Volkswagen condenada a pagar 16 milhões em Espanha pelo caso “dieselgate”

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2021

O juiz espanhol deu razão à queixa coletiva da Organização de Consumidores e Utilizadores, que pedia uma indemnização de 3.000 euros para cada um dos afetados.

A justiça espanhola condenou a Volkswagen Espanha a pagar mais de 16 milhões de euros aos consumidores prejudicados no escândalo “dieselgate” de manipulação de motores, considerando que o “software” instalado camuflou as condições de emissão de gases.

Na sentença, o juiz deu razão à queixa coletiva da Organização de Consumidores e Utilizadores (OCU) espanhola, que pedia uma indemnização de 3.000 euros para cada um dos afetados.

O magistrado também ordenou à filial do grupo automóvel alemão que cessasse esta conduta “injusta” e a proibisse no futuro, tendo-a ainda condenado a pagar as despesas do processo.

Fontes da empresa alemã asseguraram que a sentença será objeto de recurso nas instâncias competentes.

O escândalo rebentou em setembro de 2015, quando depois de acusações da agência de defesa do ambiente norte-americana (EPA, na sigla em inglês), a Volkswagen reconheceu ter manipulado 11 milhões de veículos com um programa informático capaz de os fazer aparecer menos poluentes em testes de laboratório do que na estrada.

A Volkswagen recusou em setembro passado negociar indemnizações aos 125 mil clientes portugueses afetados pela manipulação dos motores ‘diesel’ (gasóleo), que aguardam por uma decisão judicial.

A associação de defesa de consumidores Deco/Proteste, em outubro de 2016, avançou com uma ação coletiva contra a VW Portugal, no tribunal de Lisboa, juntando-se às congéneres de Espanha, Itália e Bélgica na argumentação e nas negociações para um acordo extrajudicial com o fabricante de automóveis, que este ano – cinco anos depois do caso ‘Dieselgate’ – acordou pagar cerca de 800 milhões de euros a 460.000 clientes alemães afetados.

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Chubb protege transações de titulares de cartões Revolut

  • ECO Seguros
  • 25 Janeiro 2021

No âmbito de uma parceria com a seguradora global, os clientes de cartões Revolut obtêm cobertura para diversos riscos, como reembolso de bilhetes para eventos cancelados.

A Chubb, companhia global com oferta em linhas comerciais e seguros pessoais (propriedade e danos, vida e planos complementares de saúde), assinou uma parceria com o Revolut, neobank com clientes em Portugal e vista como uma das aplicações digitais mais inovadoras em serviços financeiros.

A parceria de seguros projeta-se em 22 dos cerca de 40 países em que o banco digital opera e abrange a cobertura de riscos de clientes utilizadores dos cartões Revolut, nomeadamente a proteção das transações de compra de bens e serviços, proteção de reembolsos e o cancelamento de eventos cujo bilhete tenha sido adquirido através de um conta Revolut, explica um comunicado da seguradora.

Para nós a Revolut é um exemplo de inovação digital que alinha com as nossas próprias ambições”, afirma Florian Eisele, responsável da Chubb pela linha Acidentes e Saúde, na Europa Continental.

A apólice da Chubb também assegura cobertura para os casos em que um cliente Revolut confirmado com diagnostico Covid-19 positivo não esteja em condições de utilizar bilhete adquirido através da conta Revolut) para ingresso num evento.

“Estamos sempre à procura de oferecer o melhor valor possível aos nossos clientes e ajudá-los a obter mais do seu dinheiro”. “Estamos constantemente a melhorar os nossos planos pagos e estamos encantados por estabelecer uma parceria com Chubb para acrescentar proteção de compra, proteção de reembolso e cancelamento de bilhetes para os nossos clientes”, disse Felix Jamestin, chefe de produtos Premium na Revolut, citado num comunicado da Chubb UK.

“A nossa nova parceria com a Revolut é um passo significativo para a Chubb, uma vez que continuamos a impulsionar as relações no espaço digital. Estamos ansiosos por trabalhar com a equipa da Revolut para fornecer soluções de seguro de valor aos seus clientes”, reforçou Goulven Thépot, líder regional na área de subscrição (Acidentes e Saúde, Europa Continental).

Na estratégia da Revolut visando valorização da sua oferta de serviços e proteção das operações dos clientes, esta não é uma parceria inédita nos seguros. Em dezembro de 2020 foi anunciada parceria com a startup belga Qover, com vista ao desenvolvimento de uma solução de seguro para os subscritores de contas Revolut.

A nova solução de seguro combinada com a Qover é suportada numa infraestrutura API totalmente integrada na app Revolut e foi apresentada com sendo opcional e sem custo adicional para os clientes utilizadores dos três cartões disponibilizados pelo neobank (Plus; Premium Metal).

