10 respostas sobre a ajuda do Estado para pagar a fatura da luz

De acordo com o Governo, a ajuda é para cerca de 5,2 milhões de consumidores. Estão também abrangidas as cerca de 800 mil famílias que beneficiam da Tarifa Social de Eletricidade.

O Governo estima que as famílias aumentaram em 10% o seu consumo doméstico de eletricidade nos primeiros 15 dias do mês de janeiro por causa das temperaturas anormalmente baixas, mesmo para esta altura do ano, que se fizeram sentir nas últimas semanas. E anunciou que vai avançar com um apoio extraordinário aos consumidores portugueses no pagamento da fatura de eletricidade.

Saiba como pode ter acesso a esta ajuda do Estado e qual o valor de desconto que vai ter na conta da luz.

1. O que motivou o Governo a avançar com este apoio?

Nas palavras do ministro da Economia, Siza Vieira, a medida foi “motivada pela descida acentuada da temperatura na primeira quinzena de janeiro”

Já o comunicado do Ministério do Ambiente, que tutela a Energia, refere: “Durante o passado confinamento de março/abril, as famílias aumentaram, em média, em 10% o seu consumo doméstico. Igual acréscimo percentual foi verificado na semana passada em consequência do frio extremo”.

2. As contas de luz vão disparar em janeiro por causa do frio?

Os números mais recentes divulgados pela REN revelam que a onda de frio que tem vindo a atingir Portugal desde o início do ano levou os consumos de eletricidade em Portugal a superar máximos históricos consecutivos tanto a nível de pico como de consumo diário.

No que diz respeito ao consumo diário, o consumo máximo de energia elétrica em cada dia foi subindo ao longo da vaga de frio, fixando-se no dia 13 de janeiro em 1.85,1 GWh, superando assim um máximo já com 11 anos, datado de 11 de janeiro de 2010.

O maior pico de consumo de sempre registou-se no dia 12 às 19h30 atingindo 9887 MW, ultrapassando o anterior pico, de 9.403 MW, igualmente de 2010.

3. Quem vai ter acesso a este apoio?

De acordo com o Governo, a ajuda é para todas as famílias que têm uma potência instalada igual ou inferior a 6,9 kVA, o que abrange um universo de cerca de 5,2 milhões de consumidores.

Estão também abrangidas as cerca de 800 mil famílias que beneficiam da Tarifa Social de Eletricidade, independentemente do comercializador e da opção tarifária contratada.

4. Quanto tempo dura a ajuda às famílias para pagar a conta da luz?

Tratando-se de um apoio extraordinário ao preço de energia elétrica, é limitado no tempo. Na primeira situação — famílias com potência contratada até 6,9 kVA — o apoio passa “por uma redução da conta mensal de eletricidade relativamente à primeira quinzena de janeiro, onde tivemos de facto um período de muito baixas temperaturas”, explicou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

Em comunicado, o ministério do Ambiente e da Ação Climática confirmou que os consumidores domésticos beneficiarão de um “apoio extraordinário, único e irrepetível, com valores tabelados, multiplicado por 15 dias”.

5. É igual para quem tem Tarifa Social?

Para quem tem tarifa social na eletricidade o caso já é diferente e o apoio vai prolongar-se mais tempo, durante todo o período de confinamento geral, que teve início às zero horas de 15 de janeiro, e não se sabe ainda quando terminará.

“O presente regime de apoio é aplicável em todo o território continental, pelo período em que vigorar o confinamento geral”, refere o decreto-lei.

6. Tenho de fazer alguma coisa para ter direito a este apoio?

Não. O Governo revelou que o desconto será será aplicado diretamente na fatura dos consumidores domésticos pelos comercializadores. Antes disso, serão os operadores das redes de distribuição a repercutir esses mesmos valores aos comercializadores, conjuntamente com a faturação das tarifas de acesso às redes.

O apoio extraordinário será operacionalizado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), no prazo de 15 dias a contar da entrada em vigor do decreto-lei, ou seja, no final do mês de janeiro.

7. De quanto será o desconto na conta da luz para as famílias?

Os valores são fixos por dia e estão na tabela abaixo. O valor diário do apoio extraordinário tem um valor fixo para não provocar um consumo excessivo de eletricidade, alerta o ministério do Ambiente. Os descontos totais a aplicar às faturas por cada comercializadora variam consoante a potência contratada e a duração do apoio.

Por exemplo, no caso de uma família com potência contratada de 3,45 kVA, o apoio extraordinário na fatura da luz relativo aos primeiros 15 dias de janeiro será de apenas 1,18 euros (7,87 cêntimos por dia vezes 15 dias). Já para quem tem a potência mais alta, de 6,9 kVA a ajuda estatal será de 2,36 euros (15,73 euros por dia).

Fonte: MAAC

8. E para quem tem Tarifa Social?

Para 2021, a ERSE determinou que os consumidores com direito a tarifa social beneficiarão de um desconto de 33,8% sobre as tarifas de venda a clientes finais.

Agora, o Governo decidiu que irão usufruir também deste regime de apoio extraordinário durante todo o período de confinamento geral. Os valores da tabela, válidos para ambas as situações, são aplicáveis por cada dia de confinamento geral e refletem 10% de redução em relação à tarifa normal.

No entanto, o decreto-lei entretanto publicado em Diário da República refere que os valores de apoio extraordinário são aplicáveis por cada dia de confinamento geral, mas só até um limite de 30 dias.

Fazendo as contas, uma família com tarifa social de eletricidade e uma potência contratada de 3,5 kVA terá um desconto de 2,36 euros ao fim de 30 dias de confinamento. Com uma potência contratada de 6,9 kVa, a mesma família carenciada pagará menos 4,71 euros em 30 dias em casa.

9. Os valores não podiam ser mais elevados?

Em resposta a essa questão, o primeiro-ministro António Costa, explicou, em entrevista à TVI. “Ainda hoje tomámos uma medida importante na área da energia. As pessoas vão estar um mês em casa, a consumir mais energia, estamos numa onda de frio, vão consumir ainda mais energia, por isso foi adotada uma medida para apoiar a fatura e evitar a pobreza energética e o desconforto pelo frio”, explicou

Sobre o facto deste apoio não exceder, em janeiro, os 2,36 euros para as famílias, o chefe do Governo justificou: “Se me pergunta se podia ser o dobro, podia, mas se fosse o dobro no apoio à energia não podia ser o mesmo no apoio à restauração, nem no apoio a outras atividades. Nós temos de conseguir equilibra o conjunto destes apoios”.

