforme noticiou o ECO.

Num cenário global de políticas monetária e fiscal flexibilizadas para incentivar a recuperação na saída da crise, o mapa regista “o maior aumento de sempre no que diz respeito ao risco económico por país em todas as regiões a nível global”. Esta situação, impulsionada pela subida das despesas deficitárias nos últimos 12 meses, “tem contribuído para aumentar os riscos de crédito soberano e comercial nas economias menos desenvolvidas do mundo”, refere o documento.

Neste contexto, a Marsh adianta alguns “temas-chave”, que permitem caracterizar e antecipar a “disparidade crescente” entre as economias emergentes e as mais industrializadas:

  • Desigualdade de crescimento entre países ricos e pobres;
  • Aumento contínuo de riscos económicos para todos os países, com impacto adicional no risco de crédito soberano; risco de câmbio e risco comercial;
  • Aumento do nacionalismo e do seu impacto nos recursos estratégicos, incluindo energia, alimentação, tecnologia e água ou outros bens para as principais indústrias nacionais.

Carlos Figueiredo acrescenta que: “Relativamente a Portugal, verificamos que de 2020, para 2021, os riscos de cariz político-sociais tendem a manter-se estáveis, enquanto os riscos económico-financeiros e mais especificamente de crédito comercial, apresentam algum agravamento. Digno de registo é, no entanto, a estabilidade e mesmo uma evolução positiva do risco da divida soberana.”

A pressão sobre o financiamento público nos mercados emergentes resultará no aumento do endividamento soberano e poderá criar condições desfavoráveis para as empresas nacionais e estrangeiras. O cadastro de risco político é baseado em dados da plataforma World Risk Review da Marsh Specialty. A plataforma classifica 197 países e territórios através de nove indicadores relacionados com segurança, comércio e investimentos.

  • Risco de repúdio de acordo contratual
  • Risco económico país
  • Risco de inconvertibilidade de moeda e de transferências
  • Risco de expropriação
  • Risco legal e regulatório
  • Risco de crédito soberano
  • Riscos de greves, motins e agitação social
  • Risco de terrorismo
  • Risco de guerra e de guerra civil

A companhia fornece um mapa interativo que pode ser utilizado para ajudar as multinacionais a tomarem decisões “mais informadas sobre como aplicar os seus recursos financeiros e gerir os riscos associados às suas operações, bens, investimentos e contratos no ano seguinte”.

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ASAE instaura dois processos-crime por suspeita de especulação do preço do gás

  • Lusa
  • 7 Abril 2021

"Estavam a ser cobrados aos consumidores valores superiores ao preço máximo estabelecido", indica a ASAE.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou dois processos-crime, por suspeitas de especulação no preço do gás, durante uma operação desencadeada nos concelhos de Coimbra, Aveiro e Estarreja, foi anunciado esta quarta-feira.

A ASAE refere em comunicado que desencadeou uma operação de fiscalização direcionada a operadores de venda e distribuição de gás de petróleo liquefeito (GPL) engarrafado nos concelhos de Coimbra, Aveiro e Estarreja.

A operação, realizada através da Unidade Regional do Centro – Unidade Operacional de Coimbra, teve como objetivo “verificar o cumprimento dos preços regulados para este tipo de produto”.

“Do balanço da operação resultou a instauração de dois processos-crime, por suspeitas de especulação, por se constatar que estavam a ser cobrados aos consumidores valores superiores ao preço máximo estabelecido”, refere a ASAE.

Segundo a nota, a operação teve como pressupostos “a fiscalização e prevenção do cumprimento da legislação reguladora do exercício das atividades económicas, da verificação do cumprimento da regulamentação do estado de emergência e de apuramento de possíveis práticas especulativas de produtos considerados essenciais”.

A ASAE adianta que “continuará a desenvolver ações de fiscalização no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, para garantia do cumprimento das regras determinadas para o atual estado de emergência”.

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Fidelidade investe seis milhões em dívida da CGD e do BCP

  • ECO Seguros e Lusa
  • 7 Abril 2021

A seguradora adquiriu em diversas operações de mercado, nos últimos dias de março, obrigações da Caixa Geral de Depósitos e do Banco Comercial Português.

A Fidelidade Companhia de Seguros SA comprou, em duas operações, entre 29 e 31 de março, cinco milhões de euros em obrigações da Caixa Geral de Depósitos (CGD). A seguradora adquiriu, numa primeira operação, três milhões de euros em obrigações da CGD e, posteriormente, mais dois milhões de euros, indica comunicação divulgada pela emitente ao regulador do mercado de capitais.

