Por que falham as transformações digitais?

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  • 29 Março 2021

Tânia Ribeiro, Senior Manager EY, People Advisory Services, tenta responder à questão focando-se em quatro aspetos: estratégia; estrutura e processos; comunicação e cultura; e colaboradores.

Face à transformação digital em curso, muitos biliões têm sido injetados no mercado para garantir a sua aceleração. Acontece que, se por um lado muitas empresas viram o retorno do seu investimento concretizado, muitas outras ficaram longe da sua ambição. Este facto traduziu-se num survey realizado nos EUA onde, face aos milhões perdidos, uma das principais preocupações dos CEOs se centrou especificamente nos riscos associados à transformação digital.

Neste cenário, uma questão se coloca: porque é que muitas empresas estão a ser bem-sucedidas e outras não? A tecnologia garante ganhos de eficiência e permite, mesmo à distância, uma relação próxima e personalizada com o cliente. Então porque é que esta premissa nem sempre é comprovada com dados reais do negócio? Por que falham as transformações digitais?

Procurando dar uma resposta curta e simples a tão complexa problemática, as transformações falham porque muitos colaboradores e organizações não têm o mindset ajustado para esta mudança. Ao colocar tecnologia, velocidade e ambição neste processo de transformação, se as pessoas e empresas não estiverem preparadas para o caminho, todas as falhas existentes – ao nível da estratégia, estrutura, processos e pessoas – serão exponencialmente aumentadas.

" Transformar organizações e pessoas, sem comprometer o ritmo do negócio, é um caminho complexo, que exige uma equipa dedicada e experiente. O desafio é grande mas recompensador, e essencial para assegurar vantagem competitiva no futuro.”

Tânia Ribeiro

Manager EY, People Advisory Services

Foquemo-nos assim em quatro aspetos essenciais:

  1. Estratégia: a transformação digital deve ser liderada pela estratégia (aquilo que o negócio pretende alcançar) e não pela tecnologia, como acontece frequentemente. Os objetivos devem suportar de forma clara a estratégia e estarem traduzidos num roadmap macro, que dê visibilidade de todos os projetos em curso, as suas interdependências e evoluções, com o objetivo de alinhar todos os stakeholders, otimizar o fluxo da cadeia de valor e garantir as implementações nas datas previstas.
  2. Estrutura e processos: com a introdução da tecnologia é necessário fazer evoluir as missões e ajustar o governance, no sentido de ter uma estrutura mais flat e as pessoas focadas em atividades de maior valor acrescentado. Os processos e workflows devem ser simples e claros, para não retirarem velocidade à transformação nem assumirem um papel de destaque, que deve estar associado às pessoas e suas interações.
  3. Comunicação e cultura: a transformação exige esforço. É essencial uma narrativa de mudança que assegure um propósito, clarifique o caminho e mobilize os colaboradores. A cultura e os valores que a suportam têm de evoluir para aspetos como: ser data driven e ágil na tomada de decisão, ter capacidade de testar, medir e ajustar, conseguir aprender em rede, gerir a ambiguidade e construir em conjunto. Não basta, contudo, garantir esta evolução e agilidade ao nível das equipas. As organizações devem ser ágeis no seu todo, caso contrário ficam reféns de silos e de velocidades diferentes, que hipotecam a transformação em curso.
  4. Colaboradores: a tecnologia é vista por muitos colaboradores como uma ameaça, pelo que resistem à sua adoção. É essencial que estes se sintam seguros sobre o futuro, sejam apoiados no seu desenvolvimento e na aquisição de novas competências. O sucesso da transformação digital não está em seguir o plano, mas em ter a capacidade de responder às constantes mudanças, e por este aspeto (e todos os outros aqui apresentados), os colaboradores têm de ser o centro da transformação.

Parece fácil de implementar. Não é. Transformar organizações e pessoas, sem comprometer o ritmo do negócio, é um caminho complexo, que exige uma equipa dedicada e experiente. O desafio é grande mas recompensador, e essencial para assegurar vantagem competitiva no futuro.

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Dinheiro fácil e imediato? Banco de Portugal alerta para fraudes através das redes sociais

Segundo o Banco de Portugal, tem existido esquemas fraudulentos que prometem aos consumidores o acesso a "crédito fácil", processo durante o qual são burlados.