10. De onde vem o dinheiro para pagar esta ajuda às famílias?

O valor total do apoio extraordinário é integralmente suportado por verbas do Fundo Ambiental, a transferir para o Sistema Elétrico Nacional.

Para isso, caberá à ERSE apurar o valor total correspondente ao apoio até ao dia 10 do mês subsequente ao mês abrangido pelo apoio (neste caso até 10 de fevereiro de 2021) e comunicá-lo à entidade gestora do Fundo Ambiental, que o transfere para o operador da rede de distribuição em alta tensão (AT) ou média tensão (MT) no prazo de cinco dias.

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Injeção de liquidez chega às empresas em fevereiro, diz Siza Vieira

  • ECO
  • 18 Janeiro 2021

O ministro da Economia assegura que não será necessário mais dinheiro no Orçamento deste ano para financiar os novos apoios para as empresas.

Para os negócios fazerem face ao impacto do novo confinamento geral, o Governo avançou com um reforço dos apoios existentes. A injeção de liquidez proveniente destas ajudas deverá chegar às empresas já no próximo mês, garante o ministro da Economia, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Pedro Siza Vieira reitera que “é muito importante que as empresas recebam esta injeção de liquidez em fevereiro”. Entre os apoios encontra-se o regresso do lay-off simplificado, sendo que todas as empresas que tiveram de encerrar terão acesso automático, e um alargamento e antecipação do programa Apoiar. “Vamos fazer tudo para concretizar isso o mais rapidamente possível”, aponta o ministro.

Quanto ao programa de apoio às rendas, os “avisos vão ser lançados no início de fevereiro”. As verbas para estes apoios “vêm de um conjunto de fontes de financiamento”, nomeadamente fundos europeus e reembolsos de quadros comunitários anteriores. Desta forma, o ministro assegura que “não vai ser preciso mais dinheiro no Orçamento deste ano”, que já “tem uma provisão para acomodar estes crescimentos de despesas”. O Executivo já “contava” com eventos, como este, “embora talvez não logo no início de janeiro”, admite Siza Vieira.

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Lisboa segue quedas da Europa com pressão da Galp Energia

Praça portuguesa arranca semana em queda, à semelhança das restantes bolsas do Velho Continente. Investidores estão apreensivos com o aumento dos casos de Covid-19.

Depois das quedas na semana passada, o cenário mantém-se. Tal como nas restantes praças europeias, também Lisboa continua a perder valores, com os investidores receosos perante o agravar da pandemia. Na bolsa de Lisboa é a Galp Energia que mais pesa.

O Stoxx 600 recua 0,3%, sendo este comportamento o reflexo do desempenho negativo da generalidade dos índices da região numa sessão marcada pela apreensão dos investidores quanto aos novos casos de Covid-19 e aos impactos das medidas para conter a pandemia.

Em Lisboa, o PSI-20 cai 0,58% para cotar nos 5.009,95 pontos, com a generalidade das cotadas em “terreno” negativo. O destaque vai para os títulos do setor energético, nomeadamente a Galp Energia.

Com o petróleo a perder valor perante dúvidas quanto à evolução da procura mundial, por causa do impacto da pandemia na economia, a Galp Energia segue a perder 1,52% para cotar nos 8,814 euros. EDP e EDP Renováveis seguem com perdas ligeiras.

Nota também para as empresas do setor da pasta e papel, mais expostas à dinâmica económica global. Altri, Navigator e Semapa estão em queda, registando perdas em torno de 1%.

A pesar em Lisboa estão ainda os títulos da Sonae, que recuam 1,11% para 71,45 cêntimos, enquanto a Jerónimo Martins apresenta uma desvalorização de 0,64% para 14,725 euros.

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Hoje nas notícias: Siza Vieira, pobreza energética e EDP

  • ECO
  • 18 Janeiro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O ministro da Economia garante que a injeção de liquidez proveniente do novo pacote de apoios vai chegar às empresas em fevereiro. Isto numa altura em que o aumento dos novos casos de Covid-19 motivou um novo confinamento geral, tendo já levado as Autoridades Regionais de Saúde de contratar mais profissionais. Em época de inverno, um estudo sobre a pobreza energética na capital lisboeta mostra que Alfama é das regiões mais vulneráveis, e precisaria de um investimento de 45 milhões de euros para começar a resolver o problema. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Injeção de liquidez chega às empresas em fevereiro

Para os negócios fazerem face ao impacto do novo confinamento geral, o Governo avançou com um reforço dos apoios existentes, nomeadamente o regresso do lay-off simplificado para todas as empresas encerradas, e um alargamento e antecipação do programa Apoiar. Os apoios deverão chegar já no próximo mês, sendo que o ministro da Economia, Siza Vieira, reitera que “é muito importante que as empresas recebam esta injeção de liquidez em fevereiro”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Só em Alfama são precisos 45 milhões de euros para pôr fim à pobreza energética

Alfama está entre as zonas mais vulneráveis de Lisboa, no que diz respeito à pobreza energética. Reabilitar a zona resultaria “numa redução das necessidades energéticas no inverno e no verão respetivamente de 84% e 20%, com um investimento total de 45 milhões de euros”, nomeadamente através da renovação de coberturas e janelas, isolamento de paredes e a instalação de tecnologias de produção fotovoltaica, conclui um estudo do Center for Environmental and Sustainability Research da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Nova.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Pinho e gestores da EDP suspeitos de corrupção

O Ministério Público tem suspeitas que o ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, e os administradores da EDP com funções suspensas, António Mexia e João Manso Neto, terão recebido luvas no Brasil. Em causa está a suspeita de eventual prática de, entre outros, crime de corrupção aos responsáveis pela construtora Odebrecht, na adjudicação da construção da barragem do Baixo Sabor.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Crimes na Internet aumentaram cerca de 182% em 2020

O Gabinete Cibercrime do Ministério Público recebeu 544 denúncias em 2020, mais 351 que no ano anterior, um aumento de cerca 182%. Dessas, 138 foram encaminhadas para abertura de um inquérito. Maioria das denúncias foram de burlas no MB Way. Segundo um relatório do gabinete, a pandemia de Covid-19 foi uma oportunidade para os “piratas”, pois as pessoas começaram a realizar tudo pela Internet.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

ARS contratam mais pessoas perante aumento de casos de Covid-19

Com o número de novos casos de Covid-19 em Portugal a ultrapassarem os 10.000 diariamente, as várias Autoridades Regionais de Saúde (ARS) vão contratar mais pessoas para ajudarem ao rastreio. A ideia que é aumentar a testagem de forma a tentar travar a propagação da pandemia no país.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

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Salário mínimo vai aumentar também noutros países europeus. Veja os valores

O Governo decidiu reforçar em 30 euros o salário mínimo nacional. Portugal não está sozinho nessa decisão, com Alemanha e França também a preparar aumentos para 2021.

