Estão abertas as candidaturas ao programa de estágios do Banco de Portugal

Os estágios são remunerados, têm a duração mínima de seis meses e máxima de doze meses. Candidaturas encerram a 31 de março.

Já arrancou a fase de candidaturas para o programa de estágios do Banco de Portugal. Neste momento, estão ativos três programas, em diferentes áreas, e tem até ao dia 31 de março para submeter a sua candidatura no site da instituição. Pode fazê-lo através deste link.

Existem três programas de estágios aos quais poderá concorrer, consoante a sua área de formação. O primeiro é direcionado aos formados em direito. O segundo programa procura jovens formados nas áreas de sistemas de informação, engenharia informática, gestão de informação, ciência de dados ou matemática aplicada e, finalmente, o terceiro, é destinado às áreas de economia, gestão ou finanças.

Qualquer um deles tem como requisito mínimo, no que toca a percurso académica, a licenciatura concluída e a frequência do mestrado, sendo que a parte escolar deste deve estar concluída até ao final de setembro de 2021. Além disso, são recomendadas médias iguais ou superiores a 14 valores e experiência profissional inferior a dois anos na sua área de formação.

Os estágios são remunerados, têm a duração mínima de seis meses e máxima de doze. Este programa é uma aproximação à vida ativa, que permite aos estagiários desenvolver atividades integradas no normal funcionamento do Banco de Portugal, com vista à e consolidação da formação adquirida e aquisição de experiência profissional”, lê-se nas ofertas publicadas pelo Banco de Portugal.

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Pedro Nuno Santos acusa Casimiro de “enganar” o Governo. “Não é sério”, diz

Nas negociações para chegar a uma solução para os problemas financeiros da Groundforce, o acionista privado terá "tentado enganar" o Governo, de acordo com o ministro das Infraestruturas.

O acionista privado da Groundforce, Alfredo Casimiro, tentou enganar o Governo, acusa o ministro das Infraestruturas e Habitação Pedro Nuno Santos. Em causa está o processo de negociação de uma solução para os problemas financeiros da empresa de handling, que passaram por várias opções e acabaram por resultar numa venda de equipamentos à TAP.

Numa audição parlamentar na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, Pedro Nuno Santos defendeu que “foi feito tudo o que podia ser feito”. A TAP fez adiantamentos de faturas desde agosto para apoiar a quebra nas receitas causada pela pandemia, mas quando havia 12,4 milhões de euros adiantados à Groundforce, a companhia aérea pediu garantias, “o que me parece uma posição correta”, diz o ministro.

A garantia pedida era das ações da empresa. “Entramos num processo negocial com o privado e estivemos sempre a negociar tendo como centro ter as ações como garantia. Inclusivamente tivemos Casimiro a dizer que ia ceder as ações como garantia. Tivemos boa fé e só à última hora soubemos que já havia um penhor. Foi um momento infeliz em que um empresário português tenta enganar o Estado português, o Governo, o país e os trabalhadores“, acusa.

Só após uma semana de negociações e com 2.400 trabalhadores com salários em atraso é que se soube que as ações estavam já penhoradas junto do Montepio, com um segundo penhor sobre parte dessas mesmas ações no Novo Banco. Casimiro alega que esta situação não impedia o avançar da operação, enquanto a TAP garante que pediu uma participação sem qualquer ónus.

O Montepio já terá executado o penhor, o que — “se for verdade porque a entidade não confirmou — abre uma nova perspetiva de resolução do problema da Groundforce” pois poderá possibilitar a venda da participação e afastar o atual acionista. “Se as notícias que dão conta da execução de penhor forem verdade, é uma boa notícia“, diz o governante.

Self-handling “não está previsto”

Face ao impasse do penhor, foi delineada uma nova solução que passava por um aumento de capital de 7 milhões de euros. Também não avançou porque os dois acionistas não se entenderam em relação aos termos da operação. Casimiro dizia estar disponível para acompanhar se lhe fosse garantido que o contrato de serviços com a TAP seria prolongado por dez anos.