O Banco de Portugal alerta para a existência de esquemas fraudulentos, a decorrer nas redes sociais, que dizem dar aos consumidores a possibilidade de aceder a crédito fácil, embora isso nunca venha a acontecer. O aviso foi feito esta segunda-feira, referindo que as pessoas que as pessoas que aderem a estas propostas, em vez de receberem os montantes do empréstimo, acabam por ter de pagar à entidade responsável pela burla.

O comunicado do Banco de Portugal relata a existência de ” diversas situações em que pessoas coletivas ou singulares propõem ao público, através das redes sociais […] a suposta concessão de empréstimos, exigindo, como contrapartida, o pagamento de valores monetários recorrendo a falsas justificações“.

Assim, muitas das situações em que se verifica uma promessa de concessão de “dinheiro fácil e imediato” não passam de fraudes, cometidas por entidades não autorizadas a conceder crédito, com os clientes a acabarem por não receber “os montantes de empréstimo solicitados”.

Além do mais, depois de serem acordados os termos do empréstimo, nomeadamente o valor, juros e montante das prestações, as entidades requerem ainda o pagamento antecipado de um montante, para que a verba “do empréstimo seja supostamente disponibilizada”, algo que nunca vem a acontecer.

Os consumidores veem-se, assim, “envolvidos num contexto de sucessivos pedidos de fundos para desbloqueio do capital, que acreditam estar apenas dependente do pagamento” das quantias pedidas pelos responsáveis pela fraude. Assim, para além de nunca receberem o dinheiro que lhes foi prometido, acabam também por perder valores que eram seus por direito.

Durante o processo, “são solicitadas ao cliente informações pessoais e cópias de documentos”, como é o caso do número de identificação fiscal ou uma cópia do cartão de cidadão. Porém, essa não passa de uma estratégia que quer “dar credibilidade ao pedido”, dando uma maior sensação de segurança a quem adere ao serviço.

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Recurso para o TC “não tem efeitos suspensivos” sobre os apoios sociais. Catarina Martins diz que o “OE foi feito com folga”

Catarina Martins aponta que "OE foi feito com folga e foi feito com autorização ao ministro das Finanças para alterar verbas".

A coordenadora do Bloco de Esquerda congratula-se com a promulgação dos apoios sociais, aprovados no Parlamento à revelia do PS. Catarina Martins sublinha que mesmo que o Governo avance para o Tribunal Constitucional, o recurso “não tem efeitos suspensivos”. O partido aponta ainda que a medida deve custar cerca de 38 milhões por mês, sendo que o Orçamento do Estado (OE) foi feito com folga.

“São centenas de milhares de trabalhadores que estão numa situação muito difícil, cuja atividade foi parada por decreto” devido às restrições da pandemia, aponta Catarina Martins, em declarações transmitidas pelas televisões. Atualmente há cerca de “130 mil pessoas a receber este apoio, podem vir a ser mais com promulgação”, sublinha.

Para Catarina Martins, “é nossa obrigação apoiar quem está sem rendimentos”, reitera, saudando assim a promulgação da lei, aprovada no Parlamento, que faz com que, no apoio para os trabalhadores independentes e sócios-gerentes, o cálculo passe a ser feito com base nos rendimentos de 2019, período antes da pandemia.

A bloquista ainda sublinha que, como o Presidente explica na nota sobre promulgação, “na verdade não há violação da lei travão”, já que o OE “foi feito tendo em conta que estamos em período pandémico, não sabendo medidas confinamento ninguém tem a certeza da duração das medidas de apoio”. “OE foi feito com folga e foi feito com autorização ao ministro das Finanças para alterar verbas” para responder à pandemia, diz.

Para além disso, Marcelo Rebelo de Sousa “lembra e bem que o próprio PS aprovou no Parlamento algumas alterações a estas medidas” de apoio, sendo que nessa altura não houve violação da lei.

Catarina Martins recorda que o Governo anunciou nos estudos que a “medida poderia custar 38 milhões de euros por mês, a alteração”. “É uma medida que só se aplica enquanto há decretos que proíbem determinadas atividades”, pelo que, como estamos em desconfinamento, “acaba por ter efeito mais curto, mas absolutamente comportável”.

(Notícia atualizada às 10h55)

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Portos do continente movimentaram menos 15.900 toneladas em janeiro

  • Lusa
  • 29 Março 2021

Os portos do continente movimentaram 7,47 milhões de toneladas em janeiro. Os mercados energéticos, do carvão, petróleo bruto e produtos petrolíferos registaram um comportamento negativo.