O motivo da notificação dirigida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deve-se ao facto de José João Guilherme, Francisco Cary e Carlos Albuquerque, responsáveis pelas operações, serem, em simultâneo, administradores da Fidelidade e da CGD.

Igualmente, em duas operações, a Fidelidade comprou, a 29 de março, um milhão de euros em obrigações do Banco Comercial Português (BCP), sendo que, numa primeira operação, desembolsou 500 mil euros e, posteriormente, mais 500 mil euros na aquisição dos títulos de dívida do banco privado.

No caso das transações com papel do BCP, o motivo da notificação feita através da CMVM deve-se ao facto de Jorge Magalhães Correia e Lingjang Xu serem administradores do BCP e da Fidelidade.

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Marta Temido defende criação de “União Europeia da Saúde”

  • Lusa
  • 7 Abril 2021

O combate à covid-19 convoca a “uma participação determinada na construção de uma União Europeia da Saúde”, disse a ministra da Saúde.

A ministra da Saúde, Marta Temido, defendeu esta quarta-feira uma “participação determinada” na construção do projeto da União Europeia da Saúde, alegando a necessidade de uma resposta europeia concertada à pandemia da covid-19.

“Se permanecermos unidos, seremos mais fortes na nossa capacidade de resposta” à pandemia, salientou Marta Temido no encerramento de uma cerimónia, que decorreu ‘online’, para assinalar o Dia Mundial da Saúde.

Segundo a governante, esta necessidade de concertação no combate à covid-19 convoca a “uma participação determinada na construção de uma União Europeia da Saúde”, projeto que, num primeiro momento, implica a aprovação de um pacote legislativo específico.

Este novo conjunto de legislação envolve o reforço do papel da Agência Europeia do Medicamento (EMA) e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), assim como a aprovação de um regulamento sobre ameaças de saúde pública transfronteiriças, avançou Marta Temido.

Depois de considerar que, nos últimos meses, a “humanidade recuperou a consciência da sua fragilidade e da sua interdependência”, a ministra adiantou que a pandemia já permitiu uma certeza: “Só quando todos estivermos protegidos é que cada um de nós estará protegido”.

“Isso convoca-nos à participação ativa em mecanismos de solidariedade, como o da partilha de vacinas contra a covid-19, mas convoca-nos, sobretudo, a uma ação concertada de compromisso com um modelo de justiça e de equidade social que faz bem à saúde e que só pode ser plenamente realizado numa ótica de saúde global”, disse Marta Temido.

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Reserva de lugar, uso de máscara e distância entre mesas. Veja as regras para ir a uma esplanada

Reservar antecipadamente, usar máscara e manter a distância entre mesas são algumas das regras previstas para o regresso das esplanadas. Mas há mais. Saiba quais são.

Esta semana as esplanadas voltaram a encher, com a nova fase no plano de desconfinamento do país. É uma lufada de ar fresco para a restauração, que tem sobrevivido à base do take-away. Mas o regresso das esplanadas traz regras, não só para os clientes, mas também para os estabelecimentos. A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) preparou um guia com todas as diretrizes.

A regra de ouro é “garantir o distanciamento físico entre as pessoas”. Assim, a AHRESP começa por referir que, sempre que for possível, os estabelecimentos devem “promover e incentivar o agendamento prévio para reserva de lugares por parte dos clientes”. Além disso, é obrigatório o uso da máscara no acesso e permanência na esplanada, exceto nos momentos de consumo.

Já no que toca a distâncias, as mesas e cadeiras devem permitir, pelo menos, dois metros entre as pessoas, e 1,5 metros no corredor entre mesas. Contudo, as pessoas que moram juntas podem sentar-se frente a frente ou lado a lado a uma distância inferior a dois metros. Os lugares devem ser dispostos na diagonal para facilitar a manutenção da distância, enquanto os lugares em pé estão desaconselhados.

Por mesa, não são permitidos grupos com mais de quatro pessoas, salvo se as pessoas pertencerem todas ao mesmo agregado familiar que more na mesma casa. Este ponto, diz a AHRESP, é da responsabilidade dos clientes. Amigos que circulem no mesmo carro, por exemplo, são considerados apenas conviventes, pelo que não devem estar mais de quatro por mesa.