“Estamos a falar de alguém que tem dezenas de milhões de dívidas. Se tem milhões de euros para um aumento de capital, então tem primeiro de pagar a quem deve. Não era uma opção séria, era uma manobra de diversão“, considera o ministro. O aumento de capital foi afastado e a opção que foi conseguida foi uma outra.

A TAP e a Groundforce acordaram a venda de 7 milhões de euros em equipamentos, permitindo desbloquear liquidez e pagar salários e impostos. Está prevista a recompra destes ativos, mas não será para já até porque funcionam como “salvaguarda” para a TAP. Questionado sobre a TAP se ter licenciado para self handling, Pedro Nuno Santos clarificou que “não é o que está previsto” que a empresa o venha a fazer, mas que é uma segurança.

CGD e Banco de Fomento ainda não viram condições para emprestar 30 milhões

Esta solução não é, no entanto, permanente e o dinheiro deverá chegar para apenas dois meses. A Groundforce está ainda a aguardar uma garantia pública para um empréstimo bancário de 30 milhões de euros. Pedro Nuno Santos explicou que, apesar de o pedido ter sido endereçado ao Ministério das Infraestruturas, são as Finanças que têm a decisão final.

O empréstimo não chegou mais cedo por uma série de razões, a primeira foi a demora na chegada de informação financeira da empresa. Julgo que um governo de qualquer outro partido seria também rigoroso na concessão do empréstimo e por isso compreendem as Finanças e a Economia sem terem todas as informações”, referiu o governante. Sublinhou que o Banco de Fomento e a Caixa Geral de Depósitos “não sentiram que houvesse condições” ainda para fechar o empréstimo.

Estamos a trabalhar numa solução estrutural para a empresa, não desistimos, mas obviamente temos um problema”, revelou, apontando que também a companhia aérea está em dificuldades pelo que é preciso definir uma estratégia conjunta. “Dificilmente a empresa terá mais alguma coisa para dar à TAP em abril e é preciso ter consciência disso. A TAP não pode continuar a fazer adiantamentos e por isso precisamos rapidamente de encontrar uma solução estrutural e espero que nas próximas semanas o consigamos”, diz.

“O Estado português e o Governo não querem que a Groundforce caia. Estamos a tentar encontrar uma solução para a TAP e ao mesmo tempo para a Groundforce“, afirmou ainda. O ministro acrescentou que uma eventual nacionalização — que já disse não ser o principal cenário — seria uma possibilidade sempre “temporária” por imposição da Comissão Europeia. E, por isso, vai ainda avaliar se “faz sentido” manter uma posição minoritária.

Questionado sobre uma eventual auditoria à gestão da empresa de handling, Pedro Nuno Santos explicou que, como a TAP é o acionista minoritário, “é uma questão que neste momento não se coloca”, mas admite que possa vir a colocar-se. “Não temos condições de fazer essa auditoria enquanto o acionista privado não quiser”.

(Notícia atualizada às 11h20)

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Navio encalhado no Canal de Suez está a criar fila de embarcações

  • Lusa
  • 24 Março 2021

O porta-contentores da Evergreen encalhou de forma acidental, provavelmente depois de ter sido atingido por uma rajada de vento.

Um navio porta-contentores encalhou no Canal do Suez depois de ter sido atingido por rajadas de vento e provocou a paragem da circulação marítima numa das rotas mais utilizadas do mundo, anunciou a companhia que opera a embarcação.

Uma foto divulgada na terça-feira mostra o navio MV Ever Given, com pavilhão de Taiwan, com 400 metros de comprimento e 59 metros de largura atravessado no canal impedindo o tráfego. “O porta-contentores encalhou de forma acidental, provavelmente depois de ter sido atingido por uma rajada de vento“, disse à AFP a companhia Evergreen Marine Corp.