Os portos do continente movimentaram 7,47 milhões de toneladas em janeiro, menos 15.900 toneladas do que no período homólogo, ou seja, um recuo de 0,2%, anunciou a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

“Os portos do continente registaram em janeiro de 2021 um volume total de carga de 7,47 milhões de toneladas, uma quebra de -15,9 mil toneladas face a janeiro de 2020, corresponde a um ligeiro recuo de -0,2%”, indicou, em comunicado, a AMT.

Em janeiro, os únicos mercados que registaram um comportamento negativo foram os energéticos, do carvão, petróleo bruto e produtos petrolíferos, representando, no total, um recuo de 23%. No sentido inverso, entre os mercados com comportamento positivos, destacam-se os que integram a classe de carga geral, com uma subida de 18,8%, sendo responsáveis por 49,3% do mercado total.

A evolução nos mercados de cargas levou a “variações positivas” em Aveiro, Setúbal, Faro e Sines, destacando-se o último porto com mais 450,6 mil toneladas do que em janeiro de 2020, ou seja, com uma subida de 11,9%.

Leixões destaca-se entre os portos com comportamento negativo, penalizado por não ter realizado operações de desembarque de petróleo bruto e por ver reduzido o movimento de produtos petrolíferos em 31,2% em comparação com o período homólogo.

No primeiro mês de 2021, Sines liderou no mercado de movimentação de carga em termos de tonelagem, com uma quota de 56,5%, “a mais elevada de sempre nos meses homólogos”, 6,1 pontos percentuais (pp) acima daquela detida no mês homólogo de 2020.

Segue-se o porto de Leixões com 16,5%, menos 7,4 pp face à de janeiro de 2020, Lisboa, com menos 0,1 pp para 10,5%, Aveiro, que sobe 0,9 pp para 7,3%, a mais elevada de sempre, Setúbal, que avança 0,7 pp para 6,6% e Figueira da Foz, que perde 0,2 pp para 2%.

Por sua vez, Viana do Castelo e Faro têm, respetivamente, 0,4% e 0,1% do total, enquanto Portimão não registou qualquer movimento de carga.

O movimento de segmento de contentores cresceu, em janeiro, 37,5 mil TEU (medida padrão utilizada para calcular o volume dos contentores) face ao mesmo mês de 2020, o que corresponde a 17,1%. Este valor reflete, sobretudo, o movimento do porto de Sines, que aumentou 38,1 mil TEU, traduzindo um acréscimo de 30,9%.

Setúbal e Figueira da Foz, por seu turno, totalizaram ganhos de 29,9% e de 32%.

“O impacto induzido por estes portos foi atenuado pelo registo positivo de Leixões de +0,1% (+61 TEU) e contrariado pelo registo negativo de Lisboa, de -12,9%, correspondente a quase -4 mil TEU”, apontou.

Sines atingiu uma quota de 62,7% no primeiro mês do ano, a mais elevada de sempre apurada nos meses de janeiro, seguido por Leixões (21,3%), Lisboa (10,5%), Setúbal (4,8%) e Figueira da Foz (0,7%).

No que concerne ao movimento dos navios, em janeiro, os portos do continente registaram um decréscimo de 66 escalas, face ao mesmo mês de 2020, para 802. Para esta redução “contribuiu a maioria dos portos”, com exceção de Aveiro e Viana do Castelo, que somaram, respetivamente, mais nove e mais duas escalas.

Lisboa foi o porto que, neste período, teve uma diminuição “mais acentuada” com menos 60 navios, seguindo-se Douro e Leixões (-12) e Sines (-2).

“É de salientar que o efeito das medidas de combate à pandemia de Covid-19 se fez sentir, quer ao nível dos navios de carga, nomeadamente de transporte de petróleo e de produtos petrolíferos, quer ao nível dos navios de cruzeiro, que afetam em especial o porto de Lisboa”, referiu.

O mais elevado número de escalas verificou-se nos portos do Douro e Leixões, que detêm uma quota de 26,2%, seguidos por Sines (21,1%), Lisboa (16,8%), Setúbal (16,2%), Aveiro (12,5%) e Figueira da Foz (4,9%).

No mês em causa, o comportamento dos portos do continente ao nível dos embarques foi “fortemente influenciado” pelo mercado da carga contentorizada em Sines, onde se registou um volume superior ao mês homólogo com mais 32,7%, seguido pelos outros granéis sólidos em Lisboa, com mais 90,9 mil toneladas, e da carga contentorizada em Setúbal, com 47,2 mil toneladas.