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Zurich nomeia Isac Benta novo gestor comercial para região do Porto

  • ECO Seguros
  • 25 Janeiro 2021

O profissional acumulou experiência trabalhando cerca de 20 anos como coordenador comercial da Tranquilidade cobrindo a região do Porto e Douro Litoral.

A seguradora Zurich anunciou a nomeação de Isac Benta para a função de gestor da Área Comercial da empresa no Grande Porto.

 

Isac Benta (Zurich): “Vou conseguir conjugar o meu conhecimento do setor segurador com a solidez de uma organização com mais de 100 anos em Portugal e 150 anos no mundo.”


O novo responsável da Zurich, licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Fernando Pessoa, conta com mais de 23 anos de experiência comercial no setor segurador, “tendo desenvolvido grande parte da sua carreira em funções de coordenação comercial, coordenação de médias empresas e dinamização de redes regionais de mediação e distribuição”, refere a Zurich num comunicado.

 

Conhecedor do mercado, Benta trabalhou cerca de 20 anos como coordenador comercial da Tranquilidade na zona do Porto e Douro Litoral. Sobre o novo desafio profissional, Isac Benta afirma: “Juntar-me à Zurich e ao seu elevado valor reputacional relacionado com a qualidade de serviço prestada a clientes e mediadores é um enorme prazer, já que vou conseguir conjugar o meu conhecimento do setor segurador com a solidez de uma organização com mais de 100 anos em Portugal e 150 anos no mundo.”

Rita Almeida, diretora de Vendas e Distribuição da Zurich salienta: “O forte perfil comercial e as competências de liderança do Isac assegurarão a continuidade do trabalho de equipa que a Área Comercial da Zurich do Grande Porto tem vindo a realizar, assim como a captação de novas oportunidades de negócio no mercado do norte, mantendo o elevado ritmo e dinâmica da rede de mediação”.

A Zurich Portugal faz parte do Grupo Zurich e está no país há mais de 100 anos. Com cerca de 500 colaboradores, 19 escritórios próprios organizados em quatro zonas de coordenação comercial – Norte e Ilhas, Norte Interior, Centro e Sul -, a companhia suíça conta ainda com uma rede de mais de 2.500 agentes de seguros que servem mais de 620 mil clientes.

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Bruxelas considera inaceitável atraso de vacina da AstraZeneca e admite ações

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2021

“A UE financiou antecipadamente o desenvolvimento da vacina e a sua produção e quer ver o seu retorno”, disse a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

A Comissão Europeia considerou, esta segunda-feira, “inaceitável” o anúncio da farmacêutica AstraZeneca de que facultará menos doses da vacina Covid-19 à União Europeia (UE) do que acordado, e admite avançar com “qualquer ação necessária” para exigir o cumprimento do contrato.

“Na passada sexta-feira, a AstraZeneca anunciou surpreendentemente à Comissão e aos Estados-membros da UE que pretende entregar doses consideravelmente menores, nas próximas semanas, do que acordado e anunciado. Este novo planeamento não é aceitável para a UE”, disse esta segunda-feira a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

Numa curta declaração à imprensa após uma reunião por videoconferência entre o executivo comunitário, a farmacêutica e representantes dos 27 Estados-membros da UE, a responsável notou que ainda persistem “questões e importantes e sérias”.

A UE financiou antecipadamente o desenvolvimento da vacina e a sua produção e quer ver o seu retorno” e, além disso, “a UE quer saber exatamente quantas doses foram produzidas até agora e onde”, além que questionar “para onde serão destinadas”, elencou Stella Kyriakides, notando ainda não ter tido “respostas satisfatórias”.

Anunciando uma nova reunião à distância para esta noite, a comissária europeia vincou que “a UE quer que as doses já encomendadas e já pagas sejam distribuídas o mais rapidamente possível e que o contrato seja respeitado na totalidade”.

E ameaçou: “A UE vai adotar qualquer ação necessária para proteger os seus cidadãos e os seus direitos”.

Da reunião de esta segunda-feira resultou também a criação de um mecanismo para garantir a transparência nas exportações das vacinas adquiridas por Bruxelas, que já são oito, e para as quais o executivo comunitário já disponibilizou 2,7 mil milhões de euros.

“Queremos clareza nas operações e total transparência no que toca às exportações”, exigiu Stella Kyriakides, adiantando que, “no futuro, todas as empresas a produzir vacinas contra a covid-19 para a UE terão de notificar previamente sempre que quiserem exportar vacinas para países terceiros, excetuando-se as questões humanitárias”.

Na sexta-feira, um porta-voz da AstraZeneca avisou que as entregas da vacina AstraZeneca/Oxford na Europa, sob reserva da sua aprovação, iriam ser inferiores ao previsto, devido a problemas na capacidade de produção.

O processo de vacinação na Europa está, contudo, a ser marcado por várias críticas relacionadas com a produção insuficiente para todos os países, o que já levou a atrasos na distribuição.