A empresa acrescenta que “está em contacto com as partes envolvidas, entre elas a autoridade que gere o Canal do Suez, para ajudar o navio o mais depressa possível”.

A agência Bloomberg indica que, após o incidente, mais de 100 navios estão a aguardar a possibilidade de passar pelo canal. “Houve um incidente, (o navio) encalhou”, disse à Bloomberg o diretor da BSM Hong Kong que gere o MV Ever Given.

De acordo com o portal de vigilância marítima Vessel Finder, o navio tem como destino o porto de Roterdão, na Holanda.

“Os rebocadores estão neste momento a tentar fazer com que o navio volte a navegar”, disse a empresa Leth Agencies, que fornece serviços aos clientes que utilizam o canal.

Até ao momento, as autoridades do Egito ainda não se pronunciaram sobre o incidente.

O Canal do Suez, inaugurado em 1869, garante a passagem de 10% do comércio marítimo internacional. Cerca de 19 mil navios utilizaram a passagem em 2020, de acordo com a Autoridade do Canal do Suez (SCA). A passagem marítima é uma fonte de rendimentos essencial para o Egito, que beneficiou de 5,6 mil milhões de dólares em taxas, no ano passado.

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Penalização por cancelar telecomunicações em fidelização gera 2.500 queixas em 2020

  • Lusa
  • 24 Março 2021

Das 125.500 reclamações sobre prestadores de serviços de comunicações que chegaram a Anacom em 2020, 2% foram motivadas por ter sido cobrada penalização por cancelamento antecipado.

Cerca de 2.500 clientes de telecomunicações que mudaram de residência, por imprevistos como desemprego ou emigração, reclamaram ao regulador sobre penalizações por cancelamento antecipado dos contratos, em 2020, apesar de metade do ano vigorarem medidas de proteção àqueles clientes.

Das 125.500 reclamações sobre prestadores de serviços de comunicações que, no ano passado, chegaram ao regulador do setor, a Anacom, 2% foram motivadas por ter sido cobrada penalização por cancelamento antecipado, durante o período de fidelização, dos serviços de comunicações mesmo havendo uma alteração de circunstâncias na vida do reclamante, implicando mudança de morada motivada por imprevistos como emigração, institucionalização ou desemprego, entre outros.

Essa cobrança representou também 2% do total de queixas em 2019, ano em que a Anacom recebeu menos reclamações, num total de 97.700, o que traduz um aumento em 2020, face a 2019, de cerca de 550 reclamações sobre cobrança de penalização naquelas situações, ao passar de cerca de 1.950 reclamações em 2019 para pouco mais de 2.500 no ano seguinte.

Segundo declarações da Anacom à Lusa, os números das queixas motivadas pela cobrança de penalizações por rescisão antecipada incluem todos os casos, relacionados ou não com a Covid-19, ao abrigo da legislação de proteção que, entre março e setembro, permitiu a rescisão unilateral de contratos sem penalização para motivos comprovados, como quebra de rendimento ou desemprego.

As reclamações ao regulador das telecomunicações devido a mudança de morada são ainda, além das penalizações pelo fim antecipado do contrato, sobre renegociação da modificação do contrato motivada pela alteração da morada, mas o seu peso, de 3% tanto em 2019 como em 2020, face aos totais de queixas, foi em ambos os anos de 2%, superior ao das queixas de penalizações, mas sem aumento nem descida.

Das medidas legislativas de proteção dos utilizadores de serviços públicos essenciais, como comunicações eletrónicas, entre março e setembro de 2020, o balanço da Anacom soma 4.196 clientes com mecanismos de adaptação à crise pandémica, dos quais 1.296 pediram aos principais prestadores a cessação unilateral do contrato, que foi a solução mais requerida em caso de quebra do poder de compra por efeito da pandemia ou da doença Covid-19, e com uma percentagem de aceitação pelos prestadores de 92,7% (1.202) dos pedidos de cessação.