As variações negativas foram mais acentuadas no mercado de produtos petrolíferos em Leixões, com menos 65,7%.

Quanto às operações de desembarque de carga, destaca-se o impacto negativo do mercado de petróleo bruto em Leixões, “cujo movimento foi nulo”, tendo perdido assim as 474,9 mil toneladas movimentadas em janeiro de 2020. Esta diminuição representa 58,1% do total das variações negativas.

Em segundo lugar surge o mercado do petróleo bruto em Sines, que perde 10,5%, seguido pelos produtos petrolíferos em Lisboa (-58,9%).

Com comportamento positivo destaca-se o mercado de carga contentorizada em Sines, cujo movimento excedeu o do mês homólogo em 40,4%.

Porém, apesar do volume de carga desembarcada ser superior ao da embarcada em 28,7%, em alguns portos verificou-se uma situação inversa, nomeadamente, Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro, “cujos rácios calculados entre o volume de carga embarcada e o volume total de carga movimentada, assumem, respetivamente, os valores percentuais de 70,9%, 76,7%, 57,4% e 100%”.

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Tem iPhone, iPad ou Watch? Atualize agora para corrigir falha grave de segurança

A Apple lançou no fim de semana novas versões do iOS, iPadOS e Watch OS para corrigir uma nova falha que está a ser "ativamente" explorada por hackers. Problema afeta até os equipamentos mais antigos.

Há uma nova atualização altamente recomendada para iPhone, iPad e Apple Watch. A Apple lançou o pacote no fim de semana para corrigir uma falha de segurança que “pode estar a ser ativamente explorada” por hackers, admitiu a marca.

Tratam-se das novas versões iOS 14.4.2 e iPadOS 14.4.2, estando a primeira disponível para todos os telemóveis da marca a partir do modelo iPhone 6s e a segunda a partir dos modelos iPad Air 2, iPad de quinta geração, iPad mini 4 e iPod touch de sétima geração. Já no caso do relógio, é a versão 7.3.3 do watchOS.

A brecha de segurança permite que pessoas mal-intencionadas executem software no seu dispositivo. Tal é possível devido a um problema num sistema usado pelo Safari, mas também por outros browsers. Para evitar que o problema se torne em algo mais sério, a Apple lançou também uma nova versão do antigo iOS 12, para telemóveis e tablets mais antigos, tratando-se da versão iOS 12.5.2.

As atualizações de segurança podem ser disponibilizadas nos seus equipamentos por via de notificações. No entanto, pode também solicitar manualmente a atualização, acedendo a Definições -> Geral -> Atualizações de software. Depois, siga as instruções, sendo recomendado que mantenha o dispositivo ligado à corrente elétrica durante todo o processo.

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Landing.Jobs lança novo guia para empresas estrangeiras que queiram contratar e estabelecer-se em Portugal

  • Trabalho
  • 29 Março 2021

A segunda edição do "Hiring in Portugal" é feita em parceria com a Aicep e conta com o apoio da Startup Portugal, Investe Lisboa, InvestPorto e da revista Pessoas.

A Landing.Jobs prepara-se para lançar a segunda edição do livro “Hiring in Portugal”, um go-to guide para empresas estrangeiras que queiram contratar em Portugal ou estabelecer-se no país. A ideia deste e-book é facilitar este processo de “chegada” ao mercado, detalhando os processos instituídos e simplificando-os. “Surge com o objetivo de mostrar ao exterior que Portugal é um destino de eleição, não só para turismo, mas também para contratar talento e fazer negócio”, assinala a empresa em comunicado.

Este ano, o livro é lançado em colaboração com a Aicep, e conta ainda com o apoio da Startup Portugal, da Invest Lisboa, InvestPorto e da revista Pessoas.

“Nos últimos tempos, muitas empresas internacionais de relevo têm criado as suas equipas tecnológicas e os seus centros de desenvolvimento em Portugal, muitas delas com a ajuda da Landing.Jobs e da Aicep. Este livro serve para ajudar aqueles que ainda não o fizeram, explicar porque o devem fazer e qual a melhor forma de o fazer”, explica Pedro Moura, CMO da Landing.Jobs.

Dentro do livro, detalha ainda a empresa, os leitores poderão encontrar informações sobre o país no que diz respeito à cultura portuguesa, estilo e custo de vida, o mercado de talento tecnológico, incentivos legais e financeiros, quais os agentes que podem ajudar e em que etapas, entre outras.