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Morreu António Serrenho, o impulsionador do crescimento da CIN

António Serrenho, presidente honorário da CIN, faleceu aos 98 anos, no Porto. Foi o homem que mudou a cultura da empresa e a transformou no que é hoje, líder ibérico do setor.

António Serrenho, presidente honorário do conselho de administração da CIN, morreu na madrugada de domingo, 24 de janeiro. Aquele que foi o grande impulsionador do crescimento da empresa de tintas faleceu aos 98 anos no Porto.“O meu avô tinha uma visão absolutamente extraordinária e uma tenacidade e perseverança em tudo aquilo que fazia. Foi assim que conseguiu obter todos os sucessos profissionais”, refere ao ECO João Luís Serrenho, neto de António Serrenho e hoje vice-presidente do grupo.

A CIN comunicou esta tarde o desaparecimento do patriarca da família. “É com enorme pesar que a CIN comunica o falecimento do engenheiro António Serrenho, presidente honorário do conselho de administração da empresa“, refere a empresa, em comunicado.

O meu avô construiu aqui um legado absolutamente fantástico vindo de muito pouco.

João Luís Serrenho

Neto de António Serrenho

João Luís Serrenho olha para o avô como um exemplo a seguir. “O meu avô é um homem extraordinário, com origens muito humildes. Nasceu numa família com poucos meios e foi uma pessoa que lutou toda a vida. Tudo o que conseguiu foi através do seu mérito“, destaca.

António Serrenho iniciou o seu percurso na CIN em 1950 e foi o grande impulsionador do crescimento da empresa. Através da sua liderança transformou a cultura da CIN e contribuiu para a dimensão e relevância da empresa no mercado. “Através do seu esforço conseguiu levar a empresa à liderança do mercado nacional – que atingiu nos anos 90 – e conseguiu expandir a empresa internacionalmente, principalmente em África. Construiu aqui um legado absolutamente fantástico vindo de muito pouco”, conta com orgulho o neto. A CIN, efetivamente, constituiu em 1971 a empresa de tintas CIN Angola e depois, em 1973, avançou para a criação da CIN Moçambique.

No livro dos 100 anos da história da companhia, fundada em 1917, fica claro o papel de António Serrenho logo a partir de 1950. “Em 1950 entra na empresa António Serrenho, um jovem engenheiro químico que assume o “Laboratório” e reestrutura a formulação das tintas e vernizes, mas que inova também no departamento comercial. Cinco anos depois, pela sua iniciativa e competência, os sócios da CIN convidam-no a entrar no capital da sociedade. Para ganhar terreno às concorrentes internacionais, que tinham começado a instalar-se em Portugal no final da década de 40, decide apostar nas soluções dirigidas ao setor industrial“. E depois, nos anos 60 “era a maior empresa portuguesa de tintas”.

“Com a morte de Manuel Pinto Lopes, em 1972, António Serrenho assume o controlo da empresa. O seu filho João Serrenho, que se formara em engenharia química, entra na empresa em 1976. O atual presidente da CIN começou por dedicar-se ao Gabinete de Estudos, mas quatro anos depois passa a ser sócio-gerente. Em 1985, quando a CIN se transforma em Sociedade Anónima, João Serrenho assume a função de Administrador e António Serrenho a de Presidente do Conselho de Administração“.

Nascido em Alcácer do Sal, António Serrenho foi reconhecido em 1991 e 2006 pelo trabalho que desenvolveu na CIN com a atribuição de duas Comendas de mérito industrial pela Presidência da República.

Após mais de cinco décadas na liderança da empresa, António Serrenho retirou-se da vida ativa em 2007 ao passar a pasta ao filho, João Serrenho. Após 50 anos à frente da empresa foi nomeado presidente honorário da CIN.

(Notícia atualizada às 18h12 com mais informação)

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BCP cai mais de 3% e atira Lisboa para o vermelho

Maré vermelha em Lisboa. Das 18 cotadas do PSI-20, apenas duas conseguiram terminar a sessão acima da linha de água. O BCP perdeu mais de 3% e pressionou a praça nacional.

A praça lisboeta terminou a primeira sessão da semana abaixo da linha de água. Das 18 cotadas do PSI-20, apenas duas conseguiram escapar às perdas. O BCP viu os seus títulos desvalorizarem mais de 3%, pressionando a bolsa nacional. A pandemia continua a preocupar os investidores.

O índice de referência na praça nacional, o PSI-20, caiu 1,55% para 4.962.440 pontos. Nas demais praças do Velho Continente, a sessão também foi de perdas. O índice pan-europeu Stoxx 600 desceu 0,89%, o francês CAC 40 1,61%, o alemão Dax 1,68% e o Ibex 1,85%. A sessão tinha começado animada — com os investidores otimistas quanto à proposta de novos estímulos apresentada pelo presidente dos Estados Unidos e face à vacinação contra a Covid-19 –, mas acabou por ficar pintada de vermelho com o agravamento dos receios em torno da pandemia.