Na Vodafone, desde o início da pandemia, o número de pedidos de cancelamento de contratos aumentou cerca de 30%, um incremento que fonte oficial da empresa atribui às “justificadas razões de exceção” que Portugal atravessa, por causa da doença Covid-19, e ao qual o operador diz ser “obviamente sensível” face ao contexto económico e social e às dificuldades dos clientes.

Fonte oficial da NOS, também em resposta à Lusa, assumiu-se “sensível às dificuldades” dos clientes e “há muito” ter medidas especiais para a impossibilidade ou dificuldade no pagamento de serviços de comunicações e demonstrar “flexibilidade” para lidar com diferentes situações, fazendo uma análise “cuidada” de cada caso e possibilitando, em alguns, a suspensão temporária do serviço ou cessação antecipada sem penalização.

“A Altice Portugal [que detém a Meo] não disponibiliza esses dados, mas assinala que sempre analisou (e continua a analisar), caso a caso, todas as situações dos seus clientes com dificuldades em suportar os consumos de telecomunicações”, revelou a operadora.

Mesmo antes da pandemia, o desemprego, emigração e alteração de morada, situações de alteração anormal – ou imprevisível – das circunstâncias, como lhe chama o Código Civil, eram já justificações, depois de uma apreciação do operador baseada em provas do cliente, para o cancelamento antecipado de um contrato de telecomunicações em período de fidelização.

Mas a alteração de morada só habilita a cancelar o contrato se não for possível manter, com o mesmo operador, o serviço na nova morada, nomeadamente porque o cliente mudou de residência para um lar ou habitação partilhada – como a casa dos pais – que já tem serviço de telecomunicações, gerando em muitos casos ameaças das operadoras da cobrança de penalização por quebra da fidelização contratada.

Estes conflitos, entre clientes e operadores de telecomunicações, não competem à Anacom resolver, mas sim aos tribunais, incluindo centros de arbitragem de conflitos de consumo ou julgados de paz.

Juristas da associação de defesa do consumidor Deco fazem a mediação dos conflitos, tentando um acordo entre o consumidor e o operador, que evite ter de recorrer ao poder judicial para assegurar que não têm penalização.

“A lei, em termos gerais, já permite exigir o cancelamento ou modificação, mas o que acontece é que a pessoa [cliente] fica um bocadinho dependente da boa vontade em resolver as coisas a bem pelo operador“, afirmou o jurista da Deco, Luís Pisco, aproveitando a ocasião para reafirmar que a transposição do Código das Comunicações, prevista para breve, deveria incluir uma permissão ao consumidor de “automaticamente” fazer valer esse direito legal.

É que, não havendo tal boa vontade do operador, só um tribunal pode declarar que a alteração de circunstância ocorreu e motivou a alteração ou cessação contratual, uma exigência que a Deco diz “limitar o exercício” dos direitos dos consumidores e constituir um “obstáculo” para exercer.

Na maioria dos casos mediados pela associação, o consumidor pede ajuda porque não conseguiu resolver “a bem” o conflito, admitindo o jurista que possam existir “milhares de outras” reclamações que não chegam à Deco, porque na associação queixas do cancelamento antecipado nas telecomunicações são ainda residuais face ao total de queixas, embora as telecomunicações sejam, há mais de uma década, um dos setores líderes das reclamações.

“Se a lei [das comunicações] definir procedimentos simples e transparentes da prova de quebra de rendimento, alteração de residência ou emigração, através por exemplo de um documento da entidade patronal ou da entidade que deixou de pagar o ordenado no caso de despedimento”, resolveria muitos dos obstáculos enfrentamos pelos clientes de telecomunicações, conclui Luís Pisco.

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Pedro Nuno Santos explica situação da Groundforce e TAP. Assista aqui

  • ECO
  • 24 Março 2021

O Ministro das Infraestruturas e da Habitação foi chamado ao Parlamento para responder às questões dos deputados sobre a Groundforce e a TAP.

