5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que se fica a saber como evoluíram os preços das casas no primeiro semestre, decorre mais uma reunião de política monetária do BCE.

No dia em que se ficará a saber como evoluíram os preços das casas no primeiro semestre, decorre mais uma reunião de política monetária do BCE. Esta quinta-feira, destaque ainda para as contas referentes ao terceiro trimestre da Navigator e para a conferência de líderes no Parlamento depois do chumbo no Parlamento.

Como evoluíram os preços das casas no primeiro semestre?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai mostrar esta quinta-feira como evoluíram os preços das casas nos vários municípios do país nos primeiros seis meses do ano. Os dados mais recentes, referentes ao primeiro trimestre do ano, indicam que o Índice de Preços da Habitação (IPHab) aumentou 5,2% face ao mesmo período do ano passado, com o número de casas vendidas a aumentar 0,5% para um total de 6,9 mil milhões de euros.

Comissão Europeia publica indicador de sentimento económico em outubro

A Comissão Europeia vai tornar público esta quinta-feira o indicador de sentimento económico e o indicador de clima de negócios em território europeu. Os dados mais recentes indicam que o sentimento económico se manteve na UE em setembro e subiu na Zona Euro, estando em máximos em ambas as regiões. O indicador das expectativas de emprego avançou para novos máximos em ambas. O indicador do sentimento económico manteve-se na UE e subiu ligeiramente na Zona Euro.

Decorre mais uma reunião de política monetária do BCE

O Banco Central Europeu (BCE) vai reunir-se esta quinta-feira para mais uma reunião de política monetária, que discutirá a situação económica na Zona Euro, embora os mercados só esperem decisões mais importantes em dezembro. Esta terça-feira, o banco central informou que aumentou as compras de dívida de emergência devido à pandemia em 5,8% para 18.644 milhões de euros. Porém, está previsto adquirir no quarto trimestre dívida a um ritmo ligeiramente inferior ao dos dois trimestres anteriores.

Navigator presta contas referentes ao terceiro trimestre

A papeleira nacional vai publicar esta quinta-feira os resultados referentes ao terceiro trimestre do ano, após o fecho dos mercados, ao final do dia. Recorde-se que, no primeiro semestre, a Navigator viu os lucros subirem 46,3% para 64,4 milhões de euros devido à “melhoria das condições de mercado de papel com aumento progressivo dos volumes”, embora com o preço de venda ainda abaixo do mesmo semestre do ano passado.

Conferência de líderes no Parlamento

Um dia depois do chumbo do Orçamento do Estado para 2022, haverá uma conferência de líderes no Parlamento para reorganizar os trabalhos parlamentares. Ferro Rodrigues informou que a reunião servirá para proceder de “acordo com este resultado” e programar “os trabalhos da Assembleia da República”.

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Banco de Fomento vai recorrer a fundos nacionais e internacionais para contornar atrasos no PRR

Com o chumbo do Orçamento para 2022, o Banco de Fomento vai recorrer a fundos nacionais e internacionais para continuar a operacionalizar os seus instrumentos.

O Banco Português de Fomento vai recorrer a fundos nacionais e internacionais para continuar a operacionalizar os seus instrumentos, cujo financiamento era assegurado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e que ficou comprometido com o chumbo, esta quarta-feira, da proposta de Orçamento do Estado para 2022.

O Banco de Fomento vai “identificar e coordenar com os seus parceiros a implementação de soluções, com recursos a fundos nacionais e internacionais, de forma a nunca deixar de prestar apoio às empresas nacionais”, avança ao ECO fonte oficial da instituição liderada por Beatriz Freitas. Em causa estão instrumentos de garantia, capital e dívida/financiamento, mas a instituição recusa nomear programas específicos que possam ser afetados pelo chumbo do Orçamento e da necessidade do país viver, a partir de janeiro, em regime de duodécimos.

O Banco de Fomento é uma das instituições beneficiárias do PRR. Em causa estão 1.550 milhões de euros da ‘bazuca’ para aumentar o capital da instituição em 250 milhões de euros, “com recurso à vertente de empréstimos”, “de modo a acomodar flutuações de balanço decorrentes da implementação do InvestEU, programa europeu com quatro janelas de investimento, de cariz estratégico, no qual o BPF assumirá o papel de implementing partner”. Uma candidatura que já foi entregue em Bruxelas, apurou o ECO.

De acordo com os marcos e metas definidos no PRR o Executivo espera que, até 2025, mil empresas sejam beneficiárias de financiamento no âmbito do InvestEU, em virtude do aumento de capital do BPF, para permitir a execução do programa.

O PRR servirá também para criar “um instrumento de capitalização para combater a grave depauperação de capital próprio no tecido empresarial português, em particular nas pequenas e médias empresas”, pode ler-se no próprio PRR entregue em Bruxelas. A recapitalização prevista, cumprindo as regras aplicáveis em matéria de auxílios de Estado, será feita, sobretudo, “através de instrumentos de capital e quase-capital”. “É direcionada ao aumento da autonomia financeira das empresas, dotando-as da capacidade necessária para, de forma robusta, retomar a sua atividade operacional e, dessa forma, beneficiar da fase de recuperação económica esperada”, explica o mesmo documento.

Também para incentivar o investimento produtivo das empresas não-financeiras, incentivando a estreita cooperação entre agentes económicos privados e públicos, nacionais e europeus, o banco tem previsto estabelecer parcerias com o Grupo Banco Europeu de Investimento (BEI), “designadamente para a implementação de programas de investimento estratégico, com alicerce no princípio de atração e envolvimento de operadores privados, alavancando a sua dimensão, abrangência e impacto”.