Ainda nas mesas, devem ser retiradas todas as mantas e almofadas. A ida dos clientes à casa de banho deve ocorrer em “circuitos” que permitam manter a distância das pessoas que estão sentadas nas mesas e os lavatórios “devem estar acessíveis sem necessidade de manipular portas”.

Os próprios estabelecimentos devem ainda informar os clientes que estes devem evitar tocar em objetos ou superfícies desnecessários e que não podem alterar a orientação das mesas e cadeiras. Nas filas de espera, deve ser mantida uma distância de, pelo menos, dois metros.

No ato de pagamento, os clientes devem optar por meios sem contacto como aplicações informáticas ou cartões contactless (ex: cartão de débito/crédito ou cartão refeição) ou por telemóvel (ex: MB WAY). Se forem utilizadas moedas e notas, as mãos devem ser higienizadas após o seu manuseamento. Além disso, os terminais de multibanco devem ser desinfetados com frequência e entre cada utilização.

Regras a cumprir pelo próprio estabelecimento

No mesmo guia, a AHRESP diz ser “essencial” que todos os colaboradores estejam devidamente informados sobre a doença e o plano de contingência adotado através de vídeos explicativos ou outros documentos de apoio. Deve ainda evitar-se a circulação de fornecedores no interior do estabelecimento e, se esta for mesmo necessário, a entrada tem de ser feita com máscara.

Além disso, também os colaboradores devem manter, sempre que possível, uma distância de dois metros dos clientes e dos colegas, tanto nos momentos de atendimento, como nos momentos de pausa. Estes devem ainda evitar cumprimentos sociais com contacto físico e informar os responsáveis se estiveram em contacto próximo ou direto com alguém infetado.

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Costa quer que UE tenha uma “posição coordenada” sobre a vacina da AstraZeneca

Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro diz que a União Europeia deve ser capaz de adotar "uma posição coordenada, em função das indicações da EMA", quanto ao fármaco anglo-sueco.

O primeiro-ministro disse esta quarta-feira que espera que os técnicos comuniquem aos Estados-membros da União Europeia uma “posição clara” relativamente à forma de proceder quanto à vacina da AstraZeneca, cuja segurança tem sido questionada devido à eventual ligação existente entre a vacina e a formação de coágulos sanguíneos.

Depois da a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter vindo comunicar, ao início da tarde desta quarta-feira, que existe uma possível relação entre ambas as variáveis, António Costa disse, em declarações aos jornalistas, esperar que agora estes “técnicos tenham uma posição clara, compreensível e que dê tranquilidade relativamente ao processo de vacinação”.

Em visita a uma escola em Vila Real, o primeiro-ministro relembrou que, ainda esta tarde, pelas 17h, os ministros da Saúde dos vários Estados-membros irão reunir-se. Isto para que a União Europeia seja capaz de adotar “uma posição coordenada, em função das indicações da EMA”, evitando que os países “tomem decisões” quanto ao fármaco anglo-sueco “cada um por si”.

Destacando a importância de se evitarem tomadas de decisão “unilaterais”, António Costa salientou ainda que as “decisões da EMA” devem ser respeitadas neste contexto. Confessando não ser “especialista em vacinas”, o primeiro-ministro português referiu ainda que “se os técnicos” do regulador europeu “entendem” que os benefícios da vacina da AstraZeneca superam os seus riscos, ele só tem que dizer “muito bem”.

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Semapa sobe 3% após família Queiroz Pereira aumentar OPA

Foi a sétima sessão a subir para a bolsa de Lisboa, igualando o maior ciclo de ganhos desde dezembro. Ajudou a Semapa, após a família Queiroz Pereira ter subido o preço da OPA.

As ações da Semapa subiram quase 3% esta quarta-feira, reagindo à subida do preço da oferta pública de aquisição (OPA) lançada em fevereiro pela Sodim, da família Queiroz Pereira. Foi o melhor desempenho em Lisboa, que somou assim a sétima sessão positiva, igualando o maior ciclo de ganhos desde dezembro.

O PSI-20, o principal índice português, valorizou 0,23% para 5.025,41 pontos, e está em máximos desde 22 de janeiro, com dez cotadas em alta.

Os títulos da Semapa foram os que mais avançaram na sessão: fecharam em alta 2,84% para 12,30 euros, depois de a Sodim ter anunciado esta terça-feira que aumentou a contrapartida da OPA dos 11,40 euros por ação para 12,17 euros. Este desempenho é um prenúncio de que o mercado continua a considerar o preço baixo e que a OPA pode não vingar por causa disso, tal como afirmaram os analistas do CaixaBank/BPI.