O Ministro das Infraestruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos vai responder esta quarta-feira às questões deputados sobre a Groundforce e a TAP, após as duas empresas terem chegado a um acordo que desbloqueia sete milhões de euros para pagar os salários em atraso na empresa de handling. A componente da habitação no Plano de Recuperação e Resiliência será também um tema em cima da mesa.

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Nas notícias lá fora: restrição à exportação de vacinas, Intel e Tesla

  • ECO
  • 24 Março 2021

A UE irá restringir as exportações de vacinas por seis semanas. A Intel investe em novas fábricas de produção e o Elon Musk anuncia que os carros da Tesla podem sem comprados com bitcoin.

As vacinas contra a Covid-19 continuam a marcar a realidade europeia, desta vez a UE irá restringir as exportações de vacinas por seis semanas, afetando assim o Reino Unido. Esta quarta-feira é marcada por notícias de tecnologia, com a Intel a investir em novas fábricas de produção e Elon Musk a anunciar que os carros da Tesla podem agora sem comprados com bitcoin. Destaque também para a fusão do CaixaBank e Bankia, aprovada pelo regulador espanhol. Por fim, no Egito, um cargueiro bloqueou um dos sentidos do Canal do Suez.

The New York Times

UE vai restringir as exportações de vacinas por seis semanas

A Comissão Europeia está a finalizar uma lei de emergência que trava as exportações de vacinas contra a Covid-19 fabricadas dentro do bloco europeu nas próximas seis semanas, uma resposta à escassez de vacinas. As novas regras provavelmente interromperão o fornecimento para o Reino Unido.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

Cinco Días

Fusão CaixaBank-Bankia mantém condições comerciais durante três anos

A Comissão Nacional do Mercado de Concorrência de Espanha emitiu um parecer favorável à fusão do Bankia e do CaixaBank, mas o grupo terá de evitar a exclusão financeira e o aperto de comissões e condições comerciais. Assim, o regulador impôs um conjunto de condições para garantir que a entidade não fica em posição de monopólio ou duopólio.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Intel vai aumentar a produção de chips nos EUA

A Intel vai gastar 20 mil milhões de dólares (cerca de 16,8 mil milhões de euros) para construir duas novas fábricas de chips no estado do Arizona. Esta é uma nova estratégia da empresa, depois de se ter debatido a sua retirada da produção, por ter ficado para trás face aos concorrentes asiáticos, como a Samsung. Além da fábrica, a estratégia inclui o lançamento de um serviço para produzir chips para outras empresas.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Carros da Tesla podem ser comprados com bitcoin

O dono da Tesla, Elon Musk, escreveu, esta quarta-feira no Twitter, que os automóveis elétricos da empresa agora podem ser comprados com bitcoin. A opção estará disponível fora dos Estados Unidos ainda este ano. Musk acrescentou ainda que o bitcoin pago pelos carros não será convertido para moeda tradicional.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Guardian

Cargueiro egípcio bloqueia um dos sentidos do Canal do Suez

Um cargueiro, com bandeira do Panamá, de 93 mil toneladas bloqueou um dos sentidos do Canal do Suez, que teve de ser encerrado. O cargueiro gigante da Evergreen foi desviado de rumo pelos fortes ventos que se fazem sentir na zona do Suez, e em todo o Egito, tendo bloqueado a entrada do canal, em Ismailiya, no Mar Vermelho. No entanto, o trânsito marítimo neste canal estratégico continua fazer-se no sentido Mediterrâneo/Mar Vermelho.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Já pode comprar um automóvel da Tesla e pagar em bitcoin

O "patrão" da Tesla, Elon Musk, anunciou que a marca de automóveis já permite aos clientes pagarem com bitcoin. Empresa reterá o dinheiro em criptomoeda e não o converterá para dólares ou euros.