Disponível gratuitamente, o lançamento do novo guia está marcado para 6 de abril às 10 horas. O evento online conta com nomes internacionais de relevo como John Graham-Cumming, CTO da Cloudflare, Mark Jacobi, managing director da Volkswagen Digital Solutions, e também representação portuguesa por parte de Luís Filipe de Castro Henriques, CEO da Aicep, João Borga, diretor da Startup Portugal e também Diogo Oliveira e Pedro Moura, CEO e CMO da Landing.Jobs, respetivamente. Terá a moderação de Mariana Barbosa, Diretora Executiva da revista Pessoas by ECO. Pode inscrever-se no evento aqui.

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OMS afasta que Covid-19 tenha tido origem em fuga de laboratório. É “extremamente improvável”

  • ECO
  • 29 Março 2021

Existência de uma fuga do vírus de um laboratório é uma possibilidade “extremamente improvável”, adianta uma investigação desenvolvida pela OMS e pela China.

A transmissão do novo coronavírus, dos morcegos para o ser humano, através de uma outra espécie animal, apresenta-se como o cenário mais provável para as origens da Covid-19. De acordo com a Associated Press (acesso livre), estas são as conclusões de um estudo realizado em conjunto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a China, que afasta o cenário de um erro de laboratório.

A possibilidade de propagação direta de morcegos para humanos foi averiguada, mas foi descartada como a principal possibilidade de transmissão do vírus. No que toca às espécies animais que, eventualmente, poderão ter sido responsáveis pela transmissão do novo coronavírus dos morcegos para os humanos, o estudo relembra que foram encontrados vírus muitos semelhantes nos pangolins. Porém, as martas e os gatos também são suscetíveis a este vírus, o que sugere que também eles poderão ser portadores da doença.

Afastada está a probabilidade de se ter tratado uma fuga do vírus de um laboratório. É, segundo este estudo, uma possibilidade “extremamente improvável”, referem a OMS e a China, país onde surgiu a Covid-19.

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Apesar da pandemia, os portugueses estão a comprar casas mais caras

Portugueses nunca pediram tanto dinheiro aos bancos para comprar casa. Estão a comprar casas mais caras, seja pela subida dos preços, seja por procurarem imóveis maiores.

Apesar das consequências económicas derivadas da crise pandémica, isso não tem impedido as famílias de continuarem a “investir” na compra de habitação própria. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, atualmente, os portugueses estão até a pedir créditos de montantes mais elevados do que alguma vez solicitaram. Sinal de que também estão a comprar casas mais caras.

De acordo com o gabinete estatístico, o capital médio em dívida, para contratos celebrados nos últimos três meses, atingiu em fevereiro os 114.683 euros, um máximo histórico. Este montante representa um acréscimo de 1.450 euros face a janeiro, mês em que esse indicador se ficou pelos 113.233 euros. Comparando com fevereiro de 2020 (105.896 euros), antes de a pandemia chegar a Portugal, a subida foi ainda mais expressiva, na ordem dos 8.787 euros.

Analisando o histórico do INE, que recua até janeiro de 2009, é possível assim concluir que nunca antes os portugueses pediram tanto dinheiro aos bancos para comprar casa. E comprarem casas mais caras, seja pela subida dos preços, seja por procurarem imóveis efetivamente de valor superior, nomeadamente com áreas maiores.

Mas como podem os portugueses estar a investir mais dinheiro em habitação, numa altura em que o país é assolado por uma crise económica? Ao ECO, Nuno Rico, economista da Deco Proteste, destaca que “apesar dos significativos impactos económicos” causados pela pandemia, “uma parte da população” continuou a “exercer a sua atividade profissional em regime de teletrabalho”, não tendo sofrido “redução de rendimentos”.

Segundo o economista, muitos dos portugueses que se inserem neste grupo registaram mesmo um “aumento da poupança”. Efetivamente, de acordo com o INE, a “taxa de poupança atingiu 12,8% (11,0% no trimestre anterior e 7,1% no final de 2019), sendo necessário recuar a 2002 para encontrar uma taxa de poupança idêntica“.

Assim, Nuno Rico destaca que os consumidores que foram capazes de aproveitar as restrições ao consumo impostas pela pandemia para engordarem as suas contas bancárias são aqueles que estão, neste momento, “a procurar novas habitações”. Com esta poupança adicional, os portugueses estão, assim, a mostrar-se disponíveis para comprar casas mais caras. Isso mostra-nos que, apesar da crise, existem perspetivas positivas relativamente ao que o futuro reserva.