Por cá, destaque para as ações do BCP, que recuaram 3,09% para 0,1162 euros, seguindo a tendência registada no setor. Os títulos do espanhol Santander, por exemplo, perderam 3,5258% e os do BNP Paribas desceram 4,31%.

BCP segue quedas da banca na Europa

A protagonizar as maiores perdas na praça lisboeta esteve a Altri, cujas ações desvalorizaram 3,24% para 5,07 euros. Ainda nas papeleiras, as ações da Navigator recuaram 1,82% para 2,48 euros e as da Semapa caíram 2,03% para 8,68 euros.

No retalho, os títulos da Sonae cederam 3,18% para 0,6845 euros e os da Jerónimo Martins desvalorizaram 1,22% para 14,225 euros.

Do outro lado da linha de água, apenas ficaram duas das 18 cotadas do PSI-20, com destaque para a EDP, cujos títulos avançaram 0,11% para 5,314 euros. Também na energia, mas no vermelho, as ações da EDP Renováveis caíram 1,61% para 24,5 euros e as da Galp Energia recuaram 2,45% para 8,584 euros.

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Leão admite que a 3.ª vaga é “mais forte” que o esperado e prevê impacto nas previsões de 2021

O ministro das Finanças participou numa audição no Parlamento Europeu para discutir as prioridades da presidência portuguesa do Conselho da UE, mas esta foi adiada por problemas tecnológicos.

O ministro das Finanças, João Leão, participou esta segunda-feira durante alguns minutos numa audição no Parlamento Europeu para discutir as prioridades da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, mas a reunião acabou por ser adiada por causa dos problemas tecnológicos que se verificaram na ligação do ministro. Durante o tempo inicial da audição ainda foi possível ouvir Leão admitir que a pandemia está “bastante mais intensa” do que o esperado e que antevê um impacto negativo nas previsões de 2021.

A terceira vaga da pandemia está a ser bastante mais intensa e mais forte do que era esperado e isso irá afetar as perspetivas económicas de recuperação neste ano em toda a Europa“, incluindo em Portugal, disse o ministro das Finanças aos eurodeputados, notando que essa expectativa “torna mais urgente” que o plano de recuperação europeu chegue ao terreno o quanto antes. A expectativa da presidência portuguesa é que as primeiras tranches possam ser libertadas antes do verão.

Leão respondia aos eurodeputados portugueses Lídia Pereira, eleita pelo PSD, e Pedro Silva Pereira, eleito pelo PS, que foram os dois primeiros membros do Parlamento Europeu a colocar questões. O ministro das Finanças ainda ouviu questões de mais dois eurodeputados, mas a fraca ligação e os problemas de comunicação entre Bruxelas e Lisboa levaram a presidente da comissão parlamentar de economia e assuntos monetários a decidir acabar com a reunião, adiando-a para outra oportunidade.

Durante o tempo em que foi possível ouvi-lo, João Leão argumentou ainda que esta deterioração das previsões económicas torna ainda mais claro que os Estados não devem retirar os “estímulos à economia cedo demais”. Para o ministro das Finanças, que agora é o temporariamente o presidente do ECOFIN, é preciso manter os “apoios bastante significativos até a pandemia acalmar e se passar à fase seguinte de forte recuperação”.

Esta vaga está a ter um efeito tremendo sobre a economia europeia, com medidas muito restritivas sobre vários setores de atividade e, por isso mesmo, é muito importante que as medidas de apoio à economia se mantenham“, afirmou, definindo como objetivo que o “plano de recuperação europeu e os diferentes planos de recuperação a nível nacional sejam aprovados o mais rapidamente possível, para garantir que a economia começa a sentir o efeito desses planos no terreno”.

(Notícia atualizada às 17h42 com mais informação)

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Câmara de Coimbra suspende pagamento de estacionamento na via pública

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2021

Pagamento do estacionamento suspenso a partir de terça-feira até ao final de março, data em que decisão será revista.

A Câmara de Coimbra vai suspender o pagamento de estacionamento automóvel na via pública a partir de terça-feira e até ao final de março, uma medida tomada devido à pandemia de Covid-19, foi anunciado esta segunda-feira.

A suspensão do pagamento de estacionamento será “reavaliada no final de março”, afirmou a Câmara de Coimbra, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Devido às medidas de contingência da pandemia, designadamente a suspensão da atividade das escolas, os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) reduziram a sua oferta, explicou.

“Apesar de esta redução ter tido em consideração as pessoas que continuam a trabalhar e a oferta para locais de maiores deslocações, como os hospitais, a Câmara de Coimbra entendeu suspender a partir de amanhã [terça-feira] o pagamento do estacionamento na via pública ao ar livre”, salientou o município.