Estas novas soluções que o Banco de Fomento vai ter de procurar decorrem do facto de, com o chumbo do Orçamento, as diversas entidades públicas que veriam o seu orçamento dar saltos substantivos face a 2021, terem de viver exatamente com a mesma dotação. Ou seja, só podem gastar, por mês, 1/12 da despesa executada em 2021 — 104 mil milhões de euros. Para poder levar a cabo os projetos há que ter capacidade financeira, mas se durante seis meses, essas mesmas entidades têm de viver apenas com uma percentagem do orçamento do ano anterior, isso pode comprometer a execução física dos diversos projetos.

Acresce um problema adicional para as entidades novas, criadas ao longo de 2021, que não tinham dotação orçamental prevista no OE2021. Essas nem duodécimos têm para funcionar. A despesa pública só poderá passar os valores executados em 2021 se houver um Orçamento retificativo específico para acomodar o PRR, uma hipótese que não é totalmente excluída até porque dificilmente os partidos votariam contra. O Parlamento também pode resolver provisoriamente o problema dos tetos de despesa definidos passando a dotação disponível de um programa orçamental para outro.

O ministro das Finanças já reconheceu que “a inexistência de um novo Orçamento cria dificuldades na execução do PRR”, mas “há soluções que podem ser exploradas”, disse João Leão na conferência organizada pelo ECO. Será dessas soluções que dependerá a continuação do apoio do Banco de Fomento às empresas.

Recorde-se que o PRR, ao contrário dos outros fundos estruturais que são pagos mediante a apresentação das faturas, só é financiado mediante o cumprimento de metas e marcos previamente acordados com Bruxelas. Caso não sejam cumpridos, Portugal pode perder parte das verbas que lhe foram atribuídas. Um risco que o próprio primeiro-ministro já dramatizou por diversas vezes. Mas, para já, fonte oficial da Comissão recorda ao ECO que o chumbo do OE não está diretamente relacionado com o PRR: “Desde que o atraso na aprovação do orçamento nacional não impeça o cumprimento das metas e marcos, não há uma ligação direta entre a adoção do Orçamento e o pedido ou desembolso dos fundos ao abrigo do PRR”.

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Sem Orçamento, mas com PRR, economia deverá crescer 5,1%

Se Costa ficar a governar em duodécimos, o défice até pode ser mais baixo e a economia poderá crescer 5,1%, próximo dos 5,5% previstos pelo Governo na proposta de Orçamento para 2022.

O chumbo do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) no Parlamento abre a porta a duas vias, na opinião do primeiro-ministro: governar em duodécimos ou ir para eleições. No debate do Orçamento, tanto João Leão, ministro das Finanças, como Siza Vieira, ministro da Economia, avisaram que o chumbo do OE2022 iria afetar a rapidez da retoma económica. Caso o Executivo governe em duodécimos, mas consiga executar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), as previsões apontam para um crescimento do PIB de 5,1%, menos quatro décimas do que os 5,5% estimados pela proposta orçamental.

As previsões são do Conselho das Finanças Públicas (CFP) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicadas, respetivamente, em setembro e em outubro e coincidiam exatamente no valor: a economia portuguesa vai crescer 5,1% em 2022, recuperando totalmente do impacto da pandemia. Normalmente, esta previsão acaba por ficar rapidamente desatualizada uma vez que é feita num cenário de políticas invariantes, ou seja, não conta com nenhuma medida que ainda não esteja legislada.

Isto é, neste caso, não contavam com a proposta do Governo para o Orçamento de 2022, a qual foi chumbada e não entrará em vigor a 1 de janeiro. E assim previam, sem o saber, exatamente o que vai acontecer dado o chumbo do OE: se não houver eleições, o Governo quer ficar a governar em duodécimos e só pode gastar por mês 1/12 da despesa executada em 2021 (104 mil milhões de euros); se houver eleições, é possível que só em junho ou até mais tarde é que haja um novo Orçamento em vigor, pelo que a execução orçamental estaria em duodécimos metade do ano.

Porém, há uma dúvida. A previsão de crescimento da economia de 5,1% em 2022 do CFP e do FMI já contava com o investimento previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a bazuca europeia, o que significava um acréscimo de dois pontos percentuais no PIB no próximo ano. São 3,2 mil milhões de euros de despesa pública em 2022 que são essenciais para o crescimento previsto.

A questão é se o Governo consegue executar esse dinheiro. O ministro das Finanças, João Leão, já disse ter capacidade para executar o PRR em duodécimos, apesar de ser mais difícil e se colocar em causa o cumprimento das metas e marcos negociados com a Comissão Europeia. Sem esses objetivos cumpridos atempadamente, o executivo comunitário poderá não libertar as verbas para Portugal. Para já, fonte oficial da Comissão recorda ao ECO que o chumbo do OE não está diretamente relacionado com o PRR: “Desde que o atraso na aprovação do orçamento nacional não impeça o cumprimento das metas e marcos, não há uma ligação direta entre a adoção do Orçamento e o pedido ou desembolso dos fundos ao abrigo do PRR“.

A execução do PRR era exatamente um dos principais riscos identificados pelo CFP na análise que fez à proposta do Orçamento: “Uma execução do PRR a um nível inferior ao esperado poderá afetar de forma decisiva o investimento e penalizar o crescimento da economia no horizonte de previsão“, alertava a instituição liderada por Nazaré Costa Cabral. Era com o PRR que o Governo contava para executar o nível de investimento público mais elevado desde 2010.