Por outro lado, o economista relembra ainda que “as necessidades habitacionais sofreram algumas alterações” no contexto da pandemia, com o “aumento do teletrabalho”, com os “confinamentos” e “restrições de mobilidade” impostos. Isto pode estar a levar os portugueses, de acordo com o economista, a optar pela compra de “imóveis mais caros” ou, por outro lado, “fora dos centros urbanos”.

Porém, esta tendência de aquisição de casas mais caras pode ser explicada por mais algumas razões. As “taxas de juro baixas, os spreads mais reduzidos e algumas oportunidades de compra que começam a surgir no mercado” parecem ser, na ótica dos portugueses, motivos suficientemente válidos para gastarem uma quantia de dinheiro extra na compra de uma nova habitação, ainda que mais cara do que aquela que já detinham.

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L’Oréal vence prémio Pessoas na categoria de “diversidade e inclusão”

Tanto internamente, como externamente, a multinacional tenta ser uma empresa verdadeiramente diversa e inclusiva a todos os níveis.

A diversidade e inclusão estão no ADN da L’Oréal desde sempre, sendo um pilar da empresa tanto externamente como internamente. Esta política valeu-lhe o Pessoas Award na categoria “diversidade e inclusão”, disputado também pela DefinedCrowd e Microsoft.

Para o júri, a escolha da L’Oréal para vencedora deste prémio é justificada por se tratar de uma “empresa centenária que, além de preservar os seus valores históricos, consegue atualizar-se e fazer garantir princípios de igualdade e diversidade a nível internacional”.

Filipa Rodrigues é HR manager and learning for development manger na L’Oréal

“Somos uma empresa onde todas as pessoas, independente das suas características, podem ter um futuro, desenvolver carreira e crescer”

Para a L’Oréal, a beleza é para todos e a sua missão enquanto empresa é fazer com que o conceito de beleza, seja ele qual for, chegue a todas as pessoas e a todas as partes do mundo. Também internamente, a multinacional tenta ser uma organização verdadeiramente diversa e inclusiva. “Somos uma empresa onde todas as pessoas, independente das suas características, podem ter um futuro, desenvolver carreira e crescer”, diz Filipa Rodrigues, HR manager and learning for development manger na L’Oréal.

No grupo, existe um roadmap internacional com alguns grandes objetivos relativamente à diversidade e inclusão e que se reparte por quatro eixos prioritários: género e LGBTI, deficiência, origem socioeconómica e multicultural, e idade e gerações. Internamente, um grande objetivo é “criar awareness e sensibilização de todos os nossos colaboradores para estes temas”. Formações e open talks servem para pôr os colaboradores a falarem sobre estes assuntos e partilharem os seus pontos de vista.

Já externamente, as preocupações materializam-se através de ações e projetos que a empresa leva a cabo para dar voz e fazer acontecer aqueles que são os objetivos que tem em cada uma das dimensões. “Um exemplo concreto disso é tudo o que a L’Oréal Paris fez recentemente com o site, produzindo labels em braile para as pessoas que veem”, refere.

Outro são os processos de seleção, comunicados para a comunidade de pessoas com deficiência. “Somos vistos como um potencial empregador e ajustamos os nossos processos de recrutamentos, de forma a darmos essas oportunidades, preparando também os managers para esses processos”, conta Filipa Rodrigues.

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Isabel dos Santos diz ter sido alvo de uma “vingança pessoal”

  • ECO
  • 29 Março 2021

Isabel dos Santos afirma que João Lourenço deu ordens a procuradores, juízes e espiões angolanos para lançarem uma “campanha política” e processos para desmantelar o seu império de negócios.

Isabel dos Santos acusa o Presidente de Angola de a perseguir, naquela que diz ser uma “vingança pessoal”. De acordo com o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês), em causa está um processo aberto pela empresária no Tribunal de Londres, com a angolana a afirmar que João Lourenço tem como objetivo destruir o seu império empresarial.

A este propósito, Isabel dos Santos afirma que João Lourenço deu ordens a procuradores, juízes e espiões angolanos para lançarem uma “campanha política” e processos para desmantelar o seu império de negócios. Esta acusação tem como base as gravações secretas feitas pelo Black Cube, o grupo de inteligência privado israelita, fundado por ex-oficiais do Mossad, que foram anexadas ao processo judicial em causa.