O salário mínimo nacional vai subir para 665 euros, no próximo ano. O Executivo de António Costa decidiu reforçar a retribuição mínima garantida em 30 euros, apesar do impacto da pandemia de coronavírus nas contas dos empregadores. Portugal não está sozinho nessa escolha. Também Alemanha e França, por exemplo, estão a preparar aumentos para o próximo ano. Já a Grécia decidiu adiar essa decisão para março, face às incertezas trazidas pela Covid-19. E Espanha prepara um congelamento.

A pandemia de coronavírus abalou o mercado de trabalho, mas não fez cair o objetivo do Executivo de António Costa de aumentar o salário mínimo praticado em Portugal para 750 euros até 2023.

Apesar do impacto da crise provocada pela Covid-19 nas contas das empresas e à revelia do que defendiam as confederações patronais, o Governo decidiu anunciar um aumento de 30 euros da retribuição mínima, que subirá, assim, para 665 euros, em 2021.

É uma atualização mais modesta do que a que se perspetivava antes da chegada da pandemia a Portugal, mas mais robusta do que a inicialmente sinalizada pelo Executivo face ao impacto da Covid-19 na economia. Esta opção tem merecido duras críticas, nomeadamente por parte dos patrões, que dizem que o reforço do SMN não é adequado à realidade atual das empresas, que continuam a enfrentar dificuldades por causa da crise pandémica e das restrições impostas para a travar.

O Governo defende, por sua vez, o aumento em causa, com o argumento de que o consumo privado deve dar um contributo para a recuperação da economia. “A experiência da anterior crise demonstra que a resposta a uma situação de crise não deve assentar numa estratégia de redução dos custos salariais, sob pena de se limitar a procura agregada e de agravar a taxa de risco de pobreza dos trabalhadores, comprometendo-se não apenas a coesão social mas também as variáveis de consumo interno, que desempenham um papel crítico em momentos de quebra na procura externa“, sublinhou o Ministério do Trabalho, num documento entregue aos parceiros sociais, a que o ECO teve acesso.

No panorama europeu, Portugal não está sozinho na escolha de reforçar o salário mínimo. Em linha com a decisão lusa, está a Alemanha. Neste país, o salário mínimo vai aumentar de 9,35 euros por hora para 9,50 euros por hora, em 2021. O objetivo é que, até junho de 2022, este nível remuneratório atinja os 10,45 euros por hora.

Também neste país, a discussão não foi pacífica, mas a opção do aumento acabou por vencer com objetivo de promover condições de concorrência mais “justas” ao contrariar a concorrência “predatória” dos salários baixos.

Outro país europeu que registará um aumento do salário mínimo em 2021 será França. Nesse caso, a subida deverá ser de 15 euros dos atuais 1.539 euros para 1.554,58 euros. É uma subida de menos de 1%, de acordo com o diploma publicado no Diário da República francês, da qual deverão beneficiar cerca de 2,25 milhões de trabalhadores do setor privado de França.

Na mesma linha, o Reino Unido já anunciou um aumento do salário mínimo (para os trabalhadores com idades iguais ou superiores a 23 anos) de 8,72 libras por hora (cerca de 9,66 euros) para 8,91 libras por hora (cerca de 9,87 euros), mas só produzirá efeitos a partir de abril do próximo ano. Em causa está uma subida de 2,2%, que irá abranger milhões de trabalhadores, segundo o Executivo britânico.

“O Governo continua absolutamente comprometido em pôr mais dinheiro nos bolsos dos trabalhadores britânicos com rendimentos inferiores. Este aumento consegue o equilíbrio entre apoiar as famílias trabalhadoras, nestes tempos difíceis, e proteger as empresas, enquanto recuperam do impacto da Covid-19“, sublinhou o Executivo britânico.

De notar que o Reino Unido é dos países da Europa onde o salário mínimo é mais elevado, segundo os dados do Eurofound, a par, por exemplo, do Luxemburgo e da Holanda, que também já anunciaram uma subida da retribuição mínima para 2021.

Na Holanda, o salário mínimo aumentará, em 2021, de 1.680 euros para 1.684,80 euros mensais, para trabalhadores acima dos 21 anos, de acordo com o Governo holandês, e no Luxemburgo estará em causa um reforço de 2,8% para 2.201 euros brutos. A par desta atualização — e à semelhança do que fez o Governo português — o primeiro-ministro luxemburguês anunciou novas medidas de apoio às empresas para compensar este aumento salarial.

No caso português, o Executivo anunciou que será “devolvida” aos empregadores uma parte do acréscimo dos encargos perante o Estado resultante do aumento do salário mínimo, ou seja, uma parte das contribuições sociais pagas pelos patrões será “reembolsada”.

A contrariar estes países, a Grécia — cujo salário mínimo está hoje em cerca de 650 euros mensais, ou seja, próximo do português — decidiu adiar a decisão sobre a evolução do nível remuneratório em causa para março do próximo ano. Isto face às incertezas provocadas pela pandemia. A discussão poderá, além disso, ser novamente adiada, de acordo com a imprensa grega.

Também o vizinho ibérico decidiu-se contra qualquer aumento do salário mínimo. No início de dezembro, a imprensa espanhola dava nota de que o Governo estaria a preparar um reforço da retribuição mínima garantida para mil euros, mas entretanto Pedro Sánchez já veio descartar qualquer atualização nesse sentido.

O salário mínimo espanhol deverá ficar, assim, congelado em 950 euros, à espera que a economia apresente sinais de recuperação. Isto porque, para o primeiro-ministro espanhol, não se pode pedir às empresas que subam salários quando necessitam de ajuda para sobreviver.

Tudo somado, vários dos países europeus relativamente aos quais o ECO recolheu dados terão subidas do salário mínimo, ainda que menos acentuadas (em termos relativos) do que Portugal. Por cá, o salário mínimo crescerá 4,72% — ainda assim, inferior ao salto de quase 6% registado em 2020. Em comparação, em França, Holanda e Alemanha a retribuição mínima subirá menos de 2% e, no Reino Unido e no Luxemburgo, subirá menos de 3%.