Esta é “uma medida de apoio para aqueles que continuam a trabalhar e viram a oferta de transportes públicos ser reduzida nesta fase em que a procura é menor, apesar de mantida a oferta para os locais de maiores deslocações”, afirmou o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, citado no comunicado.

Segundo a autarquia, a Polícia Municipal vai continuar a “fiscalizar o cumprimento do código da estrada e a salvaguardar a qualidade do espaço público e a mobilidade das pessoas, nomeadamente no que diz respeito ao estacionamento indevido nos passeios, nas paragens de autocarros ou nas passadeiras”.

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Vai arrancar a próxima fase de vacinação. Quem vai receber a vacina contra a Covid-19?

Bombeiros, titulares de órgãos de soberania e forças de segurança vão começar a ser vacinados na próxima semana. Pessoas com mais de 50 anos e patologias de risco também.

O plano de vacinação contra a Covid-19 está a avançar e irá entrar num novo momento na próxima semana. Na primeira fase foram já vacinados profissionais de saúde essenciais, bem como residentes e profissionais em lares. Agora, vão começar a ser vacinados também profissionais de outros serviços essenciais, incluindo titulares de órgãos de soberania, bem como pessoas com mais de 50 anos e patologias de risco.

Quando foram definidos os grupos prioritários neste plano, existiam três grandes grupos para a primeira fase. Eram eles: pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas (cerca de 400 mil pessoas); residentes e profissionais em lares e unidades de cuidados continuados (250 mil); profissionais de saúde; profissionais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos (300 mil).

Esta fase previa então a vacinação de cerca de 950 mil pessoas. Os profissionais de saúde foram os primeiros a receber a vacina, já no final do ano passado. Até ao final deste mês, as estimativas são que estejam vacinados cerca de 100 mil profissionais de saúde, considerados prioritários pelos serviços, adiantou Marta Temido, esta segunda-feira.

Seguiram-se os profissionais e residentes em estruturas residenciais para idosos e unidades da rede nacional de cuidados continuados integrados. Deste grupo, já foram vacinadas mais de 160 mil pessoas, sendo que a vacinação para este conjunto deverá terminar já esta semana. Foram excluídos os lares com surtos, que serão vacinados mais tarde.

Chega então agora a vez dos próximos grupos, que estavam ainda abrangidos na primeira fase de vacinação, no plano nacional. Por um lado, chega a vez dos outros profissionais de serviços essenciais. São eles profissionais da emergência pré-hospitalar, como bombeiros, profissionais de serviços essenciais, forças de segurança e titulares de órgãos de soberania.

“Estão a ser feitos contactos na identificação exata dos titulares de cargos” que serão elegíveis, “para que possam começar a ser identificados esta semana e vacinados o mais tardar no início da semana que vem”, adiantou Marta Temido, esta segunda-feira.

Questionada sobre se estão incluídos os autarcas nos políticos que serão vacinados, a ministra explica que os “presidentes de câmara municipal são também presidentes das autoridades municipais de proteção civil”, o que lhes “confere, por si só, uma circunstância de essencialidade para a resposta à Covid-19 e isso será tido em consideração”.

Já o outro grupo que faltavam era o de pessoas com mais de 50 anos e comorbilidades identificadas com risco para o internamento para a Covid-19. Estas patologias são “doença coronária, insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou doença pulmonar obstrutiva crónica”, recordou a ministra de Saúde, apontando que este grupo é constituído por quase meio milhão de pessoas.

De recordar que as pessoas vão ser contactadas por SMS, para averiguar se querem ou não ser vacinadas, já que a vacina não é obrigatória. Se a resposta for afirmativa, será feito o agendamento com data, hora e local. Já quem se encaixe no grupo prioritário mas não estiver inscrito num centro de saúde ou não tiver médico de família pode pedir uma declaração no privado que certifique a condição clínica exigida para a vacinação.

Para além disso, nesta fase serão também abrangidas pessoas com mais de 80 anos, ainda que não se situem em nenhum dos subgrupos. O plano está a ser atualizado de forma a incluir este grupo, para que estas pessoas sejam vacinadas até ao final do primeiro trimestre, explicou Marta Temido.

Versão inicial do plano de vacinação nacional

Esta fase deverá estar concluída em abril. A task force ainda planeou uma antecipação do final desta fase, mas o atraso na entrega de vacinas por parte das farmacêuticas não o deverá permitir. O número de doses que o país vai receber da AstraZeneca “permite-nos cumprir o Plano Nacional da forma como estava delineado, terminando a vacinação das pessoas incluídas na fase um até abril. O que não vai permitir é a antecipação para março, explicou o coordenador da task force, Francisco Ramos, este fim de semana.

Na segunda fase, que se prevê abranger mais de dois milhões de pessoas, serão vacinadas as pessoas com 65 ou mais anos, bem como as pessoas entre os 50 e 64 anos que tenham uma patologia de risco (numa lista mais abrangente do que a primeira fase, que inclui diabetes, obesidade e hipertensão arterial).