Ao que tudo indica, a empresa acabaria por conseguir recolher relatos de vários membros da elite política e empresarial angolana sem o conhecimento dos mesmos, tendo sido relatada a existência de um grupo de trabalho governamental dedicado a visar a empresária, “utilizando os recursos do Estado angolano e do poder institucionalizado”.

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Dois em cada três britânicos desistiram de passar férias no estrangeiro

Maioria dos britânicos não tem esperança de conseguir fazer férias no estrangeiro até 2022, por causa da pandemia.

Mais de dois terços dos britânicos não reservaram férias de verão este ano, sendo que a maioria tem receio de ter de cancelar ou reorganizar as reservas que tem marcadas, revela uma pesquisa feita para o Observer, citada pelo The Guardian (conteúdo em inglês). São más notícias para Portugal, que contava com os turistas britânicos para ajudar na retoma do turismo.

A resposta “não vamos tirar férias de verão” é bastante comum nesta pesquisa da Opinium, que mostra que a maioria das pessoas do Reino Unido já se conformou em ficar em território nacional este ano. Isto numa altura em que os ministros de Boris Johnson têm vindo a retirar esperanças quanto a férias no estrangeiro, afirmando ser “altamente improvável” isso acontecer num futuro próximo.

De acordo com a sondagem, apenas 5% dos inquiridos aponta agosto como a data possível para viajar em férias, enquanto 33% das pessoas dizem não acreditar ser possível tirar férias no estrangeiro até 2022. Entre aqueles que já fizeram reservas para este verão, as opções mais populares (44%) são casas no campo ou à beira-mar, seguidas por Airbnb rurais ou à beira-mar. Apenas 13% optaram por férias nos centros das cidades.

Em fevereiro, o primeiro-ministro do Reino Unido apontou 17 de maio como a data em que os britânicos poderiam começar a viajar para fora, contudo, a decisão oficial será tomada apenas a 12 de abril. O Governo português já afirmou mesmo estar a contar com a vinda desses turistas nessa altura.

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Injex já pode exportar os óculos de proteção que criou durante a pandemia

Impossibilitada de crescer, a Injex procura um novo local para instalar uma a sua a fábrica. Não se cinge a Famalicão. A procura abrange os concelhos limítrofes num raio de 20 a 25 quilómetros.

A apanhar sol no jardim, “muito chateado porque tinha a empresa parada”, surgiu-lhe a ideia de desenvolver uns óculos de proteção individual que permitissem usar, em simultâneo, óculos de leitura. Esta foi a forma como José Duarte Pinheiro de Lacerda, fundador e CEO da Injex, respondeu ao desafio lançado pelas autoridades nacionais para as empresas desenvolverem produtos para a emergência do Covid que não existiam.

Um ano depois, a empresa está pronta para começar a exportar este produto, 100% nacional, que recebeu, a semana passada, o certificado europeu. Este era o passo que faltava para atacar o mercado externo. As previsões apontam para a venda de 50 mil unidades em 2021.

Cada par de óculos custa 8,45 euros (mais IVA), mas o preço desce com encomendas de maior volume. São anti-risco, transparentes, não deformam a visão, têm hastes extensíveis, são personalizáveis e, acima de tudo, resultam do processo de desenvolvimento de “uma empresa de subcontratação que faz componentes que outros pensaram”, conta ao ECO Pinheiro de Lacerda. A comercialização e distribuição da marca Looksafety está a cargo da 4Valve, parceira desde o início do projeto.

Para trás ficaram as férias forçadas e 60 dias de lay-off, no início da pandemia. A empresa teve um crescimento homólogo de 7,7% do volume de negócios — este indicador passou de 1,3 milhões de euros em 2019, para 1,4 milhões no ano passado –, de acordo com o empresário, e já está a pensar em desenvolver novos produtos.

As atividades tradicionais – fabrico de componentes técnicos em plástico, destinados à incorporação em máquinas ou até símbolos das marcas automóveis — mantêm-se e são responsáveis pelos resultados alcançados. Mas, entretanto, foi criada uma unidade, a Injex Innovation que agora desenvolve novos produtos “numa base semanal”. “Esta sexta-feira recebemos uma amostra de um cliente italiano, a Lamborghini, que quer uma determinada pecinha. Fruto de contactos cruzados que se vão fazendo ao longo da vida, pediram-nos que estudássemos uma componente de que precisam. Esta segunda-feira a Injex Innovation vai começar a tratar do assunto”, explica o CEO.