É importante salientar, contudo, que, entre os países do Velho Continente, Portugal fica a meio da tabela, no que diz respeito ao valor do salário mínimo, longe dos 1.584 euros mensais praticados, por exemplo, na Alemanha, dos 1.539 euros franceses ou dos 2.142 euros luxemburgueses, sendo este último país aquele em que a retribuição mínima é mais elevada, na Europa, segundo o Eurostat.

De notar, contudo, que, nesses países, a produtividade por trabalhador e por hora trabalhada — um dos indicadores considerados na definição dos salários mínimos, a par da inflação e do crescimento económico — tende também a ser maior, segundo o gabinete de estatísticas da União Europeia.

Há, além disso, vários países europeus — como Itália e Áustria — onde não está fixado qualquer salário mínimo, sendo esse limite determinado no quadro da negociação coletiva. Bruxelas está atualmente a avaliar e a discutir a proposta legislativa com vista à criação de um quadro que garanta “salários mínimos adequados” em todos os Estados-membros da União Europeia, mas sem impor um valor comum ou obrigatório.

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Herdeiro do império Samsung condenado a dois anos e meio de prisão

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2021

Empresário está também a ser julgado por outro tribunal de Seul sob acusações de fraude contabilística e manipulação de preços de ações.

Um tribunal em Seul condenou o herdeiro do império Samsung, Lee Jae-yong, a dois anos e meio de prisão, no novo julgamento pela participação no esquema de corrupção da ex-Presidente sul-coreana Park Geun-hye.

O Tribunal Superior de Seul decidiu impor esta pena a Lee Jae-yong por ter subornado Choi Soon-sil (amiga da ex-Presidente sul-coreana), conhecida de “Rasputin”, como parte de uma vasta rede de favores que escandalizaram o país e desencadearam a saída de Park do poder e consequente condenação.

Lee já tinha sido condenado a cinco anos de prisão em agosto de 2017 por subornos destinados a obter tratamento favorável das autoridades, desviar fundos, ocultar bens no estrangeiro e cometer perjúrio.

Contudo, em fevereiro de 2018, um tribunal reduziu a sua pena e permitiu-lhe sair da prisão, mas um tribunal superior decidiu acusá-lo novamente.

A acusação tinha pedido nove anos de prisão para o herdeiro da Samsung no novo julgamento, de forma a dar o exemplo neste caso de grande visibilidade.

O empresário está também a ser julgado por outro tribunal de Seul sob acusações de fraude contabilística e manipulação de preços de ações alegadamente cometidas durante a controversa fusão de duas empresas do grupo em 2015.

Várias irregularidades são atribuídas à fusão de 2015, incluindo um alegado crime de fraude contabilística destinada a consolidar a posição de liderança de Lee pouco depois do seu pai, o presidente do grupo, Lee Kun-hee, ter sofrido um ataque cardíaco que o deixou em coma até à sua morte em outubro de 2020.

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Do crédito ao lay-off, nova vaga de apoios começa a chegar à economia

Com o país novamente fechado, os empresários pediram mais apoios e mais rápidos. O Governo respondeu com o reforço e aceleração das medidas já em vigor.

A quadra festiva trouxe um agravamento da pandemia e, em resposta, o Governo decidiu confinar o país. Nesta nova fase de luta contra a Covid-19, os empresários exigiram mais apoios e mais rápidos. A resposta chegou sob a forma do reforço e aceleração das medidas já existentes, do lay-off simplificado ao Apoiar.pt, não esquecendo as linhas de crédito e o apoio à redução de atividade para trabalhadores independentes e sócios-gerentes. As ajudas começam agora a chegar à economia.

Depois do relaxamento das restrições por ocasião do natal, a pandemia agravou-se, registando-se recordes de novos contágios, internamentos e óbitos. Um cenário negro que tornou “evidente” aos olhos do Executivo de António Costa a necessidade de conter, temporariamente, a mobilidade dos portugueses. Resultado: Portugal está, novamente, confinado.

Em reação, as empresas vieram logo alertar que, sem mais apoios e mais rápidos, muitas ficariam em “risco de morte”, depois de 10 meses de pandemia. “O que mais nos solicitaram do lado das empresas foi que o mais rapidamente possível se concretizassem os novos apoios e os que já tinham sido anunciados há cerca de um mês”, reconheceu o ministro da Economia. “O que nos solicitam essencialmente foi rapidez e é isso que vamos fazer. Entendemos também haver necessidade de reforço destes apoios“, acrescentou Siza Vieira, na apresentação das medidas desenhadas para esta nova fase de luta contra a Covid-19.

Nesse pacote, repetem-se as fórmulas de 2020, ressuscitando-se, por exemplo, o lay-off simplificado. A opção do Governo foi, tal como reclamavam os empresários, a de reforçar e acelerar as medidas, sendo poucas as novas personagens no elenco de ajudas preparadas para este novo período de confinamento.

Empresas encerradas têm acesso ao lay-off simplificado

Desde julho que o lay-off simplificado — tão popular e “eficaz”, segundo o Governo, na primavera — está disponível apenas para as empresas encerradas por imposição legal ou administrativa. Até agora, apenas os bares e as discotecas tinham condições para aderir a este regime, mas, com o país de volta ao confinamento, esse universo vai aumentar, já que há agora mais setores de atividade obrigados a fechar, nomeadamente a restauração e o comércio não alimentar.

O lay-off simplificado está, portanto, disponível para todos os negócios encerrados por imposição legal ou administrativa (incluindo aqueles que passem a operar em regime de takeaway e entrega ao domicílio). Nesse regime, os empregadores podem suspender os contratos de trabalho ou reduzir os horários, ao mesmo tempo que recebem um apoio para o pagamento dos salários.

Assim, no caso da suspensão do contrato de trabalho, o empregador fica responsável pelo pagamento de 30% de dois terços do salário normal do trabalhador. E em caso de redução de horário, a empresa assegura o vencimento pelas horas trabalhadas e 30% do valor necessário para que, em conjunto com o primeiro, se perfaça dois terços do salário normal.

A Segurança Social cobre os montantes em falta nessas situações para assegurar ao trabalhador 100% do seu salário. O Governo conta pagar aos empregadores o apoio relativo a janeiro em fevereiro, disse Siza Vieira. Ou seja, para já, os empregadores adiantam a totalidade dos salários aos trabalhadores e depois receberão o referido apoio da Segurança Social.

Também as empresas que estavam no apoio à retoma progressiva podem, querendo, passar para este regime, desde que cumpram o referido critério (de estar encerradas por imposição legal). De notar que, ao abrigo do lay-off simplificado, as empresas têm ainda direito à isenção das contribuições sociais.