Já a terceira contempla a restante população do país, sendo que os grupos nesta terceira fase poderão ser revistos consoante os calendários e ritmo de entrega das vacinas, segundo foi sinalizado no plano de vacinação.

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PCP reúne comité central na terça-feira para analisar resultados das Presidenciais

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2021

O comité central do PCP reúne-se na terça-feira para analisar os resultados das eleições presidenciais de domingo. João Ferreira, apoiado pelos comunistas, ficou em 4.º lugar com 4,32% dos votos.

O comité central do PCP reúne-se na terça-feira, em Lisboa, para analisar os resultados das eleições presidenciais de domingo, em que o candidato apoiado pelo partido, João Ferreira, ficou em quarto lugar, com 4,32% dos votos.

A ordem de trabalhos da reunião, dois dias depois das presidenciais, será a análise das eleições, a situação política e tarefas do partido, e as conclusões serão apresentadas pelo secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, ao fim da tarde.

De acordo com os resultados provisórios, quando só falta apurar três consulados, João Ferreira obteve 4,32% (180.473 votos) e ficou em quarto lugar nas presidenciais de domingo, à frente da candidata do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, conseguindo um resultado saudado pelos comunistas, apesar de ser o segundo pior desde 1976.

Nas eleições de 2016, o PCP apoiou Edgar Silva que teve uma percentagem mais baixa (3,95%), mas recolheu mais votos do que João Ferreira (183.051 votos).

Na noite eleitoral, no domingo, Jerónimo de Sousa considerou que João Ferreira “merecia mais” e atribuiu uma eventual perda de votos da candidatura comunista à “dramatização” perpetrada por Marcelo Rebelo de Sousa em relação à segunda volta.

Marcelo Rebelo de Sousa, com o apoio do PSD e CDS, foi reeleito Presidente da República nas eleições de domingo, com 60,70% dos votos, segundo os resultados provisórios apurados em todas as 3.092 freguesias e quando faltava apurar três consulados.

A socialista Ana Gomes foi a segunda candidata mais votada, com 12,97%, seguindo-se André Ventura, do Chega, com 11,90%, João Ferreira (PCP e Verdes) com 4,32%, Marisa Matias (Bloco de Esquerda) com 3,95%, Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal) com 3,22% e Vitorino Silva (Reagir, Incluir e Reciclar – RIR) com 2,94%.A abstenção foi de 60,5%, a percentagem mais elevada de sempre em eleições para o Presidente da República.

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Adiamento de diligências e suspensão de prazos nas mãos dos juízes

Conselho Superior da Magistratura esclarece que a decisão está nas mãos dos juízes que terão sempre de cumprir as regras sanitárias impostas pela DGS.

O Conselho Superior da Magistratura esclarece que a decisão de suspender determinado julgamento ou qualquer outra diligência está nas mãos de cada juiz responsável do processo. Depois de, no fim de semana, um grupo de advogados terem apelado ao CSM para se manifestar no sentido de suspensão imediata dos prazos judiciais, o órgão que lidera os juízes vem dizer que “todas as decisões relativas a adiamento de diligências processuais agendadas integram-se no âmbito da competência funcional dos senhores Magistrados Judiciais, encontrando-se por isso integradas no exercício das funções jurisdicionais, relativamente às quais não incumbe a este CSM autorizar. Sendo que a realização de diligências processuais deverá correr com respeito pelas condições sanitárias, designadamente as que resultam das “Medidas para Reduzir o Risco de Transmissão do Vírus nos Tribunais”, expressas na divulgação n.º 124/2020 de 07/05/2020″, explica em comunicado.

Na quinta-feira, face ao aumento do número de casos de Covid-19 em Portugal, os prazos judiciais e respetivas diligências foram suspensos, anunciava o Primeiro-ministro, António Costa. Mas, até aqui, ainda nenhuma medida foi tomada nesse sentido.

No sábado, um grupo de mais de 100 advogados, assinou uma carta dirigida ao presidente do CSM a pedir esclarecimentos sobre o encerramento dos tribunais. Nomes como o de Ricardo Sá Fernandes, Paulo Saragoça da Matta, João Medeiros, Francisco Teixeira da Mota, Arrobas da Silva, José Lobo Moutinho, Tiago Bastos e Garcia Pereira estão entre os signatários. Na carta os advogados exigem que o CSM se pronuncie sobre a decisão de “os tribunais suspenderem as diligências presenciais não urgentes, única forma de garantir o confinamento que se tornou inequivocamente necessário”.

Paralelamente, um dos signatários dessa carta, o advogado Paulo Saragoça da Matta enviou um apelo à classe em que admite que, face ao que chama de ausência de resposta do CSM, do Primeiro-ministro, da ministra da Justiça e da DGS, pedindo aos colegas para que façam um requerimento relativo aos seus processos que estão em julgamento. Ou seja: um pedido para que seja usado o chamado direito de resistência e não comparecerem em nenhuma diligência “enquanto não for declarada e oficialmente cessada a situação de estado de emergência”.