Os automóveis estão oficialmente entre o tipo de produtos que já é possível comprar e pagar com bitcoins. Elon Musk, “patrão” da Tesla, anunciou no Twitter que a empresa já aceita pagamentos com a criptomoeda, cumprindo a promessa feita pela empresa em fevereiro.

“Já pode comprar um Tesla com bitcoin”, escreveu o gestor, que é considerado o homem mais rico do mundo. Noutra publicação, o “Technoking” da Tesla assegurou que os montantes recebidos pela Tesla em bitcoin serão “retidos em bitcoin e não convertidos para moeda fiduciária”.

A 8 de fevereiro, a Tesla revelou, numa nota enviada ao regulador norte-americano dos mercados de capitais, ter aplicado 1,5 mil milhões de dólares na criptomoeda. A fabricante de carros elétricos disse ainda que se preparava para aceitar pagamentos em bitcoin pelos seus produtos, que poderiam ou não vir a ser convertidos para moeda fiduciária (dólar, euro…).

Mais de um mês depois, Elon Musk anuncia agora que isso já é possível, sendo que, segundo cálculos do ECO feitos em fevereiro, será possível adquirir um automóvel com uma só bitcoin e mais uns “cêntimos”, caso o valor da moeda virtual continue a transacionar nos valores atuais.

O tweet de Elon Musk está a puxar pelo valor da bitcoin. A criptomoeda negoceia a mais de 56 mil dólares a unidade, uma subida intradiária de 3,35%, com os investidores a anteciparem que cada vez mais investidores institucionais estejam a planear aceitar este criptoativo como forma legítima de pagamento.

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Queda em Wall Street contagia Ásia e Europa. Lisboa perde quase 1%, sob pressão da Galp e BCP

Os investidores estão a vender ações perante a possibilidade de uma subida de impostos nos EUA e a implementação de novos confinamentos na Europa. Lisboa segue a mesma tendência.

As bolsas europeias abriram em terreno negativo, acompanhando a queda dos mercados asiáticos, que recuaram para mínimos de há duas semanas.

O Stoxx 600 cai 0,5%, enquanto o britânico FTSE 100 recua 0,7%, o francês CAC-40 perde 0,7%, o alemão DAX cede 0,8% e o espanhol IBEX-35 recua 0,8%. O índice de referência português PSI-20 desvaloriza 0,71%, para 4.843,29 pontos, pressionado pelos setores da banca, energia e telecomunicações.

A perspetiva de aumentos de impostos nos EUA para financiar um plano da Administração Biden assustou os mercados bolsistas, gerando alguma pressão vendedora. Os novos confinamentos na Europa também estão a pesar no sentimento dos investidores.

As ações da Galp Energia surgem entre as principais quedas. A petrolífera recua 1,11%, para 9,784 euros, apesar da subida dos preços do petróleo. O Brent avança 1,1%, para 61,46 dólares, ainda que tenha estado sob pressão em sessões anteriores devido às expectativas de menor procura.

Também na energia, os títulos da EDP desvalorizam 1,23%, para 4,962 euros, enquanto a subsidiária EDP Renováveis negoceia na linha de água.

Outra das principais quedas do índice é protagonizada por mais uma empresa de peso, o BCP. A instituição bancária liderada por Miguel Maya cede 1,46%, para 11,44 cêntimos cada título. Da banca para as telecomunicações, a operadora Nos contribui para o recuo da bolsa de Lisboa com uma perda de 1,09%, para 3,092 euros.

Há também quedas entre as papeleiras, com a Altri a ceder 1,28% e a Navigator a recuar 0,73%. Entre as holdings, a Sonae recua 1,14% e a concorrente Jerónimo Martins negoceia na linha de água.

Apenas a Corticeira Amorim evita uma maior queda do índice português no arranque da sessão, ao subir 0,58%, para 10,4 euros por ação.

A venda de ações e a maior perceção de incerteza quanto ao futuro está a puxar ligeiramente pelo valor do ativo de refúgio de referência, o ouro. A onça ganha 0,19%, para 1.728,45 dólares.