Défice orçamental poderá ser mais baixo e cumprir já os 3% da UE

Outra das consequências do chumbo do Orçamento será a possibilidade de Portugal ter já em 2022 um défice orçamental de 3% — o limite das regras orçamentais europeias, que se manterão suspensas no próximo ano — ou até mais baixo. Tal acontece porque as medidas do Governo na proposta do Orçamento para 2022 — que vão cair com o chumbo — levavam a uma deterioração das contas públicas face ao que aconteceria se nada fizesse (ou seja, em políticas invariantes, que é o cenário do CFP e do FMI): Leão apontava para 3,2% do PIB enquanto o FMI calculava um défice de 3% e o CFP de apenas 2,4%.

A dúvida é se, mesmo com a crise política e outros potenciais choques na economia (como a evolução dos preços de vários bens), a receita pública recupera como se espera. Do lado da despesa pública é mais garantido que, se se governar em duodécimos, esta não passará os valores executados em 2021, exceto se houver um Orçamento retificativo específico para acomodar o PRR, uma hipótese que alguns economistas e especialistas em finanças públicas colocam caso seja necessário.

Contudo, o cenário macroeconómico do CFP e do FMI contava com uma taxa de desemprego ligeiramente superior à do Governo: 6,9% e 6,7% contra 6,5%, respetivamente. Ainda assim, nas três previsões o mercado de trabalho melhora no próximo ano.

No caso da dívida pública, as previsões são divergentes porque o ponto de partida de 2021 não é o mesmo. Por um lado, o CFP prevê um rácio inferior (122,5% do PIB) ao do Governo (122,8% do PIB) uma vez que antevê um crescimento semelhante, mas um défice mais baixo. Por outro lado, o FMI prevê que, mesmo sem Orçamento, o rácio seja superior ao do Governo (125,7% do PIB).

Leão e Siza alertaram para retoma mais lenta com chumbo do OE

Durante o debate desta quarta-feira, o ministro das Finanças e o ministro da Economia uniram esforços de manhã e de tarde para convencer os partidos à esquerda para viabilizarem o Orçamento, argumentando que o chumbo desta proposta iria atrasar a retoma económica que está em curso após o impacto severo da pandemia. O arranque foi dado por João Leão de manhã: “Com a aprovação deste Orçamento do Estado, o país pode dar um passo decisivo” na recuperação económica, argumentando que “não é tempo para arriscar tudo e deitar tudo a perder”. O ministro das Finanças alertou que este Orçamento era “determinante para assegurar a rápida recuperação da economia” e para “retomar a convergência económico” com a União Europeia.

Da parte da tarde, Pedro Siza Vieira manteve a linha de argumentação: “A não aprovação do Orçamento vai perturbar um pouco mais o processo da retoma da economia“, alertou, referindo em concreto o caso das intenções de investimento que podem não concretizar-se por causa da incerteza “adicional” da crise política que se criou com o chumbo do OE2022. “De certeza que vai ter um impacto sobre o ritmo da nossa recuperação, mas da parte do Governo estaremos aqui durante todo o tempo que estivermos em funções para mitigar isso”, prometeu.

Ao ECO, António da Ascensão Costa, professor do ISEG, vaticina que “tendencialmente, o impacto do chumbo do OE será negativo” e “na melhor das hipóteses, será quase nulo”. “Temos de ver qual o impacto do chumbo em termos de expectativas de consumidores e de empresários”, explica, referindo que dependerá da intensidade da incerteza política e da sua duração. Uma coisa é certa: “Já não era fácil recuperar o nível económico pré-pandemia no próximo ano, sobretudo devido ao peso pré-pandemia do setor turístico” e esta situação não veio ajudar, nota.

Há duas hipóteses na cabeça do economista: a primeira passa por se instalar a ideia de que, “enquanto se espera por uma clarificação política, o Governo não pode decidir quase nada” e aí “o impacto negativo será maior”. A segunda passa por se instalar a ideia de que “as limitações são, no atual contexto, relativamente menores” e aí o “impacto será menor”. Dependendo disso, a crise política poderá superar as principais condicionantes que existem atualmente, como é o caso do controlo da pandemia a nível mundial, os problemas internacionais de abastecimento à indústria e os preços de determinados bens como os combustíveis.

Pedro Braz Teixeira, do Fórum para a Competitividade, concorda que “a economia vai recuperar mais lentamente, porque os (prováveis) estímulos orçamentais serão aprovados mais tarde, mesmo que alguns deles venham a ter efeitos retroativos, como os aumentos dos funcionários públicos”. Porém, o economista considera que o principal impacto será fruto da incerteza política e dos “atrasos nos investimentos que dependem de apoio ou autorização do Governo”.

Apesar de admitir que a retoma será mais lenta (recordando que esta já não era “rápida” no contexto da UE), o Braz Teixeira antecipa um “efeito limitado” no final deste ano e no início do próximo, mas com “condições para recuperação deste efeito ao longo do próximo ano”. Ou seja, “no cômputo geral, será mais um rebalancear da atividade ao longo do ano, menor no início e mais forte no resto do ano, sobretudo da que depende da procura interna“.

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Habit fornece plataforma e implementação de seguros vendidos pela NOS

  • António Ferreira
  • 28 Outubro 2021

Novos seguros entraram no portefólio da NOS. Para integração tecnológica destes serviços, componente fundamental do projeto, contou com a Habit Analytics, broker especialista de seguros embutidos.

Os clientes da NOS, que já podiam contratar seguro para smartphones novos, passam a contar com possibilidade de aderir a novos seguros: proteção de fatura (em parceria com MetLife), cobertura de seguro para aparelhos usados, até ao limite do valor do equipamento (em parceria com a Allianz Partners) e seguro de viagem, com cobertura de acidente pessoais e assistência em viagem (em parceria com a Fidelidade). As soluções de viagem e de smartphone usado estarão disponíveis até final de 2021.