Também a Ordem dos Advogados (OA) manifestou a sua preocupação pela atual situação de indefinição em que vivem os tribunais, depois do anúncio pelo Primeiro-Ministro.
“Esse anúncio concreto da data de suspensão dos prazos judiciais suscitou bastante perturbação no funcionamento dos tribunais, sendo que alguns magistrados cancelaram imediatamente as diligências marcadas para esse dia, enquanto outros se recusaram a fazê-lo, devido à falta de previsão legal, nem sequer aceitando pedidos de suspensão da instância apresentados conjuntamente pelas partes. Por outro lado, esse anúncio suscitou dúvidas aos advogados relativamente a uma futura suspensão de prazos, cuja data ainda se desconhece, o que perturbou consideravelmente a organização do seu trabalho”, denuncia o bastonário Luis Menezes Leitão.

Essas dúvidas “continuam, pois não só não se tem conhecimento de que tenha dado entrada no Parlamento alguma proposta de lei a estabelecer a suspensão dos prazos, como também a próxima sessão plenária está agendada para quinta-feira , o que deixa antever vários dias antes de ser finalmente aprovada qualquer proposta de lei de suspensão dos prazos, correndo assim os prazos e podendo ser realizadas diligências nesses dias. Ignora-se por outro lado em que termos essa suspensão de prazos e diligências poderá ser decretada, designadamente se tal ocorrerá com efeitos retroativos”, sublinha o advogado.

Em qualquer caso, entende a Ordem dos Advogados que, a partir do momento em que o Primeiro-Ministro reconhece não haver condições de segurança para o funcionamento normal dos tribunais nos próximos dias — “ou não teria anunciado a suspensão dos processos não urgentes para o dia seguinte — então há que determinar rapidamente a efetiva suspensão dos prazos e diligências judiciais não urgentes. É imperioso neste momento evitar os riscos de contágios que infelizmente ocorrem com muita frequência nos nossos tribunais, apesar de a Ordem dos Advogados ter sempre batalhado pela criação das necessárias condições de segurança”, concluiu.

A Ordem dos Advogados apela assim ao Parlamento e ao Governo que resolvam rapidamente esta situação, aprovando “com a máxima urgência” um regime de suspensão de prazos.

O que diz o Ministério da Justiça?

Em comunicado enviado às redações, quatro dias depois do anúncio de António Costa — e com os números de covid a continuarem a subir, o gabinete da ministra da Justiça explicou que “face à situação excecional que se vive no momento atual e a proliferação de casos registados de contágio da pandemia da doença COVID-19 exigem a aplicação de medidas excecionais e de caráter urgente no âmbito do desenvolvimento da atividade judicial e administrativa”.

Neste sentido, o Governo vai apresentar à Assembleia da República uma proposta de lei que prevê um conjunto de medidas, mas não adianta quando é que essa proposta vai ser apresentada. As medidas, segundo a mesma fonte, são:

a) A suspensão de prazos para a prática de atos processuais e procedimentais não urgentes que devam ser praticados no âmbito dos processos e procedimentos que corram termos nos tribunais, demais órgãos jurisdicionais, tribunais arbitrais, Ministério Público, julgados de paz, entidades de resolução alternativa de litígios e órgãos de execução fiscal;

b) A tramitação dos processos urgentes, prevendo-se ainda uma série de exceções que permitam mitigar os efeitos genéricos daquela suspensão, nomeadamente;

– A tramitação nos tribunais superiores dos processos não urgentes, quando haja condições para assegurar a prática dos atos processuais através das plataformas informáticas que possibilitam a sua realização por via eletrónica ou através de meios de comunicação à distância adequados, designadamente teleconferência, videoconferência, videochamada ou outro equivalente;

A tramitação dos processos e a prática de atos presenciais e não presenciais não urgentes quando todas as partes entendam ter condições para assegurar a sua prática através das plataformas informáticas que possibilitam a sua realização por via eletrónica ou através de meios de comunicação à distância adequados, designadamente teleconferência, videochamada ou outro equivalente;

– A prolação de decisão final nos processos e procedimentos em relação aos quais o tribunal e demais entidades entendam não ser necessária a realização de novas diligências.

c) Os processos, atos e diligências urgentes continuarão a ser tramitados, sem suspensão ou interrupção de prazos, atos ou diligências, prevendo-se que quanto a estes seja observado o seguinte:

– Nas diligências que requeiram a presença física das partes, dos seus mandatários ou de outros intervenientes processuais, a prática de quaisquer atos processuais e procedimentais realiza-se através de meios de comunicação à distância adequados, designadamente teleconferência, videochamada ou outro equivalente;