Nos ativos de risco, destaque ainda para a subida de 3,6% do preço da bitcoin, para o equivalente a 56.216,4 dólares. Já em relação às divisas fiduciárias, o euro recua 0,24% face ao dólar, cotando a 1,182 dólares, um mínimo de outubro de 2020.

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Autárquicas poderão realizar-se a 26 de setembro

  • ECO
  • 24 Março 2021

O primeiro-ministro deixou escapar que as eleições autárquicas terão lugar "em setembro". Cruzando esta informação com o disposto na lei, só há um dia elegível: 26 de setembro.

As autárquicas “serão só em setembro”, afirmou recentemente o primeiro-ministro, António Costa, a quem compete marcar o dia do sufrágio. Ora, olhando para o calendário, só há uma data disponível: 26 de setembro.

De acordo com a TSF, a Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais prevê, no artigo 15.º, que as eleições autárquicas aconteçam entre 22 de setembro e 14 de outubro de 2021. E terão de ser a um domingo, ou feriado, ficando disponível apenas o dia 26.

Apesar de não haver confirmação oficial, a dedução resulta do cruzamento da lei com as palavras do chefe do Governo. A rádio explica ainda que há mais dois domingos inseridos no período em que podem ter lugar as eleições, só que são já em outubro, nomeadamente os dias 3 e 10.

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Enfermeiros do SNS não chegam para os novos postos de vacinação em massa

  • ECO
  • 24 Março 2021

Escassez já se sentia antes da pandemia. Autarquias fazem o que podem para abrir mais centros de vacinação, inclusive acordos com farmacêuticos.

A task force quer ter mais de 150 centros de vacinação em massa preparados para arrancar quando as doses começarem a chegar em maior quantidade, mas algumas autarquias já avisaram que não conseguem assegurar novas equipas de enfermeiros e médicos para os novos espaços. A informação foi passada pelas autarquias de Lisboa, Porto, Gaia, Sintra, Loures e Cascais ao Público (acesso condicionado)

Além dos enfermeiros e outros administrativos as normas da Direção-Geral da Saúde requerem a presença de um médico, caso surjam reações adversas, lembrou Nuno Jacinto, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. O responsável não acredita que os profissionais dos centros de saúde sejam suficientes para esta campanha, afinal, recorda, “começamos há três meses e ainda não conseguimos acabar a fase 1″.

Nas autarquias faz-se o que pode. Sintra tem cinco postos e acordo com a Associação Nacional de Farmácias para que farmacêuticos possam integrar as equipas de vacinação. Por outro lado, em Loures, só foi aberto um posto extra, devido “à recusa” do agrupamento de centros de saúde. Gaia vai abrir um novo centro em abril, e no Porto a aposta é no drive thru. Em Lisboa já existem 11 postos extra de vacinação e em Cascais tem dois postos, mas irá duplicar este número no próximo mês.

O objetivo da task force com os novos centros de vacinação é passar do ritmo de cerca de 20 mil inoculações por dia, para 60 mil em abril e mais de 100 mil em maio e junho.

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Feedzai levanta ronda Série D de 200 milhões. Ganha estatuto de unicórnio

Empresa liderada pelo português Nuno Sebastião captou financiamento liderado pela KKR, e que conta com participação da Sapphire Ventures e da Citi Ventures.

A Feedzai, empresa portuguesa fundada por Nuno Sebastião, levantou uma ronda de 200 milhões de dólares, liderada pela KKR, que aumenta sua a avaliação para mais de 1.000 milhões de dólares, conferindo-lhe o estatuto de unicórnio. A ronda conta ainda com outros investidores que já tinham participação na empresa, como a Sapphire Ventures e a Citi Ventures, detalha a Reuters.