Semapa avança

Entre os pesos pesados, o BCP somou 1,96% para 0,1197 euros e a Galp ganhou 0,68% para 10,04 euros — no caso da petrolífera nacional, as notícias do mercado de petróleo não são favoráveis, pois o Brent está a cair mais de 1% para 61,91 dólares por barril.

Por outro lado, a travar uma maior subida estiveram sobretudo a EDP Renováveis, que cedeu 0,96% para 18,65 euros, enquanto a EDP e a Jerónimo Martins recuaram 0,08% e 0,17%, respetivamente.

Por outro lado, a travar uma maior subida estiveram sobretudo a EDP Renováveis, que cedeu 0,96% para 18,65 euros, enquanto a EDP e a Jerónimo Martins recuaram 0,08% e 0,17%, respetivamente.

Lá por fora, com Wall Street em suspenso à espera de novidades da reunião da Reserva Federal norte-americana, as bolsas europeias fecharam ligeiramente abaixo da linha de água. O Ibex-35 foi dos que mais caiu, cerca de 0,40%. As perdas nas bolsas de Frankfurt, Milão e Paris não ultrapassaram os 0,25%. O Stoxx 600, que reúne as 600 principais cotadas do Velho Continente, cedeu 0,14%.

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PSD confirma Suzana Garcia como candidata à Amadora. Veja a lista de mais 53 candidatos às autárquicas

Em conferência de imprensa José Silvano confirmou a candidatura de Suzana Garcia à Amadora. Para Oeiras ainda não há consenso.

A advogada Suzana Garcia será a candidata do PSD à Câmara Municipal da Amadora, confirmou esta quarta-feira, em conferência de imprensa José Silvano, secretário-geral dos social-democratas. Segundo o deputado, a candidata foi aprovada, por unanimidade, pela Comissão Política Nacional (CPN) do partido.

José Silvado esclareceu que a candidata foi proposta pela concelhia da Amadora e aprovada pela comissão política distrital. Depois, no CPN, foi aprovada por unanimidade. “No PSD cabem todos desde que não ponham em causa a social democracia”, disse, referindo-se às polémicas com Suzana Garcia.

Segundo o deputado as posições públicas da candidata foram analisadas, nomeadamente referentes à castração química. Depois de ouvida a justificação da candidata, o PSD conclui que “a proposta apresentada pela candidata em nada tem a ver com aquela que foi reprovada no Parlamento”. Ainda assim, José Silvano explicou que “em eleições autárquicas [os candidatos] podem ter nalgumas matérias uma posição diferente da direção nacional”, pois não são eleições para a Assembleia da República.

É a candidata mais indicada para ganhar a Câmara da Amadora. Disso podem ter a certeza, e falamos em outubro”, declarou.

Quanto à candidatura de Oeiras – outra que tem gerado polémica devido ao passado de Isaltino Morais -, José Silvano disse que a comissão nacional recebeu a proposta “que passa pelo PSD não se apresentar a votos e dar liberdade aos seus militantes de integrarem outras listas”, mas ainda não chegaram a qualquer conclusão. Apoiar, ou não, Isaltino, continua a ser uma incógnita para os social-democratas de Oeiras.

Sendo que as regiões autónomas têm liberdade para apresentar os seus candidatos e que ainda falta apresentar algumas candidaturas, os candidatos anunciados até agora foram quase todos apoiados por unanimidade no CPN. A exceção foi para Coimbra, Castelo Branco e Barcelos (os dois últimos com novos nomes anunciados esta quarta-feira).

Fica ainda no ar a dúvida para quatro municípios onde o PSD admite ter dificuldade, no mínimo, desde 2013. Em causa estão quatro municípios nos distritos de Beja e Portalegre, zonas tradicionalmente de esquerda.