Os formulários para aceder ao lay-off simplificado está disponíveis na Segurança Social Direta e podem ser usados de imediato, garantiu o ministro da Economia.

Aberto, mas com quebras? Há o apoio à retoma

As empresas que não estejam encerradas por imposição legal, mas tenham quebras de faturação de, pelo menos, 25% têm à disposição o apoio à retoma progressiva. O formulário de acesso também já está disponível na Segurança Social Direta.

Diferente do que acontece no lay-off simplificado, neste regime não há isenção de contribuições sociais. Em alternativa, está previsto um desconto de 50% da TSU relativa ao salário pago aos trabalhadores pelas horas não trabalhadas por micro, pequenas e médias empresas. As grandes empresas pagam as contribuições sociais por completo.

Neste regime não é possível suspender os contratos de trabalho, mas é possível reduzir os horários: até 33%, para empresas com quebras de, pelo menos, 25% (mas inferiores a 40%); até 40%, para empresas com quebras de, pelo menos, 40% (mas inferiores a 60%); até 60%, para empresas com quebras de, pelo menos, 60% (mas inferiores a 75%); até 100%, para empresas com quebras de acima de 75%.

Também no apoio à retoma progressiva, é assegurado ao trabalhador o salário na íntegra. Neste caso, o empregador paga o vencimento pelas horas trabalhadas e 30% de quatro quintos do ordenado referente às horas não trabalhadas.

A Segurança Social paga o valor em falta para chegar ao total da remuneração normal. No caso das empresas mais afetadas (quebras acima de 75%), o Estado pode também pagar 35% das horas trabalhadas e 100% das horas não trabalhadas (quando o horário é cortado em mais de 60%).

Desde janeiro de 2021 que o apoio à retoma progressiva também pode abranger os membros de órgãos estatutários, desde que estes “exerçam funções de gerência, com declarações de remuneração, registo de contribuições na Segurança Social e com trabalhadores a seu cargo”.

Dois SMN por trabalhador para microempresas

As microempresas que tenham quebras de, pelo menos, 25% e tenham estado em lay-off simplificado ou no apoio à retoma progressiva vão ter acesso a uma nova ajuda, que prevê a atribuição de dois salários mínimos (1.330 euros) por cada posto de trabalho. Chama-se apoio simplificado para microempresas e será pago em duas prestações, ao longo do primeiro semestre de 2021.

Esta ajuda deve ser pedida ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), mas ainda falta uma portaria do Ministério do Trabalho para que tal seja possível.

Os empregadores que adiram a este apoio ficam impedidos de avançar com despedimentos coletivos, por extinção de posto de trabalho ou por inadaptação, ficando ainda obrigados a manter o nível de emprego observado no mês da candidatura durante o período de concessão do apoio, bem como nos 60 dias seguintes. Ou seja, tal como avançou o ECO em primeira mão, ficam obrigados a manter o nível de emprego por oito meses (seis meses de atribuição do apoio e os 60 dias subsequentes).

Mais dinheiro a fundo perdido para as empresas

O Governo decidiu acelerar e reforçar o Apoiar.pt, programa de subsídios a fundo perdido destinado às empresas mais afetadas pelas restrições impostas em resposta à pandemia de coronavírus.

Por um lado, será antecipado o pagamento da segunda tranche do apoio relativo aos três primeiros trimestres de 2020, tendo Siza Vieira garantido que as transferências começarão a ser feitas já esta segunda-feira, dia 18 de janeiro.

Por outro lado, no cálculo da quebra de faturação, que indica o valor do subsídio a receber, passará a ser considerado também o quarto trimestre de 2020 (até agora, só era incluídos os primeiros noves meses do ano passado). E os tetos máximos dos apoios serão aumentados.

De notar que, para aceder a este programa, as empresas precisam de registar quebras de, pelo menos, 25%. O apoio a atribuir é o correspondente a 20% desse decréscimo na faturação, com os seguintes novos limites: 12.500 euros para microempresas (antes eram 7.500 euros), 68.750 euros para pequenas empresas (antes eram 40.000 euros) e 168.750 euros para médias e grandes empresas (antes eram 100.000 euros).

As candidaturas para estes apoios atualizados (nomeadamente a extensão ao quarto trimestre) arrancarão a 21 de janeiro, e os pagamentos começarão a ser feitos no início de fevereiro.

Linhas de créditos ficam disponíveis

A partir desta segunda-feira, estão disponíveis nos bancos as linhas de crédito para empresas exportadoras, do turismo e da área de eventos, que já tinham sido anunciadas em novembro mas estavam até agora por concretizar. Essas verbas podem ser convertidas em 20% a fundo perdido, se as empresas mantiverem os postos de trabalho.

É importante salientar que estas linhas de crédito têm garantia de Estado, tal como já acontecia com as restantes que foram lançadas para ajudar a mitigar os efeitos da pandemia.

O Governo decidiu também reabrir a linha de crédito com garantia do Estado para as empresas mais afetadas pelo confinamento, disponibilizando já 400 milhões de euros.

As empresas que recorram a esta linha têm de apresentar quebras homólogas de faturação superiores a 25%, ficam obrigadas a manter os postos de trabalho e não poderão distribuir lucros.

Governo começa a pagar apoio a rendas comerciais em fevereiro

Tal como pediam os empresários, o Governo decidiu lançar um apoio a fundo perdido para o pagamento das rendas comerciais.

Esta ajuda estará disponível para os empresários em nome individual, para as pequenas e médias empresas e para as grandes empresas com volume de negócios inferior a 50 milhões de euros. As candidaturas só arrancarão a 4 de fevereiro, prevendo o Executivo começar a fazer pagamento na primeira quinzena do segundo mês de 2021.

Mas como funciona? Para as empresas com quebras de faturação entre 25% e 40%, o apoio corresponde a 30% da renda mensal até 1.200 euros por mês. Isto durante seis meses, ou seja, está em causa uma ajuda total de 7.200 euros por estabelecimento.

Já para as empresas com quebras de faturação acima de 40%, o apoio equivale a 50% da renda mensal até dois mil euros por mês. Como a ajuda dura seis meses, está em causa um valor total de 12 mil euros por estabelecimento.

Execuções fiscais suspensas

Outra medida pensada pelo Governo para esta nova fase de luta contra a Covid-19 foi a da suspensão entre de 1 de janeiro e 31 de março dos processos de execução fiscal em curso ou que venham a ser instaurados pela Autoridade Tributária e pela Segurança Social.

Não é possível executar penhoras neste período. O pagamento dos planos prestacionais por dívidas à Segurança Social também é suspenso”, anunciou o Governo.