Domingos Bruges, CEO e cofundador da Habit, explica ao ECOseguros os “papéis principais” que a startup desempenha nas parcerias de embedded insurance. Esta expressão anglo-saxónica exprime a ideia do seguro embutido (ou implementado) em produtos ou serviços vendidos por grandes operadores em canais retalho, sendo também o negócio que liga a insurtech à empresa de mediação de seguros criada pela operadora de telecomunicações e entretenimento.

Em 2013, Bruges deu vida à Muzzley, mais tarde tornada Habit Analytics. Há 3 anos, a insurtech foi distinguida como a mais inovadora da fase regional EMEA do 1º Zurich Innovation Championship (2018-2019), terminando o concurso entre as 8 mais inovadoras do mundo.

“A parceria com a NOS é demonstradora da multidisciplinaridade da nossa atuação.” – Domingos Bruges, CEO e cofundador da Habit

O reforço de portefólio de produtos do grupo de telecomunicações é feito através da empresa NOS Mediação de Seguros e consolida em Portugal o reconhecimento da experiência tecnológica já acumulada pela Habit na distribuição de seguros.

Os seguros propostos podem ser adquiridos e geridos “de forma totalmente digital” na App NOS, sendo depois incluídos na fatura mensal de telecomunicações do cliente. Os novos seguros têm a colaboração da Habit Analytics, start-up que é “uma das mais distinguidas insurtech a nível internacional.

A telecom salienta que a Habit “opera uma plataforma de integração de seguros diferenciadora, criando novas soluções para as seguradoras tradicionais, com base em tecnologias como IoT e Data Analytics, que contribuem para o processo de digitalização das seguradoras e consequente distribuição de seguros de forma contextual,” e que significa “o seguro necessário, no momento certo e pelo canal mais conveniente para o cliente,” explica a NOS sobre a startup que tem a Bright Pixel (veículo da Sonae IM) entre os seus principais investidores.

"A Habit tem dois papéis principais sendo um deles o fornecimento de seguros próprios e o outro de fornecimento de qualquer outro produto de seguros de seguradoras terceiras através da nossa plataforma.”

Domingos Bruges

CEO Habit Analytics

Com produção de tecnologia em Lisboa e escritório (sede) em Nova Iorque, a Habit opera num modelo B2B2x, em que “os parceiros de distribuição são, tradicionalmente, empresas com largas comunidades de utilizadores / clientes”. Estes mesmos clientes têm “um contexto de relação muito especializado com o nosso parceiro, sendo que é através desta mesma relação que é embutido ou vendido em complemento um seguro,” introduz o CEO da Habit.

Utilizando tecnologia da Habit, a NOS, por exemplo, sabe exatamente onde está o cliente, os riscos que corre e os seguros de que precisa naquele momento. A informação sobre o contexto (otimizada pela engenharia de dados) é fundamental para abordar custos e calcular o prémio cobrado ao cliente. No ecossistema de seguros, essa é a mais-valia que a insurtech entrega aos seus parceiros. Funcionando como enabler, habilita qualquer seguradora a gerir melhor os riscos ou retalhista a distribuir seguros. Na perspetiva b2b2x, também liga, com agilidade e transparência, os intervenientes no processo: tomador do risco (seguradora), mediador (retalhista) e segurado (o consumidor).

Quanto à relação com parceiros de distribuição, a Habit tem “dois papéis principais sendo um deles o fornecimento de seguros próprios e o outro de fornecimento de qualquer outro produto de seguros de seguradoras terceiras através da nossa plataforma”. Neste último caso, a insurtech “atua como um broker digital, fornecendo uma API única para a distribuição de múltiplos produtos de uma ou mais (re)seguradoras,” desenvolveu Domingos Bruges.

Sobre o formato e tempo que levou montar a parceria com a telecom, o empreendedor afirma que, apesar de ter produtos próprios, “a Habit é agnóstica quanto aos produtos e seguradoras. A parceria com a NOS é demonstradora da multidisciplinaridade da nossa atuação, tanto como fornecedor do produto de seguros, como de plataforma broker agnóstica”. Com a NOS, a implementação foi bastante ágil”, tornando a jornada do parceiro “muito simplificada”.

Quando quisemos saber quem é tomador dos riscos nas coberturas implementadas, Bruges referiu que a telecom portuguesa “tem uma estratégia de seguros muito abrangente”, sendo que estes primeiros produtos têm risco subscrito pela Allianz Partners, Metlife e Fidelidade e, “em todos estes casos, a Habit garante a ligação transparente da NOS a cada um destes parceiros subscritores de risco,” acrescentou.

"(…), estamos numa fase muito focada no crescimento. Neste sentido, temos vindo a privilegiar parcerias comerciais em detrimento de operações de fusão.”

Domingos Bruges

CEO & co-founder Habit Analytics

No seguro para smartphones usados, associada à plataforma de distribuição, “a Habit tem um produto chamado Human Eye, que suporta a decisão de subscrição de risco para o produto de smartphone usado. Esta tecnologia avalia o estado do equipamento, condicionando a elegibilidade do equipamento à subscrição do seguro,” detalha o empreendedor. Depois, na parceria de negócio com a NOS, o seguro “tem o risco subscrito por um parceiro com escala internacional, através de uma sucursal em Portugal” que, segundo a NOS, é Allianz Partners, braço de assistência do grupo alemão desde há anos parceiro da Habit.