Em comunicado, a empresa com sede em Coimbra detalha que se trata de uma ronda de investimento de Série D que servirá para acelerar a expansão global da Feedzai e expandir a gama de produtos. “O novo investimento será usado para acelerar a expansão global da companhia, desenvolver a oferta de produtos, reforçar a estratégia de parceiros e o posicionamento como uma das melhores soluções de prevenção e gestão de risco financeiros no mercado”, assinala a empresa.

Os crimes financeiros movem-se rapidamente e 2020 e a pandemia global aceleraram-nos ainda mais.

Nuno Sebastião

CEO da Feedzai

A Feedzai desenvolve tecnologia que ajuda bancos e outras empresas financeiras a prevenir fraudes em pagamentos, lavagem de dinheiro e outros tipos de iniciativas ilícitas, recorrendo a inteligência artificial e machine learning. A empresa com base em Coimbra, tem as áreas de operações e de engenharia baseadas em Portugal, e trabalha com clientes como a Citigroup Inc, Fiserv Inc, o Banco Santander ou a fintech SoFi.

Os crimes financeiros movem-se rapidamente e 2020 e a pandemia global aceleraram-nos ainda mais“, assinala Nuno Sebastião. CEO da Feedzai, citado em comunicado. “Para estar à frente, o produto e a investigação precisam de ser mais rápidos, e é nisso que estamos a investir”, acrescenta, adiantando que as aquisições são uma opção.

Atualmente, a Feedzai monitora empresas com mais de 800 milhões de clientes em 190 países, e os produtos desenvolvidos pela fintech protegem metade das populações do Reino Unido e do Canadá, bem como quatro dos cinco maiores bancos da América do Norte.

O ano passado ficou marcado por uma aceleração digital, que fez crescer o uso de serviços da banca digital e de pagamentos. Esta transição rápida levou também a um aumento de crimes financeiros online. De acordo com um estudo da Feedzai, os consumidores sofreram um aumento de 650% de apropriações de contas bancárias, e os ataques de fraude através da banca online cresceram 250% no último trimestre de 2020, em comparação com o período homólogo.

Depois da Farfetch, fundada por José Neves, da OutSystems, de Paulo Rosado, e da Talkdesk, fundada por Cristina Fonseca e Tiago Paiva, a Feedzai é a quarta empresa fundada por portugueses e com estatuto de unicórnio. Das quatro, é a única que mantém a sede em Portugal. Em 2017 anunciou uma ronda de 50 milhões, a maior captada por uma startup portuguesa à data, financiamento a que Nuno Sebastião chamou de “almofada para os dias de chuva“.

*Notícia atualizada às 8h07 com mais informação.

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Pharol e Oi colidem por causa da blindagem dos estatutos

  • ECO
  • 24 Março 2021

A administração liderada por Palha da Silva quer desblindar os estatutos da Pharol, mas a Oi é contra e apresentou uma proposta inversa, para manter esse limite.

O Conselho de Administração da Pharol quer alterar os estatutos da empresa para remover o limite que impede os acionistas de votarem com mais de 10% dos direitos de voto, mesmo que tenham mais ações. Porém, a proposta está a gerar celeuma. A Telemar Norte Leste, que pertence ao grupo Oi e tem 10% das ações da Pharol, colocou em cima da mesa uma proposta no exato sentido oposto, para manter a “blindagem” nos estatutos.

A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios (acesso pago). A operadora brasileira “não entende ser oportuno, no atual contexto pandémico”, alterar “disposições estruturais de governo societário” da Pharol. Em contrapartida, a administração liderada por Luís Palha da Silva acredita que “a blindagem estatutária afigura-se mais prejudicial do que benéfica à sociedade”.

A desblindagem deixaria a empresa portuguesa mais exposta a eventuais ofertas de aquisição, pois a compra da Pharol daria ao seu comprador o controlo de uma posição de 5,3% na Oi, da qual a Pharol é o segundo maior acionista, explica o jornal. A Pharol, ex-holding da Portugal Telecom, está cotada no PSI-20.

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