Regressa apoio aos “recibos verdes”

O agravamento da pandemia de coronavírus levou o Governo a reativar o apoio extraordinário à redução da atividade, que garante entre 219,4 euros e 665 euros aos “recibos verdes”. O ministro da Economia não explicou quando será paga, mas sinalizou que, desta vez, a ajuda terá uma duração menor, isto é, apenas vigorará enquanto o país estiver fechado.

A manter-se o desenho que esteve em vigor em 2020, este apoio dirige-se aos trabalhadores independentes que estejam em paragem total da sua atividade por causa do confinamento do país ou que registem uma quebra de, pelo menos, 40% da faturação, nos 30 dias anteriores ao pedido face à média mensal dos dois meses anteriores.

A prestação é calculada a partir da base de incidência contributiva do trabalhador. Caso esse valor seja inferior a 658,2 euros (1,5 vezes o Indexante dos Apoios Sociais), a ajuda tem como limite máximo 438,81 euros e mínimo 219,4 euros; Caso seja igual ou superior a 658,2 euros, o apoio é o correspondente a dois terços dessa base de incidência contributiva, com o limite máximo do salário mínimo (que passou para 665 euros, em 2021). O valor resultante destes cálculos deve ser ainda multiplicado pela quebra de faturação para se apurar a ajuda efetivamente a receber.

Este apoio está também disponível para os sócios-gerentes de micro e pequenas empresas e para os empresários em nome individual.

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Já pode candidatar-se às linhas de crédito com 20% a fundo perdido. Saiba como aceder

Empresas vão ter de pagar um spread que entre 1,25% e 1,85% consoante a maturidade do empréstimo que pode ir até seis anos. Como as Euribor estão em terreno negativo, no máximo, as linhas custam 1,35%

As linhas de crédito para a indústria exportadora e para o turismo, assim como para as empresas que se dedicam à prestação de serviços no setor dos eventos, estão disponíveis na banca comercial a partir desta segunda-feira. O custo de ambas as linhas, que podem ser parcialmente (20%) convertidas em apoios a fundo perdido, ascende a 1,35%, tendo em conta que as taxas Euribor estão em terreno negativo.

O ECO sabe que a banca comercial “tem tudo preparado para conceder dinheiro a quem precisa”, porque houve “bastante tempo” de preparação já que estas linhas foram anunciadas pelo ministro da Economia em novembro. E que há bancos onde vários clientes já manifestaram interesse por este apoio de tesouraria que visa, sobretudo, ajudar a manter o emprego, estando apenas à espera que abram as candidaturas.

Mas quais são afinal as condições destas duas linhas? São diferentes das anteriores já disponibilizadas ao mercado?

Qual o montante de crédito disponibilizado?

Para a indústria exportadora e para as empresas de turismo é disponibilizada uma linha de crédito de pouco mais de mil milhões. Inicialmente, em novembro, a dotação era apenas de 750 milhões de euros, mas, em dezembro, foi reforçada para 1.050.000.000 euros. A semana passada passou a abranger as empresas de turismo. Já a linha direcionada para as empresas de montagem de eventos mantém a dotação de 50 milhões de euros. Mas estes montantes podem ser revistos e reajustados pelo Banco Português de Fomento ou após comunicação dos bancos tendo em conta os montantes utilizados.

Quais as empresas elegíveis?

As duas linhas destinam-se a micro, pequenas e médias empresas (PME), incluindo empresários em nome individual, assim como small mid cap e mid cap (empresas de pequena-média capitalização que empregam até 500 trabalhadores; e média capitalização que empregam até três mil). Mas uma é para empresas exportadoras da indústria e do turismo enquanto a de 50 milhões se destina a empresas de montagem de eventos — “empresas cujo volume de negócio em 2019, seja em pelo menos 30% proveniente de atividade no âmbito da montagem de eventos, seja ao nível das infraestruturas ou do audiovisual”.

Qual o montante do apoio que cada empresa pode receber?

Cada empresa pode pedir, no máximo, 4.000 euros por posto de trabalho, “comprovado através da última folha de remunerações entregue à Segurança Social antes da contratação da operação com a banca”. Mas com limites: o dobro da massa salarial anual da empresa ou 25% do seu volume de negócios total.

Qual o prazo dos empréstimos?

As empresas podem pedir crédito de um a seis anos.

Qual o custo destas linhas?

As empresas podem optar por várias modalidade: taxa fixa ou variável. Neste último caso, o custo é calculado em função da taxa Euribor escolhida (a um, três, seis ou 12 meses), a que acresce um spread máximo de 1,85%. Assim, na pior das hipóteses, as empresas terão de pagar mensalmente 1,35%, isto porque a taxa Euribor a 12 meses está em terreno negativo (-0,508%, na sexta-feira). Os valores do spread são fixados pelo Estado, mas os bancos são livres de aplicar valores mais baixos.

Existe um período de carência?

Sim. Nestas duas linhas é de 12 meses. Mas em linhas anteriores, como a de 400 milhões de euros para empresas de média dimensão, o período de carência chegou a ser de 18 meses.

Como é feita a amortização?

A amortização de capital é feita em prestações iguais, sucessivas e postecipadas com periodicidade mensal.

Os bancos podem exigir garantias suplementares?

Não. Os bancos não podem exigir aos clientes qualquer tipo de aval ou garantia complementar (pessoal ou patrimonial).

E podem exigir uma comissão de gestão?

Sim. Podem pedir uma comissão de gestão/acompanhamento anual de até 0,5% sobre o montante de financiamento em dívida, à semelhança do que já acontecia nas últimas linhas de crédito garantidas pela Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM) que foi incorporada no Banco Português de Fomento.

Para que de destinam esta linhas?

São linhas de tesouraria que têm por objetivo ajudar a manter postos de trabalho. De fora ficam as operações de reestruturação financeira e/ou que impliquem a consolidação de crédito vivo, nem operações destinadas a liquidar ou substituir, de forma direta ou indireta, ainda que em condições diversas, financiamentos anteriormente acordados com os bancos. São também excluídas as operações destinadas à aquisição de terrenos e imóveis que estejam presentemente a ser usados pelas empresas, assim como os “imóveis de uso geral que não possuam já (antes da aquisição) características específicas adequadas às exigências técnicas do processo produtivo da empresa”.

Há um apoio a fundo perdido nestas linhas?

Sim. Está prevista a possibilidade de 20% do montante do crédito concedido ser convertido numa subvenção não reembolsável, com um limite de 800 mil euros por empresa.

Há condicionalismos?