“Estamos numa mudança de paradigma”, assegura. “Já somos, muito mais, uma empresa de desenvolvimento do que apenas de fabricação de componentes”, acrescenta o fundador da Injex. Uma transformação que tem sido feita também em parceria com várias universidades.

Para desenvolver estes óculos, que têm como público-alvo trabalhadores do setor da saúde e proteção civil, a empresa investiu 90 mil euros. Contou com uma comparticipação de 41.600 euros de fundos europeus, que corresponde a 80% do investimento elegível (52 mil euros), de acordo com o Norte 2020. Mas o empresário espera conseguir um apoio adicional de mais 15%, já que considera ter cumprido as condições predefinidas: o projeto ficar concluído dois meses a contar da data da notificação da decisão favorável da autoridade de gestão. Até agora já recebeu metade do incentivo inicialmente acordado.

Mas, Pinheiro de Lacerda lamenta a complexidade da candidatura e os prazos apertados: “Tivemos de mudar a nossa cabeça do produto para os formalismos da candidatura”. Acabaram por se atrasar no desenvolvimento do produto em si, que só chegou ao mercado este trimestre e não após o verão, como inicialmente tinham estimado.

Os óculos, “que se apresentaram como um desafio técnico e de design” e “uma forma de “acudir à pandemia de forma diferenciada e diferenciadora”, levaram à contratação de mais oito colaboradores. Não foram só os óculos, garante o fundador da Injex. A necessidade de dar resposta ao “volume de vendas muito bom”, seja na área automóvel e como na não automóvel, explica a equipa de 38 funcionários.

À procura de um terreno industrial de 7.000 metros quadrados

Mas não foi só a equipa que cresceu. A empresa está, “neste momento, a ampliar o espaço de fábrica” que tem, mas não chega. “À vista do que já temos é apenas um paliativo. Andamos à procura de uma localização completamente nova”, conta o responsável.

Impossibilitados de crescer no espaço que ocupam presentemente, a procura de um novo local para a fábrica não se cinge a Famalicão — abrange os concelhos limítrofes num raio de 20 a 25 quilómetros. Não pode ser mais longe, porque Pinheiro de Lacerda faz questão de manter a mesma equipa que o fez chegar até aqui.

Com cerca de dois a três milhões de euros na carteira para ir às compras, o industrial — que se orgulha de o ser, fruto do seu trabalho e não de heranças — admite que já bateu “a 20 portas”, mas ainda não encontrou a solução com cerca de sete mil metros quadrados de terreno industrial e perto de um eixo rodoviário. Uma característica importante para receber matérias-primas, despachar mercadorias e receber clientes. A ideia é fazer um primeiro edifício de área coberta de dois mil metros quadrados, quase dobro do que tem hoje. O espaço remanescente permitirá crescer à medida das necessidades.

“Agarrar nas trouxas e mudar, é uma necessidade latente há muito tempo, mas tem sido adiada. Agora, o passo terá de ser dado”, reconhece Pinheiro de Lacerda. Ficar em Famalicão é “a solução preferida”, mas não fecha a porta “a outras possibilidades, que existem”, garante. Esta semana está na agenda uma deslocação a Amarante. A meta é encontrar um “bom local a baixo preço”, sendo que o empresário já tem como adquiridos os apoios que as autarquias “oferecem” em termos de isenções fiscais e taxas de licenciamento.

Escassez de matérias-primas

Para já a empresa, que nasceu em 2003, enfrenta uma escassez de matérias-primas. Um problema que afeta todas as empresas do setor dos moldes que usam “matérias-primas sofisticadas”. “Todos os que trabalham nesta área, neste momento, são confrontados com a ausência de matérias-primas. A escassez de matérias-primas afeta-nos muito”, reconhece do presidente executivo da Injex.

“Oferecemos produtos bastante diferenciados na nossa área e utilizamos matérias-primas bastante específicas que vêm todas do mercado externo”, detalha. “Não existem, não chegam cá. Andamos todos aflitos, a tentar inventar soluções alternativas que nunca foram possíveis porque a indústria automóvel não aceita. Neste momento, está toda a gente em pânico”, perante a falta de polímeros, derivados de petróleo, utilizados pela indústria dos moldes, conta. “Não entendo como é que os produtos, que toda a vida existiram, agora, de um momento para o outro, deixaram de existir. A verdade é que a situação é generalizada”, desabafa.

A empresa, que se assume como sendo 4.0, já que tem a maior parte dos processos todos digitalizados, sobretudo no armazém, exporta diretamente 15% da sua produção e indiretamente 95%.

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