Falando sobre desenvolvimento da operação global da empresa, Domingos reafirma ambição de reforçar presença “em todo o tipo de produtos que tenham um contexto específico para serem distribuídos através de parceiros especializados, nomeadamente através de seguros de mobilidade, equipamento, viagem e/ou proteção ao pagamento”.

Sobre ao interesse dos investidores, o CEO explica que: “Apesar da existência de diversas oportunidades para unir esforços mais estratégicos com incumbentes e outras startups, consideramos que estamos numa fase muito focada no crescimento. Neste sentido, temos vindo a privilegiar parcerias comerciais em detrimento de operações de fusão”.

O responsável da Habit Analytics apontou ainda desafios e objetivos para 2022: “vai marcar o nosso forte crescimento europeu através de presença em novas regiões e lançamento de novos produtos globais ou locais,” disse.

 

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S&P 500 e Dow Jones afastam-se de máximos. Nasdaq na linha de água

Os resultados das cotadas dominaram a negociação bolsista em Wall Street. Apesar de parte do setor tecnológico estar em alta, nem o Nasdaq conseguiu uma subida nesta sessão.

O S&P 500 e o Dow Jones desvalorizaram na sessão desta quarta-feira, após terem alcançado máximos na sessão anterior. Nem os bons resultados trimestrais das tecnológicas permitiram subidas em Wall Street, com o Nasdaq a fechar praticamente inalterado. A desvalorização das ações da Visa, da General Motors, do Twitter, da Boeing e da Robinhood levaram à queda dos índices.

O Dow Jones, que desce pela primeira vez em quatro sessões, caiu 0,74% para os 35.490,69 pontos, assim como o S&P 500 que cedeu 0,51% para os 4.551,68 pontos. O Nasdaq, que está cerca de 1% abaixo do recorde atingido a 7 de setembro, subiu 0,12 pontos para os 15.235,84 pontos, o que na prática dá uma variação de 0%.

Entre as cotadas que pressionaram os principais índices norte-americanos está a Visa. A empresa norte-americana de serviços financeiros caiu mais de 6% após ter revelado previsões de receita que alguns analistas consideraram conservadoras. Acresce que foi noticiado que o departamento da justiça norte-americano está a investigar a relação da Visa com fintechs no âmbito das leis da concorrência.

Também as ações da General Motors desceram mais de 4%, apesar de a fabricante de automóveis ter superado as estimativas dos analistas, e a Boeing caiu mais de 1%, mesmo depois de a fabricante de aviões ter registado um pequeno lucro graças a mais entregas do modelo 737 MAX. Nota ainda para o Twitter cujas ações desceram 9% ao ter divulgado prejuízos de 537 milhões de euros e para a Robinhood (plataforma de trading) que caiu mais de 10% depois de ter revelado receita abaixo do esperado devido ao mau desempenho da negociação de criptoativos.

No setor tecnológico, os resultados foram mais positivos para a Microsoft e a Alphabet. As ações da Microsoft valorizaram 5% após a empresa fundada por Bill Gates ter previsto um forte fecho das contas este ano, ajudadas pela expansão do negócio da cloud. A Alphabet subiu mais de 5% depois de ter revelado que atingiu um lucro recorde, com as vendas de anúncios a disparar.

Por fim, é de notar a valorização superior a 2% das ações da McDonalds no dia em que a cadeia de fast food anunciou um crescimento de 12,2% das vendas a nível mundial.

Os resultados das cotadas em Nova Iorque deverão continuar a marcar o andamento dos índices uma vez que muitas empresas ainda vão divulgar as suas contas nos próximos dias. De acordo com os dados da Refinitiv/Reuters, os lucros das cotadas do S&P 500 deverão crescer 35,6% em termos homólogos no terceiro trimestre. Das cotadas que já apresentaram resultados, 83% superaram as expectativas de lucro e 79% superaram as expectativas de receita.

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Governo recorda que licitantes do 5G ficam sujeitos a obrigações de cobertura

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

O Governo recorda que as empresas "ficam obrigados a uma cobertura de 95% da população total do país e a uma cobertura de 90% da população de cada uma das freguesias consideradas de baixa densidade".

O Ministério das Infraestruturas e da Habitação (MIH) congratulou-se esta quarta-feira com o fim do leilão do 5G, alertando que os licitantes “ficarão sujeitos ao cumprimento das obrigações estabelecidas no regulamento do leilão”, nomeadamente de cobertura.

Em comunicado, a tutela “congratula-se com a notícia avançada pela Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] de que terminou hoje a fase de licitação principal do “Leilão 5G e outras faixas relevantes” após 1.727 rondas e ao fim de 200 dias, o que permite concluir as fases de licitação com o apuramento do montante total de 566,802 milhões de euros”.

O MIH diz depois que “será agora necessário que a Anacom conclua o processo, nos termos do regulamento, o qual culminará com a atribuição dos direitos de utilização aos licitantes”.

Depois disso, sublinha, “os respetivos titulares ficarão sujeitos ao cumprimento das obrigações estabelecidas no regulamento do leilão, designadamente obrigações de cobertura”.

O Governo recorda que “os adquirentes que sejam titulares de direitos de utilização em faixas destinadas a comunicações eletrónicas ficam obrigados a uma cobertura de 95% da população total do país e a uma cobertura de 90% da população de cada uma das freguesias consideradas de baixa densidade, de cada uma das freguesias das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e de cada uma das freguesias que integram municípios com freguesias de baixa densidade”.

As metas em causa “foram definidas até 2025, com metas intermédias até ao final de 2023 e 2024”, lê-se na mesma nota.