Sim. A empresa tem de manter, durante pelo menos 12 meses, a totalidade dos postos de trabalho que tinha antes da data de contratação da linha. Só é admitida a possibilidade de os trabalhadores saírem por mútuo acordo. Outro dos condicionalismos passa por as empresas não terem dívidas ao Fisco nem à Segurança Social. Caso estas existam, tem de haver um plano de regularização das mesmas. Também não podem ter incidentes não regularizados junto da banca, do Banco Português de Fomento ou de entidades participadas pelo BPF. Além disso, não podem ter sido consideradas empresas em dificuldades, a 31 de dezembro de 2019, antes do agravamento das condições económicas no seguimento da epidemia de Covid-19, nem ter sede, ou ser dominadas por entidades que tenham sede em offshores.

Caso não cumpram a exigência de manter os postos de trabalho, a percentagem máxima de conversão do empréstimo em subvenção não reembolsável (20%) será reduzida na proporção correspondente à redução dos postos de trabalho. Mas se os despedimentos forem superiores a 30%, então a empresa perde o direito a ter apoios a fundo perdido.

Como se pode ter acesso a este apoio a fundo perdido?

As empresas têm de informar o banco que vão querer ter o apoio a fundo perdido e têm de dar os elementos para que se possa verificar que cumprem a exigência de manutenção dos postos de trabalho. Depois cabe ao Banco Português de Fomento decidir a eventual conversão, com um limite temporal de 30 de junho. O banco promocional tem de assumir a responsabilidade de liquidar, num pagamento único, aos bancos, o valor não reembolsável definido para cada operação. Um valor que é financiado por fundos comunitários e que explica a presença do Compete, o programa operacional das empresas, neste protocolo.

Quem decide a atribuição do crédito?

São os bancos que decidem os pedidos de financiamento tendo em consideração a sua política de risco de crédito e o cumprimento das condições de acesso à linha, tornando o processo de disponibilização dos fundos às empresas mais célere, pela redução de intervenientes no circuito de decisão e contratação.

As linhas beneficiam de uma garantia de Estado?

Sim. A garantia assegura aos bancos 90% dos empréstimos concedidos às micro e pequenas empresas e 80% do capital para as médias empresas, small mid cap e mid cap.

As empresas têm de pagar por esta garantia?

Não, à semelhança de linhas anteriores, não é cobrado à empresa qualquer valor pela emissão da garantia, exceto a respetiva comissão de garantia: durante o primeiro ano da vigência da garantia 0,25%, no segundo e terceiro 0,5% e nos três últimos 1%. Estes valores sobem para 0,3%, 0,8% e 1,75%, nos respetivos anos, para as small mid cap e mid cap.

Há outras limitações para as empresas?

Sim. O empréstimo tem de ser usado num prazo de 30 dias e todo de uma vez só. As empresas só podem apresentar uma candidatura a estas linhas (não o podem tentar fazer várias vezes usando bancos diferentes).

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5 coisas que vão marcar o dia

Candidatos a Belém debatem na rádio e começam os apoios do Estado por causa do novo confinamento. A CIP divulgará um inquérito para saber o que pensam as empresas dessas ajudas.

Três dias passados desde o início do novo confinamento, arrancam agora os apoios prometidos pelo Governo para as empresas e cidadãos. É também o dia em que os sete candidatos a Belém debatem na rádio.

Arrancam apoios do Estado por causa do novo confinamento

Começam hoje a ser disponibilizados os apoios do Estado para empresas e cidadãos, na sequência da imposição de um novo confinamento. Entre eles estão as novas linhas de crédito para empresas exportadoras e do setor dos eventos, que têm uma componente de 20% a fundo perdido, no valor total de 400 milhões de euros. Além disso, as empresas dos setores afetados terão acesso automático ao lay-off simplificado, com reforço da remuneração dos trabalhadores e manutenção do esforço do empregador comparativamente com o ano passado. Há também apoios específicos para o setor da cultura, como o programa Garantir Cultura.

Supermercados tiram produtos não essenciais dos expositores

O Governo permitiu aos hiper e supermercados retomarem os horários regulares durante o novo confinamento. Porém, limitou o tipo de produtos que estas grandes superfícies podem vender. A partir desta segunda-feira, só poderão estar nos expositores bens essenciais e produtos de primeira necessidade. Numa portaria, o Ministério da Economia decretou que é proibida a venda nos estabelecimentos físicos de um vasto conjunto de artigos, que vão da roupa aos artigos desportivos, passando pelos livros.

Candidatos a Belém em debate, mas agora na rádio

Os sete candidatos à Presidência da República são esperados num debate a ser transmitido, em simultâneo, pela Antena 1, Renascença e TSF. A emissão começa às 9h00 e será moderada pelas jornalistas Natália Carvalho, Eunice Lourenço e Judith Menezes e Sousa. A discussão acontece na última semana antes das eleições, marcadas para 24 de janeiro, e depois de mais de duas dezenas de debates a pares e um debate a sete emitidos pelas televisões.

INE mede o pulso ao transporte aéreo

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai publicar as estatísticas rápidas do transporte aéreo referentes ao mês de novembro de 2020. A atividade tem sido bastante castigada pela pandemia. Em outubro, aterraram nos aeroportos nacionais cerca de 9.700 aeronaves em voos comerciais, uma queda de 51,9% face ao mesmo mês de 2019. Em outubro de 2020, foi ainda registado o movimento de 1,4 milhões de passageiros, menos 74,1% face ao mês homólogo.

CIP divulga expectativas das empresas

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) vai hoje apresentar os resultados de mais um inquérito às expectativas das empresas portuguesas. A instituição liderada por António Saraiva pretende apurar que avaliação fazem das medidas definidas para combater a pandemia e também dos apoios que são hoje lançados para ajudar as empresas a sobreviverem. Os resultados serão conhecidos pelas 16h00.

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Voto antecipado correu bem. Houve “respeito por todas as regras”

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2021

Eduardo Cabrita elogiou o comportamento dos eleitores que exerceram voto antecipado para as eleições presidenciais de 24 de janeiro.

O ministro da Administração Interna admitiu a possibilidade de um reajustamento das medidas de combate à pandemia de Covid-19, mas elogiou o comportamento dos eleitores que exerceram voto antecipado para as eleições presidenciais de 24 de janeiro.

“Aquilo que eu verifiquei aqui [no Barreiro] foi o respeito por todas as regras. Todos os eleitores estavam com máscara. Foi respeitado o distanciamento”, disse Eduardo Cabrita pouco depois de ter exercido o direito de voto, antecipado, na Biblioteca Municipal do Barreiro.