53 novos candidatos

Albergaria-a-Velha – Delfina Lisboa Cunha

Oliveira de Azeméis – Carla Rodrigues

Sever do Vouga – Pedro Lobo

Aljustrel – Ana Morais de Almeida

Moura – Luís Acabado

Barcelos – Mário Constantino

Celorico de Basto – José Peixoto Lima

Vizela – Jorge Pedrosa

Idanha-a-Nova – António Moreira

Proença-a-Nova – Carlos Gonçalves

Sertã – Paulo Farinha Luís

Vila Velha de Rodão – Carlos Faria

Pampilhosa da Serra – Jorge Custódio

Alandroal – Domingos Matuto

Silves – João Garcia

Aguiar da Beira – Fernando Andrade

Fornos de Algodres – Joaquina Domingues

Meda – João Morato

Seia – Luís Caetano

Alcobaça – Hermínio Rodrigues

Bombarral – Nuno Mota

Castanheira de Pêra – Alda Correia de Carvalho

Óbidos – Filipe Daniel

Peniche – Filipe Sales

Amadora – Suzana Garcia

Lourinhã – Orlando Carvalho

Sobral de Monte Agraço – Joaquim Biancard Cruz

Arronches – João Carlos Crespo

Avis – Giselle Lopes

Benavente – Sónia Silva Ferreira

Cartaxo – João Heitor

Constância – Manuel lapa

Entroncamento – Rui Madeira Claudino

Tomar – Maria de Lurdes Ferromau

Vila Nova da Barquinha – Paula Gomes da Silva

Alcácer do Sal – Gonçalo Nunes

Grândola – Jacinto Ventura

Ponte de Lima – José Nuno de Vieira Araújo

Mondim de Basto – Bruno Moura Ferreira

Ribeira de Pena – Carlos Alberto Carvalho

Lamego – Francisco Lopes

Mangualde – Joaquim Patrício

Nelas – Joaquim Amaral

Penalva do Castelo – Pedro Monteiro

Resende – Fernando Silvério

Vila Nova de Paiva – José Manuel Rodrigues

Viana do Castelo – Eduardo Teixeira

Leiria – Álvaro Madureira

Castelo Branco – João Belém

Torres Vedras – Duarte Pacheco

Elvas – Paula Calado

Sousel – Armando Varela

Portimão – Rui André

(Notícia atualizada às 17h33)

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Caixa assume parte da posição de Isabel dos Santos na dona da Nos

  • ECO
  • 7 Abril 2021

Banco diz deter o controlo das ações da Kento na dona da Nos pois é a entidade beneficiária do penhor das ações detidas pelo veículo de Isabel dos Santos na Zopt, que detém mais de 50% da operadora.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) informou a Zopt, a empresa através da qual a Sonaecom (da Sonae) e Isabel dos Santos detêm a maioria do capital da Nos, que assumiu o controlo de parte de posição que a empresária angolana detém indiretamente na operadora, avança o jornal Expresso (acesso pago), citando o relatório e contas da Sonaecom.

“Em janeiro de 2021, a Zopt foi notificada pela CGD, na qualidade de entidade beneficiária do penhor das ações detidas pela Kento na Zopt, referindo estar investida da faculdade de exercer os direitos de voto inerentes às ações, e todos os demais direitos inerentes, e de que a Kento estava privada de exercer tais direitos sem a autorização prévia, expressa e por escrito da CGD”, refere a Sonaecom no documento.

Esta notificação ocorreu em janeiro. Cerca de dois meses depois, em 25 de março, o banco colocou uma ação de execução de 6,2 milhões de euros contra a Kento Holding, o veículo financeiro de Isabel dos Santos que controla 17,35% da Zopt, juntamente com a angolana Unitel (também da empresária e que detém 32,65%) e a Sonaecom.

Por sua vez, a Zopt controla 52,15% da Nos, sendo que a joint-venture entre a Sonae e Isabel dos Santos foi desfeita no ano passado, na sequência da polémica em torno do Luanda Leaks.

A Kento disse ao jornal não ter sido notificada dos arrestos na Zopt. A administração da Zopt considera que a Caixa, não tendo a tutela do valor económico das ações, “como credor pignoratício da Kento, deverá atuar de acordo com as instruções desta, o que significa votar no sentido definido pela Kento”.

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Clubes estudam redução da I Liga para 16 equipas na época 2022/23

  • Lusa
  • 7 Abril 2021

A possibilidade de redução da I Liga para 16 clubes a partir da temporada 2022/23 encabeça uma série de propostas de alteração aos regulamentos da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

A possibilidade de redução da I Liga para 16 clubes a partir da temporada 2022/23 encabeça uma série de propostas de alteração aos regulamentos da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), anunciou esta quarta-feira o organismo.

Em comunicado, a entidade presidida por Pedro Proença informa que o grupo de trabalho das competições estima que essa medida possa evitar “uma sobrecarga do calendário desportivo, tendo em conta a proximidade do Mundial2022, permitindo a preparação do novo ciclo da UEFA 2024-2027”.