– Quando não for possível a realização das diligências que requeiram a presença física das partes, dos seus mandatários ou de outros intervenientes processuais, nos termos da alínea anterior, pode realizar-se presencialmente a diligência, competindo ao tribunal assegurar a realização da mesma em local que não implique a presença de um número de pessoas superior ao previsto pelas recomendações das autoridades de saúde e de acordo com as orientações fixadas pelos conselhos superiores competentes.

c) Consideram-se urgentes, para além daqueles que, por lei ou por decisão da autoridade judicial sejam considerados como tal, nomeadamente os seguintes processos e procedimentos:

– Processos e procedimentos para defesa dos direitos, liberdades e garantias lesados ou ameaçados de lesão por quaisquer providências inconstitucionais ou ilegais;

– Processos, procedimentos, atos e diligências que se revelem necessários a evitar dano irreparável ou de difícil reparação, designadamente os processos relativos a menores em perigo ou a processos tutelares educativos de natureza urgente e as diligências e julgamentos de arguidos preso.

d) Prevê-se que sejam igualmente suspensos:

– Os prazos de prescrição e de caducidade relativos aos processos e procedimentos identificados na alínea a);

– Os prazos para a prática de atos em: procedimentos que corram termos em cartórios notariais e conservatórias; procedimentos contraordenacionais, sancionatórios e disciplinares, incluindo os atos de impugnação judicial de decisões finais ou interlocutórias, que corram termos em serviços da administração direta, indireta, regional e autárquica, e demais entidades administrativas, bem como os que corram termos em associações públicas profissionais; procedimentos administrativos e tributários no que respeita à prática de atos por particulares (atos de interposição de impugnação judicial, reclamação graciosa, recurso hierárquico, ou outros procedimentos de idêntica natureza, bem como os atos processuais ou procedimentais subsequentes àqueles).

 

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PSD quer direcionar “Edifícios Mais Sustentáveis” para a pobreza energética

Devido ao "inverno severo", o PSD defende que o programa "Edifícios Mais Sustentáveis" sofra melhorias, desde alargamento dos beneficiários à possibilidade de incentivos fiscais.

Os social-democratas consideram que o programa “Edifícios Mais Sustentáveis” deve ser melhorado. De acordo com um projeto de resolução do partido, esta iniciativa — que arrancou em 2020 — deve ser direcionada para combater a pobreza energética, alterando-se os atuais beneficiários. A ideia é que o programa se dirija a beneficiários da tarifa social de energia, com prioridade para os idosos que vivem em condição de isolamento.

O programa “Edifícios Mais Sustentáveis” foi criado no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) e prevê apoios concedidos pelo Estado às famílias para que estas “promovam a reabilitação, descarbonização, eficiência energética, eficiência hídrica e a economia circular em edifícios, contribuindo para a melhoria do desempenho energético e ambiental” dos imóveis, lê-se no site da iniciativa.

Contudo, numa altura em que se fala nas despesas que as famílias têm tido com a energia, na sequência da vaga de frio recente, o PSD vem propor que este programa seja direcionado para o combate à pobreza energética. “Uma em cada cinco famílias portuguesas não tem dinheiro para aquecer a casa no inverno”, lê-se na proposta do partido. “Chama-se a isto ‘pobreza energética'”.

Os social-democratas notam que o critério definido em 2020 para a atribuição de apoios no âmbito deste programa foi “beneficiar quem teve capacidade de apresentar a candidatura primeiro”, tendo-se atribuído “a quem fez pequenas obras um valor até ao limite de 7.500 euros por candidatura”, “até esgotar a verba total disponível”.

“Com este inverno severo, agravado pelo contexto da pandemia, o programa de recuperação da economia precisa de encontrar critérios mais equitativos de modo a chegar a quem realmente precisa, e não a quem tem capacidade para chegar primeiro”, afirma o PSD, defendendo, assim, que o programa se dirija a beneficiários da tarifa social de energia, com prioridade para os idosos que vivem em condição de isolamento.

Além disso, o partido propõe que as intervenções de beneficiação a realizar no âmbito do programa, “orientado para o combate à pobreza energética”, sejam “financiadas a 100% pelo Fundo de Eficiência Energética”. Por fim, que seja avaliada a possibilidade de incentivos fiscais em sede de IRS para as famílias que, não se enquadrando nestes critérios, promovam “obras de beneficiação do edificado no âmbito da melhoria da eficiência energética”.

Os números mais recentes do Governo, divulgados a 14 de dezembro, indicam que já tinham sido recebidas mais de 4.000 candidaturas a estes apoios, prevendo-se que a verba de 4,5 milhões de euros que estava disponível se esgotaria. Contudo, nessa altura, o Executivo garantiu que todas as candidaturas submetidas até final de 2020 seriam apoiadas através do Fundo Ambiental, podendo mesmo haver um reforço do orçamento disponível.

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