“Eu vejo entusiasmo naqueles quase 250 mil portugueses que se registaram para o voto antecipado, que manifestam uma alegria do voto semelhante à alegria do voto nas primeiras eleições democráticas. Significa que, em tempos muito difíceis, em tempos em que estamos todos concentrados no combate à pandemia, temos de afirmar também os valores da democracia”, acrescentou o governante.

Confrontado com os sucessivos avisos dos profissionais de saúde, para o elevado número de pessoas que continuam a andar na rua apesar das regras de confinamento, e com as preocupações expressas hoje pelo Presidente da República, que admitiu a necessidade de um agravamento das medidas para fazer face à pandemia, Eduardo Cabrita lembrou que o Governo faz uma “reavaliação permanente das medidas”.

“Fazemos uma reavaliação permanente, quer da evolução da pandemia, quer das medidas que são necessárias, numa salvaguarda da sua adequação e proporcionalidade. Julgo que foi esse, também, o sentido da declaração do senhor Presidente da República, com a qual estamos totalmente de acordo”, acrescentou o ministro.

Em declarações aos jornalistas, Eduardo Cabrita afirmou ainda que faz um balanço positivo da forma como decorreu esta votação antecipada para as eleições presidenciais de 24 de janeiro.

“Passamos de 50 mil votantes em 2019, que já de si era um recorde absoluto de votação antecipada, para – não temos números finais – quase 250 mil inscritos. Há cidadãos que, se não fosse este sistema de voto, nunca votariam nestas eleições, porque cerca de metade dos que se inscreveram para voto antecipado estão a fazê-lo fora do seu local de recenseamento”, disse.

“Os estudantes que estão a votar no local onde estudam e não no seu local de recenseamento, quem por razões profissionais está deslocado do seu local de recenseamento, ou quaisquer outras razões de ordem pessoal, não tenho dúvida nenhuma de que há cerca de 200 mil portugueses que, provavelmente, se não votassem hoje não teriam votado”, sublinhou o Ministro da Administração Interna.

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Banca vende lote de 4.400 casas com desconto de 10%

Consórcio de fundos Tikehau e Albatross paga entre 300 milhões e 320 milhões por um lote de mais de 4.400 habitações, avaliado em cerca de 360 milhões. Receita vai para a banca.

A banca prepara-se para vender um lote de 4.400 casas em todo o país ao consórcio formado pelos fundos Tikehau e Albatross, por um valor entre 300 milhões e 320 milhões de euros, num negócio que terá implícito um desconto de cerca de 10% do valor inicial da carteira, apurou o ECO junto de fonte próxima do processo.

“Os dois fundos apresentaram uma oferta hipercompetitiva. É um ótimo sinal para o mercado português e para outros potenciais vendedores“, disse a mesma fonte. Para trás, a Tikehau e a Albatross deixaram o fundo Cerberus que também estava na short-list.

Em causa está o chamado Projeto Zip, avaliado em 360 milhões de euros e que inclui 4.435 frações de habitação, sendo que a maioria destas casas se encontram já arrendadas, estando localizadas sobretudo nos centros urbanos do Porto, Setúbal e Lisboa.

Estes imóveis estão “parqueados” em dois fundos de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (FIIAH) — o fundo Solução Arrendamento e o fundo Arrendamento Mais –, geridos pela Norfin, e cujas unidades de participação pertencem aos principais bancos nacionais: nomeadamente pelo Novo Banco (quem detém as maiores participações em ambos os fundos), a Caixa Geral de Depósitos, Montepio, BCP e Santander Totta. A gestora dos fundos não comenta.

Há oito anos, este conjunto de bancos integrou um projeto do Governo de Passos Coelho para a criação de um “mercado social de arrendamento”, no sentido de resolver o problema da habitação no país num período de crise. Para tal, as instituições financeiras foram colocando centenas de imóveis nos FIIAH e, em troca destas habitações, receberam unidades de participação dos fundos que estão registados nos respetivos balanços.

Carteira rende 15 milhões por ano

Agora, com a venda dos ativos, o dinheiro pago pelos investidores para ficar com a carteira será distribuído pelas instituições financeiras em função das suas participações nos dois fundos. Decorria ainda a fase de assinatura da transação, sendo que closing da operação deverá acontecer ainda no primeiro trimestre.

A carteira tem na sua maioria frações localizadas na região do Porto (1.000 casas), Setúbal (870 casas) e Lisboa (740 casas). Nestas três regiões, o valor dos ativos supera os 200 milhões de euros, mais de metade da carteira. Com 90% das casas arrendadas, o portefólio gera um rendimento anual de 14,6 milhões de euros e poderá atingir os 25,8 milhões.

As listas de imóveis que vão ser vendidos poderão ser consultadas aqui (Solução Arrendamento) e aqui (Arrendamento Mais).

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Economia da China cresce 2,3% em ano de pandemia

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2021

Melhoria gradual das condições de saúde a partir da primavera permitiu a recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) da China. É um dos únicos países a crescer em ano de pandemia.

A economia da China cresceu 2,3% em 2020, em comparação com 2019, e apesar de ser um dos únicos países a crescer em ano de pandemia este foi no ritmo mais lento em 44 anos.

Em 2020, a economia chinesa “enfrentou uma situação grave e complexa tanto a nível interno como externo […] devido, nomeadamente, às enormes consequências da epidemia” do novo coronavírus, disse em conferência de imprensa o funcionário do Gabinete Nacional de Estatística (NBS) Ning Jizhe.

No entanto, a taxa de crescimento da China desceu acentuadamente: em 2019 a taxa de crescimento da China foi de 6,1%, já no seu nível mais baixo em quase três décadas.

Primeiro país afetado pela epidemia de Covid-19, a China registou um declínio histórico do crescimento (-6,8%) no primeiro trimestre de 2020, depois de medidas de contenção sem precedentes.

No entanto, a melhoria gradual das condições de saúde a partir da primavera permitiu a recuperação do Produto Interno Bruto (PIB).

No último trimestre de 2020, o PIB subiu 6,5%, regressando a um nível ‘pré-pandémico’, disse o NBS.

Ao contrário da maioria dos outros países que deverão estar em recessão, “a economia da China tem estado numa trajetória invejável durante a maior parte de 2020”, notou o analista Xiao Chun Xu, da agência de notação financeira Moody’s.

Embora questionável, o valor oficial do crescimento ainda está sob escrutínio, dado o peso da China na economia global. E o país parece ser um barómetro da recuperação esperada no crescimento global.

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