Em agenda está também a proposta de criação de um ‘play-off’ a uma só mão entre o terceiro e quarto classificados da II Liga, em casa do terceiro colocado, cujo vencedor disputaria a seguir o acesso à I Liga com o 16.º posicionado do principal escalão, num formato extensível à recém-criada Liga 3, que arrancará a partir da próxima época.

Nas conclusões do grupo de trabalho das competições consta ainda a hipótese de as meias-finais da Taça de Portugal, sob égide da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), regressarem ao formato de eliminatórias a um só jogo, desta vez em campo neutro.

Já a Taça da Liga sofreria uma nova reformulação competitiva, com a primeira ronda a apurar 14 clubes, entre 16 da II Liga e 12 da I Liga, para um segundo patamar, ao qual se juntariam os dois participantes portugueses na futura Liga das Conferências da UEFA.

Em disputa estariam oito vagas para a fase de grupos, que passaria a integrar também os quatro melhores classificados do primeiro escalão na época anterior, sendo que os vencedores dos quatro grupos, cada um com três equipas, seguiram para a ‘final four’.

O conjunto de propostas saídas das Jornadas Anuais da LPFP equaciona ainda a possibilidade de licenciamento de seis estádios alternativos por parte daquela entidade, caso surjam interdições ou suspensões de recintos nos dois escalões profissionais.

Quanto aos restantes sete grupos de trabalho, foi estudado o acompanhamento da implementação do Cartão do Adepto, enquadrado pelo desenvolvimento de uma plataforma de venda centralizada de bilhetes destinados às respetivas zonas abrangidas.

Outras conclusões são a reflexão sobre o quadro legal de habilitações dos treinadores, o aumento da sensibilização e reforço das ações de fiscalização no combate à pirataria e a adoção de um modelo mais eficiente e abrangente de escrutínio dos investidores.

No capítulo financeiro, é sugerida a redução do IVA dos bilhetes nos espetáculos desportivos para 6% e o estabelecimento de uma distribuição justa e equitativa da receita obtida das apostas desportivas.

Ao fim de 37 reuniões, dispersas por oito meses de trabalho, estas conclusões vão ser levadas ao Grupo de Trabalho Regulamentar da Liga de clubes, que deliberará acerca de possíveis alterações regulamentares ao organismo de tutela do futebol profissional.

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Região alemã da Baviera vai encomendar vacina russa Sputnik V

  • Lusa
  • 7 Abril 2021

O líder regional, Markus Soder, diz ter negociado um “contrato preliminar” para receber em breve 2,5 milhões de doses da vacina russa Sputnik V contra a covid-19.

O estado alemão da Baviera negociou um “contrato preliminar” para receber em breve 2,5 milhões de doses da vacina russa Sputnik V contra a covid-19, sujeito à aprovação do regulador europeu, anunciou esta quarta-feira o líder regional, Markus Soder.

Este “contrato preliminar é assinado hoje”, indicou o eleito conservador da União Social-Cristã (CSU), partido irmão do de Angela Merkel, precisando que “se a Sputnik for aprovada na Europa, então o estado da Baviera receberá mais doses da vacina”, 2,5 milhões, “até junho”.

Soder disse que as negociações foram feitas com uma empresa farmacêutica da região situada na cidade de Illertissen. A sociedade R-Pharm Germany, filial do gigante russo de fabrico de medicamentos R-Pharm, possui uma linha de produção na zona e pode fabricar a vacina russa, segundo ‘media’ alemães.

Possível candidato à sucessão de Merkel, Soder já tinha pedido em março para o regulador europeu EMA, que está a analisar a Sputnik, “acelerar” o processo de aprovação.

O dirigente bávaro defendeu que os estudos divulgados sobre a vacina mostram que é “altamente segura”.

A Baviera, o maior ‘Land’ alemão, é o primeiro estado regional a fazer uma tal encomenda, numa altura em que a campanha de vacinação no país vacila devido à organização logística e ao número de doses disponíveis.

Até segunda-feira, de acordo com os últimos balanços, foram administradas pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19 a 12,7% da população e 5,5% receberam as duas doses.

O Governo alemão tem afirmado querer esperar que a EMA se pronuncie antes de discutir compras. Outros países ocidentais acusam Moscovo de utilizar a vacina como um instrumento de influência geopolítica, acusações que a Rússia rejeita.

A Alemanha registou 298 mortes relacionadas com a covid-19 e 9.677 casos nas últimas 24 horas e no total, desde o início da pandemia, já morreram 77.401 pessoas e foram infetadas 2.910.455.

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