A licitação principal do leilão do 5G terminou esta quarta-feira, mais de nove meses depois de ter arrancado, após 1.727 rondas, no “montante total atingido” de 566,802 milhões de euros, anunciou a Anacom.

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Segundo orçamento chumbado desde o 25 de Abril, mas o primeiro a acabar em eleições

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

O primeiro chumbo de um orçamento no Portugal democrático ocorreu em 1978, quando Portugal estava sob resgate do FMI. O motivo da rejeição no parlamento foi o corte do subsídio de Natal.

Foi a segunda vez que um Orçamento de Estado chumbou no parlamento em 47 anos de democracia, mas a primeira em que a rejeição dará, como já antecipou o Presidente da República, origem à dissolução da Assembleia da República.

Desde o 25 de Abril de 1974, os presidentes da República usaram várias vezes o seu máximo poder – que ficou conhecido como “bomba atómica” – para dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas, mas nunca o motivo foi a rejeição do Orçamento de Estado.

O primeiro e único chumbo de um orçamento no Portugal democrático ocorreu em 1978, quando Portugal estava sob resgate do Fundo Monetário Internacional e a cumprir um programa de austeridade, situação que se viria a repetir em 1983 e 2011. E o motivo da rejeição no parlamento foi o corte do subsídio de Natal.

O primeiro-ministro era o social-democrata Carlos Mota Pinto, que liderava um Governo de iniciativa presidencial de Ramalho Eanes, e o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças era Manuel Jacinto Nunes, a quem coube a tarefa de elaborar o Orçamento do Estado para 1979.

Em entrevista à agência Lusa, em 2011, numa altura em que Portugal voltou a negociar um programa de austeridade com a troika, Jacinto Nunes disse que o executivo teve então grande liberdade para escolher o caminho para pôr na ordem as finanças públicas.

“Foi feito de forma bastante independente do FMI, mas nós tínhamos a consciência de que tínhamos de fazer um orçamento bastante restritivo. Tínhamos um enquadramento geral feito pelo FMI, mas não tivemos contactos com o Fundo para receber quaisquer sugestões. Mas as medidas de restrição que o orçamento envolvia foram fundamentalmente da nossa iniciativa”, afirmou.

Jacinto Nunes recordou que “havia bastante contestação”, tanto “na rua como na política”. “Era um Governo sem apoio partidário, nenhum partido nos apoiava diretamente”, sublinhou, lembrando-se de estar nos Passos Perdidos da Assembleia da República a tentar convencer Francisco Sá Carneiro, então líder do PSD, a levar o partido aprovar o orçamento.

Após o chumbo do orçamento ainda pensou em demitir-se, mas receou que tal passasse a mensagem de que tinha ambições políticas. Como não era o caso, foi fazer um segundo orçamento, que o parlamento aprovou com alterações, agora sem os cortes no subsídio de Natal e com outras mudanças. O Governo demitiu-se a seguir.

O OE de então propunha, entre outras medidas, uma descida dos salários reais, ou seja, aumentos abaixo dos cerca de 25% de inflação que o Governo previa para 1979, bem como, e esta era a medida mais polémica, o pagamento de metade dos subsídios de Natal em títulos de dívida pública. E tal foi a controvérsia que o parlamento chumbou o OE.

Apesar de ser a primeira vez que o chumbo de um orçamento dá origem à dissolução da Assembleia da República e a eleições, não é a primeira vez que a rejeição de um documento económico provoca legislativas antecipadas.

O PEC IV, o Programa de Estabilidade e Crescimento que o governo então liderado por José Sócrates deveria apresentar à Comissão Europeia já com medidas de austeridade para enfrentar a crise económica e assim garantir mais apoios financeiros, foi rejeitado no parlamento através da aprovação de cinco resoluções – PSD, CDS-PP, BE, PCP e PEV – expressamente com essa finalidade.

A Assembleia da República rejeita o PEC (2011-2014), apresentado pelo Governo, porque este contribui para empobrecer quem trabalha, quem está desempregado e quem está reformado, porque não responde às prioridades nacionais na consolidação orçamental nem protege as políticas sociais para os mais desfavorecidos, e ainda porque desiste da criação de estímulos anti-recessivos e da prioridade da criação de emprego”, referia o projeto do BE.

Sócrates, que já havia assegurado que nunca iria para uma cimeira europeia sem se poder “comprometer com um programa de medidas de médio prazo”, demitiu-se logo após o chumbo, levando o então Presidente Cavaco Silva a dissolver a AR e convocar legislativas antecipadas, que viriam a ser ganhas pela aliança PSD/CDS-PP de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas formada expressamente para concorrer a esse sufrágio (Portugal à Frente – PAF). Meses depois era aprovado o programa de resgate com o FMI, União Europeia e Banco Central Europeu.

Mas se a história nunca se repete da mesma maneira, volta a ser a questão económica a estar na origem do uso da “bomba atómica” e das eleições antecipadas. Apesar de alguns avanços nas negociações com o PCP e da rotura previsível com o BE, comunistas e bloquistas anunciaram o voto contra a proposta orçamental para 2022.

Numa altura em que Portugal inicia a distribuição das dezenas de milhões de euros da denominada “bazuca” do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), o primeiro-ministro, António Costa, manteve-se em funções, mas o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa já anunciou que será rápido na dissolução para tentar ultrapassar a crise política o mais depressa possível.

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La Palma: Compensações de seguros aos afetados pelo vulcão sobem aos 13,5 milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 27 Outubro 2021

Mais de um mês de atividade vulcânica e sísmica em La Palma, nas Canárias. Custos com danos da catástrofe provocada pela erupção de lava do 'Cumbre Vieja' continuam a aumentar.

Até 25 de outubro, o Consórcio de Compensación de Seguros (CCS) desembolsou 13,475 milhões de euros transferidos para pessoas afetadas pela erupção do vulcão, tendo sido geridos, até agora, 114 pedidos de indemnização, representando 10% do total de processos chegados ao CCS, entidade pública tutelada pelo Ministério da Economia a quem compete a cobertura de riscos extraordinários em território espanhol.

O montante pago pelos prejuízos do desastre natural compreende 81 habitações, 24 automóveis, 8 estabelecimentos comerciais e uma instalação industrial, bens perdidos nas circunscrições municipais de Los Llanos de Aridane, o município mais afetado, seguido de El Paso e Tazacorte.

Tendo sido mobilizados 25 peritos que, condicionados pelas difíceis condições de mobilidade no terreno, efetuam a avaliação dos danos, o CCS indica que até 21 de outubro foi ultrapassado o limiar de 1 000 pedidos de indemnização. A 23 de outubro, os pedidos de compensação elevaram-se a 1 138, correspondendo a 913 habitações, 134 veículos automóveis, 81 estabelecimentos comerciais (lojas), de hotelaria e escritórios e ainda 10 instalações de uso industrial.

Do total de solicitações de indemnizações recebidas pelo CCS, 59% foram apresentadas através do sítio do Consórcio na internet e 40% através do centro de atendimento telefónico da entidade. Em 47% dos casos inventariados, as solicitações de indemnização foram encaminhadas para o CCS pelas companhias seguradoras, 33% foram endereçadas pelo canal mediação (corretores e agentes de seguro) e os restantes 20% pelos próprios segurados.

Os danos causados pelas cinzas vulcânicas nos bens seguros e que sejam validados pelas peritagens também são contemplados nas compensações pagas, esclarece uma nota do CCS detalhando que os custos de limpeza dos bens seguros são incluídos nestes danos.

Maior atividade sísmica no fim de semana 23-24 de outubro resultou em desabamento do cone principal, elevando para cinco o número de bocas, exacerbando mais a fúria do magma vulcânico, com consequente aumento do volume de lava expelida que, multiplicando caudais, progride em várias direções e obriga ainda a mais evacuações na ilha, segundo informações atualizadas do Instituto Geográfico espanhol (IGN) e do serviço de proteção civil e risco vulcânico das Canárias (PEVOLCA).

O Cumbre Vieja, que entrou em erupção em 19 de setembro, é já considerado o vulcão que mais danos provocou entre as erupções históricas registadas na ilha de La Palma, nas Canárias (Espanha).

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Eleições antecipadas têm de se realizar nos 60 dias seguintes à dissolução da AR

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

As eleições legislativas antecipadas terão de acontecer entre o 55.º e o 60.º dia posterior à dissolução do parlamento.

As eleições legislativas antecipadas têm de se realizar nos 60 dias seguintes à dissolução do parlamento e de ser marcadas nesse mesmo momento, de acordo com o artigo 113.º da Constituição da República Portuguesa.

Esta quarta-feira, cerca de meia hora após o chumbo do Orçamento do Estado para 2022, o Presidente da República comunicou que vai ouvir os partidos com assento parlamentar no sábado e o Conselho de Estado na quarta-feira – passos constitucionais obrigatórios para uma dissolução da Assembleia da República, processo que tinha prometido iniciar de imediato caso a proposta do Governo fosse chumbada.

Quando avisou pela primeira vez, há duas semanas, que um chumbo do Orçamento do Estado conduziria provavelmente a eleições antecipadas, Marcelo Rebelo de Sousa estimou que estas se realizariam em janeiro.

Em matéria de prazos, a Constituição determina, no número 6 do artigo 113.º, que “no ato de dissolução de órgãos colegiais baseados no sufrágio direto tem de ser marcada a data das novas eleições, que se realizarão nos 60 dias seguintes e pela lei eleitoral vigente ao tempo da dissolução, sob pena de inexistência jurídica daquele ato”.

Nos termos da Lei Eleitoral para a Assembleia da República, o Presidente da República tem de marcar a data de eleições legislativas “com a antecedência mínima de 60 dias ou, em caso de dissolução, com a antecedência mínima de 55 dias“.

Com esta antecedência mínima estabelecida na lei eleitoral conjugada com o prazo máximo imposto pela Constituição, as eleições legislativas antecipadas terão de acontecer entre o 55.º e o 60.º dia posteriores à dissolução do parlamento – ato que é oficializado por decreto.

Entre a comunicação ao país da decisão de dissolver o parlamento e a assinatura do decreto que oficializa a dissolução houve, por isso, intervalos variados, consoante as conjunturas, em função da data para a qual o Presidente da República em funções pretendia marcar as eleições legislativas antecipadas.

A Constituição da República Portuguesa de 1976 já obrigava à marcação de eleições no ato de dissolução e impunha prazos máximos para a sua realização, de 90 dias no caso de dissolução da Assembleia da República e de órgãos regionais e de 60 dias no caso de assembleias de autarquias locais – disposições que estavam em três artigos diferentes, 175.º, 234.º e 243.º.

Desde a revisão constitucional de 1982, passou a haver um único artigo sobre a “dissolução de órgãos colegiais baseados no sufrágio direto” – antes o artigo 116.º, agora o 113.º – a impor que nesse ato seja marcada a data de novas eleições, com um prazo máximo para a sua realização, que com a revisão constitucional de 1997 foi reduzido de 90 dias para 60 dias, “sob pena de inexistência jurídica daquele ato”.

Nos termos do artigo 133.º da Constituição, compete ao Presidente da República “dissolver a Assembleia da República, observado o disposto no artigo 172.º, ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado”.

O artigo de 172.º determina que “a Assembleia da República não pode ser dissolvida nos seis meses posteriores à sua eleição, no último semestre do mandato do Presidente da República ou durante a vigência do estado de sítio ou do estado de emergência” – condições que não se verificam nesta altura.

Por outro lado, de acordo com o artigo 186.º, os governos ficam limitados “à prática dos atos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos” em duas circunstâncias: “antes da apreciação do seu programa pela Assembleia da República, ou após a sua demissão” – opção que o primeiro-ministro, António Costa, afastou.

O artigo 179.º da Constituição estabelece que, a partir do momento em que é decretada a dissolução do parlamento, “funciona a Comissão Permanente da Assembleia da República”, que é composta pelo seu presidente, pelos vice-presidentes e por deputados indicados por todos os partidos, de acordo com a respetiva representatividade parlamentar.

Quanto à apresentação de candidaturas às legislativas, segundo a Lei Eleitoral para a Assembleia da República, “faz-se até ao 41.º dia anterior à data prevista para as eleições perante o juiz presidente da comarca com sede na capital do distrito ou região autónoma que constitua o círculo eleitoral”.

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Margarida Martins constituída arguida após buscas na Junta de Arroios em Lisboa

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

O DIAP informou que estão em investigação “factos suscetíveis de integrarem a prática de crimes", como peculato, peculato de uso e participação económica em negócio.

A ex-autarca socialista Margarida Martins, anterior presidente da Junta de Freguesia de Arroios, em Lisboa, foi constituída arguida no âmbito das buscas realizadas esta quarta-feira às instalações da autarquia que presidiu, disse à Lusa o seu advogado, Ricardo Sá Fernandes.

Margarida Martins foi constituída arguida no âmbito de um processo instaurado em 2018, tendo por objeto contratos celebrados durante o período em que exerceu funções na Junta de Freguesia de Arroios”, disse à Lusa Ricardo Sá Fernandes.

Na sequência de buscas realizadas hoje pela Polícia Judiciária (PJ) na sede daquela autarquia de Lisboa e na residência da ex-autarca Margarida Martins, o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa informou que estão em investigação “factos suscetíveis de integrarem a prática de crimes cometidos no exercício de funções públicas, na Junta de Freguesia de Arroios, nomeadamente peculato, peculato de uso e participação económica em negócio”.

“As investigações prosseguem, tendo havido lugar a uma constituição de arguido”, informou o DIAP de Lisboa, sem precisar quem é o arguido.

Segundo informação do DIAP de Lisboa, que dirige a investigação em curso, “a Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, procedeu à execução de 10 mandados de busca, sendo três domiciliárias, e sete não domiciliárias, e realizou uma busca autorizada, visando a recolha de documentação relacionada com suspeitas de práticas criminosas, sob investigação”.

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Miguel Maya fecha a porta a dividendos no BCP

Miguel Maya não vai propor o pagamento de dividendos relativos a 2020 devido à incerteza que foi agora agravada pela escalada dos preços da energia.

O presidente do BCP adiantou esta quarta-feira que não vai propor o pagamento de dividendos relativos a 2020. “Neste momento ainda há muita incerteza, agora agravada pela evolução dos preços das matérias-primas”, afirmou Miguel Maya na conferência de apresentação de resultados.

Por outro lado, o tema da Polónia também condiciona a política de dividendos do banco, acrescentou o gestor. O BCP colocou de lado mais de 300 milhões de euros para os riscos legais associados aos créditos hipotecários em francos suíços concedidos pelo banco polaco antes de 2008. “Enquanto não tivermos maior visibilidade não vamos propor” o pagamento de dividendos, disse.

Assim, “neste momento, não temos nenhuma intenção de propor ao conselho de administração e depois à assembleia geral o pagamento de dividendos relativamente a 2020”, frisou Miguel Maya, lembrando que há um ano o banco antecipou-se ao regulador a congelou imediatamente os dividendos face à situação pandémica.

Entretanto, as restrições do Banco Central Europeu (BCE) foram levantadas e, enquanto alguns bancos nacionais retomaram os dividendos, como o BPI, o BCP fechou essa porta, embora Miguel Maya tenha reiterado que “os dividendos são muito importantes”.

O BCP registou lucros de 183 milhões de euros em 2020. Nos primeiros nove meses deste ano, o resultado cai 59% para 60 milhões, segundo anunciou esta quarta-feira.

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EDP rompe com argelinos e assume central de gás natural em Espanha

Fim da parceria de 14 anos com a Sonatrach implica a compra da participação de 25% que os argelinos detinham numa central espanhola controlada pela EDP, com uma capacidade instalada de 426 megawatts.

A EDP anunciou esta quarta-feira o fim da parceria estratégica com a Sonatrach, petrolífera estatal da Argélia, que tinha sido assinada em 2007 e que previa o fornecimento de gás natural para a exploração das centrais de ciclo combinado (CCGT) do grupo.

A empresa portuguesa assume assim o “controlo total” da CCGT Soto 4, em Espanha, que tem uma capacidade instalada de 426 megawatts (MW), através da aquisição da participação de 25% detida pela Sonatrach, acrescentando que “termina as relações comerciais” que estavam associadas a esta parceria.

“Esta transação fornece à EDP flexibilidade adicional para gerir a transição para a neutralidade carbónica com 100% de produção de eletricidade a partir de fontes renováveis até 2030”, justifica o grupo liderado por Miguel Stilwell d’Andrade, num comunicado enviado à CMVM.

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